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Tema: Biomecânica aplicada aos preparos protéticos em dentes anteriores e posteriore; Princípios
de oclusão e movimentos mandibulares
Para obter-se uma oclusão ideal é necessário analisar alguns parâmetros, uma Dimensão Vertical de
Oclusão (DVO) é descrita como a altura do terço inferior da face enquanto existe o máximo de
contatos posteriores entre os dentes, e, sua diminuição é ocasionada pela perda total ou parcial de
dentes posteriores, ela permite não somente uma estética agradável, mas também um equilibrio
muscular prevenindo a fadiga do mesmo durante os processos de mastigação, deglutição e fala,
preservando os tecidos moles, sendo essencial para a Relação Centrica. A Dimensão Vertical de
Repouso (DVR) se da a um contato suave dos lábios independente do contato dentário. A diferença
de DVR e DVO é representado pelo Espaço Funcional Livre tendo aproximadamente 3mm.
Em uma oclusão normal as cúspides dos dentes posteriores entram em contato com sulcos, fossas e
cristas marginais dos dentes antagonistas, sem qualquer obstrução e deslocamentos laterais. No
movimento de Protrusão os incisivos inferiores deslizam sob as superficies palatinas dos superiores
desocluindo os dentes posteriores, denominando-se ‘’guia anterior’’; Já nos movimentos de
Lateralidade temos o ‘’guia canino’’ onde o lado para qual a mandibula se desloca é chamado ‘’lado
de trabalho’’ e o oposto ‘’lado de balanceio’’, neste caso deslizam de os dentes até que os caninos
entrem em contato desocluindo além dos caninos do lado de balanceio como os demais dentes.
A biomecânica é a transmissão das forças mastigatórias que são empregadas ao dente, ligamentos
periodontais e ossos. O preparo dos dentes consiste em reduzir a coroa do dente por meio do
desgaste seletivo de esmalte e dentina, na quantidade e forma pré-determinadas, criando um
espaço para o material a prótese escolhida. O Preparo ainda pode ser parcial ou total e a forma deve
ser adequada afim de propiciar características mecânicas e estéticas para o material escolhido, seja
metálico e/ou cerâmica; Além disso a qualidade deste preparo influencia no controle biológico,
estético e mecânico, o mesmo deve respeitar a homeostasia da área preservando a saúde do tecido
gengival facilitando também as próximas etapas da reabilitação. Para que a prótese não sofra
movimentações axiais ou obliquas, temos que seguir quatro requisitos:
Retenção: é obtida pelo contato das paredes internas da coroa com as superfícies do dente
preparado, determinando uma área que propicia retenção friccional à prótese e que impede seu
deslocamento no sentido gengivo-oclusal, quando é submetida à ação de forças de tração.
Integridade Marginal: o preparo deve possuir uma adequada adaptação da coroa no dente pilar.
Para isso o término gengival deve ser nitído, para que possa ser reproduzido na moldagem tendo
espaço suficiente para acomodar a prótese sem que haja sobrecontorno, diminuindo também a
cárie a principal causa dos fracassos em protese.
Localização do Término Cervical: Em região Supragengival sendo indicada em regiões não estéticas
e sua localização deve ser aproximadamente 2mm acima da margem gengival; No nível da Gengiva
Marginal não é recomendado porque é uma região em que mais se acumula placa bacteriana,
consequentemente ocasionando cárie, inflamação e recessão gengival, e exposição da cinta metálica
em casos de próteses metalocerãmicas; Na parte Subgengival o término deve-se localizar 0,5mm no
interior do sulco gengival, para se obter uma boa estética escondendo a interface entre as
restaurações e o dente preparado, aumentando a retenção nos casos de preparos em coroas curtas
e preservando a saúde gengival.