Endodontia
14/08/23
Tratamento de canal
(base do dente)
-Anatomia dentária, Isolamento absoluto e
radiologia .
‘’Na endodontia trabalhamos no escuro’’
Por isso, a radiografia é tão importante.
Ela é usada para guiar todo o tratamento
de canal.
- Obs: atenção no processamento
da radiografia juntamente com a posição
ideal do cabeçote.
É necessário saber a maneira
ideal de armazenar a radiografia para
evitar que aconteça algum tipo de
mancha.
Especialidade responsável pelo estudo da
polpa dentária, de todo o sistema de
canais radiculares e dos tecidos
periapicais, bem como das doenças que
os afligem.
No meio do nosso dente tem a polpa que
é constituída de tecido conjuntivo frouxo,
que consegue ser removido. Responsável
pela sensibilidade do dente. ( possui
vasos sanguíneos e nervos)
Quando a polpa dentária sofre algum tipo
de agressão, que pode ser necrosada e
pode ir além da estrutura dentária
propriamente dita. Logo, você vai tratar o
do dente, polpa, e tecidos periapicais.
° Agressão química - Clareamento, por
exemplo
° Trauma- perde a proteção da polpa,
fratura de um dente
- Resposta da polpa a agressão
1° Resposta a uma agressão =
2°dor =
3° processo inflamatório ou infeccioso =
4° pode levar a necrose tecidual
5° pode atingir o osso ( e isso não causa
dor)
-> o objetivo do tratamento endodôntico é
a limpeza, ampliação e modelagem do
canal radicular para que ele possa
receber o material obturador.
-> Só é feito o canal quando existe um
processo inflamatório ou infeccioso
irreversível ou a necrose
A dentina pode causar sensibilidade,
devido aos túbulos dentinários que ao seu
final tem contato contato com a polpa.
Logo, se houver um tratamento
endodôntico o dente vai perder toda sua
vida, e automaticamente caso a dentina
seja exposta não haverá sensibilidade.
Remoção do tecido com ajuda de limas
para limpar o local onde estava a polpa
(atenção para não deixar nenhum
resíduo). Após o espaço ficar oco, vazio,
deve ser preenchido com obturação, afim
de ser restaurado e cumprindo sua função
anatômica e mecânica.

ANATOMIA INTERNA

É necessário conhecer a anatomia

específica de cada dente para saber a É importante conhecer quantos canais e
maneira ideal de tratar esse dente. raízes possui cada dente a fim de tratar o
problema sem deixar resíduos.

Falha em localizar, limpar e obturar um canal

leva ao insucesso, pois qualquer resíduo
deixado para trás trará problemas futuros.

Cada dente, além das características

anatômicas próprias do grupo dental, pode ter
algumas variações. Sendo assim, o
reconhecimento dessa variação é o primeiro e
mais importante passo para realizar o
tratamento.

‘’QUEM NÃO SABE O QUE PROCURA, NÃO

RECONHECE O QUE ENCONTRA’’

Diferentes métodos: secções macroscópicas,

diafanização e radiografia.

Diafanização: pega um dente, o descalcifica

(até virar uma gelatina, sem cor), pega tinta e
joga no dente. A tinta só vai ocupar o local
vazio
 Microtomografia: dentes extraídos a fim de
ser estudado, para saber a maior
probabilidade anatômica da maior parte dos
dentes. Inclusive os espaços do dente,
quantidade de mm de cada camada, qual a
curvatura dos canais, quantidade de canais.

REGRAS GERAL DA ENDODONTIA:

1) Anatomia da cavidade pulpar:

Não envolve apenas o canal, também a
câmara pulpar
- Câmara pulpar em seu interior é
localizada na polpa, que possui
canais.
- Cuidado na hora de procurar o
canal para não atingir a furca, e
Radiografia : bidimensional, não dá pra saber perfurar o dente e chagar o osso e
a profundidade (lingual/palatina) não atingir o canal

Tomografias: 3 dimensões, consegue estudar

toda a anatomia do dente. Todas suas
dimensões

- Vale ressaltar que dente
unirradicular não possui forca
https://sis.unileao.edu.br/uploads/1/2022_
MANUAL_LABORATORIAL_DE_ENDOD
ONTIA.pdf
2) A presença e um canal reto com
forame único é mais uma exceção
do que uma regra
A maioria das raízes são achatadas com
microcanais associados, automaticamente
os canais também são achatados.
Logo, existe um sistema de canais que
são complexos e é importante saber a
técnica e os materiais, instrumentais
corretos.
- 89% nos molares inferiores
- 75% nos incisivos inferiores
- 54% nos pré-molares superiores
Istmo: área estreita em forma de fita, que
conecta dois ou mais canais radiculares.
Estudos em dentes posteriores
demonstraram a presença do tecido
necrótico e biofilme nos istmos mesmo
após o preparo biomecânico dos canais
radiculares, indicando que os métodos de
desinfecção tem ação limitada nessas
regiões.
Consequência do achatamento dos cais=
presença de istm.
3) Anatomia interna
A Anatomia interna é reflexo da anatomia
externa.
Ex: a quantidade de cúspide reflete a
quantidade de canais. Se um dente
possui duas cúspides, vai possuir dois
canais .
4) O canal radicular pode apresentar,
com frequência, ramificações.
***Pode cair na prova***
2-Canais colaterais: seguem o canal
principal
3- Canal Lateral : sai do principal e vai
para a superfície do dente
4- Canal secundário, saí do principal e vai
para a região apical do dente
5- Canal acessório é aquele que sai do
canal secundário
6- Interconduto : liga o principal com
colateral
7- canal recorrente: Sai do principal e
volta para o principal
8:Canais reticulares: Forma rede de
canais
9- Delta apical: de um único canal que
forma delta apical
O segmento apical é considerado a região
mais crítica do sistema de canais
radiculares, no que tange à necessidade
de limpeza e desinfecção.
5- FORAME APICAL:
Vamos trabalhar a 1mm do ápice radicular
e a 0,5mm do forame do canal dentinário
http://blogs.unigranrio.br/bibliotecavirtual/fi
les/2021/03/Limite-Apical-de-Instrumenta
%C3%A7%C3%A3o-Endod%C3%B4ntica
_Uma-Revis%C3%A3o-de-Literatura.pdf
6) Diversidade anatômica
Diversidade de raça pode causar
diversidade anatômica
7) Leis da centralidade e concentricidade
- O assoalho pulpar sempre está
localizado no dentro do dente
- As paredes da câmera são
concêntricas em relação à
superfície externa do dente.
- A distância da superfície externa à
parede da câmera é semelhante
em todo dente.
8) Leis da simetria dos orifícios dos canais
(com excessão dos molares superiores)
-Estão equidistantes de uma linha média
imaginária que atravessa o dente no
sentido mesio-distal

Estão alinhados a uma reta imaginária
que passa perpendicularmente à esta
linha média mésio-distal
9) Lei da mudança de cor
A cor do assoalho pulpar é sempre mais
escura que a das paredes e do reto
-Assoalho bem mais escuro que a
dentina.
10) Leis da localização
-Na junção das paredes com o assoalho
-Nos ângulos da junção entre o assoalho
e as paredes da câmera
-No término das linhas de fusão do
desenvolvimento radicular
OBS: encontro da parede com assoalho
(nas extremidades angulares) = canal
11) Inclinação dos dentes
Atentar-se e respeitar a posição e
inclinação dos dentes
MORFOLOGIA DOS GRUPOS
DENTÁRIOS E CIRURGIA DE ACESSO
acesso coronário, abertura coronária,
preparo coronário, preparo intracoronário,
cavidade de acesso, acesso endodôntico
=
Isso é o preparo de uma cavidade que
inclui a porção da coroa do dente
removida para se ter acesso à cavidade
pulpar, representada tanto pela câmara
pulpar e canal radicular.
Preparo que cavitário para encontrar a
câmara pulpar e o canais radiculares
1. Remoção do teto da câmara
pulpar:
-Retenção dos restos pulpares,
sangue e resíduos.
-Não localização dos canais
2. Preservação do assoalho pulpar
REMOVER O TETO PULPAR = facilita o
acesso aos canais
1) Acesso à camara pulpar:
- Ponto de eleição
- Direção de trepanação
- Forma de contorno
 2) Refinamento:
-Forma de conveniência
-limpeza

3) Localização dos orifícios de

entrada dos canais radiculares
Incisivo central superior

-Raíz única, com pouca ou nenhuma

Espelho de primeiro plano é
curvatura
importantíssimo!
-Canal:
*único, reto e amplo
1) Acesso à câmara pulpar:
*levemente achatado para
mésio-distal
-Ponto de eleição: Ponto mais provável de
*mais achatado à medida que se
acesso à câmara pulpar. (sensação de
aproxima do forame apical
queda no vazio)
*dois ou três canais (2 ou 3)
“caí no vazio” = acesso a câmara pulpar
(0,6-1,5%)
*Canais acessórios 25%
-Direção de trepanação: qual a inclinação/
*Delta apicais :1%
direção que vai entrar com a broca.( Se
vai ser inclinada/perpendicular/à 45°???)
Maioria: Único, reto e amplo. Tratamento
endodôntico sem grandes dificuldades.
-Forma de contorno, desenho externo que
imita o desenho da câmera pulpar
- (dente mais suscetível a trauma)
Desenho final da câmara pulpar.
Curiosidade: Uma pessoa roeu o dente a
Basicamente: Eleger o ponto de eleição,
vida inteira e foi observado que o dente
desgastar as paredes, na extremidades
encontrava-se mais amarelado. Isso
do desenho está a câmara pulpar, onde
significa que devido ao trauma, por
vai ter os canais .
devesa o próprio organismo teve a
produção dentina, levando a calcificação
2) Refinamento:
da polpa e a não visualização dos canais.
Nesse caso, não tem como fazer um
- Acabamento, limpar para trabalhar
tratamento endodôntico ( já que não
no canal
existe canal ou câmara pulpar)
- Tirar o pedacinho de teto/polpa
para melhor acabamento
Acesso Incisivo Central Sup:
1) Ponto de eleição: área central da
3) Localização dos orifícios de
superfície palatina, próximo ao
entrada de canais
cíngulo
- Sonda reta

2) Direção de trepanação:
2.1) Perpendicular ao longo eixo
do dente (espessura do esmalte -
broca)
2.2) Paralela ao longo eixo do
dente
(atenção a posição da broca)
Forma de contorno: triangular com a base na
vestibular. ( ponta inativa - corta em
lateralidade)
Forma de conveniência:
Entrar com a broca esférica próximo ao
cíngulo perpendicular ao eixo do dente até
entrar toda pontinha da broca, depois
perpendicular à inclinação do dente ir com a
broca até a “queda no vazio”, conferir com a
sonda se realmente encontrou a câmara
pulpar. E depois com a broca inativa fazer a
forma de contorno ( que nesse caso é
triangular). Logo em seguida, fazer o
refinamento e por fim restauração.
Com ou sem isolamento absoluto?
-Começar sem isolamento,” caiu no vazio"
(câmara pulpar), isolamento imediato.
—>Começar sem isolamento para facilitar a
visibilidade do dente e sua angulação.
Incisivo central superior
Forame apical: lateralmente na raíz
- Diâmetro1mm:
Vestíbulo-lingual:0,34mm
mesio-distal:0,30mm
1 ou 2 canais, curvatura comumente para
distal.
Mais arredondado à medida que se
aproxima do forame apical
2,3,4 canais (raro)
Canais laterais: 4 a 26%
delta apicais: 3%
Este grupo possui a forma da raíz e
cavidade pulpar semelhante ao incisivo
central, porém com menor ramalho e
curvatura apical bem mais acentuada e
comumente voltada para distal
Variações anatômicas - localizado em
área de risco embriológico.
1) fusão ( junção de dentes)
2) Geminação (um que virou 2)
3) Radicular de grooves
4) Coroa conóide
5) Cúspede Talon (Dens Evaginatus)
 6) Dens Invaginatus

Fusão VS Geminação

Radicular Grooves: sulco tanto na

vestibular ou palatina ( estético), seu
maior problema é periodontal.

Dens Incaginatus, defeito na formação

dentária resultante da evaginação dos
tecidos coronários antes da calcificação
tecidual. Este tipo de anomalia pode
afetar tanto a dentição decídua quanto
permanente, sendo incisivos laterais os
mais afetados. —> Devido ao seu achatamento, pode
haver dois canais.

Incisivo Inferior
1 raíz, normalmente 1 ou 2 canais.
Cuidado!! esse dente engana
Raíz única, achatamento mésio distal,
com concavidade ao longo eixo da raíz
Canal: Único, ou duplo
2 canais: 11,5 a 44%
canais laterais: 2 a 20%
Ponto de eleição: Área central da
superfície lingual, próximo ao cíngulo.
Direção de trepanação: 1) perpendicular
ao eixo do dente (espessura do esmalte -
broca)
2) paralela ao longo eixo do dente
O tratamento endodôntico é bem parecido
com os do incisivos centrais e laterais
superiores, o que altera é o tamanho.
(que é menor os incisivos inferiores)

21/08/23
Caninos superiores
Raiz: única, cônica, robusta, longa e com
curvatura apical distal ou vestibular
Canal: único, geralmente oval em toda
extensão, maior diâmetro V-L no terço
médio
→ canais laterais: 3-30%
→ presença de delta apical: 3%
° Ponto de eleição: área central da
superfície da palatina, próximo do cíngulo
° direção de trepanação:
1- perpendicular ao longo eixo do dente
(espessura do esmalte- broca)
2- Paralela ao longo eixo do dente
° forma de contorno: oval
° Forma de conveniência: ombro lingual
Entrar com a broca esférica próximo ao
cíngulo perpendicular ao eixo do dente até
entrar toda pontinha da broca, depois
perpendicular à inclinação do dente ir com a
broca até a “queda no vazio”, conferir com a
sonda se realmente encontrou a câmara
pulpar. E depois com a broca inativa fazer a
forma de contorno ( que nesse caso é oval).
Logo em seguida, fazer o refinamento e por
fim restauração.
Canino Inferior
Por conta de possuir maior achatamento
do que o canino superior, pode possuir
até duas raízes e 1,2 ou 3 canais
Raíz: única ou duas, mais achatada
sentido M-D, curvatura para distal ou
vestibular
Canal: 2 ou 3, maior diâmetro V-L no
terço médio
- prevalência de ter 2 canais: 2%
→ Ponto de eleição: área central da
superfície palatina, próximo so cíngulo
→Direção de trepanação:
1- perpendicular ao longo eixo do
dente
2- paralela do longo deixo do dente
→ Forame oval
ATENÇÃO
→forma de contorno:
→ Incisivo CS: Oval: vestíbulo lingual
Inclinação do dente na arcada,
Desgaste excessivo na vestibular. →Forma de conveniência:
Istmo-achatamento
→Incisivo LS:
Inclinação do dente na arcada
Variações anatômicas: devido a
fissura que se fecha na região do
lateral (embrionária )

→ Incisivos Inferiores:
Ombro lingual
“ entra em profundidade e puxa para o
Dois canais
lado ”
→Caninos:
1°Pré molar Inferior
Ombro lingual

Raís: 1,2 ou 3 (totalmente separadas

ou fusionadas)
Dentes posteriores
- possuem sulcos radiculares
São difíceis de tratar pois podem
Pré molares Superiores: 1° e 2°
ocorrer dos canais se dividirem no
‘’meio’’, então ele pode comecar com
Raíz: 1,2,3
um canal, por exemplo, e no seu
1° pré superior: 2 raízes ( em mais de
decorrer ir subdividindo
50% dos casos, vestibular possui
formato oval com achatamento V-L
sulco na face P)
pode acontecer de ter 3 raízes,
devido ao achatamento da vestibular

2° pré superior: apenas 1 raíz

Sulcos radiculares: espessura de

dentina, problemas periodontais, bi ou
trifurcação

1°Pré Molar Superior !!!!Obs: A COROA tem inclinação, não

→Ponto de eleição : Centro oclusal o dente. Então, se atente a posição do
canal para não perfurar o dente !!!!!!
→Direção de trepanação: Leve
movimento do pêndulo no sentido
vestíbulo lingual
ATENÇÃO
PRIMEIRO PRÉ MOLAR SUPERIOR
• 2 canais - v e p
• 3 canais
PRIMEIRO PRÉ MOLAR INFERIOR
• Variação anatômica : inclinação da
coroa é diferente da inclinação do
dente.
• Inclinação - direção de trepanação
SEGUNDO PRÉ MOLAR SUPERIOR
• 1 canal
• ACHATAMENTO
SEGUNDO PRE MOLAR INFERIOR
. Variação anatômica
• Inclinação - direção de trepanação
Primeiros molares Superiores
Número de canais: 1,2,3 ou 4
por raíz
Geralmente 3 raízes, pode ocorrer
fusão de 1 ou 2 canais (raro), raiz
palatina cônica, e a raíz MV é mais
achatada para DV.
→ Consequência do achatamento: 2
canais
raíz DV: 1 ou 2 canais
raiz MV e P: 1 a 3 canais
4° canais: 88,2%
canais laterais:
MV:50
DV:35
P:45
→ menor frequência de mais de 1
canal por raíz nos 2°MS
Cirurgia de acesso: Atenção
→ Ponto de eleição Centro da fossa
mesial
Embaixo da ponte do esmalte não tem
nada, nenhum canal!! por isso
considerar o ponto de eleição é no
centro da fossa mesial
Ponte de esmalte: sempre para distal
→ direção de trepanação: vertical,
paralelo ao longo eixo do dente
→ Forma de contorno: triangular com
base para vestibular
→ Forma conveniência
→ caso tenha o 4° canal ele sempre
vai estar entre o canal da mésio
vestibular e palatina ( pela imagem
esse seria o MV2)
Molares Inferiores
→M: 2 ou 3
→D:1,2 ou 3 ( presença de istmos na
raiz mesial)
→Quando único, canal D bastante
achatado
→Canais laterais: Localizados
principalmente n a raiz mesial
Radix Entomolaris: Presença de uma
raiz adicional.
– localizada na posição
disto-lingual (radix entomolaris) e
possui sempre um único canal de
difícil localização.
- Achatamento dos molares
89,7%, ou seja, consequência
do achatamento é 2 canais
Molar Inferior
→Ponto de eleição: centro da fossa
central
→Direção de trepanação: vertical,
paralelo ao longo eixo do dente
→ Forma de contorno: triangular ou
trapezoidal
→ Forma de conveniência
ATENÇÃO
PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR
• 4 canais
• ponte de esmalte
PRIMEIRO MOLAR INFERIOR
. 4 canais;
• ACHATAMENTO - Istmo.
SEGUNDO MOLAR SUPERIOR
• achatamento - variação na
localização dos canais
SEGUNDO MOLAR INFERIOR
• 4 canais;
• achatamento - istmo.
REALIDADE X EXPECTATIVA
Ponto de eleição: Cárie e restauração
—> ( se tem restauração, tira tudo
independente para refazer depois,
pois se deu algum problema foi devido
ao que foi tratado anteriormente que
provavelmente deu infiltração)
Isolamento absoluto na Endodontia=
sinônimo de segurança
→ Método intrabucal empregado para
isolar um ou mais dente do contato
com a saliva e os fluidos orais durante
tratamentos clínicos restauradores e
endodônticos.
→ Impede contaminação
→Impede a entrada de exsudato de
instrumentos ou soluções irrigantes
→Não utilização é considerado
negligência do profissional

Como é borracha (latex), há pessoas
que tem alergia, então existem lençois
antialérgicos
11/09/2023
→ Soluções Irrigadoras
Ação mecânica: instrumental
Ação química: ação das soluções
irrigadoras
Ação física irrigação, aspiração
Complexidade Anatômica do SCR
Canais ovais ou achatados: possuem
dificuldade de serem removidos
devido sua forma, fator que dificulta a
ação mecânica de limpeza dessa
região instrumental), por isso a
solução irrigadora é extremamente
importante. Pois, essa solução
chegará onde o instrumento não vai,
limpando totalmente o canal
Objetivos da irrigação: Diluir tecidos
orgânicos vivos ou necrosados,
eliminação ou máxima redução de
microrganismos, a lubrificação,
quelação de íons de cálcio e a
suspensão de detritos provenientes da
instrumentação
-Fluxo de solução
Solução Irrigadora Ideal
1) Baixa tensão superficial:
(tensão superficial:capacidade
da água de formar uma película
de proteção, logo o ideal seria
baixa tensão para limpar todos
os canais)
2) Capacidade de dissolução de
tecido orgânico
→Tec. pulpar, mesmo vivo,
bactérias
3) Ação antimicrobiana
4) Ação Quelante: reação que vão
atrair íons metálicos ( no nosso
caso é o cálcio)
5) Lubrificação
6) Promova a suspensão de
detritos
7) Não irritante aos tecidos
periapicais
Soluções irrigadoras
1) Hipoclorito de sódio
2) clorexidina
3) Compostos halogenados
→ Hipoclorito de sódio (NaOCl)
1) NaOCl 0,5 ( estabilizadas com
ácido bórico ou bicarbonato de
sódio): Solução de Dakin ou
Daufresne
2) NaOCl: 1% estabilizada com
16% de cloreto de sódio:
Solução de Milton
3) NaOCl: 2-2,5%: água sanitária
4) NaOCl: 2,5%: solução de
labarraque
5) NaOCl 5,25% : Soda Clorada
NaOCl + H2O → HOCl + NaOH
HOCl: ácido hipocloroso, responsável
pela ação antimicrobiana que depende
exclusivamente do Ph acima de 9
 1) Hipoclorito de sódio
única solução irrigadora que
dissolve/ destrói os tecidos
orgânicos
para haver destruição de tecido
orgânico tem que ter:
-Relação entre o volume da solução e
a massa de tec orgânico
-superfície de contato entre tec. e
solução de hipoclorito
-Frequência de renovação da solução
no interior do canal
-Agitação mecânica ( aumento da
superfície de contato, mais locais ela
vai atingir)
-Tempo de ação
-Concentração
-Temperatura
-Reação química que destrói os
tecidos orgânicos:
1) Saponificação: tem como
produto sais de ácidos graxos e
glicerol
2) Neutralização: tem como
produto sal e água
3) Cloraminação: tem como
produto cloraminas e águas
Atividade antimicrobiana
– Hidróxido de sódio + formação de
compostos contendo cloro ativo: ácido
hipocloroso e íon hipoclorito = PH
DEPENDENTES ( acima de 9)
– Dentro da bactéria para causar a
morte: Inibição enzimática, Formação
de cloraminas, Danos no DNA
irreversíveis
Atividade desodorizante: As infecções
anaeróbias usualmente resultam em
odor fétido, por causa da produção de
ácidos graxos complexos
-Neutralização de produtos tóxicos :
promove a neutralização da
contaminação dos terços apical e
médio pelo terço cervical
-Ação detergente: Simultaneamente a
saponificação, redução da tensão
superficial e aumento da umectação
-lubrificação
-Ação clareadora
Desvantagens:
-Corrosivo
-Irritante para a pele e mucosa
- Forte odor
- Remove carbono da bochecha
2) Clorexidina
Não tem cor e nem cheiro, mais
estáveis com Ph entre 5 a 8
- Em baixas concentrações a
clorexidina é bacteriostática, e
em concentrações mais
elevadas pe bactericida
-Substantividade: capacidade de
aderir a hidroxiapatita e libera
lentamente sua contratação,
aumentando tempo de atuação
-Ausência de toxicidade
Clorexidina + Hipoclorito de sódio
Forma Precipitado marrom que
impregna nos canais e formam uma
coloração anti estética
Característica: Possuir ação Quelante, Quando fazer o PUI? R: antes
por isso precisa de ação de obturar
complementar
Extravasamento de hipoclorito de
“A smear layer pode interferir na sódio
adesão dos cimentos endodônticos, -Irrigação forçada travando a agulha
comprometendo assim a qualidade da -Perfuração apical
obturação do canal radicular” -Forame apical amplo

1. Não atua imediatamente ( 5 —> Sinais e sintomas:

minutos por imersão) >Dor intensa ( inclusive com anestesia
2. Irrigação final pós EDTA com prévia)
hipoclorito de sódio para >Tumefação e edemas imediatos
neutralização do EDTA >Hemorragia através do conduto
3. Não armazenar em vidro
4. Maior permeabilidade dentinária —> Tratamento:
radicular >Explicar ao paciente
>anestesiar
Anatomia do canal >lavar a solução salina
-Quanto mais amplo e reto, mais fácil >Infiltração de corticóides
de irrigar e maior superfície de (metilprednisolona 125 mg ou
contato decadron 4mg)
- Em canais atresiados, a solução >amoxicilina 500mg 7D (clindamicina
química não consegue penetrar em 300mg 7D) - AINE: ibuprofeno 600mg
toda a extensão do canal. 3D
para minimizar esse problema, > compressas frias
devemos manter o compartimento
coronário da cavidade pulpar 25/09
preenchido
Fatores que influenciam a irrigação MATERIAIS E TÉCNICAS DE
( agitação mecânica da solução): OBTURAÇÃO
maior limpeza em relação à remoção
de tecidos pulpar raspas de dentina, medicação intracanal ou obturação
da smear layer de microrganismos
→ Quando obturar ou colocar
-Protocolo pós instrumentação medicação intracanal
*Hipoclorito no canal por 20 -paciente ( não é todo paciente
segundos que aguenta sessão muito longa)
*EDTA 20 segundos -tempo (às vezes demanda
*Hipoclorito 20 segundos muito tempo, colocar medicação e
*Soro fisiológico esterilizado ou reagendar)
NAOCl, irrigação final -condição clínica do tempo

→ Sessão única X Múltiplas sessões

Em caso de biopulpectomia…. o
tratamento em sessão unica
deve/pode ser executado quanto os
fatores tempo, habilidade profissional,
condições anatômicas e instrumental
disponível assim permitem
Pulpectomia
- bolinha de algodão + PMCC
- se ja foi instrumentado o canal,
fazer pasta de hidroxido de
calcio

Em cado de necropulpectomia…
1)Sintomatologia pós operatória

→ quando obturar
1) preparo químico mecânico
completo
2) ausencia de exsudação
persistente
3) ausencia de sintomatologia
4) ausencia de odor
Necropulpectomia
- pode coloca o PMCC na
medicação
- Secagem dos canais, o tratamento
não esta sendo eficaz na eliminação OBTURAÇÃO
de irrigantes do canal ou está sendo
realizado de forma incorreta- agressão →ultima etapa operacional do
física ou química tratamento endodôntico
A umidade do canal interfere nas →Iniciar a obturação sem o completo
propriedades físico-químicas do preparo dos canais, ou ainda com
cimento obturador, causando preparo imperfeito, pode deixar,
deficiência do selamento algumas vezes, consequências
-( liberação de exsudato pelo ápice ( irreversíveis
tecidos periodontais) sinal de infecção.
OBJETIVO DA OBTURAÇÃO

Ausência de sintomatologia Eliminação de espaços vazios,

- sensibilidade à percussão
- sensação de dente crescido (
entre o dente e osso tem o
ligamento periodontal, tecido
mole, quando inflamado causa
edema e “empurra o dente”
- dor espontânea
Permanência da infecção endodontia,
com proliferação de microrganismos,
particularmente, os anaeróbios
originalmente ocupados pela polpa
dental, que podem servir de nichos
para a proliferação de microrganismos
que resistiram ao preparo do canal, ou
que, em momento posterior, possa
ganhar acesso a estes espaços
Selamento apical
Selamento Lateral
Selamento Coronário
(Selar todos espaços, vias de → Após a conclusão do tratamento
contaminação) endodôntico, a restauração definitiva
do elemento dentário deve ser
Dentes mal-obturados → dentes executada o mais rápido possível.
mal-modelados ( Solubilidade à saliva e baixa
resistência à compressão dos
-Obturação é reflexo do seu preparo materiais seladores temporários)
químico-mecânico - Atenção! Cuidado com os
materiais restauradores
Selamento apical e lateral: temporários, muita das vezes é
Microrganismos remanescentes que recomendado colocar o material
sobreviveram ao PQM constituem um restaurador definitivo, para não
potencial para fracasso do tratamento correr o risco de infecção
endodôntico a longo prazo
-Istmos e reentrâncias → QUANDO OBTURAR?
-Túbulos dentinários - EDTA 1) preparo químico mecânico
(expoem os tubulos dentinários para completo
maior limpeza) 2) ausência de exsudação
-canais recorrentes persistente
- canais acessórios 3) ausencia de sintomatologia
- canais secundário 4) ausencia de odor

- Obturador até o Comprimento

→Selamento apical: material real de trabalho
obturador até o preparo químico
mecânico ( tem que ocupar todo o
espaço de comprimento de trabalho) MATERIAIS OBTURADORES
guta percha e cimento
→Selamento coronário: Irritantes
presentes na saliva podem entrar em 1) Guta percha
contato com os tecidos -formato cônico ( 19 a 20%)
perirradiculares e estes torna-se -Oxido de zinco (60 a 75%) - rigidez e
inflamados antibacteriana
- Perda do selador temporário ou -Radiopacificadores (1,5 a 17%)
restauração definitiva -Outros, resina, cera e corantes ( 1 a
- Microinfiltração através do 4%)
selador provisório ou rest.
definitiva
- desenvolvimento de cárie
secundária ou recidivante
- fratura do material
restaurados/estrutura dentária
CONE DE GUTA PERCHA - Apresentam pequena
PRINCIPAL resistência mecânica à
flexocompressão
- Existe uma infinidade de cones - Apresentam pouca adesividade,
no mercado o que exige a complementação
da obturação com cimentos
→ Preciso ter o cone correspondente endodônticos
ao instrumento mecanizado que eu - Podem ser deslocados pela
utilizar? pressão, provocando sobre
R: Não, mas a ponta do cone deve ser obturação durante os processos
equivalente ao diâmetro da ponta do de compactação
ápice da lima ( não encaixa em
conicidade e usa cones acessórios
para ocupar os lugares que ficaram CUIDADOS QUE DEVE TER COM O
sem ser preenchidos) CONE DE GUTA PERCHA

VANTAGEM DOS CONES DE GUTA Os cones de guta percha

PERCHA devem ser mantidos em local fresco e
- Adaptam-se facilmente às protegidos da luz, o que possibilita sua
irregularidades do canal longevidade
utilizados em várias técnicas de O estado quebradiço do cone
obturação corresponde ao fenômeno conhecido
- São bem tolerados pelos como fendilhamento, que é a
tecidos perirradiculares formação de pequenas trincas e que
- Podem ser removidos do canal antecede a fatura do polímero
radicular ( caso precise de
retratamento) CIMENTOS ENDODÔNTICOS
- São radiopacos ( da para ver a → São necessários para selar o
qualidade da obturação) espaço entre parede e guta percha,
- Podem ser plastificados por também preenche lacunas,
meios físicos e químicos ( irregularidades nos canais principal,
consegue aquecer) lateral e acessório e espaços entre os
- Não alteram a cor da coroa do cones acessórios na compactação
dente lateral
- Possuem estabilidade
dimensional nas condições de CARACTERÍSTICA DO CIMENTO
uso IDEAL

- Prover boa adesividade

DESVANTAGENS DOS CONES DE - possuir uma radiopacidade
GUTA PERCHA - estabelecer um selamento
hermético
- não sofrer contração ao tomar
presa
 - Ser biocompatível, não irritante
aos tecidos perirradiculares
- exibir tempo de presa longo
- ser insolúvel
- ser bacteriostático ou, pelo
menos não estimular
crescimento bacteriano
- ser solúvel em solvente
- Não manchar as estruturas
dentinárias
CIMENTOS ENDODÔNTICOS
- óxido de zinco/eugenol
- resina
- ionômero de vidro
- silicone
- Ca(OH)2
- Silicato de cálcio ( cimento
reparador )
TÉCNICAS OBTURADORAS
→ Obturação em uma sessão
já partir para a seleção do cone
principal, não precisa colocar
medicação quando for sessão única
→ Mais de uma sessão
Antes de selecionar a seleção do cone
principal, tem que remover a
medicação
remoção da medicação: irrigação,
aspiração e instrumentação com DC e
no CRT
→ Como eu seleciono o cone? o
diâmetro cirúrgico (da última lima)
sempre passar o cone na régua
calibradora, para conferir se está no
tamanho ideal.
SELEÇÃO DO CONE
- Canal úmido
- 1) inspeção visual ( conferir se
o cone principal se está no CRT
através da régua calibradora, a
mesma quantidade que desce a
lima, desce o cone)
- 2)inspeção tátil
- 3) Inspeção radiográfica
→com auxilio de uma pinça,
apreender o cone principal do CT e
levar ao canal até a borda de
referência
→verificar visualmente se o cone
chegou no CT
→…..e se o cone não desceu no CT?
selecionar cone com diâmetro inferior
→ e se este cone novo não descer?
voltar para instrumentação
→ verificar um leve travamento do
cone - sensibilidade tátil ( garante o
selamento apical)
→ …. e se o cone não travou no CT?
cortar a ponta com a lâmina de bisturi,
para não amassar a ponta
OBTURAR O CANAL -
DESCONTAMINAÇÃO DOS CONES
DE GUTA PERCHA
—> Colocar no hipoclorito para
realizar a descontaminação do cone
de guta percha. Não pode ir para
esterilização
PREPARO PARA OBTURAÇÃO
-Colocar os cones no hipoclorito para
desinfecção:
Material: Cones de papel (D.C); EDTA;
seringa e agulha para EDTA; irrisonic,
E 10; chave; condensadores; RADIOGRAFIA DA PROVA DA
espaçador digital, cimento obturador, OBTURAÇÃO - ultima radiografia
álcool 70, algodão e gaze; placa de Para garantir que o material obturador
vidro e espátula preencheu todo espaço

P.U.I.- IRRISONIC (IRRIGAÇÃO
ULTRASSÔNICA PASSIVA )
-Hipoclorito de sódio: agitação por 20s
-EDTA: agitação por 20s
-Hipoclorito de sódio: agitação por 20s
-Irrigação final com hipoclorito de
sódio
-Irrigação final com hipoclorito de
sódio
SECAGEM DO CANAL
A umidade do canal interfere nas
propriedades físico-químicas do
cimento obturador
- Capillary e cones de papel ( no
CRT)
CORTE DA OBTURAÇÃO
-Necessita de calor para amolecer o
guta percha. Os cones eles ficam
apenas na raíz, por isso, tem que ser
‘’cortado’’ para terminar com material
restaurador
-Próximo a embocadura dos canais
realizar o ‘ corte’
- realizar pressão contra as paredes
→ para condensar na vertical, o
instrumento não tem que estar
aquecido. A fim de pressionar o
material
TÉCNICAS TERMOPLASTIFICAÇÃO
Completo preenchimento do
espaço pulpar, buscando um
selamento resistente a penetração de
fluidos e microrganismos

SECAGEM DOS CONES DE GUTA LIMPEZA DA CAVIDADE PULPAR

PERCHA COM ALGODÃO E ÁLCOOL
Cimento endodôntico escurece
PREPARO DO CIMENTO o tecido dentinário, então cuidado com
OBTURADOR o material restaurador.

COLOCAÇÃO DO CONE PRINCIPAL: RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA

-Clássica: cimento primeiro (
alargador, lima ou cone de guta RADIOGRAFIA FINAL SEM
percha) e depois cone principal ISOLAMENTO
-Biológica: tudo junto, coloca o cone
‘’lambuzado’’ de cemento ( evita o
extravasamento de cemento e a
presença de bolha de ar)

CONDENSAÇÃO LATERAL: CONES

ACESSÓRIOS
Fechar os espaços do cone principal,
com cones acessórios