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Reabilitação Oral – AV2:

Planejamento em clínica integrada:

✓ Facilitar o diálogo com o paciente sobre diferentes opções terapêuticas;


✓ Possibilitar a programação do tempo clínico e do número de sessões;
✓ Viabilizar a continuidade do tratamento por profissionais de outras especialidades, se
necessário;

• FASE 1:
Resolução das urgências – dor, infecção, traumatismos e estética
Adequação do meio bucal – controle de placa, periodontia básica, controle de dieta,
seamento de fóssulas, fissuras e lesões ativas de cáries, uso de fluoretos
Avaliação do nível de saúde – análise de resultados obtidos
Planejamento periodontal – raspagem, alisamento, polimento coronorradicular e
cirurgias periodontais
Planejamento cirúrgico – exodontias, cirurgias de rebordo, frenectomias e etc
Planejamento endodôntico – cirurgias paraendodônticas, pulpectomia
Planejamento oclusal – Restabelecimento das relações maxilomandibulares
Avaliação do nível de saúde – análise dos resultados obtidos

• FASE 2:
Planejamento da reabilitação dos elementos dentários – restaurações plásticas e
próteses unitárias
Planejamento ortodôntico – pequenas movimentações dentárias
Planejamento da reabilitação da oclusão – próteses fixas, removíveis e totais
Avaliação do nível de saúde – análise dos resultados obtidos

• FASE 3:
Manutenção – consultas periódicas, exames clínicos e complementares, controle de
higiene e profilaxia.

Resumindo...:

Fase 1 – eliminação e controle de doenças bucais, preservação da relação dos dentes e


da saúde dos tecidos orais

Fase 2 – Restauração ou substituição estética e funcional

Fase 3- Manutenção e controle do tratamento realizado.

- O planejamento de próteses temporárias removíveis ou fixas unitárias ou múltiplas


podem auxiliar no controle e tratamento de doenças do periodonto.
PLANEJAMENTO EM PPR:

• Dentomucossuportada – apoiada parcialmente pelos tecidos do rebordo alveolar e


dentes permanentes.
• Dentossuportada – totalmente apoiada nos dentes remanescentes.

✓ Reestabelecer o equilíbrio do sistema mastigatório;


✓ Aumentar a área oclusal do sistema mastigatório;
✓ Restaurar o plano oclusal;
✓ Evitar movimentos dentários;
✓ Proporcionar uma estética agradável;

INDICAÇÕES:

• Falta de suporte para PF;


• Espaços protéticos grandes ou múltiplos, intercalares ou onde os dentes pilares não
estão bem implantados;
• Pacientes com espaços anteriores apresentando grande perda óssea e impossibilidade
da realização de enxerto para a correção de defeito ósseo;
• Favorável economicamente.

CONTRAINDICAÇÕES:

• Alto índice de placa bacteriana;


• Redução do fluxo salivar;
• Doença periodontal grave;
• Saúde extremamente abalada;
• Doenças convulsivas;
• Doenças mentais.

CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY:

- Classe I: desdentado posterior bilateral

- Classe II: desdentado posterior unilateral

- Classe III: desdentado intercalar

- Classe IV: desdentado anterior, cruzando a linha média

• Modificação: número de espaços fora o espaço característico da classificação.

A PPR substitui tecidos e estruturas faltantes – repõe parcialmente essas estruturas e pode ser
removida.

Rotação – movimento de um corpo em torno de um dos seus eixos;

Translação – movimento de deslizamento de todas as partes de um corpo

Esses dois movimentos podem acontecer simultaneamente em 3 planos: horizontal, frontal e


sagital.
ELEMENTOS DA PPR:

Retentores diretos – ficam próximos ao espaço protético – retenção da prótese.

- Resistir ao deslocamento cervico-oclusal que a prótese possa vir a sofrer.

• Extracoronários:
Grampo – circunferencial ou de ponta
- Regiões do grampo: braço de oposição (geralmente para lingual) com ext. quadrada
Apoio (em oclusal, cíngulo...)
Braço de retenção (em vestibular) com extremidade pontiaguda
A ponta do braço de retenção deve ser abaixo do equador proté-
tico.
Conector menor.

• Intracoronários:
Encaixe – faz um preparo na coroa para receber um encaixe que vai estar conectado
com outro encaixe, sendo o Macho-fêmea, que proporciona uma retenção maior do a
apresentada pelo grampo.
São mais estéticos, porém desgastam mais estrutura dentária.

Retentores indiretos – ficam distantes do espaço protético – impedem movimentos


rotacionais.

• Apoio: quando temos extremidade livre bilateral, é mais fácil de acontecer


movimentos rotacionais. Os retentores (localizados próximos ao espaço protético)
formam uma linha de fulcro, então para saber onde colocar o retentor indireto, é
traçada uma linha perpendicular à linha de fulcro, na extremidade dessa linha será
colocado o retentor indireto.

Retentor indireto

Retentor direto
Retentor direto

Linha de fulcro
Conector maior: responsável por unir os dois arcos e deve ser rígido para distribuir as
forças que chegam na prótese.

Conector menor: responsável por unir as outras estruturas ao conector maior.

Conector menor

Conector maior

Sela: grade metálica que irá receber os dentes artificiais.

Dentes artificiais: estética e funcionalidade (mastigação, fonação...).

✓ GRAMPOS CIRCUNFERENCIAIS:

- Resistem aos movimentos cérvico-oclusais;

- Orientam a inserção da prótese;

- Garantem suporte (devido o grampo circunferencial ter apoio na sua estrutura) e


estabilidade;

• Grampo simples:
Classe III – dento-suportada – apoio voltado para o espaço protético e,
consequentemente, os braços do grampo ficam contra o espaço protético.

Ele é contra-indicado em casos de extremidade livre, como em classe I e II (usar


grampo por ação de ponta).
• Grampo reverso:
Para dentes posteriores com coroa curta e dentes inclinados.

• Grampo geminado:
Usados em espaços protéticos extensos
Em classe II e III sem modificação para retenção indireta (lado oposto ao protético).

• Grampo Half-half:
Molares e pré-molares localizados no meio de dois espaços protéticos.
• Grampo em anel:
Um conector menor e um apoio: molares e pré-molares posteriores ao espaço
protético.

Um conector menor e dois apoios: molares e pré-molares entre dois espaços


protéticos.
Dois conectores menores e dois apoios: molares e pré-molares entre dois espaços
protéticos.

• Grampo contínuo de Kennedy:


Para classe I e II e dentes com mobilidade.
• Grampo MDL:
Classe III e IV, principalmente em dentes anteriores.

✓ GRAMPOS POR AÇÃO DE PONTA:

- Retenção direta – impedindo movimentos cérvico-oclusais

- Braço de retenção emerge da sela, diferente dos circunferenciais.

- Braço de retenção NÃO cruza o equador protético.

- Para arcos dentomucossuportados ou dentossuportados

- Em casos de extremidades livres

- Estética!

Componentes:

- Braço retentor

- Braço de oposição/reciprocidade

- Apoio oclusal
• Grampo T:
Extensão mésio-distal
Indicado para pré-molares, caninos e incisivos (inferiores).
Coroas curtas e em classe I e II.

• Grampo U:
Indicado para molares e pré-molares inferiores, com coroas curtas e em arcos de
extremidade livre.

• Grampo L:
Indicado para pré-molares e caninos superiores e em extremidades livres.
• Grampo I:
Boa retenção, porém menor do que a do grampo T.
Indicados para pré-molares, caninos e incisivos (inferiores) e em extremidades livres.

• Grampo C:
Único grampo de ação de ponta que ultrapassa o equador protético.
Indicado para molares e pré-molares em que a ponta de retenção fique do mesmo lado
do espaço protético em extremidades livres.

CONECTOR MAIOR – MANDÍBULA:

• Barra lingual: UNIVERSAL!


Próxima ao assoalho bucal – respeitar estruturas móveis
Ter distância da gengiva marginal livre – 3 a 4 mm.
Alívio – manter um espaço entre a gengiva e o conector.
• Chapeado lingual:
Recobre desde o cíngulo e além da gengiva marginal.
Sua localização é mais alta se comparada com a barra lingual.
Realizar alívio em gengiva marginal e nas AMEIAS, por ter contato interdental.

Indicado quando não há espaço para barra lingual e quando o paciente tem tórus
mandibular.
- Quando a musculatura tem inserção mais alta e quando a altura do rebordo é muito
pequena.

• Barra sublingual:
Se localiza no sulco lingual, abaixo da barra lingual.
Anatômico com a língua.
Indicada quando o rebordo é reduzido.

CONECTOR MAIOR – MAXILA

• Função – unir os elementos da PPR;


• Suporte – pelo contato com a fibromucosa (em maxila, no caso);
• Retenção direta;
• Retenção indireta – função auxiliar.
• Estabilidade.

Deve ser rígido – cumpre melhor os princípios biomecânicos e distribuição de forças,


preservando as estruturas dentais.

- Não há necessidade de alívio em maxila – precisa ter contato com o palato duro.

- Distância de 4 a 6 mm do conector maior para a gengiva marginal livre.


• Barra palatina:
Mais espessa – rigidez melhor.
Confecção mais fácil, mas não possui uma rigidez tão adequada
Indicada em espaço protético menor, em classe III e IV com espaços pequenos.

• Recobrimento parcial:
Recobre parcialmente o palato.
Pode ser anterior, médio ou posterior.
Eles são mais largos e mais finos do que a barra palatina
Oferece boa rigidez
Indicado para todas as classes de Kennedy, com espaço protético pequeno ou médio.

• Recobrimento total:
Recobre todo o palato.
Pode ser de metal ou resina acrílica.
Indicado para espaços protéticos maiores e oferece maior rigidez.
• Dupla barra:
Duas barras com espaço livre no centro.
Excelente rigidez.
Uso universal.

ANATOMIA DENTAL – ACESSO:

• Área de eleição – ponto escolhido para iniciar o desgaste do dente.


• Direção de trepanação – direção que se coloca a broca no dente para evitar
perfuração.
• Forma de contorno – forma de acesso que se dá ao dente para remover interferências
e expor a polpa.
• Forma de conveniência – dar conformidade à cavidade pulpar para facilitar o acesso
dos instrumentos endodônticos aos canais radiculares.
Dente: P. Eleição D. Trepanação Forma de cont. Forma de conv.
Incisivo superior Próximo ao Perpendicular Triangular com Regularização e
cíngulo ao longo eixo base para alisamento das
do dente incisal paredes
Canino superior Próximo ao Perpendicular Triangular com Regularização e
cíngulo ao longo eixo base para alisamento das
do dente incisal paredes
Pré-molar sup. Área central da Paralela ao Cônico-ovoide Ajuste do
região oclusal longo eixo do achatado em contorno e
dente região M-D desg.
Compensatório
Molar superior Área central da Paralela ao Triangular com Atenção para o
região oclusal longo eixo do base voltada 1° molar – 4
dente para vestibular canais
Incisivo inferior Próximo ao Perpendicular Triangular com Regularização e
cíngulo ao longo eixo base voltada alisamento das
do dente para incisal paredes
Canino inferior Próximo ao Perpendicular Triangular com Regularização e
cíngulo ao longo eixo base voltada alisamento das
do dente para incisal paredes
Pré-molar inferior Área central da Paralela ao Cônico-ovoide Ajuste do
região oclusal longo eixo do com maior contorno e
com leve dente dimensão em possa ser que
inclinação para sentido exija uma maior
mesial vestíbulo- abertura em
lingual razão de 2 ou 3
canais
Molar inferior Área central da Paralela ao Triangular com Exploração da
região oclusal longo eixo do base para entrada dos
dente mesial canais e
desgaste
compensatório

CÂNCER BUCAL:

• Homens tendem a ser mais acometidos do que mulheres e o risco aumenta com a
idade;
• A causa é multifatorial;
• Fatores extrínsecos: luz solar, tabaco com fumaça, álcool, sífilis, traumatismo crônico;
• Fatores intrínsecos: estados sistêmicos ou generalizados (anemia, desnutrição...)
✓ Carcinoma de células escamosas:
Álcool e tabaco são os principais fatores de risco;
Existe predisposição genética;
Comum em: língua
Menos comum em: assoalho
Caracterizado histopatologicamente por ilhas e cordões invasivos de células
escamosas epiteliais malignas.

- Lesões pouco elevadas, bordas irregulares, indolores, firme à palpação,


sangramento e pode ser ulcero-vegetativa ou ulcero-infiltrativa.

- Sintomas: inicialmente assintomática, depois ocorre dor de ouvido,


sangramento, mobilidade dental, dificuldade para engolir e etc.

✓ Carcinoma do vermelhão do lábio:


90% das lesões em lábio inferior;
Associado à exposição solar;
Lesão prévia – queilose actínica;
Ulceração endurecida, indolor e com crescimento lento;
Metástase tardia – se estende para o interior da mandíbula;
É tratado pela excisão cirúrgica, tipicamente uma ressecção em cunha e
radioterapia.

✓ Carcinoma intra-oral:
Comum em língua em superfície lateral posterior e ventral;
Comum em homens no assoalho;
Pode aparecer em palato mole, gengiva, mucosa jugal, mucosa labial e palato
duro;

✓ Carcinoma orofaríngeo:
Diagnóstico tardio;
Tumores maiores e mais chances de metástase;
Em palato mole e orofaringe;
Origina-se da área amigdaliano ou do palato mole;
Dor e disfagia;
Metástase à distância em fígado e pulmão;

✓ Carcinoma Verrucoso:
Variante de baixo grau do carcinoma de células escamosas;
Representa menos de 10% de todos os carcinomas de células escamosas;
Predominantemente em homens com mais de 50 anos;
Comum em: mucosa oral incluem o fundo do vestíbulo inferior, gengiva,
mucosa jugal, língua e palato duro;
Lesões comuns apresentam grau de displasia (sabemos através de biópsia):

• Leucoplasias

Diagnóstico através de biópsia e histopatológico;


Mancha ou placa branca que não pode ser caracterizada como outra doença;
Coloração: espessamento da camada superficial de ceratina (hiperceratose) ou
espessamento da camada espinhosa (acantose);
Lesão pré-cancerosa mais comum;
Pessoas acima de 40 anos, homens;

Manifestações clínicas:
- Leucoplasia fina ou branca – raramente apresenta displasia
- Leucoplasia espessa ou homogênea
- Leucoplasia nodular – elevação maior do que placa
- Leucoplasia verrucosa – elevação bem maior com grau elevado de displasia
- Leucoplasia verrucosa proliferativa – alto risco de formar carcinoma verrucoso ou
carcinoma de células escamosas

• Eritroplasias

Mancha ou placa vermelha;


Comum em pessoas acima de 40 anos;
Chance maior da mancha se transformar em câncer;
Geralmente assintomática e pode ser associada a uma leucoplasia adjacente;
Displasia (aumento celular exagerado) severa, carcinoma in situ ou carcinoma de
células escamosas superficialmente invasivo;
Ausência de produção de ceratina;

• Queilose actínica

Lesão potencialmente maligna associada a exposição dos raios UV;


Ocorre no lábio inferior;
Indivíduos que trabalham ao ar livre, mais comum em homens leucodermas;
Alterações irreversíveis;
Bálsamos para lábios com bloqueadores solares para prevenir danos maiores;

• Líquen plano (autoimune, esbranquiçada, associada com o surgimento do câncer)

Lesão cancerizável: tecido morfologicamente alterado, que apresenta risco aumentado de


transformação maligna;

Condição cancerizável: através da genética;

Biópsia – procedimento que colhe uma pequena amostra de tecido ou células para estudo em
laboratório.
✓ Incisional: retirada parcial de lesão para obter diagnóstico definitivo. Feita em
lesões grandes, remover de mais de uma área.
✓ Excisional: remoção completa da lesão. Feita em lesões menores ou
circunscritas.

PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA:

- Analgésico:

Dipirona (500 mg) – 1 comprimido de 6/6h por 3 dias

Paracetamol (750 mg) – 1 comprimido de 4/4h por 3 dias

Paracetamol (500 mg) + codeína opioide (30 mg) – 1 comprimido de 4/4h por 2 dias

- Anti-inflamatório:

Diclofenaco potássico (50 mg) – 1 comprimido de 8/8h por 5 dias (AINE)

Ibuprofeno (600 mg) – 1 comprimido de 8/8h por 5 dias (AINE)

Nimesulida (100 mg) – 1 comprimido de 12/12h por 5 dias (AINE)

Dexametasona (4 mg) – 1 comprimido de 6/6h por 3 dias (Corticoide)

- Antibiótico:

Amoxicilina (500 mg) – 1 comprimido de 8/8h por 5 a 7 dias

Azitromicina (500 mg) – 1 comprimido de 24/24h por 5 dias

- Profilaxia antibiótica:

Amoxicilina (2g) – 1h antes

Clindamicina (600 mg) – 1h antes

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