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EQUIPAMENTOS DE ANESTESIA

 Publicado em 27 de abril de 2017

Lucas Campos
Engenheiro Hospitalar Especializado em Construção, Engenharia Clínica, de Infraestrutura e
Manutenção
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HISTÓRIA DA ANESTESIA
Hipócrates (460-377 AC), mistura de ópio e mandrágora;

Primeira anestesia geral registrada na história: 10:00 h do dia 16 de outubro de 1846,


Anestesista: Dentista Willian T. G. Morton, Cirurgião: Dr. John C. Warren no
Massachusets General Hospital, Boston, administrando éter sufúrico com inalador
experimental ( Crowford Long 1842 ? );

EVOLUÇÃO

 1900 , início dos sistema mistos e conceitos de controle


 1912, Heinrich Draeger, e seu filho Bernhaard, adaptavam a
tecnologia de gás comprimido para usar éter, clorofórmio e
oxigênio para anestesia

BRASIL
No Brasil, o óxido nitroso era esporadicamente empregado e o anestésico mais usado
era o balsofórmio, uma mistura de éter (60%), clorofórmio (20%), cloreto de etila (10%)
e gomenol (5%)

Década de 1950, Dr. Kentaro Takaoka fabrica o primeiro equipamento de anestesia


brasileiro

APLICAÇÃO
É indicada para operações no abdômen superior, tórax ,cabeça, pescoço, cirurgias
cardíacas e neurológicas (no cérebro). Operações em crianças normalmente são
realizadas com anestesia geral, para evitar que elas se traumatizem ou fiquem inquietas
durante a cirurgia.

Área de atuação Atua no corpo inteiro, deprimindo todas as funções da pessoa


(consciência, dor e reflexos).

Procedimento

(1) O anestesiologista instala soro-fisiológico e injeta medicamentos que induzem o


sono na veia da pessoa.

(2) Através de um tubo na laringe ou uma máscara, a pessoa passa a receber oxigênio.

(3a) O anestésico pode ser aplicado junto com o oxigênio (anestesia inalatória), na
forma gasosa. Ao chegar ao pulmão, é absorvido e entra na corrente sangüínea.

(3b) Outra maneira é aplicá-lo em forma líquida, por meio de doses repetidas na veia da
pessoa (anestesia venosa).

IMPACTOS

Problemas:

 Assegurar as condições à respiração


 Conhecer os efeitos imediatos e postergados do agente
anestésico
 Dosar agente anestésico
 Aplicação da eletrônica
ANESTESIA VENOSA TOTAL - AVT
 Síntese dos primeiros anestésicos venosos e introdução dos
barbitúricos (1921) e do tiopental (1934)
 A AVT evoluiu com o advento das bombas com infusão alvo-
controlada (IAC ou TCI, do inglês Target Controlled Infusion),
 Primeiro modelo farmacocinético para uso em IAC foi descrito
por Schwilden, em 1981, ficando demonstrado que era possível
manter a concentração plasmática desejada de um fármaco
utilizando-se bomba de infusão gerenciada por computador.
O SISTEMA DE ANESTESIA

Composto por três módulos principais:

1) Bloco de fluxômetros

2) Sistema respiratório

3) Vaporizador anestésico
MODELOS MICROPROCESSADOS
ALIMENTAÇÃO DE GASES

 O2
 Ar Medicinal
 N2O
 Padronização de conexões
 Padronização de cores
A principal diferença da ventilação pulmonar utilizada para anestesia está na adição de
agente anestésico no ar administrado ao paciente, para que isso seja possível é
necessário que o ar esteja em um sistema fechado.

É um equipamento responsável por substituir a função respiratória natural do paciente.

A ventilação do paciente ocorre de forma suave, pois são aplicados medicamentos que
inibem a função pulmonar. O equipamento de anestesia é utilizado em associação a
monitorização:

Hemodinâmica (ECG, SpO2 , PNI, PI);

gases (% anestesico inalatório, FiO2, etCO2 ).

Componentes básicos:

 VENTILADOR
 SENSORES
 FLUXOMETROS
 VAPORIZADORES
 CANISTER DE CAL SODADA
VAPORIZADOR
É o processo de acrescentar umidade (vapor d’água) a um gás. A umidifica- ção assume
uma importância clínica especial porque ocorre dentro do paciente que está respirando
gases anestésicos secos, que podem produzir efeitos prejudiciais como a perda de calor.
O ar que passa através do nariz a caminho dos pulmões é submetido à função de
condicionamento do ar das vias aéreas superiores, que consiste no aquecimento,
umidificação e filtração. Antes de alcançar a narina, o ar se eleva dentro de uma
pequena percentagem da temperatura corporal e de saturação com o vapor d’água.

Vaporizador Universal

Vaporizador calibrado

VAPORIZADOR
CANISTER DE CAL SODADA
Descrição:

Cal Sodada é absorvente de Dióxido de Carbono (CO²), produzida de acordo com as


especificações de capacidade de absorção da Farmacopéia Americana e do Formulário
Nacional (U.S.P. XXII e National Formulary XVII). Mantém a umidade controlada,
aumentando a capacidade de absorção.

Contém violeta de etilo que é um indicador de esgotamento de absorção, ou seja, altera


da cor branca para violeta na medida que se esgota sua capacidade de absorção (violeta
de etilo não afeta o processo de absorção da Cal Sodada).

Indicação:

Anestesiologia: captura o CO² do círculo do sistema de anestesia, permitindo com que


os gaes anestésicos não tenham retorno, evitando a inalaçao pelo paciente.

Terapia de Oxigênio: mantém a porcentagem de Dióxido de Carbono ao nível desejado.

Mergulho submarino: absorve o Dióxido de Carbono, em sistema de respiração hélio


(He) - Oxigênio (O²), câmaras hiperbáricas e tanques de busca submarina.

Composição:

Hidróxido de Cálcio - Ca(OH)²

Hidróxido de Sódio - NaOH

 RESERVATÓRIO
 Uso de EPI
 Causa Irritação dos olhos e vias aéreas

SENSOR DE O2
Sensor de O2 (Sistema paramagnético) >Custo >Vida Útil

Sistema de Segurança Contra Falta de O2 Os equipamentos de anestesia devem ter um


sistema que interrompa o fluxo dos gases quando a pressão de oxigênio reduzir-se a um
valor abaixo da pressão normal deste gás. Deve possuir também alarmes sonoros e
visuais rotulados que sejam ativados quando a pressão de fornecimento de O2 reduzir-
se a um valor abaixo da pressão de trabalho. Esses alarmes não poderão ser desligados e
só serão desativados quando se restabelecer a pressão de oxigênio. Outra opção é
manter um analisador de oxigênio ligado ao aparelho para registrar a concentração de
oxigênio na saída comum dos gases com alarmes.

Célula galvânica de O2

SISTEMA ANTI-POLUIÇÃO

Sistema Anti-Poluição ou sistema de despoluição de gás anestésico O sistema é


destinado a coletar e remover o gás expirado e o excesso de vapores e gases anestésicos
liberados de válvulas ou saídas de equipamentos usados para administrar anestésicos
sob condições normais de operação ou exalados pelo paciente quando conectado a tais
equipamentos Figura 41. Pode ser do tipo passivo ou descarte e sistema ativo. O sistema
de descarte é aquele por meio do qual os gases anestésicos expirados ou excessivos são
conduzidos de um sistema receptor para um ponto de descarte. O sistema ativo os fluxos
de gases resultam de um dispositivo ativo (ABNT NBR ISO 4135, 2009).
Capnografia
O prefixo "capno" quer dizer CO2 e, portanto capnografia é a representação gráfica dos
níveis de CO2 e capnometria é a quantidade deste nível.

Um capnógrafo ou capmômetro é um aparelho que mede o nível de CO2 inspirado e


expirado pelo paciente, onde o CO expirado é o valor mais importante ou mais utilizado
por indicar o nível metabólico do paciente e ainda detectar possíveis variações no
rendimento pulmonar e deficiências circulatórias.

O aparelho usa o mesmo método utilizado pelo oxímetro de pulso, ou seja, a fotometria.
A fotometria é a identificação e/ou quantificação da presença de um determinado
material através da absorção de luz.

O sistema mainstream consiste em umsensor (com o emissor e o detector de luz) que


fica encaixado em um tudo transpoarente acoplado no circuito paciente próximo à boca

O sistema sidestream coloca o sensor (um fotômetro) dentro do aparelho. Este aparelho
possui uma bomba de vácuo, que puxa uma pequena amostra do ar respirado pelo
paciente através de um tubinho (sample line ou linha de amostra) para dentro deste
fotômetro onde o CO2 é quantificado.
sistema sidestream

Para evitar que a umidade do ar exalado pelo paciente vá para dentro do aparelho, a
grande maioria deles necessita de um dreno de água. Este sistema é menos suscetível a
falhas, não possui problemas de impacto ou fadiga, não sofre interferência de luzes
externas, mas tem um tempo de resposta um pouco menor. Dados em “mmHg” e “%”
Válvula inspiratória/expiratória
Não há mistura de gases inalados e exalados depois da máscara facial ou do tubo
endotraqueal. O espaço morto mecânico do sistema, ou seja, o volume de gases
expirados que o sistema respiratório do equipamento permite que seja reinspirado sem
que haja uma alteração substancial do teor de CO2, é igual ao espaço morto da válvula
(Felix, 1997). Vantagens do Sistema Válvula sem absorvedor de CO2 (HOLSBACH et
al, 2002; FORTIS, 2004).
• Equipamento simples, portátil e de baixo custo;

• Facilidade de montagem e limpeza/desinfecção/esterilização;

• As únicas partes distensíveis do sistema são os pulmões do paciente e a bolsa


reservatória;

• A concentração de gases na mistura inalada pode ser alterada rapidamente.


Desvantagens do Sistema Valvular sem absorvedor de CO2 (HOLSBACH et al, 2002;
FORTIS, 2004).

• Para adulto, aumento dos gases anestésicos, poluição, podendo gerar uma resistência
expirató- ria;

• Pode haver perda de calor e umidade;

• Dificuldades na montagem e desmontagem.

ALARMES

 Alta pressão
 Baixa pressão
 Baixo volume corrente
 Apnea
 Frequencia respiratória elevada
 Baixa pressão de gás na entrada
 Alimentação elétrica
 Monitorização diferencial - fluxo fornecido x fluxo retornado
 Relação I:E incorreta - Ti

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

BATERIA

 Periodo: 24 meses

KITS DE MANUTENÇÃO

 Horas trabalhadas ou tempo

TESTE DE FUNCIONAMENTO

 Auto teste DIÁRIO


 Alarmes
 Teste extendido

CALIBRAÇÃO

VAPORIZADOR:

 Calibração anual (ANALISADOR DE GASES)

ANESTESIA :

 Calibração anual (VT) - Sendo: volumes, pressões...


 Teste de Seg. Elétrica –ANUAL

PROBLEMAS TÍPICOS
Sensor de O2 expirado

 Vazamentos (FUGA)
 Bateria no fim da vida útil
 Knob
Curiosidade: Baixo nível de erro de operação

NORMALIZAÇÃO
NBR IEC 60601-1:

Equipamento eletromédico: Requisitos gerais para segurança básica e desempenho


essencial - Requisitos e ensaio

NBR IEC 60601-1-2:

Equipamento eletromédico: Requisitos gerais para segurança básica e desempenho


essencial - Norma colateral: Compatibilidade eletromagnética - Requisitos e ensaio

NBR IEC 60601-2-13:

Equipamento eletromédico: Prescrições particulares para segurança e desempenho


essencial de sistemas de anestesia

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