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INTRODUÇÃO
À medida que ocorre a destruição e perda dos dentes, funções como mastigação, deglu-
tição, fonética e estética encontram-se de tal forma prejudicadas que o paciente passa a
necessitar de um tratamento protético reabilitador. Para o sucesso desse tratamento, deve-se
levar em consideração o número, a disposição, a posição e a inserção periodontal que os
dentes apresentam. Quando esses dentes estão dispostos de forma a permitir a confecção de
uma prótese parcial fixa (PPF), o tratamento protético reabilitador passa a ser o tratamento
de eleição, visto as enormes vantagens que pode oferecer, como, por exemplo, estética e
conforto.
OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor possa:
identificar o preparo da boca para receber uma PPR e dos dentes para receber apoios
e grampos;
reconhecer a relação entre as raízes residuais e a PPR;
ESQUEMA CONCEITUAL
Quando as PPRs apresentam apoio anterior sobre dentes e posterior sobre rebordo (classes I
e II de Kennedy), são chamadas próteses dentomucossuportadas (Figuras 3 e 4).
Quando indica uma PPR, por ser o seu campo de aplicação muito extenso, o profissional se
depara com diversas situações que dificilmente se repetem de paciente para paciente, variando
em função dos espaços protéticos presentes e dos dentes remanescentes que servirão como
elementos de suporte.1,2 Portanto, cada caso deverá ser minuciosamente analisado,
embora, para todos, o objetivo seja o conforto e o bem-estar dos pacientes.
Assim, as famosas próteses removíveis pela técnica MATL (moldeira, alginato, telefone
e laboratório) não deverão fazer parte de um correto planejamento, pois cabe ao cirurgião
dentista elaborar e realizar o plano reabilitador, o desenho da prótese, o local e a forma de
confecção dos nichos ou encaixes, assim como o tipo de grampos de retenção para os dentes
suportes. Portanto, nunca deve deixar a critério do técnico a elaboração desse planejamento,
pois é condição sine qua non o conhecimento das condições bucais do paciente, o
que é responsabilidade do cirurgião dentista.
Quando o dentista não se responsabiliza por todo o processo que envolve a colocação de
uma prótese, tem-se a ideia de que, para se fazer uma PPR, basta olhar a boca do paciente,
preparar ou não os descansos oclusais, moldá-los, obter um registro com uma “mordida” em
cera e enviar ao laboratório para que, simplesmente sob o ponto de vista mecanicista, este
possa realizar o planejamento e a confecção da armação metálica da PPR, ficando a cargo do
profissional apenas a sua instalação.3 Em tais casos, a proporção dos fracassos para esse
tipo de tratamento é bastante alta.
Por isso, há uma enorme “rejeição”, por parte dos profissionais e pacientes, da prótese por
meio da técnica MATL, sempre procurando justificar seus erros para o fracasso do tratamento.
1. Sobre os preparos protéticos dos dentes pilares de uma PPR, é correto afirmar que
A) uma prótese dentária, seja PPF, PT ou PPR, deve funcionar biomecanicamente de
uma forma bastante adequada, permitindo um eficiente sistema de suporte, reten-
ção e estabilidade.
B) quando as PPRs apresentam apoio apenas nos elementos dentários (classes I e II de
Kennedy), são chamadas próteses dentossuportadas.
C) quando as PPRs apresentam apoio anterior sobre dentes e posterior sobre o rebordo
(classes III e IV de Kennedy), são chamadas próteses dentomucossuportadas.
D) dependendo do tipo de suporte em que a prótese será apoiada, as condições dos
dentes pilares são de fundamental importância no planejamento da PPR.
Resposta no final do artigo
2. Analise as afirmativas sobre os preparos protéticos dos dentes pilares de uma PPR.
I – Quando indica uma PPR, por ser o seu campo de aplicação muito extenso, o profis-
sional depara-se com diversas situações que dificilmente se repetem de paciente
para paciente, variando em função dos espaços protéticos presentes e dos dentes
remanescentes que servirão como elementos de suporte.
II – As famosas próteses removíveis pela técnica MATL não deverão fazer parte de um
correto planejamento, pois cabe ao cirurgião dentista elaborar e realizar o plano
reabilitador, o desenho da prótese, o local e a forma de confecção dos nichos ou
encaixes, assim como o tipo de grampos de retenção para os dentes suporte.
III – O dentista deverá ser, ao mesmo tempo, o idealizador, o construtor e o orientador
do trabalho protético.
PREPARO PRÉVIO
O preparo da boca para receber uma PPR talvez seja um dos aspectos mais importantes e
negligenciados dentro da especialidade. Assim, adota-se a filosofia de que “a PPR deve ter
não só a função de repor os dentes ausentes, mas principalmente conservar os que estão
presentes”.
Uma vez obtidas as informações necessárias para o planejamento, como forma, tipo e posi-
ção dos dentes pilares e rebordo residual, inicia-se o emprego de certos procedimentos que
visam a trazer melhorias no desenho e função da PPR (Figuras 5-11). Ou seja, devem-se
preparar os dentes suporte da melhor maneira possível para que a prótese tenha um eixo
de inserção com um mínimo de interferência.
Figura 8 – Modelos de estudo montados em ASA Figura 9 – Modelos de estudo montados em ASA
(vista frontal). (vista lateral).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
a b c
O ideal é que essas interferências sejam eliminadas antes que se iniciem os procedimentos
restauradores, exatamente para que as restaurações possam ser executadas dentro de um
padrão oclusal adequado. Caso contrário, a prótese irá perpetuar as relações oclusais
prejudiciais ao periodonto de inserção (Figura 12).
Caso a quantidade a ser desgastada seja de proporção tal que possa atingir o órgão pulpar,
uma endodontia prévia faz-se necessária. Deve-se lembrar sempre que os desgastes devem
ser realizados sem o uso de anestesia, exatamente para que se possa ter sob controle o
nível de tolerância à dor do paciente (Figuras 13 e 14).
Figura 13 – Modelos montados em ASA com dentes Figura 14 – Plano oclusal regularizado por desgaste.
extruídos invadindo o plano oclusal. Fonte: Atlas de prótese parcial. Prof. Dr. George Graber.
Fonte: Atlas de prótese parcial. Prof. Dr. George Graber.
6. Em quantas etapas pode ser dividido o preparo da boca para uma PPR? Quais são elas?
8. No tratamento clínico geral dos preparos protéticos, caso a quantidade a ser desgastada
seja de proporção tal que possa atingir o órgão pulpar, uma endodontia prévia faz-se
necessária. Por que os desgastes devem ser realizados sem o uso de anestesia?
TIPOS DE APOIOS
A seguir, são apresentados três tipos de apoios:
apoio oclusal (simples, duplo ou geminado – Figuras 15-17).
Figura 15 – Apoio oclusal simples. Figura 16 – Apoio oclusal duplo. Figura 17 – Apoio oclusal gemi-
Fonte: Arquivo de imagens dos auto- Fonte: Arquivo de imagens dos auto- nado.
res. res. Fonte: Arquivo de imagens dos auto-
res.
FUNÇÕES DO APOIO
São funções do apoio em uma PPR:
transmitir as forças paralelas ao longo eixo dos dentes;
limitar o assentamento (ou intrusão) do aparelho, fornecendo suporte à prótese;
distribuir as forças para mais de um dente suporte (apoios geminados);
manter ou restabelecer as relações oclusais entre os dentes antagonistas.
Para que o sistema hidráulico de sustentação atue de maneira fisiológica, é necessário que
as forças incidam na direção do longo eixo, visto que 80% das fibras do ligamento
periodontal são oblíquas, fato que contribui para a manutenção do turn-over periodontal.
Para que o objetivo de transmissão da força seja alcançado de forma plena, torna-
se necessário o preparo da estrutura dental na qual o apoio vai se alojar.9
Assim, a localização dos apoios para dentes inclinados deve receber atenção especial
em virtude do próprio posicionamento do dente, pois a inclinação tende a direcionar a força
fora do longo eixo (Figura 21).
9. Analise as afirmativas sobre os preparos específicos dos dentes suporte para PPR.
I – O preparo dos dentes suporte visa essencialmente a um correto assentamento da
prótese, objetivando estabilidade, retenção, suporte e estética.
II – Os preparos são, na verdade, alterações na anatomia dentária, sejam por desgaste
ou acréscimo de material, visando a um melhor posicionamento dos grampos e
apoios.
III – Os preparos podem ser divididos em preparo dos dentes para receber apoios, preparo
dos dentes para receber os grampos e preparo de raízes residuais.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a I e a II.
D) Apenas a III.
Resposta no final do artigo
12. A localização dos apoios deve sempre permitir uma direção de força axial, procurando
transformar as forças de pressão recebidas pelo dente em forças de tração, pois estas
são mais bem toleradas. Nesse sentido, o que é considerado de grande importância no
preparo dos nichos que vão receber os apoios?
Nichos oclusais
O preparo dos nichos oclusais é realizado em fóssulas próximo-oclusais de dentes posteriores
(Figura 25).
Figura 27 – Nicho oclusal (vista oclusal). Figura 28 – Forma de utilização da broca para pre-
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. paro do nicho oclusal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A parede pulpar deverá ser plana e perpendicular ao longo eixo do dente para que toda a
força oclusal seja distribuída uniformemente sobre o periodonto. Já as paredes circundantes
devem apresentar-se com ligeira expulsividade para a face oclusal.
Ângulos
Os ângulos axio-pulpares não devem ser agudos e sim arredondados, pois o metal não
copia esses ângulos. O ângulo estabelecido entre o conector maior e o apoio deverá ser de
aproximadamente 90º. Ângulos maiores poderão deixar a prótese e o dente como dois planos
inclinados justapostos, e ângulos exageradamente menores do que 90º poderão causar um
desequilíbrio na decomposição das forças.
Apoios geminados
Nos casos em que houver a necessidade de confeccionar nichos em dentes adjacentes (apoios
oclusais geminados) e, a partir destes, houver braços de grampos que cruzem a superfície
oclusal para atingir as faces vestibular e lingual (grampos geminados), sua anatomia deve ser
alterada, abrindo-se uma “passagem” para os grampos e evitando-se, assim, que o metal
fique sobre a cúspide, interferindo na oclusão (Figura 31).
Figura 34 – Coroa fresada fundi- Figura 35 – Dentes inferiores em Figura 36 – Coroa total na arma-
da. infraoclusão. ção da PPR servindo como macro-
Fonte: Prof. José Fernando S. Lopes. Fonte: Prof. José Fernando S. Lopes. apoio.
Fonte: Prof. José Fernando S. Lopes.
Nichos linguais
Nos dentes anteriores, preparos para apoios podem ser realizados nas faces incisais e linguais
(cíngulo). Ao se considerar que o dente no alvéolo funciona como uma alavanca interfixa,
com seu ponto de fulcro aproximadamente no limite entre o terço médio e o terço apical da
raiz, o preparo sobre o cíngulo leva uma grande vantagem biomecânica em relação ao apoio
incisal, que apresenta o pior prognóstico quanto a tal característica, pois, nele, a força sem-
pre estará dirigida para fora do longo eixo. Assim, esse descanso deve ser preparado na face
lingual, região do cíngulo, com formato aconcavado e profundidade suficiente para garantir
o correto direcionamento das forças para o longo eixo dos dentes suporte.15
Porém, se, por um lado, a localização dos apoios no cíngulo representa indiscutivelmente
vantagens biomecânicas e estéticas, essa área poucas vezes apresenta uma morfologia
favorável, principalmente nos caninos e incisivos inferiores. Assim, restaurações indiretas17
ou diretas (resina composta) fazem-se necessárias para que o apoio da PPR alcance um “descan-
so” de forma satisfatória.18 Além disso, a profundidade de um nicho lingual não deve ser
inferior a 0,5mm para que sua forma e resistência sejam apropriadas, já que a espessura
média do esmalte nessa região é de 0,46mm.19
A B
C D
A B C
Nicho incisal
Embora bastante divulgado na literatura, o apoio incisal vem sendo cada vez menos
utilizado, pois, do ponto de vista biomecânico, é o que acarreta piores resultados aos dentes
pilares em função da localização em que fica sobre a superfície dentária (ângulo próximo-
incisal). Dessa forma, a força incidente jamais é transmitida em direção ao fulcro do dente,
mas sim longe dele (Figura 45).
Por razões estéticas, os nichos incisais deveriam ser indicados somente para o arco
inferior (ver Figura 45 e Figuras 46-48).
Figura 46 – Nichos incisais. Figura 47 – Modelo com nichos Figura 48 – Apoios incisais em
Fonte: Arquivo de imagens dos auto- incisais. dentes inferiores.
res. Fonte: Arquivo de imagens dos auto- Fonte: Arquivo de imagens dos auto-
res. res.
15. Qual deve ser a espessura dos apoios oclusais? Justifique sua resposta.
16. Em relação aos preparos protéticos dos dentes pilares de uma PPR, o que são os macroa-
poios?
18. Algumas vezes, os dentes anteriores não apresentam uma morfologia favorável a um
preparo direto na região do cíngulo. Como proceder nessas situações?
19. Em uma PPR, do ponto de vista biomecânico, qual é o apoio mais e o menos efetivo,
respectivamente?
A) Incisal e oclusal.
B) Oclusal e incisal.
C) Incisal e lingual.
D) Lingual e oclusal.
Resposta no final do artigo
Sistemas
de grampos
Ação de ponta
Nos casos dos retentores extracoronários, para que um grampo seja efetivo, é necessário
que a sua ponta ativa esteja localizada em uma área retentiva. Portanto, para a PPR, a retenção
é uma propriedade dada pela ponta ativa do braço de retenção, a qual deve se alojar em uma
área mais cervical em relação ao equador protético. Isso torna possível ao grampo resistir às
forças que tendem a deslocá-lo em direção contrária ao eixo de inserção gengivo-oclusal
(Figura 50).
Ação de abraçamento
Braço de Braço de
retenção oposição
Ação de tropeçamento
Quando somente a haste toca o dente, este apresenta muita retenção (Figura 58),
ao passo que, se somente a ponta da haste tocar a cervical do dente, este não
apresenta retenção alguma (Figura 59).
Figura 58 – Dente inclinado mostrando excesso de Figura 59 – Dente inclinado mostrando falta de re-
retenção. tenção.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Para os casos em que somente a haste toca o dente e em que somente a ponta da haste toca
a cervical do dente, existe a necessidade de alterações dentárias para que a PPR apresente
um eixo de inserção com um mínimo de interferência e, ao mesmo tempo, uma retenção
satisfatória a fim de que não se desloque frente aos esforços funcionais.
Os desgastes realizados no esmalte superficial têm como função criar planos de orientação
(planos-guias) que podem ser definidos como superfícies dentais paralelas entre si, propiciando
uma única direção de inserção para a prótese removível, proporcionando maior estabilidade
e tornando a retenção do grampo mais efetiva (Figuras 60 e 61).
Figura 60 – Ilustração de molar inclinado e a área a Figura 61 – Após o desgaste, confecciona-se um pla-
ser desgastada. no-guia que irá facilitar a entrada e a saída da prótese.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
As alterações da anatomia dental por desgaste podem também ser utilizadas para tornar
o contorno dental mais favorável em determinadas situações, como:
áreas retentivas proximais muito pronunciadas em que o “espaço morto” se torne um
problema estético ou proporcione impacção alimentar;
Figura 62 – Dentes molares inclinados. Figura 63 – Desgaste da porção inclinada com broca
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. diamantada cilíndrica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 64 – Plano-guia (desgaste) realizado. Figura 65 – Confecção do nicho oclusal após a realiza-
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. ção do plano-guia.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Evidentemente que o desgaste em alta rotação sem nenhuma orientação não assegura
o paralelismo desejado. Quando a inclinação do dente é mínima e, consequentemente, o
desgaste a ser realizado também, pode-se fazê-lo tomando-se o cuidado de manter a ponta
diamantada com a mesma inclinação da haste vertical do delineador em relação ao modelo.
Porém, quando a inclinação do dente é tamanha que seja preciso desgastar sobremaneira o
elemento dentário, a utilização de um guia faz-se necessária. O guia pode ser confecciona-
do em resina acrílica, no modelo montado sobre a platina do delineador, já com o plano de
inserção definido.
20. Sobre o preparo dos dentes para receber grampos, é correto afirmar que
A) os grampos ou retentores são os elementos da PPR responsáveis pela sua retenção,
assegurando uma posição de estabilidade da peça protética e impedindo o seu deslo-
camento durante os atos habituais do paciente, como mastigação, deglutição e fo-
nação.
B) nos casos dos retentores extracoronários, para que um grampo seja efetivo, é necessá-
rio que a sua ponta ativa não esteja localizada em uma área retentiva.
C) para a PPR, a retenção é uma propriedade dada pela ponta ativa do braço de retenção,
a qual deve se alojar em uma área menos cervical em relação ao equador protético.
D) os grampos podem atingir as áreas retentivas dos dentes suportes, agindo de uma
única maneira.
Resposta no final do artigo
22. Quais são os grampos de retenção indicados para os dentes pilares próximos ao extremo
livre (classes I e II de Kennedy)?
A) Circunferenciais.
B) T e I.
C) Ottolengui.
D) Y.
Resposta no final do artigo
24. Que procedimentos podem ser utilizados para diminuir as áreas retentivas a fim de que
a PPR tenha um eixo de inserção com um mínimo de interferência?
Gengivectomia/gengivoplastia
Uma situação bastante frequente é a presença de dentes pilares estratégicos para a colocação
de grampos que se encontram em uma posição desfavorável. Terceiros molares semierupciona-
dos inferiores são os maiores exemplos. Nesses casos, há a necessidade de remoção cirúrgi-
ca da gengiva, com ou sem osteotomia, para que haja o aumento da coroa clínica e, assim,
tenha-se uma área retentiva adequada para a acomodação da ponta do grampo de retenção,
sem que este venha a interferir no periodonto de proteção (gengiva) (Figuras 68 e 69).
Outra técnica para aumentar a retenção em dentes com pouca área retentiva é a
confecção de dimples. Nesse caso, não é a adição de material, mas sim um desgaste
em forma de concavidade ou canaleta que é realizado próximo à superfície cervical
da coroa, preparado com uma ponta esférica (número 1014 ou 1015 da Sorensen)
e apresentando profundidade de, aproximadamente, 1/3 do seu diâmetro ou 0,4mm.
A superfície interna do grampo, por sua vez, apresenta uma pequena saliência correspon-
dente ao preparo, no qual se aloja quando a estrutura metálica estiver adaptada, promovendo
a retenção da prótese (Figura 70).
Figura 71 – Desgaste (dimple) indicado com a seta. Figura 72 – Dimple reproduzido no modelo (seta).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 73 – Haste do delineador posicionada mos- Figura 74 – Área demarcada mostrando o aumento
trando dente com falta de área retentiva. da convexidade do dente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Não raro, observam-se casos de dentes com extensas restaurações ou mesmo raízes remanes-
centes com suporte periodontal satisfatório que necessitam de coroas protéticas antes da
confecção da PPR. São as chamadas coroas fresadas, ou seja, coroas totais metálicas ou
metalocerâmicas projetadas para receber uma PPR posteriormente (Figura 77).
Grampos de oposição
Considerando que, na maioria das vezes, os grampos de retenção estão alojados na face
vestibular do dente e exercem uma força no sentido V-L todas as vezes em que a PPR é
ativada, é fundamental a presença de um grampo de oposição, alojado na face lingual.
Outro aspecto importante quanto às alterações bucais necessárias para um perfeito relaciona-
mento da estrutura da PPR com os dentes é o preparo de planos-guias, ou seja, um desgaste
ou nivelamento dessas superfícies convexas, fazendo com que a prótese tenha capacidade
de deslizar suavemente para o seu lugar sem exercer força lateral ao dente suporte (Figura
78). Uma prótese assim confeccionada terá uma inserção e remoção suave, transmitindo
uma tensão mínima aos dentes, enquanto estes se acomodam no alvéolo por meio da elasti-
cidade das fibras do ligamento periodontal.28,29,30
A B
C D
Figura 80 – Coroa fresada com plano-guia na superfície lingual favorecendo a ação do braço de oposição.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
29. O que é coroa fresada e qual é sua relação com os preparos protéticos dos dentes pilares
de uma PPR?
31. Quais são as vantagens da confecção de planos guias para o braço de oposição?
RAÍZES RESIDUAIS
Algumas vezes, pacientes chegam aos consultórios ou clínicas de instituições de ensino com
raízes residuais que, a princípio, seriam extraídas. É lógico supor que dentes ou mesmo raízes
que não se apresentam em condições de aproveitamento deverão ser removidos o quanto
antes, como descrito anteriormente nos preparos prévios.
Porém, em algumas situações, isso não é possível, principalmente por razões econômicas,
pois fatalmente acarretará um custo maior no tratamento, tornando-o inviável para o paciente.
Também quando as raízes apresentam reduzido suporte periodontal, está contraindicada
uma restauração protética sobre elas, principalmente utilizando-se núcleo metálico fundido
(Figuras de 81A-B a 84). Todavia, isso não seria motivo para a extração das raízes, já que
o seu aproveitamento traria inúmeros benefícios ao tratamento.
Figura 82 – Dente 21 com perda óssea e cárie. Figura 83 – Núcleo estojado cobrindo a raiz do dente
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 21.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 85 – Incisivos inferiores com periodonto reduzido. Figura 86 – Raízes restauradas com resina composta.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A perda dos dentes posteriores (classe I) ou mesmo sua presença sem antagonistas fazem
com que se tenha uma situação em que o paciente apresenta perda da dimensão vertical
de oclusão (DVO), tendo um comprometimento de todo o sistema mastigatório no que diz
respeito à mastigação, deglutição, fonética e estética, além de uma sobrecarga muscular e
articular. Nessas condições, os dentes anteriores passam a oferecer um suporte mediante
contatos em uma oclusão habitual.
Não sendo adequados para a função de manutenção da DVO, os dentes anteriores podem
sofrer migração em direção à face vestibular (abertura em “leque”) e apresentar mobilida-
de, pois o tecido ósseo, nessa região, mostra-se extremamente delgado.
É obvio supor o porquê de o canino ser o dente escolhido para a função de manuten-
ção ou de restabelecimento da DVO: possui raiz longa (boa inserção periodontal) e
posição favorável no arco.35
Estruturas adesivas
Pode haver dentes caninos hígidos, que devem ser preservados em vez de desgastados de
forma altamente invasiva, como acontece em um preparo para coroa total. Nesse caso, indica-
se uma modificação da face palatina a fim de receber uma estrutura semelhante a um
retentor de prótese adesiva. Essas estruturas podem ser obtidas diretamente nos dentes
caninos preparados, com resina quimicamente ativada (ex.: Duralay), e fundidas em uma liga
metálica (Ex: Ni-Cr, Cu-Al, Co-Cr).36
Assim como nos casos de uma coroa total, a estrutura adesiva deve permitir a possi-
bilidade da confecção de um nicho para o descanso do apoio da PPR. Sua fixação
deverá ser feita mediante uma cimentação adesiva, utilizando-se um cimento resinoso
(ex.: Panávia, Rely X) (Figuras 87-91).
Figura 94 – Falta de contenção cêntrica. Figura 95 – Preparo do dente canino para restauração
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. com resina composta.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
37. O que é a “pré-molarização” do canino e qual é sua relação com os preparos protéticos
dos dentes pilares de uma PPR?
39. Sabendo que uma das técnicas de pré-molarização de canino mais simples e de baixo
custo para o paciente é a técnica direta com resina composta, explique seu procedimento.
[importante] Se, após o tratamento periodontal inicial, alguns dentes ainda apresentarem
uma mobilidade de primeiro e segundo grau, será necessário estabilizar ou imobilizar esses
dentes a fim de mantê-los em posição, evitando uma migração patológica. A imobilização
dos dentes abalados torna-se mais efetiva quando um maior número de dentes com periodonto
sadio é englobado.
TIPOS DE ESPLINTAGEM
A B
Figura 100 – A) Espaço reduzido para colocação de conector maior em forma de barra. B) Colocação da placa
lingual servindo como conector maior.
Fonte: (A) Atlas de Prótese Parcial Removível. Prof. Dr. Reynaldo Todescan e (B) Arquivo de imagens dos autores.
Esplintagem fixa
Também se pode lançar mão de uma esplintagem fixa e definitiva para os dentes abalados
periodontalmente, semelhante às próteses fixas adesivas, conjugada ao tratamento final com
PPR. Julga-se esse tipo de tratamento mais eficaz na esplintagem dos dentes abalados
42. Justifique a seguinte afirmação: “no desenho das PPRs para pacientes com dentes perio-
dontalmente enfraquecidos, os conectores maiores são de vital importância.”
45. Por que a esplintagem fixa é mais eficiente do que o uso da placa lingual para os dentes
abalados periodontalmente?
CONCLUSÃO
O correto planejamento de qualquer peça protética leva, na maioria das vezes, a um
sucesso no tratamento reabilitador. Esse planejamento passa por um criterioso exame clínico
e radiográfico, além da confecção de modelos montados em articulador (ASA). Depois, são
feitas a elaboração e a realização de um preparo prévio, que consiste na adequação do meio
oral para poder receber a PPR. Essa adequação passa pela análise do modelo em delineador
a fim de que sejam observadas inclinações dos dentes, além da presença ou ausência de
áreas retentivas.
Atividade 2
Resposta: D
Atividade 4
Resposta: As correções feitas na boca são chamadas de preparo prévio. Ele é de fundamental
importância, pois é durante essa etapa que se prepara a boca para receber uma PPR. Ao
eliminar todos os fatores desfavoráveis, como dentes condenados, realizando raspagem,
restaurações de dentes cariados e regularização do plano oclusal mediante desgaste de dentes
extruídos, estar-se-á proporcionando uma condição favorável, tanto para o planejamento e
execução, como para a manutenção da PPR por parte do paciente.
Atividade 5
Resposta: F; F; V; V.
Comentário: A preparação da boca deve seguir um plano de tratamento preestabelecido,
que pode, todavia, ser modificado frente a circunstâncias anteriormente não previstas. Um
minucioso exame clínico juntamente com o auxílio de radiografias panorâmicas e periapicais
e modelos de estudos montados em articulador semiajustável constituem os primeiros passos
a serem adotados.
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: Quanto ao tratamento clínico geral dos preparos protéticos dos dentes pilares
de uma PPR, na boca, o ideal é um desgaste progressivo, às vezes realizado em duas ou mais
sessões, dependendo do grau de sensibilidade relatado pelo paciente. Ao final de cada sessão,
um procedimento de remineralização dos tecidos desgastados faz-se necessário.
Atividade 10
Resposta: D
Comentário: Os apoios em PPR são responsáveis pelo suporte do aparelho, alojando-se em
cavidades especialmente preparadas, denominadas nichos ou descanso. Os três tipos de
apoio são oclusal (simples, duplo ou geminado), lingual (cíngulo) ou apoio incisal. Entre as
funções dos apoios, estão transmitir as forças paralelas ao longo eixo dos dentes, limitar o
assentamento (ou intrusão) do aparelho, fornecendo suporte à prótese, e distribuir as forças
para mais de um dente suporte (apoios geminados).
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: O local mais apropriado para a realização dos apoios oclusais é sobre esmalte,
apesar da técnica um tanto “invasiva”.
Atividade 14
Resposta: D
Comentário: Um apoio oclusal deve ter a forma triangular, com o vértice voltado para o
centro do dente e a base para a crista marginal. A parede pulpar plana e os ângulos internos
arredondados devem ser divergentes e direcionados para a face oclusal. Suas dimensões
devem estar, aproximadamente, a 1/3 da distância mesiodistal e 1/3 da distância vestibulolin-
gual.
Atividade 17
Resposta: A
Comentário: O desgaste deve ser feito com pontas cilíndricas ou tronco-cônicas diamantadas,
em alta rotação, tomando-se o cuidado para não tornar o esmalte tão irregular que chegue
a interferir no assentamento da prótese. O nicho deve ser preparado como se a inserção da
PPR fosse descrita em uma trajetória paralela à vertente lingual.
Atividade 19
Resposta: B
Comentário: Os apoios mais efetivos são os oclusais, pois são os que melhor transmitem a
força ao periodonto. Já os menos efetivos são os incisais, um vez que são os que pior transmi-
tem a força ao longo eixo do dente.
Atividade 22
Resposta: B
Comentário: Os grampos de retenção indicados para os dentes pilares próximos ao extremo
livre são os de ação de ponta (T e I), que atuam por ação de tropeçamento.
Atividade 23
Resposta: C
Comentário: Quando somente a haste toca o dente, este apresenta muita retenção, ao passo
que, se somente a ponta da haste toca a cervical do dente, este não apresenta retenção
alguma.
Atividade 26
Resposta: C
Comentário: Quando a inclinação do dente é tamanha que se deva desgastar sobremaneira
o elemento dentário, a utilização de um guia faz-se necessário.
Atividade 28
Resposta: C
Comentário: Dimples são pequenos desgastes realizados nos dentes pilares que apresentam
deficiência de área retentiva. Servem para alojar a ponta ativa do grampo, aumentando,
assim, a retenção da PPR.
Atividade 30
Resposta: A
Comentário: Diferentemente do braço de retenção, que apresenta uma extremidade flexível,
o braço de oposição é um componente rígido e, por isso, deve estar localizado em uma área
do dente não convexa, ou seja, não retentiva. Outro aspecto relevante quanto às alterações
bucais necessárias para um perfeito relacionamento da estrutura da PPR com os dentes é o
preparo de planos guias, ou seja, um desgaste ou nivelamento dessas superfícies convexas,
fazendo com que a prótese tenha capacidade de deslizar suavemente para o seu lugar sem
exercer força lateral ao dente suporte.
Atividade 34
Resposta: A
Comentário: Após tratamento endodôntico, prepara-se a raiz como se fosse receber um
núcleo metálico fundido. Porém, será construído um núcleo estojado, que nada mais é do
que um núcleo sem a parte coronária.
Atividade 36
Resposta: D
Comentário: A perda dos dentes posteriores (classe I) ou mesmo sua presença sem antagonistas
fazem com que se tenha uma situação em que o paciente apresenta perda da DVO. Não
sendo adequados para a função de manutenção da DVO, os dentes anteriores podem sofrer
migração em direção à face vestibular (abertura em “leque”) e apresentar mobilidade, pois o
tecido ósseo, nessa região, apresenta-se extremamente delgado. Dentes anteriores, por serem
unirradiculares, possuírem raízes curtas e cônicas e uma posição oblíqua em relação ao plano
oclusal, não são capazes, na maioria das vezes, de resistir às forças oclusais.
Atividade 38
Resposta: D
Atividade 40
Resposta: F; V; F; V.
Comentário: A conservação dos dentes remanescentes por intermédio do tratamento integrado
e a otimização das funções do aparelho mastigatório são dois dos principais objetivos no
tratamento de pacientes com PPR.
Atividade 41
Resposta: B
Comentário: A função principal de se esplintar dentes abalados periodontalmente é distribuir
a força entre mais dentes, tirando a sobrecarga oclusal dos dentes com mobilidade.
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