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Aluno: Thamiris Martins da Silva

Matrícula: 1822063

Curso: Odontologia manhã - P6

De acordo com o relato de caso exposto responda as questões

Paciente do sexo feminino, 38 anos, compareceu na clínica de odontologia da FACENE


queixando-se de dor intensa na região do mento que irradia para os demais dentes. No exame
clínico observou-se aumento de volume, mobilidade, dor a percussão vertical e horizontal, dor
a palpação nos elementos 31 e 41. Ao submeter ao teste de vitalidade pulpar do frio, o
elemento 41 respondeu negativamente e o 31 com dor que passou na remoção do estímulo. A
paciente foi submetida ao tratamento endodôntico com as seguintes anotações.

CAD CRI DAI CRD CRT IAI GG IM IAF


24 mm ? 2mm ? ? 40 2 ? #10

Conduto atrésico

a) Qual diagnóstico do elemento 31? (2,0)

b) Qual o diagnóstico do elemento 41? (2,0)

c) Qual será o CRI, CRD e CRT? (1,0)

e) Qual será IM? (1,0)

f) Descreva o preparo químico mecânico utilizando os dados expostos na tabela. (4,0)


Respostas:

a) O diagnóstico do elemento 31 é Pericementite apical

b) O diagnóstico do elemento 41 é Abscesso periapical agudo

c) O CRI é : CAD – 3 mm, ou seja, 24 – 3= 21mm O CRD é : CRI + DAI, ou seja, 21+ 2 =
23mm

O CRT é : CRD - 1mm, ou seja, 23 - 1 = 22mm

e) IM é IAI + 2, ou seja 40 + 2 = 42

f) Primeiramente, o preparo químico mecânico é um conjunto de intervenções técnicas que


irão preparar o dente para a próxima etapa da endodontia: a obturação.

Para efetuar o preparo químico mecânico se inicia fazendo a exploração do canal radicular,
onde se efetua o mapeamento ou reconhecimento do canal. Após a localização do orifício de
entrada do canal radicular e da irrigação da cavidade intracoronária, segue-se a penetração
através do caminho natural do canal radicular em toda a sua extenção, através da exploração
ou cateterismo. Existem duas técnicas para se efetuar o mapeamento, a técnica de
biopulpectomia e a de necropupectomia. É importante destacar que a técnica de exploração
obedece a movimentos curtos de penetração, horário e anti-horário, usando, sempre, uma
Lima adequada para o tipo de canal.

Em seguida será feito o preparo do terço cervical e médio. Que é obtido através de CAD - 4mm,
neste caso, 24 - 4 = 20mm. Para esta etapa, deve-se organizar a sequência de instrumento.
Para canais retos em incisivos centrais inferiores, como o que o paciente apresenta, são usadas
limas do tipo K.

Após a organização da sequência de instrumentos, é feito o pré-alargamento de limas.


Seleciona-se a sequência de limas que direcionam o uso das Gates. Com o cursos de silicone,
coloca-se o valor do terço cervical e médio (CAD - 4) nas limas K 40, 35, 30, e 25. É importante
ressaltar que as limas são usadas em ordem decrescente ou até a primeira Lima que atingiu o
valor desejado. Em seguida, utiliza-se as Gates Glidden de maneira regressora.

Por conta do aumento de 0,20 mm a cada Gates, deve -se compensar utilizando-as sempre 2
mm aquém do forame apical. A utilização das Gates sempre no mesm o comprimento levaria
a um alargamento amplo do canal.

GATES 1 – (CAD – 4) mm

GATES 2 – (CAD – 4) – 2 mm

GATES 3 – [(CAD – 4) – 2] – 2 mm

Efetua-se em seguida a odontometria, que é um método radiográfico proposto por Ingle e


Taintor. Introduz a lima no interior do canal radicular e radiografa. Mede-se da ponta do
instrumento até o ápice dentário e soma ao valor do CTP para achar o valor do comprimento
real do dente (CRD). Nessa etapa, etapa se estabelece, também o valor do CRI, que neste caso
é 21mm. A verificação do Dai, que é 2mm, a verificação do CRD que é 23, e a verificação do
CRT que é 22mm.

Após a odontometria, realiza-se o esvaziamento total do canal radicular. Utiliza-se


instrumentos exploradores. Na clínica não há limites precisos entre o fim do esvaziamento e o
início da modelagem do cana.

Enfim, inicia-se o preparo do terço apical. O instrumento apical inicial (I.A.I) é o primeiro
instrumento que se ajusta ao canal radicular no C.R.T. Neste caso é 40. O instrumento apical
foraminal (I.A.F.) é o instrumento que manterá o forame limpo ou patente, no C.R.D. Neste
caso é #10. Portanto, o diâmetro do IAF será menor que do IAI.

As limas utilizadas para o preparo apical são limas K-Flexofile.

Quem dita o limite de ampliação do último instrumento é a intensidade de curvatura, o


diâmetro do canal radicular, a espessura das paredes e a flexibilidade do próprio instrumento.

A cinemática dos instrumentos durante o preparo apical dos dentes deste caso são :
alargamento, alargamento e limagem.

Após todo este processo ocorre escalonamento regressor do canal radicular. Ocorre a partir do
momento que se reduz 1 mm a partir do comprimento de trabalho (CT). Serve para subir o
preparo até a coroa, para dar mais expulsividade ao canal. A cada 1 mm a lima precisa ser um
número maior do que a utilizada anteriormente (inicia-se pelo IAF). Nessa etapa, além do
instrumento de patência, deve -se utilizar o instrumento de memória que é o IAF. Esse
instrumento volta para recapitular o preparo, para remover os degraus deixados pelos
instrumentos maiores, alisando e deixando essas paredes uniformes.

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