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REVISÃO 2 - EXAME FINAL

★ OCLUSÃO

● RC (relação cêntrica): posição mais ântero posterior dos côndilos localizados nas
fossas condilares; independe de dentes
● MIH (máxima intercuspidação habitual): posição onde há maior número de contatos
dentários; independente da localização dos côndilos, apenas dentes
● ORC (oclusão de relação cêntrica): RC + MIH; não existe contato prematuro
nestes casos
● Na oclusão ideal (2%), ambas coincidem, mas na oclusão fisiológica, a MIH e a RC
não coincidem, porém, não causa nenhuma problema
● MIH: pode ser alterada por exemplo se deixarmos um contato prematuro
● Utilizo a MIH para pacientes com oclusão fisiológica ou ideal, apenas para checar
contato prematuro, RC também serve para verificar contato prematuro, além de ser
o ponto de partida para ajuste e restabelecimento correto do sistema
estomatognático
● Oclusão é a relação estática e dinâmica entre as superfícies oclusais dos dentes
(arco superior e arco inferior)
● Relação cêntrica: é uma posição condilar, ou seja, independe da posição dos
dentes; fisiológica e reprodutível - pode ser reproduzida pela técnica frontal ou pela
técnica bilateral
● DVO = MIH (dimensão vertical de oclusão) mede a face do paciente com os dentes
em MIH
● DVR (dimensão vertical de repouso) medimos em posição normal
● Entre ambas devemos ter apenas 3mm de diferença para que não seja algo
patológico
● Se a oclusão do paciente for fisiológica e não patológica, não há necessidade de
intervir
● Na guia, só os do lado do trabalho podem tocar, se os do lado de balanceio tocar,
precisa checar contato prematuro

PT: Relação cêntrica (ponto de partida inicial) e oclusão bilateral balanceada (os dois lados
tocam o tempo todo, diferente da oclusão mutuamente protegida); a linha alta do sorriso é
utilizada como referência para o tamanho dos dentes.
PT: A extensão da área basal (base protética onde se adapta a prótese total) é diretamente
proporcional à retenção da pt; a pressão atmosférica é importante.
Oclusão: durante o movimento de lateralidade, na (guia) função de grupo, o grupo de
caninos até segundos molares se tocam no lado de trabalho e desocluem o lado de
balanceio.
DVO: DVO (MIH) adequado permite um equilíbrio muscular na hora da mastigação, e uma
estética melhor.
RC e MIH é o que o cirurgião-dentista busca em uma oclusão ideal.
Independentemente do material utilizado para sua confecção, a moldeira individual deve
ser rígida, não permitindo a deformação do material de moldagem. Seu principal objetivo é
determinação dos limites da área chapeável, e deve possuir alívio (perfurações). A godiva
serve para selamento periférico.
Na moldagem funcional, a pressão exercida nos tecidos pode ser controlada pela
presença de alívio e/ou perfurações nas moldeiras.
O arco facial (parte do ASA) permite a montagem do modelo superior no articulador, na
mesma posição espacial que a maxila apresenta em relação ao crânio, e também permite
reproduzir a distância intercondilar do paciente e o eixo de rotação dos côndilos para o
articulador (ASA).
Oclusão mutuamente protegida é quando, em MIH, os posteriores se tocam firmemente
com a força no seu longo eixo (sem contato prematuro), protegendo os anteriores que se
tocam levemente, e, em movimentos naturais, os anteriores se tocam levemente enquanto
desocluem os posteriores.
A oclusão bilateral balanceada (PT) é aquela que durante os movimentos excêntricos
(laterais e protrusivos), ocorre o toque de todos os dentes, o que impede o deslocamento
destas próteses. Na PT, também há ausência de guias.
Planos de orientação: Suporte labial - Linha do sorriso - Linha alta do sorriso - Altura
incisal - Corredor bucal - Linha média - Linha dos caninos
Aspectos que devem ser analisados e registrados no plano de cera na etapa de
individualização do plano de orientação superior:
Fatores para o registro do suporte labial:

Quando utilizar a relação cêntrica para pacientes edêntulos ou com poucos dentes:
Para conseguirmos definir a fisiologia correta da oclusão daquele paciente para próteses,
implantes, PPR, ou seja, reabilitações no geral. E utilizamos MIH e RC também para
pacientes normais, para checar a oclusão e os pontos de contato prematuro.

Objetivo do ASA + Arco facial


Auxilia no diagnóstico de problemas articulares e de oclusão; Auxilia no planejamento de
tratamentos de reabilitação oral; Reproduz os movimentos articulares de forma adequada e
fácil de ser demonstrada; Auxilia os laboratórios na produção de próteses.

Importância da RC
A relação cêntrica é de suma importância para as próteses totais, principalmente, por
representar o ponto de partida para qualquer restabelecimento ideal e correto do
sistema estomatognático.

Relações maxilomandibulares
- Estática: RC, MIH, ORC (rc + mih)
- Dinâmica: movimentos laterais da mandíbula, protrusão e retrusão

Guias (protegem os dentes posteriores, quem não tem precisa restabelecer)


1. Lateralidade (guia canina e guia função de grupo)
- na guia função de grupo, os dentes posteriores se tocam, de canino aos molares
- quando for reabilitar, é melhor usar a guia canina pois é mais fácil de reproduzir
2. Protrusão (guia anterior / incisiva)
- movimento de protrusão e retrusão (frente e trás)

Patologias relacionadas diretamente à oclusão


- contato prematuro e suas consequências patológicas
- mobilidade
- abrasão (caneta), atrição (contato prematuro), abfração (cunha; contato prematuro)
- disfunção musculoarticular, DTM; bruxismo; fraturas de raízes, coroas e
restaurações; reabsorção radicular; pulpite e necrose pulpar

Características de Oclusão Ideal


- Transmissão das forças oclusais em direção ao longo eixo dos dentes posteriores
- Contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos
- DVO/DVR adequada
- Guias Laterais e Anterior
- Oclusão Mutuamente Protegida
- RC coincidente com a MIH

Ajuste Oclusal por Desgaste Seletivo


- Eliminar os contatos prematuros que defletem a mandíbula da posição de RC para
MIH
- Permitir guia de desoclusão lateral e anterior
- Permitir a obtenção de contatos bilaterais simultâneos
- Dirigir os vetores de força para o longo eixo dos dentes
- Evitar qualquer redução na altura das cúspides de contenção cêntrica
- Estreitar a mesa oclusal
- Obter estabilidade em RC

★ CIMENTAÇÃO

Os cimentos atuam como uma cola e como uma barreira que evita a infiltração entre o
material que foi cimentado e a peça dentária. É necessário a resistência à solubilidade e
uma espessura mínima da película da substância, de modo que a dissolução por ação
da saliva e a exposição ao meio bucal sejam mínimas. O trabalho de cimentação tem de ser
muito preciso, uma vez que qualquer imperfeição da selagem permite a entrada de
bactérias, deformações das restaurações nos processos de mastigação e o início de cáries
nos pilares odontológicos.

Forma de pó-líquido ou em duas pastas.

Aplicabilidade diversa: união de peças protéticas, proteção pulpar ou como material


restaurador.

1. Os cimentos de baixa viscosidade servem para cimentação de peças protéticas


2. Os cimentos de média viscosidade servem para proteção pulpar
3. Os cimentos de alta viscosidade servem de material restaurador

Em função da capacidade de aderência, os cimentos podem ser classificados em dois


grupos:
● Cimentos odontológicos convencionais ou não adesivos: Têm uma retenção
mecânica e não são capazes de interagir intimamente com os pilares dentários.
Além disso, alguns deles, como o cimento de fosfato de zinco e o cimento de
policarboxilato, apresentam alta solubilidade, facilitando assim a microfiltração; mais
fracos, provisórios; OZE, CIV, PA, zinco
● Cimentos odontológicos adesivos: Consolidam-se de forma mais eficaz nas
irregularidades das superfícies e dos tecidos dentários, melhorando a sua
capacidade de retenção e selagem marginal; cimentos resinosos; mais fortes

O ácido no esmalte o torna uma superfície de alta energia (com micro retenções, mais seco
e inorgânico), e deve ser aplicado por 30 segundos. Já na dentina, deve ser aplicado por 15
segundos para limpeza da cavidade e remoção da “lama” dentinária ocasionada pelo
preparo cavitário. O ácido expõe as camadas de fibras colágenas da dentina. A dentina
possui baixa energia e deve permanecer úmida.

Existem diferentes tipos de cimentos odontológicos para diferentes ocasiões:


Cirurgia oral: apósitos para feridas e contribuição para o processo de cicatrização.
Reabilitação oral: cimentações de próteses fixas.
Endodontia: selagens de canais (pode ser a base de PA, de OXE, de ionômero, etc)
Odontologia preventiva: selantes de fossas e fissuras.
Odontologia conservadora: obturação provisória.
Ortodontia: cimentação de aparelhos de ortodontia nas peças dentárias.

● Para cimentação (fixação de próteses parciais fixas; metal, metalocerâmica,


polímeros, cerâmica pura, próteses provisórias (cimento OZE), pinos e núcleos,
cimento resinoso)
● Para proteção pulpar (vernizes, PA, CIV, OZE, policarboxilato de zinco)
● Para restauração (metálicos, etc.)

Para a cimentação de peças protéticas, os cimentos de baixa viscosidade são os mais


indicados; são indicados os cimentos resinosos, como o allcem.
● Overlays (um overlay é uma reconstrução dentária efetuada de forma indireta, isto
é, feita em um laboratório dentário e posteriormente cimentada sobre o dente;
distingue-se do onlay por cobrir totalmente a porção superior do dente, enquanto o
onlay apenas cobre parcialmente as cúspides (pontas) dentárias.)
● Onlays (cobre parcialmente as cúspides de um dente)
● Inlays (o inlay é um tipo de preenchimento em que o material utilizado é colocado no
interior da cavidade dentária.)

Classificações dos materiais dentários


- Preventivos (selantes, forros, flúor)
- Restauradores (cimentos de base de restaurações, amálgamas, resinas, metais
para fundição, metalocerâmica, cerâmica, polímeros para próteses)
- Acessórios (condicionadores ácidos, materiais de moldagens, revestimentos para
fundição, gessos para modelos, ceras odontológicas, resinas acrílicas)

Propriedades os agentes cimentantes


- Boa adesão
- Baixa solubilidade
- Resistência à união
- Espessura mínima da película para evitar infiltração e solubilidade
- Saber a relação pó / líquido indicado para cada cimento / material
- Boa espatulação
- Biocompatibilidade
- Microinfiltração / Propriedades antibacterianas
- Radiopacidade / Propriedades estéticas
- Escoamento
- Selamento marginal
- Custo benefício
- Tempo de trabalho

Tratamento do remanescente dental de acordo com qual cimento será utilizado


Se for utilizado:
● Cimento fosfato de zinco: basicamente limpeza dos detritos (água oxigenada,
hipoclorito de sódio, clorexidina, detergentes aniônicos)
● Ionômero de vidro: pré tratamento com ácido poliacrílico
● Resinosos: ácido e adesivo; nos auto adesivos, fazer somente limpeza da
cavidade/peça

Cimentos e os Materiais (qual material utiliza qual tipo de cimento)


● Resinas Indiretas / Cerômeros
- Superfície similar às resinas compostas de uso direto porém com com superfície
altamente polimerizada (alto grau de conversão de monômeros)
- O uso de jateamento associado ao condicionamento com ácido fosfórico e silano
- O ácido atua como desengordurante e o silano aumenta a afinidade das partículas
inorgânicas da resina com o cimento resinoso. Adesivo.
- Colada pelos cimentos resinosos, principalmente (exemplo: allcem) / cimentos
auto-adesivos
● Materiais Metálicos
- Cimentos fosfato de zinco e ionômero são mais indicados
● Cerâmicas
- A escolha do material está associada a sua composição química, de acordo com a
quantidade e ou presença de sílica (ricas ou pobres em sílica)
1. Ricas em sílica: utilizar cimentos resinosos
2. Pobres em sílica: utilizar cimento de zinco e ionômero

*Obs: os vírus se multiplicam mais facilmente em ambientes com pH ácido e ambientes


frios, de temperatura baixa.
Materiais Cimentantes
1. Cimento de Ionômero de Vidro
Possui adesão à estrutura dental e alguns materiais restauradores;
Biocompatibilidade com o complexo dentina-polpa;
Alta solubilidade, principalmente na fase inicial de presa;
Liberação de flúor.
2. Cimento de zinco
Metálicas fundidas, restaurações cerâmicas, coroas, pontes e para uso como cimento de
base ou forro cavitário, restaurações dentárias provisórias. / Alta resistência à compressão;
Alta irritabilidade pulpar devido ao seu pH (3,5); Não possui adesão química, puramente
mecânica, devendo haver uma atenção com o tipo de preparo; Alta solubilidade em meios
ácidos.
3. Cimentos resinosos
Retentividade do preparo, pouco remanescente pode ser favorável, qualidade do isolamento
do campo, requer campo limpo e seco, composição química do material restaurador; Podem
ser foto, autopolimerizáveis ou dual; Selamento dentinário; Distribuição homogênea das
cargas oclusais; Menor desgaste da estrutura dental; Mecanicamente mais resistentes;
Menos solúveis; Enorme potencial estético.

Classificação do CIV / Indicação (Tay e Lynch (1989) Phillips 2013)


- Tipo I: Cimentação de coroas, próteses e dispositivos ortodônticos
- Tipo II: Indicado para restaurações
- Tipo III: Indicado para forramentos ou base e selamento de cicatrículas e fissuras
- Tipo IV: Cimentação e forramento (l e lll)

Cimentação e os Materiais
a) Metálicos
- Jateamento da peça com óxido de alumínio: remoção de detritos e melhora na
retenção;
- Cimentos Fosfato de Zinco e Ionômero são mais indicados;
- Em caso de cimentação com resinoso; este deve ser de presa química e que
tenham elementos que permitam a adesividade aos óxidos metálicos.
b) Resinas indiretas / cerômeros
- Superfície similar às resinas compostas de uso direto porém com com superfície
Altamente polimerizada (alto grau de conversão de monômeros);
- O uso de jateamento associado ao condicionamento com ácido fosfórico e silano;
- O ácido atua como desengordurante e o silano aumenta a afinidade das partículas
inorgânicas da resina com o cimento resinoso.
c) Cerâmicas
- A escolha do material está associada à sua composição química, de acordo com
a quantidade e ou presença de sílica.
1. Ricas em sílica - cimento resinoso
2. Pobres em sílica - cimento de fosfato de zinco ou cimento de ionômero de
vidro

Tipos de cimento odontológicos


1. cimento de fosfato de zinco - para restauração indireta
2. cimento de policarboxilato de zinco - cimentar restaurações metálicas fundidas,
restaurações cerâmicas, coroas, pontes e para uso como cimento de base ou forro
cavitário
3. CIV (convencional, alta viscosidade, reforçado e híbrido) - para base, restauração
provisória em elementos permanentes e restauração definitiva classe v e decíduos
4. compômero -
5. cimento de hidróxido de cálcio - proteção indireta do complexo dentino-pulpar,
curativos temporários, medicação intracanal, fixação de próteses provisórias
6. OZE - tipo l para provisório de curta duração, tipo ll para provisório de longa
duração e base; material obturador de decíduos; restauração provisória
7. MTA - tratamento de perfurações do canal radicular ou furca, selamento de
reabsorções internas
8. cimentos resinosos - baixa viscosidade, servem para reter restaurações
indiretas e promover o selamento entre a restauração e o dente, formando uma fina
e uniforme película, sem bolhas; os cimentos resinosos são indicados para
cimentação de resinas de laboratório, devido à compatibilidade química existente
entre material restaurador e a prótese; cimento resinoso (exemplo “allcem”) e resina
composta ou flow são coisas diferentes

★ TÉRMINOS CERVICAIS PARA PRÓTESES FIXAS

Tipos de Términos Cervicais


1. Ombro (coroa cerâmica pura)
2. Ombro biselado (metal free, metalocerâmicas com ligas áureas)
3. Chanfrado (metalocerâmica com ligas básicas)
4. Chanferete (total metálica)

● Sempre que possível, realizar preparos supra gengivais, se caso precisar de


subgengival, deve ser no máximo 3mm da crista óssea.
Indicação de margem subgengival
- Se houver cárie, erosão cervical, restaurações que se estendam subgengivalmente
- Se a área de contato proximal se estende até a crista gengival
- Se é necessária retenção adicional
- Se a margem de uma coroa metalocerâmica deve ficar oculta por trás da crista lábio
gengival
Vantagens da margem supragengival
- Acabamento feito com facilidade
- Higienização mais fácil
- Moldagens facilitadas com menor potencial de dano a tecidos moles
- Restaurações podem ser melhores avaliadas
- Em restaurações subgengivais ocorrem com maior frequência a doença periodontal
e inflamação
Se não preparar adequadamente:
- Infiltração marginal
- Fratura do Material Restaurador
- Estética Insatisfatória
- Falhas Biomecânicas
- Deslocamento do Restauro
- Agressão aos tecidos Periodontais

No caso de um preparo de término cervical não adequado pode ocorrer infiltração marginal,
fratura do material restaurador, estética insatisfatória, falhas biomecânicas, deslocamento
do restauro, agressão aos tecidos periodontais.

Tipos de Preparos
1. Extracoronários (coroa total, facetas, overlays)
2. Intracoronários (inlay, onlay)

Princípios Biológicos dos Preparos Protéticos


1. Proteção Pulpar - Os preparos dentais devem levar em consideração a morfologia
da câmara pulpar do dente. O tamanho da polpa que pode ser avaliado na
radiografia, diminui com a idade. As diminuições pulpares médias têm sido
relacionadas aos contornos coronais.
2. Proteção Periodontal - Sempre evitar a invasão do espaço biológico.
3. Término Cervical - Boa adaptação do material restaurador; Preparação da saúde e
integridade do periodonto; Facilidade de moldagem; Resultado estético satisfatório.

Preservação da Saúde Periodontal


- Localização do término gengival sempre que possível realizar de forma
supragengival, pois em restaurações subgengivais ocorrem com maior
frequência doença periodontal.
- Vantagens da margem supragengival: Acabamento feito com facilidade,
higienização mais fácil, moldagens facilitadas com menor potencial de dano a
tecidos moles , restaurações podem ser melhor avaliadas.
- Indicação de margem subgengival: Se houver cárie, erosão cervical,
restaurações que se estendam subgengivalmente; Se a área de contato
proximal se estende até a crista gengival; Se é necessária retenção
adicional; Se a margem de uma coroa metalocerâmica deve ficar oculta por
trás da crista lábio gengival.
- Correta adaptação, integridade marginal

★ MOLDAGEM

Objetivo da Moldagem: obter, em negativo, as estruturas bucais para construção de um


modelo fidedigno de gesso da arcada dentária ou do rebordo alveolar.

Requisitos de uma boa moldagem


- Deve obter um negativo exato das estruturas em questão
- O molde não deve apresentar bolhas de ar, principalmente na área de trabalho

50% das imperfeições podem ser atribuídas aos procedimentos de moldagem e a outra
metade por procedimentos de fabricação no laboratório de prótese, portanto, o resultado
final da reabilitação com implantes depende dos processos de fabricação, das técnicas de
moldagem, da fidelidade do modelo mestre, tolerância dos componentes, tolerância de
fundição e estratégias do técnico dental.
O material de moldagem deve ser:
- Atóxico, evitando reações dos tecidos
- Cor que facilite a visualização de detalhes
- Tempo de trabalho satisfatório
- Consistência adequada
- Não deformar ao ser removido da boca
- Estabilidade dimensional
- Compatibilidade com materiais de vazamento (gesso, resinas...)
- Não distorcer no vazamento
- Permitir desinfecção

Tipos de Moldeira
- Estoque ou Individual
- Totais ou Parciais
- Plásticas ou Metálicas
- Perfuradas ou Lisas

Mecanismo de Presa
- Reversíveis (godiva, agar)
- Irreversíveis (gesso de paris, OZE, alginato, poliéter, polissulfeto, silicone de
adição e também o de condensação)

Propriedades Mecânicas
- Elásticos: são o alginato, agar, poliéter, polissulfeto, silicone p/ adição e
condensação
- Anelásticos: são a godiva, o gesso e o zinco-enólica

Manipulação X Tipo de Luvas


- Luvas de látex, bem como as substâncias químicas contendo enxofre, podem causar
retardo ou impedir a polimerização de silicones por adição
- Usar luvas de vinil ou sobre-luvas que não contenham tais substâncias

Considerações gerais sobre materiais de moldagem e moldes


Atenção em relação à armazenagem, ângulo de contato, moldeiras, retenção de materiais
na moldeira, biossegurança, custo x benefício

Desinfecção do molde
Água corrente > borrifar hipoclorito de sódio 1% > saco plástico > lavar novamente

Materiais de moldagem com alto ângulo de contato (não é legal)


- Maior probabilidade de formação de bolhas
- Falhas maiores
- Mais facilmente repelidos por fluidos
- Quanto menor o ângulo de contato, melhor

O uso de surfactantes (líquido) é eficaz para reduzir o ângulo de contato e a quantidade


de bolhas criadas pela retenção de ar no modelo.
Tixotropismo - fenômeno que faz com que determinados materiais se tornem mais
fluidos quando submetidos a deformação por forças externas (agitação, espatulação,
injeção por seringa).

Utilização de anestésico e cautela na força para a instalação dos fios retratores, para se
evitar, respectivamente, dor e problemas no periodonto e espaço subgengival (biológico).
- Tempo máximo recomendado do fio: 15 minutos
- Inserir logo antes da moldagem final

Técnica do Fio Único


- Preparos supra ou a níveis gengivais
- Proteção dos tecidos durante o refinamento do preparo
- Afastamento do tecido
- Controle de pequenos fluidos
- Moldagem final com o fio inserido
Técnica do Duplo Fio (primeiro um, depois o outro)
- Profundidade do sulco pode determinar o uso de 1, 2 ou até mesmo 3 fios
- Verificar o biótipo gengival
- Muito mais traumática que a técnica de 1 fio
- Observando os cuidados e respeitando os tecidos não haverão problemas
- O fio deve criar uma espessura de 2mm de material na área do sulco para não haver
rasgamento na remoção

★ PRÓTESE

Quanto ao tipo de via de transmissão de força:


- Dento Suportada: quando o suporte da prótese depende somente de dentes
(pontes)
- Muco Suportada: quando o suporte da prótese é apenas a mucosa (PT)
- Dento Muco Suportada: quando o suporte da prótese depende de dentes e
de mucosa (PPR)

PPR
3 princípios biomecânicos básicos de uma PPR: retenção, suporte e estabilidade.

Sistema de suporte da PPR


a) Elementos mecânicos: Apoios Oclusais; Grampos de Oposição; Grampos de
retenção; Conectores maiores; Conectores menores; Retentores Indiretos; Sela;
Dentes artificiais
b) Elementos biológicos: Fibromucosa; Pilares Indiretos; Pilares Diretos; Rebordo
residual da área desdentada (espaço protético).

O objetivo do grampo de oposição é de reciprocidade (forças em sentidos opostos se


anulam e mantém a estabilidade).
O objetivo do grampo de retenção, é de reter, de fato.

Tipos de grampos de retenção


a) Circunferenciais: São grampos de oposição para dentes posteriores.
b) MDL ou Y modificado: Grampos de oposição para dentes anteriores.
c) Grampos de cíngulo: Pilares anteriores vizinhos a espaço intercalado, que
serão restaurados com coroa total.
d) Grampos tipo barra (roach): Dentes pilares, anteriores ou posteriores, vizinhos às
extremidades livres.
Conectores maiores: Rigidez; Suporte; Estabilidade; Conforto
Conectores menores: Alívio nas regiões do terço cervical dos dentes e da gengiva
marginal livre

Retentores indiretos (apoio e conector menor): Estabilizar a prótese por meio da


redução do movimento que ocorre em torno da linha de fulcro.

Sistemas de Alavancas
- 1º gênero: é o ponto de apoio entre a resistência e a potência: alavanca do 1º
gênero (a resistência e a potência se deslocam em sentidos opostos).
- 2º gênero: ponto de apoio afastado e resistência e potência do mesmo lado:
alavanca do 2º gênero (a resistência e a potência caminham no mesmo sentido)

Linha de fulcro é uma linha imaginária que passa pelos apoios mais distais ou posteriores
do arco, representando uma zona de instabilidade através de um braço de resistência
voltado para região dentada e um braço de potência voltado para a área edêntula.

Selas (acrílica e metálica): Distribuição de forças; Preenchimento e substituição dos


tecidos moles perdidos; Restabelecimento da estética

Nichos
Função: alojar o apoio, orientar o direcionamento da força mastigatória, proporcionar
suporte vertical e estabilização para a prótese. Podem ser feitos em dente hígido, coroa
total e amálgama.
Apoios (suporte, sustentação, proteção, evitar a extrusão, oclusão)
Entra em contato com a superfície oclusal, incisal, de cíngulo ou lingual de um dente ou
restauração, cuja superfície é comumente preparada para recebê-lo. Sua função é dar
suporte vertical à prótese no sentido ocluso-cervical e impedir que a prótese se desloque e
comprima os tecidos moles e duros; proteção da papila gengival contra o impacto direto do
bolo alimentar; evitar a extrusão de dentes que não tenham antagonista; restaurar o plano
oclusal em dentes que se encontram com alterações; manter os grampos de retenção em
posição adequada em relação às áreas retentivas; podem atuar como retentores indiretos.
O número mínimo de apoios, em qualquer caso, deve ser três, pois dessa forma terá uma
superfície de estabilização (exceto quando existir uma retenção indireta por meio de placa
lingual ou grampo contínuo de Kennedy).

PT

Na PT, não há guias e nem oclusão mutuamente protegida, e sim oclusão bilateral
balanceada (contato bilateral simultâneo).

★ RIN (razão internacional normalizada)

RNI, INR, e TAP são siglas de um mesmo exame.


RNI ou RIN é a mesmíssima informação do TAP, mas em um número mais fácil de
memorizar.

➔ Quanto maior o valor, mais fino o sangue.


➔ Normal sem remédio: 0.8 a 1.0
➔ Normal tomando remédio: 2.0 a 3.0
➔ Acima disso com remédio: sangue fino, risco de sangramento excessivo
➔ Abaixo disso com remédio: sangue grosso, risco de trombose

É um exame de sangue que fazemos para monitorar a ação dos anticoagulantes à


base de warfarina (remédio anticoagulante).
É como sabemos se o remédio está funcionando ou não, ou ainda se está funcionando
além do desejado, trazendo riscos de sangramento.

1. Em pessoas que não estão tomando anticoagulante nenhum, o valor esperado é


entre 0,8 a 1. Significa que aquele processo de coagulação, o tempo de ativação da
protrombina, está ocorrendo de forma normal.
2. Para pessoas que estão tomando anticoagulante à base de warfarina, o valor alvo
é um pouco maior, entre 2 e 3. Significa que o sangue está um pouco mais fino que
o normal, que é o que a gente quer com o uso do anticoagulante.

● Quando o RNI está mais alto que o valor ideal mesmo tomando anticoagulante,
significa sangue fino, ou seja, que o remédio está afinando o sangue mais do que
deveria e há risco de sangramento.
● Quando o RNI está mais baixo que o valor ideal mesmo tomando
anticoagulante, significa sangue grosso, que o remédio não está agindo como
deveria e há risco de trombose.

- O exame RNI não funciona para outros anticoagulantes, pois os outros


anticoagulantes atuam em substâncias diferentes da coagulação, sem ser a
protrombina, de forma que o RNI não tem valor nenhum para eles.
- Se a pessoa toma, por exemplo, rivaroxabana e seu INR deu alterado, isso não
significa nada, pois em todos os outros anticoagulantes, o INR às vezes está
aumentado e às vezes normal. Em nenhum dos casos há qualquer significado
clínico.

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