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FIGURA 13

Na figura 13 podemos observar como a lâmina ungueal é formada desde a da matriz.


A matriz é dividida em 3 regiões: proximal, intermediária e profunda, sendo que essa
última se estende ao leito. As células formam placas que unidas ficam uma sobre as
outras, dando a espessura da lâmina. Entre essas placas, em pequenos orifícios e
ductos formados pelo encontro das células, circulam água e óleos. A água é um
elemento importante nas unhas, ela auxilia na flexibilidade uma característica
importante para dar resistência ao impacto. Uma unha muito dura não teria resistência
ao atrito, quebraria mais facilmente. Estima-se que a unha tenha de 15% a 25% de
água em sua composição natural, podendo dobrar essa quantidade de água quando
exposta, pois ela acaba absorvendo água, quando isso acontece, o próprio corpo é
capaz de absorver o excesso de água, onde a unha volta a sua composição normal.
Pensando nisso podemos entender que a unha tem um certo movimento , ficando
mais cheia com bastante água e menos cheia quando mais ressecada , semelhante ao
que acontece com uma esponja. Essa composição também se altera devido a fatores
externos como o clima, em um lugar mais seco as unhas ficariam com menos água e
regiões de clima mais úmido terão mais água.
Além da água, as unhas também possuem óleos, que são liberados pelas células de
queratina na sua maturação e também produzidos pelas glândulas na pele, circulando
pelos tecidos vivos, chegando aos canais entre as escamas, iguais os de água,
formados entre as células. Esses óleos têm o papel de impermeabilizar as unhas ,
impedindo que elas percam muita água, uma vez que já vimos que a água tem um
papel importante. A lâmina e suas camadas de células podem ser divididas em 3
camadas principais, de acordo com a sua origem e composição:
Camada superior (ou dorsal): é originada pela região proximal da matriz. Essa é
a parte da unha que mais se assemelha a camada córnea , a mais externa da
nossa pele, pois é a camada com maior produção de células queratinócitas que
crescem, perdem o núcleo, morrem, são achatadas, compactadas e formam várias
escamas, empilhadas em camadas. Por isso essa região da superfície é uma
camada extremamente queratinizada das unhas, tornando a superfície das unhas
dura e praticamente impenetrável. Nesse local circula uma quantidade menor de
água e maior de óleos, justamente para impermeabilizar e proteger a unha contra
perda de água e contra a entrada de microorganismos, além disso, essa camada é
revestida por uma camada lipídica (oleosa) com a mesma função.

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Por conter menos água e mais queratina e ainda ser protegida na superfície por
uma camada lipídica, essa é a camada da unha que é mais dura, mais resistente,
que forma algo parecido como um escudo protetor para o restante da lâmina ,
onde apenas moléculas muito pequenas como a da água, conseguem passar.
Outra função da água e óleos que constituem as 3 camadas, é unir e segurar
essas escamas de células mortas como se fosse um cimentinho . É nessa
camada da unha que os produtos de revestimento de unhas como esmaltes ,
esmalte gel e produtos de alongamento se fixam. Por isso a necessidade de uma
boa preparação da unha, removendo essa camada lipídica e também passando
produtos desidratadores para remover a água dessa superfície. Por terem
moléculas grandes, os produtos de revestimento de unhas não conseguem
penetrar essa camada, ficando apenas na superfície das unhas, "colados
quimicamente" à queratina da unha.
Camada central (ou intermediária): é originada na região intermediária da
matriz. Nessa camada as células passam pelo mesmo ciclo de maturação,
onde nascem, queratinizam, perdem o núcleo, morrem, são achatadas e
compactadas e formam escamas. Mas a principal diferença é que na camada
central a produção de queratina não é tão intensa como na superior e por isso
essa camada não é tão rígida. Existe também uma circulação maior de água
nessa região, que é absorvida pela superfície e vem circular na camada
intermediária pois nesse local tem uma quantidade menor de óleos, além
disso, a água também acaba vindo de baixo, sendo alimentada pela camada
inferior. Isso torna essa camada uma região mais macia em relação a camada
superior.
Camada inferior (ou profunda ou ventral): é originada na região profunda
da matriz e se estende até uma parte do leito. Como ela está diretamente
ligada ao leito, é uma camada que tem tanto células vivas vindo da direção do
leito, quanto células mortas queratinizadas vindo da matriz. Aqui ainda há uma
circulação grande de água e também de alguns capilares sanguíneos que se
estendem do leito. Essa é a região mais macia, flexível, oleosa e úmida da
unha.
Água em equilíbrio
Como vimos, a água consegue entrar pelas escamas superficiais das unhas e
quando temos muito contato com água como em uma situação onde as unhas
ficam de molho, em uma piscina ou ao lavar louças por exemplo, a água
consegue entrar nas unhas mudando a sua composição, fazendo com que ela
inche. Pense como uma esponja, ela absorve a água e incha, mas se deixarmos
ela parada, com algum tempo essa água vai escorrendo e evaporando, o que faz
ela desinchar, o similar acontece com as unhas, elas absorvem a água e então
incham e com o tempo essa água é absorvida pelo organismo e ela desincha .
Isso causa um movimento da placa ungueal, mesmo que microscópico que pode
estar relacionado a problemas de adesão de produtos nas unhas . Isso quer dizer
que lavar as mãos antes do procedimento de alongamento ou borrifar álcool 70% ,
ou seja, que contem 30% de água, sobre as unhas pode causar levantamento de
produto?
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Na verdade, não. Essas duas idéias vêm circulando, possívelmente pela lógica do
que vimos anteriormente. Porém, há estudos que mostram uma situação diferente.
No volume 1 do livro face-to-face com Doug Schoon, ele explica que estudos
demonstram que as pessoas lavam as mãos por 5 a 10 segundos e que seria
necessário no mínimo 60 segundos mergulhados na água para que as unhas
conseguissem absorver a água. Recentemente, em março de 2020, em sua série
online, no episódio 366, ele explica que a quantidade de água em um álcool 70 %
não é suficiente para ser absorvida pelas unhas e causar descolamento de
produto. Então podemos observar que tudo indica que a quantidade de água e
tempo de exposição juntos é que fazem a diferença quando falamos em absorção
pelas unhas. É importante saber que, o álcool 70% evapora mais devagar que um
álcool mais concentrado como o 92% a 99% por exemplo, por isso eles seriam
mais indicados se for para aplicar diretamente em cima da unha. Também temos
que cuidar com a sua composição, uma vez que algumas marcas de álcool 70%
vem com outros componentes como glicerina, que pode acumular na superfície
da unha e atrapalhar na aderência. Por isso a recomendação é que devemos
preferir produtos que são específicos para unhas pois sua composição é
elaborada pensando nisso, sem adição de óleos, aromas. Isso porque essas
misturas nos higienizadores podem deixar resíduos sobre as unhas e atrapalhar
na ligação química dos produtos na unha. Por isso, a importância de conhecer
essas informações e ler os rótulos , para entender a composição e poder fazer
boas escolhas.
Camadas das unhas x aderência de produtos
Agora que você já sabe como as camadas da lâmina ungueal são formadas e a
sua composição, vamos analisar como a preparação da lâmina pode influenciar
na aderência dos produtos.
É certo que para a aplicação de produtos de revestimento de unhas sobre a
lâmina ungueal, em todos os procedimentos é importante que essa lâmina seja
preparada. Isso acontece para remover aquela superfície lipídica, também
chamada de oleosidade da unha. Além da oleosidade, a água dessa camada
também precisa ser removida. Para isso existem alguns passos importantes no
ato da preparação das unhas.
Passo 01- a primeira coisa a ser feita é a limpeza da lâmina de resíduos de pele ,
onde é realizada a técnica de cutilagem escolhida. Nesse passo é importante
entender que alguns métodos de cutilagem acabam por adicionar água e óleos
sobre a lâmina ungueal, por isso, após finalizar o procedimento é importante lavar
as mãos com sabão para remover a oleosidade e depois usar de desidratadores
para remover água. Alguns desidratadores também são capazes de remover
alguns tipos de óleos, o que depende muito da sua compisição química . O
desidratador que contém álcool isopropílico ou etílico remove água, mas se na
sua composição, tiver solventes como o acetato de etila e acetato de butila , ele
também remove oleosidade. A acetona pura também ajuda a remover oleosidade.

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Passo 2 - lixamento da superfície. Aqui o intuito é de remover a camada lipídica


da superfície das unhas. Para isso, é basta usar uma lixa de granulação 180
macia ou uma buffer de granulação 180 ou 240. Essas são as únicas lixas
seguras para passar sobre a superfície ungueal. Isso porque lixas de granulação
menor com a 150, 100 e 80 são as mais abrasivas, além da oleosidade, elas
acabam removendo escamas das unhas e isso é desnecessário , pois danificam
as unhas deixando-as mais finas, afinando as escamas das unhas chegando as
camadas intermediária e profunda. Como vimos, essas camadas tem mais água,
são mais macias e flexíveis e têm menos queratina que a camada superior, por
esse motivo, as camadas intermediárias e profundas promovem uma aderência
fraca, sendo muito mais suscetível o descolamento do produto das unhas ,
ocasionando infiltrações e possíveis infecções. Nenhum dos tipos de produtos de
revestimento de unhas, nem mesmo o esmalte tradicional, foram projetados para
aderir nessa parte da unha, por isso a durabilidade dos serviços é afetada nessas
situações. O resultado final são unhas fracas, finas, que não são capazes de
segurar bem os produtos, que descolam, infiltram e quebram com muito mais
facilidade pela pouca aderência.
Passo 03: Desidratar. Nesse passo, é necessário o uso de produtos desidratadores a
base de álcool que removem água, mas também muitas vezes esses
desidratadores têm função dupla, sendo também agentes desengordurantes,
tendo solventes capazes de remover diferentes tipos de óleos da superfície . Para
isso, é importante que o produto a ser utilizado tenha como ingredientes : álcool,
que pode ser identificado como álcool isopropílico, e solventes, que geralmente
são o acetato de isobutila e acetato de etila . Quando as unhas são identificadas
como mais oleosas ou mais umidas, é possível passar mais camadas do
desidratador. Esse produto é seguro e não causa danos à lâmina ungueal, pois
como vimos anteriormente, os produtos agem na camada da superfície das
unhas e não são capazes de penetrar. Já nas unhas identificadas como
ressecadas, o ideal é passar apenas uma camada fina, para não ressecar ainda
mais a unha.

Como vimos, a preparação das unhas da forma correta é essencial para que não
haja danos nas unhas e para ter uma aderência boa dos produtos. No caso das
manutenções, o mesmo é válido para a porção crescida das unhas e como nesse
momento estamos desbastando produto velho para fazer uma reposição ou
complemento de produto, é necessário ter muita atenção no momento de lixar
essa região. Na área onde ouve o crescimento, a nova unha deve ser tratada com
o mesmo cuidado, com uma lixa 180 macia ou buffer 180 ou 240 . Muitas vezes é
nesse momento que a profissional não está atenta e acaba afinando a unha nova
desde a área de cutícula, o que resulta em unhas cada vez mais fracas a cada
manutenção.
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Tipos de lixas x lixamento agressivo


Agora você já sabe os perigos de lixar demais a superfície das unhas , já
percebeu que esse é um processo mais delicado e que não exige criar ranhuras
mas sim apenas remover o brilho superficial , vamos falar sobre essas
ferramentas que são tão essenciais no trabalho de uma nail designer.
Lixas manuais
A granulação das lixas geralmente é indicada na sua superfície ou na
embalagem, com números que vão de 80 a até 4.000, sendo as de numeração
mais baixa as mais abrassivas e as de numeração mais alta as mais finas. Elas
são denominadas lixas e buffers, sendo que o que muda é o material que elas
são feitas, sendo as lixas feitas de um material mais duro cartonado e as buffers
são mais macias lembrando uma esponja. As mais comuns são as lixas 100, 150,
180 e buffers 240. Vamos entender a diferença de cada uma e as suas funções
pois saber usar essas ferramentas é essencial para manter a saúde das unhas a
longo prazo.

Lixas 100 e 150 - são as abrasivas mais


comuns de se encontrar. São ótimas para
acabamento e remoção de produtos de gel e
acrílico. Não devem ser utilizadas na
superfície das unhas naturais
Lixas 180 - consideradas menos abrasivas
mas é importante tomar cuidado, pois há
muitas diferenças entre marcas e algumas
acabam sendo muito parecidas com as de
granulação
100. É de senso comum que as lixas 180
podem ser usadas na preparação da
superfície das unhas, mas sempre é ideal
comparar entre marcas para sentir quais são
realmente menos abrasivas.

Buffers 240 - São ideais para serem usadas


na superfície das unhas para remover
oleosidade. O principal cuidado com relação
às buffers é quanto a sua conservação.
Quanto mais desgastadas mais elas tendem
a polir a superfície das unhas, o que ao invés
de remover oleosidade e ajudar na aderência
acaba fazendo o contrário, polindo a
superfície e deixando as unhas mais lisas e
sem aderência.
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Para ilustrar como as diferentes granulações de lixas fazem muita diferença na


superfície da unha, conduzi a seguinte experiência: Com lixas de diferente
granulações e marcas, preparei a superfície ungueal como deve ser para uma
aplicação de produtos de revestimento de unhas . As fotos foram tiradas com uma
lente especial de aumento, o resultado foi surpreendente. Entenda que o estamos
falando aqui de granulação e textura de lixas e não de marcas. Primeiro vamos
ver as lixas que foram utilizadas:

polidora
4000

Lixa 100
Lixa 180
dura
buffer 240
dura
Lixa 180
macia

A) lixa dura A) lixa dura


lado 100 lado 180 OPI
OPI

C) lixa dura B) lixa macia D) buffer 240


180 180
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lixa dura 100 lixa dura 180


lixa dura 180
OPI
OPI

Aqui foram usadas as lixas mais duras. Note como as lixas OPI 100 e 180
abriram as escamas das unhas e levantaram pedaços de fiapos de queratina.
Essas lixas são recomendadas apenas para usar sobre produtos de gel ou
acrílico. A lixa 180 dura Kinetics foi menos agressiva comparada às outras , porém
ainda levantou alguns fiapos de queratina, o que não é ideal. Essa lixa é
recomendada apenas para a borda livre para dar formato e não é ideal para a
superfície.

B) lixa macia 180 D) buffer 240

Aqui foram usadas as lixas mais macias. É visível a diferença de abrasão na


superfície onde nesses dois casos a unha permaneceu com as escamas intactas e
apenas perdeu o brilho, o que é o objetivo. Essas lixas são as mais recomendadas
para a preparação das unhas, uma vez que são muito menos agressivas e
eficientes.
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Alguns fatores externos que influenciam na saúde das unhas


Agora que já entendemos a composição ungueal, podemos discutir as mudanças
nessa composição e seus efeitos tanto na saúde das unhas quanto na sua
influência na aderência dos produtos de revestimentos de unhas.
Detergentes e produtos de limpeza - são formulados para remover óleos e
assim o fazem na nossa pele e unhas também. Como vimos, os óleos tem função
de impermeabilizar as unhas justamente para manter o equilíbrio de água, então
quando as unhas estão muito expostas à ação do detergentes e produtos de
limpeza no geral, as unhas tendem a ficar cada vez mais ressecadas e por isso
mais quebradiças.
Removedores de esmaltes - principalmente a base de acetona, causam
ressecamento das unhas. Por esse motivo, existem removedores de esmalte sem
acetona, inclusive muitos possuem agentes hidratantes na composição para
suavizar essa ação ressecante dos solventes usados para dissolver o esmalte .
Sendo com ou sem acetona, é possível minimizar o ressecamento da lâmina
simplesmente aplicando óleos de cutícula e água sobre as unhas.
Uso de esmaltes por muito tempo - O esmalte acaba deixando as unhas
mais ressecadas e quanto mais tempo ficam sobre a lâmina, mais ele fica difícil
de remover, o que pede uso de mais acetona e gera um ressecamento da unha .
O ideal é remover o esmalte 2 dias antes de aplicar outro, nesse tempo que a
unha ficar sem, ir passando o óleo para hidratar.
Abrasão - O lixamento seja por lixas manuais ou elétricas deve ser feito com
cuidado. Relembrando as três camadas das unhas, onde a superior é a mais
dura porém também a mais fina, quando a unha é lixada em excesso, podemos
ultrapassar a camada superior o que a deixa mais macia e menos protegida,
resultando em uma unha fraca. Além disso, a camada central da unha tem maior
proporção de água, o que pode também causar dificuldade de aderência dos
produtos e causar levantamentos.
Dieta - Uma dieta rica em alimentos que provém nutrientes é importante para o
metabolismo do corpo como um todo, Se não há nutrientes suficientes no
organismo, o corpo sempre levará os nutrientes preferencialmente para os
órgãos vitais e aquilo que tem "menor importância" como unhas e cabelos, ficam
prejudicados. Com menos nutrientes, formarão menos células e ficarão mais
fracos.
Microorganismos e infecções: Existem muitos organismos que podem infectar
a lâmina ungueal, a maioria deles fungos e bactérias, que causam danos à
lâmina e prejudicam o seu crescimento e força. É importante apender a identificar
esses casos a fim de orientar em busca de tratamento.
Infiltrações nos alongamentos: Para nós nail designers, essa é uma questão
muito importante. Descolamento de produtos levam a infiltrações, onde naquele
local podem se acumular microorganismos, o que anda cada vez mais comum de
vermos ultimamente. Por esse motivo, é importante conhecer todas as causas de
descolamento de produto e fazer tudo que está em suas mãos para evitar esse

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tipo de problema. É preciso saber analisar as unhas antes da aplicação , saber


escolher bem o sistema a ser utilizado , aplicar uma boa técnica da forma correta,
escolher bem os produtos, que tenham a qualidade necessária para aderir e durar o
tempo ideal, saber orientar as clientes quanto aos cuidados e o retorno de
manutenção.
Tamanho incorreto dos alongamentos - Isso pode virar um verdadeiro
problema. Quando a unha é alongada a um tamanho além do que o leito pode
aguentar, ela tende a descolar e quebrar, muitas vezes forçando o leito a quebrar
junto, causando onicólise, ou escamando as unhas quando o produto é forçado pelo
atrito, batidas e pancadas. Por isso é importante respeitar o tamanho ideal para
manter as unhas saudáveis a longo prazo.
Remoção incorreta dos produtos de revestimento de unhas - Qualquer
produto, até mesmo esmalte tradicional, ao ser puxado das unhas, pode levar
consigo escamas e deixar as unhas danificadas. Quanto maior for a aderência, pior
é se puxar e arrancar o produto das unhas. O método inadequado de remoção e o
excesso de lixamento também pode acarretar em unhas mais finas.

A teoria do tamanho ideal - buscando um equilíbrio para manter as


unhas saudáveis
Quando falamos no comprimento ideal, não existe um tamanho padrão elegido que
seja o ideal, por exemplo "toda unha deveria começar com 1cm de alongamento",
não, isso não acontece porque o atrito vai variar de acordo com cada cliente, além
disso, a pressão exercida por esse atrito vai ser absorvida de formas diferentes que
dependem do tamanho do leito x comprimento da unha, que é diferente em cada
pessoa. Por isso é de comum acordo entre diversos profissionais e educadores que
esse tamanho seja calculado de acordo com o tamanho do leito, pois é ele que
receberá as forças físicas do atrito. Para fazer esse cálculo é preciso medir e dividir
o leito em 4 partes. A medida inteira representa 100% do tamanho do leito,
que representa o tamanho limite, o mais extremo, para a unha, sendo alongamento
ou não. Esse tamanho limite é baseado na segurança do comprimento , pois
passando desse tamanho, o efeito das forças do atrito puxam a unha para baixo,
forçando o ponto de tensão e causando a quebra de produto nesse ponto e ainda
forçando o produto na área de cutícula, causando levantamento de produto. O
tamanho de 50% seria o tamanho máximo a ser alongado quando a pessoa quer
uma unha bem longa, esse tamanho daria um espaço para a unha crescer, sem
chegar no limite, ou seja, com mais segurança. E representado em verde, temos o
tamanho ideal para uma primeira aplicação, quando a pessoa ainda vai se adaptar
a uma unha mais longa, batendo e dando mais atrito principalmente nos primeiros
dias. Considera-se um tamanho ideal para a pessoa já adaptada ao comprimento ,
algo entre 25% a 50% do leito. Entre 50% e 100% é mais comum problemas com
quebras e descolamento de produto e passado dos 100% é considerado um
tamanho não seguro. Devo enfatizar que estamos falando de unhas comerciais .
Quando o intuito é fazer uma unha extrema , artistica ou para competições podemos
ver comprimentos muito
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maiores do que esses do tamanho seguro, obviamente não são unhas ideais para
usar no dia a dia, mas com certeza dão uma linda foto, além de desafiarem as
designers a desenvolverem suas habilidades com os produtos às quais se
especializam. Quem insiste em usar essas unhas extremas para o dia a dia
certamente sabe dos riscos e o fazem mesmo assim com alguns cuidados em
nome da arte e amor as unhas, mas de certeza não é o ideal em termos de saúde
das unhas. Aqui podemos ver uma ilustração traçando as proporções e tamanhos
citados acima.

100% do tamanho do leito

50% do tamanho do leito

25% do tamanho do leito

25%

50%
100%
Tamanho limite
100% - tamanho limite e extremo - deve ser evitado
50% - tamanho máximo ideal para não ter muitas quebras e
descolamentos 25% - tamanho máximo ideal para começar
No caso de alongamentos, o ideal é que o comprimento fique entre 25 % a 50% para serem
considerados seguros e influenciarem o menos possível na questão de levantamento de
escamas por causa de pancadas, descolamentos e infiltrações, ajudando a manter as unhas
mais saudáveis.

Mas o que pode acontecer se não seguirmos as recomendações das proporções


de tamanho? Algumas das consequências mais comuns são :
Levantamento de produto na área de cutícula - as unhas recebem muito impacto
nas pontas o que força a estrutura que pode soltar na área de cutícula
Onicólises - Podem acontecer tanto por causa de atrito do dia a dia , onde a unha
pode ter pequenos descolamentos do leito, até casos mais graves de pancadas
onde o leito não consegue absorver e rompe , fato muito mais comum em unhas
maiores do que 100% de tamanho.
Hematomas - por receberem muito atrito as vezes surgem hematomas capilares ,
que são pequenos vasos sanguíneos que se rompem na região do leito.
Geralmente o corpo absorve e consegue lidar sozinho com esses rompimentos.
Dor nas unhas - A pessoa passa a sentir dor e desconfortos nas unhas ao fazer
tarefas diárias o que pode incomodar e fazer com que a cliente precise voltar
antes do tempo para reduzir o tamanho do alongamento.

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Infecções por bactérias:


Pseudomonas Síndrome das Unhas
Verdes

A síndrome das unhas verdes é causada por uma bactéria chamada


Pseudomonas aeruginosa. A coloração verde é causada pela deposição do
pigmento piocianina (azul) (TOSTI, Antonella, e col., 2011) e pioverdina (verde), que
são produzidos como toxinas para outros microorganismos, auxiliando na sua
fixação e sucesso no ambiente. Essa bactéria é muito comum e pode ser
encontrada em diversos ambientes, principalmente solo e água, ou ainda
associada a plantas e animais e quando em contato com o o ser humano pode
causar infecções oportunistas. Outra bactéria que em menores casos
contaminam as unhas são os Staphilococcus aureus.
Na maior parte dos casos na literatura, a infecção de unhas por pseudomonas
está associada a onicólise condição em que há descolamento entre a lâmina e o
leito ungueal e paroníquia, condição onde há descolamento da dobra proximal e
cutículas da placa ungueal, ambas condições já foram citadas no capítulo 01 e
serão abordadas com maior conteúdo na sequência. Ou seja, uma comprovação
da literatura de que as estruturas que cercam a lâmina ungueal têm função
importante na proteção contra infecções.
No entanto, nós nail designers, tendemos a ver essa condição nas unhas também
em outros casos, como em infiltrações e levantamento de produto e é nesses
casos que vamos focar agora.
As infiltrações, rachaduras, levantamento de produto, acontecem por inúmeras
razões e aqui cito algumas apenas para fins de esclarecimento:
Má preparação da unha natural: quando há excesso de água e óleos ou ainda
restam pedaços de pele sobre a lâmina , os produtos tendem a não ter boa
aderência e acontecem levantamentos.
Batidas, atrito do dia a dia: podem acontecer microfissuras onde a água e
sujeira podem penetrar e levar microorganismos para esse pequeno espaço.
Má qualidade do produto utilizado: produtos que não possuem uma boa
aderência nas unhas ou que não absorvem bem os impactos e causam
bolhas e microfissuras, por onde pode haver contaminação.
Cuidados da cliente: cliente roeu, cutucou um pedaço do produto
causando levantamento por onde há a contaminação
Essas infiltrações fazem com que a unha natural seja exposta à microorganismos
e que naquele local, haja um ambiente propício para a sua proliferação , onde se
organizam em colônias. Esses microorganismos podem ser tanto fungos quanto
bactérias. Já vimos que os fungos necessitam de um ambiente úmido , com
alimento (queratina) e escuro e por esse motivo a maior incidência dos fungos é
nas unhas dos pés, onde há esse ambiente por causa do uso de calçados. No
caso das bactérias, elas não dependem da umidade para se proliferar, onde a
água e sujidade são apenas as condições que transportam esses
microorganismos para
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o local onde eles irão se instalar. Assim que encontram condições eles começam
a se reproduzir, formando colônias, o que pode ser identificado nas unhas por
uma cor amarelo esverdeada e em camadas mais superficiais nos ciclos iniciais e
conforme crescem, chegam às camadas mais profundas da lâmina ungueal e
formam uma cor verde escuro, musgo a preto. Nesses casos a infecção pode ser
considerada mais grave pois já adquirem profundidade nas unhas.

Imagens cedidas e de acervo prórpio. Ilustram


bem como podemos identificar essa infecção
para melhor orientar a nossa cliente e seguir os
corretos protocolos.

Protocolo de atendimento:
Remover produtos das unhas atingidas.
Cortar as unhas, higienizar com álcool e hidratar com óleo de cutícula.
Recomendar visita ao dermatologista para correto diagnóstico e tratamento.
Recomendar aplicação de produtos apenas após o tratamento e que fique
comprovado que a unha não está mais infectada. As manchas podem demorar
pra sair mesmo com a unha livre de contaminação, devendo seguir a orientação
do dermatologista para quando é possível fazer nova aplicação, sugiro que
aceite por escrito uma recomendação.
Lembre de preencher os dados na ficha de anamnese para acompanhar uma
possível evolução da doença ou tratamento das unhas atingidas. Fotos, e
relatos mais completos vão te auxiliar neste momento.
Todas as lixas, palitos e materiais descartáveis que foram usados devem ser
descartados. Atenção redobrada aos protocolos de limpeza do ambiente e
ferramentas, pois o material da unha atingida é altamente contaminante para
você e as clientes a serem atendidas após.
Podemos fazer aplicações sobre unhas infectadas por pseudomonas?
Não, de maneira geral, sempre que infectadas por qualquer que seja o
microorganismo, não devemos fazer aplicações até que as unhas estejam
saudáveis.

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Paroníquia
A paroníquia se caracteriza pela inflamação associada a bactérias da dobra
proximal e cutícula, que desprendem da lâmina ungueal e gradativamente
perdem algumas características onde a cutícula pode deixar de ser produzida ,
bem como a borda queratinizada da dobra proximal . No caso da paroníquia
crônica, isso pode acontecer durante algum tempo mesmo sem uma inflamação
evidente. É perigosa pois acaba permitindo a entrada de microorganismos pois
esse espaço entre a lâmina e dobra proximal fica aberto deixando a matriz
ungueal exposta. Na maioria das literaturas, a paroníquia está associada ao uso
excessivo de água e produtos de limpeza, mas também há evidências que pode
ser causada pela retirada excessiva de cutícula, uma vez que pode haver
contaminações.
Protocolo de atendimento:
Remover produtos das unhas.
Cortar as unhas, higienizar com álcool e hidratar com óleo de
cutícula. Recomendar visita ao dermatologista para tratamento.
Podemos aplicar produtos de revestimento de unhas nesse caso?
Não é recomendado:
1. Pode haver agentes contaminantes na região inflamada,
2. Expor a região aberta e já irritada a produtos químicos pode piorar a irritação,
além de poder causar um processo alérgico do produto.
Além de não ser recomendado o uso de nenhum tipo de revestimento de unhas
no caso de paroníquia, ainda poderia piorar a situação das unhas pois os
produtos tendem a não adereir. A inflamação causa edema (inchaço), o que nada
mais é do que excesso de água na região da dobra proximal . Com as unhas já
comprometidas com ondulações e fina espessura, mais a umidade na região,
certamente será muito difícil ter boa aderência. Batidas e atrito nas pontas do
alongamento podem ocasionar acidentes, removendo a unha de forma forçada e
puxando escamas, devido à sua fragilidade.

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Onicólise
A onicólise é caracterizada pelo desprendimento entre a lâmina e o leito ungueal.
Isso pode causar uma infecção oportunista, uma vez que a região do descolamento
pode criar um ambiente propício para microorganismos. Existem inúmeras causas
para que isso possa acontecer, vamos ver algumas delas:
Remoção excessiva de pele dos sulcos laterais: isso é muito comum visto que
temos instalado culturalmente o gosto pela cutilagem funda . Nas pessoas que
adotam essa técnica de remoção de cutícula mais funda e mais agressiva, onde a
região do paroníquio fica avermelhada, dolorida e até danificada, a pele tende a
crescer mais e repor o que foi removido para proteger o local contra
microorganismos. Mas o que temos percebido é que em pessoas que tiveram
esse hábito ao longo de muitos anos , o organismo deixou de produzir essa pele,
ocorrendo o desprendimento da lâmina ungueal dos sulcos laterais , causando a
onicólise dessa região. A unha fica muito mais suscetível a maiores
descolamentos devido ao impacto e atrito diário a que são naturalmente
submetidas, uma vez que estão presas somente pelo leito ungueal.
Atrito: as unhas conseguem suportar algum atrito, mas quando realizamos
alongamento de unhas, esse atrito pode ser maior a ponto de forçar mais a lâmina
ungueal todos os dias, o que pode causar pequenos descolamentos do leito.
Tamanhos exagerados ou a falta de manutenção no tempo adequado, causa mais
impacto o que aumenta os riscos de acidentes e onicólise.
Excesso de calor na polimerização: Os produtos de revestimento de unhas ao
polimerizar liberam calor, uma reação exotérimica presente tanto nos sistemas de
acrílico quanto no gel, mas no gel é muito mais perceptível. É preciso controlar
esse calor pois quando em excesso ele pode queimar o leito ungueal e causar
desprendimento da lâmina.
Excesso de curvatura: As unhas são diferentes umas das outras, cada uma tem
uma curvatura natural que deve ser respeitada. Quando forçamos a curvatura com
uma pinça ou presilha, ou até mesmo cortando o molde de forma que ele fique
mais curvado do que a unha, sem respeitar a curvatura natural, o que acontece é
que o produto força o meio da unha para cima, o que causa desprendimento da
lâmina e leito e até é possível causar uma rachadura no meio da lâmina , o que
além de dolorido, pode ser perigoso pela possibilidade de contaminação por
microorganismos.
Traumas: Quando a unha é batida, esmagada, queimada, forçada de modo que
aconteça o descolamento.
Doenças sistêmicas, congênitas e adquiridas: todas podem mudar características
da lâmina ungueal e a onicólise pode ser uma consequência, por isso é comum a
onicólise estar associada a outras doenças.
Medicamentos: medicamentos que causam alterações metabólicas podem
prejudicar o sistema ingueal como um todo, o que pode ocasionar a onicólise,
como tratamento quimioterápico por exemplo.

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Protocolo de atendimento:
Ao verificar onicólise é importante primeiramente determinar a causa , o que pode ser
feito em uma conversa com a cliente e então verificar o quanto a unha está
descolada. Se o descolamento da unha for acima de 25% do tamanho do leito, o ideal
é não realizar procedimentos de alongamento, onde a unha deve ser cortada a fim de
evitar o atrito. Se isso não for respeitado, o tamanho da onicólise pode aumentar e
prejudicar ainda mais a unha. Nesses casos é possível realizar uma blindagem para
a proteção da unha, porém é preciso verificar se aconteceu algum trauma , se estiver
com sangramento no local, é muito importante esperar alguns dias para que a região
possa cicatrizar, para então realizar esse procedimento.
É válido lembrar que se a onicólise está maior do que 25% do leito ou há evidências
de infecções e inflamações da pele ao redor, não devemos realizar nenhum tipo de
serviço. O ideal é apenas proceder com uma remoção e então indicar uma consulta
com um dermatologista, que poderá indicar o tratamento adequado para a infecção ,
ou apenas para cicatrização da onicólise.
As unhas podem ser aparadas, higienizadas com álcool e hidratadas com óleo de
cutícula se for necessário a remoção dos produtos.
Nesse caso, recomendar visita ao dermatologista para correto tratamento.
Recomendar aplicação de produtos apenas após o tratamento e que fique
comprovado que a unha não está infectada.
É importante preencher os dados na ficha de anamnese para acompanhar uma
possível evolução da onicólise. Fotos, e relatos mais completos vão te auxiliar
neste momento.
os procedimentos de biossegurança são os normalmente adotados.

Onicólise causada por excesso de remoção da cutícula, onde claramente as unhas já não
estão aderidas ao sulco lateral, note que a onicólise pode estar localizada na ponta ou se
estender até a margem da dobra proximal.

Onicólise causada por trauma por atrito ou


excesso de pinçamento e curvatura forçada que
também ficam com essas características,
muitas vezes se localizando pontualmente na
lateral da unha como na segunda foto.

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