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SISTEMAS DE BANDAGEM:

Profª Luegya

Nós vamos precisar do sistema de bandagem quando vamos fazer a


disjunção, em casos ortocirurgicos, eu preciso ter mais segurança para a
retenção do acessório, os molares são dentes que sofrem a ação da
mastigação então o risco deles soltarem juntos é maior, eu preciso
desses dentes bandados em casos cirúrgicos, casos em que vou fazer
ancoragem, eu tenho os anéis adaptados nesses anéis eu vou fazer uma
transferência, eu moldo meu paciente transfiro esses anéis, e aí eu vou
fazer o meu aparelho de ancoragem, não é todo caso que é necessário
fazer banda, mas em muitos casos é necessário, como a que nós vamos
fazer Edgwiese, a gente vai fazer barra palatina e arco lingual a gente
precisa fazer essa bandagem.
Typodont : (Nosso primeiro paciente classe II, com apinhamento que fará
exo de pré-molares, que fará a separação no primeiro passo E
bandagem.)
Para fazer essa bandagem existe toda uma técnica, e a gente vai falar
sobre isso agora: Nessa tecnica de Edgwies, A gente vai usar braquete
00, ou seja não tem torque, e a gente vai usar bandas. os molares vão
ser bandados, antigamente todos os dentes eram bandados, hoje em dia
a gente banda molares e no máximo pré-molares.
se a gente for comparar a questão da bandagem e da colagem eu posso
colar ao invés de mandar? Posso! mas em alguns casos especificamente
eu preciso bandar casos de cirurgia, casos de pacientes que solta muitos
tubos, então a bandagem não tem algumas deficiências em relação a
bandagem, a colagem é mais rápida, gera menos tempo de cadeira, é só
um tubo, é estética, é mais higiênica, e ela não deixa espaços, quando a
gente tira os anéis eles ficam com espaços e a gente precisa fechar, a
colagem dispensa esses espaços. em compensação elas são mais fáceis
de soltar, o grande problema da colagem é essa, Então muitos pacientes
soltam com facilidade os tubos, e eu vou precisar bandar.
TIPOS DE BANDAS:
Existem as bandas artesanais, são aquelas que a gente confecciona e
hoje a gente não usa mais, só em casos de dentes fora do padrão da
anatomia, existem as bandas pré-fabricadas, e temos as bandas que já
vem com tubo soldado, que essa gente também não usa tanto porque eu
preciso ver a altura, preciso ter vários tamanhos diferentes de altura.
então melhor de tudo a gente usar as bandas pré-fabricadas que já vem
pré pronta, que não é 100% pronta porque eu preciso adaptar aquela
banda ao meu dente bem certinha.
As bandas elas são feitas de um material de aço inoxidável, que é o
material com liga de metal com níquel e crómio, isso significa várias
coisas primeiro que ela não oxida, então tem alguns pacientes que ficam
perguntando esse negócio não vai marear na minha boca?? então não
porque tem crómio, e também tem níquel, estou falando isso porque
alguns pacientes desenvolvem sensibilidade ao níquel, então a gente não
vai bandar a gente vai colar. As bandas artesanais são aquelas que a
gente confecciona, demanda muito tempo de trabalho, elas são tira de
aço eu vou na máquina de solda, soldo às 2 pontinhas depois eu pego
um alicate e formador de banda vou adaptar essa tira no dente, depois
eu faço uma solda nessa tira, uma segunda só da para deixar a
circunferência certinha do dente, faça uma área de reforço para não abrir
essas áreas de retenção, adapto a minha banda, Faço a nova solda, corto
e depois eu vou adaptar, então demanda muito tempo de trabalho. a
gente vai usar a banda pré-fabricada que todo esse trabalho prévio não
é necessário, mas eu vou precisar fazer uma adaptação desse anel no
meu dente bem certinho e isso é importantíssimo!! se eu pego esse anel
e coloco no dente de qualquer jeito vai ficar várias áreas de retenção, não
vai ficar uma linha de continuidade, vai ficar dente , vazio e banda, então
isso significa que vai acumular alimento, e vai acumular a bactéria, e esse
paciente vai ter care e não é isso que a gente quer. eu preciso adaptar
essa banda perfeita ao meu dente, a banda ela fala muito sobre o
ortodontista, quando eu pego aquela banda cheia de cimento, toda
horrorosa, significa que eu sou um péssimo profissional, então a banda
ela precisa ter uma adaptação mecânica, não é o meu cimento que vai
grudar a banda no dente, mas sim essa adaptação mecânica, para ter
retenção, fazendo uma banda mais justa ao dente, me calcar bem essa
banda o mais perfeita possível. depois a gente faz acabamento e
polimento, faz a área de cool gengival. Depois Com alicate Johnson, vou
fazer adaptação também da cervical, a gente não adapta só na cervical,
mas também na oclusal , para ela literalmente grudar no dente. nós não
vamos usar o método artesanal eu mostro pra vocês saberem que existe
mas a gente não faz isso no consultório, o que a gente faz é a banda pré-
fabricada.
Então essa banda ela é dividida em vários números, começa na 26,27 e
vai até trinta e pouco, e elas aumentam de meio em meio, 36, 36,5. A que
a gente mais usa, vai de 34 até mais ou menos 38, um tempo a gente vai
pegando o olho, mas sempre a gente vai testar uma banda
imediatamente menor, porque quanto mais justa ela entrar no dente é
melhor, eu não vou pesquisar me preocupar tanto com adaptação, o ideal
é quando essa banda entra justa, encaixe como uma luva naquele dente.
nessa foto nós vimos a adaptação da banda no dente, como é que eu vou
fazer na boca?? vou pegar a minha banda que seja mais compatível com
o dente, a gente pode pegar o modelinho de gesso e testar antes, dentes
menores geralmente a gente usa a numeração 33 e 34, dentes medianos
35 e 36, dentes com tamanho maior 38,39 até 40, vou pegar a banda que
eu acho que é do tamanho do dente, mas não se preocupem porque a
gente nunca acerta de primeira, outra coisa usou ela a gente vai lavar
depois a gente coloca para esterilizar, então vamos lá primeiro passo:
escolher a banda que tenha o tamanho o mais próximo possível do dente,
vai variar de 33 a 39, então escolhemos a banda, passo 2, com
assentador de banda, nós temos diversos modelos, círculo, quadrado e
triângulo, eu, Luegya prefiro o triangular, porque ele pega nos cantinhos,
a gente consegue aderir melhor, a gente vai fazer o seguinte, vamos
adaptar essa banda, só que vou com o meu assentador, peço para o
paciente morder, em forma de X, coloco de um lado ele morde, coloco de
outro e ele morde, em cada canto da banda ele vai morder. para que a
banda deixa de maneira simétrica tanto por vestibular tanto por lingual,
tanto por mesial e distal. até quanto que eu desço na banda? ela não
pode ficar nem muito cervical e nem muito supraoclusal, ela fica
imediatamente abaixo das cristas marginais, não posso invadir espaço
biológico, então sem que gere isquemia gengival, vou aceitar a minha
banda olho a gengiva em volta dela, ta isquemica???? está ruim, desceu
demais, significa que a minha banda está grande, eu preciso procurar
uma menorzinha que deixe a banda imediatamente abaixo das cristas
marginais, sem invadir espaço biológico. se a banda não desce significa
que tá muito apertada, ah eu peguei a 35, mas ela não desce, então eu
pego a 35,5., se a 36,5 descer demais, vai ser a 36 que eu vou usar. pode
acontecer de dentes muito fora do padrão, não sei a 36 nem a 36,5, o que
é que a gente faz? pega uma 36 e aí eu pego uma broca, uma pedrinha
montada, e desgasta um pouquinho dentro dela, internamente. ou eu
pego a 36,5 que é maiorzinha pega um pedacinho de tela e soldo por
dentro da banda para deixar ela um pouquinho mais espessa, isso vai
acontecer em dentes restaurados, coroas. Passo 03: calcar a banda, eu
vou pegar meu calcador de banda digito palmar, aquele que parece uma
alavanca, e eu vou empurrando a minha banda em direção ao dente de
forma que a minha banda copie a anatomia das cúspides do dente, ela
tem que estar grudadinha, eu não posso ter uma descontinuidade, posso
usar também um instrumental chamado cauda de peixe, e tem outro
também chamado de unha de gato, que servem para adaptar o dente na
banda. Depois que eu faço a adaptação do dente por oclusal e vou fazer
adaptação cervical, e aí eu vou pra fase do contorneamento cervical da
banda, eu pego meu alicate de Johnson, ele tem uma pontinha concavo
e outra pontinha convexa, vou pegar a parte concava que é a parte mais
gordinha, vou colocar por dentro do anel, vou pegar a parte mais concava
colocar por fora e vou literalmente apertar esse anel, em toda a sua
extensão por cervical, para que o anel adapte lá em cima e agora eu vou
adaptar lá embaixo para que todo o contorno cervical da banda esteja
justaposto ao dente, eu não posso pegar um assunto e passar por baixo
do anel e essa sonda pendurar, se fizer isso tá errado e vai ter acumulo
de alimento e de bactéria, eu vou ter carie. Se a gente também não faz
essa adaptação cervical ficam aqui na e o paciente passa a língua e
incomoda muito ele.
Depois de ter feito tudo isso eu vou pegar uma Pedra montada cinza ou
verde, vou fazer o bisel em 45° por oclusal para deixar a minha banda em
zero, para ficar dente e banda uma coisa só. eu quero ver ela bem
contínua, quero ver banda e dente como uma peça única como se fosse
uma única coisa, a posição ideal da banda é paralela ao bordo oclusal,
imediatamente abaixo das cristas marginais.
Resumo: escolha a banda no modelo de gesso para ficar o mais próximo
possível ao tamanho do dente, vou brunir, ou seja, vou calcar todas as
suas arestas, para que fique o mais grudado no dente, depois eu vou usar
as pontas para dar o biselado e aí fica o acabamento ideal para as nossas
bandas.
Alguns dentes vão estar fora da anatomia normal por exemplo dentes
restaurados, dentes com coroas protéticas, muitas vezes a gente vai
fazer uma adaptação desse anel, pode acontecer da gente ter de colocar
um menor não entrar e essa a maior ficar um pedacinho pra fora do dente,
eu posso cortar esse anel que ficou extra, deixar sobra de banda eu corto
pego as 2 pontinhas, uno e soldo. um também eu posso ter, tentei colocar
35 e ficou apertado, à 35,5 tá folgada, o que é que eu faço??? ou eu pego
a 35 e passo uma broca por dentro dela, pra abrir um pouquinho esse
anel, ou eu pego um pedacinho de banda ou uma tela, eu corto um
pedacinho coloco por dentro do anel e dou um pontinho de solda, ela fica
intermediária, ela completa mais o dente e eu consigo ter de novo essa
retenção melhor da banda.
O próximo passo é a soldagem do tubo. existem 3 tipos de tubo, tubo
triplo, tubo duplo e tubo simples. No Edgwiese não tem tubo triplo. o tubo
triplo ele tem 3 entradas, uma pro tubo principal, outra para o arco
acessório, outra para o A e B, o tubo duplo nós temos 2 entradas e o
simples uma entrada, no Edgwiese a gente vai usar nos primeiros
molares tanto superior quanto inferior tubo duplo, e para o segundo os
molares tubo simples, ele é o dente mais lá atrás, então vai incomodar
mais o paciente, então o último tubo eu uso simples. outro detalhe, cada
dente eu tenho uma posição tanto cervico-oclusal, quanto mesio-distal
diferente, a gente vai precisar entender a regra do X e do y, vocês vão
entender lá pra frente. A gente vai categorizar nos primeiros molares eu
vou deixar a altura da Estrela de morelli, 3,5. e nos segundos molares as
alturas vai ser sempre 3, para esse Typodont. E no sentido mesio-distal,
o tubo ele tem 2 aletas, a entrada do tubo no superior tem que estar em
direção à cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior, então no
superior ele vai estar um pouquinho mais pra MESIAL, para que meu
molar consiga encaixar a cúspide.
Nos 1 molares inferiores a entrada do tubo está no sulco ocluso mésio
vestibular, isso quer dizer que nos inferiores, ele tem mais largura, ele
fica um pouquinho mais no meio do dente . então no meu arco superior o
meu tubo está mais para mesial, e no inferior está mais para o meio do
dente. Os segundos molares a gente vai deixar os 2 mais para mesial,
a direção da ponta da cúspide.
Agora eu vou fazer a fixação do meu tubo na máquina de solda, preciso
do Mathier para solda esse tubo na banda. meu próximo passo depois de
fazer isso é a cimentação, ela é influenciada pela adaptação ao dente
mas também pelo cimento, mas o principal é a retenção mecânica, eu
não vou simplesmente pegar ionomero de vidro, manipular e enfiar na
banda, não é assim!!! a gente precisa fazer a profilaxia para remover os
restos alimentares porque se tiver biofilme bacteriano ele interfere na
retenção, Ah, anel soltou significa que o adaptação não foi boa ou que
teve biofilme, então eu faço profilaxia com Pedra pomes e água, seco
bastante, isso é muito importante porque o ionômero de vidro a retenção
é influenciada por sinérese e embebição, se tiver saliva vai contaminar e
eu não vou ter uma boa retenção do cimento, coloco meu isolamento
relativo pra controlar saliva, vou pegar meu cimento e manipular, a
consistência é de requeijão cremoso, coloco o meu cimento dentro do
anel, depois eu vou limpar o excesso com gaze ou rolete de algodão, a
grande vantagem de usar o CIV é que ele libera a flor então para o anel
ele previne o aparecimento de cáries. cuidado na cimentação para que
quando eu colocar a banda eu não prenda o rolete na banda, se não é
difícil para tirar, deixa o algodão bem lá em cima, para quando colocar
um anel ele não gruda, preciso proteger os acessórios, o tubo que eu
soldei , se entrar cimento para tirar é outro BO, coloquei o cimento vou
tirando qualquer coisa que entre dentro do tubo, e tenho que ter cuidado
para não haver linha de cimento, não pode ter linha grossa, tem que ter
praticamente zero linha de cimento, e depois eu removo os excessos. E
quando eu colocar o cimento não ter aquele extravasamento, significa
que minha banda está errada, porque eu preciso que a minha linha de
cimento esteja o mais fina possível. e a minha banda tem que estar
perfeita assim, sem cimento, para que ela esteja perfeita, sem linha de
descontinuidade, não vai ter espaço vazio.
Nós temos também os Cimentos de ionomero de vidro notificado por
resina, ele pode ter cimentação tanto química quanto fotoativada, eles
também podem ser usados na cimentação, mas eles são mais caros, e a
gente acaba optando pelo convencional.

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