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Lucieley Pinheiro Alves
Periodonto
Periodonto
O termo gengivite refere-se à inflamação limitada aos tecidos moles que circundam o dente.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
A maioria dos casos de gengivite ocorre devido à falta de higiene bucal adequada, que leva ao
acúmulo de placa dental e cálculo.
A frequência de gengivite é alta em todas as faixas etárias
Alterações inflamatórias clinicamente detectáveis da gengiva têm início na infância e aumentam
com a idade
Há um período de suscetibilidade aumentada para gengivite próximo da puberdade (gengivite da
puberdade), com pico de prevalência ocorrendo entre as idades de 9 a 14 anos
Periodonto
Gengivite associada ao biofilme
Além do período da puberdade, mulheres exibem maior
suscetibilidade para gengivite quando são expostas a altos níveis
de progesterona associados à gravidez ou a algumas formas de
anticoncepcionais orais
A inflamação da gengiva pode ser localizada ou generalizada
Perda do aspecto pontilhado da gengiva e surgimento de
sangramento à sondagem leve.
À medida que o processo evolui, a gengiva envolvida torna-se
vermelhobrilhante ou vermelho-vivo; com frequência mostra-se
com margens rombas, com recessão ou hiperplásica
O sangramento ocorre facilmente, e pode ser observado
exsudato no sulco gengival
Periodonto
Gengivite associada ao biofilme
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Infiltrado inflamatório leve constituído de leucócitos
polimorfonucleares que se acumulam no tecido
conjuntivo adjacente ao epitélio sulcular;
linfócitos, plasmócitos e células inflamatórias agudas;
Podem estar presentes áreas de fibrose, hiperemia,
edema e hemorragia.
TRATAMENTO
O tratamento da gengivite consiste na eliminação (se
possível) de qualquer causa conhecida de aumento da
suscetibilidade à doença e melhoria da higiene bucal
para diminuir o acúmulo de placa dental responsável
pelas alterações inflamatórias.
Periodonto
Periodontite crônica
Principal causa de perda de dentes em pacientes com mais de 35 anos de idade;
Aumento da prevalência de periodontite crônica está associado a:
1. Avanço da idade
2. Tabagismo
3. Diabetes melito
4. Osteoporose
5. Infecção pelo HIV
6. Nível socioeconômico baixo
A doença periodontal pode ser demonstrada pelo uso de uma sonda
periodontal.
Bolsas periodontais com mais de 3 a 4 mm de profundidade indicam a
destruição do ligamento periodontal e reabsorção do osso alveolar adjacente.
Radiografias odontológicas de alta qualidade exibem diminuição vertical da
altura do osso ao redor do dente afetado, dente pode ficar com mobilidade.
Periodonto
Periodontite crônica
Esses patógenos foram detectados de todos os espécimes clínicos de pacientes com necrose de tecidos moles
bucais. Nos pacientes HIV+, a frequência de detecção de Pg e Tf entre pacientes com periodontite foi 2,8 e 2,1
vezes mais elevada do que a observada nos indivíduos periodontalmente saudáveis.
T. denticola foi detectado apenas nos sítios com necrose, supuração e perda óssea pronunciada. Pg e Tf se
mostraram associados com perda óssea e sangramento gengival.
A presença desses microrganismos esteve associada a odor fétido e dor, o que pode auxiliar o clínico na
escolha de antimicrobianos como auxiliares do tratamento, devendo-se evitar o emprego de β-lactâmicos,
podendo-se associar essas drogas ao metronidazol
https://repositorio.unesp.br/items/b624ad66-bdb8-4cf2-b78f-6b0c9253099d
Periodonto
Periodontite crônica
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
Gengivite está presente e o epitélio sulcular que reveste a bolsa apresenta-se hiperplásico, com extensa exocitose
de células inflamatórias agudas.
O tecido conjuntivo adjacente exibe vascularização aumentada e contém um infiltrado de células inflamatórias
que consiste predominantemente em linfócitos e plasmócitos, porém com número variável de leucócitos
polimorfonucleares.
Frequentemente grandes colônias de micro-organismos são encontradas, representando placa dental e cálculo.
Periodonto
Abcesso periodontal
Causas:
Restos de alimentos e bactérias estão presentes abaixo do tecido
gengival que recobre a coroa.
estresse e infecções das vias aéreas superiores
A área afetada apresentase eritematosa e edematosa, e o paciente frequentemente apresenta linfadenopatia, febre,
leucocitose e mal-estar .
CARACTERÍSTICAS HITOPATOLÓGICAS
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
A terapia frequentemente é baseada em testes microbiológicos para garantir a escolha do agente
antimicrobiano mais apropriado.
raspagem e o alisamento radicular + antibiótico (ex amoxilina)
A reavaliação com profilaxia profissional é executada a cada mês por 6 meses e depois a cada 3 meses.
Espécimes para cultura anaeróbica são obtidos a cada 3 meses nas consultas de manutenção
Os cirurgiões-dentistas devem alertar os pacientes com periodontite agressiva e seus parentes da possibilidade
de transmissão genética da doença
Pacientes fumantes tem pior prognostico e menos efeito da terapia
Lesões hiperplásicas
reativas da cavidade bucal
Lesões hiperplásicas
HIPERPLASIA FIBROSA FOCAL
Também conhecido como: FIBROMA (FIBROMA DE IRRITAÇÃO; FIBROMA TRAUMÁTICO; HIPERPLASIA FIBROSA
FOCAL; NODULO FIBROSO)
O fibroma é o “tumor” mais comum da cavidade oral
Pode ser uma neoplasia verdadeira ou não. Talvez ele possa representar uma hiperplasia reacional do tecido
conjuntivo fibroso em resposta à irritação ou trauma local
Lesões hiperplásicas
HIPERPLASIA FIBROSA FOCAL
A hiperplasia do freio é um tipo comum de hiperplasia fibrosa que ocorre mais frequentemente no freio labial
superior. Tais lesões se apresentam como pequenos crescimentos exofíticos assintomáticos aderidos à fina
superfície do freio
Lesões hiperplásicas
HIPERPLASIA FIBROSA FOCAL
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
aumento de volume nodular de tecido conjuntivo fibroso, recoberto por epitélio escamoso estratificado
Este tecido conjuntivo é usualmente denso e colagenizado
A lesão não é encapsulada e o tecido conjuntivo se mistura gradualmente ao tecido conjuntivo
circunjacente.
Os feixes colágenos podem estar arranjados de forma irradiada, circular, ou aleatoriamente
atrofia das cristas epiteliais devido ao aumento de volume do tecido subjacente
superfície pode exibir hiperceratose secundária a trauma.
Pode ser observada inflamação difusa, principalmente abaixo da superfície epitelial.
inflamação é crônica e consiste principalmente em linfócitos e plasmócitos.
Lesões hiperplásicas
Granuloma piogênico
O granuloma piogênico é um crescimento semelhante a tumor da cavidade oral que, tradicionalmente, tem sido
considerado como tendo natureza não-neoplásica.
Acredita-se que o granuloma piogênico represente uma resposta tecidual a um irritante local ou a um trauma.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
aumento de volume com superfície lisa ou lobulada, que usualmente é pedunculada
A superfície é caracteristicamente ulcerada e varia do rosa ao vermelho ao roxo
tamanho variável, crescimento indolor e sangramento pela intensa vascularização
75% dos casos afetam a gengiva, lábios língua e mucosa jugal pode ser afetada
lesões que se estendem por entre os dentes
predileção pelo gênero feminino, possivelmente devido aos efeitos vasculares dos hormônios femininos
(granuloma gravídico)
A epúlide granulomatosa é um termo usado para descrever crescimentos de tecido de granulação que
algumas vezes surgem em alvéolos dentários pós-extração
Lesões hiperplásicas
Granuloma piogênico
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
proliferação altamente vascular, semelhante ao tecido de granulação
Numerosos canais, pequenos e grandes, delimitados por endotélio, são formados e apresentam-se
obliterados por hemácias.
superfície é ulcerada e substituída por uma espessa membrana fibrinopurulenta.
infiltrado inflamatório misto de neutrófilos, plasmócitos e linfócitos
TRATAMENTO
excisão cirúrgica conservadora, que usualmente é curativa
exame microscópico para afastar o diagnóstico de lesões mais graves.
tratamento deve ser postergado para lesões que se desenvolveram durante a gravidez.
A taxa de recidiva é alta para os granulomas piogênicos removidos durante a gravidez.
Lesões hiperplásicas
Lesão periférica de célula gigante
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
proliferação de células gigantes multinucleadas permeadas por células mesenquimais volumosas ovoides e
fusiformes
células gigantes podem conter somente poucos núcleos ou várias dúzias
Algumas dessas células podem apresentar núcleos grandes e vesiculosos, enquanto outras demonstram núcleos
pequenos e picnóticos
mitoses são bastante comuns nas células mesenquimais de fundo.
hemorragia abundante
depósito de pigmento de hemossiderina, especialmente na periferia da lesão.
A superfície da mucosa de revestimento encontra-se ulcerada em 50% dos casos.
Geralmente uma zona de tecido conjuntivo denso separa a proliferação de células gigantes da superfície da
mucosa.
Frequentemente, estão presentes células inflamatórias agudas e crônicas.
Lesões hiperplásicas
Lesão periférica de célula gigante
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
O tratamento do granuloma periférico de
células gigantes consiste na excisão cirúrgica
local, abaixo do osso subjacente. Os dentes
adjacentes devem ser cuidadosamente
raspados para remover qualquer fonte de
irritação e minimizar o risco de recidiva.
Lesões hiperplásicas
Fibroma ossificante periférico
TRATAMENTO
O tratamento de escolha para o fibroma ossificante periférico é a excisão cirúrgica local, com o envio do
espécime para o exame histopatológico.
Doenças gengivais
Doenças gengivais
Gengivite ulcerativa necrosante
A infecção frequentemente ocorre na presença de estresse psicológico.
Além do estresse, outros fatores podem estar relacionados ao aumento da frequência de
GUN:
1. Imunossupressão
2. Tabagismo
3. Trauma local
4. Deficiência nutricional
5. Higiene bucal deficiente
6. Sono inadequado
7. Doenças recentes.
AIDS e mononucleose infecciosa, tem sido relacionado ao desenvolvimento de GUN.
Doenças gengivais
Gengivite ulcerativa necrosante
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
é vista com maior frequência em adultos jovens e de meia-idade
Em geral, as papilas afetadas estão rombas e demonstram áreas deprimidas de
necrose crateriforme, que são cobertas por uma pseudomembrana cinzenta
Odor fétido, dor intensa, hemorragia espontânea e acúmulo de tecido necrosado
são observados
Outras características clínicas ocasionais incluem linfadenopatia, febre e mal-
estar
O processo às vezes pode levar à perda de inserção e o desenvolvimento de
periodontite associada (periodontite ulcerativa necrosante) ou estender-se aos
tecidos moles adjacentes (mucosite ulcerativa necrosante, estomatite necrosante)
Se a infecção necrosante se estender através da mucosa até a pele da face, então
é normalmente chamada noma (cancrum oris)
Doenças gengivais
Gengivite ulcerativa necrosante
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
As características histopatológicas da GUN não são específicas
as papilas gengivais afetadas demonstram superfícies ulceradas cobertas por uma membrana
fibrinopurulenta espessa
A lâmina própria subjacente demonstra um intenso infiltrado inflamatório agudo ou misto e extensa
hiperemia
Material necrótico e extensa colonização bacteriana
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
A área acometida é mais bem-tratada com o debridamento obtido com a raspagem, curetagem ou instrumentação
com ultrassom
A GUN demonstra uma resolução rápida após a remoção das bactérias desencadeadoras
O tratamento deve incluir instruções sobre higiene bucal e motivação do paciente
Medicação associada para febre ou linfadenopatia
Doenças gengivais
Hiperplasia gengival medicamentosa
A hiperplasia gengival associada a medicamentos se refere a um crescimento anormal dos
tecidos gengivais secundário ao uso de medicamentos sistêmicos.
Dos medicamentos discutidos, a ciclosporina parece ser o que menos responde quando é
instituído um rigoroso programa de higiene bucal; mesmo com este medicamento,
entretanto, a eliminação da inflamação gengival resulta em melhora clínica notável. Além
disso, o grau de hiperplasia gengival associada a medicamentos parece ser marcadamente
maior em tabagistas
Como pacientes jovens fazem uso de fenitoína mais frequentemente, a hiperplasia gengival
induzida por este medicamento é um problema
Casos associados ao uso de bloqueadores dos canais de cálcio ocorrem sobretudo em adultos
de meiaidade ou idosos
Doenças gengivais
Hiperplasia gengival medicamentosa
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
CARACTERÍSTICAS HITOPATOLÓGICAS
tecido de composição aparentemente normal em excesso
O epitélio superficial pode demonstrar alongamento das projeções epiteliais com longas extensões para
a lâmina própria subjacente
Em pacientes com inflamação secundária, há um aumento da vascularização e um infiltrado
inflamatório crônico, constituído especialmente por linfócitos e plasmócitos
TRATAMENTO
A suspensão do medicamento causador pelo médico comumente resulta em interrupção e,
possivelmente, alguma regressão do aumento gengival; mesmo a substituição de um medicamento por
outro pode ser benéfica.
Intervenção cirúrgica se for de muito incomodo estético.
Doenças gengivais
Gengivoestomatite herpépitica primária e recorrente
Doenças gengivais
Líquen plano
O líquen plano é uma doença dermatológica crônica relativamente comum, que
com frequência afeta a mucosa bucal.
materiais estranhos que são inadvertidamente incorporados à gengiva podem
desencadear uma resposta do hospedeiro que é denominada gengivite
liquenoide de corpo estranho
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
A maioria dos pacientes com líquen plano é de adultos de meia idade, sendo
raro o acometimento em crianças.
Mulheres mais afetadas
As lesões de pele do líquen plano são classicamente descritas como pápulas
poligonais, púrpuras e pruriginosas (Fig. 16-90). Em geral, afetam as superfícies
flexoras das extremidades
Um exame cuidadoso da superfície das pápulas da pele revela linhas brancas
finas semelhantes a um rendilhado (estrias de Wickham).
Doenças gengivais
Líquen plano
LÍQUEN PLANO RETICULAR
Mais comum que a forma erosiva
normalmente não causa sintomas e envolve a região posterior da mucosa jugal bilateralmente
Outras áreas da mucosa bucal também podem estar envolvidas concomitantemente, como a borda lateral e o
dorso da língua, a gengiva, o palato, e o vermelhão labial
padrão característico de linhas brancas entrelaçadas (também conhecido como estrias de Wickham); no
entanto, as lesões brancas podem, em alguns casos, apresentar-se como pápulas.
O padrão reticular pode não ser tão evidente em algumas localizações, como no dorso da língua, onde as
lesões se apresentam como placas ceratóticas com atrofia das papilas
mucoceles superficiais podem se desenvolver no interior ou adjacente às áreas de mucosa que estão
envolvidas pelo líquen plano
Doenças gengivais
Líquen plano
Doenças gengivais
Líquen plano
LÍQUEN PLANO EROSIVO
Menos comum que a forma reticular
lesões geralmente são sintomáticas.
Clinicamente, observam-se áreas eritematosas,
atróficas, com graus variáveis de ulceração
central.
A periferia das regiões atróficas geralmente é
circundada por finas estrias brancas irradiadas
a atrofia e ulceração estão confinadas à mucosa
gengival produzindo gengivite descamativa
Se o componente erosivo for grave, pode
ocorrer separação entre o epitélio e o tecido
conjuntivo subjacente, resultando no líquen
plano bolhoso
Doenças gengivais
Líquen plano
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Graus variáveis de ortoceratose e paraceratose podem estar presentes na superfície do epitélio
A espessura da camada espinhosa também pode variar. As cristas epiteliais podem estar ausentes ou
hiperplásicas, mas classicamente são pontiagudas ou têm forma de “dentes de serra”
A destruição da camada de células basais do epitélio (degeneração hidrópica) também é evidente,
sendo acompanhada por um intenso infiltrado inflamatório semelhante a uma faixa,
predominantemente de linfócitos T logo abaixo do epitélio subjacente
Ceratinócitos em degeneração podem ser observados em áreas do epitélio e na interface do tecido
conjuntivo e têm sido denominados de corpos coloides, citoides, hialinos, ou de Civatte
As características imunopatológicas do líquen plano são inespecíficas. A maioria das lesões mostra a
deposição de uma banda desalinhada de fibrinogênio na zona da membrana da basal
Doenças gengivais
Líquen plano
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do líquen plano reticular frequentemente pode ser realizado apenas com os achados clínicos.
As estrias brancas entrelaçadas que aparecem bilateralmente na região posterior da mucosa jugal são
praticamente patognomônicas.
O líquen plano erosivo é algumas vezes mais difícil de ser diagnosticado do que a forma reticular. Caso as
típicas estrias brancas irradiadas e áreas eritematosas da mucosa atrófica estejam presentes na periferia das
ulcerações bem-demarcadas na região posterior da mucosa jugal bilateral, o diagnóstico pode ser
estabelecido sem o suporte dos achados histopatológicos. Contudo, a biópsia é muitas vezes necessária para
afastar outras doenças erosivas ou ulcerativas, como o lúpus eritematoso ou a estomatite ulcerativa crônica
TRATAMENTO
O líquen plano reticular normalmente não produz sintomas e nenhum tratamento é necessário.
O líquen plano erosivo com frequência é incômodo para o paciente, devido à dor na cavidade bucal. Por ser
uma condição mediada imunologicamente, os corticosteroides são recomendados
Doenças gengivais
Pênfigo vulgar
O pênfigo vulgar é a mais comum dessas doenças. Mesmo assim, ele não é observado com muita frequência.
Se não tratada, muitas vezes resulta na morte do paciente.
As bolhas que caracterizam essa doença ocorrem devido a uma produção anormal, por razões desconhecidas,
de autoanticorpos que são dirigidos contra glicoproteínas de superfície da célula epidérmica, desmogleína 3 e
desmogleína 1.
Essas desmogleínas são componentes do desmossomos (estruturas de adesão entre as células epiteliais) e os
autoanticorpos atacam esses componentes desmossomais, inibindo a interação molecular que é responsável
pela aderência
Como resultado desse ataque imunológico aos desmossomos, uma fenda se desenvolve dentro do epitélio,
causando a formação de uma bolha intraepitelial
A desmogleína 3 é preferencialmente expressa na camada parabasal da epiderme e do epitélio bucal,
enquanto que a desmogleína 1 é encontrada principalmente na camada superficial da epiderme, com
expressão mínima no epitélio bucal
Doenças gengivais
Pênfigo vulgar
DESMOGLEÍNA 3
podem exibir histopatologicamente uma fenda intraepitelial acima da camada basal, e clinicamente formam-
se bolhas de pênfigo vulgar na mucosa bucal.
DESMOGLEÍNA 1
exibirão histopatologicamente fenda intraepitelial superficial na epiderme, porém a mucosa bucal não será
afetada. Clinicamente, as lesões finas, avermelhadas e descamativas do pênfigo foliáceo ou pênfigo
eritematoso serão evidentes.
*Ocasionalmente, uma erupção bucal e cutânea semelhante ao pênfigo pode ocorrer em pacientes utilizando
determinados medicações ou em pacientes com neoplasias malignas, especialmente as neoplasias malignas
linforreticulares.
Doenças gengivais
Pênfigo vulgar
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As manifestações iniciais do pênfigo vulgar frequentemente envolvem a
mucosa bucal, em geral em adultos
Os pacientes normalmente queixam-se de dor na mucosa bucal, e o exame
clínico exibe erosões superficiais e irregulares e ulcerações distribuídas
aleatoriamente na mucosa bucal
Acima de 50% dos pacientes desenvolvem lesões bucais antes do aparecimento
das lesões cutâneas
O envolvimento ocular é observado com menos frequência, normalmente
apresentando-se como uma conjuntivite bilateral
as lesões oculares do pênfigo não tendem a produzir cicatrizes e formação de
simbléfaro
Uma das características do pênfigo vulgar é que a bolha que pode ser induzida
em pele de aparência normal se uma pressão lateral firme for exercida. Isto é
chamado de sinal Nikolsky positivo.
Doenças gengivais
Pênfigo vulgar
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
separação intraepitelial característica, que ocorre logo acima da camada de células basais do epitélio
Algumas vezes, toda a camada superficial do epitélio está descamada, deixando somente as células basais, que
são descritas sendo semelhantes a “fileira de pedras de sepulturas”.
As células da camada espinhosa do epitélio de superfície apresentam-se tipicamente separadas, uma
característica que tem sido denominada acantólise
as células soltas tendem a assumir uma forma arredondada . Essa característica do pênfigo vulgar pode ser
utilizada para realizar o diagnóstico baseado na identificação dessas células arredondadas (células de Tzanck)
infiltrado inflamatórias crônicas normalmente é observado no tecido conjuntivo subjacente.
O diagnóstico do pênfigo vulgar deve ser confirmado pelo exame da imunofluorescência. Com este
procedimento, anticorpos (normalmente IgG ou IgM) e componentes do sistema complemento (normalmente
C3) podem ser demonstrados nos espaços intercelulares entre as células epiteliais
Doenças gengivais
Doenças gengivais
Pênfigo vulgar
TRATAMENTO
o tratamento consiste basicamente em corticosteroides sistêmicos (geralmente prednisona), muitas vezes em
combinação com outros medicamentos imunossupressores (denominados agentes poupadores de esteroides),
como a azatioprina
Doenças gengivais
Penfigoide das membranas mucosas
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
O penfigoide das membranas mucosas geralmente afeta adultos, preferencialmente mulheres
As lesões bucais são observadas na maioria dos pacientes, mas outras localizações, como as mucosas
conjuntival, nasal, esofágica, laríngea e a vaginal, bem como a pele.
As lesões bucais do penfigoide se iniciam como vesículas ou bolhas,as bolhas no penfigoide se formam em
localização subepitelial
Posteriormente as bolhas bucais se rompem, deixando uma área extensa de ulceração superficial e áreas
desnudas de mucosa . As lesões ulceradas são geralmente dolorosas e podem persistir por semanas a meses,
se não forem tratadas
O envolvimento gengival produz um padrão de reação clínica denominado gengivite descamativa
A complicação mais significativa do penfigoide das membranas mucosas, no entanto, é o envolvimento
ocular.
Doenças gengivais
Doenças gengivais
Penfigoide das membranas mucosas
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
A biópsia da mucosa perilesional exibe uma separação entre o
epitélio de superfície e o tecido conjuntivo subjacente na região da
membrana basal.
Um leve infiltrado inflamatório crônico está presente na
submucosa superficial.
Os depósitos imunes consistem principalmente em IgG e C3,
embora IgA e IgM também possam ser identificadas
Cistos Bucais
Cistos do Desenvolvimento
Por definição, um cisto é uma cavidade patológica (muitas vezes preenchida por líquido) que é revestida por
epitélio
Independentemente da sua origem, os cistos se desenvolvem na região oral e maxilofacial, tendem a
aumentar lentamente de tamanho, possivelmente em resposta a um ligeiro aumento da pressão hidrostática
luminal.
CARACTERÍSITCAS CLÍNICAS
Os cistos palatinos do recém-nascido são muito comuns e têm sido relatados em 65% a 85% dos neonatos.
Os cistos são pequenos, variando de 1 a 3 mm, apresentando-se na forma de pápulas brancas ou branco-
amareladas que aparecem preferencialmente ao longo da linha média, na junção do palato duro e mole
É observado em um grupo de dois a seis cistos, embora as lesões também possam ocorrer isoladamente.
Cistos do Desenvolvimento
Cistos palatinos do recém nascido; Pérolas de Epstein; Nódulos de Bohn
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
O exame microscópico revela cistos preenchidos por ceratina, revestidos por
epitélio escamoso estratificado. Algumas vezes, estes cistos mostram uma
comunicação com a superfície mucosa.
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
Os cistos palatinos do recém-nascido são lesões inócuas, e nenhum
tratamento é necessário. Eles sofrem regressão espontânea e raramente são
observados quando a criança apresenta várias semanas de vida.
Provavelmente, o epitélio degenera, ou o cisto se rompe para a superfície
mucosa e elimina a ceratina contida
Cistos do Desenvolvimento
Cisto Nasolabial
O cisto nasolabial é um cisto do desenvolvimento raro que ocorre no lábio superior, lateral à linha média
Uma teoria considera o cisto nasolabial um cisto “fissural” originado de remanescentes epiteliais
aprisionados ao longo da linha de fusão do processo maxilar, processo nasal mediano e processo nasal
lateral.
Uma segunda teoria sugere que estes cistos desenvolvam-se pela deposição ectópica do epitélio do ducto
nasolacrimal, devido à sua localização e aspecto histológico semelhantes
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
O tratamento de eleição consiste na remoção cirúrgica total por acesso intraoral. Como a lesão geralmente está
próxima ao soalho nasal, muitas vezes é necessário retirar uma parte da mucosa nasal para garantir a remoção
completa da lesão. A recidiva é rara. Recentemente foi sugerida uma abordagem alternativa via cavidade nasal
que permite a marsupialização endoscópica da lesão.
Cistos do Desenvolvimento
Cisto Nasolabial
Cistos do Desenvolvimento
Cisto do ducto nasopalatino
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
O epitélio de revestimento dos cistos do ducto nasopalatino é variável
Frequentemente, mais de um tipo de epitélio é encontrado no mesmo cisto. O epitélio escamoso estratificado é
o mais comum, estando presente em três quartos de todos os cistos
Cistos que se desenvolvem mais superiormente no canal, próximos à cavidade nasal, tendem a apresentar
epitélio respiratório, enquanto que aqueles localizados próximos à cavidade oral geralmente exibem epitélio
escamoso
resposta inflamatória é notada na parede cística e pode variar de suave a intensa. Tal inflamação é de natureza
crônica e composta por linfócitos, plasmócitos e histiócitos. Algumas vezes, células inflamatórias agudas
(neutrófilos) podem ser observadas.
Cistos do Desenvolvimento
Cisto do ducto nasopalatino
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
Os cistos do ducto nasopalatino são
tratados por enucleação cirúrgica. A
biópsia é recomendada, porque a
lesão não é diagnosticada por
radiográfia e existem outras lesões
benignas e malignas semelhantes ao
cisto do ducto nasopalatino
Cistos do Desenvolvimento
Cisto linfoepitelial oral
O cisto linfoepitelial oral é uma lesão rara da cavidade oral, que se desenvolve dentro do tecido linfoide oral.
é possível que os cistos linfoepiteliais orais possam se desenvolver de epitélio da mucosa de superfície ou do epitélio
de glândula salivar que ficou retido no tecido linfoide durante a embriogênese.
Foi sugerido ainda que estes cistos possam surgir de ductos excretores da glândula sublingual ou de glândulas
salivares menores, e que o tecido linfoide associado representa uma resposta imunológica secundária.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
O cisto linfoepitelial oral apresenta-se como uma massa submucosa pequena, geralmente menor que 1 cm de
diâmetro
O cisto pode ser firme ou mole à palpação, e a mucosa de revestimento é macia e não ulcerada
a lesão é branca ou amarela e muitas vezes contém em sua luz ceratina com aspecto caseoso ou cremoso
O cisto geralmente é assintomático, embora, ocasionalmente, alguns pacientes queixem-se de tumefação ou
drenagem
Mais frequente em adultos jovens
Se desenvolvem em soalho bucal, lateral da língua e ventre e amígdala palatina ou no palato mole
Cistos do Desenvolvimento
Cisto linfoepitelial oral
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
cavidade cística revestida por epitélio escamoso estratificado sem projeções
para o conjuntivo
Este epitélio é classicamente paraceratinizado com células epiteliais
descamadas preenchendo a luz do cisto
O achado mais notável é a presença de tecido linfoide na parede cística
Usualmente, mas nem sempre, os centros germinativos podem estar presentes
TRATAMENTO
O cisto linfoepitelial oral é em geral tratado pela excisão cirúrgica e a recidiva
geralmente não ocorre. Pelo fato de a lesão ser assintomática e inócua, a
biópsia nem sempre é necessária, desde que a lesão seja característica o
bastante para o diagnóstico ser feito com base na clínica.
Cistos do Odontogênicos
Cisto dentígero
O cisto dentígero é definido como um cisto que se origina pela separação do folículo que fica ao redor da
coroa de um dente incluso
O cisto dentígero envolve a coroa de um dente impactado e se conecta ao dente pela junção amelocementária
A patogênese desse cisto é incerta, mas aparentemente ele se desenvolve pelo acúmulo de fluido entre o
epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
As características histopatológicas do cisto dentígero variam, dependendo de se o cisto está inflamado ou não
No cisto dentígero não inflamado, a cápsula de tecido conjuntivo fibroso está arranjada frouxamente e contém
considerável substância fundamental amorfa composta por glicosaminoglicanos. O revestimento epitelial
consiste em duas a quatro camadas de células achatadas não ceratinizadas, e a interface entre o epitélio e o
tecido conjuntivo é plana
No cisto dentígero inflamado, que é razoavelmente comum, a cápsula fibrosa é mais colagenizada, com um
infiltrado inflamatório crônico variável. O revestimento epitelial pode mostrar quantidades variáveis de
hiperplasia com o desenvolvimento de cristas epiteliais e características escamosas mais definidas. Pequenos
ninhos de células sebáceas podem ser notados raramente dentro da parede cística
O exame macroscópico da parede de um cisto dentígero pode revelar uma ou muitas áreas de espessamento
na superfície do lúmen
a consideração mais importante a ser feita é certificar-se de que a lesão não representa um processo
patológico mais significativo (p. ex., um ceratocisto odontogênico ou um ameloblastoma)
Cistos do Odontogênicos
Cisto dentígero
Cistos do Odontogênicos
Cisto dentígero
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
O tratamento usual para um cisto dentígero é a cuidadosa enucleação do cisto juntamente com a remoção do
dente não erupcionado. Se a erupção do dente envolvido for considerada possível, então o dente pode ser
deixado em seu local após a remoção parcial da cápsula cística
Grandes cistos dentígeros também podem ser tratados por meio de marsupialização, que permite a
descompressão do cisto, com resultante redução no tamanho do defeito ósseo. O cisto pode então ser excisado
em um momento posterior, com um procedimento cirúrgico menos extenso
O prognóstico para a maioria dos cistos dentígeros é excelente, e raramente nota-se recidiva após a remoção
completa do cisto
possibilidade de o revestimento de um cisto dentígero sofrer transformação neoplásica para um
ameloblastoma
Cistos do Odontogênicos
Cisto de erupção
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
O cisto de erupção surge como um aumento de volume de consistência mole, frequentemente translúcido, na
mucosa gengival que recobre a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção. A maioria dos
exemplos é observada em crianças com menos de 10 anos de idade
a lesão é mais comumente associada a incisivos centrais decíduos inferiores, a primeiros molares
permanentes e a incisivos decíduos superiores.
O trauma em sua superfície pode resultar em uma quantidade considerável de sangue no fluido cístico, o que
concede uma cor azul a marromarroxeada ao cisto. Essas lesões algumas vezes são denominadas de
hematoma de erupção
Cistos do Odontogênicos
Cisto de erupção
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Eles exibem o epitélio oral de superfície na porção superior. A
lâmina própria subjacente mostra infiltrado inflamatório variável.
A porção profunda do espécime, que representa o teto do cisto,
mostra uma fina camada de epitélio escamoso não ceratinizado
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
Pode não haver necessidade de tratamento porque o cisto geralmente
se rompe espontaneamente, permitindo a erupção do dente. Se isso não
acontecer, então a simples excisão do teto do cisto geralmente permite
a rápida erupção do dente.
Cistos do Odontogênicos
Cerarocisto odontogênico
O ceratocisto odontogênico é uma forma diferente de cisto odontogênico do desenvolvimento que surge a
partir dos restos celulares da lâmina dental
seu crescimento pode estar relacionado a fatores desconhecidos, inerentes ao próprio epitélio ou à atividade
enzimática na parede cística
Pequenos cistos, cordões ou ilhas satélites de epitélio odontogênico podem ser observados na cápsula
fibrosa
Alguns investigadores reconhecem uma variante microscópica ortoceratinizada e incluem tal lesão como
um subtipo do ceratocisto odontogênico. Contudo, esses cistos não demonstram a camada basal
hipercromática e em paliçada, que é tão característica dos verdadeiros ceratocistos odontogênicos. Além
disso, o comportamento clínico desses cistos ortoceratinizados difere marcantemente daquele dos típicos
cistos paraceratinizados descritos nesta seção.
Cistos do Odontogênicos
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
O revestimento cístico é composto por epitélio escamoso estratificado, que
mostra uma superfície ortoceratinizada de espessura variada. Os grânulos
de cerato-hialina podem ser proeminentes na camada superficial do epitélio
subjacente à ortoceratina. O revestimento epitelial pode ser relativamente
delgado, e uma camada basal em paliçada proeminente, característica do
ceratocisto odontogênico, não está presente
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
A enucleação seguida de curetagem é o tratamento usual para os cistos
odontogênicos ortoceratinizados.
As recidivas raramente têm sido observada
não estão associados à síndrome do carcinoma nevoide basocelular
Cistos do Odontogênicos
Cisto gengival do recém nascido
Os cistos gengivais do recém-nascido são pequenos, superficiais e com conteúdo de ceratina, que são encontrados na
mucosa alveolar de crianças. Esses cistos se originam dos remanescentes da lâmina dental. desaparecem
espontaneamente através de sua ruptura dentro da cavidade oraL.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os cistos gengivais do recém-nascido surgem como pequenas pápulas esbranquiçadas, geralmente múltiplas, na
mucosa que recobre o processo alveolar dos neonatos.
tamanho: 2 a 3 mm
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Revestimento epitelial delgado e achatado, com uma superfície luminal paraceratótica. O lúmen contém fragmentos
de ceratina
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
Nenhum tratamento e prognóstico bom
Cistos do Odontogênicos
Cistos do Odontogênicos
Cisto gengival do adulto
O cisto gengival do adulto é uma lesão incomum. Considera-se que represente a contraparte em tecidos moles do
cisto periodontal lateral
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Como o cisto periodontal lateral, o cisto gengival do adulto mostra uma predileção marcante para ocorrência na
região de canino e pré-molares inferiores
mais comumente encontrados em pacientes na quinta e sexta décadas de vida.
Eles estão, quase que invariavelmente, localizados na gengiva vestibular ou na mucosa alveolar.
Clinicamente, os cistos aparecem como um nódulo indolor, em forma de cúpula, em geral com menos de 0,5 cm
de diâmetro
Eles frequentemente são de cor azulada ou cinza-azulada.
Em alguns casos, o cisto pode causar uma “reabsorção em taça” superficial do osso alveolar, se torna aparente
quando o cisto é excisado. Se houver ausência de maior quantidade de osso pode se dizer que é um cisto
periodontal lateral
Cistos do Odontogênicos
Cisto gengival do adulto
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
revestimento epitelial delgado e achatado, com ou sem placas
focais que contêm células claras
Pequenos ninhos de células claras ricas em glicogênio, que
representam restos de lâmina dental, também podem ser
observados no tecido conjuntivo circunjacente
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
O cisto gengival do adulto responde bem à simples excisão
cirúrgica. O prognóstico é excelente.
Cistos do Odontogênicos
Cisto periodontal lateral
O cisto periodontal lateral é um tipo incomum de cisto odontogênico do desenvolvimento que ocorre tipicamente
ao longo da superfície radicular lateral de um dente. Acredita-se que surja dos restos da lâmina dental e represente
a contraparte intra-óssea do cisto gengival do adulto
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
O cisto periodontal lateral apresenta uma cápsula fibrosa delgada, geralmente sem inflamação, com um
revestimento epitelial que possui, em sua maior parte, apenas de uma a três camadas de espessura ( células
escamosas achatadas, mas algumas vezes as células são cuboides).
Alguns cistos apresentam espessamentos nodulares focais do epitélio de revestimento, que são compostos
principalmente por células claras
Restos epiteliais dessas células algumas vezes podem ser observados dentro da parede fibrosa
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
A enucleação conservadora do cisto periodontal lateral é o tratamento de escolha. Geralmente, isso pode ser
atingido sem dano aos dentes adjacentes. A recidiva não é comum
Cistos do Odontogênicos
Cistos do Odontogênicos
Cistos do Odontogênicos
Cisto periapical; Cisto radicular
O epitélio na região do ápice de um dente desvitalizado presumivelmente pode ser estimulado pela
inflamação para formar um cisto verdadeiramente revestido por epitélio ou cisto periapical.
A resposta inflamatória parece aumentar a produção do fator de crescimento de ceratinócitos pelo estroma
das células periodontais, levando ao aumento da proliferação de epitélio normalmente quiescente na região.
a fonte da inflamação pode ser uma doença periodontal ou a necrose pulpar com disseminação através de
um forame lateral
A fonte epitelial é formada pelos restos epiteliais de Malassez
Duas variações de cistos periapicais:
1. Os cistos periapicais baía têm como característica um revestimento epitelial incompleto
2. Os cistos periapicais verdadeiros formam uma estrutura semelhante a um saco, com revestimento epitelial
completo
Cistos do Odontogênicos
Cisto periapical; Cisto radicular
são caracterizados por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestida por epitélio com um lúmen
contendo líquido e restos celulares. A medida que o epitélio se descama para o interior do lúmen, aumenta o
conteúdo proteico. Ocorre a entrada de fluido no lúmen, na tentativa de equilibrar a pressão osmótica,
promovendo um crescimento lento
O tecido inflamatório periapical que não foi curetado no momento da extração do dente pode dar origem a
um cisto inflamatório chamado de cisto periapical residual.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
O cisto é revestido por epitélio escamoso estratificado, pode apresentar exocitose, espongiose ou hiperplasia
células mucosas dispersas ou áreas de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado podem ser observados nos
cistos periapicais
epitélio semelhante ao respiratório também pode ser observada nos cistos em mandíbula
O lúmen do cisto pode ser preenchido por fluido e restos celulares.
Algumas vezes, o revestimento epitelial pode apresentar calcificações lineares ou em forma de arco,
conhecidas como corpúsculos de Rushton
Calcificações distróficas, cristais de colesterol com células gigantes multinucleadas, hemácias e áreas de
pigmentação por hemossiderina podem estar presentes no lúmen, na cápsula ou em ambos.
A cápsula do cisto consiste em tecido conjuntivo fibroso denso, muitas vezes com infiltrado inflamatório
contendo linfócitos variáveis, permeados por neutrófilos, plasmócitos, histiócitos e (raramente) mastócitos e
eosinófilos.
Cistos do Odontogênicos
Cisto periapical; Cisto radicular
Ocasionalmente, as cápsulas dos cistos inflamatórios podem conter corpos hialino dispersos. Esses corpos se
apresentam como pequenas poças circunscritas de material eosinofílico que exibe uma periferia ondulada de
colágeno condensado muitas vezes circundado por linfócitos e células gigantes multinucleadas
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
O cisto periapical é tratado da mesma maneira que o granuloma periapical.
extração ou o tratamento endodôntico conservador não cirúrgico deve ser realizado, tumores maiores se
indica a excisão cirusrgica
Cistos do Odontogênicos
Cisto periapical; Cisto radicular
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