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Aula 00 (Prof.

Mirela)
PM-RN (Oficial de Saúde - Dentista
Endodontia) Conhecimentos Específicos
- 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Cássia Reginato, Larissa Oliveira
Ramos Silva, Mirela Sangoi
Barreto

02 de Dezembro de 2022
Cássia Reginato, Larissa Oliveira Ramos Silva, Mirela Sangoi Barreto
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Sumário

1- Técnicas anestésicas em Odontologia ........................................................................................................... 2

2- Efeitos adversos e Complicações dos AL ..................................................................................................... 28

3.1. Reação de superdosagem aos anestésicos locais ................................................................................. 32

3- Avanços recentes na anestesia local............................................................................................................ 47

Considerações Finais .................................................................................................................................... 53

4- Questões Comentadas ................................................................................................................................. 54

5- Resumo ...................................................................................................................................................... 106

6- Referências bibliográficas .......................................................................................................................... 113

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1- TÉCNICAS ANESTÉSICAS EM ODONTOLOGIA


Ei, futuro aprovado, aqui vai um recado:

ESSE É UM DOS ASSUNTOS MAIS QUERIDINHOS DA BANCA!

ENTÃO, SE LIGA!

Antes de mergulharmos propriamente nas técnicas anestésicas, é importante mencionarmos que o uso de
anestésicos tópicos para anestesia da mucosa deve permanecer em contato com os tecidos por 2 minutos,
ou no mínimo, 1 minuto, segundo Malamed.

A técnica de aspiração deve ser sempre realizada antes de depositar um volume de anestésico local em
qualquer área. A aspiração reduz drasticamente a possibilidade de uma injeção intravascular. O objetivo da
aspiração consiste em determinar onde está situada a extremidade da ponta da agulha (num vaso
sanguíneo ou fora dele). Para aspirar é preciso criar uma pressão negativa no cartucho odontológico.

Qualquer sinal de sangue constitui uma aspiração positiva e a solução anestésica local não deve
ser depositada nesse local. Ausência de todo e qualquer retorno ou uma pequena bolha de ar
indica uma aspiração negativa. A aspiração deve ser efetuada pelo menos duas vezes antes de
ser administrado maior volume de anestésico local.

Um fator importante que determina se a aspiração pode ser feita de maneira confiável é o calibre
da agulha. Agulhas de calibre maior (p. ex., 25) são recomendadas mais frequentemente que
agulhas de calibre menor (p. ex., 27, 30) sempre que houver um risco maior de aspiração positiva.

Ok, já realizamos as considerações iniciais.

Agora vamos estudar as técnicas anestésicas propriamente ditas, ok?

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Existem três tipos principais de injeção de anestésico local:

INFILTRAÇÃO BLOQUEIO
LOCAL DO CAMPO

BLOQUEIO
DE NERVO

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Fonte: MALAMED, 2013.

Na técnica de infiltração local, pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são
infiltradas com solução de anestésico local. A incisão (ou tratamento) é então realizada na mesma área na
qual o anestésico local foi depositado.

Um exemplo de infiltração local é a administração de anestésico local na papila interproximal antes do


alisamento radicular. O termo infiltração é comumente utilizado em odontologia para definir a injeção na
qual a solução anestésica local é depositada no ápice do dente a ser tratado ou acima dele. Embora
tecnicamente incorreto — essa técnica é um bloqueio de campo — este termo comum continuará a ser
utilizado para esse tipo de injeção.

Já no bloqueio de campo, o anestésico local é infiltrado próximo aos ramos nervosos terminais maiores, de
modo que a área anestesiada será circunscrita, impedindo a passagem de impulsos do dente para sistema
nervoso central (SNC).

A incisão (ou o tratamento) é então realizada na área distante do local da injeção do anestésico. Injeções
maxilares administradas acima do ápice do dente a ser tratado são apropriadamente denominadas de
bloqueios de campo (embora o uso comum as identifique como infiltrações ou supraperiosteais).

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Por fim, no bloqueio de nervo o anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal,
geralmente distante do local de intervenção operatória. As injeções nos nervos alveolar superoposterior,
alveolar inferior e nasopalatino são exemplos de bloqueios de nervo.

Antes de prosseguirmos com o estudo das técnicas de anestesia maxilar e mandibular propriamente ditas,
vamos revisar um conteúdo abordado em Cirurgia Bucomaxilofacial, mas que é importante para a fixação do
conteúdo: a inervação sensitiva dos maxilares x dentes e tecidos moles inervados.

INERVAÇÃO SENSITIVA DOS MAXILARES DENTES TECIDO MOLE ANESTESIADO


NERVO ANESTESIADOS
Alveolar inferior Todos os dentes mandibulares Tecidos moles vestibular dos pré-molares,
canino e incisivos
Lingual Nenhum Tecido mole lingual de todos os dentes

Bucal Nenhum Tecido mole vestibular dos molares e do


segundo pré-molar
Alveolar superior anterior Incisivos e canino maxilar Tecido mole vestibular dos incisivos e
canino
Alveolar superior médio Pré-molares maxilar e parte do primeiro Tecido mole vestibular dos pré-molares
molar
Alveolar superior posterior Molares maxilar exceto parte do primeiro Tecido mole vestibular dos molares
molar
Palatino anterior Nenhum Tecido mole lingual dos molares e pré-
molares
Nasopalatino Nenhum Tecido mole lingual dos incisivos e canino

Fonte: HUPP, 2015.

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Quanto às técnicas de anestesia maxilar, estão disponíveis:

➢ Supraperiosteal (infiltração): recomendada para um número limitado de protocolos de tratamento.


Técnica de anestesial local usada com mais frequência para a obtenção da anestesia pulpar nos dentes
superiores. É um bloqueio de campo. Nervo anestesiado: Grandes ramos terminais do plexo dentário. Áreas
anestesiadas: Polpa e raíz do dente, periósteo, mucosa. Contra-indicações: infecção/inflamação na área;
Osso denso recobrindo o ápice. Alta taxa de sucesso: 95%. Não recomendável para grandes áreas:
necessidade de múltiplas injeções. Técnica: Introdução da agulha: fundo de vestíbulo. Bisel voltado para o
osso. Injetar 0,6 ml (1/3 do tubete).

Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Injeção no ligamento periodontal (LPD, intraligamentar): recomendada como adjuvante às outras


técnicas ou para um número limitado de protocolos de tratamento. Segundo Malamed, as principais
indicações são:

(1) a necessidade de anestesia de apenas um ou dois dentes inferiores em um quadrante,

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(2) o tratamento de dentes isolados em ambos os quadrantes mandibulares (para evitar o BNAI bilateral),
(3) o tratamento de crianças (porque a anestesia residual dos tecidos moles aumenta o risco de lesão
autoinfligida),
(4) o tratamento em que a anestesia com bloqueio nervoso é contraindicada (p. ex., em pacientes com
hemofilia ou coagulopatias) e
(5) seu uso como possível ajuda no diagnóstico (p. ex., localização) da dor mandibular.

➢ Injeção intrasseptal: recomendada basicamente para técnicas cirúrgicas periodontais.

➢ Injeção intracrista: recomendada para o tratamento de dentes isolados (basicamente molares


mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas.

➢ Injeção intraóssea (IO): recomendada para o tratamento de dentes isolados - basicamente molares
mandibulares - quando outras técnicas falharem. Tem absorção cardiovascular mais rápida do que as demais
técnicas.

➢ Bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP): recomendado para o tratamento de vários


dentes molares em um quadrante. Elevada frequência de êxito (> 95%). Nervo anestesiado: ASP. Outros
nomes: bloqueio da tuberosidade baixa ou zigomático. Area anestesiada: 1°, 2° e 3° mols (72% dos casos,
porém, raiz mesiobucal do 1° mol não anestesiada em 28% dos casos) + tecido periodontal vestibular.

Técnica: Introdução da agulha: fundo de vestíbulo do 2o molar superior, 45 graus em relação ao Plano oclusal
e ao longo eixo do segundo molar superior (para cima, dentro e trás). Profundidade de penetração média da
agulha = 16mm. Injetar 0,9 a 1,8ml. Complicações: Hematoma: introdução da agulha no plexo venoso
pterigoideo. Anestesia mandibular: introdução da agulha lateralmente à area alvo. Necessária 2a injeção em
28% (raiz MV 1º MS). Contra-indicações: quando o risco de hemorragia é muito grande (como no hemofílico).

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Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM): recomendado para o tratamento de pré-molares
em um quadrante. Nervo anestesiado: alveolar superior médio. Somente presente em aproximadamente
28% da população. Área anestesiada: 1° e 2°PM + raiz mesiobucal do 1°mol + tecido periodontal vestibular.
Indicado para procedimentos envolvendo PMS maxilares ou quando bloqueio do n. infra-orbital não produz
anestesia distal ao canino. Introdução da agulha: prega mucobucal acima do 2°PM. Injetar 0,9 a 1,2 ml de
anestésico. Área alvo: periápice do 2° pré-molar superior.

Fonte: MALAMED, 2013.

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➢ Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (ASA): recomendado para o tratamento de dentes


anteriores em um quadrante. Elevada frequência de sucesso e extremamente segura. Temor infundado de
lesão ao olho do paciente. Nervos anestesiados: alveolares superiores médio e anterior, palpebral inferior,
nasal lateral e labial superior.

Áreas anestesiadas: incisivos, canino e pré-molares superiores, pálpebra inferior, asa do nariz, lábio superior
e raiz mésio-vestibular do primeiro molar superior (72% dos casos). Profundidade de penetração = 16 mm
(=ASP). Agulha longa é recomendada, embora também se possa usar uma agulha curta de calibre 27,
especialmente em crianças e em adultos menores. Injetar 0,9 a 1,2 ml.

Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do nervo maxilar (V2, segunda divisão): recomendado para tratamento vestibular,
palatino e pulpar extensos em um quadrante. Método eficaz para produzir anestesia profunda de uma

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hemimaxila. Útil em procedimentos odontológicos que envolvem quadrantes e em procedimentos cirúrgicos


extensos. Duas abordagens: Via da tuberosidade e Abordagem do canal palatino maior. Nervo Anestesiado:
Divisão maxilar do nervo trigêmeo. Áreas Anestesiadas: Anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do
bloqueio, Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes, Tecidos moles e osso do palato duro e
parte do palato mole, medialmente à linha média, Pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e
lábio superior.

Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do Nervo Maxilar (via da tuberosidade): Outros nomes: bloqueio da segunda divisão,
tuberosidade alta. Área de inserção: prega mucobucal na distal do segundo molar. Área alvo: nervo maxilar
no ponto onde ele atravessa a fossa pterigopalatina. Contra-indicação: Crianças e risco de hemorragia.
Penetração da agulha: 30mm (indicação agulha longa calibre 25). Injetar 1,8 ml. Sucesso = 95%

➢ Bloqueio do nervo maxilar (abordagem do canal palatino maior) - Técnica de Carrea: Abordagem
pelo forame palatino maior. Agulha longa (mínimo de 32 mm) calibre 25. Ângulo de 45 graus para facilitar
entrada no forame palatino maior. Injetar 1,8 ml. Complicações: Hematoma (lesão artéria maxilar),
Perfuração da órbita com injeção de anestésico: proptose, diplopia (bloqueio do n. abducente), midríase e
oftalmoplegia (bloqueio retrobulbar clássico), perda de visão transitória (amaurose por bloqueio do n. ótico).
Penetração e injeção de anestésico na cavidade nasal.

➢ Anestesia do palato: Bloqueio do nervo palatino anterior (ou maior), Bloqueio do nervo
nasopalatino, Infiltração local no palato duro, Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA),
Abordagem Palatina-Alveolar Súperoanterior.

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➢ Bloqueio do nervo palatino maior (anterior): recomendado para o tratamento dos tecidos moles e
ósseos palatinos distais ao canino em um quadrante. Porção posterior do palato duro e tecidos moles que
o cobrem anteriormente até o 1ºpm e medialmente até a linha média. Técnica: agulha pelo lado oposto,
ângulo reto com o palato duro. Direção da agulha: na região distal ao segundo molar. Injetar 0,45 a 0,6 ml.
Complicações: Isquemia com necrose dos tecidos moles do palato (Não usar noradrenalina). Hematoma
(raro). Desconforto pela eventual anestesia do palato mole: ocorre nos casos em que o nervo palatino médio
está próximo ao local da injeção.

Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do nervo nasopalatino: recomendado para o tratamento dos tecidos moles e ósseos
palatinos de canino a canino bilateralmente. Sinônimo: bloqueio do nervo incisivo, bloqueio do nervo
esfenopalatino. Porção anterior do palato duro e tecidos moles que o cobrem da região medial do 1ºPM
direito até a mesma região contralateral. Duas técnicas descritas: Técnica da injeção única. Técnica das
múltiplas perfurações.

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Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Técnica da injeção única: agulha angulada e lateralmente à papila incisiva. Penetração da agulha: 6 a
10 mm. Injetar aproximadamente 0,45 ml (1/4 tubete).

➢ Técnica das Múltiplas Perfurações da Agulha: 1ª injeção: freio labial, 2ª injeção: Papila interdentária
entre os incisivos centrais superiores, 3ª injeção: Se necessário, os tecidos moles palatinos laterais à papila
incisiva. Vantagem: Total ou relativamente atraumática. Complicações: Isquemia com necrose dos tecidos
moles do palato, Hematoma (raro), Papila interdentária pode ficar dolorida por vários dias após a injeção
(técnica das múltip´las perfurações).

➢ Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA): recomendado para o tratamento
extenso de dentes anteriores, tecidos moles e ósseos palatinos e vestibulares. Técnica que promove a
anestesia pulpar em múltiplos dentes superiores (incisivos, caninos e pré-molares) a partir de um único
local de injeção no palato duro (GUARDE ESSA INFORMAÇÃO). É um bloqueio de campo dos ramos
terminais (plexo dentário subneural) do nervo ASA.

Como o anestésico local é depositado no palato, os músculos da expressão facial e do lábio superior não são
anestesiados. Um volume mínimo de anestésico é necessário.

Pontos de referência: o ponto de intersecção na metade da linha imaginária, que vai da sutura palatina
mediana até a margem da gengiva livre, no entrecruzamento do ponto de contato entre o primeiro e o
segundo pré-molares.

Orientação do bisel: o bisel da agulha é colocado “voltado para baixo”, contra o epitélio. A agulha é
normalmente mantida em ângulo de 45 ° em relação ao palato.

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Especialmente útil para procedimentos odontológicos restauradores estéticos (cosméticos). Nervos


Anestesiados: Nervo ASA, Nervo ASM, quando presente, Plexo nervoso dentário subneural dos nervos
alveolar súperoanterior e médio.
Áreas Anestesiadas: Anestesia pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores: Gengiva inserida
vestibular destes mesmos dentes, Tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival
livre dos dentes associados.

Fonte: MALAMED, 2013.

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Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do nervoalveolar superoanterior–abordagem palatina (P-ASA): recomendado para o


tratamento de dentes anterossuperiores, seus tecidos palatinos moles e ósseos. Anestesia do nervo ASA
por abordagem palatina. Ponto de entrada semelhante (aspecto lateral da papila incisiva) ao do bloqueio
nasopalatino, mas difere no seu alvo final, que é a posição da agulha dentro do canal incisivo. Pode ser
apontado como a primeira injeção odontológica a produzir anestesia pulpar bilateral a partir de uma única
injeção como seu objetivo principal, fazendo disso uma característica única desta técnica de injeção.

Útil quando se deseja a anestesia dos dentes anterossuperiores sem uma anestesia colateral do lábio e
músculos da expressão facial. Nervos Anestesiados: Nasopalatino, Ramos anteriores do ASA. Áreas
Anestesiadas: Polpa dos incisivos centrais, laterais e caninos (em menor grau), Tecidos periodontais
vestibulares associados a estes mesmos dentes, Tecidos periodontais palatinos associados a estes mesmos
dentes.

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Fonte: MALAMED, 2013.

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Para facilitar a sua compreensão, resumimos de forma simplificada os nervos anestesiados,


áreas, agulha, área de inserção, profundidade e possíveis complicações.

Resumiremos as técnicas maxilares estudadas até aqui, ok?

Nervos Área anestesiada Agulha Área alvo Prof. de inserção Complicações


anestesiados
Bloqueio do n. ASP e seus ramos Curta- calibre Prega mucobucal 16mm (10 a 14mm Hematoma ou
alveolar sup. 25 acima do 2º M / n. em crianças) anestesia
post 1º (raiz mesiobucal não ASP: atrás, acima e mandibular
anestesiada em 28%), medial à borda
2º e 3º M + posterior da maxila
tec.periodontal vest. e
osso
Bloq. do n. ASM e ramos terminais 1º e 2º Curta Prega mucobucal _____ Raras
alveolar sup. PMS e ou acima do 2ºPM
médio raiz longa /osso periapical do
mesiobu 25 2PM
cal do
1ºM +
tec.peri
odontal
vest. e
osso
Bloq. do n. ASA, ASM, Ramos do IC até o Longa Prega mucobucal 16mm Raramente
infra-orbital IO (palpebral inferior, C, PMs e 25 acima do 1PM / hematoma
nasal lateral e labial raiz forame infra-orbital
sup.) mesiobu
cal do
1M
(72%
dos
casos) +
tec.peri
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odontal
vest. e
osso +
pálpebr
a inf.+
face lat.
do
nariz+
lábio
superior
Bloq. do nervo 2ª divisão do trigêmeo Todos Longa Técnica da 30 mm Hematoma
maxilar (ou (NC V) os 25 tuberosidade alta: rápido e de
segunda dentes prega mucobucal grande
divisão, ou superior face distal do 2M / proporção,
tuberosidade es fossa perfuração da
alta) ipsilater pterigopalatina órbita e
ais + tec. penetração da
Periodo cavidade nasal
ntal
vest. e
palatino
e osso
até linha
média
do
palato +
Pele
(pálp.
Inf., asa
do nariz,
face e
lábio
sup.)
Abordagem do canal palatino maior: tecido mole palatino sobre o forame palatino maior / fossa pterigopalatina

Bloq. nervo Palatino maior Porção post. Do Curta 27 Tec. Moles < 10 mm Isquemia e
palatino maior palato duro e ligeiramente necrose dos
tecidos moles anteriores ao tecidos moles.
sobrejacentes forame palatino
Raramente
até o 1PM e maior / n.
hematoma.
medialmente palatino maior
até a linha
média
Bloq. nervo Nasopalatino Porção anterior Curta 27 Mucosa 6 a 10 mm Isquemia e
nasopalatino) do palato duro palatina lateral necrose dos
(mesial do 1PM à papila incisiva tecidos moles.
ao outro) / forame
incisivo
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Raramente
hematoma.

Ufa! Finalizamos o estudo das técnicas maxilares.

Para testar nossos conhecimentos vamos realizar um exercício de fixação?

(Prova do Exército/Odontólogo/2015) De acordo com a profundidade da penetração da agulha nas


técnicas anestésicas em adultos, associe as colunas abaixo e marque a alternativa que apresenta a
sequência correta, segundo Malamed:

Técnicas anestésicas
(1) Tuberosidade baixa
(2) Tuberosidade alta
(3) Nervo alveolar inferior

Profundidade
( ) 16 mm
( ) 25 mm
( ) 30 mm

a) 2-3-1
b) 1-3-2
c) 3-1-2
d) 1-2-3

Comentários:

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Conforme visto em nossa aula, para anestesia da tuberosidade baixa, a profundidade de inserção da agulha
é de 16 mm. Já para tuberosidade alta, é de 30 mm, enquanto para o bloqueio do nervo alveolar inferior é
de 25mm. Portanto, o gabarito é letra B.

Agora, iremos abordar as técnicas de anestesia mandibular:

➢ Bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI): Erroneamente designado de bloqueio nervoso


mandibular. Segunda técnica de injeção mais frequentemente usada (depois da infiltração). Técnica com
maior porcentagem de fracassos (aproximadamente 15 a 20%). Possível necessidade de complementação
em região de Inc. inferiores. Exige uma profundidade de penetração da agulha de 25 mm.

Área de inserção: mucosa no lado medial (lingual) do ramo da mandíbula, na intersecção de duas linhas –
uma horizontal, representando a altura da inserção da agulha, e outra vertical, representando o plano
anteroposterior da injeção.

Área-alvo: nervo alveolar inferior à medida que ele passa inferiormente em direção ao forame mandibular,
mas antes de adentrar o forame.

Pontos de referência: a. Incisura coronoide (maior concavidade na borda anterior do ramo) b. Rafe
pterigomandibular (porção vertical) c. Plano oclusal dos dentes posteriores inferiores.

Orientação do bisel da agulha: menos crítica do que com outros bloqueios nervosos, porque a agulha se
aproxima do NAI quase em um ângulo reto.

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Fonte: MALAMED, 2013.

Anestesia:

N. Alveolar inferior, N. Incisivo, N. Mentual, N. lingual (comumente) (NÃO anestesia o


bucal).

Dentes até a linha média, corpo da mandíbula, mucoperiósteo bucal, membrana mucosa
anterior ao forame mentual, dois terços anteriores da língua e assoalho, periósteo e
tecidos moles linguais.

➢ Bloqueio do nervo Bucal: outros nomes: bloqueio de nervo bucal longo ou bucinador; Nervo
anestesiado: bucal. Áreas anestesiadas: tecido mole e periósteo bucal em região de molares inferiores. Área
alvo: borda anterior do ramo mandibular. Área de inserção: mucosa bucal distal ao dente molar mais distal
do arco. Penetração da agulha: 2 a 4 mm. Injetar 0,3 ml. NÃO anestesia dentes, somente tecido mole.

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Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do nervo mandibular: Técnica de Gow-Gates - nervo mandibular. Verdadeiro bloqueio


nervoso mandibular. Vantagens da técnica de Gow-Gates sobre o BNAI: maior frequência de êxito,
incidência mais baixa de aspiração positiva (aproximadamente 2% x 10% a 15% no BNAI); ausência de
problemas de inervação sensorial acessória aos dentes mandibulares.

Nervos anestesiados: alveolar inferior, lingual, mentoniano , incisivo, milo-hioideo, aurículotemporal


(GUARDE ESSE NOME, POIS É A CHAVE PARA RESPONDER MUITAS QUESTÕES), bucal (75% dos pacientes).

Áreas anestesiadas: dentes mandibulares, mucoperiósteo vestibular, 2/3 anteriores da língua, assoalho
bucal, mucoperiósteo lingual, corpo mandibular, regiões temporal e ouvido externo.

Alta taxa de sucesso: 95%; Aspiração positiva: 2% (menor que BNAI); Tempo de início da anestesia maior
que o BNAI (5 min.): anestésico depositado longe do nervo (5 a 10mm);

Prof. Média de penetração: 25mm; Complicações: Hematoma (Artéria maxilar), Trismo (raro), Paralisia dos
nervos III, IV e VI.

Área de inserção: mucosa no lado mesial do ramo da mandíbula, em uma linha que vai da incisura
intertrágica até o canto da boca, distal ao segundo molar superior.

Área-alvo: lateral do colo do côndilo mandibular, logo abaixo da inserção do músculo pterigóideo lateral.

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Figura 1- Malamed, 2021.

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Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio mandibular de boca fechada de Vazirani-Akinosi: técnica da tuberosidade.

Nervos anestesiados: alveolar inferior, lingual, mentoniano, incisivo, milo-hioideo. Áreas anestesiadas:
dentes mandibulares, mucoperiósteo vestibular, 2/3 anteriores da língua, assoalho bucal, mucoperiósteo
lingual, e corpo mandibular.

Indicações: Limitação abertura de boca. Incapacidade de localizar pontos de reparo para o BNAI. Múltiplos
procedimentos em dentes mandibulares. Profundidade da agulha= 25mm. Injetar 1,5 a 1,8 ml.

Pontos de referência: a. Junção mucogengival do terceiro (ou segundo) molar superior b. Tuberosidade da
maxila c. Incisura coronoide no ramo da mandíbula.

Orientação do bisel (a orientação do bisel no bloqueio mandibular com a boca fechada é muito importante):
deve-se orientar o bisel para longe do osso do ramo da mandíbula (p. ex., bisel voltado para a linha média).

Complicações: hematoma, trismo, paralisia do nervo facial.

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Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do nervo mentual: Nervo anestesiado: mentoniano. Áreas anestesiadas: Mucosa da boca
anterior ao forame mentoniano até linha média de ICI até 2º PMI, pele do lábio inferior, região mentoniana.
Anestesia apenas de tecidos moles. Agulha curta calibre 25. Área de penetração: entre os ápices do 1º e
2ºPM. Profundidade de penetração: 5 a 6mm. Injetar 0,6 ml.

Fonte: MALAMED, 2013.

➢ Bloqueio do nervo incisivo: Ramo do NAI, que inerva dentes anteriores ao forame mentoniano.
Nervos anestesiados: incisivo e mentoniano. Áreas anestesiadas: mucosa vestibular de ICI até 1º PMI, lábio
inferior, osso e dentes na região de ICI até 1º PMI.

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Técnica área-alvo: em direção ao forame mentoniano, palpar. Penetração da agulha: 5 ou 6 mm. Injetar 0,6
ml.

Fonte: MALAMED, 2013.

Da mesma forma que fizemos anteriormente, agora vamos resumir as técnicas mandibulares para que você
compreenda melhor:

Nervos Área anestesiada Agulha Área alvo Prof. inserç Complicações


anestesiados
Bloq. do nervo Alveolar inferior Dentes inf. Até Longa 25 Mucosa da 20 a 25 mm Hematoma
alveolar inferior e ramos linha média + borda medial do (raramente),
terminais corpo da ramo trismo ou
(incisivo e mandíbula + mandibular paralisia facial
mentoniano) + mucoperiósteo (rafe transitória
lingual vest. anterior pterigomandibu (anestesia do n.
(comumente) 1M + 2/3 ant. lar) / n. AI facial no corpo
língua e imediatamente da parótida)
assoalho de antes de entrar
boca + tec. no forame
Moles e mandibular
periósteo
lingual

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Bloq. do nervo Bucal (ramo do Tecidos moles e Longa 25 Mucosa bucal e 1 a 2 mm Pouco
bucal (ou mandibular) periósteo distal ao dente importantes.
bucinador, ou vestibular em mandibular Hematoma
bucal longo) região de mais posterior
molares inf e do arco / n.
PMI. bucal ao passar
sobre a borda
ant. do ramo
Bloq. do nervo AI, mentoniano, Todas as Longa 25 Mucosa face 25 mm Hematoma,
mandibular (ou incisivo, lingual, anteriores + medial do ramo, trismo e
da terceira milo-hióideo, pele sobre o imediatamente, paralisia
divisão) – “ auriculotempor zigoma, porção em linha que vai temporária dos
técnica de Gow- al e bucal (em posterior da da incisura nervos
Gates” 75% dos pac.) face e reg. intertrago ao cranianos III, IV
temporal ângulo da boca, e VI
distalmente ao
2MSup / reg.
Lat. do côndilo
abaixo da
inserção do
pterigóideo lat.
Bloq. Igual anterior Igual AI + Longa 25 Tec. Moles 25 mm Hematoma,
mandibular com menos porção inferior adjacente à trismo (raro) e
a boca fechada auriculotempor do ramo tuberosidade paralisia
de AKINOSI al e bucal. maxilar na transitória do
altura da JMG facial.
adjacente ao
3ºMSup / região
dos n. AI, lingual
e milo-hioideo
(antes da
entrada no
forame
mandibular)
Bloq. do nervo mentoniano Mucosa Curta 25 Prega 5 a 6 mm Pouco
mentoniano vestibular mucobucal importantes.
anterior ao sobre o forame Hematoma.
forame até mentoniano ou
linha média + anterior a este /
pele do lábio n. mentoniano
inferior qdo sai do
forame (entre
os ápices do 1º
e 2ºPM inf)
Bloq. do nervo Mentoniano e Igual anterior + Curta 25 Igual anterior / 5 a 6 mm Igual anterior
incisivo incisivo pele do queixo igual anterior
+ PMs, Can., e além de interior
Incisivos do forame (n.
incisivo)

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Para testar nossos conhecimentos vamos realizar um exercício de fixação?

(Prova do Exército/Odontólogo/2009) Das técnicas anestésicas locais abaixo, qual apresenta incidência de
aspiração positiva de aproximadamente 2%:

a) Técnica de Gow - Gates.


b) Técnica de Akinosi.
c) Técnica de Carrea.
d) Bloqueio clássico do nervo alveolar inferior.

Comentários:
No bloqueio do nervo mandibular, Técnica de Gow-Gates ocorre o verdadeiro bloqueio nervoso mandibular.
Apresenta algumas vantagens sobre o BNAI: maior frequência de êxito, incidência mais baixa de aspiração
positiva (aproximadamente 2% x 10% a 15% no BNAI). Portanto, o gabarito é letra A.

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2- EFEITOS ADVERSOS E COMPLICAÇÕES DOS AL


Várias complicações potenciais estão associadas à administração de anestésicos locais.

Para fins de conveniência, essas complicações podem ser separadas naquelas que ocorrem localmente (na
região da injeção) e naquelas que são sistêmicas.

Vamos iniciar pelas complicações sistêmicas, ok?

Sobre elas, merecem destaque as reações de superdosagem, alergia e idiossincrasia, pois são importantes
tópicos sobre os anestésicos locais e o controle da dor em odontologia.

Estudaremos um a um!

Vamos lá:

➢ As reações de superdosagem são sinais clínicos e sintomas que se manifestam como resultado de
uma relação absoluta ou relativa da administração excessiva de um medicamento, o que leva a níveis
sanguíneos elevados do medicamento em seus órgãos-alvo.

Os anestésicos locais são medicamentos que agem para deprimir as membranas excitáveis (p. ex., o SNC e o
miocárdio são os órgãos-alvo para os anestésicos locais, além dos nervos individuais). Quando administrados
corretamente e em dosagens terapêuticas, causam pouca ou nenhuma evidência de depressão do SNC ou
do sistema cardiovascular (SCV).

Contudo, os sinais e sintomas de depressão seletiva do SNC e do SCV se desenvolvem com níveis sanguíneos
aumentados na circulação cerebral ou no miocárdio. Reação tóxica é sinônimo de superdosagem. As toxinas
são venenosas. Todos os medicamentos são venenos quando administrados em excesso, daí o termo reação
tóxica.

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➢ A alergia é um estado de hipersensibilidade adquirido por meio da exposição a determinado


alergênio, que nada mais é do que uma substância capaz de induzir reatividade corporal alterada, cuja
reexposição acarreta uma capacidade aumentada de reagir.

As manifestações clínicas de alergia diferem e incluem:

Febre

Angiodema

Urticária

Dermatite

Depressão hematopoietica

Fotossensibilidade

Broncoespasmo, anafilaxia

Em contraste com a reação de superdosagem, na qual as manifestações clínicas estão diretamente


relacionadas com a farmacologia normal do agente causador, a reação clinicamente observada na alergia é
sempre produzida por uma resposta exagerada do sistema imunológico do paciente.

Os parabenos (metilparabeno, etilparabeno e propilparabeno) estão incluídos, como agentes


bacteriostáticos, em todas as formulações de uso múltiplo de medicamentos, cosméticos e em alguns
alimentos. Seu uso crescente levou a uma sensibilização mais frequente a eles.

O bissulfito ou o metabissulfito de sódio são encontrados em todos os tubetes de anestésico local que
contêm vasoconstritor, mas não estão presentes em soluções simples de anestésico local (p. ex.,
mepivacaína 3% e prilocaína 4%).

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Outro ponto de contraste entre superdosagem e alergia se refere à quantidade de


“medicamento” necessária para produzir ou provocar a reação. Para uma reação de
superdosagem se desenvolver, uma quantidade grande o suficiente do medicamento deve
ser administrado para resultar em níveis sanguíneos elevados no (s) órgão (s)-alvo do
medicamento. As reações de superdosagem são dose-relacionadas. Além disso, o grau de
intensidade (gravidade) dos sinais e sintomas clínicos está diretamente relacionado com o
nível sanguíneo do medicamento. Quanto maior a dose administrada, maior o nível
sanguíneo e mais grave a reação. Por outro lado, as reações alérgicas não são relacionadas
com a dose. Uma dose elevada de um medicamento administrado a um paciente não
alérgico não provoca uma resposta alérgica, enquanto uma quantidade minúscula (p. ex.,
≤ 0,1 mℓ) de um medicamento ao qual o paciente é alérgico pode provocar anafilaxia com
risco de vida.

Veja essa comparação:

Figura 2- Malamed, 2021.

➢ A idiossincrasia é um termo usado para descrever uma resposta inesperada a um medicamento,


diferente de suas ações farmacológicas usuais e, assim, assemelhando-se à hipersensibilidade (uma hiper
resposta a um medicamento). No entanto, a idiossincrasia não envolve um mecanismo alérgico comprovado
nem mesmo suspeito.

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Uma segunda definição considera uma reação idiossincrática como qualquer resposta adversa que não é
superdosagem nem reação alérgica. Um exemplo é a estimulação ou excitação que se desenvolve em alguns
pacientes após a administração de um medicamento depressor do SNC (p. ex., um bloqueador de histamina).
Infelizmente, é praticamente impossível prever quais pessoas terão reações idiossincráticas ou a natureza
da idiossincrasia resultante. Acredita-se que basicamente todos os casos de reação idiossincrática têm um
mecanismo genético subjacente.

Os anestésicos locais são as medicações mais comumente utilizadas em Odontologia e, por isso, estão muito
relacionados a reações adversas, apesar de apresentarem grande margem de segurança clínica.

Alguns desses efeitos adversos são potencialmente sérios, podendo levar até à morte do paciente.

Conforme já mencionamos, os pacientes e, muito frequentemente, os profissionais comumente rotulam as


reações adversas aos anestésicos locais como reações alérgicas.

No entanto, reações alérgicas associadas à anestesia local em Odontologia são raramente observadas,
principalmente após a introdução dos anestésicos do grupo amida e da diminuição dos anestésicos do grupo
éster.

Apesar disso, alguns casos raros de anafilaxia generalizada já foram observados.

Quais são os sintomas da reação anafilática generalizada?

➢ Prurido, rubor, urticária, rinite, conjuntivite


➢ Cólicas abdominais intensas, incontinência fecal e urinária
➢ Tosse, sibilo, dispneia, edema de laringe
➢ Palidez, tontura, taquicardia, arritmia cardíaca, inconsciência e parada cardíaca.

E se a emergência médica se configurar, como proceder?

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Figura 3- Malamed, 2021.

Todavia, numa avaliação cuidadosa a maioria das reações aos anestésicos locais se revelam reações de
sobredosagem, ou, ainda mais provável, respostas psicogênicas.

3.1. Reação de superdosagem aos anestésicos locais

A sobredosagem pode ser classificada como absoluta ou relativa.

Qual a diferença entre sobresodagem absoluta e sobredosagem relativa?

➢ Sobredosagem absoluta refere-se ao volume excessivo de solução anestésica local injetada (número
de tubetes).

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➢ Sobredosagem relativa é a injeção intravascular acidental ou muito rápida da solução, mesmo


quando empregada dentro de doses consideradas seguras.

É imprescindível que a injeção da solução anestésica seja feita somente após a aspiração negativa
e de forma lenta: na razão de 1 mL/minuto. Isso significa, que para cada tubete anestésico
(contendo 1,8 mL) o tempo de administração deve ser de 90 segundos.

Aluno Estratégia: fique atento!

Existe uma série de fatores predisponentes relacionados à superdosagem com o uso de anestésicos locais.

Esses fatores se relacionam tanto ao paciente quanto ao medicamento.

Em relação ao paciente, podemos destacar:

➢ peso corporal: quanto maior o peso magro, menor chance de superdosagem anestésica;

➢ idade: indivíduos em ambos os extremos da faixa etária experimentam maior incidência dessas
reações. As funções de absorção, metabolismo e excreção podem se desenvolver de forma imperfeita
em pessoas muito jovens e diminuída em idosos (> 85 anos), aumentando a meia-vida do
medicamento, elevando os níveis sanguíneos circulantes e aumentando o risco de superdosagem.

➢ uso de outros medicamentos concomitantes: a administração de medicamentos concomitantes


pode influenciar os níveis do anestésico local. Os pacientes que recebem meperidina (Demerol ®),
fenitoína (Dilantin ®), quinidina (um antidisrítmico), ou desipramina (um antidepressivo tricíclico) têm
aumento dos níveis sanguíneos do anestésico local e, portanto, podem sofrer ações tóxicas dele a
níveis mais baixos por causa da competição de ligação de proteína.

➢ presença de doenças: a presença de patologias pode desencadear modificações na absorção e


distribuição do fármaco no organismo;

➢ genética: indivíduos com deficiências enzimáticas (colinesterase sérica, por exemplo) podem ter o
nível de anestésico no sangue alterados;

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➢ atitude mental e meio ambiente: pacientes mais estressados tem seu nível de consciência afetados,
podendo influenciar nos níveis dos anestésicos no sangue;

➢ gênero: mulheres grávidas têm um pequeno aumento do risco à superdosagem.

Já em relação ao medicamento, os fatores predisponentes relacionados são, principalmente:

➢ Vasoatividade: vasodilatação aumenta o risco à superdosagem;

➢ Dose: quanto maior o volume de um anestésico local administrado, maior o número de miligramas
injetados e maior o nível sanguíneo circulante resultante. A menor dose de um determinado
medicamento que seja clinicamente eficaz deve ser administrada.

➢ Concentração: quanto maior a concentração (porcentagem de solução injetada) do anestésico local


administrado, maior o número de miligramas por mililitro de solução e maior o volume sanguíneo
circulante do medicamento no paciente. Por exemplo, 1,8 mℓ de uma solução a 4% contêm 72 mg
do medicamento, mas 1,8 mℓ de uma solução a 2% contêm apenas 36 mg. Se o medicamento é
clinicamente eficaz em uma concentração de 2%, concentrações mais altas não devem ser usadas. A
menor concentração clinicamente eficaz do medicamento deve ser selecionada para uso.

➢ Via de administração: injeções intravasculares aumentam o risco à superdosagem;

➢ Taxa (velocidade) de injeção: a administração intravenosa rápida (≤ 15 segundos) de 36 mg de


lidocaína produz níveis muito elevados e praticamente garante uma reação de superdosagem. A
administração intravenosa lenta (≥ 60 segundos) produz níveis sanguíneos significativamente mais
baixos, com risco menor de uma reação grave de superdosagem se desenvolver.

➢ Presença de vasoconstritores: a adição de um vasoconstritor a um anestésico local produz


diminuição na perfusão de uma área e diminuição da taxa de absorção sistêmica do medicamento.
Isso, por sua vez, diminui a toxicidade clínica do anestésico local.

➢ Vascularização do local da injeção: quanto maior a vascularização do local da injeção, mais rápida a
absorção do medicamento dessa área para a circulação. Infelizmente (no que diz respeito à
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superdosagem de anestésico local), para odontologia, a cavidade oral é uma das mais áreas
vascularizadas de todo o corpo.

Vamos sintetizar os fatores mais recorrentes em prova, para que você assimile o conteúdo com maior
facilidade.

• quanto maior a dosagem, maior o


Dose nível do pico sanguíneo e o risco de
superdosagem

• quanto maior a velocidade de


Velocidade de injeção, maior risco de
injeção superdosagem

• colabora para a diminuição do risco


Presença de de superdosagem anestésica
vasoconstritoes

Observe que as questões vão estar mais relacionadas aos fatores do medicamento do que aos
fatores do paciente.

As perguntas mais frequentes são sobre dose, velocidade de injeção e presença de


vasoconstritores. Além disso, alguns autores destacam que presença de doença hepática e uso
de cimetidina (inibe seletivamente a secreção ácida estomacal e reduz a produção de pepsina)
podem predispor à superdosagem.

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Já sabemos quais os fatores que interferem no risco à sobredosagem com anestésicos locais, mas como
prevenir que essa reação ocorra?

É importante mencionar que quase todas as reações aos anestésicos locais podem ser
prevenidas. A avaliação cuidadosa do paciente antes de iniciar o tratamento, associada à
administração cuidadosa do medicamento, pode minimizar o risco de sobredosagem em
quase todas as situações.

Dos fatores predisponentes que foram apresentados anteriormente, o primeiro grupo,


fatores do paciente, é aquele que não podem ser eliminados, mas que quando presentes
podem requerer modificações específicas no cuidado odontológico, para prevenir o
desenvolvimento de problemas.

Já o segundo grupo está relacionado com os medicamentos em si ou com a sua


administração. Estes fatores são normalmente evitáveis pela seleção adequada do
fármaco e pela técnica de injeção dos anestésicos locais.

Destacamos:

Para evitar a injeção intravascular, utiliza-se uma seringa com aspiração;

Utilizar uma agulha de calibre maior do que 27 quando o risco de uma aspiração é alto.

Aspirar em pelo menos dois planos antes da injeção.

Injetar lentamente o anestésico.

A injeção intravascular pode ocorrer com qualquer tipo de injeção, mas é mais provável quando um bloqueio
nervoso é administrado.

As injeções intravenosas e intra-arteriais são capazes de produzir superdosagem.

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Malamed nos traz a taxa de aspiração positiva relacionada ao bloqueio nervoso:

Figura 4- Malamed, 2021.

Além das reações à superdosagem do sal anestésico e do vasoconstritor, existem algumas reações
relacionadas ao paciente. Um exemplo é a reação de metemoglobinemia.

Vamos à definição?

Metemoglobinemia é o aumento da forma oxidada de hemoglobina no sangue.

Ela pode ser congênita ou adquirida.

Cuidado! As questões relacionadas ao assunto se referem muito à forma adquirida!

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A metemoglobinemia adquirida ocorre quando em contato com medicações ou substâncias capazes de


aumentar a formação de metemoglobinema. Exemplos disso são acetonilida, derivados da anilina (corante),
derivados do benzeno.

Essa reação está tipicamente relacionada ao uso de dois tipos de anestésicos locais de uso parenteral:
prilocaína (muito cobrada pelas bancas) e articaína (em um grau muito inferior do que a prilocaína); e um
anestésico de aplicação tópica: benzocaína. A aplicação desses anestésicos em altas doses pode aumentar o
nível de metemoglobinemia.

Embora não haja uma contraindicação absoluta para o uso desses anestésicos, eles devem ser evitados em
pacientes com metemoglobinemia congênita ou portadores de doenças que comprometam a oxigenação
dos tecidos.

No caso da prilocaína, o metabólito principal é a ortotoluidina. Ele é responsável por provocar a oxidação
da hemoglobina. Esse processo demora de 3-4 horas para ocorrer e por isso, os sinais e sintomas ocorrem
quando o paciente já deixou o consultório odontológico.

Atenção! As questões sobre o tema costumam relatar um caso clínico e associá-lo aos sinais
e sintomas que o paciente apresenta.

O paciente com metemogobinemia desenvolve cianose, apresentando sangue de coloração marrom azulado
e sinais de depressão respiratória. Geralmente, esses sinais são percebidos com 1,5 a 3g de
metemoglobinemia por dL de sangue (cerca de 10 a 20%).

Ele apresentará cansaço, letargia, dificuldade respiratória, pele acinzentada, lábios e unhas cianóticos.

Para testar nossos conhecimentos vamos realizar um exercício de fixação?

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(FGV/ Câmara de Salvador BA/ 2018) Um paciente portador de anemia falciforme comparece ao
consultório odontológico para refazer uma restauração de compósito no elemento 16, que havia
fraturado. Para a realização da anestesia local, o dentista precisa considerar o risco de metemoglobinemia
(diminuição da capacidade de transporte de oxigênio) que esses pacientes possuem. Assim, deve-se evitar
a utilização principalmente do seguinte anestésico local:

a) prilocaína a 4% com epinefrina 1:200.000;


b) lidocaína a 2% com adrenalina 1:100.000;
c) mepivacaína a 3% com levonordefrina 1:20.000;
d) lidocaína a 3% com norepinefrina 1:50.000;
e) articaína a 4% com epinefrina 1:100.000.

Comentários:
Conforme vimos em nossa aula, a metemoglobinemia adquirida ocorre quando em contato com medicações
ou substâncias capazes de aumentar a formação de metemoglobinemia. Essa reação está tipicamente
relacionada ao uso de dois tipos de anestésicos locais de uso parenteral: prilocaína (muito cobrada pelas
bancas) e articaína (em um grau muito inferior do que a prilocaína); e um anestésico de aplicação tópica:
benzocaína. A aplicação desses anestésicos em altas doses pode aumentar o nível de metemoglobinemia.
Embora não haja uma contraindicação absoluta para o uso desses anestésicos, eles devem ser evitados em
pacientes com metemoglobinemia congênita ou portadores de doenças que comprometam a oxigenação
dos tecidos. Portanto, o gabarito é letra A.

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Você lembra que no início da aula relatamos que existem também as complicações locais referentes ao uso
dos anestésicos locais?

➢ Fratura da agulha: agulhas curtas, calibre 30 inseridas até o fim em técnicas de bloqueios regionais;
Fatores adicionais incluem (1) encurvamento intencional da agulha pelo dentista antes da injeção, (2)
movimento súbito inesperado do paciente enquanto a agulha ainda está inserida no tecido e (3) contato
vigoroso com o osso; raras atualmente.

O manuseio da agulha odontológica quebrada envolve o encaminhamento do paciente a um especialista


apropriado (p. ex., um cirurgião Bucomaxilofacial) para uma avaliação e possível tentativa de recuperação.
O tratamento convencional envolve a localização do fragmento retido por meio de varredura de imagens
panorâmicas e tomografia computadorizada.

Como prevenção:

➢ Não usar agulhas curtas para o BNAI em adultos ou crianças maiores (o


comprimento deve ser determinado pela espessura do tecido mole de cada
paciente individualmente)
➢ Não dobrar as agulhas ao inseri-las no tecido mole
➢ Não inserir uma agulha no tecido mole até seu canhão, a menos que seja
absolutamente essencial para o sucesso da injeção
➢ Ter cuidado extra ao inserir agulhas em pacientes mais jovens, imaturos, crianças
ou indivíduos com fobias.

➢ Parestesia ou anestesia prolongada: podem ocorrer sensações de adormecimento, inchaço,


formigamento e prurido. Além de mordedura de língua, salivação, perda do paladar e impossibilidade de
falar. Pode ocorre por trauma a algum nervo, injeção de solução contaminada (principalmente por álcool),
pela neurotoxicidade do anestésico.

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Hiperestesia (sensibilidade aumentada a estímulos nocivos) e disestesia (uma sensação dolorosa que
acontece a estímulos usualmente não nocivos). Melhora deverá ocorrer espontaneamente de 1 a 2 meses.

A hemorragia dentro ou ao redor da bainha neural é outra causa. O sangramento aumenta a pressão no
nervo, levando à parestesia. O edema após procedimentos cirúrgicos é causa potencial de parestesia, já
que a pressão do fluido edematoso comprime o nervo.

Como prevenção, a adesão rigorosa ao protocolo de injeção, aos cuidados adequados e ao manuseio de
tubetes odontológicos ajuda a minimizar o risco de parestesia. No entanto, casos de parestesia ainda
ocorrem apesar desses cuidados durante a injeção. Sempre que uma agulha é inserida nos tecidos moles,
em qualquer corpo, na tentativa de depositar uma substância (p. ex., anestésico local) tão perto de um nervo
quanto possível sem realmente tocá-lo, é simplesmente uma questão de tempo antes de esse contato
ocorrer.

➢ Paralisia do nervo facial: bloqueio de nervo infraorbital ou quando se infiltram os caninos maxilares.
Comumente é causada pela introdução de anestésico local na cápsula da glândula parótida, que se localiza
no limite posterior do ramo mandibular, envolta pelos músculos pterigoideo medial e masseter.

Manejo: Tranquilizar o paciente. Explique que a situação é transitória, com duração de várias horas, e que
se resolverá sem efeito residual. Mencione que é isso produzido pela ação normal de substâncias anestésicas
locais no nervo facial, que é um nervo motor para os músculos da expressão da face. 2. Remover lentes de
contato até que o movimento muscular retorne. 3. Colocar um tapa-olho no olho afetado até que o tônus
muscular retorne. Se o paciente demonstrar resistência, aconselhe-o a fechar manualmente a pálpebra
afetada periodicamente, a fim de manter a córnea lubrificada. 4. Registrar o incidente no prontuário do
paciente.

➢ Complicações oculares: Os olhos estão localizados relativamente próximos da boca, especificamente


da maxila, e o anestésico local em difusão pode, em raras ocasiões, afetar a função dos nervos ao redor dos
olhos, produzindo complicações oculares.

Vejamos as principais complicações oculares associadas à administração de anestésicos locais, segundo


Malamed.

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Figura 5- Malamed, 2021.

➢ Trismo: espasmo tetânico prolongado dos músculos da mandíbula, que acabam por restringir a
abertura normal da boca (mandíbula fechada); pode se tornar um dos problemas mais crônicos e difíceis de
tratar.

O traumatismo nos músculos ou vasos sanguíneos na fossa infratemporal é o fator causal mais comum no
trismo associado à injeção odontológica de anestésicos locais. As soluções anestésicas locais nas quais álcool
ou soluções de esterilização a frio se difundiram produzem irritação dos tecidos (p. ex., músculos),
potencialmente levando ao trismo. Os anestésicos locais demonstraram ser ligeiramente miotóxicos para os
músculos esqueléticos, especialmente considerando o pH altamente ácido das soluções contendo um
vasoconstritor (pH ∼ 3,5 a 4,4). A injeção de solução anestésica local por via intra ou supramuscular leva a
uma rápida necrose progressiva das fibras musculares expostas.

Hemorragia é outra causa de trismo. Grandes volumes de sangue extravascular podem produzir irritação dos
tecidos, levando à disfunção muscular conforme o sangue é lentamente reabsorvido (em aproximadamente
2 semanas). A infecção de baixo grau após a injeção também pode causar trismo.

Como prevenção:

➢ Usar uma agulha descartável, estéril e afiada.


➢ Tomar cuidado e manusear adequadamente os tubetes de anestésico local odontológico.
➢ Usar uma técnica asséptica. Trocar agulhas contaminadas imediatamente.
➢ Praticar a técnica de inserção e injeção atraumáticas.
➢ Evitar injeções repetidas e várias inserções na mesma área, aumentando seu conhecimento de
anatomia e técnica adequada. Usar bloqueios nervosos regionais em vez de infiltração local (injeção
supraperiosteal), sempre que possível e racional.
➢ Usar volumes efetivos mínimos de anestésico local.

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Como tratamento, agende uma consulta para exame. Enquanto isso, prescreva a terapia com calor, enxagues
com solução salina morna, analgésicos e, se necessário, relaxantes musculares para controlar a fase inicial
do espasmo muscular.

Além disso, o paciente deve ser aconselhado a iniciar fisioterapia, que consiste em abrir e fechar a boca,
além de fazer excursões laterais da mandíbula por 5 minutos a cada 3 a 4 horas. Goma de mascar (sem
açúcar) é outro meio de proporcionar movimento lateral da articulação temporomandibular.

➢ Lesão dos tecidos moles: o trauma autoinfligido nos lábios e língua frequentemente é causado por
mordida ou mastigação inadvertida desses tecidos enquanto ainda anestesiados.

➢ Hematoma: corte inadvertido de um vaso sanguíneo (artéria ou veia); A densidade tecidual ao redor
do vaso lesado é um fator determinante. Quanto mais densos os tecidos vizinhos (p. ex., palato), menor a
probabilidade de que um hematoma se desenvolva. Pode ocorrer dor e trismo secundários ao hematoma. O
edema e a descoloração da região geralmente diminuem gradualmente após 7 a 14 dias.

O hematoma nem sempre é evitável. Toda vez que uma agulha é inserida no tecido, o risco
de punção inadvertida de um vaso sanguíneo está presente.

Como tratamento, quando o inchaço se torna evidente durante ou imediatamente após


uma injeção de anestésico local, pressão direta deve ser aplicada ao local da hemorragia.
Nenhuma alteração de cor será vista no início de um hematoma, pois o sangue é
relativamente profundo dentro dos tecidos moles. Para a maioria das injeções, o vaso
sanguíneo está localizado entre a superfície da membrana mucosa e o osso; a pressão
localizada deve ser aplicada por no mínimo 2 minutos. Isso interrompe efetivamente o
sangramento.

Gelo pode ser aplicado na região imediatamente após o reconhecimento de um hematoma em


desenvolvimento. Ele atua como analgésico e vasoconstritor e pode ajudar a minimizar o tamanho do
hematoma. O tempo (tintura do tempo) é o elemento mais importante no tratamento de um hematoma.
Com ou sem tratamento, um hematoma estará presente por 7 a 21 dias. Evita-se terapia odontológica
adicional na região até que os sintomas e sinais se resolvam.

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➢ Dor à injeção: adesão cuidadosa ao protocolo básico de injeção atraumática. Usar soluções
anestésicas tamponadas, a um pH de aproximadamente 7,4, demonstraram ser mais confortáveis na
administração.

➢ Queimação (queimadura) à injeção: causa primária de uma sensação leve de queimação é o pH


(quanto mais ácido maior a sensação); injeção rápida; contaminação por álcool ou solução excessivamente
aquecida.

Ao tamponar a solução anestésica local a um pH de aproximadamente 7,4 logo antes da administração, é


possível eliminar a sensação de queimação que alguns pacientes experimentam durante a injeção de uma
solução anestésica local contendo vasoconstritor. 90-92 Diminuir a velocidade da injeção também é útil. A
taxa ideal de administração de drogas injetáveis é de 1 mℓ/ min. Não se deve exceder a taxa recomendada
de 1,8 mℓ/ min.

➢ Infecção: ocorrência rara, pois materiais são descartáveis.

A principal causa de infecção pós-injeção é a contaminação da agulha antes da administração do anestésico.


A contaminação de uma agulha sempre ocorre quando ela toca a membrana mucosa na cavidade oral. Isso
não pode ser evitado e não é um problema significativo, uma vez que a flora bacteriana normal da cavidade
oral não leva à infecção do tecido.

No entanto, os anestésicos locais são consideravelmente menos eficazes quando injetados em tecidos
infeccionados. E se eles são depositados sob pressão, como na injeção do ligamento periodontal, a força de
sua administração pode transportar bactérias para tecidos saudáveis adjacentes, espalhando a infecção.

➢ Edema: pode ser causado por trauma, infecção, alergia, hemorragia, injeção de soluções irritantes,
angioedema hereditário (surgimento súbito de edema).

O edema induzido pela alergia é potencialmente fatal. O grau e a localização são altamente significativos. Se
o edema se desenvolver nos tecidos moles bucais e não houver envolvimento das vias respiratórias, o
tratamento consiste em injeção intramuscular imediata (no músculo vasto lateral) de 50 mg (adulto) ou 25
mg (criança até 30 kg) seguida de 3 dias de terapia com bloqueador de histamina oral e consulta com um
alergista para determinar a causa precisa.

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Se o edema ocorrer em qualquer área que comprometa a respiração, o tratamento consiste


em: 1. P (posição): se inconsciente, o paciente deve ser colocado em posição supina. 2. C-
A-R (circulação, vias respiratórias, respiração): administrar o suporte básico de vida,
conforme necessário. 3. D (tratamento definitivo): acionar serviços médicos de emergência
(p. ex., 192). 4. Administrar epinefrina: 0,3 mg (0,3 mℓ de solução de epinefrina a 1: 1000)
para peso superior a 30 kg, 0,15 mg (0,15 mℓ de solução de epinefrina 1: 1000) para peso
entre 15 e 30 kg, intramuscular, no vasto lateral, a cada 5 minutos até a resolução do
desconforto respiratório. 5. Administrar bloqueador de histamina por via intramuscular ou
intravenosa. 6. Administrar corticosteroide por via intramuscular ou intravenosa. Fazer
uma preparação para a cricotirotomia se a obstrução total das vias respiratórias parecer
estar se desenvolvendo. Isso é extremamente raro, mas é a razão para convocar médicos
de emergência o mais rápido possível. 8. Avaliar cuidadosamente a condição do paciente
antes de sua próxima consulta a fim de determinar a causa da reação.

➢ Descamação de tecidos: a irritação ou a isquemia prolongada dos tecidos moles pode levar a várias
complicações desagradáveis, incluindo descamação epitelial (anestésico tópico) e abscesso estéril (associada
a uso de anestésicos com vaso como noradrenalina). Normalmente, resolve-se de 7 a 10 dias não sendo
necessário tratamento.

➢ Lesões intraorais pós-anestésicas: aftas (úlcera aftosa recorrente), herpes que podem ser
precipitados pela lesão da agulha.

O tratamento primário é sintomático. A dor é o principal sintoma inicial, desenvolvendo-se


aproximadamente 2 dias após a injeção. Tranquilize o paciente de que a situação não é causada por uma
infecção bacteriana secundária à injeção do anestésico local, mas sim pela exacerbação de um processo que
estava presente nos tecidos, em forma latente, antes da injeção. A maioria desses pacientes já
experimentaram essa resposta antes e se resignaram a isso acontecer de novo.

Além disso, devemos ter conhecimento também das possíveis interações medicamentosas entre os
anestésicos locais e vasoconstritores, uma vez que podem desencadear situações emergenciais durante o
tratamento odontológico.

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Vejamos a tabela apresentada pelo professor Malamed:

Figura 6- Malamed, 2021.

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3- AVANÇOS RECENTES NA ANESTESIA LOCAL


Por mais eficazes que os anestésicos locais sejam, ainda surgem situações clínicas em que é difícil obter o
controle adequado da dor.

Ao abordar a capacidade do administrador de aplicar a injeção (cirurgião-dentista ou profissional em higiene


oral) sem dor – o fator mais importante para o paciente –, pesquisas mais recentes resultaram no
desenvolvimento de meios novos e mais efetivos de conseguir injeções indolores (ou eliminar
completamente a necessidade de injeções).

Dentre essas inovações, podemos citar:

Anestésico
Mesilato de
controlado por Articaína
fentolamina
computador

Tamponamento Tetracaína e
da solução oximetazolina

Estudaremos separadamente cada uma dessas inovações:

➢ Administração de anestésico local controlada por computador: a tecnologia de administração de


anestésico local controlado por computador (C-CLAD) tornou possível a realização significativamente mais
confortável de injeções potencialmente dolorosas.

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A capacidade de administrar anestésicos locais lentamente e sob pressão controlada


culminou com o desenvolvimento de duas novas técnicas de injeção maxilar: o bloqueio do
nervo alveolar superior médio anterior (ASMA) e a abordagem palatina do bloqueio do
nervo alveolar superior anterior (P-ASA).

Portanto, A tecnologia C-CLAD teve impacto ao ajudar o profissional de odontologia a proporcionar injeções
anestésicas locais seguras, eficazes e mais confortáveis para seus pacientes.

➢ Cloridrato de articaína: A articaína foi o primeiro e ainda é o único anestésico local desenvolvido
especificamente para uso em odontologia. Embora seja classificada como um anestésico local amida, a
articaína apresenta características químicas de ambos os grupos amida e éster. Tornou-se um anestésico
local extremamente popular onde quer que tenha sido disponibilizado. Ao contrário de outros anestésicos
locais do tipo amida que sofrem metabolismo no fígado, a biotransformação da articaína ocorre no fígado
e no sangue.

A articaína, por apresentar características de éster e amida, tem meia-vida de eliminação de


aproximadamente 27 minutos. É eliminada do sangue em 162 minutos (6 meias-vidas). Isso é clinicamente
significativo quando se está tratando (1) pacientes grávidas, (2) mães que amamentam e (3) pacientes com
menos peso (pessoas com peso até 30 kg).

A articaína tem muitas das propriedades físico-químicas dos anestésicos locais mais comumente usados
(lidocaína, mepivacaína e prilocaína), com exceção do anel aromático e de seu grau de ligação às proteínas.
A articaína penetra efetivamente no tecido e é altamente difundível. Sua ligação de aproximadamente 95%
à proteína plasmática é maior do que a observada em muitos anestésicos locais. Além disso, o anel tiofeno
da articaína aumenta sua lipossolubilidade.

A administração de articaína por infiltração mandibular em adultos tem se mostrado significativamente


mais bem-sucedida em proporcionar a anestesia pulpar do que a infiltração de lidocaína usada como injeção
única para anestesia mandibular.

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Pasmem:

Embora o autor relate que a lidocaína é o anestésico de escolha para a maioria dos casos especiais, olha só
o que Malamed nos traz nesse parágrafo:

Nos EUA, a FDA classifica os medicamentos por sua segurança durante a gravidez e
amamentação.

Gestantes

Todos os anestésicos locais injetáveis, incluindo a articaína e a epinefrina, são classificados


como “B” (recomenda-se cautela – nenhuma evidência de risco no segundo ou terceiro
trimestre; dano fetal possível, mas improvável) ou “C” (pesar risco/ benefício – ponderar
possível risco fetal versus benefício materno).

A lidocaína e a prilocaína são classificadas como B; todos os outros anestésicos locais


(incluindo a articaína) e a epinefrina são classificados como C.

Para minimizar a exposição do feto aos efeitos do anestésico local, prefere-se um


medicamento com menor duração da meia-vida de eliminação. A meia-vida de 27 minutos
de articaína é preferível à meia-vida de 90 minutos ou mais de outros anestésicos locais
disponíveis.

O cloridrato de articaína tornou-se um anestésico local muito popular em odontologia. Ele


fornece as mesmas profundidade e duração da anestesia pulpar e dos tecidos moles que
os outros anestésicos locais odontológicos de ação intermediária – lidocaína, mepivacaína
e prilocaína. Como a meia-vida de eliminação da articaína é consideravelmente mais curta
que a de outros anestésicos locais do tipo amida, é o medicamento preferido em
populações de pacientes especiais, incluindo crianças, gestantes e nutrizes.

Pela maior lipossolubilidade da articaína, sua infiltração vestibular na mandíbula adulta


tem taxa de sucesso clinicamente significativa no fornecimento de anestesia da polpa em
comparação com outros anestésicos locais do tipo amida.

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➢ Mesilato de fentolamina | O interruptor para “desligar” a anestesia local: para procedimentos


odontológicos em dentes (p. ex., restaurações, procedimentos endodônticos, extrações, implantes), a
anestesia pulpar é necessária até que o procedimento seja concluído. A anestesia de tecido mole, embora
necessária para alguns procedimentos (p. ex., raspagem e alisamento radicular, cirurgia periodontal,
exodontia), é sempre de duração consideravelmente mais longa que a anestesia pulpar. Os pacientes
geralmente são liberados do consultório odontológico com dormência residual dos lábios e da língua,
persistindo por mais 3 a 5 horas.

Embora não seja um problema significativo, a anestesia residual dos tecidos moles pode causar lesão
autoinfligida em qualquer paciente. A lesão autoinfligida de tecidos moles – mais comumente no lábio ou na
língua – tem maior probabilidade de ocorrer em crianças menores e em pessoas com deficiência mental.

Então, o entorpecimento produzido pelos anestésicos locais pode ser resolvido mais rapidamente?

A injeção de um medicamento vasodilatador antes do anestésico local deve alcançar este objetivo, por
acelerar a redistribuição do anestésico local a partir do nervo para o sistema cardiovascular, diminuindo,
assim, a duração da anestesia residual dos tecidos moles.

O mesilato de fentolamina é um antagonista do receptor alfa-adrenérgico aprovado pela


FDA em 1952.

Em maio de 2008, a FDA aprovou o mesilato de fentolamina (OraVerse ®) para reverter a


anestesia após injeções odontológicas. Comercializada em tubetes odontológicos de 1,7
mℓ, a formulação contém 0,4 mg de mesilato de fentolamina (0,235 mg/ mℓ).

Quais as indicações do uso do mesilato de fentolamina?

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Os usos aprovados da fentolamina incluem o diagnóstico de feocromocitoma e o


tratamento da hipertensão nessa condição, a prevenção de necrose do tecido após o
extravasamento de norepinefrina e a reversão da anestesia do tecido mole.

A fentolamina também estimula os receptores beta-adrenérgicos no coração e nos


pulmões. Seus efeitos clínicos incluem a vasodilatação periférica e a taquicardia. A
vasodilatação é um resultado tanto do relaxamento direto do músculo liso vascular quanto
do bloqueio α. O medicamento produz efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos,
levando a aumento no débito cardíaco.

O mesilato de fentolamina não é recomendado para uso em crianças menores de 3 anos


ou com peso inferior a 15 kg.

A dose recomendada de mesilato de fentolamina é baseada no número de tubetes de


anestésico local com vasoconstritor administrados. Deve ser administrado em um volume
igual, até o máximo de dois tubetes. O mesilato de fentolamina é administrado no mesmo
local e pela mesma técnica (bloqueio do nervo ou infiltração) do anestésico local.

➢ Tamponamento de soluções: muitos pacientes ainda se queixam de sensação de queimação ou


ardência quando as primeiras gotas de anestésico são injetadas. Este “efeito de picada de abelha” é causado
pela acidez da solução anestésica. Na escala de pH, 7,0 é neutro, acima de 7,0 é básico e abaixo de 7,0 é
ácido. O pH fisiológico humano é de 7,4. Todos os anestésicos locais injetáveis (drogas simples sem
vasoconstritor) são levemente ácidos.

Quando aplicado aos anestésicos locais, um tampão com pH básico (bicarbonato de sódio) é adicionado à
solução anestésica local altamente ácida para elevar o pH do anestésico ao da solução tampão.

Ao elevar o pH da solução anestésica, teoricamente é possível eliminar, ou pelo menos minimizar, a dor na
injeção, o início lento e a diminuição da eficácia na presença de infecção.

Um sistema automatizado de tamponamento (Onset ®, Onpharma, Carson City, Nevada, EUA) foi introduzido
nos EUA em 2010 usando o tubete de anestésico local odontológico como o recipiente de mistura.

O tamponamento utilizando tubete anestésico odontológico selado preserva o CO2 dissolvido, tornando-o
disponível durante a injeção. O sistema automatizado também é projetado para tornar o processo de
tamponamento do tubete mais preciso e conveniente para a liberação do anestésico tamponado
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imediatamente após o tamponamento. Outros sistemas tamponantes foram introduzidos posteriormente


(p. ex., Anutra ®, Anutra Medical Inc., Morrisville).

➢ Tetracaína e oximetazolina | Spray nasal para anestesia de dentes não molares maxilares: o medo
de agulhas (tripanofobia) é um problema significativo para muitos pacientes. O ato de receber a injeção é a
parte mais traumática de sua experiência odontológica.

Tanto a tetracaína quanto a oximetazolina foram aprovadas pela FDA para uso como spray anestésico para
cirurgia nasal e têm sido empregadas com sucesso em cirurgias nasais há muitos anos. Foi necessária a
apresentação de ensaios clínicos para demonstrar à FDA a segurança e a eficácia dessa combinação quando
usada para uma nova indicação – anestesia odontológica.

Como seria de se esperar com uma intervenção envolvendo spray nasal, os eventos adversos mais frequentes
foram rinorreia (52%), congestão (32%) e desconforto nasal, sendo a maioria considerada leve pelo paciente.

Oximetazolina foi aprovado pela FDA em junho de 2016 para a seguinte indicação: um procedimento único
de restauração maxilar em pacientes com peso de pelo menos 40 kg em dentes não molares (segundo pré-
molar ao incisivo central) e em todos os 10 dentes maxilares decíduos.

Uma técnica para obter anestesia pulpar intraoral sem a necessidade de injeção pode ser de grande benefício
para muitos pacientes odontológicos que têm medo de agulhas. A falta de qualquer anestesia extraoral de
tecidos moles, combinada com a presença de anestesia palatina de tecido mole, faz com que o spray nasal
seja um acréscimo interessante ao arsenal terapêutico de controle da dor de origem odontológica.

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Considerações Finais

Chegamos ao final da disciplina de Anestesiologia.

Esta aula é de extrema importância para os concursos, afinal as questões relacionadas aos AL são muito
recorrentes!

Nesta aula, estudamos os assuntos relacionados aos anestésicos locais, bem como suas características,
técnicas, aplicações, efeitos adversos etc.

Esteja certo de que este material foi elaborado com muita dedicação para que você consiga acertar todas as
questões relacionadas ao assunto. Nosso material é todo baseado em referências bibliográficas confiáveis,
atuais e as mais cobradas em concursos públicos. Sempre que julgarmos pertinente, mencionaremos as
referências.

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco.

Aguardo vocês na próxima aula.

Um abraço e até lá!

Mirela Sangoi Barreto

E-mail: mirelasbarreto@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/mirelasangoibarreto

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4- QUESTÕES COMENTADAS

1. (Prova do Exército/Odontólogo/2010) Para obtermos ação anestésica na porção posterior do palato


duro e seus tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até o primeiro pré-molar e medialmente até a
linha média, devemos fazer o bloqueio do nervo:

a) Nasopalatino.

b) Alveolar superior médio.

c) Alveolar superior posterior.

d) Palatino maior.

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Para obtermos ação anestésica na porção posterior
do palato duro e seus tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até o primeiro pré-molar e medialmente
até a linha média, devemos fazer o bloqueio do nervo palatino maior.

O Bloqueio do nervo palatino maior (anterior) é recomendado para o tratamento dos tecidos moles e ósseos
palatinos distais ao canino em um quadrante. Porção posterior do palato duro e tecidos moles que o cobrem
anteriormente até o 1ºpm e medialmente até a linha média.

Técnica: agulha pelo lado oposto, ângulo reto com o palato duro. Direção da agulha: na região distal ao
segundo molar. Injetar 0,45 a 0,6 ml. Complicações: Isquemia com necrose dos tecidos moles do palato (Não
usar noradrenalina). Hematoma (raro). Desconforto pela eventual anestesia do palato mole: ocorre nos
casos em que o nervo palatino médio está próximo ao local da injeção.

A alternativa A está incorreta. O bloqueio do nervo nasopalatino é recomendado para o tratamento dos
tecidos moles e ósseos palatinos de canino a canino bilateralmente. Sinônimo: bloqueio do nervo incisivo,
bloqueio do nervo esfenopalatino. Porção anterior do palato duro e tecidos moles que o cobrem da região

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medial do 1ºPM direito até a mesma região contralateral. Duas técnicas descritas: Técnica da injeção única.
Técnica das múltiplas perfurações.

A alternativa B está incorreta. O bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM) é recomendado para o
tratamento de pré-molares em um quadrante. Nervo anestesiado: alveolar superior médio. Somente
presente em aproximadamente 28% da população. Área anestesiada: 1° e 2°PM + raiz mesiobucal do 1°mol
+ tecido periodontal vestibular. Indicado para procedimentos envolvendo PMS maxilares ou quando
bloqueio do n. infra-orbital não produz anestesia distal ao canino. Introdução da agulha: prega mucobucal
acima do 2°PM. Injetar 0,9 a 1,2 ml de anestésico. Área alvo: periápice do 2° pré-molar superior.

A alternativa C está incorreta. O Bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP) é recomendado para o
tratamento de vários dentes molares em um quadrante. Elevada frequência de êxito (> 95%). Nervo
anestesiado: ASP. Outros nomes: bloqueio da tuberosidade baixa ou zigomático. Area anestesiada: 1°, 2° e
3° mols (72% dos casos, porém, raiz mesiobucal do 1° mol não anestesiada em 28% dos casos) + tecido
periodontal vestibular. Técnica: Introdução da agulha: fundo de vestíbulo do 2o molar superior, 45 graus em
relação ao Plano oclusal e ao longo eixo do segundo molar superior (para cima, dentro e trás). Profundidade
de penetração média da agulha = 16mm. Injetar 0,9 a 1,8ml. Complicações: Hematoma: introdução da agulha
no plexo venoso pterigoideo. Anestesia mandibular: introdução da agulha lateralmente à area alvo.
Necessária 2a injeção em 28% (raiz MV 1º MS). Contra-indicações: quando o risco de hemorragia é muito
grande (como no hemofílico).

2. (CONSUPLAN/ TRF 2 região/2017) Em pacientes gestantes, a solução de prilocaína a 3% com felipressina


deve ser empregada com cuidado devido ao risco de metemoglobinemia. Diante do exposto, assinale a
alternativa correta.

a) Pacientes com anemia não apresentam maior risco de metemoglobinemia.

b) Os níveis sanguíneos máximo de metemoglobinemia ocorrem 3-4 horas após a administração da


prilocaína.

c) O tolueno presente na molécula de prilocaína é o responsável pelo desencadeamento do processo que


resulta na metemoglobinemia.

d) Em uma paciente com 60 kg e sem alterações sistêmicas, dois tubetes desse anestésico aplicados dentro
de técnica correta já são suficientes para causar a metemoglobinemia.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.


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A metemoglobinemia é capaz de resultar de erros inatos do metabolismo, ou ser provocada ainda por
agentes químicos que aumentam a taxa de oxidação da hemoglobina. Este último mecanismo é responsável
pela doença tóxica ou adquirida, a qual já foi bem demonstrada após a administração de doses elevadas de
prilocaína.

Os níveis máximos de metemoglobina no sangue ocorrem 3 a 4 horas após a administração da prilocaína,


quando se manifestam os sinais e sintomas clínicos. A maioria dos pacientes odontológicos já terá deixado o
consultório, o que implica dizer que o quadro clínico de metemoglobinemia poderá ter início no ambiente
domiciliar ou de trabalho. É importante mais uma vez destacar que a quantidade da formação de
metemoglobina é diretamente proporcional á dose de prilocaína administrada.

A alternativa A está incorreta. Pacientes portadores de anemia apresentam maior risco de desenvolver
metemoglobinemia.

A alternativa C está incorreta. O metabólito em questão é a ortotoluidina e não o tolueno.

A alternativa D está incorreta. Em uma paciente com 60 kg e sem alterações sistêmicas, dois tubetes desse
anestésico aplicados dentro de técnica correta não são suficientes para causar a metemoglobinemia, uma
vez que ela é causada por grandes quantidades de anestésico (prilocaína, no caso). 2 tubetes representam
uma dose segura.

3. (FCC /TRF 1 REGIAO -2014) São anestésicos odontológicos que mais causam a metemoglobinemia:

a) Prilocaína e Articaína.

b) Lidocaína e Prilocaína.

c) Mepivacaína e Articaína.

d) Bupivacaína e Articaína.

e) Lidocaína e Mepivacaína.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Conforme visto em aula, a reação de


metemoglobinemia está tipicamente relacionada ao uso de dois tipos de anestésicos locais de uso
parenteral: prilocaína e articaína (em um grau muito infeior do que a prilocaína); e um anestésico de

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aplicação tópica: benzocaína. A aplicação desses anestésicos em altas doses pode aumentar o nível de
metemoglobinemia.

4. (Prova da Marinha/Odontólogo/2011) A metemoglobinemia consiste no efeito adverso associado ao


uso de anestésicos como a prilocaína e articaína. Assinale a opção que corresponde ao metabólito
produzido, quando se administra doses elevadas desses tipos de anestésicos

a) Ortotoluidina

b) Bissulfito de sódio

c) Cloreto de sódio

d) Metilparabeno

e) Alfa-metil-prilol

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O metabólito em questão é a ortotoluidina.

A alternativa B está incorreta. O bissulfito de sódio é um antioxidante que faz parte da composição das
soluções anestésicas com vasoconstritores adrenérgicos (epinefrina, norepinefrina, corbadrina e fenilefrina),
para impedir sua oxidação.

A alternativa C está incorreta. O Soro Fisiológico ou solução de cloreto de Sódio 0,9% é utilizado para o
restabelecimento de fluido e eletrólitos. Também é utilizado como repositor de água e eletrólitos em caso
de alcalose metabólica (aumento do pH do sangue) de grau moderado, em carência de sódio e como diluente
para medicamentos.

A alternativa D está incorreta. Metilparabeno é um dos conservantes mais utilizados nas medicações e
formulações farmacêuticas.

A alternativa E está incorreta. Alfa-metil-prilol é uma droga pertencente a classe das triptaminas, utilizada
como antidepressivo.

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5. (UNOESC/Cirurgião dentista BMF/2015) Com relação à Técnica de Gow-Gates, está correto afirmar:

a) Dentre os nervos anestesiados podemos citar: Alveolar inferior, Mentual, Incisivo, Lingual,
Glossofaríngio, Bucal e Facial;

b) Dentre as indicações podemos citar: Múltiplos procedimentos nos dentes mandibulares e pacientes que
não conseguem abrir bem a boca

c) Dentre as vantagens temos, requer apenas uma injeção, elevada frequência de êxito e poucas
complicações após a injeção.

d) E como desvantagem, pode-se citar a alta frequência de aspiração.

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O Bloqueio do nervo mandibular, Técnica de Gow-
Gates, apresenta algumas Vantagens sobre o BNAI: maior frequência de êxito, incidência mais baixa de
aspiração positiva (aproximadamente 2% x 10% a 15% no BNAI); ausência de problemas de inervação
sensorial acessória aos dentes mandibulares.

Os Nervos anestesiados são: alveolar inferior, lingual, mentoniano , incisivo, milo-hioideo, aurículo-temporal,
bucal (75% dos pacientes).

Áreas anestesiadas: dentes mandibulares, mucoperiósteo vestibular, 2/3 anteriores da língua, assoalho
bucal, mucoperiósteo lingual, corpo mandibular, regiões temporal e ouvido externo.

Alta taxa de sucesso: 95%; Aspiração positiva: 2% (menor que BNAI); Tempo de início da anestesia maior que
o BNAI (5 min.): anestésico depositado longe do nervo (5 a 10mm); Prof. Média de penetração: 25mm;
Complicações: Hematoma (Artéria maxilar), Trismo (raro), Paralisia dos nervos III, IV e VI.

6. (UNOESC/Cirurgião dentista BMF/2015) Na abordagem palatina do nervo alveolar superior médio


anterior (ASMA):

a) Dentre as áreas anestesiadas podemos citar: anestesia pulpar dos incisivos, caninos e pré molares.

b) Tem como indicação a raspagem e alisamento radicular dos dentes anteriores e posteriores.

c) Está contraindicada em pacientes que tecidos palatinos extremamente densos.

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d) Tem como vantagem a utilização de um anestésico contendo vasoconstritor adrenalina 1:50.000, o que
promoverá melhor hemostasia.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O Bloqueio do nervo alveolar superior médioanterior
(ASMA) é recomendado para o tratamento extenso de dentes anteriores, tecidos moles e ósseos palatinos e
vestibulares. Técnica que promove a anestesia pulpar em múltiplos dentes superiores (incisivos, caninos e
pré-molares) a partir de um único local de injeção no palato duro. É um bloqueio de campo dos ramos
terminais (plexo dentário subneural) do nervo ASA. Especialmente útil para procedimentos odontológicos
restauradores estéticos (cosméticos). Nervos Anestesiados: Nervo ASA, Nervo ASM, quando presente, Plexo
nervoso dentário subneural dos nervos alveolar súperoanterior e médio. Áreas Anestesiadas: Anestesia
pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores: Gengiva inserida vestibular destes mesmos dentes,
Tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival livre dos dentes associados.

7. (Prova da Marinha/Odontólogo/2011) A metemoglobinemia consiste no efeito adverso associado ap


uso de anestésicos como a prilocaína e articaína. Assinale a opção que corresponde ao metabólito
produzido, quando se administra doses elevadas desses tipos de anestésicos

a) Ortotoluidina

b) Bissulfito de sódio

c) Cloreto de sódio

d) Metilparabeno

e) Alfa-metil-prilol

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O metabólito em questão é a ortotoluidina.

A alternativa B está incorreta. O bissulfito de sódio é um antioxidante que faz parte da composição das
soluções anestésicas com vasoconstritores adrenérgicos (epinefrina, norepinefrina, corbadrina e fenilefrina),
para impedir sua oxidação.
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A alternativa C está incorreta. O Soro Fisiológico ou solução de cloreto de Sódio 0,9% é utilizado para o
restabelecimento de fluido e eletrólitos. Também é utilizado como repositor de água e eletrólitos em caso
de alcalose metabólica (aumento do pH do sangue) de grau moderado, em carência de sódio e como diluente
para medicamentos.

A alternativa D está incorreta. Metilparabeno é um dos conservantes mais utilizados nas medicações e
formulações farmacêuticas.

A alternativa E está incorreta. Alfa-metil-prilol é uma droga pertencente a classe das triptaminas, utilizada
como antidepressivo.

8. (UNOESC/Cirurgião dentista BMF/2015) O bloqueio anestésico seletivo do nervo bucal costuma induzir
a perda de sensibilidade temporária da gengiva:

a) Lingual e vestibular, na região do terceiro molar inferior e da face interna da bochecha até a comissura
labial.

b) Vestibular, da região do terceiro molar inferior até a do segundo pré-molar inferior, e da face interna
da bochecha, até a comissura labial.

c) Vestibular, da região do segundo pré-molar inferior à do incisivo central inferior e da face interna do
lábio inferior do mesmo lado.

d) Vestibular, na região do terceiro molar inferior e da face interna da bochecha, até a comissura labial.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. No Bloqueio do nervo Bucal as áreas anestesiadas
são tecido mole e periósteo bucal em região de molares inferiores até o segundo PMI. Área alvo: borda
anterior do ramo mandibular. Área de inserção: mucosa bucal distal ao dente molar mais distal do arco.
Penetração da agulha: 2 a 4 mm. Injetar 0,3 ml.

9. (FUNCAB/Pref. Cuiabá-MT/Odontólogo/2013) Na maxila, a técnica de injeção recomendada para


tratamento de tecidos moles e ósseos palatinos de canino a canino, bilateralmente, é:
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a) injeção intrasseptal.

b) bloqueio do nervo alveolar superior médio.

c) bloqueio do nervo alveolar superior posterior.

d) bloqueio do nervo maxilar.

e) bloqueio do nervo nasopalatino.

Comentários:

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O Bloqueio do nervo nasopalatino é recomendado


para o tratamento dos tecidos moles e ósseos palatinos de canino a canino bilateralmente. Sinônimo:
bloqueio do nervo incisivo, bloqueio do nervo esfenopalatino. Porção anterior do palato duro e tecidos moles
que o cobrem da região medial do 1ºPM direito até a mesma região contralateral. Duas técnicas descritas:
Técnica da injeção única. Técnica das múltiplas perfurações.

10. (IBAM / Pref. Cândido Abreu- PR/ 2017) São alguns dos nervos anestesiados pela técnica de Gow Gates:

A) mentoniano, bucal e infraorbitário

B) lingual, alveolar inferior e facial

C) alveolar inferior, lingual e auriculotemporal

D) infraorbitário, alveolar superior anterior e alveolar superior médio

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Bloqueio do nervo mandibular: Técnica de Gow-Gates
- nervo mandibular. Verdadeiro bloqueio nervoso mandibular. Vantagens da técnica de Gow-Gates sobre o
BNAI: maior frequência de êxito, incidência mais baixa de aspiração positiva (aproximadamente 2% x 10% a
15% no BNAI); ausência de problemas de inervação sensorial acessória aos dentes mandibulares. Nervos
anestesiados: alveolar inferior, lingual, mentoniano, incisivo, milo-hioideo, aurículo-temporal, bucal (75% dos
pacientes). Áreas anestesiadas: dentes mandibulares, mucoperiósteo vestibular, 2/3 anteriores da língua,
assoalho bucal, mucoperiósteo lingual, corpo mandibular, regiões temporal e ouvido externo. Alta taxa de
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sucesso: 95%; Aspiração positiva: 2% (menor que BNAI); Tempo de início da anestesia maior que o BNAI (5 min.):
anestésico depositado longe do nervo (5 a 10mm); Prof. Média de penetração: 25mm; Complicações: Hematoma
(Artéria maxilar), Trismo (raro), Paralisia dos nervos III, IV e VI.

11. (IBAM / Pref. Cândido Abreu- PR/ 2017) A reação de superdosagem relacionada ao uso de anestésico
local está associada com o nível sanguíneo do agente anestésico em alguns tecidos após sua
administração. São exemplos de fatores que podem predispor o paciente ao desenvolvimento de
superdosagem:

A) diabete, paciente nos extremos etários e alergia ao bissulfito

B) presença de doença hepática, velocidade de injeção rápida e uso de cimetidina


==0==

C) presença de doença renal, uso de corticoides e uso de anestésicos do tipo amida

D) doença cardíaca isquêmica, uso de fenitoína e anestésicos do tipo éster

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Dose administrada, velocidade de injeção e presença
de vasoconstritores pode influenciar na superdosagem. Além disso, alguns autores destacam que presença
de doença hepática e uso de cimetidina (inibe seletivamente a secreção ácida estomacal e reduz a produção
de pepsina) podem predispor à superdosagem.

12. (IBAM / Pref. Praia Grande- SP/ 2013) Existem alguns fatores predisponentes à superdosagem no uso
de anestésicos locais. Sendo que:

a) embora as reações possam acontecer em todas as idades, os idosos são mais susceptíveis, pois as
funções de absorção, metabolismo e excreção podem estar diminuídas.

b) a disfunção hepática diminui o risco de superdosagem.

c) o uso de meperidina protege o indivíduo da superdosagem.

d) indivíduos de maior peso corporal são mais susceptíveis â superdosagem do que outros de menor peso.

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Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Embora as reações possam acontecer em todas as
idades, os idosos são mais susceptíveis, pois as funções de absorção, metabolismo e excreção podem estar
diminuídas ou alteradas pelo uso de fármacos e mal funcionamento do organismo.

A alternativa B está incorreta. A disfunção hepática aumenta o risco de superdosagem.

A alternativa C está incorreta. A meperidina, utilizada para sedação pré-operatória, não protege o indivíduo
da superdosagem.

A alternativa D está incorreta. Indivíduos de menor peso corporal são mais susceptíveis â superdosagem do
que outros de menor peso.

13. (CADAR /2014) Segundo Malamed (2005), a introdução da agulha na altura da prega mucovestibular,
no bloqueio do nervo alveolar superior posterior, é realizada na região do

a) 1º molar superior.

b) 2º molar superior.

c) 3º molar superior.

d) 2º pré-molar superior.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

A introdução da agulha na altura da prega mucovestibular é realizada acima do segundo molar.

14. (CADAR /2014) Sobre o bloqueio do nervo alveolar inferior, segundo Malamed (2005), informe se é
verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta.

( ) É indicado em procedimentos em múltiplos dentes inferiores em um quadrante.

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( ) Uma desvantagem é que os pontos de referências intraorais não são confiáveis.

( ) Na técnica, a área de introdução é a mucosa da face medial do ramo mandibular, na interseção de duas
linhas: uma horizontal, representando a altura da injeção, e a outra vertical, representando o plano
anteroposterior da injeção.

( ) Na técnica, os pontos de referência são a incisura coronoide, rafe pterigomandibular e o plano oclusal
dos dentes posteriores inferiores.

a) V – V – V – V

b) F – V – F – F

c) V – F – F – V

d) F – F – V – F

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Todas as afirmativas acerca do bloqueio do nervo alveolar inferior, segundo Malamed, são verdadeiras.

15. (CADAR /2014) Movimento súbito inesperado do paciente, uso de agulhas finas e de agulhas dobradas
são causas de qual complicação local durante a anestesia local?

a) Edema.

b) Paralisia.

c) Hematoma.

d) Quebra da agulha

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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O movimento súbito inesperado do paciente e o uso de agulhas finas e de agulhas dobradas são causas da
quebra da agulha durante a anestesia local.

16. (CADAR /2013) Complicações locais e sistêmicas podem estar associadas à administração de
anestésicos locais. Em relação a essas complicações locais, analise as afirmativas.

I. Se uma agulha fraturada estiver localizada profundamente, o fragmento deve ser deixado no local sem
que sua remoção seja tentada.

II. O trauma a músculos ou vasos sanguíneos no momento do bloqueio do nervo alveolar inferior é o fator
etiológico mais comum do trismo associado às infiltrações anestésicas locais.

III. As soluções de anestésico local contendo vasopressor apresentam menor chance de provocarem
sensação de queimação durante a sua administração do que as soluções anestésicas sem vasopressor.

IV. A principal causa de infecção pós-injeção de uma solução de anestésico local é a contaminação da
agulha antes do procedimento operatório.

Estão corretas apenas as afirmativas

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Se uma agulha fraturada estiver localizada profundamente, o fragmento deve ser deixado no local sem que
sua remoção seja tentada. Existem consideráveis precedentes para justificar a retenção de uma agulha
fraturada, se a remoção parecer difícil. O trauma a músculos ou vasos sanguíneos na fossa infratemporal é o
fator etiológico mais comum do trismo associado a infiltrações anestésicas locais. A causa primária de uma
leve sensação de queimação durante a injeção de um anestésico local é o pH ácido da solução injetada nos
tecidos moles. O pH das soluções de anestésico local é de aproximadamente 5, enquanto o pH das soluções

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contendo vasopressor é ainda mais ácido (aproximadamente 3). A principal causa de infecção pós-injeção de
uma solução de anestésico local é a contaminação da agulha antes de administrar o anestésico.

17. (CADAR /2011) De acordo com a profundidade da penetração da agulha nas técnicas anestésicas em
adultos, associe as colunas abaixo e marque a alternativa que apresenta a sequência correta.

Técnicas anestésicas

(1) Tuberosidade baixa

(2) Tuberosidade alta

(3) Nervo alveolar inferior

Profundidade

( ) 16 mm.

( ) 25 mm.

( ) 30 mm.

a) 2 – 3 – 1

b) 1 – 3 – 2

c) 3 – 1 – 2

d) 1 – 2 – 3

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

BNAI - profundidade de inserção da agulha: 25mm

Tuberosidade alta (bloqueio do nervo maxilar) - profundidade de inserção da agulha: 30 mm

Tuberosidade baixa (ASP/ Zigomático): profundidade de inserção da agulha 16 mm


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18. (CADAR /2011) A técnica anestésica que possui o maior índice de aspiração positiva é

a) tuberosidade baixa.

b) técnica de Gow-Gates.

c) técnica de Vazirani-Akinosi.

d) bloqueio do nervo alveolar inferior.

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Taxa de aspiração positiva do BNAI: 10 A 15%.

19. (ESSEX /2019) A agulha calibre _____ continua a ser a preferida para todas as injeções que apresentam
alto risco de aspiração positiva. A agulha calibre ____ pode ser usada em todas as outras técnicas de
injeção, desde que a percentagem de aspiração seja baixa e a profundidade de penetração tecidual não
seja grande. A agulha calibre ____ não é especificamente recomendada para nenhuma injeção, mas pode
ser usada em casos de infiltração localizada, como na obtenção de hemostasia. De acordo com Malamed,
assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

A) 25/ 27/ 30

B) 25/ 27/ 27

C) 27/ 25/ 25

D) 30/ 25/ 27

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

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21. (ESSEX /2020) Segundo MALAMED (2013), a absorção cardiovascular do anestésico local é mais rápida
em qual técnica anestésica?

a) Injeção Intrapulpar.

b) Injeção Supraperiosteal.

c) Injeção Intraóssea.

d) Infiltração local.

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Injeção intraóssea (IO): recomendada para o tratamento de dentes isolados - basicamente molares
mandibulares - quando outras técnicas falharem. Tem absorção cardiovascular mais rápida do que as demais
técnicas.

22. (IBFC/Prefeitura de Belo horizonte MG /2014) De acordo com a natureza da cadeira intermediária, os
anestésicos locais se classificam em agentes do tipo éster ou amida. Marque a alternativa que indica um
anestésico do tipo éster e outro do tipo amida, respectivamente e assinale a alternativa correta

A) lidocaína e bupivacaína

B) procaína e mepivacaína

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C) prilocaína e lidocaína

D) benzocaína e procaína

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Procaína: éster

Mepivacaína: amida

23. (IBFC/Prefeitura de Belo horizonte MG /2014) Paciente EEL apresenta-se na clínica de cirurgia oral com
a indicação de exodontia do elemento 16. Ao realizar anamnese do paciente, o CD verificou que o paciente
não relata problema sistêmico. Diante disso, o CD escolheu usar cloridrato de lidocaína a 2% com
adrenalina 1:100.000. Sabendo que o paciente pesa 65kg, que a dose máxima do anestésico supracitado é
de 4,4 mg/kg, o máximo absoluto de 300mg e que um tubete tem volume de 1,8ml. Qual a quantidade
máxima de tubetes que o CD poderá utilizar?

A) 6 tubetes

B) 6,5 tubetes

C) 7 tubetes

D) 8 tubetes

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Vamos calcular:

Lido 2% = 20mg do sal

20mg do sal em 1 tubete (1,8) = 36mg

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Peso: 65 x 4.4 (DMR) = 286

286 / 36 = 7,94 - aproximadamente 8 tubetes.

24. (IBFC/SPDM-SP/2013) Um paciente com risco cardíaco deve receber dose máxima de adrenalina de
0,04 mg. Isto corresponde aproximadamente a:

A) 02 (dois) tubetes de adrenalina 1:50.000

B) 02 (dois) tubetes de adrenalina 1:100.000

C) 02 tubetes de adrenalina 1:200.000

D) 03 tubetes de adrenalina 1:100.000]

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Pacientes com doença cardiovascular significativa (ASA III ou IV): na concentração 1:50:000 = 1 tubete;
1:100.000 = 2 tubetes; 1:200.000 = 4 tubetes.

25. (IBFC/Pref. Fernandópolis/2015) A benzocaína é um anestésico tipo éster que não apresenta a porção
amino-terminal que é __________, portanto esta substância é altamente __________, o que a impede de
ser utilizada de forma injetável.

A) Hidrossolúvel - lipossolúvel

B) Lipossolúvel - hidrossolúvel

C) Alcalina - ácida

D) ácida - alcalina

Comentários:
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A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Os anestésicos do tipo éster se caracterizam por ser mais hidrossolúveis que os de tipo amida e por
apresentarem maior potência alergênica, relativa inconstância em solução e rápida hidrólise por enzimas
amplamente encontradas no plasma e diferentes tecidos (esterases).

26. (IBFC/UFMA/2014) Após submeter-se a um procedimento cirúrgico para remoção da raiz do elemento
dentário 34, o paciente retorna, no dia seguinte, ao consultório odontológico relatando "dormência" na
região do mento e do lábio inferior. Marque a alternativa que apresenta a mais provável complicação
cirúrgica no paciente:

A) Parestesia do nervo mentual

B) Neuralgia trigeminal

C) Alodinia generalizada

D) Hiperalgesia do nervo lingual

E) Displasia nervosa

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Parestesia ou anestesia prolongada: podem ocorrer sensações de adormecimento, inchaço, formigamento


e prurido. Além de mordedura de língua, salivação, perda do paladar e impossibilidade de falar. Pode ocorre
por trauma a algum nervo, injeção de solução contaminada (principalmente por álcool), pela
neurotoxicidade do anestésico. Hiperestesia (sensibilidade aumentada a estímulos nocivos) e disestesia
(uma sensação dolorosa que acontece a estímulos usualmente não nocivos). Melhora deverá ocorrer
espontaneamente de 1 a 2 meses.
No caso, pela proximidade ao forame mentual, pode ter ocorrido lesão ao N. mentual.

27. (IBFC/UFMA/2014) A prilocaína é um anestésico local do grupo amida que deve ter seu uso evitado em
pacientes:

A) diabéticos

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B) portadores de prolapso mitral sem regurgitação

C) portadores de metemoglobinemia congênita

D) portadores de hipotireoidismo

E) hipertensos

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Deve ser evitada em portadores de metemoglobinemia congênita, pelo maior risco de desenvolver
metemoglobinemia.

28. (IBFC/EBSERH-RJ/2017) Durante a técnica indireta para bloqueio do nervo alveolar inferior, objetiva-
se também a anestesia dos nervos lingual e bucal. Com base nesta técnica, assinale a alternativa que cita
a sequência exata dos nervos a serem bloqueados.

a) Alveolar inferior, lingual e bucal

b) Alveolar inferior, bucal e lingual

c) Lingual, bucal e alveolar inferior

d) Bucal, lingual e alveolar inferior

e) Bucal, alveolar inferior e lingual

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Questão "estranha", mas vamos lá: a técnica indireta é o contrário da sequência aplicada da técnica
convencional (Alveolar inferior, lingual e bucal). Logo: bucal, lingual e alveolar inferior.

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29. (IBFC/EBSERH-RJ/2017) Em pacientes portadores de trismo, seja ele infeccioso ou não, a anestesia
troncular convencional é de difícil realização. Frente a esta prerrogativa, assinale a alternativa que cita
uma técnica bastante útil para anestesia dos pacientes portadores deste quadro.

a) Técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior

b) Técnica da tuberosidade alta

c) Técnica das múltiplas inserções

d) Vazirani-Akinosi

e) Gow-Gates

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

É a técnica de anestesia com a boca fechada, indicada para os casos de Trismo - abertura comum gira em
torno de 35 e 45 milímetros. Com essa dificuldade de abertura da boca, o número baixa para 20 a 30
milímetros, podendo se restringir a apenas 10 milímetros.

30. (IBFC/EBSERH-SC/2016) A inervação sensorial dos dentes, dos ossos e dos tecidos moles da cavidade
oral é provida pelo nervo trigêmeo. Apesar do grande avanço nas técnicas anestésicas utilizadas, devemos
levar em consideração o conhecimento anatômico da região a ser operada pelo profissional de
odontologia. Nesse contexto, assinale a alternativa que corresponde ao nervo que devemos anestesiar
para proceder um tratamento endodôntico no elemento 17.

a) Alveolar superior posterior

b) Alveolar inferior

c) Alveolar superior posterior e médio

d) Alveolar superior posterior e palatino

e) Alveolar superior posterior, médio e palatino

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Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois não necessita anestesiar tecido mole do palato,
para proceder tratamento endodôntico do 17.

➢ Bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP): recomendado para o tratamento de vários


dentes molares em um quadrante. Elevada frequência de êxito (> 95%). Nervo anestesiado: ASP. Outros
nomes: bloqueio da tuberosidade baixa ou zigomático. Area anestesiada: 1°, 2° e 3° mols (72% dos casos,
porém, raiz mesiobucal do 1° mol não anestesiada em 28% dos casos) + tecido periodontal vestibular.
Técnica: Introdução da agulha: fundo de vestíbulo do 2o molar superior, 45 graus em relação ao Plano oclusal
e ao longo eixo do segundo molar superior (para cima, dentro e trás). Profundidade de penetração média da
agulha = 16mm. Injetar 0,9 a 1,8ml. Complicações: Hematoma: introdução da agulha no plexo venoso
pterigoideo. Anestesia mandibular: introdução da agulha lateralmente à area alvo. Necessária 2a injeção em
28% (raiz MV 1º MS). Contra-indicações: quando o risco de hemorragia é muito grande (como no hemofílico).

31. (IBFC/EBSERH-RS/2016) Assinale a alternativa correta. Para realizar a remoção cirúrgica dos dentes 37
e 38 incluso, devem-se anestesiar os seguintes nervos:

a) Alveolar inferior e lingual


b) Alveolar inferior, bucal e lingual
c) Alveolar inferior
d) Mentual e bucal
e) Alveolar inferior, mentual e incisivo

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Alveolar inferior, lingual e bucal.

32. (IBFC/EBSERH-RS/2016) Para realizar exodontia do elemento 16, é necessário anestesiar quais nervos?

A) Alveolar superior posterior e nasopalatino

B) Alveolar superior posterior e palatino menor

C) Alveolar superior médio e palatino maior


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D) Alveolar superior médio e posterior, palatino menor

E) Alveolar superior médio e posterior, palatino maior

Comentários:

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

Bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM): recomendado para o tratamento de pré-molares em um
quadrante. Nervo anestesiado: alveolar superior médio. Somente presente em aproximadamente 28% da
população. Área anestesiada: 1° e 2°PM + raiz mesiobucal do 1°mol + tecido periodontal vestibular.

Bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP): recomendado para o tratamento de vários dentes
molares em um quadrante. Elevada frequência de êxito (> 95%). Nervo anestesiado: ASP. Outros nomes:
bloqueio da tuberosidade baixa ou zigomático. Area anestesiada: 1°, 2° e 3° mols (72% dos casos, porém,
raiz mesiobucal do 1° mol não anestesiada em 28% dos casos) + tecido periodontal vestibular.

Bloqueio do nervo palatino maior (anterior): recomendado para o tratamento dos tecidos moles e ósseos
palatinos distais ao canino em um quadrante.

Por causa da raiz MV e palatino maior por causa dos tecidos moles palatais.

33. (Instituto AOCP/Pref Vitória-ES/2019) A respeito da utilização de vasoconstritores em pacientes


hipertensos, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. O maior objetivo no atendimento odontológico de pacientes com doença cardiovascular é reduzir a


liberação endógena de catecolaminas. Durante uma situação de estresse, a secreção endógena de
catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) pelas adrenais aumenta em até 40 vezes, se comparada aos
níveis basais (com o indivíduo em repouso), e atinge níveis sanguíneos muito maiores se comparados aos
obtidos após a aplicação de um tubete de solução anestésica contendo epinefrina 1:100.000.

II. A secreção endógena de epinefrina e norepinefrina para o sangue aumenta o trabalho cardiovascular e,
consequentemente, a demanda de oxigênio pelo miocárdio. Em pacientes com comprometimento das
artérias coronárias, essa maior demanda de oxigênio pode não ser atendida. Como consequência, pode
ocorrer angina do peito, arritmias ou até mesmo infarto do miocárdio.

III. O emprego de soluções anestésicas com epinefrina pode ser benéfico aos pacientes hipertensos ou
portadores da maioria das cardiopatias, com a doença controlada, na dose máxima de 40 mg por consulta.

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(A) Apenas I.

(B) I, II e III.

(C) Apenas I e III.

(D) Apenas I e II.

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

I- Correta

II – Correta

III- incorreta: em pacientes cardiopatas, posso usar 0,04 mg, segundo Malamed.

34. (Instituto AOCP/Pref Vitória-ES/2019) O bloqueio do nervo alveolar inferior é provavelmente uma das
mais importantes técnicas de injeção na odontologia, mas apresenta elevada taxa de insucessos clínicos.
Em muitos casos, a indicação da técnica Gow- Gates, que gera o bloqueio do nervo mandibular, pode ser
uma alternativa, pois além de bloquear o nervo alveolar inferior, promove o bloqueio dos seguintes
nervos, simultaneamente:

(A) espinhoso, lingual, mentual e bucal.

(B) auriculotemporal, espinhoso, incisivo e bucal.

(C) lingual, milo-hióideo, mentual, incisivo, auriculotemporal e bucal.

(D) bucal, lingual, milo-hióideo e pterigomandibular.

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Você lembra do N. Auriculotemporal que mencionei e disse para você guardar esse nome?
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Olha ele aí: Técnica gow gates - alveolar inferior, lingual, milo-hióideo, mentual, incisivo, auriculotemporal e
bucal (75% dos pacientes).

35. (Instituto AOCP/Pref Vitória-ES/2019) A dor pós-operatória de cirurgias para implantes pode ser
controlada mediante a administração pré e pós-operatória por meio de substância anti-inflamatória não
esteroide associada à administração de anestésico local imediatamente antes da alta do paciente. Dessa
forma, evita-se a administração de analgésicos opioides e o aparecimento de reações adversas. Nessas
condições, o anestésico mais indicado é a

(A) articaína a 4%, por agir mais de 90 minutos.

(B) bupivacaína a 0,5%, por agir mais de 90 minutos.

(C) lidocaína a 4%, por agir mais de 60 minutos.

(D) bupivacaína a 2%, por agir mais de 90 minutos.

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Bupivacaína a 0,5%, por agir mais de 90 minutos.

36. (Instituto AOCP/Pref Belém-PA/2018) A anestesia do nervo bucal é necessária quando se deseja a
anestesia sensorial dos tecidos moles adjacentes aos molares mandibulares. A quantidade de anestésico
necessária para realizar a anestesia do nervo bucal em adultos é de

(A) 0,1 ml.

(B) 0,2 ml.

(C) 0,3 ml.

(D) 0,5 ml.

(E) 0,6 ml.

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Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Segundo Malamed, deve-se injetar 0,3ml para anestesia do nervo bucal.

37. (Instituto AOCP/UFPA/2016) Recentemente foi descrita uma técnica para anestesia pulpar em
incisivos, caninos e pré-molares superiores a partir de um único local de injeção no palato duro. Trata-se
da anestesia por bloqueio do nervo

(A) alveolar superior anterior.

(B) alveolar superior médio anterior.

(C) palatino maior anterior.

(D) palatino médio anterior.

(E) alveolar superior médio.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

ASMA: anestesia pulpar e gengival dos incisivos, caninos e pré molares e tecido palatino inserido desde a
linha média até a margem gengival livre dos dentes associados.

38. (Instituto AOCP/UFJF/2015) Quais nervos devem ser anestesiados para exodontia do dente 18?

(A) Nervo maxilar superior posterior e palatino maior.


(B) Nervo maxilar superior anterior e nervo palatino.
(C) Nervo Mentoniano e nervo lingual.
(D) Nervo Alveolar inferior e nervo lingual.
(E) Nervo maxilar superior posterior e nervo incisivo.

Comentários:

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Para anestesiar molares: Maxilar (alveolar) superior posterior para anestesia pulpar e vestibular da gengiva;
Palatino maior para os tecidos moles palatais.

39. (Instituto AOCP/UFMS/2014) Para o cálculo da dose tóxica de anestésicos locais, deve-se considerar
quanto um tubete odontológico contém, que é

(A) 0,9 ml.

(B) 1,2 ml.

(C) 1,6 ml.

(D) 1,8 ml.

(E) 2,0 ml.

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Devemos considerar que um tubete anestésico tenha 1,8ml.

40. (Instituto AOCP/UFMS/2014) Para pacientes que estão amamentando, o único anestésico local
considerado seguro para o lactente é a

(A) lidocaína.

(B) mepivacaína.

(C) articaína.

(D) bupivacaína.

(E) prilocaína.

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Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Conforme estudamos, a lidocaína é segura para gestantes e lactantes.

41. (Instituto AOCP/UFMS/2014) Uma técnica de anestesia maxilar foi recentemente descrita. Ela permite
a anestesia pulpar em múltiplos dentes superiores (incisivos, caninos e pré-molares) a partir de um único
local de injeção. Esta técnica tem como vantagem não anestesiar os músculos da expressão facial. Trata-
se da anestesia

(A) terminal infiltrativa do nervo alveolar superior médio.

(B) terminal infiltrativa do nervo alveolar superior anterior.

(C) por bloqueio do nervo alveolar superior médio.

(D) por bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior.

(E) por bloqueio do nervo alveolar superior anterior

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Bloqueio do nervo alveolar superior médioanterior (ASMA): recomendado para o tratamento extenso de
dentes anteriores, tecidos moles e ósseos palatinos e vestibulares. Técnica que promove a anestesia pulpar
em múltiplos dentes superiores (incisivos, caninos e pré-molares) a partir de um único local de injeção no
palato duro

42. (Instituto AOCP/Pref Novo Hamburgo-RS/2020) A metemoglobinemia é um distúrbio hematológico no


qual a hemoglobina é oxidada à metemoglobina, tornando a molécula funcionalmente incapaz de
transportar oxigênio. Para que esse quadro se instale, quanto tempo demora?

(A) 15 minutos.

(B) 30 minutos.
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(C) 45 a 60 minutos.

(D) 2 horas.

(E) 3 a 4 horas.

Comentários:

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

A metemoglobinemia se manifesta cerca de 3 a 4 horas depois do evento.

43. (Instituto AOCP/Pref Novo Hamburgo-RS/2020) Sobre a anestesia do nervo bucal, assinale a alternativa
INCORRETA.

(A) O nervo bucal não é anestesiado durante a técnica por bloqueio do nervo alveolar inferior.

(B) O nervo bucal proporciona inervação sensorial aos tecidos moles bucais adjacentes tão somente aos
molares mandibulares.

(C) A quantidade necessária de anestésico local lidocaína 2% com adrenalina 1: 100.000 para conseguir a
anestesia do nervo bucal é de 0,6 mL.

(D) O paciente raramente apresenta algum sintoma subjetivo da anestesia do nervo bucal.

(E) Deve ser feita a penetração da membrana mucosa em posição distal e bucal relativamente ao último
molar.

Comentários:

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão.

A quantidade necessária de anestésico local lidocaína 2% com adrenalina 1: 100.000 para conseguir a
anestesia do nervo bucal é de 0,3 mL.

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44. (Instituto AOCP/Pref Novo Hamburgo-RS/2020) Sobre o bloqueio do nervo mentual, preencha as
lacunas e assinale a alternativa correta.

O forame mentual é encontrado habitualmente em torno do ápice do ____ pré-molar. Para depositar a
solução anestésica, deve-se penetrar a agulha aproximadamente _______ mm. A quantidade de
anestésico necessária para realizar essa técnica é de _____ mL.

(A) 1º / 3 a 4 / 0,3

(B) 2º / 5 a 6 / 0,6

(C) 1º / 6 / 0,45

(D) 2º / 3 a 4 / 0,3

(E) 2º / 6 / 0,45

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

O forame mentual é encontrado habitualmente em torno do ápice do segundo pré-molar. Para depositar a
solução anestésica, deve-se penetrar a agulha aproximadamente 5 a 6 mm. A quantidade de anestésico
necessária para realizar essa técnica é de 0.6 mL.

45. (EBSERH/UFPR/2019) Sabe-se que a anestesia do nervo alveolar inferior apresenta uma taxa de
aspiração positiva na ordem de 10 a 15%, sendo a maior taxa entre as anestesias locais intrabucais. A
injeção intra-arterial rápida de anestésico local na artéria alveolar inferior aliada a alta pressão produzida
pela velocidade de injeção pode ocasionar uma alteração conhecida como:

a) nistagmo.

b) fluxo sanguíneo carotídeo invertido.

c) loquacidade.

d) disartria.

e) excitabilidade.
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Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

A) Nistagmo são movimentos involuntários e repetitivos dos olhos.

C) loquacidade: delírios

D) Na disartria, o paciente não consegue mais articular as palavras usando os músculos da face e da boca.

E) Reação de excitação.

Segundo Malamed, temos:

46. (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO/GHC/2020) Em relação às complicações em procedimentos


anestésicos locais, assinale a alternativa correta.

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a) Quando da fratura de agulha dental, o procedimento mais adequado é encaminhar imediatamente o


paciente a um especialista apropriado (p. ex., um cirurgião bucomaxilofacial) para avaliação e possível
tentativa de retirada.

b) Quando da fratura de agulha dental, o procedimento mais adequado não envolve a localização e
remoção do fragmento retido, mas acompanhamento radiográfico a cada 6 meses.

c) O fragmento da agulha anestésica fraturada durante o procedimento cirúrgico não incorre em risco de
infligir lesão grave aos tecidos moles enquanto ali permanecer.

d) Para prevenir fratura de agulha durante os procedimentos cirúrgicos, pode-se inserir a agulha no tecido
mole até o canhão.

e) A parestesia é uma complicação comum em procedimentos cirúrgicos orais e implantes dentários


alveolares, sendo mais prevalente em maxila.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

B- Envolve a localização.

C- Incorre risco de infligir

D- Não deve inserir até o canhão

E- Ocasionalmente, mais prevalente em mandíbula.

47. (USP/FUVEST/2019) Durante a técnica anestésica de bloqueio do nervo alveolar superoanterior


(bloqueio do nervo infraorbitário), temos como áreas anestesiadas, entre outras:

A) Incisivo central superior até canino do lado da injeção; em cerca de 72% dos pacientes (segundo a
literatura), os pré‐molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro molar; pálpebra inferior, face
lateral do nariz e lábio superior, do lado da injeção.

B) Incisivo central superior até lateral do lado da injeção; em cerca de 72% dos pacientes (segundo a
literatura), os pré‐molares superiores apenas; pálpebra inferior, face lateral do nariz e lábio superior, do
lado da injeção.

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C) Incisivo central superior até canino do lado da injeção; em cerca de 20% dos pacientes (segundo a
literatura), os pré‐molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro molar; pálpebra inferior, face
medial do nariz, do lado da injeção.

D) Incisivo central superior até canino do lado da injeção; em cerca de 72% dos pacientes (segundo a
literatura), os pré‐molares superiores e a raiz palatina do primeiro molar; pálpebra inferior, face medial
do nariz e lábio superior, do lado da injeção.

E) Incisivo central superior até canino do lado da injeção; em cerca de 72% dos pacientes (segundo a
literatura), os pré‐molares superiores e a raiz palatina do primeiro molar; face lateral do nariz e lábio
superior, do lado da injeção.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Veja:

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48. (IDECAN/EBSERH-UPAA/2014) Durante a realização das técnicas anestésicas é necessário que o


profissional tenha conhecimentos de anatomia. Após a anestesia do nervo alveolar superior posterior
direito, qual dessas estruturas NÃO será anestesiada?

A) Polpa da raiz palatina do dente 16.

B) Polpa da raiz palatina do dente 17.

C) Polpa da raiz distovestibular do dente 17.

D) Polpa da raiz mesiovestibular do dente 16.

E) Polpa da raiz mesiovestibular do dente 17.

Comentários:

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão.

Nesse caso, em 72% dos casos, a anestesia da raiz MV do 16 é dada pelo nervo alveolar superoanterior.

➢ Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (ASA): recomendado para o tratamento de dentes


anteriores em um quadrante. Elevada frequência de sucesso e extremamente segura. Temor infundado de
lesão ao olho do paciente. Nervos anestesiados: alveolares superiores médio e anterior, palpebral inferior,
nasal lateral e labial superior.

Áreas anestesiadas: incisivos, canino e pré-molares superiores, pálpebra inferior, asa do nariz, lábio superior
e raiz mésio-vestibular do primeiro molar superior (72% dos casos). Profundidade de penetração = 16 mm
(=ASP). Agulha longa é recomendada, embora também se possa usar uma agulha curta de calibre 27,
especialmente em crianças e em adultos menores. Injetar 0,9 a 1,2 ml.

Em um menor percentual (28% dos casos), pode também ser dada pelo:

Bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM): recomendado para o tratamento de pré-molares em um
quadrante. Nervo anestesiado: alveolar superior médio. Somente presente em aproximadamente 28% da
população. Área anestesiada: 1° e 2°PM + raiz mesiobucal do 1°mol + tecido periodontal vestibular. Indicado
para procedimentos envolvendo PMS maxilares ou quando bloqueio do n. infra-orbital não produz anestesia
distal ao canino. Introdução da agulha: prega mucobucal acima do 2°PM. Injetar 0,9 a 1,2 ml de anestésico.
Área alvo: periápice do 2° pré-molar superior.

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49. (IDECAN/PREF. APIACÁ-ES/2016) Segundo Malamed (2001), o bloqueio do nervo alveolar inferior é
uma das técnicas de anestesia mais utilizada e importante em odontologia. Apresenta entre 15% e 20% de
fracassos clínicos. Em relação a essa técnica, analise as afirmativas a seguir.

I. Quando aplicada corretamente produz anestesia dos seguintes nervos: alveolar inferior, incisivo e
mentoniano.

II. Nesta técnica, a agulha deve ser introduzida na mucosa da face lateral do ramo mandibular.

III. A rafe pterigomandibular e o plano oclusal dos dentes posteriores mandibulares são pontos de reparo
para a execução correta desta técnica.

IV. Recomenda-se o uso de agulhas longas quando esta técnica é executada em crianças.

Estão corretas apenas as afirmativas

A) I e II.

B) I e III.

C) I e IV.

D) II e III.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

I. VERDADEIRA - Quando aplicada corretamente produz anestesia dos seguintes nervos: alveolar inferior,
incisivo e mentoniano. Além desses, anestesia o lingual também, comumente.

II. FALSO - Nesta técnica, a agulha deve ser introduzida na mucosa no lado medial (lingual) do ramo da
mandíbula, na intersecção de duas linhas – uma horizontal, representando a altura da inserção da agulha, e
outra vertical, representando o plano anteroposterior da injeção.

III. VERDADEIRO - A rafe pterigomandibular e o plano oclusal dos dentes posteriores mandibulares são
pontos de referência para a execução correta desta técnica.

IV. FALSO - Recomenda-se o uso de agulhas longas quando esta técnica é executada em adultos. Já em
crianças, pode-se usar agulhas longas somente quando a profundidade do tecido mole no local da injeção
seja de aproximadamente 20 mm.
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50. (IDECAN/PREF. CONQUISTA-MG/2016) Analise a imagem a seguir:

Qual é a técnica de anestesia mostrada na figura?

A) Bloqueio do nervo mentoniano.

B) Bloqueio do nervo alveolar médio.

C) Bloqueio do nervo alveolar inferior.

D) Bloqueio do nervo alveolar posterior

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Conforme Malamed, temos:

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Bloqueio do nervo alveolar inferior. A profundidade da penetração é de 20 a 25 mm (2/ 3 a 3/ 4 do


comprimento de uma agulha longa).

51. (FCC/ Analista Judiciário/TRE RR/2015) Paciente apresenta restauração de resina fotopolimerizável
com infiltração na face distal do dente 33. A resolução do problema requer a anestesia da região. Para
evitar que o procedimento anestésico se estenda à língua do paciente, deve-se fazer

A) bloqueio através de anestesia pterigomandibular.

B) infiltração da zona perióstica do canino.

C) bloqueio dos nervos mentoniano e incisivo.

D) anestesia intraligamentar na face distal do dente.

E) infiltração da zona submucosa do dente.

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.


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Deve-se evitar técnicas que anestesiem o nervo lingual. Logo, podemos optar pela anestesia dos nervos
mentoniano e incisivo que promoverão anestesia adequada do dente 33 e não anestesiarão a língua do
paciente.

52. (FCC/ TRT 3 REGIÃO/2015) Os procedimentos odontológicos em molares inferiores necessitam a


correta técnica anestésica para que eles sejam efetuados em condições adequadas de controle da dor.
Para que isso ocorra é necessário assegurar-se que estejam anestesiados os nervos

A) mentual, lingual e bucal.

B) alveolar inferior, bucal e lingual.

C) mentual, lingual e alveolar inferior.

D) alveolar inferior, lingual e incisivo.

E) alveolar inferior, bucal e hipoglosso.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Para realizar procedimentos nos molares inferiores que necessitem de anestesia, devemos anestesiar o
nervo alveolar inferior, bucal e lingual.

53. (FCC/ TRT 3 REGIÃO/2015) Paciente com 33 anos de idade, sexo feminino, teve o dente 34 tratado
endodonticamente, porém, este dente apresenta patologia perirradicular persistente. Ao decidir pelo
tratamento cirúrgico perirradicular do dente 34, em complemento à anestesia do nervo alveolar inferior,
indica-se a anestesia do nervo mentoniano do lado esquerdo, o qual abrange

A) o periósteo e a mucosa vestibulares dos dentes 34 e 35.

B) o lábio inferior, a língua e a região do mento do lado anestesiado.

C) a polpa dentária, osso alveolar, cortical vestibular e lingual dos dentes 31 a 34.

D) a polpa dentária, ligamento periodontal, osso alveolar e periósteo lingual dos dentes 34 e 35.
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E) o periósteo e a mucosa vestibular dos dentes 31 a 34, mucosa e pele do lábio inferior e pele do mento.

Comentários:

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

A anestesia do nervo mentoniano promove anestesia da mucosa e periósteo vestibular anterior ao forame
até linha média, pele do lábio inferior e pelo do mento.

54. (FCC/ Câmara Municipal SP/2014) Paciente com 36 anos de idade, sexo feminino, é obesa e será
submetida a procedimentos restauradores no hemiarco inferior esquerdo. O cirurgião-dentista trabalha a
quatro mãos e posiciona a paciente em decúbito dorsal. A execução da técnica anestésica de bloqueio do
nervo alveolar inferior deve incluir alguns cuidados, como

A) estimar a largura do ramo da mandíbula, localizando o forame da mandíbula deslocado por uma zona
de tecido adiposo que pode absorver parte da solução anestésica.

B) depositar a solução anestésica bem atrás do forame da mandíbula, evitando atingir a glândula parótida
e anestesiar os ramos terminais do nervo facial.

C) compensar a inclinação da seringa e agulha, evitando injetar solução anestésica muito alto no espaço
pterigomandibular.

D) depositar a solução anestésica bem acima do forame da mandíbula, evitando atingir o nervo
auriculotemporal.

E) utilizar o plano oclusal mandibular horizontal com o plano do solo, quando a paciente estiver com a
boca aberta, como referência.

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Questão difícil!

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Como a questão refere que o paciente está em decúbito, deve-se tentar compensar essa posição inclinando
a seringa e agulha, de modo que seja evitado injetar solução anestésica muito acima do espaço
pterigomandibular.

55. (FCC/ TRT 16 REGIÃO/2014) Paciente com 39 anos de idade, sexo masculino, tem indicação para
extração do dente 26, que apresenta ampla destruição coronária e exposição pulpar. A técnica de escolha
para a exodontia é a odontosecção e, diante da dor persistente após a anestesia por bloqueio do nervo
alveolar posterossuperior, deve ser feita a complementação com a anestesia terminal infiltrativa

A) subcutânea.

B) intraóssea.

C) intraligamentar.

D) supraperióstea.

E) pulpar.

Comentários:

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

Conforme a questão menciona, já existe exposição pulpar. Logo, na persistência de sintomatologia mesmo
após anestesia do nervo alveolar posterosuperior, deve-se proceder anestesia intrapulpar.

56. (FCC/ Analista Legislativo/2007) Para reduzir acidentes e complicações durante a anestesia local,
alguns cuidados devem ser observados, tais como

A) o líquido anestésico deve ser injetado rapidamente para diminuir o tempo operatório.

B) o bisel da agulha deve estar voltado para a mucosa alveolar.

C) o bisel da agulha deve estar voltado para tecido ósseo.

D) a agulha deve ser introduzida completamente para atingir a área desejada.

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E) o tempo ideal para injetar o anestésico é de 30 segundos.

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Bisel sempre voltado para o osso.

A- injetar lentamente

B- bisel voltado para o osso

D- não introduzir até o canhão

E- o ideal é, pelo menos, 1 minuto por ml. Logo, para 1,8ml (volume do tubete) faz-se necessário 2 minutos.

57. (FCC/ Analista Legislativo TRE PB/2007) A técnica anestésica terminal infiltrativa na dentição
permanente tem indicação no alcance das seguintes estruturas, EXCETO:

A) caninos superiores.

B) incisivos inferiores.

C) pré-molares superiores.

D) molares superiores.

E) molares inferiores.

Comentários:

A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão.

Para anestesiar os molares inferiores, é necessário bloqueio de nervo.

Veja:

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No bloqueio de nervo o anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, geralmente
distante do local de intervenção operatória. As injeções nos nervos alveolar superoposterior, alveolar
inferior e nasopalatino são exemplos de bloqueios de nervo.

58. (FCC/ TRT 23 REGIÃO/2011) Paciente com 21 anos de idade, sexo feminino, apresenta indicação de
extração do dente 18, que se encontra retido. Complementada pela anestesia na região palatina, a
anestesia por bloqueio regional dos nervos alveolares superiores posteriores pode apresentar algumas
dificuldades de execução da técnica, como

A) atingir o plexo venoso pterigoideo, acarretando hemorragia externa.

B) alcançar o músculo pterigoideo lateral, provocando dor e trismo.

C) alcançar o músculo pterigoideo lateral, provocando hematoma.

D) alcançar o músculo pterigoideo medial, provocando edema.

E) atingir o plexo arterial pterigoideo, acarretando parestesia.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Questão difícil, que requer conhecimento de anatomia da região: se o músculo pterigoideo lateral for
atingido, pode causar dor e trismo.

59. (FCC/ Prefeitura Macapá/2018) Paciente com 41 anos de idade, sexo masculino, foi submetido a uma
cirurgia para extração do dente 47, há 5 dias. O paciente relata que, desde então, tem muita dificuldade
em efetuar a abertura da boca. Esse quadro clínico ocorre como complicação advinda da anestesia local e
é compatível com o diagnóstico de

A) hematoma causado pelo trauma direto da agulha em um vaso sanguíneo.

B) dor pós-operatória decorrente de punçoes múltiplas no procedimento anestésico.

C) trismo resultante de injeção rápida ou volume excessivo de anestésico.

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D) infecção decorrente de necrose nos tecidos gengivais após rápida infiltração do anestésico.

E) parestesia causada por lesão da estrutura do nervo referente à região afetada.

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

O trismo por injeção rápida pode levar ao quadro de limitação de abertura bucal.

60. (FCC/ TRT 13 REGIÃO/2014) Paciente com 29 anos de idade, sexo masculino, foi submetido a anestesia
por bloqueio do nervo alveolar inferior, para a execução de procedimentos restauradores nos dentes 45 e
47. Durante o preparo cavitário no dente 47, o paciente referiu dor no dente. Em seguida, o paciente
relatou sentir os músculos do lado direito da face paralisados. Esta condição foi ocasionada pela deposição
do anestésico em localização muito

A) atrás do forame da mandíbula, atingindo os ramos terminais do nervo facial.

B) acima do forame da mandíbula, atingindo o nervo auriculotemporal.

C) atrás do forame da mandíbula, alcançando o nervo laríngeo recorrente.

D) abaixo do forame da mandíbula, alcançando o nervo laríngeo recorrente.

E) à frente do forame da mandíbula, alcançando os ramos terminais do nervo facial.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

A anestesia em localização muito posterior ao forame da mandíbula pode resultar em paralisia do nervo
facial.

61. (FCC/ TRF 5 REGIÃO/2008) São complicações associadas à administração de anestésicos locais:

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A) fratura de agulha, trismo e lesões de tecidos moles.

B) trismo, hematoma e hemangioma.

C) fratura de agulha, trismo e fratura radicular.

D) paralisia do nervo facial, hematoma e concussão.

E) fratura de agulha, parestesia e fístula.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Fartura de agulha, trismo e lesão aos tecidos moles são complicações que podem ocorrer durante a
administração de anestésicos locais.

62. (FUMARC/ Pref. Governador Valadares/2010) Os sinais e sintomas de uma reação alérgica gerado por
anestésicos podem ser suaves ou graves, imediatos ou retardados. Em geral, quanto mais rápido for o
início dos sintomas após a exposição aos alérgenos, provavelmente mais grave será a reação. Assinale a
alternativa que NÃO seja considerada uma reação alérgica imediata:

A) Urticária.

B) Angioedema.

C) Asma.

D) Dor articular.

Comentários:

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão.

Dor articular não é considerada reação alérgica.

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63. (FUMARC/ Pref. Patos de Minas/) Em relação à anestesia local, pode-se afirmar, EXCETO:

a) A anestesia infiltrativa é adequada na dessensibilização à dor na maxila e mandíbula, porque nas


crianças as soluções difundem-se bem através do tecido ósseo.

b) o conteúdo de adrenalina ótimo deve ser 1:200.000, mas não deve ultrapassar 1:100.000, pois acima
disso podem acontecer complicações decorrentes da vasoconstrição.

c) Com a técnica de bloqueio regional, toda a área de inervação de um nervo é anestesiada, obtendo-se,
em relação à técnica infiltrativa, maior abrangência dos tecidos moles.

d) Em procedimentos pouco dolorosos é recomendada, no entanto, a anestesia troncular em dentes


decíduos inferiores, porque a dose e o risco de lesões por mordiscamento serão menores.

Comentários:

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão.

Em procedimentos pouco dolorosos é recomendada, no entanto, a anestesia infiltrativa em dentes decíduos


inferiores, porque a dose e o risco de lesões por mordiscamento serão menores quando comparada a
anestesia troncular.

64. (FUMARC/ Pref. BH/2013) Pode-se dizer que são complicações locais associadas à administração dos
anestésicos locais no bloqueio do nervo alveolar inferior esquerdo, EXCETO:

a) Trismo.

b) Mordedura do lábio.

c) Paralisia do lábio inferior-esquerdo.

d) Infecção.

Comentários:

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão.

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Se a técnica for executada corretamente (sem contaminação da solução anestésica), a infecção não deve
ocorrer em decorrência do BNAI.

65. (FUMARC/ Pref. Patos de Minas) A relação a seguir mostra as propriedades consideradas mais
desejáveis para um anestésico local:

I. Não deve ser irritante para o tecido ao qual é aplicado.

II. Não deve causar qualquer alteração permanente da estrutura nervosa.

III. Sua toxidade sistêmica deve ser baixa.

IV. Deve ser eficaz independentemente da aplicação por injeção no tecido ou tópica em mucosas.

V. O tempo da ação deve ser longo o suficiente para permitir a conclusão do procedimento, porém não
tão logo para exigir uma recuperação demorada.

VI. O tempo de início da anestesia deve ser o menor possível.

Marque a alternativa correta.

a) As afirmativas I, II, III, IV, V e VI estão corretas.

b) Somente as afirmativas I, II, III, e VI estão corretas.

c) Somente as afirmativas I, II, III e V estão corretas.

d) Somente as afirmativas I, II, III, IV e VI estão corretas.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Todas as afirmativas estão corretas!

66. (FUMARC/ Pref. Patos de Minas) São complicações atribuídas às soluções anestésicas, EXCETO:

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a) Alergia e Agulhas partidas.

b) Idiossincrasia e Toxicidade.

c) Infecções causadas por soluções contaminantes.

d) Irritações localizadas ou reações teciduais causadas pela solução

Comentários:

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão.

Agulha partida não é uma complicação atribuída à solução anestésica e sim à técnica/material utilizada pelo
operador.

67. (Inst. AOCP/PM-GO/2022) O nervo incisivo é um ramo terminal do nervo alveolar inferior e sempre
será anestesiado quando o bloqueio do nervo alveolar inferior ou mandibular for bem-sucedido. Uma
indicação importante de bloqueio do nervo incisivo é quando o procedimento considerado envolve os
lados direito e esquerdo da mandíbula. Referente a essa técnica anestésica, assinale a alternativa correta.

(A) Com essa técnica, obtém-se a anestesia da polpa, dos tecidos moles da boca e da língua, além do osso.

(B) Essa técnica anestésica requer a utilização de uma agulha longa e de 0,3 ml de anestésico.

(C) Para que o bloqueio do nervo incisivo seja bem-sucedido, é importante que a agulha penetre no forame
mentoniano.

(D) Dentre as desvantagens dessa técnica, está a anestesia lingual.

(E) A profundidade de penetração da agulha em direção ao forame mentoniano deve ser de 5 a 6 mm.

Comentários:

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

A profundidade de penetração da agulha em direção ao forame mentoniano deve ser de 5 a 6mm, sem tocar
o osso.
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Vamos relembrar:

Com essa técnica não se obtém anestesia da língua, requer utilização de agulha curta, não necessita
penetração da agulha no forame (e sim, em direção ao forame).

68. (UFPR/Pref Guaratuba/2008) Para a realização de exodontia do elemento 25, que nervos deverão ser
anestesiados?

a) Nervo alveolar superior posterior esquerdo e nervo nasopalatino.

b) Nervo alveolar superior médio esquerdo e nervo palatino esquerdo.

c) Nervo alveolar superior posterior direito e nervo palatino direito.

d) Nervo alveolar superior posterior esquerdo e nervo palatino esquerdo.

e) Nervo bucal e nervo lingual.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Não estamos muito certos do que a banca quis dizer com palatino "esquerdo", mas acreditamos que pelo
gabarito que a banca trouxe significa Nervo palatino anterior.

INERVAÇÃO SENSITIVA DOS MAXILARES DENTES TECIDO MOLE ANESTESIADO


NERVO ANESTESIADOS
Alveolar inferior Todos os dentes mandibulares Tecidos moles vestibular dos pré-molares,
canino e incisivos
Lingual Nenhum Tecido mole lingual de todos os dentes

Bucal Nenhum Tecido mole vestibular dos molares e do


segundo pré-molar
Alveolar superior anterior Incisivos e canino maxilar Tecido mole vestibular dos incisivos e
canino
Alveolar superior médio Pré-molares maxilar e parte do primeiro Tecido mole vestibular dos pré-molares
molar
Alveolar superior posterior Molares maxilar exceto parte do primeiro Tecido mole vestibular dos molares
molar
Palatino anterior Nenhum Tecido mole lingual dos molares e pré-
molares
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Nasopalatino Nenhum Tecido mole lingual dos incisivos e canino

69. (UFPR/Pref Balsa Nova/2011) Considerando as técnicas anestésicas utilizadas em odontologia,


identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) A anestesia dos dentes da maxila é obtida com sucesso pelo fato de esse osso ser mais poroso e fino, o
que permite a fácil difusão da solução anestésica até o ápice do dente a ser tratado.

( ) Durante uma anestesia local, o cirurgião dentista precisa estar atento ao surgimento de angioedema,
urticária, febre e dermatite, que são sinais de alergia.

( ) A dor durante a injeção de uma solução anestésica aumenta a ansiedade do paciente e pode levar a
movimentos inesperados e súbitos, aumentando o risco de quebrar a agulha.

( ) Para obter uma boa anestesia da polpa dos pré-molares da maxila, o cirurgião dentista precisa proceder
ao correto bloqueio do nervo alveolar superior médio.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – F – V – V.

b) V – V – V – V.

c) F – V – F – F.

d) V – V – V – F.

e) V – F – F – V.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Todas as alternativas estão corretas.

Veja!

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(V) A anestesia dos dentes da maxila é obtida com sucesso pelo fato de esse osso ser mais poroso e fino, o
que permite a fácil difusão da solução anestésica até o ápice do dente a ser tratado.

(V) Durante uma anestesia local, o cirurgião dentista precisa estar atento ao surgimento de angioedema,
urticária, febre e dermatite, que são sinais de alergia.

(V) A dor durante a injeção de uma solução anestésica aumenta a ansiedade do paciente e pode levar a
movimentos inesperados e súbitos, aumentando o risco de quebrar a agulha.

(V) Para obter uma boa anestesia da polpa dos pré-molares da maxila, o cirurgião dentista precisa proceder
ao correto bloqueio do nervo alveolar superior médio.

70. (UFPR/Almirante Tamandaré/2015) A anestesia local é descrita como a perda da sensação em uma
área circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação nas terminações nervosas ou pela inibição
do processo de condução nos nervos periféricos. A obtenção de controle efetivo da dor é um dos aspectos
mais importantes de qualquer procedimento odontológico. Dessa forma, o cirurgião-dentista precisa ter
conhecimento em relação à anatomia da região, aos anestésicos locais e às técnicas de anestesia. Com
base no exposto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) O ramo maxilar do nervo trigêmeo é de natureza sensorial e inerva a região das pálpebras superiores,
o zigoma e o lábio superior.

( ) Para a realização de procedimentos cirúrgicos sem dor nos tecidos moles da região bucal posterior da
mandíbula, o cirurgião-dentista precisa proceder à anestesia por bloqueio do nervo alveolar inferior,
complementada pelo bloqueio suplementar do nervo bucal.

( ) Palidez, vertigem, sudorese, tremor, palpitações, dificuldade respiratória e cefaleia lancinante são sinais
e sintomas clássicos de um quadro de superdosagem induzida pelos vasoconstritores presentes nas
soluções anestésicas.

( ) O bloqueio do nervo nasopalatino é a técnica anestésica recomendada para o controle da dor da porção
posterior do palato duro (tecidos moles e duros), bilateralmente desde a face mesial do primeiro pré-
molar direito até a face mesial do primeiro pré-molar esquerdo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – V – F – V.

b) V – V – F – F.

c) V – F – V – F.
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d) F – V – V – F.

e) V – F – F – V

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

(F) O ramo maxilar do nervo trigêmeo é de natureza sensorial e inerva a região das pálpebras superiores, a
pele da face, da bochecha e do lábio superior, parte da mucosa nasal, a mucosa do palato, todos os dentes
do arco superior e a região gengival da maxila.

(V) Para a realização de procedimentos cirúrgicos sem dor nos tecidos moles da região bucal posterior da
mandíbula, o cirurgião-dentista precisa proceder à anestesia por bloqueio do nervo alveolar inferior,
complementada pelo bloqueio suplementar do nervo bucal.

(V) Palidez, vertigem, sudorese, tremor, palpitações, dificuldade respiratória e cefaleia lancinante são sinais
e sintomas clássicos de um quadro de superdosagem induzida pelos vasoconstritores presentes nas soluções
anestésicas.

(F) O bloqueio do nervo nasopalatino é a técnica anestésica recomendada para o tratamento dos tecidos
moles e ósseos palatinos de canino a canino, bilateralmente.

71. (CEBRASPE CESPE/PM MA/2018) A respeito das técnicas anestésicas empregadas na mandíbula de
pacientes em que se faça necessária a exodontia dos dentes 46 e 45, julgue o item a seguir.

Nas intervenções em tecido mole vestibular, são suficientes o bloqueio do nervo bucal e a anestesia do
nervo mentual.

Comentários:

CORRETO

Com a anestesia do nervo bucal, os tecidos moles da região dos molares estarão anestesiados e pela
anestesia do mentual cobrirá a região de tecido mole do dente 45.

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72. (CEBRASPE CESPE/PM MA/2018) Acerca das técnicas de bloqueio do nervo mandibular, julgue o item
seguinte.

O bloqueio de Gow Gates pode ser utilizado em casos de trismo significativo.

Comentários:

INCORRETO.

O bloqueio Vazirani akinosi é que deve ser realizado em casos de limitação de abertura bucal.

73. (CEBRASPE CESPE/TRT 7 REGIÃO/2017) Com relação a complicações clínicas decorrentes de erros em
procedimentos de anestesia local, assinale a opção correta.

A) A parestesia pode ser ocasionada por hematoma local decorrente de procedimento anestésico.

B) Há risco de paralisia facial em caso de lesão no nervo facial, que é um nervo misto com porção facial
sensitiva para os músculos da mímica.

C) O nervo trigêmeo possui inervação motora para os músculos da mastigação, por isso lesioná-lo implica
paralisia do músculo bucinador.

D) A ptose decorre de lesão no nervo lingual, que possui inervação sensitiva para o 1/3 posterior da língua.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

➢ Parestesia ou anestesia prolongada: podem ocorrer sensações de adormecimento, inchaço,


formigamento e prurido. Além de mordedura de língua, salivação, perda do paladar e impossibilidade de
falar. Pode ocorre por trauma a algum nervo, injeção de solução contaminada (principalmente por álcool),
pela neurotoxicidade do anestésico.

A hemorragia dentro ou ao redor da bainha neural é outra causa. O sangramento aumenta a pressão no
nervo, levando à parestesia. O edema após procedimentos cirúrgicos é causa potencial de parestesia, já
que a pressão do fluido edematoso comprime o nervo.

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74. (CEBRASPE CESPE/TJ AL/2012) A parestesia ou anestesia persistente, condição que pode ocorrer após
um procedimento cirúrgico, tem como causa

A) uso de anestésico de baixa concentração.

B) hemorragia ao redor da bainha neural.

C) infiltração de solução anestésica próxima a nervos.

D) colocação de implantes principalmente na mandíbula.

E) cirurgia com longo tempo de duração.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

A hemorragia dentro ou ao redor da bainha neural é uma das causas de parestesia. O sangramento
aumenta a pressão no nervo, levando à parestesia. O edema após procedimentos cirúrgicos é causa
potencial de parestesia, já que a pressão do fluido edematoso comprime o nervo.

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5- RESUMO
TÉCNICAS DE ANESTESIA REGIONAL EM ODONTOLOGIA

Infiltração Local: pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são infiltradas com
solução de anestésico local. A incisão (ou tratamento) é então realizada na mesma área na qual o anestésico
local foi depositado).
Um exemplo de infiltração local é a administração de anestésico local na papila interproximal antes do
alisamento radicular. O termo infiltração é comumente utilizado em odontologia para definir a injeção na
qual a solução anestésica local é depositada no ápice do dente a ser tratado ou acima dele. Embora
tecnicamente incorreto — essa técnica é um bloqueio de campo—, este termo comum continuará a ser
utilizado para esse tipo de injeção.

Bloqueio de Campo: o anestésico local é infiltrado próximo aos ramos nervosos terminais maiores, de modo
que a área anestesiada será circunscrita, impedindo a passagem de impulsos do dente para sistema nervoso
central (SNC). A incisão (ou o tratamento) é então realizada na área distante do local da injeção do
anestésico. Injeções maxilares administradas acima do ápice do dente a ser tratado são apropriadamente
denominadas de bloqueios de campo (embora o uso comum as identifique como infiltrações ou
supraperiosteais).

Bloqueio de Nervo: o anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, geralmente
distante do local de intervenção operatória. As injeções nos nervos alveolar superoposterior, alveolar inferior
e nasopalatino são exemplos de bloqueios de nervo.

TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR

1. Supraperiosteal (infiltração), recomendada para um número limitado de protocolos de tratamento


2. Injeção no ligamento periodontal (LPD, intraligamentar), recomendada como adjuvante às outras técnicas
ou para um número limitado de protocolos de tratamento
3. Injeção intrasseptal, recomendada basicamente para técnicas cirúrgicas periodontais
4. Injeção intracrista, recomendada para o tratamento de dentes isolados (basicamente molares
mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas.
5. Injeção intraóssea (IO), recomendada para o tratamento de dentes isolados (basicamente molares
mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas
6. Bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP), recomendado para o tratamento de vários dentes
molares em um quadrante
7. Bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM), recomendado para o tratamento de pré-molares em
um quadrante 8. Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (ASA), recomendado para o tratamento de
dentes anteriores em um quadrante
9. Bloqueio do nervo maxilar (V2, segunda divisão), recomendado para tratamento vestibular, palatino e
pulpar extensos em um quadrante
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10. Bloqueio do nervo palatino maior(anterior), recomendado para o tratamento dos tecidos moles e ósseos
palatinos distais ao canino em um quadrante
11.Bloqueio do nervo nasopalatino, recomendado para o tratamento dos tecidos moles e ósseos palatinos
de canino a canino bilateralmente
12.Bloqueio do nervo alveolar superiormédioanterior (ASMA), recomendado para o tratamento extenso de
dentes anteriores, tecidos moles e ósseos palatinos e vestibulares
13.Bloqueio do nervoalveolar superoanterior–abordagem palatina (P-ASA), recomendado para o tratamento
de dentes anterossuperiores, seus tecidos palatinos moles e ósseos.

Nervos Área anestesiada Agulha Área de inserção/ Prof. de inserção Complicações


anestesiados área alvo
Bloqueio do n. ASP e seus 1º (raiz Curta calibre 25 Prega 16mm (10 a 14mm Hematoma ou
alveolar sup. ramos mesiobucal não mucobuca em crianças) anestesia
post anestesiada em l acima do mandibular
28%), 2º e 3º M 2º M / n.
+ ASP: atrás,
tec.periodontal acima e
vest. e osso medial à
borda
posterior
da maxila
Bloq. do n. ASM e ramos 1º e 2º PMS e Curta ou longa Prega _____ Raras
alveolar sup. terminais raiz mesiobucal 25 mucobuca
médio do 1ºM + l acima do
tec.periodontal 2ºPM
vest. e osso /osso
periapical
do 2PM
Bloq. do n. ASA, ASM, IC até o C, PMs Longa 25 Prega 16mm Raramente
infra-orbital Ramos do IO e raiz mucobuca hematoma
(palpebral mesiobucal do l acima do
inferior, nasal 1M (72% dos 1PM /
lateral e labial casos) + forame
sup.) tec.periodontal infra-
vest. e osso + orbital
pálpebra inf.+
face lat. do
nariz+ lábio
superior
Bloq. do nervo 2ª divisão do Todos os Longa 25 Técnica da 30 mm Hematoma
maxilar (ou trigêmeo (NC V) dentes tuberosid rápido e de
segunda superiores ade alta: grande
divisão, ou ipsilaterais + prega proporção,
tuberosidade tec. Periodontal mucobuca perfuração da
alta) vest. e palatino l face órbita e
e osso até linha distal do penetração da
média do 2M / fossa cavidade nasal
palato + Pele pterigopal
(pálp. Inf., asa atina
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do nariz, face e
lábio sup.)

Abordagem do canal palatino maior: tecido mole palatino sobre o forame palatino maior / fossa pterigopalatina

Bloq. nervo Palatino maior Porção post. Do Curta 27 Tec. Moles < 10 mm Isquemia e
palatino maior palato duro e ligeiramente necrose dos
tecidos moles anteriores ao tecidos moles.
sobrejacentes forame palatino
Raramente
até o 1PM e maior / n.
hematoma.
medialmente palatino maior
até a linha
média
Bloq. nervo Nasopalatino Porção anterior Curta 27 Mucosa 6 a 10 mm Isquemia e
nasopalatino) do palato duro palatina lateral necrose dos
(mesial do 1PM à papila incisiva tecidos moles.
ao outro) / forame
Raramente
incisivo
hematoma.

TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR

1. Bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI)


2. Bloqueio do nervo Bucal
3. Bloqueio do nervo mandibular: a técnica de gow-gates - nervo mandibular
4. Bloqueio mandibular de boca fechada de vazirani-akinosi
5. Bloqueio do nervo mentual
6. Bloqueio do nervo incisivo

RESUMO DAS Área anestesiada Agulha Área de inserção/ Prof. de inserção Complicações
TÉCNICAS DE área alvo
ANESTESIA PARA
MANDÍBULA
Nervos
anestesiados
Bloq. do nervo Alveolar inferior Dentes inf. Até Longa 25 Mucosa da 20 a 25 mm Hematoma
alveolar inferior e ramos linha média + borda medial do (raramente),
terminais corpo da ramo trismo ou
(incisivo e mandíbula + mandibular paralisia facial
mentoniano) + mucoperiósteo (rafe transitória
lingual vest. anterior pterigomandibu (anestesia do n.
(comumente) 1M + 2/3 ant. lar) / n. AI facial no corpo
língua e imediatamente da parótida)
assoalho de antes de entrar
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boca + tec. no forame


Moles e mandibular
periósteo
lingual

Bloq. do nervo Bucal (ramo do Tecidos moles e Longa 25 Mucosa bucal e 1 a 2 mm Pouco
bucal (ou mandibular) periósteo distal ao dente importantes.
bucinador, ou vestibular em mandibular Hematoma
bucal longo) região de mais posterior
molares inf. do arco / n.
bucal ao passar
sobre a borda
ant. do ramo
Bloq. do nervo AI, mentoniano, Todas as Longa 25 Mucosa face 25 mm Hematoma,
mandibular (ou incisivo, lingual, anteriores + medial do ramo, trismo e
da terceira milo-hióideo, pele sobre o imediatamente, paralisia
divisão) – “ auriculotempor zigoma, porção em linha que vai temporária dos
técnica de Gow- al e bucal (em posterior da da incisura nervos
Gates” 75% dos pac.) face e reg. intertrago ao cranianos III, IV
temporal ângulo da boca, e VI
distalmente ao
2MSup / reg.
Lat. do côndilo
abaixo da
inserção do
pterigóideo lat.
Bloq. Igual anterior Igual AI + Longa 25 Tec. Moles 25 mm Hematoma,
mandibular com menos porção inferior adjacente à trismo (raro) e
a boca fechada auriculotempor do ramo tuberosidade paralisia
de AKINOSI al e bucal. maxilar na transitória do
altura da JMG facial.
adjacente ao
3ºMSup / região
dos n. AI, lingual
e milo-hioideo
(antes da
entrada no
forame
mandibular)
Bloq. do nervo mentoniano Mucosa Curta 25 Prega 5 a 6 mm Pouco
mentoniano vestibular mucobucal importantes.
anterior ao sobre o forame Hematoma.
forame até mentoniano ou
linha média + anterior a este /
pele do lábio n. mentoniano
inferior qdo sai do
forame (entre
os ápices do 1º
e 2ºPM inf)

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Bloq. do nervo Mentoniano e Igual anterior + Curta 25 Igual anterior / 5 a 6 mm Igual anterior
incisivo incisivo pele do queixo igual anterior
+ PMs, Can., e além de interior
Incisivos do forame (n.
incisivo)

Efeitos adversos e complicações dos AL:

➢ Fratura da agulha: agulhas curtas, calibre 30 inseridas até o fim em técnicas de bloqueios regionais;
Fatores adicionais incluem (1) encurvamento intencional da agulha pelo dentista antes da injeção, (2)
movimento súbito inesperado do paciente enquanto a agulha ainda está inserida no tecido e (3) contato
vigoroso com o osso; raras atualmente.

➢ Parestesia ou anestesia prolongada: podem ocorrer sensações de adormecimento, inchaço,


formigamento e prurido. Além de mordedura de língua, salivação, perda do paladar e impossibilidade de
falar. Pode ocorre por trauma a algum nervo, injeção de solução contaminada (principalmente por álcool),
pela neurotoxicidade do anestésico. Hiperestesia (sensibilidade aumentada a estímulos nocivos) e disestesia
(uma sensação dolorosa que acontece a estímulos usualmente não nocivos). Melhora deverá ocorrer
espontaneamente de 1 a 2 meses.

➢ Paralisia do nervo facial: bloqueio de nervo infraorbital ou quando se infiltram os caninos maxilares.
Comumente é causada pela introdução de anestésico local na cápsula da glândula parótida, que se localiza
no limite posterior do ramo mandibular, envolta pelos músculos pterigoideo medial e masseter.

➢ Trismo: espasmo tetânico prolongado dos músculos da mandíbula, que acabam por restringir a
abertura normal da boca (mandíbula fechada); pode se tornar um dos problemas mais crônicos e difíceis de
tartar. Decorrente de traumas, irritações, hemorragias ou volumes excessivos de AL nos músculos faciais. A
abertura interincisal média em casos de trismo é de 13,7 mm (variação de 5 a 23 mm). Mais comum nas
técnicas de bloqueios de alveolar sup ou inf.

➢ Lesão dos tecidos moles: o trauma autoinfligido nos lábios e língua frequentemente é causado por
mordida ou mastigação inadvertida desses tecidos enquanto ainda anestesiados.

➢ Hematoma: corte inadvertido de um vaso sanguíneo (artéria ou veia); A densidade tecidual ao redor
do vaso lesado é um fator determinante. Quanto mais densos os tecidos vizinhos (p. ex., palato), menor a
probabilidade de que um hematoma se desenvolva. Pode ocorrer dor e trismo secundários ao hematoma. O
edema e a descoloração da região geralmente diminuem gradualmente após 7 a 14 dias.

➢ Dor à injeção: adesão cuidadosa ao protocolo básico de injeção atraumática.

➢ Queimação à injeção: causa primária de uma sensação leve de queimação é o pH (quanto mais ácido
maior a sensação); injeção rápida; contaminação por álcool ou solução excessivamente aquecida.
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➢ Infecção: rara, materiais são descartáveis.

➢ Edema: pode ser causado por trauma, infecção, alergia, hemorragia, injeção de soluções irritantes,
angioedema hereditário (surgimento súbito de edema).

➢ Necrose de tecidos: a irritação ou a isquemia prolongada dos tecidos moles pode levar a várias
complicações desagradáveis, incluindo descamação epitelial (anestésico tópico) e abscesso estéril (associada
a uso de anestésicos com vaso como noradrenalina). Resolve-se de 7 a 10 dias.

➢ Lesões intraorais pós anestésicas: aftas (úlcera aftosa recorrente), herpes que podem ser
precipitados pela lesão da agulha.

Apesar de os AL, em geral apresentam boa margem de segurança clínica, os principais efeitos adversos
derivados de seu uso estão relacionados com a sobredosagem, seja a absoluta (quantidade de solução
anestésica elevada) ou a relativa (injeção dentro de um vaso muito rapidamente). Reações alérgicas são
raras e geralmente, quando relatadas, associadas a AL tipo éster ou com metilparabeno.

Em termos de toxicidade sistêmica, no caso de sobredosagem, o mais sensível é o SNC. Todos os AL


atravessam a Barreira Hematoencefálica. Os efeitos são depressores, porém, a princípio são deprimidos
apenas os neurônios inibitórios, de forma que os excitatórios se destacam.

Os primeiros sinais e sintomas de toxicidade do SNC aparecem em um nível sanguíneo maior que 4,5 μg/mL.
Estes são fala arrastada, tremores, abalos musculares, acompanhados dos sintomas de dormência da língua
e região perioral, sensação de pele quente e intumescida, sonolência, cabeça leve, diplopia, distúrbios
auditivos, desorientação e vertigem. Casos mais graves trazem convulsões generalizadas, Convulsões tônico-
clônicas geralmente ocorrem em níveis maiores que 7,5 μg/mL. Após estes, ocorrem a depressão inclusive
dos neurônios excitatórios, levando a uma depressão cardiorrespiratória e prostração generalizada.

Ocorrem ainda depressão no miocárdio com possibilidades de arritmias e hipotensões. Níveis sanguíneos
elevados (5 a 10 g/mL) conduzem a pequenas alterações no eletrocardiograma, depressão miocárdica,
débito cardíaco reduzido e vasodilatação periférica. Em níveis superiores a 10 g/mL, esses efeitos são
intensificados: primariamente vasodilatação periférica maciça, redução acentuada na contratilidade
miocárdica, grave bradicardia e possível parada cardíaca.

As alergias são relativamente raras aos AL. Podem ocorrer desde dermatites, brocoespasmos a edemas de
glote podendo levar o paciente à óbito.

As principais medidas para se evitar as reações adversas citadas são: conhecer as doses seguras de cada AL
para cada paciente e sempre realizar a aspiração negativa durante a injeção, evitando assim, injeção direta
nos vasos.

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O cálculo de dose máxima para pacientes saudáveis é feito com base no AL, já em pacientes com
comprometimento na maioria das vezes é o vasoconstritor. INJEÇÃO 1mL/min = aproximadamente de 90s.

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6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manual de anestesia local. MALAMED, 2021.

Emergências médicas em Odontologia. ANDRADE, 2011.

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