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BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR

(Suelen Brasil) Áreas Anestesiadas:

O bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI), designado co - mumente (porém 1. Dentes mandibulares até a linha média
de maneira incorreta) como bloqueio nervoso mandibular, é a segunda técnica de
injeção mais frequentemente usada (depois da infiltração) e provavelmente a mais 2. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula
importante na odontologia. Infelizmente, ela também se mostra a mais frustrante, esta
3. Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame
é uma técnica particularmente útil para a odontologia de quadrantes. Um bloqueio
suplementar (do nervo bucal) é necessário somente em casos em que é exigida mentual (nervo mentual)
a anestesia dos tecidos moles na região bucal posterior.
4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual)
Outros Nomes Comuns. Bloqueio mandibular.
5. Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual)

Indicações:

1. Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante

2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais

3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais

Contraindicações:

1. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção (rara)

2. Pacientes que tenham maior probabilidade de morder o lábio ou a língua,


como uma criança muito pequena ou um adulto ou criança portador de deficiência
física ou mental.

Nervos Anestesiados: Técnica:


1. Alveolar inferior, um ramo da divisão posterior da divisão mandibular do 1. Uma agulha dentária longa é recomendada em pacientes adultos. Dá-se
nervo trigêmeo (V3) preferência a uma agulha longa de calibre 25; uma agulha longa de
calibre 27 é aceitável.
2. Incisivo 2. O paciente deve ficar deitado e com a boca bem aberta;
3. O profissional irá explicar como é feito o procedimento e começará o
3. Mentual
processo;
4. Lingual (comumente) 4. O profissional coloca o dedo indicador sobre a incisura coronoide até a
rafe pterigomandibular. Essa é a altura que a agulha deve ser inserida;
5. A linha imaginária traçada deve ser paralela ao plano oclusal dos dentes 7. Aplica um anestésico tópico que age por 1 ou 2 minutos;
molares mandibulares; 8. Com uma agulha dentária longa de 25 cm (usada em adultos), o
profissional insere a agulha até sentir a estrutura óssea;
9. Quando sentir o osso, retire 1 mm da agulha para evitar atingir um local
sensível;

10. Agora, a agulha deve estar exatamente um pouco acima do lugar em que
o nervo alveolar inferior penetra, que é o forame mandibular;
11. O profissional aplicará 1,5 ml de anestésico durante, no mínimo, 1 minuto;
12. Assim que a anestesia for totalmente inserida, o profissional deve retirar
lentamente a seringa e a agulha; e
13. Só depois de aproximadamente 4 minutos a anestesia pulpar deve ser
testada.
14. Agora que você já sabe como o bloqueio do nervo alveolar inferior é feito,
converse com o seu dentista de confiança. Tire todas as suas dúvidas e
se prepare para o procedimento.

6. Antes da anestesia do nervo alveolar inferior, o profissional seca o local


com gaze estéril. Depois, aplica um antisséptico tópico;
BLOQUEIO DO NERVO BUCAL NERVO ANESTESIADO:

Bucal (um ramo da divisão anterior de V3).

O nervo bucal proporciona inervação sensorial aos tecidos moles bucais ÁREA ANESTESIADA:
adjacentes tão somente aos molares mandibulares. A única indicação da
Tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares mandibulares;
administração de um bloqueio do nervo bucal, portanto, é nos casos em que se
considera a manipulação desses tecidos (p. ex., em raspagens ou curetagens, na INDICAÇÃO:
colocação de um dispositivo compressivo em dique de borracha sobre os tecidos
Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos
moles, na remoção de cáries subgengivais, na preparação subgengival do dente, na
dentários na região molar mandibular.
colocação de um cordão para retração gengival ou na colocação de faixas matriz).
VANTAGENS:
1. Elevada frequência de sucesso
2. Tecnicamente fácil

DESVANTAGENS:
Potencial de dor se a agulha entrar em contato com o periósteo durante a injeção

TÉCNICA:
1. O paciente deve ficar deitado e com a boca bem aberta;
2. O profissional irá explicar como é feito o procedimento e começará o
processo;
3. O profissional coloca o dedo indicador sobre a incisura coronoide até a
rafe pterigomandibular. Essa é a altura que a agulha deve ser inserida;
4. A linha imaginária traçada deve ser paralela ao plano oclusal dos dentes
molares mandibulares;
5. Antes da anestesia do nervo alveolar inferior, o profissional seca o local
com gaze estéril. Depois, aplica um antisséptico tópico;
6. Aplica um anestésico tópico que age por 1 ou 2 minutos;
7. Com uma agulha dentária longa de 25 cm (usada em adultos), o
profissional insere a agulha até sentir a estrutura óssea;
8. Quando sentir o osso, retire 1 mm da agulha para evitar atingir um local
sensível;
OUTROS NOMES COMUNS: 9. Agora, a agulha deve estar exatamente um pouco acima do lugar em que
o nervo alveolar inferior penetra, que é o forame mandibular;
Bloqueio do nervo bucal longo, blo queio do nervo bucinador.
10. O profissional aplicará 1,5 ml de anestésico durante, no mínimo, 1 BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR:
minuto;
11. Assim que a anestesia for totalmente inserida, o profissional deve retirar A TÉCNICA DE GOW-GATES
lentamente a seringa e a agulha; e
12. Só depois de aproximadamente 4 minutos a anestesia pulpar deve ser
testada. A técnica Gow-Gates é um verdadeiro bloqueio nervoso man dibular, por
proporcionar anestesia sensorial em praticamente toda a distribuição de V3. O nervo
alveolar inferior, o lingual, o milo-hióideo, o mentual, o incisivo, o auriculotemporal
e o bucal são todos bloqueados pela injeção de Gow-Gates.

OUTROS NOMES COMUNS:

Técnica de Gow-Gates, bloqueio nervoso da terceira divisão, bloqueio


nervoso V3.

NERVOS ANESTESIADOS

1. Alveolar inferior

2. Mentual

3. Incisivo

4. Lingual

5. Milo-hióideo
6. Auriculotemporal
7. Bucal (em 75% dos pacientes) bem-sucedido.

TÉCNICA DIRETA:
Anestesia os nervos lingual e alveolar inferior.

1. Identifique as linhas que o ramo ascendente e o ligamento


pterigomandibular formam;
2. Trace a bissetriz do ângulo das linhas;
3. Coloque a agulha na direção dos dentes pré-molares inferiores;
4. Faça a punção da bissetriz a 1 cm do plano de oclusão. Deixe o
bisel da agulha direcionado para a face interna do ramo;
5. Penetre a agulha até que ela alcance o osso;
6. Recue 1 mm;
7. Aspirar e constar que há a presença de uma bolha de ar no
êmbolo, e não sangue;
8. Injetar a anestesia.

ÁREAS ANESTESIADAS:

1. Dentes mandibulares até a linha média

2. Mucoperiósteo e membranas mucosas bucais do lado da injeção

3. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral

4. Tecidos moles e periósteo da língua

5. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula


6. Pele sobre o zigoma, parte posterior da bochecha e regiões temporais.

INDICAÇÕES
1. Múltiplos procedimentos nos dentes mandibulares

2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais, do


terceiro molar até a linha média

3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais

4. Casos em que um bloqueio do nervo alveolar inferior convencional não é


BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA FECHADA BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL
DE VAZIRANI-AKINOSI
O nervo mentual é um ramo terminal do nervo alveolar in - ferior.
Saindo do forame mentual no ápice dos pré-molares mandibulares ou
próximo disso, ele proporciona inervação sensorial aos tecidos moles
bucais situados anteriormente ao forame e aos tecidos moles do lábio
inferior e do queixo do lado da injeção.

OUTROS NOMES COMUNS:


Nenhum.
NERVO ANESTESIADO:
Mentual, um ramo terminal do alveolar inferior.
ÁREAS ANESTESIADAS:
Membrana mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual (em torno
do segundo pré-molar) até a linha média e a pele do lábio inferior e do
queixo.
INDICAÇÃO:
Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para
procedimentos na mandíbula anteriormente ao forame mentual, como
os seguintes;
1. Biópsias dos tecidos moles
2. Sutura de tecidos moles
Tipo de agulha: longa para as duas técnicas
TÉCNICA:

– Direta

1. Controle da microbiota.
2. Secar mucosa (mucina dificulta penetração da solução)
3. Anestesia loco terminal superficial (tópico)
4. Palpar borda anterior do ramo ascendente da mandíbula com o dedo
indicador oposto, procurando deixar a face radial do dedo paralela ao
plano oclusal
5. Direção da agulha guiada pela comissura labial do lado oposto, estando
o corpo da agulha forçando a comissura para trás.
6. Introdução da agulha entre o ligamento esfenomandibular/ prega
pterigopalatina e a borda óssea, até chegar ao sulco mandibular, o qual
se encontra aproximadamente 1 cm acima do plano oclusal. A seringa
ficará perpendicular com a face interna do osso mandibular.
7. Injeção da solução anestésica (em torno de 1 minuto, pressionando o
êmbolo concomitantemente ao trajeto da agulha).

– Indireta

1. Controle da microbiota.
2. Secar mucosa (mucina dificulta penetração da solução)
3. Anestesia loco terminal superficial (tópico)
4. Palpar borda anterior do ramo ascendente da mandíbula com o dedo
indicador oposto, procurando deixar a face radial do dedo paralela ao
plano oclusal
5. Direção da agulha em relação aos pré-molares do lado oposto.
6. Introdução da agulha entre o ligamento esfenomandibular/ prega
pterigopalatina e a borda óssea, até chegar ao sulco mandibular, o qual
se encontra aproximadamente 1 cm acima do plano oclusal. A seringa
ficará perpendicular com a face interna do osso mandibular.
7. Injeção da solução anestésica (em torno de 1 minuto, pressionando o
êmbolo concomitantemente ao trajeto da agulha).
BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO
OUTRO NOME COMUM:
Bloqueio do nervo mentual (inadequado).
O nervo incisivo é um ramo terminal do nervo alveolar inferior. NERVOS ANESTESIADOS:
Originando-se como uma continuação direta do nervo alveolar inferior no Mentual e incisivo.
forame mentual, o nervo incisivo segue anteriormente pelo canal incisivo, Áreas Anestesiadas:
fornecendo inervação sensorial àqueles dentes localizados anteriormente ao 1. Membrana mucosa bucal anterior ao forame mentual, geralmente do
forame mentual. O nervo é sempre anestesiado quando um bloqueio nervoso segundo pré-molar até a linha média
alveolar inferior ou mandibular é bem-sucedido; por essa razão, o bloqueio do 2. Lábio inferior e pele do queixo
nervo incisivo não é necessário em casos em que esses bloqueios são 3. Fibras nervosas pulpares aos pré-molares, ao canino e aos incisivos
administrados. Os pré-molares, o canino e os incisivos laterais e centrais, INDICAÇÕES:
incluindo seus tecidos moles e o osso, são anestesiados ao ser administrado um 1. Procedimentos dentários envolvendo a anestesia pulpar em dentes
bloqueio do nervo incisivo. mandibulares anteriores ao forame mentual
Uma indicação importante do bloqueio do nervo incisivo é quando o procedi 2. Casos em que o BNAI não está indicado: a. Quando são tratados seis,
- mento considerado envolve tanto o lado direito da mandíbula como o esquerdo. oito ou 10 dentes anteriores (p. ex., de canino a canino ou de pré-molar
a pré-molar), o bloqueio do nervo incisivo é recomendado em lugar de
BNAI bilaterais
TÉCNICA:

Segue o trajeto do NAI no interior do canal mandibular em direção a


região anterior e se responsabiliza pela inervação de tecidos duros:

Primeiro pré-molar, canino e incisivos inferiores e seus ossos alveolares


respectivos até a linha média.

OBS – depende da localização do forame mentoniano.

Fonte: Malamed, Stanley F., 1944- Manual de anestesia local / Stanley F.


Malamed; [tradução Fernando Mundim...et al.]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
428p. : 28 cm
Fonte: Site Simpatio

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