1ª AULA – PRÓTESE TOTAL – ZÉ RENATO
partir do momento que passa o primeiro ano essa
Em uma primeira consulta para PT faremos
exame clínico, anamnese, preenchimento de ficha,
verificamos a prótese antiga do paciente como: a
higienização, o nível de desgaste dos dentes, se
há presença de cálculo, se há fraturas, temos que
observar características estéticas também, visto
que se o paciente chega com uma prótese total,
ele possui uma “face” com sua prótese, possui um
preenchimento de lábio, possui um sorriso, então
devemos saber investigar se aquela prótese
satisfaz esteticamente o paciente para que na
confecção de uma nova PT tentarmos manter
algumas características desde que estejam no
padrão certo. Depois disso, faremos as
radiografias, podemos utilizar a panorâmica porque
ela fornece tanto maxila quanto mandíbula, caso
não tenha panorâmica podemos utilizar a oclusal
que também fornece um pacote de dados.
Então para que uma radiografia de maxila e
mandíbula para pacientes desdentados? Porque
podemos procurar alguma lesão no paciente, as
vezes há a remoção de um dente que tinha um
cisto, que tinha um abcesso e esse cisto e abcesso
ficaram “sepultados” no osso. Vamos procurar e
analisar qualquer coisa que possa interferir no
funcionamento da prótese.
Feito isso, partimos para moldagem
anatômica e moldagem funcional. Vamos tomar
uma impressão do paciente, feita com alginato.
Algumas universidades não fazem mais a
moldagem funcional por acharem desnecessário,
mas ainda prefiro fazer para garantir a adaptação
da prótese.
Fazemos uma moldagem com alginato, em
seguida confeccionamos a moldeira de estudo,
veremos o passo a passo nessa aula, faremos a
delimitação da área chapeada de cúspide,
importante lembrar do conhecimento da anatomia
do paciente para delimitar exatamente aonde a
prótese vai ficar, pois é uma área que não pode ser
ultrapassada por correr o risco de perder
estabilidade. Com a confecção da moldeira
individual do paciente dentro dessa área
chapeada, faremos uma moldagem funcional com
essa moldeira individual. Depois que obtiver a
moldagem funcional e o modelo definitivo vamos
começar a confecção da prótese propriamente dita.
Vamos construir uma base com cera para
fazer o registro das relações maxilo-mandibulares,
feito esse registro monta em articulador semi
ajustável, o laboratório faz a montagem de dentes
e provamos na boca do paciente, se tiver tudo ok,
mandamos para o laboratório par fazer a troca da
cera por resina.
Iremos falar agora sobre anatomia de
rebordo, esse é o tipo de rebordo que mais iremos
ver na maxila e na mandíbula. Na maxila no
primeiro ano tem uma perda óssea muito rápida, a
reabsorção óssea vai ser mais lenta. Na mandíbula
temos uma perda óssea muito mais acentuada,
mais severa comparada a maxila. Deve-se prestar
atenção com relação a perda óssea de maxila e
mandíbula é o local que vai ocorrer, na maxila a
perda é dispensada na tábua vestibular, em vez de
perder altura vai perder espessura de osso (há
perda de suporte de lábio). Na mandíbula vai ser
perdido em altura e em um tempo mais rápido do
que a maxila. E qual a importância disso? Porque
vamos encontrar essa situação na clínica, como
você perde rapidamente osso e altura na
mandíbula, a gengiva inserida nesse osso vai ficar
sem suporte ósseo, mais flácida. Iremos ver que
toda a força proveniente da mastigação vai para o
osso, quando perdemos o dente a força é
transmitida para o osso e mucosa. Então se eu
tenho uma mucosa flácida essa transmissão de
força é mais difícil, mais complicada ao osso.
Em uma prótese total podemos ter de 50 a
70% de deficiência mastigatória durante a
transmissão de força via mucosa, quanto mais
espessa a mucosa mais difícil de transmitir essa
força. Por isso que quando colocamos uma prótese
total em um paciente com dificuldade mastigatória
preconizamos a utilização de suporte de implantes,
porque o implante vai está diretamente ligado ao
osso, na hora que fixamos uma prótese sobre o
implante, transmitimos a força diretamente ao
osso, aumentando a eficiência mastigatória do
paciente. Podemos fazer isso de forma fixa (as que
não removíveis) ou removível que é quando pode
ser colocada sobre implantes, mas não
necessariamente é fixa, pode ser removida. As
próteses fixas chamamos de protocolo e as que
são colocadas em pontes de implantes mas
continuam sendo removíveis chamamos de
overdenture. Overdenture é uma prótese total igual
uma convencional, a diferença é que abaixo dela
vai ter alguns implantes que servem tanto para
reter a prótese quanto para transmitir força ao
osso. E as próteses de protocolo também, é uma
prótese muito parecida com algumas
características da prótese total, a diferença é que
ela é parafusada sobre os implantes, ficando fixa
na boca do paciente.
Qual a dificuldade que vocês acham que é
encontrada nos trabalhos dos dentistas? É que
muitos deles não sabem moldar, seja qual for o
tipo de prótese, grande parte dos erros está na
moldagem. Existem de 50 a 60 erros que você
pode executar durante a moldagem e confecção do
modelo que podem interferir inevitavelmente no
sucesso de uma boa prótese. Analisem as
proporções, a forma de mistura, o tempo de
trabalho, a forma que o paciente é preparado antes
da moldagem, o paciente deve está com a mucosa
molhada para o alginato não ter dificuldade de
escoar. Mas esse molhamento é preferencialmente
por água não por saliva, pois a saliva pode
dificultar o alginato a copiar a anatomia da mucosa.
Então antes de colocar o material na boca do
paciente devemos lavar a boca do paciente,
colocamos a água e pedimos para bochechar.
Alguns pacientes têm que fazer isso, outros
não tem necessidade, depende de como você vai
encontrar a boca do paciente. Então, se você tem
um paciente com a saliva muito serosa, muito
fluida, às vezes não há necessidade. Se você pega
um paciente com uma certa quantidade de saliva
serosa, fluida, é ok. Mas se você pega um paciente
que tem aquela saliva espessa, que até faz liga,
difícil de remover, esse paciente você tem que
colocar água na boca dele. Enquanto você está
manipulando o material, ele está bochechando.
Isso vai facilitar a sua moldagem. Depois que ele
bochechar, peça pra ele cuspir, e aí você introduz
a moldeira. São essas pequenas coisinhas que a
gente consegue fazer pra melhorar o resultado da
nossa moldagem, desde manipulação, observação
das características do material, tempo de presa,
até como remover a moldagem da boca do
paciente pode induzir distorções, e distorção na
moldagem vai alterar o modelo de trabalho em
relação ao que é normal. E alterando o que é
normal, em relação ao modelo, eu vou ter
dificuldade de adaptação de uma prótese total no
rebordo do paciente.
O que influencia no sucesso da minha
moldagem?
 Conhecimento das propriedades do
material de moldagem
 Manipulação incorreta
 Cópia inapropriada de detalhes
 Presença de bolha
 Moldeira no tamanho inadequado
 Manipulação inapropriada de tecidos moles
 Seleção inadequada da técnica de
moldagem.
Quais são as etapas de uma moldagem?
 Instruções ao paciente
Na hora que eu faço a instrução pro meu paciente,
eu estou dando a ele informações de como vai ser
o procedimento técnico da moldagem. “Olha, vai
acontecer isso, aquilo, vai demorar muito tempo...”
Teoricamente ele não precisaria saber o passo a
passo, mas na hora que você informa ao paciente
todas as etapas do processo de moldagem, você
tira dele a ansiedade, porque ele já sabe o que vai
acontecer. Com isso ele diminui a produção de
saliva mucosa(espessa). O paciente às vezes
quando fica nervoso, aumenta o nível de salivação.
Então você reduziu o nível de saliva mucosa por
tirar dele a ansiedade. Além disso ele vai ter
menos ânsia de vômito, porque ele vai se sentar
certo, vai respirar da forma correta... Então quando
ele está na posição vertical, que ele tem a
consciência de respirar pelo nariz, já antes do
início da moldagem, ele vai ficar mais tranquilo. Se
ele começar a ter ânsia de vômito ele vai querer
tirar aquilo da boca, não deixe ele tirar, porque
primeiro que ele vai querer tirar a moldeira sem o
material ter tomado presa, e vai ser pior ainda pra
ele, por que ele vai entrar em contato direto com o
material e vai ficar uma meleca na boca dele.
Segundo que você não vai conseguir colocar de
novo. O mesmo com a criança, ela vai querer tirar,
então não deixe. O ideal é antes da moldagem a
criança já estar condicionada.
 Manipulação correta do material
Na hora que vocês forem manipular o alginato, ter
certeza de que todo pó foi incorporado à água.
Primeiro você coloca o pó sobre a água e não a
água no pó, isso é o ideal. Obviamente, as
espátulas precisam estar limpas, senão você vai
modificar o tempo de presa do material.
Modificação da proporção pó e liíquido alterará
algumas propriedades importantes como o
rasgamento do material, ele fica mais fácil de ser
rasgado. Depois estudem as propriedades do
alginato, porque serão importantes.
Qual critério vocês usam pra selecionar uma
moldeira? Ela pode ter uma bacia mais larga ou
mais estreita. Obviamente que ela não pode ficar
apertada pra não machucar o paciente, mas eu
também não posso ter uma bacia muito larga em
relação ao rebordo do paciente, porque aí eu vou
ter uma espessura de alginato muito grande nas
bordas da prótese e essa espessura muito larga de
material na borda da prótese aumenta a chance de
distorção. Vocês vão ver que uma das vantagens
que a gente tem em relação a moldagem funcional
sobre a anatômica é a espessura do material de
moldagem que é diminuída. Quanto mais largo o
material de moldagem, maior a contração pós-
presa, maior a chance de distorção. Então o
alginato precisa de uma certa espessura, ele não
pode ser muito fino, porque fica fácil de rasgar,
então vamos ter 2 ou 3mm de distância da borda
da moldeira até o rebordo do paciente, nem mais,
nem menos.
Então na hora que eu for provar a moldeira, eu vou
colocar lá na área final que eu quero a moldagem,
no caso da maxila o túber, e aí eu vejo, colocando
a parte posterior qual a distância que tem entre a
tuberosidade e depois que eu ver essa distância,
dos dois lados, é que eu introduzo o restante da
moldeira e vejo se essa mesma distância que eu
tenho na região anterior. A gente vai adaptar essa
moldeira ao rebordo do paciente com cera, dando
novas formas pra essa moldeira.

As moldeiras de estoque podem ser de aço
ou alumínio. Preferiremos as de alumínio, porque
são dobráveis e a gente pode modelar essa
moldeira pra tentar adaptar melhor na boca do
paciente.
O que é a moldagem como conceito?
É o conjunto de atos clínicos que visa obter a
impressão do que a gente chama de área
chapeável, por meio de materiais próprios e
moldeiras adequadas.
Moldagem é diferente de molde. O molde é o que
você obtém pelo ato da moldagem, é o que está lá
na moldeira. O modelo é o vazamento do gesso
sobre o molde.
Objetivos da moldagem
Reproduzir os acidentes anatômicos e rebordo.
Quais são os acidentes anatômicos que vamos
observar na maxila? Ela vai ser dividida em
algumas áreas: flanco labial, que é compreendido
entre os frênulos.
Aqui nessa região eu vou ter o frênulo labial
e a papila incisiva e as paredes axiais e oclusais
do rebordo. Esse rebordo tem duas características.
Tem aquela gengiva que está inserida no osso,
que tem uma coloração mais clara, mais
esbranquiçada (tem mais fibra colágena), e ela tem
uma mucosa que não está inserida no osso, que
ela é mais vermelho, mais escura, mais
vascularizada (tem mais fibra elástica). Os epitélios
também são diferentes, aqui é mais ceratinizado
(gengiva inserida), mais resistente pra receber
carga mastigatória. Conhecer a diferença da
anatomia da mucosa, ajuda você a delimitar a área
em que a prótese vai poder ficar circunscrita.
Depois que eu passo desse frênulo, eu
tenho o flanco bucal. Aqui na frente é o que
chamamos de flanco labial, que está coberto pelo
lábio e do lado o flanco bucal. Entre o frênulo labial
e lá atrás no sulco hamular eu tenho a
tuberosidade e esse espaço entre o rebordo e o
processo coronóide da mandíbula no movimento
de abertura bucal. Indo pra trás do túber temos o
sulco hamular. Esse sulco hamular vai se juntar de
um lado ao outro através de uma linha, com
delimitação da prótese que chamamos de linha
vibrátil.
A prótese superior não fica totalmente
sobre o osso. Tem uma área que não fica sobre o
osso, que é na aponeurose. E por que a prótese
avança e não para no osso? Porque A gente utiliza
essa região pra fazer o vedamento posterior da
prótese, senão ela fica caindo.
O que é isso? Palato mole. Só que é um
palato mole sem movimento. A gente conhece o
palato mole no processo de deglutição, tendo a
função de quando você vai deglutir, você contrai a
musculatura do véu palatino pra levantar o palato
mole. O palato mole levanta, veda a nasofaringe e
o alimento passa pra garganta. Quando você tem
algum problema nessa região, é quando o paciente
tem a aspiração pelo nariz. Por exemplo, quando
estamos tomando um líquido e damos risada, a
força de expulsão do liquido é mais rápida que a
contração do músculo, então o líquido sai pelo
nariz na hora da gargalhada. Quem evita isso é o
palato mole. Pra ele contrair, ele se insere no osso,
então, na região fibrosa de inserção do músculo
ele não tem movimentação.

É como se fosse o tendão, a movimentação
acontece depois disso aqui que é o que chama-se
de linha vibrátil; então a linha vibrátil não coincide
com o final do osso palatino, ela é depois do osso
palatino. A partir do momento que começa a mexer
e vibrar a prótese não pode ta lá, a prótese tem
que ta até o limite que não mexe. Isso é algo que
cai muito em prova de concurso para diferenciar a
localização do término final da linha vibrátil: se é no
final da maxila (que não é), é no final da inserção
fibrosa da musculatura que levanta o palato mole.
Então depois que essa musculatura começa a
funcionar, a prótese total não pode estar aqui mais,
ela tem que ir até a linha, como podemos verificar
isso: pede pro paciente abrir a boca e falar AAA e
ai o palato vai vibrar, no que ele vibrar ver
exatamente onde ele começa vibrar e é onde
delimita-se a prótese. Por isso é importante que
reconheça onde ta a linha vibrátil e reconheça
também que na anatomia a linha não coincide com
o forame palatino, vai coincidir com o final da
aponeurose dessa musculatura.
Então, tem aqui a anatomia das bordas que
é formada pela linha vibrátil, supra-anular, flanco
bucal e labial e frênulos; e tem a anatomia interna
que tem a papila incisiva e rebordo, tanto com
parede axial como palatina; aqui podemos ter tórus
como também podemos ter um sulco, pode ser
fissuras (podem não ser concretizadas), então o
palato lá na região central faz um sulco em direção
ao osso, são coisas que pode-se observar na
anatomia da maxila do paciente. Aqui atrás é muito
comum uma área de pressão vibrante, pois aqui
sai nervo no forame palatino, então se existir
sensibilidade nessa área, ou em outras, será
necessário fazer os alívios. As áreas de
transmissão de força principal na prótese é o ápice
do rebordo, será nela que os dentes serão
implantados; o restante dessa área escura oferece
estabilidade, é tão importante pra uma prótese total
funcionar quanto a retenção; não consegue-se
trabalhar com uma prótese que tenha só retenção,
é preferível que ela tenha estabilidade, retenção é
na prótese estática a estabilidade é quando a
prótese estiver funcionando (ela tem que estar
parada na boca do paciente).
Na mandíbula é a mesma coisa, tem-se o
flanco bucal e labial, na região posterior do flanco
bucal tem a inserção do músculo masseter; então
da mesma forma que vão colocar o dedo na face
vestibular do molar para ver o processo coronóide
da mandíbula passando (não entendi), vão colocar
também na face vestibular do rebordo da
mandíbula e sentir que quando contrai o masseter
essa região contrai também, ali então consegue
apalpar a inserção do masseter. Se colocar uma
prótese cobrindo essa inserção do masseter e o
paciente mastigar (contrai o masseter) essa
inserção expulsa a prótese, por isso deve-se ter
cuidado para aliviar essa região de inserção. Aqui
atrás têm as papilas piriformes que é o limite
posterior da prótese total, tendo que cobrir as
papilas piriformes. Na região vestibular tem dois
limites responsáveis por delimitar a área
chapeável: linha oblíqua externa e interna; na linha
oblíqua interna e externa tem-se inserção de
músculos, então não pode-se passar por áreas que
estarão contraindo pois assim expulsará a prótese,
tem que ficar em cima de mucosa inserida sem
inserção de músculo. O único local que consigo
incorporar a prótese sobre uma inserção é na
região posterior do palato (véu palatino), todas as
outras inserções (fibrosas e musculares) elas
devem ser aliviadas e fora da área da prótese. Na
mandíbula também temos o forame mentoniano,
se tiver sensibilidade dolorosa tem que aliviar na
prótese essa região, na frente temos o assoalho
onde terá inserção dos músculos supra hioideos e
do assoalho bucal, também deve-se aliviar a
prótese nos limites da mucosa desse assoalho e
no frênulo labial também.

Quando perde-se altura desse rebordo em
algumas áreas essa mucosa vestibular e lingual se
movimenta e a prótese vai ficar sobre uma gengiva
flácida (sem estabilidade), por isso muitos usam
apenas a prótese superior pois a inferior tem bem
menos estabilidade (menos área chapeável que a
superior e rebordo bem mais baixo), menos
retenção e ainda tem a língua que impõe força nela
o tempo inteiro, então o critério pra moldagem de
uma prótese inferior é bem mais rigoroso: se
estender a moldeira à mais coloca-se a moldeira
em área de inserções musculares e fibrosas e se
colocar à menos estará tirando retenção e
estabilidade de algo que já não tem; de novo:
flancos bucais e labial, papilas piriformes
encobertas no limite da região posterior da prótese,
linha oblíqua interna e assoalho bucal no limite da
área chapeável para a mandíbula. Na moldagem
usa-se materiais com adequada viscosidade com o
objetivo de afastar os tecidos moles que tem
movimentação para que consiga visualizar o
rebordo – sua forma, altura, espessura, volume;
não só do rebordo, mas de outras estruturas que
são chapeáveis. Aqui têm-se algumas coisas de
importância: área de suporte primário (rebordo),
área de suporte secundário (palato), zona de
selado periférico (limite entre a mucosa inserida e
não inserida nos limites da prótese), inserções
fibrosas e musculares, inserção do frênulo,
inserção dos músculos da expressão facial, zona
de selado posterior e as zonas de alívio. Áreas que
precisam aliviar: áreas que saem de nervos e
forames e de gengiva muito espessa que são as
áreas de rebordo.
E faz a análise da boca do paciente no caso
do seu colega, e puxa o lábio traciona o lábio que
vocês vão ver que a mucosa acompanha o
movimento que vocês vão fazer no lábio até um
certo ponto, a partir daquele ponto a mucosa
começa a ficar inserida na gengiva do paciente, e é
tão importante a gente diagnosticar o que é uma
mucosa inserida e não inserida porque as mucosas
são diferentes, e existem outras mutações na
prótese (distração com alguém) então pessoal que
outras situações a mucosa inserida seria
importante? Por exemplo, na situação de molares
inferiores de pacientes dentados na gengiva
vestibular eu tenho muita pouca gengiva inserida, e
ai eu tenho uma fratura ou dente ta curto eu
preciso fazer um aumento de coroa clínica e
aumento de coroa clínica a gente só faz em cima
de gengiva inserida eu não consigo fazer aumento
de coroa clínica sem ter mucosa inserida, e vocês
percebam que eu nem chamo de gengiva inserida
porquê gengiva é necessariamente mucosa
inserida se não for inserida não é uma gengiva, na
região de molares inferiores pela vestibular é muito
comum não ter área de gengiva ou uma faixa
estreita de gengiva de 3mm no máximo, e dali já
começa a mucosa da bochecha a mucosa jugal,
então quando eu vou fazer um aumento de coroa
naquela região, se eu tirar a gengiva inserida e
deixar só a mucosa não inserida ali no pé do dente
o que é que vai acontecer? Inflamação, lembram
da anatomia do periodonto? como é que ela é
feita ? tem o suco gengival, e logo abaixo desse
suco tem a gengiva inserida do dente e depois
gengiva inserida no osso para proteger o ligamento
periodontal e o osso.
Então quando não tenho gengiva inserida, e
tenho a bactéria entrando dentro do suco para
onde ela vai? Vai direto no osso porque não tem
gengiva inserida protegendo, ela vai direto para o
periodonto, então vai ter inflamação gengival, aí
nesses casos você vai ver, que nesses casos que
você vai fazer coroa em dentes posterior, você faz
aumento de coroa clínica sem gengiva inserida, o
paciente tem é inflamação de mucosa porque não
tem gengiva, e o que é que faz? Faz enxerto de
gengiva pega a tira de gengiva na mucosa do
palato, e enxerta lá no pé do dente para aumentar
a área, a faixa de gengiva inserida para poder
fazer o aumento de coroa clínica se você não fizer
isso você não vai ter a proteção e dará inflamação
na certa. Então por isso que é importante
identificar as áreas que são de gengiva inserida e
áreas de mucosa não inserida, para que a gente
possa fazer a delimitação de área chapeável, pega
o coleguinha e puxa e traciona o lábio dele para
ver qual mucosa vai movimentar e qual vai ficar
parada, ali no limite entre os 2 é o limite da área
chapeável, iaí a gente precisa identificar isso
direitinho para delimitar no nosso modelo.
Vamos lá, Delimitando aí a área posterior
que é da linha vibrátil, flanco labial, vejam livrando
as inserções fibrosas, não só as musculares mas
as fibrosas também, as moldeiras de estoque,
lembrando que a moldeira de PT é diferente das
moldeiras de estoque do paciente dentado ela é
mais raza, e é essa moldeira que devemos utilizar,
de preferência as moldeiras de alumínio...( não dar
pra entender) porque essas são rígidas são duras
ai eu consigo modelar, como é que eu modelo a
moldeira? Com cera, então se eu precisar montar a
altura da borda da moldeira eu coloco cera se o
paciente tem o palato profundo, e que quero que
essa moldeira fique 2 a 3 mm de distância do
palato eu posso modelar o palato da moldeira com
cera também, então eu vou dar algumas
características a moldeira para adequar ela ao
máximo ao paciente, se por exemplo ela está boa
em toda a área chapeável mas tem uma área na
região posterior dos molares que ela não cobre
todas as tuberosidades, ou seja, cobrindo
parcialmente as tuberosidades, eu posso
completar com cera, então vou colocar a moldeira
na boca do paciente e ver onde é preciso modificar
com cera, posso modificar com cera utilidade
mesmo ou a godiva que é o outro material
termoplástico que a gente pode utilizar para
modificar a moldeira.
Existem ceras feitas para isso
comercializadas para isso ela vem com se fosse
um canudo , só que maciço com uma parte que é
justamente pra você encaixar, mas a gente usa a
cera utilidade mesmo.
Material de seleção é o alginato, pra gente
poder fazer a moldagem anatômica, também
posso fazer com godiva e silicone por
condensação. Qual a vantagem do alginato frente
aos 2 materiais? É barato, baixo custo e é
hidrofílico em relação aos demais, os outros 2 são
hidrofóbicos, a godiva ela tem um problema sobre
o alginato ela é um material impreciso, então toda
vez que eu for utilizar a godiva ela vai comprimir a
mucosa , quando comprime eu vou ta alterando
essa moldagem , então com alginato é melhor, já a
silicone é muito boa consigo melhores moldagens
do que o alginato qual o grande problema da
silicona? O custo, então vai ter características de
detalhes melhores que o alginato ela não vai ser
comprimível como a godiva, seu único problema é
o custo. (Começa a mostrar um vídeo) Aí o
alginato aqui ele coloca o alginato com seringa no
fundo de vestíbulo para garantir que vai copiar toda
essa área, então coloco alginato na seringa e
completo toda essa área , isso é necessário? Não,
mas se você tem dificuldade aí você pode usar
isso como artifício, mas ela vai grudar na moldeira?
Não, ela vai grudar no alginato, por que é mesmo
alginato, então eles vão gelificar juntos, então aqui
a cópia, papila piriforme, linha oblíqua interna, linha
oblíqua externa, inserção do masseter, frênulo
labial, rebordo todo copiado, isso aqui que agente
quer do inferior, certo?
Então como que faz essa moldagem
professor ? quais as etapas da moldagem? Tem a
parte que você vai informar o paciente, de toda
etapa o que você vai fazer passo a passo, e você
vai dizer para o paciente respirar só pelo nariz
durante a moldagem, você vai ficar na posição
vertical, manter a calma, esquecer que estou com
um material na sua boca, mas aí o paciente pode
começar a ficar agoniado na hora, e ter vontade de
vomitar ai vai pedir pra parar e não tem mais como
parar, por isso que é importante trabalhar com um
alginato com tempo de presa que seja adequado,
se você não faz moldagem rápido o tempo de
presa tem que ser maior, se você faz rápido e
domina a técnica o tempo de presa curto é o ideal,
e ainda trás mais conforto ao paciente porque vai
retirar mais rápido da boca, existem alginatos com
2 minutos e existem com 5 minutos,
Então como você vai fazer, eu vou imaginar
quais as seções da moldagem, vou pegar uma
cubeta colocar agua na cubeta, proporção , usa 3
proporções pra maxila e 2 proporções pra
mandíbula de alginato ,então eu coloco o potinho
com 3 proporções de agua na cubeta e pego 3
proporções de pó, pra usar o pó tenho que
chacoalhar, tem que ta solto o pó, não pode estar
compactado, se não vai ter alteração, então assim
que pegar o pó agita pra ele separar as partículas
uma das outras , então eu pego uma porção bato
pra ele adaptar ao medidor , tiro o excesso e
dispenso o número de porções que são indicadas,
3 maxila e 2 pra mandíbula, então pensa na maxila
botei 2 porções de água 3 de pó e comecei a
manipular, pessoal vocês vão ter 1 minuto de
tempo de trabalho para manipular, 1 minuto ou 1
minuto e meio depende do alginato se você não
souber é importante ler a bula para saber, para
saber o tempo de trbalho, então nada de
desespero , muita gente começa a manipular e
com agonia joga alginato pra tudo que é lado,
começa a aglutinar o pó dentro do liquido com
calma, vai molhando o pó a partir do momento que
perceberem que o pó ta ficando molhado aí vocês
manipulam com maior vigor, amassando a massa
na moldeira até ficar com consistência uniforme até
que vocês não vejam mais bolinhas de alginato, e
a massa tenha um aspecto uniforme liso . Nesse
momento dentro do tempo de trabalho você vai
juntar tudo e levar até a moldeira, adapta o alginato
na moldeira, e você vem com a moldeira que você
já selecionou e pede para o paciente abrir boca,
como é que você faz?
Por favor venha cá você (chamou alguém)
pra moldar superior fica na posição de 10 horas,
com a mão esquerda você traciona a bochecha do
paciente e com a moldeira você abre o outro lado,
porque se o paciente abrir a boca, a moldeira é
mais larga do que isso ela não vai entrar, você
precisa abrir de um lado com a mão e do outro
com a moldeira e empurrar a bochecha, assim
você consegue introduzir a moldeira, no que você
introduz a moldeira você leva a moldeira até a
posição final que você vai moldar ai você começa a
aprofundar a moldeira de trás pra frente,
importante que antes de você aprofundar , você
tenha noção que a moldeira estar centralizada com
o nariz, então, você vem aqui na posição 10 horas
e veja se o cabo estar centralizado com o nariz,
cuidado como pacientes como eu com o nariz
torto, porque é importante centralizar a moldeira ou inconsciente, ele consciente ele não aspira
antes de aprofundar? Porque se a moldeira estiver vômito.
deslocada vai ter lado que vai ter menos material
mais estreito , isso vai dar alteração , então antes Moldagem para paciente que teve ânsia de
de aprofundar, introduz ,centraliza e aprofunda, de vômito desde que experimentou a moldeira:
trás pra frente, da tuberosidade pra região anestesia o paciente (apenas palato duro) e
infralabial, por quê? Porque se eu introduzo de informa pro paciente não deglutir. Em alguns
frente para trás, o material vai escoar para o pacientes, até o uso de anestésicos tópicos ajuda.
palato, pra garganta, então trás o material, e
antes de introduzir a moldeira até o final, traciona o Aqui está na fase de estabilização, veja que
lábio do paciente, levanta o lábio pra você ver o o lábio cobre a moldeira, não deve nunca ficar
material escoando por todo o fundo do vestíbulo , preso, assim como a língua que deve ficar por
depois você puxa o lábio do paciente por cima da cima da moldeira. OBS: geralmente pacientes de
moldeira, nesse momento você estabiliza ela com prótese total tem a língua hipotônica, relaxada no
a mão, moldagem de alginato você não faz força assoalho inteiro; quando se tem dentes limita o
pra moldar, você aprofunda a moldeira até a espaço da língua.
posição correta e depois você estabiliza, e depois
pegar o lábio e tracionar ele para você modelar Além da língua por cima da moldeira,
imprimir as movimentações musculares e fibrosas durante a moldagem deve-se realizar os
na moldagem anatômica. movimentos para imprimir todo o assoalho com
sua movimentação.
Terminou o tempo de presa a remoção ela
tem que ser rápida, porque se eu demoro e A godiva é um material termoplástico que
imprimo força para os lados ele não tem deve ser aquecida, ela vai plastificar, é um material
recuperação elástica , é uma característica que não toma presa, é uma cera, você aquece e
negativa desse material, então se eu imprimo uma ela amolece. Coloca a godiva na moldeira e faz a
tensão pra ele pós presa, tentando tirar a moldeira impressão. Desvantagem da godiva: é um material
torcendo pra um lado e pro outro, eu vou induzir compressível. Vantagem: se deu errada a
alterações na moldagem, então impressão que der moldagem não precisa repetir, só aqueço de novo
nele vai causar distorções, então tenho que tirá-lo e refaço.
de forma rápida, as vezes eu tenho dificuldade
porque ele fica tão aderido a mucosa que dificulta, Sempre aquecer a godiva longe da chama
então eu levanto o lábio do paciente e solto ar na (muito perto ela solta bolhas e fumaça e já está
boca da moldagem, para que esse entre o material decompondo material), ela vai começar aquecendo
de moldagem e o rebordo, aí fica mais fácil tirar o a parte externa do bastão mas a parte interna
material de moldagem, feito isso lavo a boca do ainda vai estar fria porque o polímero tem baixa
paciente, pedir pra ele cuspir tirar o excesso de condutividade térmica, quando o calor chegar no
alginato pego minha moldagem lavo ela, para que? centro do bastão ela vai começar a derreter.
Na superfície da moldagem ta cheia de mucina, https://www.youtube.com/watch?v=I_DJoZO41Ho
cheia de proteína salivar, que na hora que eu for
vazar vou colocar o gesso em cima dessa mucina,
e não vai sair o rebordo, então eu tiro toda essa
mucina, lavo bem , seco , por que se eu não secar
vai alterar a proporção do gesso na região de crista
de rebordo que é justamente minha região de força
primária, porque ali vai ter agua também, ali eu
aumentando o liquido naquele fundo, naquela
região vou tornar o gesso mais frágil, vai
desgastar, aí altera o modelo e a anatomia ,
alterando a adaptação da prótese sobre a área de
transmissão de força primária, então tira esse
excesso de líquido para colocar o gesso todo
dentro do rebordo, antes de fazer isso faz a
desinfecção com hipoclorito, depois lava de novo e
seca eu tenho que fazer tudo isso em 30 minutos.
Pergunta:
- Professor em casos de vômito não é para tirar a
moldeira, não corre risco asfixia não?
- Não, o vômito sairá para fora, não tem nada que
aspirar vômito a não ser que ele esteja dormindo