Você está na página 1de 6

INDICAÇÕES DE PRÓTESES CONJUGADAS NA REABILITAÇÃO ORAL DE

INDIVÍDUOS EDÊNTULOS PARCIAIS1

Jeniffer de Kassia Araújo Moraes 2


Denise Coelho, Marcela Cavassana, Mário Gomes e Tatiana Hassin 3

RESUMO
O objetivo geral da pesquisa foi estudar as indicações de próteses conjugadas na
reabilitação oral de indivíduos edêntulos parciais. Quanto a metodologia, foi
realizada uma revisão de literatura, os critérios de inclusão foram artigos originais
em inglês e português, escrito após 2012, ligados ao objetivo do presente estudo.
Indivíduos parcialmente desdentado sofrem de má função mastigatória e aparência
estética causada pela discrepância anteroposterior severa entre os arcos dentários e
perda da dimensão vertical oclusal. A reabilitação oral pode ocorrer com tratamento
utilizando próteses conjugadas utilizando uma dentadura parcial removível
juntamente com prótese fixa. Ao final do tratamento, o paciente pode ser reabilitado
com sucesso, tanto funcional como estético, através do restabelecimento da
dimensão vertical oclusal e correção da discrepância anteroposterior entre os arcos
dentários. Além disso, um sorriso estético e reabilitação funcional do sistema
estomatognático foi obtido satisfatoriamente com cirurgia ortognática seguida de
tratamento protético.

Palavras-chave: Próteses. Prótese conjugada. Indivíduos edêntulos.

1 INTRODUÇÃO

A reabilitação oral de pacientes com perdas dentárias utilizando próteses


dentárias auxilia na recuperação e equilíbrio neuromuscular do sistema
estomatognático, o que viabiliza recuperação das funções de mastigação e fala, por
exemplo, além do aumento da autoestima, o bem estar físico, mental e social,
possibilitando, vida.

1
3°check do Paper apresentado à disciplina de Prótese Integrada I, do Centro Universitário Unidade de Ensino
Superior Dom Bosco- UNDB.
2
Aluna do 6°Período, do curso de odontologia, da UNDB.
3
Professores(as), orientadores(as).
Contudo, sabendo consequentemente, uma melhor qualidade de se dos
principais tipos de próteses disponíveis, boa anamnese e exame físico para escolha
da melhor reabilitação faz-se necessário uma (TAQUES et al., 2015).
Logo, observa-se que existem algum as indicações para realização de
próteses conjugadas, respeitando tanto os princípios biológicos e mecânicos, como
a escolha do paciente e suas condições socioeconômicas (GOIATO et al., 2013).
A constante evolução da Odontologia ao longo de sua trajetória tem
possibilitado a utilização de novas técnicas como também de novos materiais,
permitindo a execução de tratamentos cada vez mais sofisticados. Dentre eles, a
reabilitação oral do paciente edêntulo parcialmente tem uma posição de destaque e
é uma preocupação constante da Odontologia (TAQUES et al., 2015).
Neste âmbito, a realidade atual tem colocado a utilização de implantes
dentários em evidência, contudo, muitas vezes, existem limitações de ordem
econômica, sistêmica ou anatomofisiológica que inviabilizam esse tipo de
tratamento. Assim sendo, uma alternativa viável a ser considerada é o uso de
próteses fixas conjugadas a prótese parcial removível (PPR), as quais representam
um recurso bastante notório não apenas do ponto de vista estético como também
funcional (MOSS et al., 2019).
A reabilitação oral com o uso de prótese conjugada, quando bem indicada,
demonstra uma excelente opção quanto à estética, além da estabilidade e função
que são desejadas. O manejo clínico dos profissionais envolvidos é de suma
importância, para que o resultado seja alcançado e o paciente possa ter um sorriso o
mais natural possível (PUÇA et al., 2020).
O presente estudo é relevante por apresentar as indicações de realização de
próteses conjugadas como método de reabilitação oral em pacientes edêntulos, em
forma de revisão dessa forma, o objetivo deste estudo é demonstrar as indicações
para realização de próteses conjugadas em reabilitação oral.
O objetivo geral é estudar as indicações de próteses conjugadas na
reabilitação oral de indivíduos edêntulos parciais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A perda de um ou mais dentes perturba o equilíbrio funcional dos dentes


restantes e pode resultar em migração, alargamento dos contatos proximais e
impacção alimentar, reabsorção óssea, interferências oclusais, perda da dimensão
vertical, mastigação alterada, sobrecarga anterior, disfunção temporomandibular
com atividades para-funcionais, fonética alterada e problemas estéticos e
psicológicos, tais como autoestima e confiança afetadas (GOIATO et al., 2013).
A reabilitação oral de pacientes adultos parcialmente desdentados que não
querem uma prótese parcial removível continua a ser um desafio para os
especialistas em odontologia na prática diária rotineira. O uso de próteses fixas
conjugadas demonstrou oferecer benefícios sobre uma prótese dentária parcial
removível suportada por tecidos moles (AL-JAMMALI et al., 2019).
Entretanto, uma avaliação abrangente, uma abordagem multidisciplinar e um
plano de tratamento sequencial elaborado em harmonia com as percepções do
paciente são importantes para um resultado bem sucedido a longo prazo. Após
estabelecer o diagnóstico, é importante determinar o melhor momento para realizar
o tratamento ortodôntico (SOUZA JUNIOR et al., 2020).
Oliveira (2022), por meio de um estudo, recomenda que a colocação de
próteses conjugadas seja feita após a conclusão do tratamento ortodôntico, embora
a carga imediata de implantes tipo parafuso com superfície rugosa que suportam
dentaduras fixas para o tratamento de maxila desdentada ou mandíbula pareça ser
uma opção de tratamento confiável com alta probabilidade de sucesso.
Em pacientes parcialmente desdentados com má oclusão, o momento ideal
de implante não foi claramente estabelecido. Resultados bem sucedidos foram
relatados em pacientes com má oclusão de classe II e classe III utilizando
ancoragem de implantes minúsculos (SUGIO et al., 2019).

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa se trata de uma revisão de literatura. A pesquisa foi


baseada em buscas de palavras chaves indexadas nos Descritores da Saúde
(DECS), com os termos “prótese conjugada; reabilitação oral; próteses fixas.” Os
termos serão buscados nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico e Pubmed.
Os critérios de inclusão foram artigos originais em inglês e português, escrito
após 2012, ligados ao objetivo do presente estudo. Artigos em outras condições,
como de baixa relevância e fora do prazo e idioma não serão considerados. Artigos
do tipo revisão de literatura, estudos de caso e pesquisas clínicas e laboratoriais
serão aceitos. Para análise dos dados, os resumos dos estudos foram lidos, bem
como seus objetivos. Aqueles que se adequarem ao tema proposto foram incluídos
como fonte de subsídio na construção deste trabalho.

4 DISCUSSÃO DO TEMA

Um implante é uma alternativa bem-vinda às complexas próteses fixas ou


removíveis, pois simplifica as complexas reconstruções. Três indicações principais
especificadas para implantes são: maior conforto de mastigação subjetiva,
preservação da substância dentária natural ou reconstruções existentes e
substituição de pilares estrategicamente importantes (CORRÊA, 2021).
A determinação da posição ideal do implante requer um diagnóstico completo
e um planejamento de tratamento e depende do tipo de prótese planejada
(substituição de um único dente, prótese fixa, overdentures em barras ou elementos
de ancoragem retentiva) (MELO; BARBOSA, 2020).
De acordo com Girotto et al. (2022), as complicações técnicas e biológicas
encontradas nos casos de extensão distal podem ser evitadas pela colocação de um
ou mais implantes na região de extensão distal. Para uma reconstrução fixa, é
necessária uma avaliação das dimensões e distâncias entre dentes ausentes
enquanto se substitui os pilares em uma posição estrategicamente correta
(OLIVEIRA, 2022).
Da mesma forma, a orientação dimensional dos implantes também é
significativa. Os pilares de implantes não paralelos muitas vezes envolvem
complicações técnicas, tais como acúmulos difíceis ou construções de pilares para
as superstruturas. Portanto, se as próteses conjugadas forem escolhidas para
substituir dentes ausentes estrategicamente importantes, uma reabilitação funcional
ideal de toda a dentição deve ser planejada (FERREIRA FILHO et al., 2021).
A reabilitação protética de pacientes parcialmente desdentados pode ser
representada por uma restauração por coroas e pontes permanentes presas a
dentes naturais e a implantes e tratamento por coroas presas a dentes naturais e
próteses removíveis suportadas por implantes. Dependendo das exigências
estéticas e da localização das margens de preparação, podem ser utilizadas coroas
unitárias ou metalo-cerâmicas e para pontes foram utilizadas metalo-cerâmicas
(SOUZA JUNIOR et al., 2020).
Em geral, é necessária uma cooperação bem coordenada entre dentista,
cirurgião e técnico odontológico no planejamento e realização do tratamento para
uma reabilitação protética por meio de prótese conjugada bem sucedida.

5 CONCLUSÃO

O objetivo das reconstruções protéticas é preservar e restaurar a saúde, a


estética e a função. As tendências atuais de tratamento para pacientes parcialmente
desdentados com falta de um ou vários dentes variam de uma prótese removível
provisória, prótese parcial fundida definitiva, prótese colada com resina,
restaurações de fundações, prótese parcial fixa ou uma prótese osseointegrada.
Decisões para substituir dentes ausentes, para reter ou extrair dentes de pilar
em potencial comprometidos por um período ou para prescrever um esquema
oclusal específico para uma dentição restaurada, confrontar o clínico em uma base
rotineira. Além disso, um sorriso estético e reabilitação funcional do sistema
estomatognático pode ser obtido satisfatoriamente por meio de tratamento protético.
Uma avaliação abrangente, uma abordagem multidisciplinar e um plano de
tratamento sequencial elaborado em harmonia com as percepções do paciente são
importantes para um resultado bem sucedido a longo prazo.

REFERÊNCIAS

AL-JAMMALI, Zainab Mahmood, et al. The satisfaction of patient with removable


partial denture therapy from point of the comfort and chewing efficiency. Annals of
Tropical Medicine & Public Health, Vol. 22 (10), December 2019.

CORRÊA, Lutiéllo Conceição. Qualidade de vida relacionada à saúde bucal em


pacientes com prótese parcial removível: uma revisão integrativa. 47p.
Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, junho, 2021.

FERREIRA FILHO, Mário Jorge Souza, et al. Reabilitação oral com prótese parcial
removível dupla: revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, Curitiba,
v. 7, n. 2, p. 16934-16947 fev. 2021.

GOIATO, Marcelo Coelho et al. Reabilitação protética com associação entre prótese
parcial removível e implante dentário: relato de caso. Revista Odontológica de
Araçatuba, p. 67-69, 2013.
GIROTTO, A. et al. O uso da prótese parcial removível na reabilitação oral.
RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar, [S. l.], v. 3, n. 8, p. e381805, 2022.

OLIVEIRA, Emille Cavalcante de; Reabilitação oral utilizando prótese parcial


removível associada a implantes osseointegrados: relato de caso. Rev. Odontol.
Araçatuba (Impr.); 43(1): 24-30, jan.-abr. 2022.

MELO, Jéssyca Maria França de Oliveira. BARBOSA, Eduardo de Farias. Prótese


parcial removível sobre implante e dentes: relato de caso clínico. Rev Gaúch.
Odontol. n. 68, 2020.

MOSS, Olívia Breda, et al. Reabilitação oral com prótese bucomaxilofacial em


paciente pediátrica submetida à excisão de lesão neoplásica benigna em maxila.
Archives of Health Investigation, v. 8, n. 11, 2019.

PUÇA, Daniel Lopes Terra et al. Reabilitação bucal com prótese total imediata: um
recurso estético e funcional–relato de caso. Archives of Health Investigation, v. 9,
n. 6, p. 517-521, 2020.

SOUZA JUNIOR, F. de A. de; et al. Reabilitação oral com prótese sobre implante em
mandíbula extremamente atrófica, utilizando a técnica do sanduiche invertido: Relato
de 2 casos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 12, p.
e38591211092, 2020.

SUGIO, Carolina Yoshi Campos, et al. Considerações sobre os tipos de próteses


parciais removíveis e seu impacto na qualidade de vida. Revista Odontológica de
Araçatuba, v. 40, n. 2, p. 15-21, Maio/Agosto, 2019.

TAQUES, Dener de Oliveira, et al. Reabilitação Oral Em Odontologia–Relato De


Caso. Revista Saúde Multidisciplinar, v. 3, n. 1, 2015.

Você também pode gostar