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Protese IV - P2

Protese IV (Universidade de Marília)


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Prótese IV P2

Com o núcleo fundido cimentado na próxima sessão será realizado a moldagem para a
confecção do coping e coroa definitiva, e para realizar essa moldagem é necessário afastar a
gengiva, pois estamos trabalhando em dentes anteriores onde o término gengiva, ficará
intrasulcular. Existem duas técnicas para realizar essa moldagem, sendo a técnica da silicona
associada ao uso do fio retrator como meio de afastamento gengival e a técnica do casquete.
Depois de remover o provisório não devemos partir para moldagem do núcleo direto, antes
devemos refinar o preparo, ou seja, rever se o término cervical está bem definido em toda volta,
colocar esse término intra-sulcular nas regiões estéticas, analisar se há espaço inter-oclusal, pois
as vezes o provisório ficou muito fino, ou perfurou, isso ocorre pois o núcleo esta muito espesso
ou alto, então é necessário rebaixar o preparo e criar um espaço inter-oclusal, também vamos
melhorar as paredes e dar acabamento.

Este refinamento é necessário, pois na sessão anterior, onde cimentamos o núcleo fundido
desgastamos só um pouco para dar o tempo da cristalização do cimento e nesta sessão damos o
acabamento.

Coroa Metalocerâmica
Neste caso será realizado um chanfrado, onde usamos a broca 3216 e depois colocamos o
preparo intra-sulcular com a broca em baixa rotação no contra-ângulo, sendo que este preparo
deve ter 0,5 mm dentro do sulco.

Depois de realizar o acabamento do preparo podemos partir para a moldagem. Quando temos
uma auxiliar vamos optar pela técnica da Dupla Espatulação. Esta pode ser realizada com
moldeiras parciais perfuradas ou em moldeiras totais.

Se a moldagem for realizada pela técnica da silicona é necessário colocar o fio retrator em toda
volta dentro do sulco. Este fio deve ser introduzido com um instrumental de ponta romba, como
um hollemback ou uma colher de dentina, por exemplo. Devemos deixar o fio de 5 a 10 minutos
dentro do sulco para promover o afastamento gengival.
É de bom grado fazer bolinhas de algodão pequenas, pois às vezes a gengiva está um pouco
sangrante e isso dificulta a colocação do fio, dessa forma, utilizamos as bolinhas de algodão para
ir secando.
O ideal é que a gengiva não esteja sangrante, pois a silicona que usamos é de condensação e
esta não se comporta bem em ares de umidade e conseqüentemente não copia bem a gengiva.
Antes de realizar a moldagem devemos remover o fio retrator e após a moldagem devemos
verificar se copiou todo o término cervical, assim se a moldagem estiver correta mandamos para o
protético, pois a partir desse modelo ele irá fazer a infra-estrutura, ou seja, o coping. Junto com a
moldagem da silicona mandamos também uma moldagem parcial com alginato do antagonista
para que o protético tenha um parâmetro da oclusão e do espaço interoclusal.
Na próxima sessão vamos provar o coping e realizar os ajustes necessários para mandar
novamente para o protético, onde ele irá aplicar a porcelana, e depois com a coroa pronta
realizamos a cimentação.

Obs.: O provisório deve ser colocado sempre, pois não adianta fazer a moldagem com a silicona
e deixar o paciente uma semana sem o provisório, pois essa gengiva pode migrar, mudar de
posição e não irá adaptar corretamente o coping, dessa forma, sempre devemos manter o
provisório em posição, pois este não realiza apenas função estética.
Se acontecer do paciente chegar relatando que o provisório quebrou ou perdeu, primeiramente,
antes de realizar qualquer procedimento devemos providenciar um novo provisório para esse
paciente e depois se houver tempo realizamos o procedimento, pois não adianta moldar e depois
não ter tempo para realizar outro provisório.
Sempre que mexer no preparo é necessário reembasar o provisório, pois se mexeu, mudou
a posição, mas se não mexeu não é necessário, apenas limpamos o cimento e colocamos
novamente.

Prova e Ajuste da Infra- Estrutura Metálica (coping)


O coping nada mais é do que uma estrutura, ou seja, um dente preparado e este precisa
estar adaptado sobre o preparo.

Verificação:
Primeiramente adaptamos o coping no modelo de gesso, pois se este não se adaptar ao
modelo, também não irá adaptar na boca do paciente.

1. Regularização da superfície (usinagem): analisar a qualidade do coping, ou seja, como


se apresenta sua superfície e seu acabamento.
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2. Espessura de 0,3 a 0,5 mm: para uma coroa metalocerâmica o desgaste realizado é de
1,5 mm, sendo que 0,5 mm correspondem ao metal (coping) e 1,0 a porcelana. Para
verificar essa medida utilizamos o espessímetro, esse instrumento é utilizado para ver se
será necessário ajuste, pois às vezes o coping se apresenta muito espesso, principalmente
quando o dente é despolpado, pois há uma tendência de desgastar mais, sendo que não
existe limite como em um dente polpado, dessa forma se o coping se apresentar muito
espesso desde que tenha espaço para a porcelana não tem problema, mas se não tem
devemos desgastá-lo.
Pode acontecer do coping se apresentar muito fino (menos que 0,3mm), isso acontece, pois o
protético não teve mais espaço e o erro foi do Cirurgião-dentista que não realizou o preparo
adequadamente e essa espessura fina prejudica a resistência do coping.

3. Presença de 1ª e 2ª inclinação: deve apresentar forma de um dente preparado.

4. Adaptação do troquel: com o troquelamento o protético pode destruir os dentes


adjacentes do modelo de gesso e conseqüentemente ele perde o parâmetro desses
dentes, dessa forma, é de bom grado moldar com alginato a região do preparo com o
coping em posição, assim o protético obtém um novo modelo para a aplicação da
cerâmica, este procedimento é denominado de Remontagem.
Ao colocar o coping em posição o correto é não enxergar nenhuma fresta a olho nu,
entre o dente e o coping, pois o nível de desadaptação aceitável é 80 micrômetros e esta medida
não é visível a olho nu. Quando existe essa fresta entre o dente e o coping, ao passar uma sonda
na região cervical, à mesma não irá deslizar perfeitamente, como deveria.

Obs.: Quando a coroa for metaloplástica o coping necessita de retenção mecânica em sua
superfície, já para coroas metalocerâmica o coping possui superfície lisa, pois a retenção é
química.

Prova na Boca:
1. Remoção da coroa provisória: remover com um instrumental de ponta romba que tenha
adaptação cervical. A sonda exploradora não é recomendada, pois ela irá machucar, neste
caso é melhor optar pelo hollemback.

2. Promover cuidadosa limpeza de resíduos de cimento: remover os resíduos de cimento


que ficam grudados nas paredes do preparo, pois estes podem interferir na adaptação do
coping.

3. Maiores cuidados para dentes polpados: em dentes polpados só anestesiamos durante


o preparo, dessa forma, devemos ter cuidado ao remover o provisório para não ficar
raspando o instrumental no dente, fazer fricção ou jogar jato de ar, pois não vamos
anestesiar o paciente apenas para provar o coping.

Ao colocar o coping em posição ele pode não encaixar e nem chegar perto da cervical, ou
seja, ele poderá esbarrar nas proximais devido a excessos, pois o protético cortou muito os
dentes adjacentes no troquel e perdeu o parâmetro do espaço vizinho, então neste caso, faremos
ajustes nas proximais.

Ajuste dos Contatos Proximais


 Corretivo nas partes proximais da estrutura: o corretivo é diluído em líquido de resina e
este será passado na região do ajuste e colocado em posição no preparo.

 Pressão firme com a peça em posição: ao remover a peça, no local onde saiu o
corretivo significa que é onde será ajustado.

 Correção com brocas ou discos de óxido de alumínio: a medida que vamos ajustando
o coping vai entrando.

 Verificação do contato com o fio dental (som de “click”).

Em casos de coroas totalmente estética o ponto de contato com o dente adjacente não será
restabelecido no coping, ou seja, será restabelecido apenas na porcelana, dessa forma, se
esbarrar as paredes proximais do coping no dente, teremos que remover o contato proximal até
que esse coping adapte corretamente, sem a preocupação de manter o contato proximal.
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Já em casos de coroas metaloplásticas, onde somente a vestibular será recoberta com material
estético, as proximais são mantidas no metal. Neste caso o ajuste das proximais deve ser
criterioso, ou seja, removemos o excesso sem remover o ponto de contato, sendo que este é
conferido com um fio dental, onde vamos analisar se este passa com o som de “click”.

Então se mesmo com o ajuste proximal o coping entrou, mas ainda não adaptou, faremos o
ajuste interno.

Ajuste Interno
Devemos analisar a parte interna do coping, pois podem ter bolhas positivas que impedem
sua adaptação.

 Corretivo na parte interna da estrutura;


 Recolocação da estrutura em posição com pressão;
 Eliminação de pontos brilhantes com brocas esféricas: são os locais mais justos onde o
corretivo saiu.

Obs.: para desgastar metal não podemos utilizar pontas diamantadas, pois irá estragar o
diamante delas, então usamos brocas laminadas, podendo ser a 245, por exemplo.

Se após o ajuste interno o coping ainda não adaptou corretamente será necessário realizar
uma nova moldagem e mandar o protético fazer um novo coping, pois não há mais procedimentos
que fará esse coping adaptar. Se isso acontecer é porque houve alguma falha, podendo ser na
moldagem ou o protético que recortou errado, mas se com esse ajuste o coping se adaptar a olho
nu, vamos realizar a verificação da adaptação cervical.
Verificação da Adaptação Cervical
 Sondagem no sentido gêngivo-oclusal: deslizar uma sonda dentro do sulco, em toda
volta do dente. O correto é a sonda passar livremente, pois se ela cair em um vazio ou
enroscar significa que há um degrau, uma fenda, ou seja, o coping não está bem
adaptado.

 Tomada radiográfica para verificar as proximais: esta radiografia é necessária para


verificar as paredes proximais, pois com a sondagem conseguimos verificar bem apenas
as paredes vestibular e lingual. Neste momento é necessário cuidado, pois qualquer
movimento pode tirar o coping de posição, então se este não se apresentar expulsivo
(curto, cônico), sem grau de retenção podemos cimentar com Hydro C, evitando assim que
este saia de posição. Em casos de coping retentivo essa cimentação não é necessária.

Se o coping não estiver adaptado teremos que moldar novamente, mas se estiver bem
adaptado vamos realizar o ajuste do contorno cervical.

Ajuste do Contorno Cervical


O coping pode estar bem adaptado, mas apresentar excessos e estão causam isquemia no
tecido gengival, dessa forma, vamos realizar um ajuste na região cervical. Com uma broca
vamos diminuir a espessura da região cervical do coping, sendo que esse desgaste irá
proporcionar espaço para a coroa sem provocar isquemia na gengiva.

1. Verificação de isquemia cervical;

2. Sobrecontorno (degrau positivo): é um excesso que deve ser desgastado;

3. Subcontorno (degrau negativo): o coping se apresenta fino, falta espessura, mas se ele
estiver bem adaptado não tem problema, pois a porcelana irá cubrir;

4. Ameias cervicais: são espaços triangulares localizados abaixo do ponto de contato que
acomodam a papila inter-dental. Quando a infra-estrutura é de mais de um dente, como
uma fixa, por exemplo, é necessário verificar se o metal não está muito espesso, pois
devemos manter um espaço para acomodação da papila.

Obs.: Se ao provar o coping ele já adaptar corretamente, apenas vamos realizar a sondagem e a
tomada radiográfica para confirmar tal adaptação.

Ajuste Oclusal ou Incisal


É necessário verificar a oclusal/incisal do coping, então colocamos em posição e pedimos
para o paciente ocluir, assim conseguimos analisar se há espaço inter-oclusal, se caso o dente
antagonista encostar no coping, significa que não há espaço para a porcelana, dessa forma,
vamos utilizar o espessimetro para medir a região oclusal/incisal desse coping. Se a medida se
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apresentar acima de 0,5 mm existe condições de desgastar esse coping e criar espaço para a
porcelana, mas se a medida for 0,3 mm significa que o Cirurgião-dentista errou, pois ele não
desgastou corretamente a oclusal/incisal do núcleo fundido. Antes de pensarmos em moldar
novamente para refazer o coping devemos olhar quais são as condições do dente antagonista,
pois às vezes ele possui uma restauração, é um dente de plático, um dente de resina, PT, PPR,
neste caso, podemos desgastá-lo para criar espaço, mas se este for um dente natural e hígido ai
sim vamos moldar novamente.

 Verificação de espaço mínimo para porcelana de 1,0 mm;


 Quando necessitar desgaste, usar espessímetro;
 Para coroas totais com oclusal metálica, ajustar com papel carbono: quando a oclusal
for em metal o ajuste oclusal/incisal já é realizado neste momento, mas quando ainda
vamos acrescentar porcelana, neste momento só vamos analisar se há espaço inter-
oclusal.

A fase do coping é muito importante, pois se temos certeza de sua boa adaptação cervical,
quando vier a porcelana, se ela não se adaptar sabemos que o problema não esta no coping.

Com o coping pronto o próximo passo é realizar o registro de mordida, ou seja, através
da técnica de Nylon colocamos uma bolinha de resina Duralay na incisal/oclusal do coping,
sendo que apenas o dente antagonista deve estar vaselinado, o coping não, pois a resina deve
ficar aderida a essa estrutura, então pedimos para o paciente ocluir e com isso ficará registrado
na resina onde o dente antagonista encosta, assim o protético tem um parâmetro para aplicar a
porcelana. Depois desse registro podemos colocar o coping no modelo de gesso e mandar para
o protético ou realizar a remontagem.

REMONTAGEM
Procedimento pelo qual pretende-se obter um novo modelo de trabalho que será
empregado durante as próximas fases laboratoriais de edificação cerâmica.

O procedimento de remontagem é feito, pois o coping é produzido em um modelo


troquelado, ou seja, o protético perde o parâmetro dos contornos gengivais que foram
“destruídos” no troquelamento e isso dificulta uma correta aplicação da porcelana, dessa forma,
após o registro com a resina duralay, mantemos o coping em posição e moldamos com alginato
em cima desse coping, assim o protético irá obter um novo modelo e ele terá condições de ser
mais fiel ao aplicar a porcelana.

Técnica da Remontagem
1. Registro oclusal ou incisal com resina acrílica Duralay: não colocar muita resina a
ponto de escoar, é apenas uma bolinha em cima da oclusal/incisal e o paciente deve ficar
mordendo até polimerizar a resina, que deve ficar aderida ao coping.

2. Remoção da infra-estrutura em posição com material de moldagem: podemos utilizar


moldeiras parciais ou totais e o coping sairá dentro da moldagem.

3. Isolamento interno do coping parte


4. Preenchimento com resina e retentor para gesso laboratorial 5. Vazamento com
gesso pedra
Assim o protético terá um novo modelo com todos os contornos restabelecidos.
Por que remontar?
 Propiciar um modelo mais resistente para o trabalho cerâmico; 
Restabelecer os contornos gengivais perdidos pelo troquelamento; 
Dar fiabilidade quanto ao posicionamento da sub-estrutura.

Após esse procedimento, vamos cimentar o provisório, dispensa o paciente e mandar para o
protético a moldagem junto com a cor que foi selecionada.

Para selecionar a cor da cerâmica utilizamos a escala Vita, sendo:


A (marrom)
B (amarelo) Essas letras representam a Matiz, que é a essência da cor. C (cinza)
D (rosa)

1
2
3 Os números representam o Croma, que é a intensidade da cor. 3,5
4

Então selecionamos a cor comparando com a cor dos dentes vizinhos.


Não devemos seguir a opinião do paciente, pois muitas vezes ele irá optar por um dente
mais claro e às vezes não irá combinar, dessa forma, se ele falar que pretende clarear, vamos
dizer para ele clarear primeiro e depois voltar, pois é muito mais difícil fazer o clareamento chegar
à cor da coroa, sendo que o processo é inverso.

Os dentes naturais não são apenas uma cor de cervical para oclusal, a maioria deles
possui variação, por exemplo, o dente é A3, mas ele é mais escuro na cervical e mais claro na
incisal, neste caso, mandamos o protético colocar A3,5 na cervical, A3 no terço médio e
translúcido na incisal, ou seja, sempre temos que tentar chegar o mais próximo da cor do
paciente.

Obs.: A forma do dente é mais importante que a cor.

Na próxima sessão será realizada a prova e ajuste da coroa.

Prova e Ajuste da Porcelana

 Todo ajuste em cerâmica deve ser realizado em baixa rotação: pois, se utilizar a alta
rotação, dependendo do jeito que for desgastar pode levar a uma trinca ou fratura da
porcelana, dessa forma é preferível realizar esse desgaste em baixa rotação;

 Brocas diamantadas: 7, 718, 720 e 740: para realizar o ajuste podemos utilizar as brocas
de preparo (ex: 3216, 3118) no contra ângulo ou então usar brocas mais altas na peça
reta, como por exemplo, a 720 que é uma broca diamantada, cônica e de haste longa, que
possui formato de uma maxi-cut diminuída.
Broca 720
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Então, qual a diferença em usar o contra ângulo ou a peça reta?


Utilizamos as brocas no contra ângulo para realizar desgastes com a coroa em posição na
boca do paciente, mas se o desgaste for realizado com a coroa na mão podemos usar a
peça reta, mas o que importa é que tanto um quanto o outro são realizados em baixa
rotação.

 Discos flexíveis diamantados;  Discos de carburundum.


Os discos também podem ser utilizados para ajustar.

Primeiramente vamos adaptar a coroa ao modelo de gesso e analisar sua forma, se o


protético foi cuidadoso, sua anatomia, escultura, adaptação cervical, se o contorno ficou bom e
então vamos partir para a remoção do provisório que esta na boca do paciente, remover qualquer
excesso de cimento que possa interferir na adaptação da coroa e colocá-la em posição, neste
momento, a coroa pode não adaptar, ou seja, não chegar ao término cervical, então neste caso,
primeiramente temos que pensar que existe excesso de porcelana nas proximais, então teremos
que desgastar, lembrando que o ponto de contato é restabelecido neste momento, dessa forma, o
desgaste deve ser criterioso, ou seja, ajustar aos poucos a coroa até adaptar sem perder o ponto
de contato.

Ajuste dos Contatos Proximais


 Verificação com corretivo ou carbono: podemos utilizar corretivo diluído em líquido de
resina, carbono líquido ou ate mesmo o próprio papel carbono interposto na proximal da
coroa, dessa forma, onde marcar significa que está muito justo então é necessário remover
fatias de porcelana com brocas ou discos em baixa rotação até conseguir adaptar a coroa.

Desgaste com brocas ou discos.

 Confirmação dos contatos com fio dental – “click”: o fio dental não pode passar com
muita dificuldade e se rasgar significa que a coroa está extremamente justa.

O excesso de porcelana nas proximais ocorre, geralmente, quando o procedimento de


remontagem não foi realizado e o protético acaba aplicando a porcelana em um modelo
troquelado.
Pode acontecer de após o desgaste proximal realizado até no limite, ou seja, se desgastar
mais ocorrerá um diastema e mesmo assim a coroa não chegou à cervical ou até chegou, mas é
possível visualizar um espaço, sendo que na prova do coping esta adaptou perfeitamente, pode
ser que a gengiva migrou de posição, ou seja, o paciente não ficou com o provisório durante a
semana e sua gengiva migrou, dessa forma, um término que estava subgengival se tornou
supragengival, por isso é de extrema importância a utilização da coroa provisória, não só pelo
fator estético, mas sim para evitar problemas na prova da coroa definitiva.
Outro fator que pode levar a esse problema é a falta de aplicação da porcelana por parte do
protético, mas isso geralmente não ocorre e pode ser verificado ao provar a coroa no modelo.
Não podemos pensar que a causa dessa desadaptação foi falta por de ajuste interno, pois por
dentro da coroa há metal e esse ajuste já foi realizado durante a prova do coping.

Glazeamento:
Por ser um elemento isolado o protético já pode mandar a coroa pronta, ou seja, com o
polimento final da porcelana, este procedimento é denominado de glazeamento, mas
popularmente é conhecido como glaze.
Um elemento isolado, geralmente, não necessita de grandes ajustes, dessa forma, o
protético já manda a coroa com o glaze para que o Cirurgião-dentista economize uma sessão,
mas se caso for preciso realizar grandes ajustes na coroa, será necessário mandar novamente
para o protético refazer o glaze, que nada mais é do que uma nova queima da porcelana, ou seja,
um polimento a nível laboratorial.

Após a cimentação da coroa, pode acontecer do paciente relatar que está um pouco alto,
até mesmo pela linha de cimentação, e será necessário realizar alguns desgastes, dessa forma,
como a coroa já esta cimentada não daria para mandar novamente para o protético realizar o
glaze, então utilizamos algumas pontas que dão polimento na superfície da cerâmica, mas estas
não chegam ao polimento do glaze.
Quando for mais de um dente como uma prótese fixa, por exemplo, os protéticos nem
mandam com o glaze, porque sabem que é certeza que vai dar ajuste, ao contrario de um
elemento isolado, que as vezes nem precisa de ajuste e pode ser cimentado na mesma sessão.

Alteração da cor:
É possível alterar a cor, independente se está com o glaze ou não, desde que seja o
croma, ou seja, podemos mudar a intensidade da cor, deixando mais escuro ou mais claro. Já a
matiz não pode ser alterada, já que é a essência da cor, neste caso o protético teria que remover
toda a porcelana e aplicá-la novamente.

Depois do ajuste proximal é de se esperar que a coroa adapte, pois não há motivos para
não adaptar, a não ser que o paciente ficou sem o provisório ou o Cirurgião-dentista fechou o olho
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na sessão anterior, ou seja, não realizou o ajuste correto do coping, sendo que esta é a fase mais
importante para o sucesso da adaptação da coroa.
Dependendo do nível de desadaptação da coroa é possível tentar aplicar um pouco de
porcelana onde está faltando.
Ao adaptar a coroa o próximo passo é o ajuste oclusal.

Ajuste dos Contatos Oclusais


Esse ajuste não foi realizado na prova do coping, pois naquela sessão foi aplicado resina
duralay na oclusal, dessa forma, o ajuste será realizado neste momento.

» Papel carbono (Accu Film II): para realizar esse ajuste o papel carbono deve ser bem fino,
sendo que o papel mais grosso é mais indicado para ajustar PT e PPR onde os dentes são
de resina acrílica e estes estão apoiados em mucosa, mas em restaurações ou em coroas
onde não há resiliencia de mucosa, o ajuste é mais refinado, por isso é melhor utilizar
papel fino.

As maquinas de datilografia possuem uma fita que é extremamente fina, ela serve como papel
carbono.

» Verificar intercuspidação: em dentes anteriores, principalmente, não podemos nos


preocupar apenas com movimentos de abre e fecha, mas também com o guia anterior, ou
seja, o paciente deve realizar movimentos de protrusão até que os dentes anteriores
fiquem topo a topo.
Um exemplo é o incisivo central, onde ao realizar o movimento de abre e fecha o
dente nem toca, já ao realizar o movimento de protrusão só toca ele, neste caso, está
ocorrendo excesso de força na coroa e isso irá abalar o dente, então é necessário ajustar.
O ideal de uma oclusão é o overjet e o overbite estar normal e em uma protrusão
só deve tocar os dentes posteriores, mas há contato em dentes anteriores e esses devem
ser mais leves, ou seja, ao realizar movimentos de protrusão a guia anterior deve ser
distribuída em todos os dentes para que não haja sobrecarga.

Existem dois tipos de contato oclusal:

• Bolinha cheia: neste caso o carbono só marca. O ideal é que só tenha este tipo de
contato, que é denominado de puntiforme
o Bolinha vazia: é o contato mais interferente na oclusão, o mais alto, neste caso, ao
colocar o papel carbono o dente antagonista chega a perfurar o papel e só registra o
halo em volta. Este é o primeiro contato que deve ser removido.
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Obs.: Podemos desgastar vertentes e cristas, mas não podemos remover contato em ponta de
cúspide, principalmente em cúspides de contenção centrica (V inferior e P superior), dessa
forma, se estiver com contato é necessário manter, pois se remover vai alterar a dimensão
vertical do individuo.

Obs.: As pontas de cúspides serão desgastadas apenas em casos de PT ou PPR que ao acrilizar
houve distorção e o paciente ficou com mordida aberta anterior.

» Ajustar os movimentos excursivos da mandíbula: em dentes anteriores, além de verificar


os movimentos de abre e fecha é preciso também verificar os movimentos excursivos da
mandíbula (protrusão), pois se há contato apenas na coroa, será necessário ajustar.
Se o paciente apresenta overjet, ou seja, a incisal inferior não toca a palatina superior e a
coroa está pegando, será necessário ajustar, mas em caso de pacientes que não tem o overjet,
ou seja, os dentes inferiores tocam a palatina dos superiores, a coroa conseqüentemente também
irá tocar, distribuindo a guia anterior, neste caso não tem problema, dessa forma, é necessário
analisar a relação dos incisivos do paciente.
Não podemos deixar o paciente em infra-oclusão, ou seja, há o toque de todos os dentes,
menos da coroa, pois não é preciso remover todo o toque, apenas temos que ter certeza de que a
carga esta sendo distribuída.
Antes de realizar o ajuste é necessário analisar todos os dentes, por exemplo, se a coroa é no
dente superior e está com toque é necessário olhar como esta a posição do dente inferior, pois
pode ter um incisivo mais alto, neste caso podemos realizar ajuste no incisivo inferior também,
para não alterar a anatomia do dente superior.

Depois de realizar o ajuste oclusal pode ser necessário fazer um ajuste cervical.

Ajuste Cervical
Não é um ajuste para adaptação da coroa e sim em espessura, para remover excesso de
porcelana.

 Verificar presença de isquemia gengival: essa isquemia é causada devido ao excesso de


porcelana em espessura na região cervical, neste caso é necessário ajustar, removendo a
porcelana até a gengiva não se apresentar mais isquêmica.

 Demarcação com lapiseira ao nível gengival: assim conseguimos saber exatamente o


quanto de porcelana esta intra-sulcular, pois apenas essa porção será afinada, sendo ela a
causa da isquemia gengival.

 Desgaste do sobre-contorno com brocas ou discos: aliviar, de forma criteriosa, a região


cervical intra-sulcular com brocas finas, como a 3203 ou a 2200.

Autores recomendam que toda coroa de porcelana, seja faceta ou coroa metalocerâmica, a
porcelana deve apresentar perfil de emergência ou perfil emergente, ou seja, sair de forma
plana do sulco gengival, sem apresentar curvaturas, bossas, pois estas levam ao sobre-
contorno e conseqüentemente a isquemia gengival.

 Abrir as ameias cervicais: em casos de peças com mais de um dente, uma fixa, por
exemplo, é necessário se preocupar com as ameias cervicais e incisais. As ameias cervicais
servem para acomodar a papila e já realizamos esse ajuste na prova do coping, mas ao
aplicar a porcelana pode levar a excessos, neste caso é necessário ajustar novamente para
manter o
espaço da papila.

Todos esses ajustes serão realizados apenas se necessário.

Ajuste Estético
• Forma, cor, textura de
superfície: a forma do
dente é mais importante
que a cor. Podemos
realizar ajustes para
melhorar a forma do dente
e chegar mais próximo ao
dente vizinho, esse ajuste
é realizado com brocas ou
rodas que já proporcionam
lisura de superfície, mas
se o ajuste for realizado
com brocas, este deve ser
criterioso, proporcionando
um desgaste uniforme,
dessa forma, é indicado
utilizar baixa rotação;
• Regularidade no arco; •
Considerar sexo e idade;
• Pintura.

Trabalhamos com ilusão e ótica e para conseguir enxergar as diferenças, o que está
chamando atenção é preciso analisar um pouco de longe, pois se olhar muito perto do paciente
não é possível verificar.

Dentes com contornos arredondados fazem a largura das coroas parecerem diferentes.

Dois incisivos centrais com larguras e formas idênticas tem contornos diferentes.
Isso chama mais atenção do que se eu tivesse dois dentes iguais, mas com tonalidades
diferentes.

Forma da ameia e aparência da largura O


ajuste na ameia incisal muda o formato do dente.
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Dente com aparência de largura menor (ameia incisal maior do que a normal)

Dente com aparência de largura maior (ameia incisal menor do que o normal)

Dependo do contorno do dente, temos uma ilusão de ótica de que ele está mais largo ou
mais estreito, ou seja, superfície vestibular convexa nos dá ilusão de estreitamento, ao contrário,
se a superfície é mais plana a ilusão é de um dente mais largo.
Além do ajuste mesio-distal, podemos também realizar ajustes no sentido cervico-incisal,
sendo que a superfície vestibular, de um central, por exemplo, possui certa curvatura, mas ao
acentuar esta curvatura temos a ilusão de um dente mais curto, e ao contrário, ao deixar a
superfície vestibular reta a ilusão é de um dente mais longo.
Trabalharemos com a forma dos dentes para disfarçar e chegar o mais próximo possível do
dente vizinho.

Normalidade

Ilusão de Estreitamento
Ilusão de Alargamento

Normalidade

Ilusão de Encurtamento
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Ilusão de Alongamento

Depois de realizar os ajustes vamos verificar se a cor que o protético aplicou esta
adequada ou será necessário mudar, pois às vezes é preciso escurecer um pouco na cervical,
sendo que o dente não tem necessariamente uma cor única, dessa forma, podemos dividi-lo em
terços, por exemplo: terço cervical A3; terço médio e incisal A2, pois geralmente a cervical é um
pouco mais escura. Então se for necessário ajustar o croma da cor o protético apenas fará uma
pintura extrínseca, ou seja, por fora da porcelana, sem a necessidade de trocá-la.
O jogo de cores sempre irá depender do paciente, ou seja, se é idoso ou não, se possui
manchas, é fumante, se há recessões, dessa forma, não vamos nos limitar em apenas uma
coloração.
Utilizar uma coloração no dente todo dá ilusão de um dente grande, dessa forma, se
queremos “diminuir” o tamanho do dente e dar um aspecto mais agradável é só escurecer a
região cervical.
Esse jogo de cores é sempre o dentista que passa para o protético, pois é ele quem tem
contato com o paciente, mas se caso esteja muito difícil de escolher a cor o dentista pode chamar
o protético para ver o paciente e ajudá-lo ou até mesmo mandar uma foto.

Prótese Parcial Fixa (P.P.F.)


A PPF é uma peça unida, sendo que a parte que adapta nos pilares é denominada de
retentor, já a porção de dentes suspensa é denominada de pôntico, então toda peça terá os
retentores e a ponte.

Técnica:
1. Realizar um condicionamento gengival: através do uso de provisório e acréscimo de
resina para a formação de uma papila, deixando assim o preparo mais agradável para a
colocação da peça.

2. Moldagem com casquete: de preferência utilizar o poliéter, pois é um material mais


agradável. Este casquete será removido em uma moldagem com alginado e depois é só
mandar a moldagem para o protético e ele fará uma peça unida.
3. Prova da peça e ajustes (coping): o protético mandará o coping, mas por ser uma peça
grande pode acontecer de ao encaixar de um lado, conseqüentemente, desencaixa do
outro, existindo um jogo, neste caso é necessário cortar a peça com uma broca ou disco,
separando em duas ou três partes, adaptar cada parte separadamente e unir novamente
com resina duralay, mandar para o protético e a peça virá novamente soldada para provar.
Isso não acontece com o elemento isolado, por ser uma peça única.
Uma das causas que pode levar a essa desadaptação é a falta de paralelismo entre os
preparos dos dentes pilares, pois a peça possui um único eixo de inserção, então se eles
não estiverem paralelos, irá encaixar de um lado e do outro não.
Outra questão que pode levar a desadaptação é a distorção da peça, neste caso podemos
ajustar cortando e soldando novamente.

4. Registro inter-oclusal: com resina duralay vermelha. Remove a peça em uma moldagem
de alginato e manda para o protético aplicar a porcelana.

5. Ajuste na porcelana: remover isquemia e trabalhar com estética. Mandar para o protético
fazer o glaze.

6. Cimentação definitiva: realizar isolamento relativo e a coroa deve estar bem seca
internamente assim como o preparo. Para coroas metalocerâmicas utiliza-se cimento de
fosfato de zinco, este deve apresentar consistência de fio e é colocado na superfície
interna da coroa, leva em posição, pressiona durante 5 minutos, remove o excesso cervical
e passa fio dental nas proximais, mas para passar o fio não podemos passar e puxar, pois
o cimento ainda não cristalizou completamente e se fizer força de tração a coroa sai de
posição, então passa o fio e remove ele de lado.

Obs.: Em elemento isolado não é necessário controle posterior.

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