Você está na página 1de 110

Sol ções éc i s

Anestésicas
Prof. MSc. Jadson Domingues
Mestre em Reabilitação Oral – ICT/UNESP
Cirurgião-Dentista | CRO/AL: 5234
Anestesia

➔ Caracteriza a condição de ter a sensibilidade (incluindo a dor)


bloqueada ou removida de forma temporária. É um estado
farmacologicamente induzido.

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Anestesia local
➔ A anestesia local promove a perda da sensação de uma área circunscrita do
organismo, causada pela depressão da excitação nas terminações nervosas
ou pela inibição do processo de condução nos nervos periféricos.

➔ Há perda de sensibilidade, sem indução de perda de consciência. Essa é a


característica que essencialmente a diferencia da anestesia geral.

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Anatomia básica do neurônio ou célula nervosa

Imagem: mundoeducacão.uol
Anestesia local
➔ Para obter uma anestesia local segura e com profundidade e duração
adequadas, o cirurgião-dentista deve conhecer a farmacologia e a
toxicidade dos anestésicos locais e dos vasoconstritores, para assim
poder selecionar a solução mais apropriada ao tipo de procedimento e
condições de saúde do paciente.

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Anestesia local
➔ Mecanismo de ação:
➔ Teoria do receptor específico: bloqueio da condução consiste
em reduzir a permeabilidade dos canais iônicos ao Na+,
ligando-se a receptores específicos.

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Anestesia local
➔ Mecanismo de ação:

ANDRADE, Eduardo D. Terapêutica medicamentosa em odontologia. 2014.


Anestesia local
➔ Características gerais:
➔ Os anestésicos locais são bases fracas, pouco solúveis em água e
instáveis quando expostos ao ar. Para uso clínico, são adicionados ao
ácido clorídrico, formando um sal, o cloridrato, que apresenta maior
solubilidade e estabilidade na solução.

➔ Na forma de cloridrato, apresentam pH ácido, variando de 5,5 (soluções


anestésicas sem vasoconstritor) a 3,3 (souções com vasoconstritor).
ANDRADE, Eduardo D. Terapêutica medicamentosa em odontologia. 2014.
➔ Estrutura Química dos AL:
Três porções bem definidas:
1. Porção hidrofílica, que permite sua injeção nos tecidos.
2. Porção lipofílica, responsável pela difusão do anestésico
através da bainha nervosa.
3. Cadeia intermediária: permite classificar os anestésicos
locais em ésteres ou amidas.
ANDRADE, Eduardo D. Terapêutica medicamentosa em odontologia. 2014.
➔ Estrutura Química dos AL:

1. Porção lipofílica: quanto maior a lipossolubilidade, maior a


capacidade de penetração na membrana axoplasmática e
maior a potência do sal anestésico.

ANDRADE, Eduardo D. Terapêutica medicamentosa em odontologia. 2014.


➔ Estrutura Química dos AL:

Biotransformação:
Plasma

Biotransformação:
Fígado

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
➔ Estrutura Química dos AL:

Os ésteres apresentam maior potencial de induzir


alergia, em razão do metabólito comum aos
componentes deste grupo, o ácido para-aminobenzoico.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
➔ Estrutura Química dos AL:
Ph tecidual x Pka do Anestésico:

➔ pH tecidual normal (7,4)


➔ A latência do AL pode ser afetada pelo Ph tecidual,
porquê:
➔ Locais inflamados, nos quais o pH pode ficar próximo
de 6,0, geralmente tendem a apresentar maior
dificuldade para a instalação da anestesia.
➔ Em pH ácido há predomínio da forma ionizada, que
não consegue penetrar na membrana axoplasmática.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
➔ Estrutura Química dos AL:
Ph tecidual x Pka do Anestésico:

➔ pH tecidual normal (7,4)

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
➔ Componentes das soluções anestésicas:

➔ Sal anestésico propriamente dito;


➔ Substância vasoconstritora;
➔ Veículo (geralmente água bidestilada) e um
antioxidante.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Histórico dos anestésicos locais

➔ Cocaína: (Índios dos Andes)


➔ Primeira droga a ser conhecida por possuir propriedades anestésicas
➔ Índios mascavam a folha da coca.

BROWN, Ronald S. Local anesthetics. Dental Clinics of North America, v. 38, n. 4, p. 619-632, 1994.
Histórico dos anestésicos locais
➔ Principais características da cocaína:
➔ Anestésico local efetivo;
➔ Capacidade de fazer vasoconstrição;
➔ Causa euforia ao atuar no SNC;
➔ Baixo índice terapêutico e reações adversas tóxicas;
➔ Causa dependência

BROWN, Ronald S. Local anesthetics. Dental Clinics of North America, v. 38, n. 4, p. 619-632, 1994.
Histórico dos anestésicos locais
➔ Cocaína: Farmacodependência
➔ Substituição por uso de anestésicos locais sintéticos
➔ Procaína: usada até a década de 1940
➔ 1948: Síntese e introdução da lidocaína

BROWN, Ronald S. Local anesthetics. Dental Clinics of North America, v. 38, n. 4, p. 619-632, 1994.
Sais Anestésicos Locais
➔ Os sais anestésicos disponíveis para uso odontológico no Brasil são:

1. Lidocaína
2. Mepivacaína Duração intermediária de ação:
3. Articaína 60 min de anestesia pulpar

4. Prilocaína
5. Bupivacaína Longa duração

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Lidocaína
➔ Introduzida para uso clínico em 1948, a lidocaína ainda é
considerada o anestésico local padrão do grupo amida;

➔ A lidocaína é metabolizada por oxidação nos microssomos


hepáticos

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Lidocaína
➔ A lidocaína apresenta tempo de latência em torno de 2 a 4
minutos e duração de anestesia pulpar entre 5 e 10 minutos,
quando não associada a vasoconstritor, e entre 40 e 60 minutos
quando combinada a vasoconstritor.

➔ Em tecidos moles, sua ação pode permanecer por cerca de 120 a


150 minutos.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Lidocaína
➔ A lidocaína ainda é o anestésico local mais usado no mundo, por isso é
considerada padrão. Em alguns países, porém, a articaína já está sendo
usada em maior escala do que a lidocaína, como a Alemanha.

➔ Quando não associada a um vasoconstritor, a lidocaína tem um


período de ação muito curto em virtude de seu potente efeito
vasodilatador, o que promove sua rápida eliminação do local da injeção.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Lidocaína
➔ A lidocaína é eficaz como anestésico tópico, sendo comercializada no
Brasil nas concentrações de 5 a 6% (pomada) e de 10% (spray). A eficácia
desse anestésico para reduzir a dor à punção da agulha.

10% - Não pode ser aplicada


diretamente na boca do
paciente, pois pode haver
ingestão do anestésico, o que
causa considerável desconforto

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Mepivacaína
➔ Introduzida para uso clínico em 1960;
➔ Metabolização se dá por oxidação nos microssomos hepáticos;
➔ Eliminação ocorre por via renal;
➔ 16% do total não sofre metabolização;
➔ A meia-vida plasmática da mepivacaína é de 1,9 hora.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Mepivacaína
➔ Latência situa-se entre 2 e 4 minutos;
➔ Quando utilizada sem adição de vasoconstritor, apresenta duração de
anestesia pulpar entre 20 (técnica infiltrativa) e 40 minutos (técnica de
bloqueio);
➔ A associação com vasoconstritor aumenta a duração da anestesia
pulpar para aproximadamente 60 a 90 minutos.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Mepivacaína
➔ Em tecidos moles, sua ação pode permanecer por cerca de 120 a 220
minutos, quando associada a um vasoconstritor.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Prilocaína
➔ Introduzida para uso clínico em 1960;
➔ A potência de ação é equivalente à da lidocaína, mas a toxicidade é
cerca de 40% menor;
➔ Além do fígado, tem também os pulmões e os rins como locais de
metabolização (embora em menor grau), único AL.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Prilocaína
➔ Seus metabólitos principais são a n-propilalanina e a ortotoluidina.
➔ Ortotoluidina - Aumenta a oxidação da hemoglobina em metemoglobina
e, dependendo da dose de prilocaína utilizada, pode promover
metemoglobinemia;
➔ Eliminação é renal;
➔ A meia-vida plasmática da prilocaína é similar à da lidocaína, em torno
de 1,6 hora

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Prilocaína
➔ Tempo de latência de 2 a 4 minutos.

➔ Por ter baixa atividade vasodilatadora (50% menor do que a da


lidocaína), pode ser usada sem vasoconstritor, na concentração de 4%;

➔ Essa formulação, não disponível para uso no Brasil, promove duração de


anestesia pulpar entre 10 (técnica infiltrativa) e 60 minutos (técnica de
bloqueio).

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Prilocaína
➔ Associada à felipressina, o tempo de anestesia pulpar, após uso de
técnica infiltrativa na maxila, varia entre 45 e 60 minutos;

➔ Em tecidos moles, sua ação pode permanecer por cerca de 120 a 240
minutos, quando associada a um vasoconstritor.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Articaína
➔ Introduzida para uso clínico em 1976, na Alemanha, inicialmente com o
nome de carticaína;
➔ Sua potência é 1,5 vez a da lidocaína, enquanto a toxicidade é similar à
desta;
➔ A articaína é metabolizada inicialmente pelas colinesterases plasmáti-
cas; posteriormente, sofre oxidação no sistema de microssomos
hepáticos.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Articaína
➔ Excreção é renal, sendo apenas 10% na forma não metabolizada;

➔ Em razão de a biotransformação começar no plasma, a meia-vida


plasmática é mais curta do que a das demais amidas utilizadas em
odontologia, em torno de 44 minutos após injeções intrabucais

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Bupivacaína
➔ Introduzida para uso clínico na década de 1960 e para a odontologia
mais tardiamente, no início dos anos 1980;
➔ Sua potência e sua toxicidade são 4 vezes maiores em comparação com
a lidocaína;
➔ A bupivacaína é metabolizada inicialmente no fígado

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Bupivacaína
➔ Quando associada à epinefrina , em técnica de bloqueio do nervo
alveolar inferior, a latência da bupivacaína varia de 10 a 16 minutos na
região de molares e pré-molares;
➔ A duração da anestesia pulpar nesses mesmos dentes varia de 230 a
420 minutos;
➔ Em tecidos moles, sua ação pode permanecer por até 640 minutos

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Bupivacaína
➔ Em odontologia, a bupivacaína é indicada para tratamentos de longa
duração.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Anestésicos locais Tópicos
➔ Anestésicos sem grupo hidrofílico, como a benzocaína (anestésico éster usado
apenas para anestesia tópica), agem por alteração na conformação do canal em
razão da expansão causada por sua penetração na membrana axoplasmática (teoria
da expansão da membrana)

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Anestésicos locais Tópicos
➔ único anestésico do grupo éster disponível para uso odontológico no Brasil;
➔ não deve ser usada em indivíduos com sensibilidade aos ésteres.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Anestésicos locais Tópicos
➔ Após aplicação na mucosa previamente seca por 2 minutos, a benzocaína, na
concentração de 20%, fornece anestesia da mucosa superficial, diminuindo de
forma consistente a dor à punção

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Vasoconstritores
➔ A fim de aumentar o tempo de anestesia e diminuir a probabilidade de
atingir níveis plasmáticos tóxicos pelo uso de grandes doses, os
vasoconstritores são adicionados às soluções anestésicas locais;

➔ Atua na hemostasia, ou seja, redução da perda de sangue nos


procedimentos que envolvem sangramento.

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Vasoconstritores
➔ 1. Aminas simpatomiméticas e 2. derivados da vasopressina:

➔ 1. Aminas simpatomiméticas são assim denominadas por mimetizarem a ação


do SNA simpático, ou seja, esses vasoconstritores exercem sua ação por
interagir com os receptores alfa e beta-adrenérgicos;

➔ Epinefrina , Norepinefrina , Corbadrina (ou levonordefrina) e a Fenilefrina

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Vasoconstritores
➔ 1. Aminas simpatomiméticas e 2. derivados da vasopressina:

➔ 2. Dos derivados da vasopressina, o único atualmente em uso em


odontologia é a felipressina

ANDRADE, Eduardo D.; GROPPO, Francisco C.; VOLPATO, Maria C.; et al. Farmacologia, anestesiologia
e terapêutica em odontologia. (ABENO). 2013.
Todos os vasoconstritores presentes nas soluções disponíveis para uso
odontológico proporcionam aumento significativo da duração da anestesia.
Entretanto, a epinefrina na concentração de 1:200.000 e a felipressina não
promovem hemostasia tão eficaz quanto os demais vasoconstritores e as
concentrações maiores de epinefrina

Dentre as concentrações de epinefrina disponíveis, a 1:100.000 deve ser a de


escolha, pois promove hemostasia adequada e aumento da duração da
anestesia
Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ Seringas de carpule:

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica

➔ Seringas de carpule: Empunhadura

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ utilização do polegar e palma da mão, os quais se ajustam ao palmar da seringa.

➔ Os dedos médio e indicador são posicionados em cada uma das orelhas da seringa de carpule odontológica.

➔ O palmar da seringa é ligado à haste do êmbolo, que empurra o batoque de borracha do tubete, durante a
injeção do líquido anestésico

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ Princípios fundamentais: quantidade necessária e o local indicado
➔ seringas que permitem aspiração apresentam um dispositivo em forma de lança, chamado de
arpão;

➔ Esse sistema permite que o profissional realize uma pressão negativa no interior do tubete por
meio do acionamento reverso da haste;

➔ A manobra tem por objetivo verificar se a agulha está inserida no lúmen de um vaso sanguíneo

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ O sangue entrará no tubete e ficará visível, possibilitando o
reposicionamento da agulha e evitando a injeção de anestésico para
dentro do vaso sanguíneo;

➔ Redução de intercorrências durante os procedimentos anestésicos.

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ Tubetes anestésicos: Tubo onde está contido a solução anestésica

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ Tubetes anestésicos: Vidro X Plástico

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ agulhas anestésicas:
➔ O comprimento é a principal característica para eleição da agulha e
deve ser escolhido de acordo com a técnica anestésica a ser empregada;
➔ Agulhas curtas: 21 mm
➔ Agulhas longas: 32 mm
➔ Agulha A: agulha odontológica convencional bifacetada com ponta
excêntrica.
CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.
Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ agulhas anestésicas:

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ agulhas anestésicas:

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ agulhas anestésicas:

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Instrumentais em anestesiologia odontológica
➔ agulhas anestésicas:

CORSETTI, Adriana; PURICELLI, Edela. Técnicas anestésicas locais em odontologia. 2023.


Técnicas anestésicas
em maxila
Técnicas anestésicas em maxila

1. Infiltração local
2. Bloqueio do campo
3. Bloqueio do nervo
Técnicas anestésicas em maxila

1. Infiltração local:
Pequenas terminações nervosas na área
do tratamento odontológico são infiltradas
com solução de anestésico local
Infiltração Local
Técnicas anestésicas em maxila

2. Bloqueio de Campo:
O anestésico local é infiltrado próximo aos
ramos nervosos terminais maiores, de
modo que a área anestesiada será
circunscrita.
Bloqueio de campo:
Técnicas anestésicas em maxila

3. Bloqueio de Nervo:
O anestésico local é depositado próximo a
um tronco nervoso principal, geralmente
distante do local de intervenção operatória.
Bloqueio de Nervo
Bloqueio de Campo X Bloqueio de Nervo

➔ Podem ser distinguidos pela extensão da


anestesia obtida.
➔ Os bloqueios de campo são mais circunscritos.
➔ Bloqueio de nervo afeta uma área maior.
Tipo de injeção administrada

➔ A anestesia por infiltração pode ser suficiente para o tratamento


de pequenas áreas isoladas, como na provisão da hemostasia para
procedimentos nos tecidos moles.
➔ O bloqueio de campo é indicado quando dois ou três dentes estão
sendo restaurados;
➔ A anestesia por bloqueio regional é indicada para o controle da
dor em um quadrante.
Técnicas de injeção maxilar

➔ A escolha da técnica específica a ser utilizada é determinada, em


grande parte, pela natureza do tratamento a ser realizado.
Utilização de anestésico tópico com haste de algodão
Considerações de anestesia maxilar
Considerações de anestesia maxilar
Considerações de anestesia maxilar
Considerações de anestesia maxilar
Considerações de anestesia maxilar
Considerações de anestesia maxilar
Considerações de anestesia maxilar
Técnicas anestésicas
em mandíbula
Técnicas anestésicas em
mandíbula

6 bloqueios nervosos:

➔ Mentual e bucal: Proporcionam anestesia regional unicamente aos


tecidos moles e têm uma frequência de êxito extremamente elevada.

➔ Os quatro bloqueios remanescentes: alveolar inferior, incisivo,


mandibular de Gow-Gates e mandibular de Vazirani-Akinosi (de boca
fechada) — proporcionam anestesia regional à polpa de alguns dos dentes
mandibulares num quadrante ou de todos eles.
Bloqueio do nervo alveolar inferior
Segunda técnica de injeção mais frequentemente usada
(depois da infiltração) e provavelmente a mais importante na
odontologia.
Bloqueio do nervo alveolar inferior
Áreas Anestesiadas:
1. Dentes mandibulares até a linha média
2. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula
3. Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao
forame mentual (nervo mentual)
4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral
(nervo lingual)
5. Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual)
Bloqueio do nervo alveolar inferior
Indicações:
1. Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num
quadrante ;

2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles


bucais;

3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles


linguais.
Bloqueio do nervo alveolar inferior

Contraindicações:
1. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção (rara);

2. Pacientes que tenham maior probabilidade de morder o lábio


ou a língua, como uma criança muito pequena ou um adulto ou
criança portador de deficiência física ou mental.
Bloqueio do nervo alveolar inferior

Vantagens:
Uma injeção proporciona uma ampla área anestesia (útil para a
odontologia de quadrantes)

Desvantagens:
1.Ampla área de anestesia (não indicada para procedimentos
localizados).
2. Frequência de anestesia inadequada (31% a 81%)
3. Marcos intraorais não consistentemente confiáveis
4. Aspiração positiva (10% a 15%, a mais alta de todas
Bloqueio do nervo alveolar inferior
Bloqueio do nervo alveolar inferior
Bloqueio do nervo alveolar inferior
Bloqueio do nervo Bucal

● O nervo bucal é um ramo da divisão anterior de V3 e, por


conseguinte, não é anestesiado durante o BNAI;

● Proporciona inervação sensorial aos tecidos moles bucais


adjacentes tão somente aos molares mandibulares
Bloqueio do nervo Bucal
Bloqueio do nervo Bucal

Área Anestesiada:
Tecidos moles e periósteo
bucal dos dentes molares
mandibulares
Bloqueio do nervo mentual

● O nervo mentual é um ramo terminal do nervo alveolar


inferior.

● Saindo do forame mentual no ápice dos pré-molares


mandibulares ou próximo disso, ele proporciona
inervação sensorial aos tecidos moles bucais situados
anteriormente ao forame e aos tecidos moles do lábio
inferior e do queixo do lado da injeção.
Bloqueio do nervo mentual

Nervo Anestesiado: Mentual, um ramo terminal do


alveolar inferior.

Áreas Anestesiadas: Membrana mucosa bucal,


anteriormente ao forame mentual (em torno do segundo
pré-molar) até a linha média e a pele do lábio inferior e
do queixo.

Indicação: Casos em que a anestesia dos tecidos moles


bucais é necessária para procedimentos na mandíbula
anteriormente ao forame mentual
Bloqueio do nervo mentual
Bloqueio do nervo mentual
Bloqueio do nervo mentual
Bloqueio do nervo mentual
Bloqueio do nervo Incisivo

● O nervo incisivo é um ramo terminal do nervo alveolar


inferior;
● . O nervo é sempre anestesiado quando um bloqueio
nervoso alveolar inferior ou mandibular é
bem-sucedido;

Bloqueio do nervo Incisivo
Infiltração por vestibular - incisivos
Técnicas anestésicas em
mandíbula

● Técnica de Gow-Gates (1973):

É uma verdadeira injeção de bloqueio mandibular,


proporcionando anestesia regional a praticamente todos
os ramos sensoriais de V3
● Técnica de Gow-Gates (1973):

Áreas anestesiadas:

1. Dentes mandibulares até a linha média


2. Mucoperiósteo e membranas mucosas bucais do lado da
injeção
3. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade
oral
4. Tecidos moles e periósteo da língua
5. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da
mandíbula
6. Pele sobre o zigoma, parte posterior da bochecha e
regiões temporais
Técnicas de Gow-gates

● Técnica de Gow-Gates
Técnicas de Gow-gates
BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA
FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI
● Situações em que a abertura mandibular limitada
impede o uso de outras técnicas de injeção
mandibular.
BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA
FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI
BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA
FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI
● Nervos Anestesiados:

1. Alveolar inferior
2. Incisivo
3. Mentual
4. Lingual
5. Milo-hióideo
BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA
FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI
Áreas Anestesiadas:
1. Dentes mandibulares até a linha média

2. Corpo da mandíbula e parte inferior do ramo


mandibular

3. Mucoperiósteo e membrana mucosa bucais


anteriores ao forame mentual

4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da


cavidade oral (nervo lingual)

5. Tecidos moles e periósteo linguais (nervo


lingual)
BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA
FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI
BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA
FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI
BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA
FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI

● Vantagens
1. Relativamente atraumático
2. Pacientes não precisam ser capazes de abrir a
boca

Você também pode gostar