Você está na página 1de 4

Preparos posteriores 22/03/23

Prof. Karin Egger

O primeiro passo é o diagnóstico. É a hora de entender aquele caso, saber


definir o que vai ser necessário fazer.
1. Avaliação periodontal (entender a saúde da gengiva daquele elemento,
sondar)
2. Avaliação endodôntica (saber quando e como foi realizado aquele canal
e se precisa ser retratado)
3. Exames de imagem (avaliar radiograficamente o elemento, fraturas, etc)
4. Avaliação oclusão estática e dinâmica (avaliar a oclusão e guias,
principalmente)
5. Avaliação de parafunção (bruxismo, apertamento, etc)
Planejamento
Qual material vai ser utilizado?
Trincas
Se for em esmalte, não é tão preocupante, obviamente, dependendo do nível
da trinca. No entanto, se a trinca estiver em dentina é um caso mais complexo
e é muito comum que no local da trinca a sonda periodontal desça mais.
Começa desgastando até que consiga eliminar a trinca. Quando o dente está
com canal tratado, não precisa se preocupar. Do contrário, precisa ser mais
cauteloso. Se a trinca realmente estiver muito grande, abaixo do nível
periodontal, o dente está condenado e o tratamento será exodontia.
NÃO PODE TER TRINCA E CÁRIE NA ZONA DO SELADO PERIFÉRICO (3
a 4mm contando desde a margem do esmalte). PESQUISAR ZONA DO
SELADO PERIFÉRICO.
A junção amelo-dentinária é o “amortecedor” das trincas e muda o sentido da
carga através de uma horizontalização.
Eu posso deixar cárie em dentina afetada caso eu faça uma restauração
adesiva, isto é, remoção seletiva de cárie. Não pode deixar cárie amolecida.
“A vida dos dentes sempre na frente da vida das restaurações.”
ESPIRAL DA MORTE
1. Lesão cariosa primária
2. Restauração pequena
3. Lesão cariosa secundária
4. Restauração grande
5. Inlay/Onlay
6. Coroa total
7. Perda de vitalidade
8. Endodontia
9. Retentor intraradicular
10. Fratura
11. Exodontia
Análise estrutural
1) Integridade estrutural
Dente livre de trincas e sem cárie em dentina.
Oclusão mutuamente protegida
Guia canino: movimento guiado pelos caninos, sem toques em incisivos nem
em dentes posteriores tanto no lado de trabalho quanto no lado de balanceio.
A dentina é um tecido vivo com muitas terminações nervosas.
Passo a passo
1. Isolamento;
2. Remoção da restauração antiga;
3. Limpeza da cavidade (pedra pomes, clorexidina a 2%, jato de óxido de
alumínio - bioart +/- 500 reais);
4. Sistema adesivo (de acordo com a marca);
Além disso, deve seguir uma conduta clínica específica
1. Remoção da restauração em amálgama
2. Diminuir a propagação da trinca
3. Eliminar trauma oclusal, ajustando guias
4. Controlar parafunção
Trincas em dentina
Geralmente, causa dor ao mastigar, dor ao frio e dor ao doce.

TRÍADE DENTAL
1. Esmalte (recebe altas cargas compressivas, resistência)
2. Junção amelo-dentinária (amortece cargas compressivas, dissipa)
3. Dentina
Bio-cúpula
As cúspides servem para receber altas cargas compressivas, mais
especificamente o esmalte. A bio-cúpula é contabilizada a partir do equador
protético.
Bio-aro
É contabilizado abaixo do equador protético. Serve para tomarmos cuidado ao
desgastar, isso confere resistência ao dente.
Análise do risco a fratura
1. Trinca em dentina
2. Mais de 2mm de ístimo intercuspídeo (quanto maior, mais fragilizado)
3. Menos de 3mm de espessura das cúspides
4. Mais de 4mm de profundidade

Tipos de “bloco”:
 INLAY (sem envolvimento de cúspides, ex.: Classe I);
 ONLAY (envolvimento de cúspides parcialmente, ex.: Classe II);
 OVERLAY (envolvimento de todas as cúspides, mas ainda com
estrutura);
 TABLE TOP (envolvimento de todas as cúspides, mas ainda com muita
estrutura).
PREPAROS PARA ONLAY
Remoção da restauração antiga, tendo cuidado com a polpa ou canal tratado.
Sempre deve-se fazer selamento dentinário para proteger o canal que já foi
tratado ou então proteger a dentina. Além disso, o selamento dentinário
dispensa o uso de dycal como forramento, desde que você tenha confiança no
processo do seu trabalho e dos materiais que serão utilizados, como por
exemplo, o sistema adesivo que foi escolhido.
Selamento dentinário
1. Adesivo;
2. Flow;
3. Resina composta;
4. Alisamento/arredondamento da cavidade.
PREPAROS PARA OVERLAY
O protocolo é quase o mesmo que onlay, no entanto, é necessário que
sejamos mais conservadores no selamento dentinário para não criar espessura
considerável.
Para a cimentação, refazer o protocolo de limpeza da cavidade e
condicionamento ácido e adesivo por cima da resina. Também deve ser feito o
condicionamento da peça.
O RIBBOND É TRANSLÚCIDO, ou seja, o paciente pode achar que é
tecido cariado.
PREPAROS PARA COROA TOTAL
Princípios básicos
É preciso avaliar bem o periodontal e o endodôntico para a confecção da coroa
total.
A escolha dos materiais depende da retenção mecânica.
Podem ser: metaloceramica, zircônia, resina composta, emax e feldspatica.
A feldspática para posteriores não serve.

Você também pode gostar