Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Obturação não é com guta-percha > porque ela não reabsorve e a raiz sim
- Faz a obturação infantil com pasta de óxido de zinco e eugenol > antes dele, coloca
formocresol (bolinha de algodão)
- “formocresol casa com óxido de zinco e eugenol”
Processo carioso
Uma cárie, mesmo sendo só em esmalte, tem repercussão ao nível pulpar > essa polpa
reage ao estímulo iniciando um processo inflamatório compatível com o tamanho da
agressão > mecanismos de defesa entram em ação > quando esses mecanismos são
vencidos = início de necrose pulpar (necrobiose) > produção de enzimas que destroem
fibras e evitam as trocas metabólicas > polpa se torna um ótimo canal para proliferação de
microrganismos (temperatura alta + alto teor de O2) = microorg. aeróbios G+ proliferam
rapidamente > polpa necrosada cada vez mais, aumentando a chance de haver lesão >
pois, com a proliferação rápida e exacerbada, há a migração para outra regiões do dente,
como o ápice dentário (lesão periapical) e túbulos dentinários > nos túb. dentinários, a oferta
de O2 diminui > aparecimento de microorg. anaeróbios G- = são mais virulentos > liberam
subprodutos tóxicos bacterianos, favorecendo reabsorção óssea e radicular.
- Necrose tipo I: dente com necrose pulpar mas sem lesão radiográfica
➔ microrganismos não estão nos túbulos dentinários/periápice, mas sim na luz
do canal principal
➔ os microrganismos são do tipo gram +
➔ mais fácil de tratar
- Necrose tipo II: dente com necrose pulpar e com lesão radiográfica
➔ microrganismos já estão em todo o sistema de canais radiculares
➔ nesse tipo se faz uma medicação ao invés de só fazer limagem > implica-se
em mais sessões
➔ a lesão não é no periápice, mas sim na região de furca > cheia de foraminas
e canalículos que favorecem o deslocamento/proliferação dos microrg.
Exame clínico
- Inspeção visual (cárie, fratura, vermelhidão, fístula, edema)
➔ observar se o dente rompeu ou não a cripta do permanente > se rompeu =
remove o decíduo, porque significa que a lesão já chegou no permamente
➔ por mais que o pct tenha fístula, é preciso anestesia > pq ela pode estar em 1
dos canais e, no outro, ele pode vir a sentir dor
- Palpação
➔ se tiver lesão periapical, o pct já diz logo
- Percussão dentária
➔ em crianças muito pequenas isso não é feito > pode perder o
condicionamento
- Sondagem
➔ pra ver se tem bolsa periodontal
- Mobilidade dentária
➔ fisiológica: por conta da rizólise + época de esfoliação
➔ patológica: por conta de cárie, por exemplo
- Teste de sensibilidade pulpar
➔ em crianças muito pequenas isso não é feito > pode perder o
condicionamento
Exame radiográfico
- Avaliação se tem comunicação cárie-câmara pulpar | lesão de furca e seu tamanho
Tipos de pulpite
- Pulpite reversível: mais fácil de tratar
➔ dor provocada + localizada + intermitente + baixa/moderada
➔ geralmente responde mais aos estímulos frios
➔ polpa com consistência e resistente ao corte
➔ sangramento suave vermelho brilhante
➔ radiografia de aspecto normal
➔ tratamento: remoção de tecido cariado > vedamento da cavidade
(capeamento pulpar indireto) | capeamento pulpar direto > em casos de
exposição pulpar acidental ou em traumatismo com até 24h antes da rizólise |
se não responder ao capeamento direto, faz uma pulpotomia (remoção da
polpa coronária)
- Pulpite irreversível
➔ dor espontânea + difusa/reflexa + contínua + alta
➔ costuma reduzir ao estímulo frio e exacerbar com estímulos quentes
➔ dor prolonga durante os testes
➔ não alivia com analgésicos
➔ sangramento intenso ou ausente ou, ainda, de cor escura ou muito clara
➔ radiografia de aspecto normal ou com ligeiro espessamento do ligamento
periodontal + lâmina dura intacta
➔ tratamento: anti-inflamatório por 3 dias (ibuprofeno 50mg/ml, 1-2 gotas/kg,
3-4 vezes por dia durante 3 dias) > pulpectomia (remoção da polpa) ou
pulpotomia não vital
Necrose pulpar
- Dor ausente ou ausência de dor à palpação/percussão (necro I) ou dor à palpação
apical (necro II)
- Ausência da mobilidade dentária
- Polpa necrosada, sem sangramento e não responde aos testes
- Coroa dentária pode estar escurecida
- Tratamento: pulpectomia
- Indicações
➔ dentes com polpa normal ou pulpite reversível > se fosse irreversível, teria
contaminação
➔ grande exposição pulpar
➔ dentes com menos de ⅓ de rizólise
➔ dentes passíveis de restauração
- Uso do formocresol > análogo do tricresol usado em adultos
➔ deixa uma bolinha de algodão em contato com a polpa durante 5min até
estancar o sangramento > não estancou? = coloca por mais 5min, fazendo o
máximo de 10min e não passando disso; se estancar, ótimo; se não, o
quadro sai de uma pulpite reversível para uma pulpite irreversível > tto =
pulpectomia ou pulpotomia não vital
➔ ele vai causar uma necrose superficial, “mumificando” uma porção pulpar
- Mecanismo de ação (formocresol)
➔ necrose por coagulação > vai coagular as proteínas e estimular o processo
de regeneração
➔ cuidado com a toxicidade > em pulpite reversível, não pode deixar mais que
10min = vai mumificar tudo, ou seja, até a polpa que estava sadia
- Procedimento
1. Radiografia inicial
2. Remoção do tecido cariado
3. Irrigação da cavidade
4. Abertura da câmara pulpar (coronária)
5. Irrigação e aspiração
6. Remoção da polpa coronária = sangramento
7. Hemostasia com solução fisiológica
➔ ajuda a parar o sangramento se a polpa tiver inflamada de forma reversível >
se for irreversível = sangramento não para
8. Curativo com formocresol durante 5min > se não estancar, mais 5min
➔ não usa hidróxido de cálcio porque ele vai manter a irritação pulpar e
necrosar a polpa que ficou restante no conduto
9. Obturação da câmara pulpar/entrada dos canais com cimento de óxido de zinco e
eugenol > mumificação
10. Selamento da cavidade
➔ ex: CIV autopolimerizável > porque o eugenol aplicado antes atrapalha a
fotopolimerização do CIV fotopolimerizável
11. Restauração definitiva
➔ ex: resina ou amálgama ou CIV
12. Radiografia final
13. Proservação
- Indicações
➔ dentes com pulpite irreversível ou necrose
➔ dentes com grande destruição coronária e necessidade de pinos intracanais
➔ dentes com pelo menos ⅔ de raiz
➔ dentes com edema, fístula ou abscesso
➔ dentes com reabsorção radicular patológica ou destruição óssea
perirradicular
➔ ausência de infecção periapical envolvendo a cripta do sucessor
➔ ausência de reabsorção interna ou externa
➔ pct colaborativo
Pulpectomia Sem Lesão | Terapia Pulpar
- Instrumentação é mais simples
- Aqui não faz desbridamento foraminal > porque é sem lesão
- Procedimento | 1ª Sessão (instrumentação + formocresol)
1. Radiografia inicial
2. Determinação do comprimento de trabalho (CT)
➔ retira de 1mm do ápice = mas só se o germe do dente permanente estiver no
ápice do decíduo > se tiver iniciado a erupção, o CT vai ser na altura do
germe permanente
3. Isolamento + remoção de tecido cariado
4. Irrigação com hipoclorito 1%
5. Abertura da câmara pulpar (coronária)
6. Neutralização do conteúdo dos canais
➔ com o que?
7. Limagem (limas tipo Kerr)
➔ se a lima #25 prender, usa-se ela + #30 + #35 no CT
➔ não faz escalonamento
➔ lembrar de irrigar a cada troca de lima
8. Curativo com formocresol
➔ deixa de 5 a 10 dias
9. Restauração provisória
➔ ex: CIV (?)
- Procedimento | 2ª Sessão (obturação OZE + restauração)
1. Isolamento absoluto
2. Remoção do selamento provisório
3. Remoção do curativo de formocresol
4. Inicia a obturação com cimento de óxido de zinco e eugenol
5. Restauração definitiva
➔ base com CIV > RC
6. Radiografia final
7. Proservação
Acompanhamento pós-operatório
Por 4 anos ou até a esfoliação do dente
- Sempre realizar exames de imagem
- Ausência de dor, fístula ou abscesso
- Ausência de mobilidade dentária
- Ausência de reabsorção radicular patológica
- Reparo das áreas radiolúcidas periapicais com recuperação da lâmina dura
- Rizólise fisiológica
Diferenças entre a terapia pulpar decídua X permanente > colocar pro final
- Quando há lesão, ela se concentra na região de furca
- É mais simples do que no permanente > complicado é o manejo da criança
➔ não precisa levar o pct pra radiografar com a lima
- Dente jovem: rico em células
- Dente senil: menos céls de defesa e mais fibras
- Não se pode fazer capeamento pulpar direto em dente com rizólise completa
- Não faz o escalonamento
➔ porque ele serve só pra fazer o batente e adequar o cone guta-percha > nos
decíduos a obturação é com cimento OZE e ele, por ser fluido, já toma a
forma do canal, além das paredes de esmalte decíduas serem muito finas
➔ usa-se só a lima que prendeu e suas subsequentes no CT
- Não usa tricresol, mas sim formocresol
➔ porque o tricresol age à distância e pode acabar lesionando o germe
permanente