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Cirurgia

Regeneração e cicatrização:
 Regeneração / reparação: é um processo que resulta na restituição do tecido lesao por um tecido
igual ao original
 Cicatrização: processo no qual o tecido neoformado é diferente do original
Fatores que influenciam a cicatrização:
1- Localização das feridas: interferência por mobilidade e vascularização
2- Fatores hematológicos: anemias, desidratação
3- Fatores nutricionais
4- Fatores endócrinos: diabetes
5- Idade: criança + rápido, idoso + lento
6- Infecção: organismo combater infecção primeiro para depois cicatrizar
7- Fatores hormonais
Reparação:

 1ª intenção: bordas das feridas se encontram. O tecido neoformado possui fibras retilíneas e
organizadas. (7 a 10 dias)
 2ª intenção: não há contato das bordas da ferida. Cicatrização de dentro para fora, forma tecido
diferente. Há maior risco de infecção e quelóide. (21 a 45 dias)
OBS: a reparação/regeneração do alvéolo ocorre por 2ª intenção.
Cicatrização tecidual:
1- Fase Inflamatória: duração de 3 a 5 dias
Fase inflamatória vascular: lesiona, sangra e o organismo faz vasoconstrição inicial. O sangue
coagula gerando dor. Organismo libera histamina e prostaglandina qual causam vasodilatação permitindo
que células leucocitárias cheguem ao local.
Fase inflamatória celular: lisossomos fagocitam, linfócitos reconhecem corpos estranhos e fabricam
células de defesa.
2- Fase Proliferativa: duração de 2 a 3 semanas. Formação de uma rede de fibrina sobre o coágulo.
Fibronectina estabiliza fibrina e guia macrófagos. Ocorre a neoangiogenese e colágeno é depositado de
forma aleatória.
3- Fase remodeladora: fibras colágenas (depositadas de forma aleatória) são substituidas por colágenos
de fibras corretas e retilíneas. Nessa fase ocorre a contração total da ferida e migração das bordas
teciduais.
Cicatrização alveolar:
1- Reação imediata: tira o dente, sangra, forma coágulo e nele chegam leucócitos
2- Primeira semana: ocorre proliferação de fibroblastos do ligamento periodontal remanescente, tecido
começa buscar contato bordo a bordo e há estabilização do coágulo pela rede de fibrina.
3- Segunda semana: ocorre o aumento da vascularização com formação do tecido de granulação
4- Terceira semana: fibroblastos diferenciam em osteoblastos e secretam matriz óssea
5- Quarta semana: preenchimento total do alvéolo com osso neoformado e remodelação óssea.
Se não realizar a sutura corretamente, o coágulo sai do alvéolo favorecendo à inflamações:

 Alveolite seca: coágulo se desprende do alvéolo. Após 2 a 3 dias gera dor. TRATAMENTO:
anestesiar, abrir novamente, irrigar com soro e clorexidina 0,12%, fazer sangrar com cureta (caso
não sangre, deve pegar sangue de outro local) e suturar. Fazer administração de Cloridrato de
Clindamicina 300mg (1cps de 8/8h por 7 dias)
 Alveolite úmida: secreção purulenta no interior do alvéolo, possuindo mal odor. Após 2 a 3 dias
gerando muita dor. TRATAMENTO: anestesiar, abertura, curetagem da secreção, fazer sangrar,
irrigar com soro e clorexidina 0,12%, esperar sangrar novamente e suturar. Fazer administração de
Cloridrato de Clindamicina 300mg (1cps de 8/8h por 7 dias)
Pré Operatório
Anamnese: dados biográficos, queixa principal e história médica. Exames intra e extra oral.
Asa I: paciente saudável
Asa II: doença sistêmica moderada, sem limitações de vida.
Asa III: doença sistêmica severa, com funções vitais comprometidas.
Asa IV: doença sistêmica severa com ameaça à vida.
Asa V: paciente moribundo, morte esperada nas próximas 24h
E: em cirurgia de emergência acrescenta-se o E ao número.
Possíveis problemas:

 Angina Pectoris (dor no peito): consultar médico, utilizar suplementação de O²


 Enfarto: realizar cirurgia após 6 meses do ocorrido
 Insuficiência cardíaca: evitar posição supina
 Asmáticos: trazer na consulta medicamentos de rotina, atentar a SULFA, interage com anestésicos
 Doenças pulmonares obstrutivas: agendar paciente no período da tarde.
 Insuficiência Renal: evitar drogas de metabolização renal, não usar PRILOCAÍNA e fazer profilaxia
antibiótica
 Insuficiência Hepática: evitar drogas metabolizadas no fígado, usar PRILOCAÍNA.
 Hipertensão: tratamento normala quando estiver controlada P.A. normal diastólica <90 e sistólica
<140
 Diabetes: consultar pela manhã. concentração normal de glicemia 80 a 100mg/dL
Profilaxia Antibiótica

 Pacientes Hígidos: para evitar endocardite bacteriana. 1g de Amoxicilina (2 comp de 500mg) 1h


antes do procedimento.
 Cardiopatas: já tem endocardite ou doenças do coração. 2g de Amoxicilina (4 comp de 500mg) 1h
antes do procedimento.
 Pacientes Hígidos Alérgicos à Penicilina: Azitromicina 500mg (1 comp de 500mg) 1h antes do
procedimento.
Protocolo de redução de ansiedade:
ANTES: reduzir o tempo de espera e administrar medicamentos para induzir o sono: Diazepan 10mg 1
comp 1h antes.
DURANTE: anestesia eficiente, fazer afirmações verbais frequentes, preparar o paciente antes de realizar
movimentos bruscos, evitar barulhos, deixar instrumentos longe da visão do paciente.
APÓS: instruções sucintas, analgesia eficiente e telefonar para o paciente.
Instrumentos:

 Anestesia: carpule, tubete e agulha.


 Preensão do campo e mangueira: Pinça BACKHAUS

 Assepsia: Pinça Pean e cuba de inox.

 Afastadores: Minessota e de Bruennings (língua)

 Incisão de tecidos: cabo de bisturi nº 3 e lâminas 15 e 15c

 Descolamento mucoperiosteal: descolador de Molt, Freer, Sindesmótomo, tesoura Matzembaum curva


 Apreensão de tecidos: pinça Hadson atraumática, Hadson traumática (dente de rato), Dietrich e Allis.

 Elevadores/ alavancas: Seldin Reto 2, Seldin curvos 1L e 1R, Pott (D e E), Heidbrink (1,2 e 3), apicais 301, 302,
303 e Apexo.
 Remoção óssea: osteótomo/alveolótomo, lima para osso, Cinzel GOIVO e Cinzel RETO.

 Toilet alveolar (remoção de tecidos moles): cureta de Lucas, Seringa de 20ml com agulha e soro fisiológico.
 Sutura: Pinça Dietrich, porta agulha e tesoura Matzembaum curva.

 Hemostasia: Kelly curva, Kelly reta, Haslted (mosquito) curva e reta.

 Brocas e Motores:

Osteotomia: baixa rotação, peça reta. Brocas: 701, 702, 703. (cirúrgicas)

Odontossecção: alta rotação. Brocas 701HL, 702HL, 703HL (cirúrgicas)

 Fórceps:

1 – Dentes anteriores

150 – dentes monorradiculares da maxila

151 – dentes monorradiculares da mandíbula

18R – molar superior direito

18L – molar superior esquerdo

16 – molares inferiores

17 – molares inferiores

69 - raízes residuais

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS


Diérese, Hemostasia, Exérese e Síntese
As Necessidades Básicas Para o Sucesso de uma Cirurgia são:
 Acesso adequado: Boa abertura bucal
 Boa Iluminação: Luz
 Campo Cirúrgico Limpo: Livre de fluidos
 Instrumental adequado e de boa qualidade
 Presença de auxiliar treinado e entrosado
 Outro profissional da área

DIÉRESE :
É o ato de separar todos os tecidos envolvidos em um procedimento cirúrgico. É Dividida em:
A - Punção:
- É o ato de pegar a agulha e penetrar nos tecidos para aspirar alguma
B - Incisão:
- Na incisão ocorre o corte dos tecidos.
Princípios da Incisão:
Quanto à Lâmina:

 Usar as lâminas 11, 12, 15, 15c (para incisão intra oral, usar de preferência a 15 ou 15c).
Quanto ao Corte Firme e Preciso:

 Passando a lâmina uma única vez na região. Incisões superficiais e repetidas causam edema. A
Incisão é do tipo MUCOPERIOSTEAL.
Conhecer Anatomia para evitar lesão em estruturas vitais e Nobres

 Dominar a anatomia para saber o que incisar, onde e como incisar. Evita lesões em vasos, nervos
e estruturas.
Posicionamento do Bisturi:

 Perpendicular, produzindo margens quadradas ® maior reorientação do retalho no momento da


sutura.
 Empunhadura Tipo Caneta
Incisões Planejadas Permitindo Sutura sobre osso saudável

 Fazer Incisões relaxantes para não dilacerar o tecido.


 Trapézio: base do retalho, ápice do retalho + incisão relaxante. A base é sempre maior que o
ápice.
 Base deve ter o dobro do tamanho das relaxantes. As incisões relaxantes devem ser convergentes
para o ápice. Base maior, terá maior aporte sanguíneo e menor risco de necrose tecidual.
 Extensão do Retalho deve ser 2x a largura
 Tamanho ideal: que compreenda um dente antes e um dente depois do dente a ser trabalhado.
 Se possível, incluir um aporte sanguíneo axial na base do retalho
 Não torcer a base do retalho para não comprometer vasos que irrigam o tecido.

C - Divulsão
-É o afastamento dos tecidos sem seccioná-los. Instrumental: Tesoura Metzemboun curva

D - Descolamento
- É a separação romba dos tecidos. O descolamento é Mucoperiosteal.

HEMOSTASIA .
É o ato de deter, prevenir, estancar e diminuir o sangramento.
Porque fazer hemostasia? Para preservar a capacidade do paciente em carregar oxigênio; para melhorar a
visibilidade; impedir a formação de hematomas (hematoma forma meio de cultura). Há os tipos:
 Compressão: é uma pressão realizada sobre o local sangrante com gaze ou compressa.

Vasos pequenos: 1-3 minutos Vasos grandes: 5-10 minutos

 Pinçagem: É o ato de colocar uma pinça hemostática (Hasted e Kelly) na extremidade do vaso.
 Ligadura: Pinça o vaso, realiza o amarramento e depois secciona-o, interrompendo o
sangramento.
 Termocoagulação: Usa-se eletrocautério onde o calor causa uma fusão na porção terminal do
vaso.
 Substâncias Quìmicas: Com Adrenalina (vasoconstrição) ou Esponja de Colágeno e Fibrina

SÍNTESE .
-É o ato de promover a sutura. São manobras empregadas para unir ou aproximar os tecidos que foram
separados.

· Princípios da Sutura:
 Utilizar sempre fio agulhado.
 Utilizar sempre pinça para tecido (DIETRICH / ADSON) para estabilizar o retalho e depois fazer a
transfixação do retalho com o Porta Agulha (com ponta de Vídea).
 A agulha tem formato Semi-Lunar, e deveremos Apreender a agulha sempre da metade para o
final. A melhor agulha para sutura é de formato 1/4.
 A penetração da agulha é sempre PERPENDICULAR ao tecido para que se pegue todas as
camadas.
 Quando a agulha penetrar, devemos rotacionar o punho para que ela rode. Não rotacionar o braço.
Não usar força, e sim habilidade.
 Iniciar a sutura sempre pelo ângulo do retalho.
 Iniciar a penetração da agulha sempre da parte móvel do retalho para a parte fixa.
 Os nós do fio devem ser feitos de modo a aproximar os bordos, sem colocar força para não
necrosar o tecido.
 Durante a realização do nó, a agulha deve ficar presa na palma da mão para você não machucar o
paciente.

A remoção de sutura deve ser realizada +/- em 7 dias. Pode ser antecipado em até 5 dias. Na pele
e lábio recomenda 7, mas pode reduzir até para 4 dias, necessitando fazer ponto falso com
micropore superficial.

· Pontos Isolados:
-Não compromete a sutura em caso de rompimento, pois se soltar apenas um ponto, a sutura continua
fechada. Essa é a principal importância.
Tipos de nó isolados:

 Ponto simples
 Ponto em U (colchoeiro horizontal)
 Ponto em X interno e X externo (colchoeiro cruzado): Mais para interior do alvéolo.
 Ponto de Donati (usado em regiões de articulação)
 Ponto Sepulto (ponto interno)

· Pontos Contínuos:
-São vários pontos realizados com um único fio sem fazer nó. Faz apenas um nó no início e outro no fim. É
indicado para feridas mais extensas por ser um nó mais rápido de se fazer.

 Simples Contínuo
 Festonado
 "U" Contínuo

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS


Na exodontia jamais se aplica força. É jeito. Deve-se sempre descolar as 4 papilas

· Indicações para Exodontia:


Cáries Ativas: Muito extensas.
Necrose Pulpar: Onde não se consegue realizar tratamento endodôntico
Doença Periodontal: Dentes com hipermobilidade
Razões Ortodônticas: Realizada pré ou pós tratamento ortodôntico
Dentes em desoclusão: podem causar trauma no tecido mole.
Dentes Fraturados: fraturas tornam-se uma porta de entrada para bactérias gerando foco infeccioso.
Indicações Pré Protéticas: Normalmente são raízes residuais, ou terceiros molares ou extrusões.
Dentes Impactados: O capuz pericoronário pode-se tornar cisto dentígero que causa
Dente Supranumerários: causam interferência na erupção dos dentes
Dentes Associados com lesões Patológicas: Exemplo: Cisto dentígero
Terapia Pré Radiação: evitar a OSTEORADIONECROSE
Envolvimento com Fraturas: de maxila ou mandíbula

· Contraindicações para Exodontia:


 Nunca proceder extração para os casos de finalidade estética motivos econômicos
 Pacientes que sofreram radiação: Risco de Rádio Necrose
 Dentes localizados dentro de regiões tumorais
 Pericoronarite grave: Pode causar disseminação de bactéria via corrente sanguínea. Tratamento
aplicar água oxigenada 10 volumes 3 a 4 vezes ao dia sobre o local associada ao uso de
clorexidina 0,12%.
 Infecções locais e/ou sistêmicas na boca: remover a causa

Contraindicações Sistêmicas:
®Doenças metabólicas graves descompensadas: Ex: A pior é a Diabetes por conta do sangramento
excessivo.
®Leucemias e linfomas.
®Desordens hematológicas: tem que ser realizada em ambiente hospitalar.
®Cardiopatas descompensados: Deve-se encaminhar ao cardiologista
®Angina pectoris e infarto recente: Pacientes infartados devem aguardar 6 meses para realizar um
procedimento.
®Hipertensão descompensada: Orientar procurar um médico
®Gestantes: contraindicado procedimento no 1º e no 3º trimestre da gestação.
®Hemofilia e plaquetopenia: Deve proceder exames laboratoriais
®Usuários de anticoagulante sistêmico (ou jovens usuárias de anticonsepcionais): Procurar o médico
para dispensa. ®Usuários de quimioterápicos, corticóide crônico e imunossupressores:
Quimioterapia reduz a resposta do paciente. O uso crônico de corticoide induz a imunossupressão que
reduz a resposta do paciente.

Existem 2 tipos de Exodontia:


1 -Planejamento Aberto ou Cirúrgico 2 - Planejamento Fechado ou a Fórceps
Consiste em fazer a incisão, o retalho, a Apenas promovendo o descolamento,
osteotomia e a odontosecção . (Todos os luxação, rotação e puxando com Fórceps
passos de forma planejada préviamente) avulsionando o dente.
Qual avaliação Clínica dos dentes para decidir entre os Tipos de Cirurgia ?
 Acesso ao dente: amplitude bucal limite o trabalho à fórceps (aberta)
 Avaliar a posição do dente no arco dentário: dentes que dificultam o posicionamento do
instrumental (aberta)
 Mobilidade dentária: dente sem mobilidade alguma é indicativo de hipercementose. (aberta)
 Condições da coroa: se tem presença de cáries e/ou grandes restaurações, presença de cálculo,
dentes adjacentes com risco de fratura. (aberta)
 Avaliação da radiografia: verifica posicionamento e relação com as estruturas nobres
 Configuração das raízes: o formato determina o grau de dificuldade da exodontia.

PLANEJAMENTO FECHADO – EXODONTIA À FORCEPS


· Pré-Operatório:
 Verificar se o paciente necessita de ansiolítico e profilaxia antibiótica
 Antissepsia: ® Intra oral: Clorexidina 0,12% e Extra Oral: Clorexidina 0,2%
 Paramentação e campo no paciente
 Anestesia
Etapas:

· 1 - Sindesmotomia: É o descolamento gengival. Coloca-se o instrumento no sulco gengival e


percorre as regiões cervicais rompendo as fibras circulares. Devemos descolar as papilas SEMPRE!!!

· 2 - Empunhadura do fórceps: É do tipo dígito palmar.


O propósito do Fórceps (PRINCIPAL FUNÇÃO) é a expansão do osso alveolar para a extração do dente
(remoção do dente ou raiz do alvéolo)

Movimentos de trabalho com o Fórceps:


 PREENSÃO: é o movimento de pinçagem do fórceps ao dente. Deve ser realizado o mais apical
possível.
 INTRUSÃO: faz se uma leve pressão num movimento firme e preciso no sentido apical que irá
romper as fibras apicais e criar um ponto de apoio para o dente. Deve-se tomar cuidado na região
de molares superiores, pois muita força pode fazer com que a raiz perfura o seio maxilar causando
uma comunicação bucosinusal.
 LUXAÇÃO: São forças exercidas no sentido vestibular ou ligual/palatina que causam a dilatação
das paredes alveolares.
 ROTAÇÃO: Movimento usado somente em dentes unirradiculares.
 AVULSÃO: força leve executada no sentido coronário que promove a retirada do dente do alvéolo.
 Posicionamento da Mão Oposta: Com o polegar e indicador (apoio Bidgital), deve-se fazer um
apoio na tábua óssea do dente que esta sendo extraído para sentir se esta cometendo alguma
fratura.

· 3 - Manobra Pós Exodontia ® Manobra de Champeaut: É uma pressão bidigital dos dedos
com gaze ao redor do alvéolo para tentar devolver o seu tamanho normal. Facilita a sutura e a reparação.

· 4 - Toilete Alveolar: É a curetagem e remoção de todos os restos dentais, ossos e tecidos que
possam estar caídos no alvéolo. Cureta e irriga abundantemente com soro fisiológico.
· 5 - Sutura: Depois de ter formado o coágulo.

PRINCÍPIOS E TÉCNICAS PARA EXODONTIAS ABERTAS

Quando Fazer?

 Osso espesso ou denso na cortical vestibular/lingual:


 Hipercementose: Fazer cirurgia sempre aberta com odontossecção.
 Raizes divergentes ou com grande dilaceração: Não sai pela via alveolar nunca!
 Coroas destruídas por cáries ou com grandes restaurações: não tem ponto de apoio para
fórceps
 Raízes residuais cariadas: Não tem pegada para fórceps e com alavanca a raiz também ira
quebrar

· Pré-Operatório:
 Verificar se o paciente necessita de ansiolítico e profilaxia antibiótica
 Antissepsia: ® Intra oral: Clorexidina 0,12% e Extra Oral: Clorexidina 0,2%
 Paramentação e campo no paciente
 Anestesia

Etapas:
· 1 - Retalho Cirúrgico (TIPOS)
- Através do retalho, ganha-se acesso aos tecidos subjacentes;
- Fuga da área lesionada ou defeituosa: O retalho não pode ser adaptado sob a área de defeito ósseo.
Quando for ter algum lugar com perda óssea, deve-se planejar um retalho maior onde englobe essa falta
de sustentação.

® Incisão Triangular Marginal: ® Incisão Sulcular + Incisão vertical na depressão inter-


radicular:
 Usada em regiões posteriores (posterior não deve-se usar retangular trapezoidal).
 Não se faz incisão em cima de raízes®de uma zona de maior tensão

® Incisão Triangular Marginal: ® Incisão Sulcular + 2 Incisões verticais paralelas na


depressão inter-radicular:
 Contra indicada em dentes posteriores (pré para trás) por conta da dificuldade para suturar
 A base do retalho deve ser do mesmo tamanho ou maior que o ápice para não reduzir o aporte
sanguíneo.

® Incisão Trapezoidal Marginal: Incisão Sulcular + 2 Incisões verticais divergentes para a


base
 A base do retalho será ampla oferecendo maior aporte sanguíneo
 Contra indicada em dentes posteriores (pré para trás) por conta da dificuldade para suturar
 Fazer primeiro a incisão marginal e depois a relaxante, evitando que escorra sangue

® Incisão Horizontal Marginal ou Tipo Envelope: apenas UMA incisão SULCULAR


 É indicada para regiões palatinas e linguais por conta de não se poder fazer retalhos nestas
regiões.

® Incisão Triangular Sub-Marginal: Incisão Vertical (relaxante) + Horizontal acima da


gengiva inserida
 Para lesões bem circunscritas e acesso ao seio maxilar

®Incisão Retangular Sub-Marginal: 2 Incisões Verticais paralelas ao longo eixo do dente +


1 Horizontal que contorna a gengiva
 Formação de cicatriz e contra indicado para casos de próteses fixas e problemas gengivais.
®Incisão Semicircular ou Semilunar: ® Incisão começa em mucosa alveolar, estende-se à gengiva
inserida e termina na mucosa alveolar descrevendo uma linha curva.

· 2 - Descolamento do Retalho:
- Descolamento do tipo Mucoperiosteal

· 3 - Osteotomia:
 Realizado com Peça reta + motor de baixa
 Prove uma via de acesso ao dente para buscar um ponto de apoio para o instrumental (elevador)
 É realizada com instrumento cortante (Cinzel) ou brocas: ® Nº 703 para molares ® Nº 702 para
anteriores

· Para Dentes Unirradiculares:


 Fazer retalho horizontal marginal com descolamento mucoperiosteal
 Se tiver necessidade, realizar osteotomia
 Colocar elevador tipo GOIVO MEIA CANA paralelo ao longo do dente com movimento de
calçamento
 SELDIN RETO nos espaços da ameia (como uma cunha) com movimentos para lateral
4 - Remover todas as pontas agudas (espículas ósseas) com lima para osso e alveolótomo
5 - Terminar o procedimento com irrigação ou sutura.

· Para Dentes Multirradiculares:


Deve-se proceder tanto a Osteotomia quanto a Odontossecção

· Odontossecção em Molares Inferiores:


 Alta Rotação (com refrigeração externa com soro fisiológico) e brocas 702 e 703
 Faz movimentos pendulares no sentido VESTIBULO LINGUAL até chegar na região de furca.

· Odontossecção em Molares Superiores:


 Alta Rotação (com refrigeração externa com soro fisiológico) e brocas 702 e 703
 corte no formato T ou Y separando as raízes vestibulares e palatina até chegar a região de furca.
 Primeiro: faz um corte no meio das duas raízes vestibulares indo até a metade do dente. Depois
faz um corte no sentido mesio distal para separar a raiz palatina (formando 3 raizes).
4 - Após a exodontia, realizar a inspeção do alvéolo e proceder a curetagem. ATENÇÃO: nos molares
superiores não se cureta o assoalho do alvéolo para não correr risco de perfurar o seio maxilar
5- Proceder a manobra de Valsalva: para verificar se ocorreu comunicação bucosinusal. Deve-se colocar
soro na cavidade oral do paciente e solicitar que tape as narinas e assopre com o nariz. Se der positivo, irá
enxergar borbulhas em algum destes líquidos. TRATAMENTO: Preencher o alvéolo com uma esponja de
fibrina, ou proceder um bom descolamento e tentar aproximar ao máximo os bordos da ferida com sutura
tipo X interno para fechar por completo tentando induzir uma reparação por primeira intenção.
6 - Remover todas as pontas agudas (espículas ósseas) com lima para osso e alveolótomo
7 - Terminar o procedimento com irrigação ou sutura.
· Remoção de fragmentos de raízes fraturadas:
 Colocar HandBrink entre o fragmento e o osso alveolar
 Caso ocorro a introdução do elemento dental dentro do seio maxilar, deve-se colocar soro e depois
tentar aspirar. Se o dente não tiver contaminação (por cárie ou endo) avaliar a possibilidade de
sepultamento.

· Exodontias Seriadas:
 Iniciar a extração pela maxila. Em primeiro, os dentes posteriores e segundamente, os anteriores.
 realizar a alvéoloplastia = regularização do rebordo e alvéolo com brocas ou alveolótomo.
 Recortar o Excesso de Gengiva
 Realizar a Manobra de Champreaut, hemostasia, irrigação e sutura.

Trauma Dental
® EXTENSÃO DO TRAUMATISMO: lavar os ferimentos com um detergente suave e bochecho
® DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO ® Como ocorreu ? Onde ocorreu ? Quando ocorreu o acidente ?
® EXAMINAR O PACIENTE E VER: Exposição pulpar, Presença de corpos estranhos, Fraturas,
Alteração na oclusão, Exame radiográfico, Posicionamento dental pré e póstrauma, Teste de vitalidade
pulpar.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRAUMAS DENTAIS


· 1 - Concussão:
Não há alteração da integridade da estrutura dental. Normalmente é uma pessoa que traumatiza-se e nem
sempre vai ao dentista. Muitas vezes tem consciência do ato do trauma.
TRATAMENTO: Repouso do dente afetado, Higiene oral eficiente com bochecho, Alimentação leve (2
semanas), Acompanhamento periódico (1 e 2 meses).

· 2 - Subluxação:
O mesmo que concussão, porém em um impacto mais forte. Pode ter um Ligeiro sangramento no sulco
gengival por conta do rompimento de algumas poucas fibras do ligamento periodontal.
TRATAMENTO:O Mesmo que da Concussão

· 3 - Luxação:
Ocorre uma alteração na Posição NORMAL do dente. Existem 3 Tipos de Luxação
A-EXTRUSIVA Dente é deslocado um pouco para fora do alvéolo no sentido axial. Tem rompimento de
ligamento periodontal e por isso é comum aparecimento de reabsorção externa, podendo chegar a uma
anquilose
TRATAMENTO: Redução à posição normal e imobilização por 2 semanas
B-INTRUSIVA: Deslocamento apical do dente para o interior do osso alveolar comprimindo e rompendo
ligamento periodontal e normalmente causa uma fratura do alvéolo.
TRATAMENTO: A remodelação óssea normalmente coloca o dente em posição normal (aguardar 3
meses), caso não ocorra, fazer o reposicionamento ortodôntico (aguardar 3 meses) ou cirúrgico (puxar
com o fórceps)
C-LATERALIDADE: Dente deslocado anteroposterior ou lateralmente e seu ápice em posição contrária.
TRATAMENTO: Redução à posição normal e imobilização por 2 semanas

· 4 - Avulsão:
Dente sai completamente fora do alvéolo.
TRATAMENTO: REIMPLANTE ® para isso deve-se avaliar:

 Avaliar o tempo decorrido do trauma


 Desidratação e contaminação sofridas pelo dente
 Fratura da tábua externa (com parede vestibular comprometida não se reimplanta.
 Grandes injúrias aos tecidos moles
 Idade do paciente (idosos não tem pontos favoráveis para reimplantar)

Considerações para o reimplante:


® Terá que ser realizado um tratamento de canal neste dente
®Dente decíduo nunca se reimplanta, pois a raiz dele agride o germe do permanente.
® O transporte do dente deve ser em: soro fisiológico, leite, saliva ou água de coco. Isso determina o
prazo máximo para o reimplante: Dentes secos (máximo de 3 hotas); Dentes transportados nas soluções
indicadas (máximo de 24)
®O dente deve ser pegado pela coroa e NUNCA pela raiz
®Caso de dente jovem, com forame apical maior que 1 mm, devemos acompanhar a evolução do
processo cicatricial por até 2 meses, para detectar sinais precoces de infecção pulpar ou de reabsorção
inflamatória.
® Caso de dente já formado, com formação radicular completa, após 7 a 10 dias (2 semanas) a
imobilização deve ser retirada para permitir um movimento funcional do reimplante, diminuindo e/ou
eliminando o risco de anquilose.

Técnica básica para o reimplante:


® Rx prévio para avaliar o alvéolo
® Irrigação do alvéolo para remoção do coágulo, com solução de soro fisiológico (tira coágulo para caber o
dente).
® Dente deve ser lavado e limpo (soro fisiológico)
® Viabilidade das fibras periodontais: Não pode pegar o dente com a mão.
® Reposicionamento do dente em sua posição original e imobilização do mesmo (splint)
® Radiografia pós-reimplante

Trauma dental: imobilização com fio de nylon + resina para ter uma imobilização semi rígida,
impedindo a anquilose dental. Paciente não pode ter trauma oclusão na imobilização

FRATURAS CORONÁRIAS
· De esmalte: Podem ser trincas ou fraturas no esmalte por conta de um trauma.
TRATAMENTO: restaurador na trinca do esmalte e quando necessário, tratamento endodôntico.
· De esmalte e Dentina: Trincas ou fraturas incluindo esmalte e dentina ficando exposta. As
alterações que podem ocorrer são necrose pulpar e/ou alterações no periodonto. A necrose pulpar não é
gerada apenas pelo trauma, mas também pela contaminação.
TRATAMENTO: restaurador e quando necessário, tratamento endodôntico.

· De Esmalte e dentina com exposição Pulpar: Ocorre exposição do tecido Pulpar.


TRATAMENTO: Primeiro faz tratamento endodôntico para depois se fazer a restauração.

FRATURAS RADICULARES

® tratamento reposicionador e uma estabilização por aproximadamente 3 meses = formação do calo de


tecido duro.
® Presença de sangramento, extrusão e atendimento tardio – pode ocorrer fibrose e mobilidade.
OBS: tem que ter nutrição do local. Formou Tecido fibroso não se consegue mais formar o calo de
tecido duro.
Ü TRATAMENTO:
®Fraturas apicais e médias: imobilização dentária por 3 meses
® Fraturas do terço cervical: quando viável remove-se o fragmento coronário, realiza-se tratamento
endodôntico e reconstrução com pinos intra-canal. Faz aumento de coroa clínica para instalação de
prótese fixa futura.
® Fraturas oblíquas ou verticais e com grande deslocamento: indica-se exodontia.

FRATURAS CORONO RADICULARES

Tratamento sem o envolvimento de polpa:


➢ Remoção do fragmento solto,
➢ Restauração em resina,
➢ Acompanhamento por 2 meses para avaliar a necessidade de endodontia,
➢ Caso haja necessidade de aumento de coroa clínica, pode ser realizado com gengivectomia

Tratamento com envolvimento pulpar:


➢ Remoção do fragmento solto,
➢ Tratamento endodôntico,
➢ Avaliar necessidade de aumento de coroa clínica,
➢ Extrusão do fragmento radicular com fórceps ou aparelho ortodôntico ➢ Restauração da coroa com
resina ou prótese fixa.

FRATURAS DENTO ALVEOLARES

São fraturas que acometem o elemento dental e o alvéolo dentário , ocasionando má-oclusão,
deslocamentos dentários e ferimentos intra-orais.
DIAGNÓSTICO - AVALIAÇÃO:
- Exploração das feridas extra-orais e palpação do esqueleto facial
- Inspeção intra-oral de lesões da mucosa oral ou gengival
- Exame das coroas dentárias
- Exame dos dentes: luxação, avulsão ou fratura
- Avaliação da oclusão
- Palpação do processo alveolar
- Reação dos dentes à percussão
- Testes de vitalidade pulpar
- Exames radiográficos
DIAGNÓSTICO - AVALIAÇÃO:
- Exploração das feridas extra-orais e palpação do esqueleto facial
- Inspeção intra-oral de lesões da mucosa oral ou gengival
- Exame das coroas dentárias
- Exame dos dentes: luxação, avulsão ou fratura
- Avaliação da oclusão
- Palpação do processo alveolar
- Reação dos dentes à percussão
- Testes de vitalidade pulpar
- Exames radiográficos

Imobilização - Como fazer?


Com materiais utilizados em contenções (Devemos lembrar que a sustentação é realizada nos dentes
adjacentes)
®Sempre que possível: fio de nylon (para uma imobilização semi rígida) + resina
®Fios de aço + resina
® Braquetes ortodônticos
® Amarrias com fios de aço.
® Somente com resinas fotopolimerizáveis
· Trauma dental® 2 semanas e após sua remoção, manter o dente em repouso por mais 14
dias.
· Fratura radicular® 3 meses, para formação e manutenção do calo duro.
· Fratura dento alveolar® 1 mês, para estabilidade do bloco ósseo.
· Fratura óssea + Radicular ® imobilizar por 3 meses

Dentes Decíduos
 Avulsão dental decídua ® Não se Reimplanta, pois há risco de lesão no germe permanente
 Fratura que não envolvam a polpa, apenas um desgaste e arredondamento dos bordos pode ser
suficiente.
As complicações ocorrem devido à proximidade dos germes dos dentes permanentes, e são elas:
- Alteração na cor do esmalte

- Hipoplasia do Esmalte

- Dilaceração da coroa

- Duplicação radicular

- Angulação radicular

- Dilaceração radicular lateral

- Parada parcial ou completa na formação

- Sequestro do germe do permanente

- Alteração na erupção dos dentes ou então não erupcionam

- Malformação (odontoma)

Implantes de Titânio (Branemark)


Taxa de Sucesso:

 Maxila: 94%
 Mandíbula 98%
O que é Osseointegração: É uma conexão direta, estrutural e funcional entre o osso vivo organizado e a
superfície de um implante de Titâneo, suportando a carga mastigatória.
Como ocorre a osseointegração? Ocorre a hemorragia, forma coágulo, instala nele a rede de fibrina e
células sanguíneas, coágulo se reorganiza. Ocorre a diferenciação de células em osteoblastos que
secretam a matriz de osso imaturo ao redor do implante. Este osso se organiza fazendo a osseointegração
ao redor do implante que estará completa sobre cargas mastigatórias.
PLANEJAMENTO ESPECÍFICO CIRURGIA
Aberta:
 Aferir a P.A. do paciente
 Fazer a lavagem das mãos e paramentação do operador
 Auxiliar ajudar na montagem da mesa clínica de cirurgia e posteriormente lavagem das mãos e
paramentar-se
 Bochecho com clorexidina 0,12% e antissepsia extra oral com Pinça Pean, gaze estéril embebida
com clorexidina 0,2%
 Anestesia: Maxilar: subperiosteal com complementação do palato
NASP
Mandibular: NAI indireta ou direta com complementação do bucal (em caso de molares)
Procedimento:

 Diérese: fazer o retalho triangular marginal


 Iniciar o descolamento mucoperiósteo pelo retalho, com descolador de Molt
 Exérese: odontosecção com broca 701, 702 ,703 em baixa rotação com peça reta, sentido
vestíbulo lingual
Osteotomia com brocas 701 HL, 702 HL, em alta rotação

 Toilet alveolar: curetagem das paredes internas do alvéolo com a cureta de Lucas
 Lavagem do alvéolo com soro fisiológico estéril, em seringa de 20mL com agulha na ponta
 Sintese: sutura com fio 3-0 com porta agulha e tesoura Matzembaum Reta
Medicação: pós Operatória
Nimesulida 100mg 1 comp 012/12h por 3 dias
Dipirona Sódica 500mg 1 comp 6/6h se houver dor

Fechada:
 Aferir a P.A. do paciente
 Fazer a lavagem das mãos e paramentação do operador
 Auxiliar ajudar na montagem da mesa clínica de cirurgia e posteriormente lavagem das mãos e
paramentar-se
 Bochecho com clorexidina 0,12% e antissepsia extra oral com Pinça Pean, gaze estéril embebida
com clorexidina 0,2%
 Anestesia: Maxilar: subperiosteal com complementação do palato
NASP
Mandibular: NAI indireta ou direta com complementação do bucal (em caso de molares)
Procedimento:

 Descolamento com descolador de Molt e utilização dos fórceps:


1- dentes anteriores
150- monorradicular da maxila
151- monorradicular da mandíbula
18R- molares superior direito
18L – molares superior esquerdo
17 – molares inferiores
69 - raízes residuais

 Movimentos do forceps de Preensão, Intrusão, Luxação, Rotação e Avulsão


 Toilet alveolar: curetagem das paredes internas do alvéolo com cureta de Lucas
 Limpeza do alvéolo com soro fisiológico estéril, em uma seringa de 20mL com agulha na ponta
OBS: manonbra de Valsalva se for em dentes próximos ao seio maxilar e Champret para devolver a forma
do alvéolo.

 Sintese: sutura com fio 3-0 com porta agulha e tesoura Matzembaum Reta
Medicação: pós Operatória
Nimesulida 100mg 1 comp 012/12h por 3 dias
Dipirona Sódica 500mg 1 comp 6/6h se houver dor
Planejamento específico Endodôntico - PULPECTOMIA OU PENETRAÇÃO DESINFETANTE
1- Bochecho com clorexidina 0,12%
2- Radiografia de diagnóstico (Definir o CAD e CRI ) CRI=CAD-3mm
3- Anestesia (infiltrativa maxilar com complemento do palato, ou NAI com complemento do bucal
se for em molares inferiores)
4- Isolamento absoluto (completar com Top confort ao redor do dente a ser tratado)
5- Antisepsia com clorexidina 4% do dente a ser tratado
6- Definir o ponto de eleição do dente: - anteriores: 2 a 3mm acima do cíngulo
- posteriores: fossa central (exceção do 1º PMI vertente
mesio lingual da cuspide vestibular)
7- Definir a direção de trepanação (inclinação do instrumento cortante em relação ao eixo dental):
-anteriores: perpendicular ao eixo dental
-posteriores: paralelo ao eixo dental
8- Abertura coronária: Broca esférica diamantada em esmalte
Broca esférica carbide em dentina (até sentir que caiu no vazio)
*Em alta rotação Broca Endo Z para retirada do teto da câmara pulpar
Broca chama diamantada para retirada do ângulo cavo-superficial
9- Determinar a forma de contorno do preparo:
 Incisivos: triangular com o ápice maior voltado para incisal
 Caninos: Chama de vela
 Pré superior: oval
 Pré inferior: circular deslocado para mesial
 Molares superiores: triangulo irregular com a base voltada para vestibublar
 Molares inferiores: trapezoidal com a base maior voltada para a mesial
9- Irrigação com Hipoclorito de sódio 2,5%, (seringa Luer de 5ml e agulha NavTip grossa),
seguido de uma gota de Endo PTC leve (seringa com NavTip) e hipoclorito novamente. Aspiração
com a cânula de aspiração White Mac.(para limpeza da câmara pulpar)
10- Explorar o(s) canal(is) com uma lima 10 ou 15 calibrada no CRI com cinemática de
cateterismo (¼ de volta para a direita e esquerda com leve pressao apical).
11- Após a localização, fazer a radiografia de odontometria com as limas no interior do canal
Medir na radiografia o Ajuste (x) (referente à ponta do instrumento até
o forame apical) (se for negativo ou maior que 4 deve ser feito radiografia de
confirmação, onde o CRI vira CAD), calcular referente ao ajuste o CRD
(ajuste + ou – CRI = CRD) e o CRT (CRD – 1mm).
12- Preparo do terço cervical do canal:
CP Drill(se for instrumentação rotatória)
Gattes Gliden no terço cervical e médio(se for manual) ( com o
compasso, medir o tamanho da coroa na radiografia, subtrair do CRT o
comprimento da coroa obtendo o tamanho da raiz, qual será dividido por 3, se
houver diferença de valor, sempre o maior valor fica no apice, IRÁ
TRABALHAR COM A GATTES SOMENTE NOS TERÇOS CERVICAL E
MÉDIO)
Irrigar a câmara e a entrada dos canais com Hipoclorito de sódio 2,5% e Endo PTC leve.
Instrumentação manual, inserir a GG1 acionada fazendo movimento
de avanço e retrocesso. Irrigar novamente e aspirar com a White Mac, entrar
com a GG2 aquém 2 mm da GG1( e assim seguir até a GG4)
Instrumentação rotatória, CP Drill na embocadura do canal.

13- Irrigar a camara e a entrada dos canais com Hipoclorito de sódio 2,5% e Endo PTC leve.
14- Iniciar a limagem:
Manual (amplos e largos) Cinemática de cateterismo, iniciar com a lima que
usou na exploração dos canais.
Rotatória (curvos e atrésicos) Avanço e retrocesso de 2 em 2mm, iniciar com
a 10.04
**seguir a limagem irrigando entre a troca de limas até encontrar resistência à limagem.
(limar no mínimo 4 limas e mínimo até a lima 40.04)
15- Fazer a irrigação após a limagem e aplicar EDTA-T, deixa-lo no canal por 5 min. Retira-lo do
canal com Hipoclorito de sódio 2,5%.
16- Fazer a aspiração do canal com as cânulas de aspiração (cores: branca, verde e roxa) e
posteriormente secar com o cone de papel absorvente calibrado no diamêtro da última lima e no
CRT.
17- Aplicar a medicação intra-canal:
Polpa viva: OTOSPORIN, 7 gotas, aplicar com seringa e NavTip amarela a
2mm aquém do CRT, deixar agir por 7 dias
Polpa morta: Hidróxido de cálcio PA + Propilenoglicol 400, preencher o canal
com lêntulo deixando 2mm aquém do CRT, deixar agir por 14 dias.
18- Selamento provisório:
Polpa viva > selamento com bolinha de algodão, gutapercha e ionômero.
Polpa morta > bolinha de algodão e ionômero.
Se a polpa estiver morta deverá aguardar 14 dias e se estiver viva 7 dias.

Planejamento específico endodôntico - OBTURAÇÃO DOS CANAIS

1- Bochecho com clorexidina 1,2%


2- Anestesia (infiltrativa maxilar com complemento do palato, ou NAI com complemento do bucal
se for em molares inferiores)
3- Isolamento absoluto (envolver o dente com top confort para vedamento)
4- Antisepsia com clorexidina 4% do dente a ser tratado
5- Retirada do selamento provisório com Broca Diamantada
6- Retirar o algodão e limpar o canal com Hipoclorito. Usar limas de pequeno calibre (10 ou 15) e
por ultimo lima de diâmetro igual a ultima do preparo.
7- Aplicar EDTA-T por 5 min e Hipoclorito de sódio 2,5%
8- Secar com as cânulas de aspiração (cores: branca, verde e roxa) e posteriormente com o cone
de papel absorvente calibrado no diâmetro da ultima lima e no CRT
9- Escolher o cone de acordo com a ultima lima utilizada e o tipo de instrumentação que foi
utilizado. Marcar o cone no CRT com a pinça.
10- Fazer os testes: visual: se a pinça encosta na oclusal/incisal do dente
Táctil: ver a resistencia ao retirar o cone
Radiográfico: ver se esta aquém do forame
**Se o cone ficar "largo" deve calibra-lo na régua calibradora, inserindo no furo de diâmetro
maior e cortando a parte que ficar sobressaliente.
11- Descontaminação do cone de Gutapercha no Hipoclorito de sódio à 5,25% por 1 min.
12- Espatular o cimento Sealer 26 (proporção 2 para 1, incorporar o pó ao líquido até obter uma
mistura lisa e homogênea que se rompe a uma altura de 1,5 a 2,0 cm)
13- Envolver a ponta do cone calibrado com cimento e leva-lo em posição ao canal com
movimento de avanço e retrocesso (por +/- 3x)
Técnica do cone único: intrumentação manual
Técnica de Condensação lateral passiva a frio: instrumentação rotatória, se
for preciso inserir os cones secundários com cimente nas laterais do cone principal.
***Envolver os cones secundários no Sealer 26 e inserí-los até que fique todo preenchido
14- Radiografia de qualidade (para ver se a obturação obteve sucesso) FEITA SEM
ISOLAMENTO ABSOLUTO
15- Cortar o cone na embocadura do canal com o condensador Paiva aquecido pela lamparina.
16- Limpar a câmara com álcool 100% e fazer o selamento provisório com ionômero de vidro
17- Na próxima sessão que será restaurado definitivamente, com resina composta.

Planejamento desobturação: RETRATAMENTO


1- Anamnese
2- Bochecho com Clorexidina 0,12%
3- Exame Fisico (intra e extra bucal) e Radiográfico ( já determinar o CAD e CRI)
4- Estabelecer o diagnóstico
5- Anestesia (infiltrativa maxilar com complemento do palato, ou NAI com complemento do bucal
se for em molares inferiores)
6- Isolamento absoluto (envolver o dente com top confort para vedamento)
7- Cirurgia de acesso: como de um dente hígido com ponto de eleição, direção de trepanação,
uso de broca diamantada em alta rotação.
8- Avaliar o material obturador (gutapercha e cimento)
9- Iniciar desobturação tracionando a guttapercha com pinça e limas manuais.
10- Irrigar com Hipoclorito de sódio a 2,5% e endo-PTC
11- Estabelecer o comprimento de uso das Gattes, com o compasso, medir o tamanho da coroa
na radiografia, subtrair do CRI o comprimento da coroa obtendo o tamanho da raiz, qual será
dividido por 3, se houver diferença de valor, sempre o maior valor fica no ápice
11- Usar as Gattes na sequência de 4 para 2, até o final do terço médio, avançando de 2 em
2mm.
12- Irrigar com Hipoclorito de sódio a 2,5% e endo-PTC
13- Proceder com a odontometria, fazendo a radiografia com a lima no interior do canal, calibrada
no CRI, obtendo o ajuste (X), CRD e CRT
14- Remoção do material do terço apical ao CRT com limas:
Manual (amplos e largos) Cinemática de cateterismo.
Rotatória (curvos e atrésicos) Avanço e retrocesso de 2 em 2mm
*** se a lima não avançar, usar solvente óleo de laranjeira
***instrumentar até a lima #40
***manter irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5% na troca de limas
15- Irrigação após o preparo com Hipoclorito de sódio 2,5%
16- Radiografia para controle de ausencia de material
17- EDTA-T de 3 a 5 min, irrigar novamente com hipoclorito.
18- Aspiração com as cânulas: branca, verde e roxa. Secar com cone de papel absorvente
calibrado
19- Fazer a medicação intra-canal: Hidróxido de Cálcio PA + Propilenoglicol 400 aplicada com
Lentulo a 2mm do CRT. Se o houver rarefação óssea permanecer por 14 dias, e se não houver
rarefação, permanecer por 7 dias.
20- Selamento com bolinha de algodão na embocadura do canal e ionômero de vidro.

Próxima sessão
1- Bochecho com clorexidina 1,2%
2- Anestesia (infiltrativa maxilar com complemento do palato, ou NAI com complemento do bucal
se for em molares inferiores)
3- Isolamento absoluto (envolver o dente com top confort para vedamento)
4- Antisepsia com clorexidina 4% do dente a ser tratado
5- Retirada do selamento provisório com Broca Diamantada
6- Retirar o algodão e limpar o canal com Hipoclorito. Usar limas de pequeno calibre (10 ou 15) e
por ultimo lima de diâmetro igual a ultima do preparo.
7- Aplicar EDTA-T por 5 min e Hipoclorito de sódio 2,5%
8- Secar com as cânulas de aspiração (cores: branca, verde e roxa) e posteriormente com o cone
de papel absorvente calibrado no diâmetro da ultima lima e no CRT
9- Escolher o cone de acordo com a ultima lima utilizada e o tipo de instrumentação que foi
utilizado. Marcar o cone no CRT com a pinça.
10- Fazer os testes: visual: se a pinça encosta na oclusal/incisal do dente
Táctil: ver a resistencia ao retirar o cone
Radiográfico: ver se esta aquém do forame
**Se o cone ficar "largo" deve calibra-lo na régua calibradora, inserindo no furo de diâmetro
maior e cortando a parte que ficar sobressaliente.
11- Descontaminação do cone de Gutapercha no Hipoclorito de sódio à 5,25% por 1 min.
12- Espatular o cimento Sealer 26 (proporção 2 para 1, incorporar o pó ao líquido até obter uma
mistura lisa e homogênea que se rompe a uma altura de 1,5 a 2,0 cm)
13- Envolver a ponta do cone calibrado com cimento e leva-lo em posição ao canal com
movimento de avanço e retrocesso (por +/- 3x)
Técnica do cone único: intrumentação manual
Técnica de Condensação lateral passiva a frio: instrumentação rotatória, se
for preciso inserir os cones secundários com cimente nas laterais do cone principal.
***Envolver os cones secundários no Sealer 26 e inserí-los até que fique todo preenchido
14- Radiografia de qualidade (para ver se a obturação obteve sucesso) FEITA SEM
ISOLAMENTO ABSOLUTO
15- Cortar o cone na embocadura do canal com o condensador Paiva aquecido pela lamparina.
16- Limpar a câmara com álcool 100% e fazer o selamento provisório com ionômero de vidro
17- Na próxima sessão que será restaurado definitivamente, com resina composta.

Limas:
----------------------- Especial 1ª série 2ª série 3ª série
Cinza 08
Roxa 10
Branca 15 45 90
Amarela 20 50 100
Vermelha 25 55 110
Azul 30 60 120
Verde 35 70 130
Preta 40 80 140

---------------- Diâmetro Conicidade


Roxa 10 04
Branca 15 05
Amarela 20 06
Vermelha 25 06
Azul 30 05
Verde 35 04
Preta 40 04
Branca 45 04
Amarela 50 04
Azul 60 04

Manuais X Rotatórios
-Conicidade de 0,2mm -Conicidade pelo número de anéis (1 anel=0,04, 2
-Liga metálica aço-inox anéis=0,05 3 anéis=0,06 4 anéis=0,07 >> NO CABO
-Secção transversal padrão - Liga metálica Ni/Ti
-Comprimento da ponta ativa obrigatória 16mm - Secção transversal de acordo com o fabricante
-Comprimento marcado no intermediário, 2
marcas=31mm, 3 marcas= 21mm e 4 marcas=25mm

Anatomia Interna Dental


POLPA DENTAL: constituída por tecido conjuntivo frouxo que ocupa a cavidade interna do dente, sendo
composta de células, vasos, nervos, fibras e substância intercelular.
FUNÇÕES: formadora, nutritiva, sensorial e defensiva.
Etiologia das condições patológicas pulpar:

 Microbiana: doença cárie (tecido desmineralizado que altera a polpa)


 Física: traumatismo dental, alterações térmicas
 Químicas: medicamentos e materiais dentários

Cirurgia de Acesso à Câmara Pulpar


Manobra para acesso à câmara com objetivo de esvaziar e limpar para obturação do canal.
O acesso é feito pela oclusal, nos anteriores é feito pela palatina ou lingual.
Uma boa cirurgia deve promover:

 Luminosidade
 Visibilidade em toda a câmara e entrada dos canais
 Facilita a irrigação e aspiração das substâncias auxiliares no preparo
 Facilita a instrumentação
 Melhora na medicação entre sessões
 Melhora na obtenção final
Dificuldade de acesso:

 Atresia do canal ao longo da vida


 Destruição dos tecidos pela doença cárie
 Posicionamento dental (apinhamento)
Fases de preparo:
A- Ponto de eleição: local de escolha em que se inicia o desgaste para acesso a câmara pulpar.

 Anteriores: 2-3mm do cíngulo (sentido incisal)


 Posteriores: centro do sulco principal
*** pré molares inferiores: vertente mésio lingual da cúspide vestibular
B- Direção de trepanação: inclinação imposta à broca para atingir a câmara pulpar a partir do ponto
de eleição.

 Anteriores: ângulo de 90º em relação ao longo eixo da raiz


 Posteriores: paralelo ao longo eixo do dente
C- Forma de contorno: relacionada a anatomia interna do dente para obter o preparo ideal, deve
ser considerado o tamanho e forma da câmara pulpar e o número de canais. Feito com a broca
ENDO Z ou tronco cônica sem corte na ponta.
D- Desgaste do ângulo cavo-superficial: desgaste do esmalte que fica no ângulo oclusal sem
suporte de dentina, visando ainda melhor visão da câmara e a entrada das limas com facilidade.
Instrumentos cortantes em ALTA rotação REFRIGERADO:
1- Esférica diamantada ou cônica invertida diamantada (desgaste do esmalte no ponto de eleição)
2- Esférica carbide (cortar a dentina em direção à câmara pulpar > sensação de queda no vazio, broca
deve ser menor que o volume da câmara)
3- Tronco cônica diamantada ou multilaminada ENDO Z (remover teto da câmara, alargando-a. Possui
bolinha na ponta não cortante para não ferir o assoalho da câmara)
4- Chama diamantada (desgaste do ângulo cavo-superficial)

Odontometria
Mensuração do elemento dental em comprimento e diâmetro, com objetivo de:

 Obtenção do CRT
 Delimitar área do canal a ser instrumentada
 Manutenção do forame em sua forma e posição anatômica
 Respeito aos tecidos periodontais
 Tranquilidade pós operatória
 Condições técnicas facilitadoras para obturação
RADIOGRAFIA DE ODONTOMETRIA: para determinar comprimento e calibre do canal.
Limite da odontometria:
A- Zona de maior constrição do canal:

 Aquém do vértice radiográfico


 Distancia-se do vértice radiográfico com a idade
 Modificado por situações de polpa morta com reabsorção apical
B- Direção do canal radicular:
 A saída do canal necessariamente não precisa estar no ápice radicular, podendo estar lateralizada.

CAD: comprimento aparente do dente > medido da coroa ao ápice


CRI: comprimento real do instrumento > CAD-3mm
*abertura coronária
*irrigação da câmara pulpar
*exploração do canal (lima de fino calibre no CRI)
RADRIOGRAFIA ENDODONTICA: com a lima no interior do canal
X: valor do ajuste > ponta do ápice à ponta do instrumento (se for > ou igual a 4, ou número negativo,
refazer radiografia – CRT vira CRI)
CRD: comprimento real do dente > CRI +ou- o ajuste
CRT: comprimento real de trabalho > CRD – 1 mm

Substâncias Químicas
Usada devido à complexidade anatômica, presença de canais secundários ou complementares que não
conseguem ser alcançados pelo preparo mecânico.
Sanificação (diminuir a quantidade microbiana)
Permeabilidade
Ação química + limpeza da cavidade pulpar > smear lear da dentina, detritos que ficam acomodados após
ação mecânica podem estar soltos ou aderidos as paredes dos canais.

*** Hipoclorito de sódio 2,5% AUXILIARES A


*** Endo PTC leve INSTRUMENTAÇÃO
Devem apresentar:

 Humectantes
 Bactericida
 Tensoativos
 Lubrificantes
 Biocompativel
 Soluvel em água
 Englobar partículas
 Eliminar contaminação lipo-protéica
ENDO PTC – LEVE

 Fórmula: peróxido de uréia 10%


Twen 80 15%
Carbowax < peso molecular 75%
Diminuição desse peso que dá o nome de endo ptc LEVE

 Ativado por hipoclorito de sódio 2,5% (quando em contato com endo PTC forma uma efervescência
imediata, liberação de O2 que mata microrganismos anaeróbios
HIPOCLORITO DE SÓDIO 2,5%
 Desnatura proteínas
 Higroscópico (bascteriólise)
 Saponificante (transforme gordura em sabão)
 Tensoativo
 Libera cloro e O2 (mata anaeróbios)
 Desodorizante
 Clarificante
 Ação química (sobre os tecidos, tornando solúveis em água)
Inserção do canal:

 Seringa Luer descartável, é depositado em média 2ml de preenchimento da seringa de 5ml. É


retirado o embolo da seringa para colocar o endo-PTC leme e voltar o embolo e aplicar uma gota
no fundo do canal
 Outra seringa Luer descartável coloca um pouco de hipoclorito de sódio 2,5% para lavar a
cavidade, com uma agulha bem fina (azul) inserir no canal (2-3mm aquém) irrigando suavemente
com espaço para refluxo, em movimentos de vai e vem.
Quando e com o que irrigar?

 Seringa Luer 5ml descartável + cânula (azul/amarela) 2-3 mm aquém do CRT


 É irrigado imediatamente após o acesso à câmara pulpar, entre a troca das limas e após o termino
dos canais
Substâncias químicas pós preparo do canal:
Após a irrigação ainda possui o magma (smear layer) e se os canais ficarem obliterados do magma, fica
alojado microrganismos.
Essa solução permite a desobliteração dos túbulos dentinários, deixando-os a amostra.
EDTA-T fórmula: solução de EDTA 17%
Tergentol 100ml
Quando e com o que irrigar?

 EDTA-T após o preparo, antes da medicação intracanal, 2-3 mm aquém do CRT.


 EDTA-T antes da obturação à 2mm aquém do CRT.
 Seringa Luer descartável 5ml, cânula amarela cerca de 3ml de EDTA-T
 Depois de 3-5 min, irrigar com Hipoclorito para retirar o EDTA-T

Preparo Cervical Seriado


 Usada em canais amplos e retos
 Cinemática: movimento imposto ao instrumento. CATETERISMO: movimento de exploração do
canal onde o instrumento será movimentado em ¼ de volta a direita e a esquerda com leve
pressão apical
Uso de Gates Glidden:

 Usadas no interior do canal até o final do terço médio.


 Deverá trabalhar com a cinemática de rotação, entrando e saindo acionada.
 Deve ser determinado o comprimento de trabalho da Gates, subtraindo o CRT do comprimento da
coroa (medido com o compasso de ponta seca na radiografia) e dividir o valor restante da raiz em 3
terços.
 A broca irá trabalhar nos dois terços iniciais da raiz, e para calibrar o Gates deve somar a coroa +
2/3 de raiz para uso da 1ª Gates, já as seguintes deve subtrair 2mm de cada. Ex: GG1 18mm, GG2
16mm, GG3 14mm, GG4 12mm.
Preparo do terço apical:
 Uso de limas manuais.
 Seguir a seriação de limas a partir do instrumento inicial determinado na odontometria.
 Deve ter um diâmetro de no mínimo 4 limas, e mínimo lima #40.
Preparo Rotatório

 Uso em canais atrésicos e curvos.


 Cinemática de limagem e alargamento.
Uso da CP Drill:

 Usada na embocadura do canal.


Preparo do terço médio e apical:

 Feito com limas rotatórias.


 Introduzir o instrumento, recuar 2-3 mm para depois acioná-lo
 Cinemática imposta ao instrumento é de avanço e retrocesso a cada 2mm em canais menos
atrésicos, canais mais atrésicos é de 0,5 a 0,5 mm.

Prótese Total
Passos clínicos:
Confecção da PT
1- Exame do paciente: anamnese, exame físico (intra e extra bucal), avaliar rebordo, saliva, pós-
operatório.
2- Moldagem inicial: com moldeira de estoque obtêm-se o modelo inicial.
Materiais de moldagem inicial:

 Rebordo favorável: silicona pesada (elástico)


 Rebordo reabsorvido: godiva de alta fusão (rígido)
 Rebordo desfavorável: alginato (elástico)
Passos para moldagem:

 Paciente sentado.
 Escolher a moldeira de estoque modelo T.T
 Colocar material abundante na moldeira.
 Colocar no paciente (colocar, centralizar e pressionar)
> MAXILA: insere pela frente e depois vai para trás do paciente fazendo
assentamento posterior para anterior
> MANDÍBULA: insere pela frente fazendo assentamento anterior para posteiror.

 Aguardar a presa do material e retirar.


 Lavar em água corrente e passar clorexidina.
 Verter em gesso
 Inverter o molde sobre a bancada para ter uma estrutura reta OBS: inferior não pode ter
formato ferradura.
3- Moldagem final: com godiva de baixa e pasta zinco-eonilica. Obtém o modelo de trabalho.
Materiais de moldagem:

 Pasta zinco eugenólica: rebordo desfavorável


 Silicona leve: rebordo favorável
 Godiva de baixa: para complementar o selado periférico;
Passos clínicos:

 Dispensar pasta ZOE em proporções iguais sobre o papel de espatulação preso na placa de
vidro, manipular da periferia ao centro de forma circular.
 Colocar a pasta ZOE na moldeira individual.
 Inserir a moldeira individual no paciente, centralizar e pressionar com os 2 indicadores na
região posterior e anterior = pressão uniforme
 Deixar um dedo na posição central e com outra mão tracionar lábios e mucosa jugal para
baixo.
OBS: se faltar material de moldagem (ZOE) na borda da moldeira é porque teve muita pressão.
Deve então desgastar com Maxicute e fazer a Moldagem com Selamento periférico:
-vaselinar o dedo, derreter a godiva de baixa, depositá-la na periferia e levá-la a boca do
paciente (fazendo isso por partes até ter todo o selado periférico contínuo, homogêneo e
regular.
>Maxila puxar lábio e mucosa julgal para baixo e posterior a linha hamular pedir para o
paciente emitir son de AHN para vibrar
>Mandíbula movimentar lábio e bochechas, respeitando o limite das linhas obliquas,
freio lingual e retro-molar.

 Fazer testes de retenção:


> Vertical: tracionar levemente a moldeira.
> Horizontal: tracionar para frente e para fora.
OBS: caso verifique um selamento periférico ou selado posterior ruim, deve colocar Godiva
novamente e moldar.

 Processar o gesso, verter sobre o molde e obtém o modelo funcional ou final.


SELADO PÓS-DOMING: moldagem complementar do selado posterior superior, sobre a pasta
ZOE, na região de selado posterior, deposita cera fluida e leva a boca. Fazer novos testes de
retenção vertical e horizontal.
4- Relacionamento maxilo-mandibular: registro da dimensão vertical e relação cêntrica.
Encontrar a DVO pela técnica de Lytle Modificada:

 Paciente sentado relaxado.


 Pede para abrir e fechar a boca até tocar os lábios. Mede esta distancia com o compasso
de Willis para achar a DVR > fazer isso 3 vezes.
 Subtrais DVR – 3mm = DVO
 Montar os planos de cera com a DVO encontrada.
 Instalar os planos de cera e fazer os testes fonéticos de Silverman e estético facial de
Turner e Fox.
Encontrar a Oclusão Centrica pela técnica de mordida de House

 Confecciona os planos de orientação superior e inferior da DVO correta


 Pede ao paciente que morda levemente os planos de orientação várias vezes, executando
pequenos movimentos de abertura e fechamento.
 Observar com atenção a parte anterior dos planos de cera e marcar com Lecron as
posições de mordida, repetindo para confirmar.
 Fixar com grampos os planos de orientação na posição de fechamento habitual,
considerando-a como posição de oclusão.
5- Seleção dos dentes artificiais: cor, formato, tamanho.
Fatores a serem considerados:

 Material, cor, formato, tamanho e superfície oclusal.


Formato dos dentes:

 Ovóide, triangular, quadrangular, combinações


> Leptossômico: corpo longelíneo: arcada trapezoidal
> Atlético: corpo intermediário: arcada quadrada
> Picnico: corpo arredondado: arcada ovalada.

 Mulheres: dentes mais arredondados/ mais claros/ com menos desgaste


 Homens: dentes com ângulos mais vivos/ mais escuros/ com maior desgaste
6- Prova da prótese em cera e escolha da gengiva artificial.
Prova do paciente segundo T.T:

 Relação oclusal dos dentes: pedir para tocar levemente os dentes. Checar a oclusão.
 Reconstituição fisionomica: linha mediana coincide com o rosto, linhas medianas sup e inf
coincidentes, quantia de gengiva aparecendo, suporte labial e sulcos nasogenianos
discretos.
 Teste fonético de Silverman: palavras sibilantes, verificar o som
 Aprovação do paciente: olhar no espelho com uma distancia de 50cm, avaliar o rosto.
 Caracterização: de acordo com paciente.
7- Instalação da prótese

 Examinar parte interna da prótese e remover qualquer aresta cortante ou pérolas de resina;
 Assentar primeiro a superior e depois a inferior, fazendo leve pressão para retirada do ar;
 Examinar freios e inserções se estão livres;
 Pedir ao paciente para fazer movimentos de lábios de bochecha;
 Examinar o paciente de vista frontal e lateral.
OBS: se a DVO estiver aumentada ou com os lábios projetados de mais > fazer nova PT
Ajustes iniciais:

 Região pós domining: se estiver causando ânsia, aliviar


 Dor exacerbada: aliviar
Teste de retenção: Exame intra oral:
Tração vertical (conversação) Verificar linha mediana
Tração horizontal (ação de inserção) Verificar chave de oclusão > 1º molares
Tração de lateralidade (mastigação)
Recomendações ao paciente:

 Deixa-lo ciente das limitações e dificuldades iniciais (fonética, mastigação)


 Deve fazer adaptação inicial com alimentos macios e pedaços pequenos
 Mastigação efetiva dos dois lados
Higienização:

 Parte externa e interna


 Usar escova específica
 Usar sabão/detergente neutro e produtos específicos para higienização da prótese
 Cuidado para não derrubar
 Aconselhar retirar a prótese para dormir, para fazer a recuperação tecidual > manter a prótese em
água.
8- Reajustes clínicos e proservação.
Primeiro retorno:

 Após 24 h da instalação
 Examinar a área chapeável e verificar escoriações
 Marcar com o lápis cópia as regiões de tensão do aparelho
Segundo retorno:

 Após 24h do primeiro retorno


 Verificar oclusão
 Ajuste da 1ª MIH
 Desgaste de pontos doloridos
 Fazer desgastes necessários
 Permitir e garantir 3 pontos de contatos: um anterior e 2 posteriores bilaterais

Prótese Total Unimaxilar


1- exame clínico: avaliar arcada antagonista (parametro da montagem dos dentes), avaliar se tem
curvatura correta, se o plano oclusal esta correto, se não tem dente extruído, avaliar o
relacionamento maxilo mandibular e a fibromucosa.
2- moldagem anatômica: Arcada desdentada é moldada de forma conhecida (godiva, silicone ou
alginato) e vazado em gesso comum. A arcada dentada é moldada com alginato e deve ser vazada
em gesso pedra especial, para ter melhor cópia dos detalhes e corpo do modelo deve ser vazado
em gesso pedra.
3- provar moldeira individual: levar a boca do paciente e olhar se o alivio que foi feito nos freios e
bridas estão de forma adequada, se não esta machucando o paciente, se há necessidade de
arredondar alguma borda.
4- moldagem funcional: pode ser realizada com pasta ZOE/ Silicona leme. E depois realizar os
testes de retenção vertical (para ver selado periférico), horizontal (para ver selado posterior), lateral
(para ver se não tem básculas - prótese folgada que consegue movimentar). Deve ser vazado em
gesso especial.
5- Determinação da DVO: feita usando o método de Lytle modificada. Como tem dentes na arcada
inferior, deve-se colocar o plano de cera superior e plastificar a oclusal, pedir ao paciente que toque
os dentes até chegar na DVO. Fazer linhas de referências para montagem dos dentes.
OBS: após a confecção do plano de cera, para tornar as marcas de cúspides mais nítidas e
duradouras, coloca-se uma leve camada de pasta ZOE/ Silicona leve na face oclusal, levar a boca
do paciente e pedir para ele ocluir.
6- Seleção dos dentes: é escolhida uma cor parecida com os dentes remanescentes. O formato e
largura também de acordo com os dentes remanescentes.
7- Prova da prótese em cera e escolha da gengiva artificial.
Prova do paciente segundo T.T:

 Relação oclusal dos dentes: pedir para tocar levemente os dentes. Checar a oclusão.
 Reconstituição fisionomica: linha mediana coincide com o rosto, linhas medianas sup e inf
coincidentes, quantia de gengiva aparecendo, suporte labial e sulcos nasogenianos
discretos.
 Teste fonético de Silverman: palavras sibilantes, verificar o som
 Aprovação do paciente: olhar no espelho com uma distancia de 50cm, avaliar o rosto.
 Caracterização: de acordo com paciente.
8- Instalação da prótese

 Examinar parte interna da prótese e remover qualquer aresta cortante ou pérolas de resina;
 Assentar primeiro a superior e depois a inferior, fazendo leve pressão para retirada do ar;
 Examinar freios e inserções se estão livres;
 Pedir ao paciente para fazer movimentos de lábios de bochecha;
 Examinar o paciente de vista frontal e lateral.
OBS: se a DVO estiver aumentada ou com os lábios projetados de mais > fazer nova PT
Ajustes iniciais:

 Região pós domining: se estiver causando ânsia, aliviar


 Dor exacerbada: aliviar
Teste de retenção: Exame intra oral:
Tração vertical (conversação) Verificar linha mediana
Tração horizontal (ação de inserção) Verificar chave de oclusão > 1º molares
Tração de lateralidade (mastigação)
Recomendações ao paciente:

 Deixa-lo ciente das limitações e dificuldades iniciais (fonética, mastigação)


 Deve fazer adaptação inicial com alimentos macios e pedaços pequenos
 Mastigação efetiva dos dois lados
Higienização:

 Parte externa e interna


 Usar escova específica
 Usar sabão/detergente neutro e produtos específicos para higienização da prótese
 Cuidado para não derrubar
 Aconselhar retirar a prótese para dormir, para fazer a recuperação tecidual > manter a prótese em
água.
9- Reajustes clínicos e proservação.
Primeiro retorno:

 Após 24 h da instalação
 Examinar a área chapeável e verificar escoriações
 Marcar com o lápis cópia as regiões de tensão do aparelho
Segundo retorno:

 Após 24h do primeiro retorno


 Verificar oclusão
 Ajuste da 1ª MIH
 Desgaste de pontos doloridos
 Fazer desgastes necessários
 Permitir e garantir 3 pontos de contatos: um anterior e 2 posteriores bilaterais
Prótese Total Imediata
1- Exame, diagnóstico e plano de tratamento:

 Avaliar os tecidos subjascentes (porção anterior da maxila)


 Verificar a DVO correta
 Redução durante a extração (feita com guia cirúrgica)
 Identificar linha média, plano oclusal, trespasse vertical, oclusão, distância intercaninos
2- Redução de contaminação:

 Raspagem e profilaxia
3- Extrações:

 Feitas em 2 sessões (posterior e anterior)


 Tempo entre as sessões: 3 a 4 semanas
 Extrai primeiro os posteriores e depois os anteriores
4- Moldagem inicial:

 Com alginato (porque tem dente)


 Com moldeira de estoque (S4 para desdentado posterior)
5- Moldagem funcional:

 Uniararas: pasta ZOE (edentulo) + alginato (dentado)


6- Relacionamento Maxilo-mandibular e seleção da cor dos dentes:

 Montar os planos de cera e tira a Oclusão cêntrica e a DVO


 Montar no articulador o modelo superior e depois o inferior
7- Prova dos dentes em cera:

 Seleciona a cor da gengiva artificial


8- Extração e instalação:

 Importante ter uma guia cirúrgica (base de prova normal)


 Lavar as próteses em água e descontaminá-la com clorexidina 4% por 5 min
 Instalar primeiro a superior e depois a inferior
 Checar sobre extensão, a prótese deve estar totalmente adaptada
 Ajustar a oclusão prévia
Instruções ao paciente

 Não remover até o dia seguinte


 Dieta líquida e pastosa por 24h
 Evitar bochechos
 Medicação analgésica
 Saliva com sangue é normal
9- Controle 24h depois:

 Remover a prótese e limpar


 Aliviar áreas de ulceração
10- Controle 1 semana depois:

 Marcar com lápis cópia o machucado, colocar a prótese que irá demarcar a área a ser
desgastada
 Fazer ajuste oclusal
 Remover convexidades e depressões para evitar defeitos de cicatrização
 Reembasar com Resina Soft ou refazer a prótese depois de 6 a 9 meses

Planejamento Geral Prótese:


1ª sessão: exame clínico do paciente e moldagem inicial.

 Altura do rebordo, cirurgias paraprotéticas, zonas de alívio, inserções musculares.


 Moldeira de estoque TT
 Material de moldagem: rebordos favoráveis: silicona leve
Rebordos desfavoráveis: godiva de alta
Retentivos: alginato
> MAXILA: insere pela frente e depois vai para trás do paciente fazendo assentamento posterior para
anterior
> MANDÍBULA: insere pela frente fazendo assentamento anterior para posteiror.
OBS: fazer desinfecção com clorexidina 4%
2ª sessão: Moldagem funcional

 Moldagem dinâmica analisando os músculos e registrando a área chapeável


 Moldeira individual
 Material de moldagem: rebordos favoráveis: silicona leve
Rebordos desfavoráveis: godiva de baixa
Retentivos: Pasta ZOE
Colocar o material na moldeira e inserir na boca do paciente, centralizar e pressionar com os dedos
indicadores. Segurar em posição com o polegar de uma mão, enquando a outra traciona os lábios e a
mucosa.
3ª sessão: Plano de orientação e relacionamento maxilo-mandibular:

 Com a base e o plano de orientação em cera posicionados, delimitar a oclusão de relação centrica
pela técnica de Litlle modificada e House. Analisar a linha alta do sorriso, corredor bucal, linha
média, guia canina, DVO e DVR
4ª sessão: escolha dos dentes:

 Conforme biótipo do paciente, levando em consideração a cor, tamanho, formato (triangular,


ovóide, quadrangular), idade, sexo.
 Paciente assinar que esta ciente da escolha do dente.
5ª sessão: prova da prótese em cera e escolha da gengiva artificial:

 Confirmar DVO e DVR, técnica de Silverman (sons sibilantes) e Turner e Fox (estética)
 Escolher a gengiva: analisar cor da pele, gengiva e lábios
 Paciente assinar estar ciente da escolha da cor da gengiva
6ª sessão: instalação da prótese e proservação:

 Explicar ao paciente da higienização, tempo de adaptação, tempo de troca da prótese.


 Se necessario realizar desgastes e alívios.

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