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FACULDADE SETE LAGOAS – FACSETE

Pós-Graduação em Odontologia

José Ítalo Santana Lins

RETRATAMENTO ENDODONTICO COM CLOREXIDINA EM PRIMEIRO MOLAR


INFERIOR:

Um estudo de caso

Recife
1
2022

José Ítalo Santana Lins

RETRATAMENTO ENDODONTICO COM CLOREXIDINA EM PRIMEIRO MOLAR


INFERIOR:

Um estudo de caso

Monografia apresenta ao curso de


especialização Lato Sensu da Faculdade Sete
Lagoas - FACSETE -, como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em
Endodontia.
Orientador: Profª Alessandra Souza Leão Costa
Lima
Coorientador:
Área de concentração: Odontologia

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José Ítalo Santana Lins

RETRATAMENTO ENDODONTICO EM PRIMEIRO MOLAR INFERIOR:

Um estudo de caso

Monografia apresenta ao curso de


especialização Lato Sensu da Faculdade Sete
Lagoas - FACSETE -, como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em
Endodontia.
Área de concentração: Odontologia

Aprovado em ___/___/___ pela banca constituída dos seguintes professores:

Recife, 21 de outubro de 2022


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AGRADECIMENTOS

Como disse Snoop Dogg: Primeiramente eu quero me agradecer.

Eu quero me agradecer por ter confiado em mim mesmo nos momentos em


que tive dúvidas a respeito das minhas capacidades; por ter encarado uma área que
estava fora da minha zona de conforto; por ter trabalhado duro para chegar aonde
eu cheguei; por não ter desistido; e por ter encarado dia após dia o medo de falhar.

Quero agradecer também a minha amiga Izakelly Elias que me encorajou em


ligações duradouras; minha amiga Keila Jeane que me orientou pacientemente nos
meus primeiros dias de trabalho com Endodontia; e a minha psicóloga que me
ajudou a enfrentar “o novo”.

E sou grato aos meus mestres e professores que dividiram comigo seus
conhecimentos, tanto em sala de aula quanto na clínica, sempre dispostos a debater
sobre a Endodontia. Em especial os professores Silvio Menezes, Glauco Ferreira,
Alessandra Lima, Nathalia Ferraz e Flavia Cavalcanti.

4
RESUMO

O retratamento endodôntico é um procedimento de intervenção clínica mediante o


insucesso endodôntico, com o objetivo de remover o material obturador infectado,
promover a desinfecção através de limpeza, ampliação dos canais e modelagem, e
por fim o selamento obturador satisfatório coroa-ápice. Esse procedimento pode ser
de modo convencional não cirúrgico ou através de cirurgia parendodontica. A falha
do tratamento endodôntico pode ocorrer devido às técnicas empregadas pelo
profissional ou pela persistência de microrganismos dento do sistema de canais
radiculares, o qual é amplamente complexo, após resistirem ao tratamento anterior
e/ou a medicação intracanal, causando alterações patológicas inflamatórias. O
objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de retratamento endodôntico de um
primeiro molar inferior (36) com histórico de fistula, dor e margem radiolúcida
indicando lesão periradicular. O retratamento foi realizado com limas reciprocantes
Pro R para desobturação, limas rotatórias Sequence para instrumentação, agitação
ultrassónica da solução irrigadora e obturação com cone único.
Palavra-chave: Endodontia, Retratamento, Clorexidina, Hidroxido de Cálcio, Canal
radicular.

5
ABSTRACT

Endodontic retreatment is a procedure of clinical intervention through endodontic


failure, with the objective of removing the infected filling material, promoting
disinfection through cleaning, expansion of the canals and modeling, and finally the
satisfactory crown-apex sealing. This procedure can be conventionally non-surgical
or through endodontic surgery. Endodontic treatment failure may occur due to the
techniques employed by the professional or the persistence of microorganisms within
the root canal system, which is largely complex, after resisting previous treatment
and/or intracanal medication, causing inflammatory pathological changes. The aim of
this study is to report a clinical case of endodontic retreatment of a lower first molar
(36) with a history of fistula, pain and radiolucent margin indicating a periradicular
lesion. Retreatment was performed with Pro R reciprocating files for deobturation,
Sequence rotary files for instrumentation, ultrasonic agitation of the irrigating solution
and single-cone obturation.

Key Words: Endodontics, Retreatment, Chlorhexidine, Calcium Hydroxide, Root


Canal.

6
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 08

2 RELATO DE CASO ................................................................................... 10

3 DISCUSSÃO .............................................................................................. 13

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 15

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 16

ANEXO A - RADIOGRAFIAS DO RETRATAMENTO.................................. 18

ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO ........ 19

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1 INTRODUÇÃO

O tratamento endodôntico tem como objetivo desinfectar o espaço do canal radicular


para erradicar a microbiologia bacteriana que esteja causando infecções patológicas
e prevenir a reinfecção no sistema de canais e tecidos periapicais, podendo assim
preservar o elemento dentário na boca do paciente ofertando maior longevidade
(Fabbro, et al 2016).

O sucesso do tratamento é observado mediante sinais clínicos satisfatórios, como a


ausência de dor, não apresentar histórico de fistulas, edemas ou qualquer
inflamação no elemento dentário e a preservação funcional do dente (Prada et al
2019).

Contudo, o tratamento habitual dos canais radiculares também está sujeito ao


insucesso. E existe fatores variados que são frequentemente apontados para que
isso possa ocorrer. Como a permanência de bactérias no espaço radicular, preparo
químico-mecânico inadequado, obturação ineficiente, anatomia do dente, canais não
tratados, restauração deficiente e etc. (Wong 2004).

O retratamento endodôntico surge então como uma opção de contornar a resultado


insatisfatório do tratamento inicial, sendo indicado em casos de dentes que já foram
submetidos ao tratamento endodôntico, mas que ainda apresentam sintomas e
sinais clínicos-radiográficos de alterações provocadas por microbiologia patológica
persistente. O retratamento pode ser realizado de forma convencional não-cirúrgico
ou com intervenção cirúrgica parendodôntica (Souza et al 2015)

Com o avanço da tecnologia surgiram técnicas disponíveis para facilitar o


retratamento endodôntico, seja o convencional ou cirúrgico, possibilitando assim
trabalhar dentro da complexidade anatômica do sistema de canais radiculares e
promover a desobturação do cimento e da guta-percha de forma satisfatória e ideal.
Temos à disposição os instrumentos rotatórios de níquel-titânio (Ni-Ti), os
instrumentos térmicos, as limas manuais de aço inoxidável, e as pontas
ultrassônicas. (Michelon et al 2016)

Apesar de todos esses dispositivos disponíveis para o retratamento, a


instrumentação mecânica exclusiva não é suficiente para produzir uma desinfecção
eficaz devido a complexa anatomia dos canais radiculares. A persistência de

8
agentes bacterianos no canal radicular após a obturação é o principal causador da
infecção persistente. É essencial que o procedimento seja feito de forma químico-
mecânica. O hipoclorito de sódio (NaOCl) é a solução irrigadora mais empregada em
tratamentos e retratamentos endodônticos, seja ele cirúrgico ou não cirúrgico, devido
a sua reconhecida eficácia antimicrobiana e propriedades de dissolução tecidual.
Sendo a concentração de 2,5% a mais utilizada. E como irrigante alternativo ao
NaOCl temos a Clorexidina (CHX) que é conhecida pela sua atividade
antimicrobiana de amplo espectro e e toxicidade consideravelmente menor do que o
Hipoclorito de sódio. A concentração de CHX mais utilizada para o tratamento do
canal radicular é de 2%. (Ruksakiet et al 2020)

Somado ao preparo químico-mecânico, a medicação intracanal é um complemento


importante para combater microrganismos que conseguem permanecer no interior
dos sistemas de canais radiculares mesmo após insistente instrumentação e uso de
solução irrigadora. A medicação mais utilizada é o Hidróxido de cálcio associado a
veículos medicamentosos. Possui comprovada eficácia no combate ao Enterococcus
faecalis, que a principal bactéria causadora do insucesso endodôntico. (Lemos et al
2015).

Ainda atrelado às soluções irrigadoras, o uso de ultrassom vem sendo recorrente


para maximizar a desinfecção dos canais radiculares através de irrigação
ultrassônica passiva (PUI). A PUI tem o potencial de remover detritos dentinários,
tecido orgânico e hidróxido de cálcio de áreas inacessíveis do canal radicular.
(Michelon et al 2016)

O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de retratamento endodôntico


convencional de um primeiro molar inferior com histórico de fistula e edema após 2
anos de tratamento.

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2 RELATO DE CASO

Paciente S.F.L.S., 33 anos, gênero feminino, leucodermia, buscou atendimento na


Clínica Escola do CPGO-Recife relatando dor espontânea há mais de dois meses na
região do dente 36, o qual havia sido submetido a tratamento endodôntico há mais
de dois anos. A paciente informou que havia procurado serviço de dentística para
restaurar a coroa do dente 36, o qual estava com material provisório devido a uma
fratura da restauração em resina há mais de seis meses, mas foi indicada a fazer o
retratamento do elemento dentário após relatar histórico recorrente de volume na
mucosa vestibular indicando presença de infecção no elemento.

Mediante o exame clínico a paciente relatou ter dermatite alérgica, mas não era
portadora de qualquer doença sistêmica e não tinha alergia a fármacos. No exame
intraoral foi observado aumento de volume na mucosa vestibular, indicando a
presença de um edema, mas com ausência de fistula e bolsa periodontal. No exame
físico foi realizado teste de percussão vertical e horizontal, se mostrando
assintomática, mas testou positivo no teste de palpação do elemento dentário. Não
havia mobilidade do elemento.

Ao realizar o exame radiográfico intraoral (Fig.1), verificou-se material provisório na


coroa do elemento e a imagem do tratamento endodôntico realizado no dente 36. O
elemento dentário apresentava obturação insatisfatória e margem radiolúcida
indicando lesão periradicular. Foi esclarecido à paciente a necessidade de uma nova
intervenção endodôntica, sendo dessa vez o retratamento do elemento dentário não
cirúrgico e a mesma concordou.

O procedimento foi iniciado com anestesia na região próxima a rafe


pterigomandibular para executar a técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior e
técnica infiltrativa na região de mucosa vestibular do elemento 36, administrando
cloridrato de articaina 4% (40mg/ml) com epinefrina (0,01 mg/ml). O isolamento
absoluto foi realizado com grampo especial W8A, que é indicado para molares
pouco retentivos.

Para remoção do material provisório foi utilizado broca esférica diamantada 1012 e
1014 (KG) até a visualização da guta-percha na entrada dos canais radiculares. A

10
desobturação dos canais foi realizada com a linha de limas reciprocantes Pro-R
25mm (MK Life), que são confeccionadas com ligas de NiTi com tratamento térmico
e são indicadas para tratamento endodôntico e desobturação, conferindo preparo
mais seguro. Após conferir o CAD dos canais radiculares (MV: 18mm, ML: 18mm e
D: 19mm) foi utilizado a lima #25.08 (CAD - 2mm) para desobturação, acionando no
motor endodôntico (MK Life). Fazendo movimento de avanço e recuo, sem
necessidade do uso de solventes no processo.

Em seguida foi feita uma nova radiografia periapical (Fig.2) do elemento dentário
para conferir a remoção da guta-percha no interior dos canais.

Após isso foi feito a exploração dos canais radiculares utilizando as limas especiais
#8, #10, #15 (C-Pilot) e #25 (Hedstroem) associado com irrigação e

aspiração da solução irrigadora Clorexidina Gel 2% e soro fisiológico. A irrigação foi


realizada com seringa de 5ml (Ultradent).

Os canais radiculares foram secados com cone de papel absorvente (MK Life) e foi
introduzido em seus interiores a medicação intracanal na forma de pasta após
manipulação de Hidróxido de Cálcio associado com Clorexidina Gel 2%. Em seguida
foi colocado uma pelota de algodão estéril no interior da cavidade coronária, a qual
foi preenchida com ionômero de vidro (CIV) como material provisório devido a sua
propriedade de adesão a estrutura dentária, ofertando vedamento satisfatório. A
primeira sessão foi encerrada com a volta da paciente marcada para 30 dias.

Na segunda sessão foi relatado pela paciente melhoras significativas, não se


queixando mais de dor ou de volume na mucosa vestibular. Demos então
continuidade ao retratamento. A paciente foi devidamente anestesiada,
administrando cloridrato de articaina 4% (40mg/ml) com epinefrina (0,01 mg/ml),
fazendo um novo bloqueio do nervo alveolar inferior e isolamento absoluto utilizando
grampo especial W8A.

Para remoção do CIV foi utilizado a broca esférica diamantada 1012 (KG). Os canais
radiculares foram instrumentados inicialmente com as limas especiais #8, #10 e #15
(C-Pilot) em CAD - 2mm, com irrigação de Clorexidina Gel 2% e Soro fisiológico,
para exploração dos canais e remoção parcial da medicação intracanal. A

11
odontometria foi realizada com o auxílio do localizador apical foraminal E-Pex Pró
(Mk Life), sendo o CRT igual ao CAD.

O preparo químico-mecânico foi feito com as limas rotatórias Sequence 25mm (MK
Life) e com Pro-R 25mm (Mk Life), proporcionando limpeza, ampliação e modelagem
dos canais, com irrigação de Clorexidina Gel 2% e Soro fisiológico alternada com
exploração da lima #15 (C-Pilot). A técnica de instrumentação empregada foi crown
down. Os canais MV, ML e D foram ampliados com as limas #15/04, #20/06, 25/06 e
#35/04, mas o canal Distal também foi instrumentado com as limas #40/06 e #50/05
Pro-R devido ao seu diâmetro, garantindo uma limpeza mais segura das paredes
internas. O instrumento memória (IM) dos canais MV e ML foi #35 e do D foi a lima
#45, as quais estraram mais justas respectivamente. Os cones de guta-percha foram
selecionados, foi realizado o teste radiográfico através de radiografia periapical (Fig.
3) e em seguida foram mergulhados em Clorexidina Gel 2%.

O protocolo de irrigação para remoção do smear leayes foi realizado com a técnica
PUI (Passive Ultrasonic Irrigation) com Easy Clean acoplada no micromotor, fazendo
3 ciclos de 20 segundos cada, alternando as soluções irrigantes Clorexidina Gel 2%
e EDTA 17% (Biodinâmica). Com irrigação abundante de Soro Fisiológico. Em
seguida os condutos foram secos com cones de papel absorvente estéreis (MK Life).

A obturação do canal radicular foi realizada com cone de guta-percha 35/04 da


Sequence (MK Life) para os canais MV e ML e cone de guta-percha 50/05 da Pro-R
(MK Life) para o canal D. O cimento endodôntico manipulado e utilizado foi o Sealer
Plus (Dentsply Sirona). Em seguida foi retirado a radiografia periapical final (Fig. 4)
com os canais obturados.

Foi realizado a restauração provisória com Ionômero de Vidro (CIV) e a paciente foi
encaminhada para Dentistica, a fim de devolver a anatomia coronária.

12
3 DISCUSSÃO

A ciência que envolve o tratamento endodôntico tem por finalidade reverter a doença
existente através de uma intervenção antibacteriana, a qual é avaliada como
sucesso na ausência de sintomatologias, como dor, fistula e edema.
Estrela et al (2014) diz que o êxito do tratamento endodôntico para o dentista é a
ausência de dor, a imagem radiográfica do canal radicular preenchido pelo material
obturador sem evidência de inflamação apical e um dente bem restaurado
funcionalmente. Já para o paciente, o que determina o sucesso do procedimento de
forma essencial é a ausência da dor.
Contudo, a taxa de sucesso do tratamento endodôntico varia entre 85% e 90%. Nem
sempre o Endodontista obtém o resultado almejado e tem que encarar o insucesso
pois é uma possível consequência.
O retratamento endodôntico tem então como princípio contornar o procedimento
endodôntico que não foi bem-sucedido. A proposta do retratamento é desinfectar os
canais radiculares, modelar as paredes ampliando-as para evitar resquícios de focos
de contaminação e promover selamento ápice-coronal satisfatório.
Diversos estudos apontam as bactérias e seus subprodutos como os principais
fatores em casos de insucessos endodônticos. Seja por microrganismos que
resistem e se proliferam dentro do espaço radicular e apical, até atingir um número
suficiente para causar lesão periradicular, ou por contaminação pela cavidade oral
devido a infiltrações, perda de restauração, cárie que atingem o material obturador e
etc. Dentre as bactérias mais resistentes se destaca a Enterococcus faecalis.
A agitação da solução irrigadora maximizada através da técnica PUI (Passive
Ultrasonic Irrigation) consegue combater bactérias localizadas dentro da complexa
anatomia interna dos canais radiculares, acessando canais laterais, deltas apicais e
túbulos dentinários. Vivian et al (2016) comenta que apenas o método convencional
de irrigação não é suficiente para acessar todas essas estruturas internas, e também
não consegue atuar em todas as paredes, deixando regiões significativas repletas
de bactérias.
No relato de caso, foi utilizado a irrigação ultrassónica passiva (PUI) como auxiliar ao
processo de desinfecção. O instrumento utilizado foi a Easy Clean acoplada ao
micromotor devido a sua capacidade mais plástica de percorrer o espaço curvo dos
canais mesiais vestibular e lingual, proporcionando a remoção de detritos e
microrganismos.
Apesar da solução irrigadora NaOCl (Hipoclorito de Sódio) ser a mais utilizada em
tratamentos e retratamentos endodônticos, para este relato de caso foi optado o uso
da Clorexidina Gel 2%, a qual pode ser utilizada como irrigante e como medicação
intracanal. A Clorexidina se mostra uma escolha mais ideal para o retratamento
endodôntico devido as suas principais propriedades. (Gatelli et al 2014) destaca na
Clorexidina a ação antimicrobiana de amplo espectro, a ação reológica facilitando a
remoção de detritos e a vantagem exclusiva da CHX de substantividade, se ligando
as superfícies dentárias, gerando uma aderência prolongada, e promovendo uma
13
atividade antimicrobiana de longa duração. Algo ideal para combater pequenos
focos de bactérias remanescentes.
No relato de caso, a paciente retornará após 06 meses para uma avaliação clínica-
radiográfica afim de observar a preservação do retratamento.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto neste relato de caso e na discussão do mesmo, é possível


concluir que a Endodontia tem à sua disposição a ciência e os meios necessários
para recuperar e preservar um elemento dentário que apresente sinais de insucesso
endodôntico. Cabe ao profissional compreender a gama microbiológica e anatômica
dos dentes para que possa agir usando os recursos possíveis para ter um
procedimento propenso ao êxito.

15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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and Sodium Hypochlorite in Root Canal Disinfection: A Systematic Review and
Meta-analysis of Randomized Controlled Trials. Journal of Endodontics, 2020.
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cálcio associado a veículos medicamentosos no combate ao enterococcus
faecalis no interior do canal radicular: uma revisão de literatura. Rev. Odontol.
Univ. Cid. São Paulo, 2015.
8. Estrela C, Holland R, Estrela CRA, Alencar AHG, Neto MDS, Pecora JD.
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12. Macedo IL, Neto IM. Retratamento endodôntico: opção terapêutica do
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Endodontic retreatment: Analysis of three specialists’ retreatment rates.
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Antimicrobial Activity and Physicochemical Properties of Antibiotic Pastes
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effects of its use in endodontics. Quintessence international, 2015.

17
ANEXO A – RADIOGRAFIAS DO RETRATAMENTO

Fig. 1 Fig. 2

Fig. 3 Fig. 4

18
ANEXO B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

19
20

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