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Complexo dentina
Prof. Marcelo
polpa Henderson
O órgão dental
inter-relação estrutural e funcional durante toda a
vida do órgão dental. Responsáveis pela síntese e
COMPLEXO
deposição da matrizDENTINO-PULPAR
de dentina, as células da
polpa, denominadas odontoblastos, permanecem
com seus prolongamentos citoplasmáticos no
interior dos túbulos dentinários.
Consequentemente, as repercussões e os
mecanismos de resposta tecidual ocorrem de forma
integrada, o que determina que a dentina e a polpa
sejam entendidas e reconhecidas como integrantes
de um mesmo complexo, o complexo dentino-
pulpar.
FORMAÇÃO DO COMPLEXO
O dente deriva de dois tipos de tecidos
embrionários DENTINO-PULPAR
básicos: o ectoderma, que origina o
esmalte, e o ectomesênquima, derivado da crista
neural, que origina a dentina, a polpa e os tecidos
periodontais. O início da formação do dente
ocorre durante a sexta semana de vida
embrionária e se caracteriza por um espessamento
localizado do ectoderma oral, associado aos
processos embrionários maxilar e mandibular.
Este crescimento epitelial ocasiona a formação da
lâmina dentária.
DENTINO-PULPAR
DENTINO-PULPAR
DENTINO-PULPAR
FORMAÇÃO DO COMPLEXO
DENTINO-PULPAR
A etapa seguinte do desenvolvimento dentário é
dividida em três estágios sequenciais, que são
denominados de acordo com a morfologia do
desenvolvimento do germe dentário: (a) botão, (b)
capuz e (c) campânula.
No estágio inicial, o germe dentário assume a
forma de um “botão”, em decorrência da
proliferação do epitélio da lâmina dentária do
ectomesênquima
DENTINO-PULPAR – Fase de Botão
FORMAÇÃO DO COMPLEXO
Campânula
Campânula
A POLPA
A polpa dentária é constituída de tecido
conjuntivo frouxo especializado. O que a torna
única é o seu confinamento entre paredes rígidas
de um tecido que ela mesma produziu,
relacionando-se com o meio externo do dente
através de forames e foraminas apicais, bem como
canais laterais. Isso dá à polpa um ambiente de
baixa tolerância, pois o substrato nutricional
provém da vascularização que atravessa os
pequenos forames e foraminas.
A POLPA
a) Formativa: os odontoblastos do tecido pulpar são
re s p o n s á v e i s FUNÇÕES
p e l a d e n t i n o g êDA
n e s e ;POLPA
b) Sensitiva: a inervação sensorial pulpar atua como um
sistema de alarme eficaz, indicando alterações na
normalidade.
c) Nutritiva: a vascularização pulpar fornece oxigênio e
nutrientes, que são essenciais para a formação de
d e n t i n a e p a r a a p r ó p r i a s o b re v i v ê n c i a p u l p a r ;
d) Defensiva: o tecido pulpar pode se defender contra
i n f e c ç õ e s m i c ro b i a n a s p o r m e i o d a p ro d u ç ã o d e d e n t i n a
e s c l e ro s a d a e / o u t e rc i á r i a e d a a t i v a ç ã o d a re s p o s t a
i m u n e . D e n t e s c o m p o l p a s s a d i a s , q u e a p re s e n t a m
v a s c u l a r i z a ç ã o a b u n d a n t e , s ã o m u i t o m a i s re s i s t e n t e s à
infecção bacteriana e não desenvolvem lesão
p e r i r r a d i c u l a r. C o n s e q u e n t e m e n t e , a m a n u t e n ç ã o d a
vitalidade pulpar pode ser considerada a melhor forma
H i s t o l o g i c a m e n t e , z o n a s d i s t i n t a s s ã o p e rc e p t í v e i s n a
p o l p a s a d i a . A c a m aA d aPOLPA
odontoblástica é a zona mais
periférica da polpa e se encontra adjacente à pré-
dentina. Uma alta densidade c e l u l a r, incluindo
f i b ro b l a s t o s , c é l u l a s - t ro n c o i n d i f e re n c i a d a s e c é l u l a s
i m u n e s , é o b s e r v a d a n a re g i ã o p u l p a r d e n o m i n a d a z o n a
rica em células, que é separada da camada
o d o n t o b l á s t i c a p e l a z o n a p o b re e m c é l u l a s ( o u z o n a d e
We i l ) . A z o n a r i c a e m c é l u l a s é m a i s p ro e m i n e n t e n a
p o l p a c o ro n á r i a q u e n a p o l p a r a d i c u l a r. A z o n a p o b re e m
c é l u l a s , p o r s u a v e z , c o n t é m c a p i l a re s s a n g u í n e o s , u m a
r i c a re d e d e f i b r a s n e r v o s a s ( f o r m a n d o o p l e x o n e r v o s o
d e R a s h k o w ) e p ro c e s s o s f i b ro b l á s t i c o s . A p o l p a t a m b é m
p o s s u i u m a re g i ã o d e n o m i n a d a p o l p a p ro p r i a m e n t e d i t a ,
q u e é a z o n a c e n t r a l d a p o l p a e c o n t é m o s m a i o re s v a s o s
sanguíneos e n e r v o s , j u n t o a f i b ro b l a s t o s e o u t r a s
A POLPA
A POLPA – Camada odontoblástica
A camada mais externa das células da polpa saudável é a
camada de odontoblastos. Essa camada se localiza
imediatamente abaixo da pré-dentina. E n t re os
odontoblastos adjacentes existe uma série de junções
célula a célula especializadas (i.e., complexos de
junções), incluindo desmossomas (i.e., junções
a d e re n t e s ) , j u n ç õ e s c o m u n i c a n t e s t i p o g a p ( i . e . , n e x o s ) e
junções oclusivas (i.e., zonula occludens) que ligam os
odontoblastos adjacentes. Os desmossomos, localizados
n a p a r t e a p i c a l d o s c o r p o s c e l u l a re s d e o d o n t o b l a s t o s ,
unem-se aos odontoblastos mecanicamente.
A POLPA – Camada odontoblástica
N a á re a s u b o d o n t o b l á s t i c a , e x i s t e u m a c a m a d a e v i d e n t e
contendo uma p ro p o r ç ã o re l a t i v a m e n t e alta de
f i b ro b l a s t o s c o m p a r a d a à re g i ã o m a i s c e n t r a l d a p o l p a .
E l a é m u i t o m a i s p ro e m i n e n t e n a p o l p a c o ro n á r i a d o q u e
n a p o l p a r a d i c u l a r. A l é m d e f i b ro b l a s t o s , a z o n a r i c a e m
células pode incluir uma quantidade variável de células
imunes como macrófagos e células dendríticas, mas
t a m b é m c é l u l a s - t ro n c o m e s e n q u i m a i s i n d i f e re n c i a d a s .
A POLPA – Zona central
A zona central, é constituída por um tecido conjuntivo
f ro u x o s i n g u l a r, n o q u a l e s t ã o p re s e n t e s f i b ro b l a s t o s ,
c é l u l a s m e s e n q u i m a i s i n d i f e re n c i a d a s , c é l u l a s d o s i s t e m a
i m u n e ( m a c r ó f a g o s e l i n f ó c i t o s ) , a l é m d e c a p i l a re s e
fibras nervosas distribuídas de forma equilibrada na
m a t r i z e x t r a c e l u l a r. E s s a m a t r i z é c o m p o s t a d e e l e m e n t o s
f i b ro s o s e d a s u b s t â n c i a f u n d a m e n t a l ( f o r m a d a p o r
p ro t e o g l i c a n a s , g l i c o s a m i n o g l i c a n a s , g l i c o p ro t e í n a s e
á g u a ) , s e n d o o c o l á g e n o o c o n s t i t u i n t e f i b ro s o m a i s
abundante, e permite a difusão de nutrientes, oxigênio e
p ro t e í n a s e n t re os componentes c e l u l a re s e a
m i c ro c i rc u l a ç ã o , o q u e l h e c o n s a g r a p a p e l i m p o r t a n t e n a
m a n u t e n ç ã o d a c a p a c i d a d e d e re p a r a ç ã o p u l p a r
A POLPA – Zona central
Vaso
sanguí
Nota-se neo
que, neste Fibroblast
tecido
conjuntivo o
frouxo, há a
presença de
células do
sistema
imune,
Células da Polpa - Odontoblastos
Teoria
hidrodinâmica
da
sensibilidade
da dentina.
Estímulos
externos
causam
movimento do
fluido
dentinário em
Vascularização pulpar
A vascularização pulpar é fornecida por vasos sanguíneos que
entram na polpa via forame apical ou foraminas e, em seguida,
se estendem e ramificam no sentido coronário. A
vascularização é originada a partir dos ramos da artéria
infraorbital, da artéria alveolar posterossuperior ou da artéria
alveolar inferior, que, por sua vez, tem origem na artéria
maxilar, um ramo da artéria carótida externa.
O percentual do volume de tecido pulpar ocupado por vasos
sanguíneos é de aproximadamente 14%. Consequentemente, a
polpa dental tem o maior valor de fluxo sanguíneo por
unidade de peso entre os tecidos orais
Vascularização pulpar
Vascularização pulpar
Inflamação
Quando a polpa dental é injuriada, ela responde da mesma
forma que outros tecidos conjuntivos com uma resposta imune
de duas fases. A resposta imune inicial é inespecífica porém
rápida, ocorrendo em minutos ou horas. A segunda resposta é
específica e inclui a produção de anticorpos específicos.
Em outros tecidos, como a pele (na qual a inflamação foi
primeiramente descrita), a produção aumentada de fluido
tecidual resulta em edema. Como a polpa está dentro de uma
câmara rígida, não complacente, ela não pode edemaciar, e a
formação aumentada de fluido intersticial resulta em um
aumento na pressão de fluido tecidual.
Dentina
A dentina é um tecido mineralizado que constitui grande parte
da estrutura dentária. É constituída por 70% de material
inorgânico, principalmente cristais de hidroxiapatita, 10% de
água e 20% de matriz orgânica, composta principalmente de
colágeno (cerca de 90%). A elasticidade da dentina fornece
flexibilidade para o frágil esmalte de cobertura e permite que
haja o impacto da mastigação sem a fratura do esmalte. Por
uma perspectiva de engenharia, o colágeno pode ser
considerado uma barra de aço e os cristais mineralizados
agem como cimento; a estrutura composta resultante tem
grande força
Dentina
Vista geral da polpa
coronária de um pré-molar
humano jovem extraído. É
possível observar que a polpa
(P) está envolvida pela
dentina (D), a qual é
internamente revestida por
uma camada contínua de
odontoblastos (setas).
Tricrômico de Masson, 32×
na cavidade oral. Ela é classificada como ortodentina,
a forma tubular Dentina primária
de dentina desprovida de células
encontrada nos dentes de todos os mamíferos
dentados. A dentina primária é secretada a uma razão
relativamente alta e constitui a principal parte da
dentina no dente. Ela tem estrutura regular e contém
túbulos de dentina que formam uma curvatura
primária em forma de S em consequência do
movimento direcional dos odontoblastos, que têm um
processo celular que se estende a partir de uma borda
periférica mais larga em direção a uma camada
celular estreita localizada centralmente.
Dentina secundária