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Vitória Marques Calazans

Fundição, Usinagem e Polimento em ppr

Acrilização da ppr

Teófilo Otoni
2021
Fundição, Usinagem e Polimento em ppr

O processo de fundição é definido como o conjunto de atividades requeridas para dar


forma aos materiais por meio da sua fusão, consequente liquefação e seu escoamento
ou vazamento para moldes adequados e posterior solidificação. Há vários tipos de
equipamentos para fundição no mercado, todos tendo em comum o objetivo de fazer
com que a liga fundida preencha por completo a cavidade existente no molde.

Procedimentos

▪ Colocar o cilindro de revestimento no forno à temperatura ambiente, com o


cadinho;
▪ Elevar a temperatura do forno:

0 a 400ºC 60’ médio

400 a 900ºC 45’ máximo

▪ Armar a centrífuga (mínimo de três voltas);


▪ Posição do anel na centrifuga;
▪ Posicionar o cadinho e o metal na centrífuga;
▪ Ativar o maçarico;
▪ Fundir a liga com movimentos (pequenos e circulares) do maçarico;
▪ Disparar a centrifuga (ato contínuo);
▪ Deixar o anel esfriar lentamente (TTE);
▪ Desincluir o cilindro de revestimento;
▪ Limpar peça com jateamento de areia.
A usinagem e acabamento da peça fundida (PPR) deve ser feita com todo o cuidado
(ajustando-se constantemente a armação no modelo).

Procedimentos

▪ Cortar os canais de alimentação com disco de carburundum;


▪ Remover rebarbas, limpar a PPR por dentro e alisar os grampos e conectores
com pedra montada (cinza, rosa, branca);
▪ Alisar toda a PPR com pontas e discos de borracha, sempre de forma plana e
controlando a peça firmemente;
▪ Passar pastas de polimento e feltro para um alto brilho;
▪ Lavar com água e sabão, e escova de dente.

Utiliza-se o polimento eletrolítico visando às partes que estarão em contato com os


tecidos bucais. Esse tipo de polimento é realizado antes do polimento com abrasivo
(borracha). As ligas de cromo-cobalto caracterizam-se por uma dureza bastante grande,
exigindo para seu acabamento não apenas abrasivos muito duros, como também tornos
de alta velocidade de rotação.
Acrilização da ppr

▪ Inclusão em mufla

Inicialmente devemos fixar com cera a PPR no modelo de trabalho para que não haja
perigo de movimentação durante a inclusão. O recipiente metálico para tal,
denominado mufla, possui três partes: base, contramufla e tampa que deverão estar
perfeitamente adaptadas entre si. Os dentes do modelo são recortados de modo que
fiquem expulsivos, facilitando a inclusão e desinclusão. Verificamos se o modelo com a
prótese é compatível com a área interna da mufla, tomando também o cuidado de
isolarmos os grampos da PPR com fita crepe e as partes internas da mufla com uma
discreta camada de vaselina em pasta.

Manipulamos o gesso comum, vertendo até ocupar a metade da área interna da base
da mufla, centralizando o modelo. Isso feito, retiramos a contramufla e completamos a
base da mufla com gesso até a borda do modelo, tendo o devido cuidado para não
invadir a cera e os grampos. O gesso comum deve ficar bem liso e sem retenções. Nas
regiões onde o modelo e os grampos oferecem retenções, para maior segurança,
recomendamos recobrir a área com uma leve camada de cera fundida o que facilitará
em muito a demuflagem, sem o perigo de fratura.

Após a presa do gesso da base, devemos passar sobre a cera e os dentes um quebra de
tensão superficial (álcool) para a remoção de resíduos orgânicos. A seguir, isolamos todo
o gesso visível com isolante.

▪ B) Confecção da muralha de silicona ou gesso

A finalidade dessa muralha é proteger os dentes de possíveis deslocamentos no ato da


prensagem. A silicona ou gesso pedra deve ser aplicados aos dentes de forma que estes
sejam recobertos por vestibular e lingual; e parcialmente na oclusal, deixando apenas
as pontas das cúspides e as incisais visíveis.
Com gesso pedra recobrimos a muralha aumentando sua resistência, evitando assim
alteração na posição dos dentes no momento da prensagem. Após a confecção da
muralha, adaptamos a contramufla sobre a base, completando-a com uma mistura em
partes iguais de gesso comum e gesso pedra, tampando-a a seguir. Nessa fase devemos
colocar um peso sobre a mufla ou usar prensa hidráulica, observando a adaptação das
bordas metálicas e o extravasamento do gesso, indicando que o espaço interno foi
preenchido corretamente. Aguardamos no mínimo uma hora para a presa do gesso e
remoçào da cera.

▪ C) Demuflagem para remoção da cera

A Demuflagem será feita deixando a mufla por 5 minutos em água fervente, sendo
aberta para a remoção da cera. Após retirar todo resíduo com algodão embebido em
removedor, a peça é isolada ainda quente. Quando o isolamento estiver seco, devemos
fazer retenções com broca esférica nº 3 para melhorar a fixação dos dentes ao acrílico
da base da prótese.

▪ D) Preparo e prensagem da resina acrílica. Sistema de caracterização.

Existem várias técnicas de prensagem e caracterização gengival. Mostraremos a mais


conhecida e usada. Para conseguirmos os efeitos na caracterização da gengiva, deverão
ser aplicadas três camadas de resina na vestibular da prótese, de acordo com a indicação
da escala e a correspondente folha do livreto de orientação. A quantidade de resina é
proporcional à espessura vestibular da prótese. A deposição do pó é feita a partir da
linha mediana até a região posterior.

Terminada a terceira camada, devemos umedecer e pulverizar com polímero


correspondente a nuvem final ou a cor de maior predominância evitando o
ressecamento da resina, enquanto se trabalha no outro hemiarco. Ainda nessa fase,
colocamos um papel celofane sobre a camada pulverizada fechando a mufla para a
verificação da vestibular da prótese. Ao abrir a mufla, verificamos se houve ou não o
toque do modelo na camada de resina. Caso tenha havido, essa irá se movimentar.
Retiramos então o excesso e pulverizamos nova nuvem de pó. Após a aplicação das três
camadas observamos então sem resina, a metade da cervical interna dos dentes.
Manipulamos a resina incolor que ao atingir a fase pegajosa é transportada para a
contramufla. Fechamos a mufla e colocamos entre placas de polimerização GetomR
(com quatro parafusos) aguardando a fase plástica que é a adequada para a prensagem.
Com discreto aperto, avaliamos o excesso que sai de dentro da mufla, apertando entre
os dedos, verificando se este não adere (fase plástica da resina). Todo o conjunto é então
levado à prensa hidráulica para a prensagem lenta e definitiva com pressão constante
de 1250kgf para total escoamento da resina sem danificação da mufla. Após 12 horas,
com uma chave sextavada, apertamos os quatro parafusos das placas metálicas e só
depois afrouxamos a prensa hidráulica. Com isso, temos certeza que a mufla não sofrerá
expansão de polimerização.

Existem vários ciclos de polimerização. O importante é observarmos a relação da


espessura da prótese com a velocidade do aquecimento. Quanto maior a espessura da
resina, mais tempo devemos deixá-la em baixa temperatura. O processo de
polimerização deve ser lento para que o monômero da resina ativada termicamente
tenha tempo para se combinar totalmente com o polímero. Comumente, devemos
deixar a mufla mergulhada em água à 70ºC por oito horas. Podemos usar a técnica
termopneumo-hidráulica, cuja coção é feita em uma polimerizadora elétrica.

▪ E) Desmuflagem da prótese polimerizada e acabamento

A desmufagem será feita retirando-se primeiro a tampa da mufla. Em seguida


removemos a contramufla e com tesoura para gesso e martelo com cabeça plástica
removemos o gesso de preenchimento até atingirmos a muralha que será removida em
seguida. Iniciamos agora a parte mais delicada da desinclusão. Recomendamos o uso de
um martelete pneumático, retirando-se primeiro o gesso da base da mufla e em seguida
do modelo. Se algum resíduo permanecer aderido, a prótese poderá ser mergulhada em
uma solução de citrato de sódio à 15% por 2 horas.

O acabamento deverá ser iniciado desgastando-se com brocas as rebarbas nas bordas
da prótese, respeitando a espessura da região do sulco gengivo geniano e labial. Com
mandril e tiras de lixa fina (120 e 180grana) toda prótese é aliviada removendo as
asperezas que muitas vezes são deixadas pelas microporosidades do gesso.

A seguir, polimos a prótese tomando cuidado de isolarmos os grampos com fita crepe,
sequencialmente com: roda de flanela com pedra pomes, escova nº10 com pedra pomes
e para o brilho final, roda de camurça com pasta universal no sentido horizontal e
vertical alternadamente. Após o polimento, a prótese é lavada com sabão neutro e água
corrente para remoção dos resíduos de pedra pomes que tenham porventura ficado nas
papilas interdentais. Como opção para melhorar ainda mais a limpeza, a prótese poderá
ser colocada no aparelho ultra-som

Finalizando, a peça é seca e sobre sua superfície é aplicada uma leve camada de vaselina
líquida. Sua finalidade é de proteger a prótese do ressecamento até que chegue o
momento da instalação na boca do paciente. Caso não seja aplicada a vaselina, devemos
conservá-la imersa em água.

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