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TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA

O local de infiltração do fármaco em relação à área de Contraindicações:


intervenção operatória determina o tipo de injeção
1-Quando mais de dois ou três dentes estiverem
administrada. Há três tipos principais de injeção de
envolvidos no tratamento, pois múltiplas injeções
anestésico local:
deveriam ser realizadas. Além disso, o emprego de
1- Infiltração local: Pequenas terminações nervosas na injeções supraperiosteais para anestesia pulpar em
área do tratamento odontológico são infiltradas com múltiplos dentes leva à administração de um maior
solução de anestésico local. O tratamento é então volume de solução do anestésico local, com
realizado na mesma área na qual o anestésico local foi consequente aumento do risco de complicações
depositado. Um exemplo de infiltração local é a sistêmicas e locais.
administração de anestésico local na papila
2- Se houver uma infecção ou inflamação aguda na
interproximal antes do alisamento radicular.
área da injeção, ou osso denso recobrindo os ápices
2- Bloqueio de campo: O anestésico local é infiltrado dentários (comum em 1MS permanente em crianças e
próximo aos ramos nervosos terminais maiores, de em IC de adultos).
modo que a área anestesiada será circunscrita,
Indicações:
impedindo a passagem de impulsos do dente para o
SNC. O tratamento é então realizado na área distante 1. Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o
do local da injeção do anestésico. Injeções maxilares tratamento é limitado a um ou dois dentes.
administradas acima do ápice do dente a ser tratado
são denominadas de bloqueios de campo, embora o 2. Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para
uso comum as identifique como infiltrações. procedimentos cirúrgicos em área circunscrita.

3- Bloqueio do nervo: O anestésico local é depositado *Possui alta taxa de sucesso (>95%).
próximo a um tronco nervoso principal, geralmente Nervos Anestesiados: Grandes ramos terminais do
distante do local de intervenção operatória. As injeções plexo dentário.
nos nervos alveolar superoposterior, alveolar inferior e
nasopalatino são exemplos de bloqueios de nervo. Áreas Anestesiadas: Toda a região inervada pelos
grandes ramos terminais desse plexo: polpa e área da
De modo geral, os bloqueios de campo são mais raiz do dente, periósteo vestibular, tecido conjuntivo e
circunscritos, envolvendo os tecidos ao redor de um ou mucosa.
dois dentes, enquanto os bloqueios de nervo afetam
uma área maior. O tipo de injeção administrada para
um dado tratamento será determinado pela extensão
da área operatória.

PREPARO DO PACIENTE

Depois de avaliar se o paciente está em condições de


receber anestesia, fazemos o preparo do campo. Técnica:

Primeiro fazemos a antissepsia intraoral (bochecho 1. É recomendada agulha de calibre 27.


com clorexidina), depois a antissepsia extraoral e o 2. Área de introdução: altura da prega
colocamento do campo cirúrgico. Após isso secamos o mucovestibular acima do ápice do dente a ser
local onde a técnica cirúrgica será feita e aplicamos o anestesiado.
anestésico tópico (90 seg a 2 min de latência) com uma 3. Área-alvo: região apical do dente a ser
gase ou cotonete (nunca aplicar sobre uma ferida). anestesiado.
4. Pontos de referência: a. Prega mucovestibular
TÉCNICA SUPRAPERIOSTEAL b. Coroa do dente c. Contorno da raiz do dente.
Ela é comunmente chamada de infiltração local (não é 5. Orientação do bisel: voltado para o osso.
correto). É a técnica de anestesia local usada com mais 6. Procedimento: 1- Preparar o tecido no local de
frequência para a obtenção da anestesia pulpar nos injeção (a- limpar com gaze seca estéril; b-
dentes superiores. aplicar um antisséptico tópico (opcional); c-
aplicar anestésico tópico por, no mínimo, um
minuto).
2- Orientar a agulha de modo que o bisel esteja
voltado para o osso.
3- Levantar o lábio e tensionar o tecido.
4- Segurar a seringa paralela ao longo eixo do
dente.
5- Introduzir a agulha na altura da prega
mucovestibular sobre o dente-alvo.
6- Avançar a agulha até que o bisel esteja na Indicações:
região apical do dente ou acima desta.
7- Na maioria dos casos, a profundidade da 1- Tratamento de dois ou mais molares superiores.
penetração será de apenas alguns milímetros.
2- Quando a injeção supraperiosteal está
Como a agulha está no tecido mole (não
contraindicada (p. ex., na presença de infecção ou
tocando o osso), não deve haver resistência ao
inflamação aguda) ou quando a injeção supraperiosteal
seu avanço nem deve haver qualquer
foi ineficaz.
desconforto para o paciente com esta injeção.
8- Aspirar duas vezes: Caso a aspiração seja Contraindicação: Quando o risco de hemorragia é
negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um muito grande (como no hemofílico), neste caso é
terço de um tubete) lentamente em 20 recomendada a injeção supraperiosteal ou do LPD.
segundos. (Não deixe os tecidos inflarem como
A penetração da agulha muito distalmente pode
um balão).
produzir um hematoma temporário (10 a 14 dias). Uma
9- Retirar a seringa lentamente.
profundidade “média” de penetração em um paciente
com crânio menor que a média pode produzir
hematoma, enquanto uma agulha introduzida “na
medida certa” em um paciente de crânio maior pode
não produzir anestesia de nenhum dente. Como forma
de reduzir o risco de formação de hematoma após um
bloqueio do nervo ASP, o uso de agulha odontológica
“curta” é recomendado para todos os pacientes,
exceto os maiores. . Como a profundidade média de
TÉCNICA DO NERVO ALVEOLAR SUPEROPOSTERIOR penetração nos tecidos moles do local de inserção à
O bloqueio do nervo ASP é eficaz para anestesia pulpar área do nervo ASP é de 16 mm, a agulha odontológica
do terceiro, do segundo e do primeiro molar em 77% a curta (≈ 20 mm) pode ser usada com sucesso e
100% dos pacientes. No entanto, a raiz mesiovestibular segurança.
do primeiro molar superior não é consistentemente Vantagens: Atraumático; quando o boqueio do nervo
inervada pelo nervo ASP. Em um estudo de dissecação, ASP é executado corretamente, em geral o paciente
o nervo alveolar superior médio era responsável pela não sente dor, pois o anestésico local é depositado em
inervação sensitiva da raiz mesiovestibular do primeiro uma área de tecidos moles relativamente grande e
molar superior em 28% das amostras examinadas. porque não há contato com o osso; taxa de sucesso
Portanto, uma segunda injeção, geralmente elevada (> 95%); número mínimo de injeções é
supraperiosteal, está indicada após o bloqueio do necessário; minimiza o volume total de solução
nervo ASP quando a anestesia efetiva do primeiro anestésica local administrada.
molar não ocorrer.
Técnica:
Nervos Anestesiados: Alveolar superoposterior e seus
ramos. 1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada
2. Área de introdução: altura da prega
Áreas Anestesiadas: Polpas do terceiro, segundo e mucovestibular acima do segundo molar
primeiro molares superiores (todo o dente = 72%; raiz superior.
mesiovestibular do primeiro molar superior não 3. Área-alvo: nervo ASP — posterior, superior e
anestesiada = 28%) e tecido periodontal vestibular e medial à borda posterior da maxila.
osso sobrejacente a estes dentes.
4. Pontos de referência: a. prega mucovestibular, superoanterior) não produz anestesia pulpar distal ao
b. tuberosidade da maxila, c. processo canino superior, o bloqueio do nervo ASM está
zigomático da maxila. indicado para procedimentos em pré-molares e para a
5. Orientação do bisel: voltado para o osso raiz mesiovestibular do primeiro molar superior. A taxa
durante a injeção. de sucesso do bloqueio do nervo ASM é alta.
6. Procedimento: A= Assumir a posição correta
Nervos Anestesiados: Alveolar superior médio e ramos
(Para o bloqueio do nervo ASP esquerdo, o
terminais.
administrador destro deve sentar-se de frente
para o paciente na posição de 10 horas. Para o Áreas Anestesiadas: Polpas do primeiro e segundo pré-
bloqueio do nervo ASP direito, o profissional molares superiores, raiz mesiovestibular do primeiro
destro deve sentar-se de frente para o molar superior e tecidos periodontais vestibulares e
paciente na posição de 8 horas). osso sobre estes mesmos dentes.
B= Preparar os tecidos na altura da prega
mucovestibular para a introdução.
C= Orientar o bisel da agulha voltado para o
osso.
D= Abrir parcialmente a boca do paciente,
puxando a mandíbula para o lado da injeção.
E= Retrair a bochecha do paciente com seu
dedo (para melhorar a visibilidade). Indicações:
F= Tensionar os tecidos no local da injeção.
1- Quando o bloqueio do nervo infraorbitário não
G= Introduzir a agulha na altura alta da prega
produzir anestesia pulpar distal ao canino superior.
mucovestibular sobre o segundo molar.
H= Avançar a agulha lentamente para cima, 2- Procedimentos dentários envolvendo apenas os pré-
para dentro e para trás em um só movimento. molares superiores.
I= Aspirar em dois planos.
Contraindicações:
J= Caso ambas as aspirações sejam negativas:
Lentamente, durante 30 a 60 segundos, 1- Infecção ou inflamação na área da injeção ou de
depositar 0,9 a 1,8 ml de solução de introdução da agulha ou de depósito do fármaco.
anestésico. Aspire algumas vezes (em um
2- Quando o nervo ASM está ausente. Neste caso, a
plano), durante a administração do fármaco.
inervação é feita por intermédio do nervo alveolar
superoanterior; os ramos do ASA que inervam os pré-
molares e a raiz mesiovestibular do primeiro molar
podem ser anestesiados por meio da técnica do nervo
ASM.

Técnica:

1. Uma agulha curta ou longa de calibre 27 é


Complicações: Pode ocorrer hematoma e anestesia recomendada.
mandibular (a divisão mandibular do quinto nervo 2. Área de introdução: altura da prega
craniano está localizada lateralmente ao nervo ASP. A mucovestibular acima do segundo pré-molar
injeção de anestésico local lateralmente à localização superior
desejada pode produzir graus variáveis de anestesia 3. Área-alvo: osso maxilar acima do ápice do segundo
mandibular. Na maioria das vezes, quando isto ocorre, pré-molar superior.
os pacientes dirão que sua língua e talvez seu lábio 4. Ponto de referência: prega mucovestibular acima
inferior estão anestesiados). do segundo pré-molar superior.
5. Orientação do bisel: voltado para o osso.
TÉCNICA DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO
6. Procedimento: A= Assumir a posição correta (para
O nervo alveolar superior médio está presente apenas um bloqueio do nervo ASM direito, o
em cerca de 28% da população, limitando, portanto, a administrador destro deve ficar de frente para o
utilidade clínica deste bloqueio. Todavia, quando o paciente na posição de 10 horas. Para um bloqueio
bloqueio do nervo infraorbitário (alveolar do nervo ASM esquerdo, o profissional destro
deve ficar de frente para o paciente na posição de 2- Inflamação ou infecção (que contraindica a injeção
8 ou 9 horas). supraperiosteal): se houver celulite, pode estar
B= Preparar os tecidos no local da injeção. indicado o bloqueio do nervo maxilar no lugar do
C= Distender o lábio superior do paciente para bloqueio do nervo ASA.
tensionar os tecidos e obter visibilidade.
3- Quando as injeções supraperiosteais forem
D= Introduzir a agulha na altura da prega
ineficazes devido ao osso cortical denso.
mucovestibular acima do segundo pré-molar, com
o bisel voltado para o osso. Contraindicações:
E= Penetrar a mucosa e avançar a agulha
lentamente até que sua extremidade esteja 1- Áreas de tratamento discretas (apenas um ou dois
localizada acima do ápice do segundo pré-molar. dentes - preferência pela injeção supraperiosteal).
F= Aspirar. 2- A hemostasia de áreas localizadas, quando
G= Depositar lentamente 0,9 a 1,2 ml (de metade desejável, não pode ser adequadamente atingida com
a dois terços do tubete) da solução esta injeção. Neste caso, a infiltração local na área do
(aproximadamente 30 a 40 segundos). tratamento é indicada.
* Com este procesimento o paciente pode sentir Técnica:
dormência do lábio superior.
1. Uma agulha longa de calibre 25 ou 27 é
TÉCNICA DO NERVO ALVEOLAR SUPEROANTERIOR recomendada, embora também se possa usar
Ela produz anestesia profunda da polpa e tecidos moles uma agulha curta de calibre 27, especialmente
vestibulares, desde o incisivo central superior até os em crianças e em adultos menores.
pré-molares, em cerca de 72% dos pacientes. 2. Área de inserção: altura da prega
Normalmente ele é empregado no lugar das injeções mucovestibular diretamente sobre o primeiro
supraperiosteais. Também pode ser chamado de pré-molar superior.
bloqueio do ervo infraorbitário (embora incorreto). 3. Área-alvo: forame infraorbitário (abaixo da
incisura infraorbitária).
Nervos Anestesiados: Alveolar superoanterior, 4. Orientação do bisel: voltado para o osso.
alveolar superior médio e nervo infraorbitário. 5. Procedimento: A= Assumir a posição correta
(para bloqueio do nervo infraorbitário direito
Áreas Anestesiadas:
ou esquerdo, o administrador destro deve
 Polpas do incisivo central superior até o canino sentar-se na posição de 10 horas, de frente
superior do lado da injeção. para o paciente ou voltado para o mesmo lado
 Em cerca de 72% dos pacientes, as polpas dos que o paciente).
pré-molares superiores e a raiz B= Posicionar o paciente em posição supina
mesiovestibular do primeiro molar. (posição preferida) ou semissupina, com o
 Periodonto vestibular (labial) e osso destes pescoço ligeiramente estendido.
mesmos dentes. C= Preparar os tecidos no local de injeção.
 Pálpebra inferior, aspecto lateral do nariz, D= Localizar o forame infraorbitário.
lábio superior. E= Manter o dedo sobre o forame ou marcar a
pele neste ponto.
F= Afastar o lábio do paciente, tensionando os
tecidos na prega mucovestibular e
aumentando a visibilidade.
G= Introduzir a agulha na altura da prega
mucovestibular sobre o primeiro pré-molar,
com o bisel voltado para o osso.
Indicações: H= Orientar a seringa em direção ao forame
infraorbitário.
1- Procedimentos odontológicos envolvendo mais de
I= Avançar a agulha lentamente até que toque
dois dentes superiores e os tecidos vestibulares
suavemente o osso (o ponto de contato deve
sobrejacentes.
ser a borda superior do forame infraorbitário -
a profundidade de penetração varia em cada Indicações:
paciente).
1. Em casos em que a anestesia dos tecidos moles do
J= Posicionar a ponta da agulha durante a
palato é necessária para o tratamento restaurador em
injeção com o bisel voltado para o forame
mais de dois dentes (p. ex., em restaurações
infraorbitário e a ponta da agulha tocando o
subgengivais e inserção de matriz subgengival).
teto do forame.
K= Aspirar em dois planos. 2. Para controle da dor durante procedimentos
L= Depositar lentamente de 0,9 a 1,2 ml (por periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos
30 a 40 segundos). Até aqui há anestesia dos palatinos moles e duros.
tecidos moles na porção anterior da face e no
aspecto lateral do nariz. Contraindicações:
M= Manter pressão firme com o dedo sobre o 1. Inflamação ou infecção no local da injeção.
local de injeção, durante a injeção (a agulha
não deve ser sentida – se for, é porque o 2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes).
trajeto está muito superficial) e por pelo * Não há hemostasia, exceto na área próxima da
menos 1 minuto depois (para aumentar a injeção, e é potencialmente traumático.
difusão da solução de anestésico local para o
forame infraorbitário). Técnica:

1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada.


2. Área de introdução: tecidos moles levemente
anteriores ao forame palatino maior.
3. Área-alvo: nervo palatino maior.
4. Pontos de referência: forame palatino maior e
junção do processo alveolar maxilar e osso
palatino.
5. Trajeto da introdução: avançar a seringa a
partir do lado oposto da boca formando um
ângulo reto com a área-alvo.
*Neste procedimento o formigamento e dormência na 6. Orientação do bisel: voltado para os tecidos
pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior moles palatinos.
indicam anestesia do nervo infraorbitário, não do 7. Procedimento: A= Assumir a posição correta
nervo ASA ou ASM (a anestesia dos tecidos moles (para bloqueio do nervo palatino maior direito,
ocorre quase que instantaneamente durante a o administrador deve sentar-se de frente para
administração do anestésico). A dormência nos dentes o paciente na posição de 7 ou 8 horas. Para um
e tecidos moles ao longo da distribuição dos nervos bloqueio do nervo palatino maior esquerdo, o
ASA e ASM ocorre em 3 a 5 minutos, caso seja mantida administrador deve sentar-se de frente para o
a pressão sobre o local de injeção. paciente na posição de 11 horas).
B= Solicitar ao paciente, que está em posição
TÉCNICA DO PALATO – NERVO PALATINO MAIOR supina, para: abrir bem a boca, estender o
O bloqueio do nervo palatino maior é muito útil pescoço e girar a cabeça para a esquerda ou
durante procedimentos odontológicos envolvendo os para a direita (para melhorar a visibilidade).
tecidos moles palatinos distais ao canino. Volumes C= Localizar o forame palatino maior e
mínimos de solução (0,45 a 0,6 ml) produzem anestesia pressionar um cotonete nele (o forame se
profunda dos tecidos moles e duros do palato. localiza mais frequentemente num ponto
distal ao segundo molar superior, mas pode se
Nervos Anestesiados: Palatino maior. localizar anterior ou posteriormente à sua
Áreas Anestesiadas: A parte posterior do palato duro posição habitual).
e os tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até o D= Preparar o tecido no local de injeção,
primeiro pré-molar e medialmente até a linha média. apenas 1 a 2 mm anterior ao forame palatino
maior.
E= Após 2 minutos de aplicação do anestésico
tópico, mova a haste de algodão
posteriormente, de forma que fique injeção que pode ser muito traumática. Há duas
diretamente sobre o forame palatino maior. técnicas:
F= Colocar o bisel da agulha delicadamente
1- Apenas uma penetração tecidual, lateralmente à
contra os tecidos moles previamente pálidos
papila incisiva na face palatina dos incisivos centrais
no local de injeção e aplicar pressão suficiente
superiores. Os tecidos moles nessa área são densos,
para curvar lentamente a agulha. Depois
firmemente aderidos ao osso subjacente e muito
depositar um pequeno volume do anestésico.
sensíveis; esses três fatores se combinam para
A solução será forçada contra a membrana
aumentar o desconforto.
mucosa e se formará uma gotícula.
G= Alinhar a agulha e permitir que o bisel 2- Três punções de agulha, porém, quando executadas
perfure a mucosa, continuando a injeção corretamente, é significativamente menos traumática
durante todo o procedimento. que a primeira. Nela, os tecidos moles vestibulares
H= Avançar lentamente a agulha até que toque entre os incisivos superiores são anestesiados
suavemente o osso palatino (a profundidade (primeira injeção), e depois a agulha é direcionada a
de penetração é de aproximadamente de 5 partir da face vestibular, atravessando a papila
mm). À medida que o tecido é perfurado, interproximal entre os incisivos centrais em direção à
haverá aumento da resistência à deposição da papila incisiva para anestesiar os tecidos superficiais
solução. nessa área (segunda injeção). Uma terceira injeção,
I= Aspirar em dois planos. Caso a aspiração seja aplicada diretamente nos tecidos moles palatinos
negativa, injetar lentamente (no mínimo sobrejacentes ao nervo nasopalatino, agora
durante 30 segundos) não mais do que um parcialmente anestesiados.
quarto a um terço de um tubete (0,45 a 0,6ml).
J= Retirar a seringa. Nervos Anestesiados: Nervos nasopalatinos
bilateralmente.

Áreas Anestesiadas: Porção anterior do palato duro


(tecidos moles e duros) bilateralmente desde a face
mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do
primeiro pré-molar esquerdo.

*O paciente vai sentir uma dormência na parte


posterior do palato.

Falhas na anestesia:

1- Se o anestésico local for depositado muito anterior


ao forame, a anestesia adequada dos tecidos moles Indicações:
pode não ser produzida nos tecidos palatinos
posteriores ao local de injeção (sucesso parcial). 1. Quando for necessária anestesia dos tecidos moles
palatinos para tratamento restaurador em mais de dois
2- A anestesia do palato na área do primeiro pré-molar dentes (ex: restaurações subgengivais e inserção de
superior pode ser inadequada devido às fibras matriz subgengival).
superpostas do nervo nasopalatino. Para corrigir: a
infiltração local pode ser necessária como um 2. Controle da dor durante procedimentos
suplemento na área anestesiada inadequadamente. periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos
moles e duros do palato.
TÉCNICA DO PALATO – NERVO NASOPALATINO
Contraindicações:
O bloqueio do nervo nasopalatino promove anestesia
à gengiva palatina anterior e ao mucoperiósteo e é 1. Inflamação ou infecção no local da injeção.
recomendada para procedimentos cirúrgicos na região 2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes).
anterior do palato. Ela pode também servir como uma
técnica suplementar para a obtenção da anestesia Técnica de injeção única:
pulpar ao dente incisivo. Infelizmente, o bloqueio do 1- Uma agulha curta de calibre 27 é
nervo nasopalatino tem a característica de ser uma recomendada.
2- Área de introdução: mucosa palatina cessar quando a área de isquemia observada
imediatamente lateral à papila incisiva no local da injeção aumentar em relação à
(localizada na linha média atrás dos incisivos produzida apenas pela compressão.
centrais); o tecido aqui é mais sensível que o K= Retirar a seringa lentamente.
restante da mucosa palatina.
*O paciente vai sentir uma dormência na parte anterior
3- Área-alvo: forame incisivo, sob a papila
do palato.
incisiva.
4- Pontos de referência: incisivos centrais e papila *Tomar cuidado para que a agulha não entre no canal
incisiva. incisivo e passe para a cavidade nasal, isso pode causar
5- Trajeto de introdução: aproximar o local de infecção.
injeção em um ângulo de 45 graus em direção
à papila incisiva.
6- Orientação do bisel: voltado para os tecidos
moles do palato.
7- Procedimento: A= Sentar-se na posição de 9 ou
10 horas voltado para a mesma direção do
paciente.
B= Solicitar ao paciente para fazer o seguinte:
Abrir bem a boca, estender o pescoço e girar a
cabeça para a esquerda ou para a direita para
melhorar a visibilidade. Falhas da anestesia:
C= Preparar o tecido imediatamente lateral à
1- Se a injeção for depositada de um lado do canal
papila
incisivo, pode produzir anestesia unilateral. Para
D= Após 2 minutos de aplicação do anestésico
corrigir: reintroduzir a agulha no tecido já anestesiado
tópico, mover a haste de algodão diretamente
e injetar novamente a solução na área não anestesiada.
sobre a papila incisiva.
E= Colocar o bisel contra os tecidos moles 2- Se houver superposição entre as fibras do nervo
isquêmicos no local da injeção. palatino maior e do nervo nasopalatino, a anestesia
F= Colocar o bisel da agulha delicadamente dos tecidos moles palatinos do canino e do primeiro
contra os tecidos moles previamente pálidos pré-molar poderá ser inadequada. Para corrigir: a
no local de injeção e aplicar pressão suficiente infiltração local pode ser necessária como um
para curvar lentamente a agulha. Depois suplemento na área inadequadamente anestesiada.
depositar um pequeno volume do anestésico.
A solução será forçada contra a membrana Técnica das múltiplas penetrações:
mucosa e se formará uma gotícula. 1- Uma agulha curta de calibre 27 é
G= Alinhar a agulha e permitir que o bisel recomendada.
perfure a mucosa, continuando a injeção 2- Área de introdução: A= Freio labial na linha
durante todo o procedimento. média entre os incisivos centrais superiores
H= Avançar lentamente a agulha até que toque (bisel voltado para o osso). B= Papila
suavemente o osso palatino (a profundidade interdentária entre os incisivos centrais
de penetração é de aproximadamente de 5 superiores. C= Se necessário, os tecidos moles
mm). À medida que o tecido é perfurado, palatinos laterais à papila incisiva (ângulo de
haverá aumento da resistência à deposição da 45º).
solução. 3- Área-alvo: forame incisivo, sob a papila
I= Retirar a agulha 1 mm (para evitar a injeção incisiva.
subperiosteal). O bisel agora se situa sobre o 4- Pontos de referência: incisivos centrais e papila
centro do forame incisivo. incisiva.
J= Aspirar. Caso a aspiração seja negativa, 5- Procedimento da primeira injeção: A=
injetar lentamente (no mínimo durante 15 a 30 infiltração de 0,3 ml no freio labial.
segundos) não mais que um quarto a um terço B= Retrair o lábio superior para distender os
de um tubete (0,45 ml). Em alguns pacientes é tecidos e melhorar a visibilidade. (Tomar
difícil injetar 0,45 ml de solução anestésica cuidado para não distender o freio
nesta injeção. A injeção do anestésico pode excessivamente.)
C= Introduzir delicadamente a agulha no freio F= Caso a aspiração seja negativa, depositar
e depositar 0,3 ml do anestésico em lentamente não mais de 0,3 ml do anestésico
aproximadamente 15 segundos. * A anestesia em aproximadamente 15 segundos.
dos tecidos moles ocorre imediatamente. O G= Retirar a seringa.
objetivo dessa injeção é anestesiar a papila
*O paciente vai sentir uma dormência no lábio superior
interdental entre os dois incisivos centrais.
e na parte anterior do palato.
6- Procedimento da segunda injeção: A= Retrair
delicadamente o lábio superior para aumentar *A papila incisiva pode ficar dolorida por alguns dias.
a visibilidade.
B= Se o administrador é destro, sentar na
posição de 11 ou 12 horas voltado para a
mesma direção do paciente. Inclinar a cabeça
do paciente para a direita para proporcionar
um ângulo apropriado para a penetração da
agulha.
C= Segurando a agulha em ângulo reto em
relação à papila interdentária, introduzi-la na
papila logo acima do nível do osso da crista.
Direcioná-la para a papila incisiva (na face
palatina da papila interdentária). Os tecidos Falhas na anestesia:
moles na superfície vestibular foram 1- Anestesia inadequada dos tecidos moles em torno
anestesiados previamente, de modo que não do canino e do primeiro pré-molar devido à
haverá desconforto. Entretanto, à medida que superposição de fibras do nervo palatino maior. Para
a agulha avança em direção à face palatina não corrigir: pode ser necessária a infiltração local na área
anestesiada, tornar-se-á necessário como complemento.
administrar pequenas quantidades do
anestésico local para evitar o desconforto. TÉCNICA DO PALATO – INFILTRAÇÃO LOCAL DO
Devemos tomar cuidado para que a agulha não PALATO
atravesse para a cavidade oral.
Nervos Anestesiados: Ramos terminais dos nervos
D= Aspirar em dois planos ao notar a isquemia
nasopalatino e palatino maior.
na papila incisiva ou quando a ponta da agulha
for visível logo abaixo da superfície tecidual. Áreas Anestesiadas: Tecidos moles na vizinhança
Caso a aspiração seja negativa, administrar não imediata da injeção.
mais do que 0,3 ml de solução anestésica em
aproximadamente 15 segundos. Haverá
resistência considerável à deposição de
solução, mas nenhum desconforto para o
paciente.
E= A estabilização da seringa nesta segunda
injeção é um pouco incômoda, mas
fundamental. O uso de um dedo da outra mão Indicações:
para estabilizar a agulha é recomendado. 1. Basicamente para obter hemostasia durante
F= Retirar a seringa. procedimentos cirúrgicos.
7- Procedimento da terceira injeção: A= Secar o
tecido imediatamente lateral à papila incisiva. 2. Controle da dor palatogengival quando são
B= Solicitar ao paciente para abrir bem a boca necessárias áreas limitadas de anestesia para a
e estender o pescoço do paciente. aplicação de grampo de isolamento absoluto, para
C= Colocar a agulha nos tecidos moles adaptar o fio de retração no sulco gengival, ou para
adjacentes à papila incisiva. procedimentos cirúrgicos em não mais do que dois
D= Avançar a agulha até fazer contato com o dentes.
osso.
Contraindicações:
E= Retirar a agulha 1 mm para evitar a injeção
subperiosteal e aspirar em dois planos. 1. Inflamação ou infecção no local da injeção.
2. Controle da dor em áreas de tecido mole envolvendo anestesiado. Penetrar nos tecidos e depositar
mais de dois dentes. o anestésico da mesma forma.
K= Continuar este procedimento de
Técnica:
superposição até que haja hemostasia em toda
1- Área de introdução: gengiva inserida, de 5 a 10 a área cirúrgica.
mm da margem livre da gengiva. L= Retirar a seringa.
2- Área-alvo: tecidos gengivais de 5 a 10 mm da
margem livre da gengiva.
3- Pontos de referência: tecido gengival no centro
estimado da área de tratamento.
4- Trajeto de introdução: aproximar-se do local
da injeção em um ângulo de 45 graus.
5- Orientação do bisel: voltado para os tecidos
moles palatinos.
6- Procedimento: A= Se o administrador for
destro, sentar na posição de 10 horas (ficar de *O paciente vai sentir uma dormência dos tecidos
frente para o paciente para a infiltração moles do palato.
palatina do lado direito. Ficar voltado na
mesma direção que o paciente para a *Pode ser muito traumático se não for realizado de
infiltração palatina do lado esquerdo). maneira correta.
B= Solicitar ao paciente para: Abrir bem a TÉCNICA DO PALATO – NERVO ALVEOLAR
boca, estender o pescoço e girar a cabeça para SUPERIOR MÉDIO ANTERIOR
a esquerda ou para a direita para melhorar a
visibilidade. Como o anestésico local é depositado no palato, os
C= Preparar o tecido no local da injeção. músculos da expressão facial e do lábio superior não
D= Após 2 minutos de aplicação do anestésico são anestesiados. Um volume mínimo de anestésico
tópico, colocar a haste de algodão no tecido local é necessário para produzir anestesia pulpar do
imediatamente adjacente ao local da injeção. incisivo central ao segundo pré-molar no lado da
E= Com o bisel posicionado contra o tecido, injeção.
aplicar pressão suficiente para curvar
A injeção do nervo ASMA pode ser especialmente útil
ligeiramente a agulha, depois depositar um
para procedimentos odontológicos restauradores
pequeno volume de anestésico. A solução será
estéticos em que o dentista deseja avaliar a linha de
forçada contra a membrana mucosa,
sorriso durante o tratamento. Além disso, esta injeção
formando uma gotícula.
foi considerada muito útil para a raspagem periodontal
F= Endireitar a agulha e permitir que o bisel
e alisamento radicular na região maxilar. Ela produz
perfure a mucosa (continuar a injetar
anestesia profunda dos tecidos moles e da gengiva
pequenos volumes de anestésico local durante
inserida dos dentes associados.
todo o procedimento).
G= Continuar a aplicar pressão com a haste de Nervos Anestesiados:
algodão durante toda a injeção.
Nervo ASA, nervo ASM, quando presente e plexo
H= Continuar a avançar a agulha e a injetar o
nervoso dentário subneural dos nervos alveolar
anestésico até tocar delicadamente o osso. A
superoanterior e médio.
espessura do tecido é de apenas 3 a 5 mm na
maioria dos pacientes. Áreas Anestesiadas:
I= Se a hemostasia for o objetivo desta técnica,
continuar a administrar a solução até que a Anestesia pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares
isquemia abranja o local da cirurgia. Na prática superiores, gengiva inserida vestibular destes mesmos
habitual, 0,2 a 0,3 ml de solução será dentes, tecidos palatinos inseridos desde a linha média
adequado. até a margem gengival livre dos dentes associados.
J= Para a hemostasia de locais cirúrgicos mais
extensos: Remover a agulha do local da
primeira injeção e colocá-la no local da nova
injeção, na periferia do tecido previamente
Indicações: pode produzir uma sensação de pressão firme
no palato.
1. Procedimentos odontológicos envolvendo os
C= Usar um apoio confortável para dedos e
dentes anterossuperiores ou os tecidos moles.
braço para evitar fadiga durante o longo
2. Quando é desejada a anestesia de múltiplos
período de administração (o uso de um
dentes anterossuperiores a partir de uma
sistema C-CLAD é sugerido).
única injeção.
D= A orientação inicial do bisel é “voltada para
3. Realização de raspagem e alisamento radicular
baixo” em direção ao epitélio, enquanto a
dos dentes anteriores.
agulha é mantida num ângulo de
4. Procedimentos estéticos anteriores, sendo
aproximadamente 45º com uma tangente ao
necessário a avaliação da linha do sorriso.
palato. O alvo final é o bisel em contato com o
5. Quando a abordagem facial da injeção
osso palatino.
supraperiosteal foi ineficaz devido ao osso
E= Colocar o bisel da agulha voltado para o
cortical denso.
tecido palatino. Colocar uma haste de algodão
Contraindicações: estéril na extremidade da agulha. Aplicar leve
pressão sobre a haste de algodão para criar um
1. Pacientes com tecidos palatinos “selante” do bisel da agulha contra a superfície
extraordinariamente finos. externa. Iniciar a injeção do anestésico local na
2. Pacientes que não conseguem tolerar um superfície do epitélio. O objetivo é forçar a
tempo de administração de 3 a 4 minutos. solução através do epitélio externo para a
3. Procedimentos que requerem mais de 90 superfície tecidual. A haste de algodão
minutos. promove a estabilização da agulha e previne
Desvantagens: que qualquer excesso de solução anestésica
local caia na boca do paciente. Manter esta
1. Requer um tempo de administração lento posição e pressão na superfície do epitélio por
(0,5 ml/min). 8 a 10 segundos.
2. Pode causar fadiga do operador com uma F= Avançar lentamente a extremidade da
seringa manual devido ao prolongado agulha para dentro do tecido. Rotacionar a
tempo de injeção. agulha permitindo que os tecidos sejam
3. Pode ser incômoda para o paciente caso penetrados mais eficientemente.
administrada incorretamente. G= Avançar a agulha de 1 a 2 mm a cada 4 a 6
4. Pode haver necessidade de uma anestesia segundos enquanto administra a solução
suplementar para os dentes incisivos anestésica na taxa lenta recomendada.
central e lateral. H= Depois que uma palidez inicial é observada
5. Pode causar isquemia excessiva caso (aproximadamente 30 segundos), parar por
administrada muito rapidamente. alguns segundos para permitir o início da
Técnica: anestesia superficial.
I= Continuar a técnica de inserção lenta no
1- Área de introdução: no palato duro, na metade tecido palatino. A agulha é avançada até que
do caminho ao longo de uma linha imaginária haja o contato com o osso.
conectando a sutura palatina mediana à J= Aspirar em dois planos. O anestésico é
margem gengival livre; a linha está localizada administrado numa taxa de aproximadamente
no ponto de contato entre o primeiro e o 0,5ml por minuto durante a injeção, para uma
segundo pré-molar. dose final de aproximadamente 1,4 a 1,8ml.
2- Procedimento: A= Sentar-se na posição de 9 ou
10 horas, voltado para a mesma direção que o
paciente, colocar o paciente em posição supina
com uma ligeira hiperextensão da cabeça e do
pescoço para visualizar a papila nasopalatina
mais facilmente.
B= Usar comunicação preparatória para
informar ao paciente que a injeção pode levar
vários minutos para ser administrada e isto
*O paciente pode sentir uma sensação de firmeza e 3. Tecidos periodontais palatinos associados a estes
dormência nos tecidos palatinos, além de dormência mesmos dentes.
nos dentes e no tecido mole de incisivo central a 2PM.

Falhas da Anestesia:

1. Pode haver necessidade de uma anestesia


suplementar para os incisivos centrais e laterais. Um
volume adequado do anestésico pode não atingir os
ramos dentários. Para corrigir: adicione mais
anestésico ou suplemente nas proximidades destes Indicações:
dentes a partir de uma abordagem palatina. 1. Procedimentos odontológicos envolvendo os dentes
Complicações: e os tecidos moles anterossuperiores.

1. Úlcera palatina no local da injeção, desenvolvendo- 2. Quando se deseja uma anestesia bilateral dos dentes
se 1 ou 2 dias no pós-operatório: é autolimitante e anterossuperiores a partir de um único local de injeção.
cicatriza em 5 a 10 dias. A prevenção inclui a 3. Quando da realização da raspagem e alisamento
administração lenta para evitar isquemia excessiva. radicular dos dentes anteriores.
2. Contato inesperado com o nervo nasopalatino. 4. Quando da execução de procedimentos cosméticos
3. Densidade do local da injeção causando esguicho do anteriores, sendo necessária a avaliação da linha do
anestésico para fora e gosto amargo na boca. sorriso para um tratamento bem-sucedido.

TÉCNICA DO PALATO – ABORDAGEM PALATINA 5. Quando uma abordagem facial da injeção


supraperiosteal foi ineficaz devido ao osso cortical
ALVEOLAR SUPEROANTERIOR
denso.
A injeção P-ASA é recomendada como método
*Produz anestesia bilateral com um único local de
primário para a obtenção da anestesia pulpar bilateral
injeção.
dos seis dentes anterossuperiores (incisivos e caninos).
A injeção P-ASA também proporciona anestesia Contraindicações:
profunda dos tecidos moles da gengiva e do
mucoperiósteo na região do terço anterior do palato 1. Pacientes com raízes de caninos extremamente
inervada pelo nervo nasopalatino. Além disso, longas podem não obter anestesia profunda desses
anestesia do tecido mole da gengiva inserida vestibular dentes a partir de uma abordagem palatina somente.
dos seis dentes anteriores é observada. 2. Pacientes que não conseguem tolerar o período de
Ela difere da injeção do nasopalatino devido ao seu administração de 3 a 4 minutos.
alvo final, que é a posição da agulha dentro do canal 3. Procedimentos que necessitam mais de 90 minutos.
incisivo, e ao volume de anestésico que é de 1,4 a 1,8
ml, administrado numa taxa de 0,5 ml por minuto. Técnica:

A injeção P-ASA pode ser realizada com uma seringa 1. Área de introdução: imediatamente lateral à
manual tradicional; contudo, uma injeção confortável papila incisiva no sulco papilar.
é obtida com maior facilidade por meio de um sistema 2. Área-alvo: forame nasopalatino.
C-CLAD. 3. Orientação do bisel: o bisel da agulha é
colocado contra o epitélio “com a face voltada
Nervos Anestesiados: para baixo”. A agulha é mantida tipicamente
Nasopalatino e ramos anteriores do ASA. em um ângulo de 45 graus em relação ao
palato.
Áreas Anestesiadas: 4. Procedimento: É igual ao bloqueio do nervo
ASMA.
1. Polpa dos incisivos centrais, laterais e caninos (em
menor grau). *O paciente vai sentir uma sensação de firmeza no
palato anterior e dormência nos dentes e tecidos moles
2. Tecidos periodontais vestibulares associados a estes
associados de canino a canino.
mesmos dentes.
Falhas da Anestesia: 2. Casos em que uma inflamação ou infecção tecidual
impede o uso de outros bloqueios regionais (p. ex.,
1- Pode ser necessária a anestesia suplementar para os
ASP, ASA, ASMA, P-ASA) ou da injeção supraperiosteal.
caninos em pacientes com raízes longas, pois o volume
adequado de anestésico pode não atingir os ramos 3. Procedimentos diagnósticos ou terapêuticos para
dentários. Para corrigir: adicionar mais anestésico ou neuralgias ou tiques da segunda divisão do nervo
suplemento nas proximidades dos dentes caninos pela trigêmeo.
abordagem palatina.
Contraindicações:
2- Anestesia unilateral: Verificar se há palidez bilateral.
1. Profissional inexperiente.
Para corrigir: administrar uma quantidade adicional do
anestésico. 2. Pacientes pediátricos.
Complicações: 3. Pacientes não cooperativos.
1. Úlcera palatina no local da injeção, desenvolvendo- 4. Inflamação ou infecção dos tecidos sobrejacentes ao
se 1 ou 2 dias no pós-operatório: é autolimitante e local da injeção.
cicatriza em 5 a 10 dias. A prevenção inclui a
administração lenta para evitar isquemia excessiva. 5. Casos em que há risco de hemorragia (p. ex., em um
hemofílico).
2. Contato inesperado com o nervo nasopalatino.
6. No acesso ao canal palatino maior: incapacidade de
3. Densidade do local da injeção causando esguicho do conseguir acesso ao canal; obstruções ósseas podem
anestésico para fora e gosto amargo na boca. estar presentes em 5% a 15% dos canais
BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR Técnica da tuberosidade alta:
O bloqueio do nervo maxilar é um método eficaz para 1- Uma agulha longa de calibre 25 é recomendada.
produzir anestesia profunda de uma hemimaxila. Uma agulha longa calibre 27 é aceitável.
2- Área de introdução: altura da prega
Nervo Anestesiado: Divisão maxilar do nervo
mucovestibular acima da face distal do segundo
trigêmeo.
molar superior.
Áreas Anestesiadas: 3- Área-alvo: Nervo maxilar, no ponto onde ele
atravessa a fossa pterigopalatina (superior e
1. Anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do
medial à área-alvo do bloqueio do nervo ASP).
bloqueio.
4- Procedimento: A= Medir o comprimento de
2. Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes uma agulha longa da extremidade até o canhão
dentes. (média de 32 mm).
B= Assumir a posição correta (para injeção alta
3. Tecidos moles e osso do palato duro e parte do na tuberosidade esquerda, um administrador
palato mole, medialmente à linha média. destro deve sentar-se na posição 10 horas de
4. Pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha frente para o paciente. Para injeção alta na
e lábio superior. tuberosidade direita, um administrador destro
deve sentar-se na posição de 8 horas de frente
para o paciente). Colocar o paciente em posição
supina ou em semissupina, para o bloqueio
direito ou esquerdo.
C= Preparar o tecido.
D= Abrir parcialmente a boca do paciente,
puxar a mandíbula para o lado da injeção e
Indicações: retrair a bochecha na área da injeção com seu
dedo indicador para aumentar a visibilidade.
1. Controle da dor antes de procedimentos cirúrgicos
Esticar e tensionar os tecidos com este dedo.
extensos, periodontais ou restauradores que
E= Colocar a agulha na altura da prega
requeiram anestesia de toda a divisão maxilar.
mucovestibular sobre o segundo molar
superior. Avançar a agulha lentamente para
cima, para dentro e para trás, conforme F= Após 2 minutos de aplicação do anestésico
descrito para o bloqueio do nervo ASP. tópico, movimentar a haste de algodão
F= Avançar a agulha até uma profundidade de posteriormente, de modo que se situe logo
30 mm (fossa pterigopalatina). Não deve ser posterior ao forame palatino maior.
encontrada resistência à penetração da agulha. G= Direcionar a seringa para a boca a partir do
Se for encontrada, o ângulo da agulha em lado oposto, com a agulha aproximando-se do
direção à linha média está muito grande. local da injeção num ângulo reto.
G= Aspirar em dois planos. Rotacionar a seringa H= Colocar o bisel contra os tecidos moles
(bisel da agulha) um quarto de volta e aspirar isquêmicos no local da injeção.
novamente. Caso a aspiração seja negativa: I= Com o bisel localizado contra o tecido:
Depositar lentamente (mais de 60 segundos) Comprimir suficientemente para curvar
1,8 ml (aspirar várias vezes durante a injeção). levemente a agulha e injetar um pequeno
H= Retirar a seringa. volume do anestésico local. A solução será
forçada contra a membrana mucosa,
Técnica do canal palatino maior:
formando uma gotícula.
1. Uma agulha longa de calibre 25 é J= Endireitar a agulha e permitir que o bisel
recomendada. Uma agulha longa de calibre 27 perfure a mucosa. Continuar a injetar
também é aceitável. pequenos volumes de anestésico durante todo
2. Área de introdução: tecidos moles palatinos o procedimento. *Aqui o bloqueio do nervo
diretamente sobre o forame palatino maior. palatino já está completo.
3. Área-alvo: o nervo maxilar, no ponto que K= Sondar delicadamente o forame palatino
atravessa a fossa pterigopalatina; a agulha maior.
atravessa o canal palatino maior para alcançar L= Após localizar o forame, avançar a agulha
a fossa pterigopalatina. muito lentamente no canal palatino maior até
4. Orientação do bisel: voltado para os tecidos uma profundidade de 30 mm.
moles palatinos. Aproximadamente 5% a 15% dos canais
5. Procedimento: A= Medir o comprimento de palatinos maiores apresentarão obstruções
uma agulha longa da extemidade até o canhão ósseas que impedem a passagem da agulha. Se
(média de 32 mm). for encontrada alguma resistência, retirar
B= Assumir a posição correta. (Para bloqueio ligeiramente a agulha e lentamente tentar
maxilar através do canal palatino maior direito, introduzi-la em um ângulo diferente.
sentar-se de frente para o paciente na posição M= Aspirar em dois planos. Rotacionar a
de 7 ou 8 horas. Para bloqueio maxilar através agulha um quarto de volta e reaspirar
do canal palatino maior esquerdo, sentar-se na novamente. Se negativa, injetar lentamente
mesma direção do paciente na posição de 10 1,8 ml de solução durante, no mínimo, 1
ou 11 horas). minuto.
C= Pedir ao paciente, em posição supina, para: N= Retirar a seringa.
Abrir bem a boca, estender o pescoço e virar a
*O paciente vai sentir uma pressão na parte superior
cabeça para a esquerda ou direita (para
da maxila, dormência da pálpebra inferior, ateral do
melhorar a visibilidade).
nariz e lábio inferior. Além disso, também sentirá
D= Localizar o forame palatino maior: colocar
dormência nos dentes e nos tecidos moles vestibulares
uma haste de algodão na junção do processo
e palatinos no lado da injeção.
alveolar maxilar e do palato duro, começar na
região do segundo molar e palpar Falhas da Anestesia:
comprimindo posteriormente os tecidos com a
1. Anestesia parcial: pode ser devido à pouca
haste de algodão. A haste de algodão “cairá”
penetração da agulha. Para corrigir: reintroduzir a
na depressão criada pelo forame palatino
agulha até a profundidade apropriada e injetar
maior (o forame está mais frequentemente
novamente.
localizado na face distal do segundo molar
superior). 2. Incapacidade de transpor o canal palatino maior.
E= Preparar os tecidos diretamente sobre o Para corrigir: Retirar levemente a agulha e corrigir o
forame palatino maior. ângulo e reintroduzir cuidadosamente até a
profundidade adequada. A abordagem pelo canal
palatino maior é geralmente bem-sucedida se a agulha
tiver pelo menos dois terços de seu comprimento
introduzidos no canal.

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