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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL

CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZÔNIA


CURSO DE ODONTOLOGIA

TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE UM ABCESSO PERIAPICAL NO


ELEMENTO 22

Renata Cristina Silva Duarte


Sergio Martins Almeida

Tucuruí – PA
2022
FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL
CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE ODONTOLOGIA

TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE UM ABCESSO PERIAPICAL NO


ELEMENTO 22

Renata Cristina Silva Duarte


Sergio Martins Almeida

Trabalho apresentado como um artigo da


disciplina Clínica Integrada I, para os
Docentes Profº. Me. Lucas Bittencourt,
Profª. Ma. Marlene Oliveira e Profª Vanessa
Sassi do Curso de Bacharelado em
Odontologia, da Faculdade de Teologia,
Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel-
Fatefig.

Tucuruí – PA
2022
Caso clínico/Report Case

Tratamento Endodôntico de um Abcesso


Periapical no elemento 22: Relato de Caso
Clínico. odontological treatment of a
periapical abscess in element 22: Clinical
Case Report.

Renata Cristina Silva Duarte


Sergio Martins Almeida
Discentes de Odontologia na Faculdade De Teologia, Filosofia E Ciências Humanas
Gamaliel – Fatefig.Tucuruí-PA

RESUMO
Introdução: Um abscesso periapical é um processo inflamatório e infeccioso que
consiste em um acúmulo de pus na raiz de um dente, na maioria das vezes, se propagou
no dente aos tecidos circundantes e ocorre em dentes que sofreram necrose pulpar
(desprovido de polpa vital). O abcesso pode ser um processo agudo ou um processo
crónico. Apesar de serem causados pelos mesmos fatores etiológicos, a reação do
organismo e o nível de agressão podem ser os fatores diferenciadores. Se tratando de um
abscesso agudo o quadro costuma ser doloroso e pode vir acompanhado de
manifestações sistêmicas como febre, enfartamento ganglionar, podendo até mesmo
gerar trismo. Já em sua forma crônica, seu processo inflamatório e de formação do
pus se dá lentamente e sem um desconforto importante para o paciente deve ser tratada
de forma adequada para que esta não se torne novamente uma lesão aguda. Objetivo:
Este presente artigo tem como objetivo relatar e descrever um caso de abcesso periapical
e seu diagnóstico, evolução clínica e tratamento endodôntico do elemento 22. Caso
Clínico: Paciente R.F.C., sexo masculino de 28 anos de idade, melanoderma, tabagista e
etilista. Compareceu na Clínica Odontológica da Faculdade De Teologia, Filosofia E
Ciências Humanas Gamaliel – Fatefig, com queixa de que precisava ‘’ fazer um
tratamento de canal no dente 22’’. Considerações finais: Diante do exposto, sabe-se
que há uma importância da realização de um correto diagnostico para a execução de um
adequado tratamento. Levando em conta, a realidade do quadro clínico e todos os sinais
e sintomas apresentados pelo paciente, obteve-se o diagnóstico diferencial de abscesso
periapical e se deu início ao tratamento endodôntico (Necropulpectomia). É importante
ressaltar que embora o tratamento tenha sido bem executado do ponto de vista clínico e
radiográfico, o acompanhamento do caso clínico deve ser realizado por meio de
radiografias, até que a cura possa ser estabelecida com a neoformação óssea na
região periapical.

Palavras Chaves: Abcesso Periapical, Tratamento Endodôntico, Necrose Pulpar

ABSTRACT
Introduction: A periapical abscess is an inflammatory and infectious process consisting
of an accumulation of pus at the root of a tooth, most often spread from the tooth to the
surrounding tissues and occurs in teeth that have undergone pulpal necrosis (devoid of
vital pulp). Abscess can be an acute process or a chronic process. Despite being caused
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by the same etiological factors, the organism's reaction and the level of aggression can

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be the differentiating factors. In the case of an acute abscess, the picture is usually
painful and may be accompanied by systemic manifestations such as fever, ganglionic
infarction, and may even cause trismus. In its chronic form, its inflammatory process
and formation of pus occurs slowly and without significant discomfort for the patient, it
must be treated appropriately so that it does not become an acute injury again.
Objective: This present article aims to report and describe a case of periapical abscess
and its diagnosis, clinical evolution and endodontic treatment of element 22. Reporte
Case: Patient R.F.C., male, 28 years old, melanoderma, smoker and alcoholic. He
attended the Dental Clinic of the Faculty of Theology, Philosophy and Human Sciences
Gamaliel - Fatefig, with a complaint that he needed to ''do a root canal treatment on
tooth 22''. Councluiding finais: Given the above, it is known that it is important to
carry out a correct diagnosis for the execution of an adequate treatment. Taking into
account the reality of the clinical picture and all the signs and symptoms presented by
the patient, the differential diagnosis of periapical abscess was obtained and the
endodontic treatment (Necropulpectomy) was started. It is important to point out that
although the treatment was well performed from a clinical and radiographic point of
view, the follow-up of the clinical case should be carried out using radiographs, until
healing can be established with new bone formation in the periapical region.

Key words: Periapical Abscess, Endodontic Treatment, Pulp Necrosis

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................06
2. CASO CLÍNICO..............................................................................................07
3. DISCUSSÃO.....................................................................................................09
4. CONCLUSÃO..................................................................................................10
5. REFERENCIAS...............................................................................................10

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Introdução O abcesso pode ser um processo agudo


ou um processo crónico. Apesar de
A zona apical é uma estrutura dinâmica serem causados pelos mesmos fatores
composta de tecidos que suportam e etiológicos, a reação do organismo e o
envolvem o dente. Esses tecidos nível de agressão podem ser os fatores
incluem ligamento periodontal, cemento diferenciadores. Se tratando de um
e osso alveolar. O suprimento vascular e abscesso agudo o quadro costuma ser
o nervoso para o tecido também são doloroso e pode vir acompanhado
críticos para o bom funcionamento do de manifestações sistêmicas como
tecido periodontal. Um abscesso febre, enfartamento ganglionar,
periapical é um processo inflamatório e podendo até mesmo gerar trismo. Já em
infeccioso que consiste em um acúmulo sua forma crônica, seu processo
de pus na raiz de um dente, na maioria inflamatório e de formação do pus
das vezes, se propagou no dente aos se dá lentamente e sem um desconforto
tecidos circundantes e ocorre em dentes importante para o paciente deve ser
que sofreram necrose pulpar tratada de forma adequada para que esta
(desprovido de polpa vital). É uma não se torne novamente uma lesão
infecção na qual o corpo ataca muitos aguda. Os sinais mais comuns do
glóbulos brancos (leucócitos). O pus é Abcesso são: Dor, Sensibilidade e
um acúmulo desses glóbulos brancos, Edema e vermelhidão da zona afetada.
tecido morto e bactérias. Às vezes, o Formação de uma fístula, pus e
pus de uma infecção dentária se espalha dificuldade ao mastigar.
da ponta do dente pela gengiva até
inchar perto da raiz. Inchaço com pus é
geralmente a causa de dor intensa Sendo assim, o não tratamento de
persistente que piora ao mastigar. abcessos periapicais pode resultar em
Devido à estreita relação anatômica consequências mais graves tais como a
entre a polpa dentária e o tecido parúlide (abcesso noutra área da
periapical, as alterações periapicais na cavidade oral por onde drena o
polpa são muito comuns. Quando ocorre exsudado), ou celulites faciais. Para
um processo inflamatório na polpa minimizar as chances de disseminação
dentária, se não for tratado a tempo, é perigosa da infecção, os dentistas tratam
fácil se espalhar para o periapical estas um abscesso imediatamente pela
lesões são quase sempre causadas pela drenagem do pus, o que requer cirurgia
disseminação de micróbios que oral para extrair o dente ou tratamento
colonizam o tecido do ligamento de canal, isso tudo varia do caso. Os
periodontal na polpa necrótica. antibióticos, de fato, ajudam a parar
com a infecção, mas a eliminação da
polpa infectada e a drenagem do pus
Dependendo da localização do dente, a
constituem as medidas mais importantes
infecção pode se espalhar para os
para o devido tratamento.
tecidos moles (celulite), causando
inchaço na mandíbula, no assoalho da Dessa forma, a melhor abordagem para
boca ou nas bochechas. Eventualmente, a recuperação da infecção dentária desse
o tecido pode rasgar, permitindo que o devido paciente do caso clínico que será
pus seja drenado. Espalhar uma relatado é o tratamento endodôntico. No
infecção que afeta o trato respiratório qual de forma suscita promove uma
pode ser grave e até mesmo fatal. satisfatória desinfecção dos canais
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radiculares, através de ações mecânicas foi o dente de escolha primaria para o seu
em conjunto com associações químicas,
estabelecendo a cura do processo
infeccioso.
O presente trabalho teve como objetivo
relatar e descrever como um Caso
Clínico de Abcesso Periapical e
Tratamento Endodôntico no elemento
22.

Caso Clínico

Paciente R.F.C., sexo masculino de 28


anos de idade, melanoderma, tabagista e
etilista. Compareceu na Clínica
Odontológica da Faculdade De
Teologia, Filosofia E Ciências
Humanas Gamaliel
– Fatefig, com queixa de que precisava
‘’ fazer um tratamento de canal no dente
22’’. Na avaliação da história médica,
não foi observada nenhuma alteração
sistêmica. No exame físico extrabucal
não foi verificado assimetria facial ou
sinais clínicos de inflamação. Durante o
exame físico intrabucal, observou-se a
presença de um ‘’antigo’’ edema
correspondente ao elemento 21 e 22, no
qual no 22 já possuía uma restauração
com carie profunda. Foi realizada a
palpação, percussão vertical e
horizontal, na qual a paciente não
relatou sintomatologia dolorosa e o teste
deu negativo. Radiograficamente
observou- se imagem radiolúcida
circunscrita ao ápice radicular dele, foi
observado também que o elemento 21
precisaria de tratamento endodôntico
(fig. 02) sendo sugestivo de abscesso
periapical. Após a coleta dos dados,
chegou-se ao diagnóstico de abscesso
periapical (necrose pulpar).

O tratamento de escolha para o dente 21


e 22 foi o endodôntico
(Necropulpectomia) preparo do canal
radicular e a obturação, o elemento 22
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tratamento no final das sessões foi
aplicando Resina Flow antes da
restauração Classe III com Resina
Composta. Esse processo foi
divido em três sessões.

Figura 01. Aspecto Clínico Inicial.

Figura 02. Aspecto Radiográfico Inicial.

Na primeira sessão foi realizado


apenas a abertura coronária, onde
foi irrigado e aspirado com
hipoclorito e EDTA. A utilização
das soluções irrigadoras
proporciona uma significativa
redução no número de
microrganismos presentes no
interior do sistema de canais
radiculares. Porém, em alguns
casos, como esse se faz necessário
o emprego

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da medicação intracanal entre sessões, realizada pelo próprio


com o objetivo de potencializar o
processo de desinfetação do sistema de
canais radiculares e com isso favorecer
o processo de reparo periapical. Por
tanto, foi aplicado a medicação
intracanal e o curativo de demora junto
com a prescrição de Antibióticos. O
Paramonoclorofenol Canforado (PMCC)
utilizado como a medicação intracanal.
Possui ação bactericida inespecífica
destruindo um grande espectro de
micro- organismos. Uma boa medicação
intracanal deve apresentar potencial
antimicrobiano, ser biocompatível e
estimular a reparação tecidual pós-
tratamento dos canais radiculares. A
abertura tem que estar seca, para usar
uma bolinha de algodão, passada no
produto e secada com outro pequeno
rolo de algodão, com a bola de algodão
seca, contendo o medicamento, é então
colocada no canal. Dessa maneira, é
fechado com o curativo de demora
cimento de óxido de zinco e
eugenol reforçado (IRM). Foi prescrito
para o paciente Amoxicilina 700mg e
Ibuprofeno 200mg de 8/8 horas.

O paciente retornou a clínica após 21


dias (fora do prazo de retorno para a
continuação do tratamento). Na segunda
sessão, clinicamente notou-se que
próximo ao ápice dos elementos 21 e 22
estava anormal. Durante o atendimento
o paciente confessou não ter tomado os
antibióticos corretamente. Pelos
motivos de demora do retorno do
paciente a clínica e pelo mesmo não ter
tomado os medicamentos corretamente
surgiu uma aparição de Edema após
abertura coronária. Dessa forma, nessa
mesma sessão o curativo (IRM) foi
retirado junto com a medicação
intracanal (PMCC). No Edema não foi
encontrado fistula, de modo que, o
sugestivo era uma inflamação nesses
ápices. A drenagem do abcesso foi

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canal radicular, após ser feito a
descontaminação com ação
químico mecânica do conduto
radicular e a ampliação do forame
apical, com uma lima endodôntica,
sem demora, foi posto novamente
a medicação intracanal e o
curativo, assim fechando
novamente a abertura e fazendo
prescrição de medicamentos via
oral.

Figura 03. Aspecto Clínico –


Edema de inflamação diante dos
elementos 21 e 22.

Figura 04. Imagem Radiográfica -


elemento 22.

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Na terceira e última sessão foi realizado cimento, com movimentos circulares


a instrumentação e obturação do canal. para o cimento “encostar” nas paredes,
Na odontometria já feita de modo que selecionando o espaçador e calibrar com
#26 era o número aparente do dente, o limitador de borracha 2 mm aquém do
#23 da LAI, #25 como o comprimento comprimento real de trabalho (CRT)
de trabalho e então #25 de Gutta Pechar. inserindo espaçador com ligeira pressão
A obturação dos canais radiculares apical até “no máximo" tocar o
compreende o preenchimento completo limitador no ponto de referência,
do espaço criado com a remoção da ‘’pressionando’’ as Gutas pecha. Foi
polpa e preparo biomecânico, com repedido várias vezes até a fechada do
materiais de propriedades físicas e canal. O excesso de material foi
biológicas apropriados. Para a removido com o Condensador de Paiva,
realização dessa obturação foi pego um assim tendo um grande sucesso da
cone principal com o número igual a obturação do elemento 22 (fig. 06).
LAF e calibrado no canal (fig. 05)
fazendo a prova do cone. Observando se
o cone atinge o comprimento de
trabalho e oferece resistência para ser
removido ou empurrado.

Figura 06. Imagem Radiográfica –


elemento 22 Obturação do canal.
Figura 05. Imagem Radiográfica –
elemento 22 prova do cone.
Discussão

Com o cone já bem definido foi feito a Segundo alguns autores, um abscesso
manipulação do cimento, sendo periapical é definido como um acúmulo
espatulado até completa agudo de células inflamatórias no ápice
homogeneização. Envolvendo de um dente não vivo, e uma lesão
totalmente o cone principal com o inflamatória aguda com formação de
cimento obturador, assim, assentando o abscesso pode ser uma alteração inicial
cone principal, totalmente envolto em na periapical ou uma exacerbação aguda
do dente, lesão os alvéolos
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cronicamente inflamados podem necrose parcial,


apresentar edema, sensibilidade,
mobilidade e/ou deslocamento dentário.
Pode ocorrer tumefação, sensibilidade,
mobilidade e/ou deslocamento dental.

De acordo com Giansante Júnior et al


(2001) além dos exames
complementares como as tomadas
radiográficas, devemos promover a
limpeza dos espaços interdentais e a
remoção da lesão cariosa, se ela estiver
presente. Em casos de necrose pulpar,
no qual foi o caso desse devido
paciente, há área radiolúcida periapical,
visível radiograficamente, caracteriza
uma infecção de longa duração, onde as
bactérias estão difundidas no sistema de
canais radiculares, incluindo as
ramificações, túbulos dentinários e
cemento apical. A importância do
curativo de demora como complemento
a ação do preparo biomecânico nestas
situações tem sido demonstrada. O uso
de medicação intracanal auxilia no
controle pós-operatório, visto que o
preparo mecânico sozinho não alcança
todo sistema de canais laterais e
acessórios e os túbulos dentinários.
Existem diversas opções de curativos de
demora, como antibióticos associados
com corticoides, compostos fenólicos
(PMCC) e hidróxido de cálcio, no caso
clínico o curativo de demora utilizado
foi o (PMCC). Fechar um diagnóstico
muitas vezes pode parecer simples.
Entretanto, quando se vê uma
radiografia que apresenta uma lesão
radiolúcida na região periapical nem
sempre será um abcesso crônico, um
granuloma ou um cisto. Cada caso nos
irá conduzir a um diagnóstico. Shin et al
(2009) mostra em um relato de caso que
no meio do procedimento endodôntico
podemos mudar o diagnóstico e o que
parecia ser não é o que realmente é. De
um abscesso supurativo e necrose
pulpar total, pode- se passar para uma

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mudando o norte do plano de resultar em um prognostico incerto. O
tratamento a ser estabelecido para acompanhamento clínico e radiográfico
o caso. pós-operatório deverá ser realizado após
o tratamento para observação de algum
A infecção do canal radicular não é insucesso ou alterações não previstas.
um evento aleatório. O tipo e a
mistura da flora microbiana se
desenvolvem em resposta ao
ambiente circundante.
Microrganismos que estabelecem
no canal radicular tratada
experimentar um ambiente de
diversidade nutricional. Em
contraste, o canal da raiz bem
cheia oferece a flora microbiana de
um espaço pequeno, seco,
nutricionalmente limitado. Santos
(2014) citou que o sucesso do
tratamento centraliza na
eliminação dos microrganismos
agressores. Se o dente puder ser
mantido, a terapia endodôntica
deve ser feita. O tratamento
indicado para lesões endodônticas,
com ou sem envolvimento do
periápice, tem sido o tratamento de
canal radicular. Quando apenas
este não consegue restabelecer a
integridade dos tecidos periapicais,
podemos lançar mão das cirurgias
parendodônticas. Neville; Damm;
Allen (2009), e Lopes, Siqueira
Junior (2010), concordam que o
tratamento de escolha para o
abscesso periapical é o tratamento
endodôntico convencional, quando
este falhar, deve- se optar pelo
retratamento endodôntico antes de
se considerar a realização de uma
cirurgia parendodôntica. A cirurgia
parendodôntica tem por objetivo
promover o isolamento do canal
radicular, evitando à contaminação
bacteriana nos tecidos apicais e
periapicais, estimulando, dessa
forma, a cicatrização. Ressalta-se
que o procedimento cirúrgico só
deve ser instituído a pós o
tratamento convencional do
conduto radicular ou quando
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Giansante Júnior et al. (2001) relata 2. SOUSA, E.L.R.; FERRAZ,


outra vez que a preservação, assim C.R.; GOMES, B.P.F.A.;
dizendo, o acompanhamento do caso PINHEIRO, E.T.; TEIXEIRA,
tratado, é uma etapa que não pode ser F.B.; SOUZA FILHO, F.J.
negligenciada, sendo necessário a Bacteriological study of root
cooperação por parte do paciente canais associated with periapical
atendendo as chamadas de retorno. abscesses. Oral Surg oral Med
Oral Pathol Oral Radial Endod.
2003; 96: 332-9.
Conclusão
3. https://www.dentalweb.com.br/p
Diante do exposto, foi possível concluir aramonoclorofenol-canforado-
que há uma importância da realização pmcc-biodinamica
de um correto diagnostico para a
execução de um adequado tratamento. é 4. AZAMBUJA TWF DE,
possível perceber que a condição de um BERCINI F, MOSCHEN AZ,
abscesso periapical por demandar de WHEISSHEIMER AP,
um processo lento e normalmente REINHARDT L. Abscesso
assintomático, faz com que o paciente crônico Associado à fístula
não perceba o que está acontecendo extra-oral: revisão de
até que ocorra o surgimento de alguma literatura e apresentação de
inflamação. Levando em conta, a caso clínico e cirúrgico.R. Fac.
realidade do quadro clínico e todos os Odontol.1998; 39 (1): 09-13.
sinais e sintomas apresentados pelo
paciente, obteve-se o diagnóstico 5. CANDIDO JÚNIOR, W. Lesão
diferencial de abscesso periapical e se Periapical:Caso Clínico.
deu início ao tratamento endodôntico Londrina.2012.18p. Trabalho de
(Necropulpectomia). É importante conclusão de curso.
ressaltar que embora o tratamento tenha Universidade Estadual de
sido bem executado do ponto de vista Londrina.
clínico e radiográfico, o
acompanhamento do caso clínico deve 6. IDE, P.T. Avaliação
ser realizado por meio de radiografias, comparativa do pós operatório
tanto do elemento 21 no qual o em pacientes portadores de lesão
tratamento foi realizado separadamente periapicais quando da utilização
como do elemento 22, até que a cura de iodofórmio e hidróxido de
possa ser estabelecida com a cálcio. São Paulo.2009.15p.
neoformação óssea na região periapical. Trabalho de conclusão de
curso.Universidade Cruzeiro do
Sul.
Referencias

1. COHEN, S.; BURNS, R.C.


Caminhos da polpa. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara
Koogan S.A.; 2000.

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