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APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO

Bianca Paiva, Júlia de Souza Faria, Larissa Vieira e Sofia Melo

Disciplina de Implantodontia – FO/UFJF

Prof. Eduardo Vilela


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Caso clínico
Paciente do sexo feminino, L.E.S., 55 anos, parda e hipertensa, atendida no
Estágio de Clínica Integrada em Atenção Secundária II da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora se queixa da ausência de
alguns dentes, em especial os dentes posteriores inferiores. Levando em
consideração a queixa principal da paciente, bem como sua condição clínica,
formulamos um plano de tratamento utilizando implantes dentários.
Imagens clínicas
Imagens clínicas
Imagens clínicas
Radiografia panorâmica
Plano de tratamento

Adequação do meio bucal;


Ajuste de PPR superior;
Solicitação de radiografia panorâmica e tomografia
computadorizada;

Após feito isso, há duas possibilidades:


1ª possibilidade:
Slice no elemento 47 (mesializado)
● Tratamento endodôntico no
elemento 47 + slice + coroa total em
cerâmica ou inlay
● 46 cone morse
● 34 cone morse, se necessário fazer
slice no 35 + restauração inlay em
cerâmica ou resina composta
● 36 cone morse
● total: 3 implantes
2ª possibilidade:
Extração do elemento 47 e colocação de implante imediato:
● 47 imediato + 46 hexágono externo
ferulizado
● 34 cone morse, se necessário fazer
slice no 35 + restauração inlay em
cerâmica ou resina composta
● 36 cone morse
● total: 4 implantes
Plano de tratamento:

- Radiografias periapicais e panorâmicas;


- TCFC (espessura da cortical, técnica);
- Moldagem;
- Montagem em articulador semi-ajustável;
PLANEJAMENTO
- Modelos de estudo e de trabalho;
REVERSO
- Enceramento diagnóstico;
- Guia cirúrgico;
- Cirurgia de implante propriamente dita.
Revisão de literatura
Existem diferentes protocolos em relação ao momento de colocação dos
implantes:

● Tipo 1- Colocação imediata do implante: implante instalado


imediatamente após a extração, dentro do mesmo procedimento
cirúrgico.

● Tipo 2- Implante instalado 1 ou 2 meses após a extração. É feita


após a cicatrização do tecido mole, mas antes(BLANCO
que etqualquer
al., 2019)
Revisão de literatura

● Tipo 3- Implante instalado após 3 ou 4 meses após a


extração. É feito após o preenchimento ósseo clínico e/ou
radiográfico significativo do alvéolo.

● Tipo 4- Implante instalado após mais de 4 meses da


extração. Refere-se à inserção de um implante em um
local totalmente cicatrizado

(BLANCO et al., 2019)


Revisão de literatura
● Para escolher a melhor técnica deve-se levar em consideração o desempenho do implante,
incluindo taxas de sobrevivência e sucesso, além da perda óssea peri-implantar.

● Para se tomar a decisão de qual será o momento de colocação do implante é imprescindível que
seja analisada a TCFC do paciente;

● Deve-se atentar à presença de deiscências e fenestrações ósseas;

● Caso se opte pelo protocolo tipo 1, a extração dentária deve ser realizada o mais atraumática
possível, recomendando-se uma limpeza completa do alvéolo com curetas e solução salina. Além
disso, uma rigorosa inspeção das paredes do alvéolo para confirmar a ausência de defeitos ósseos.

(ARAÚJO et al., 2019 e DOS SANTOS CANELLAS


Revisão de literatura
TIPO 1

VANTAGENS: DESVANTAGENS:
- Diminuição do número de cirurgias - Fechamento mais difícil do retalho, pela
potencial falta de mucosa queratinizada;
e do tempo total de tratamento; - Obtenção de estabilidade primária dificultada,
- Preservação óssea na área de devido à discrepância entre a dimensão do
extração; implante e o alvéolo de extração;
- Complicações estéticas como consequência de
- Maior satisfação para o paciente alterações nos tecidos moles e duros após
pela rapidez. colocação imediata de implantes.

(BLANCO et al., 2019)


Revisão de literatura
IMPLANTE IMEDIATO (TIPO 1)
Para um resultado clínico bem-sucedido, a instalação imediata do implante deve levar
em consideração vários aspectos, como:
● O processo de cicatrização do alvéolo;
● As características anatômicas do processo alveolar (como largura do osso vestibular,
espaço entre a superfície do implante e a porção interna das paredes do alvéolo);
● A necessidade de procedimentos regenerativos e técnicas cirúrgicas aprimoradas;
O implante imediato somente deve ser indicado quando a estabilidade primária for
considerada possível durante a instalação do dispositivo.

(ARAÚJO et al., 2019 e DOS SANTOS CANELLAS et al., 2019 e


BLANCO et al., 2019)
Revisão de literatura

Os implantes imediatos são frequentemente empregados na região anterior da


maxila. No entanto, a instalação de implantes simultaneamente à extração dentária
também pode proporcionar benefícios nas áreas posteriores com redução do tempo
prévio à recuperação da função mastigatória.

VEJA RESULTADOS DESSA REVISÃO SISTEMÁTICA E


METANÁLISE:

(DOS SANTOS CANELLAS et al., 2019)


Revisão de literatura

5.056 estudos, dos quais 16 foram incluídos para análise qualitativa e 9 para análise quantitativa.

Resultados primários: Meta-análise: aumento do Análise de subgrupos: região anterior


sobrevivência do implante + risco de falha do implante melhores resultados com implantes
resultado estético medido pelo em 3% no protocolo de imediatos, enquanto a região posterior
escore estético rosa (PES). implante imediato. melhores resultados com implantes
tardios.

Resultados secundários: Análise do PES: Análise quantitativa: não mostrou


reabsorção óssea peri-implantar não mostrou diferença diferença estatística na reabsorção óssea
estatisticamente significativa
e complicações do implante peri-implantar entre os protocolos de
entre os protocolos imediatos
(pelo menos 1 ano após). ou tardios.
implante imediato e tardio.

Devido à falta de estudos com baixo risco de viés, mais ensaios clínicos randomizados controlados são
necessários para conclusões definitivas.
(DOS SANTOS CANELLAS et al., 2019)
Conclusão

● A colocação imediata do implante deve ser apenas realizada após


uma criteriosa avaliação clínica e análise das imagens da TCFC do
paciente.

● A colocação imediata de implantes em alvéolos de extração pode


ser considerada uma técnica previsível, demonstrada por altas
taxas de sobrevivência e sucesso, com perda óssea marginal
mínima.
Referências

● ARAÚJO, M.G. et al. Socket healing with and without immediate implant placement. Periodontology 2000, v.
79, n. 1, p. 168-177, 2019.

● BLANCO, J. et al. Implant placement in fresh extraction sockets. Periodontology 2000, v. 79, n. 1, p. 151-167,
2019.

● DOS SANTOS CANELLAS, J.V. et al. Which is the best choice after tooth extraction, immediate implant
placement or delayed placement with alveolar ridge preservation? A systematic review and meta-analysis.
Journal of Cranio-Maxillofacial Surgery, v. 47, n. 11, p. 1793-1802, 2019.

● EBENEZER, V. et al. Immediate placement of endosseous implants into the extraction sockets. Journal of
pharmacy & bioallied sciences, v. 7, n. Suppl 1, p. S234, 2015.

● HUPP, James R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan 2015.

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