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INTRODUÇÃO
- PPR DENTOSSUPORTADAS:
Quando a força mastigatória é transmitida ao osso alveolar apenas através dos dentes
remanescentes. Essa transmissão é realizada pelas fibras do LP desses elementos, sendo
absorvida pelo osso alveolar através de estímulos de tração considerados biologicamente
saudáveis para manutenção da sua integridade biológica. Os dentes remanescentes,
selecionados como elementos de suporte, retenção e estabilidade, são denominados “dentes
pilares”. O espaço que constitui a área edêntula é chamada de rebordo residual, que
basicamente, é formada pelo remanescente do processo alveolar e pela mucosa que o
reveste.
- PPR DENTOMUCOSSUPORTADAS:
Quando a força mastigatória que incide sobre os dentes artificiais é transmitida ao osso
alveolar, tanto pelos dentes pilares, como pela mucosa que reveste o rebordo residual. A
transmissão da força mastigatória para o osso alveolar, realiza-se através de dois elementos
com características biológicas diferentes: as fibras do LP, que transmitem força de tração ao
osso alveolar, e o tecido mucoso, na região edentula, que transfere força compressiva ao osso
alveolar tecidual.
- INDICAÇÕES: É a prótese de indicação mais abrangente de todas as próteses.
1. Ausência de pilar posterior/extremidades livres (uni ou bilateral, suporte dental e
mucoso);
2. Espaço edêntulo extenso ou múltiplo;
3. Perda óssea extensa, principalmente na região antero-superior (se o paciente não
optar por enxerto, usa gengiva artificial);
4. Prótese imediata (pessoas com mais idade com problemas periodontais e quando faz
a exodontia, já instala a prótese provisória. Antes da cirurgia, faz a moldagem);
5. Prótese temporária (o paciente desdentado perde a DVO, então a prótese
temporária vai gradativamente recuperando a dimensão, antes de colocar a prótese
definitiva);
6. Pacientes com fissuras palatinas e fator de ordem econômica;
7. Grandes espaços protéticos;
8. Quando há sustentação periodontal reduzida (meia idade e idosos, PPF muitos
pilares – não precisa seguir a lei de ante, estabilização cruzada;
9. Quando tem colapso oclusal e ferulização, que ajuda na sustentação de dentes que
não estão saudáveis, através da prótese).
FERULIZAR: ato de
imobilizar e estabilizar
dentes com mobilidade
- CONTRAINDICAÇÕES:
1. Doença periodontal (higiene precária); 3.Debilidade mental, limitações motoras
(Síndrome de Parkinson).
+
Encaixe na estrutura metálica – macho (retenção intracoronária, diferente da
retenção com grampo, que é extracoronária)
- O que é planejamento MTP?
Moldagem-Telefone-Protético.
A gente não quer esse tipo de planejamento, pois delega a função de planejamento para o
protético.
EXAME CLÍNICO
2. Exame físico:
Visual, inspeção/exploração, percussão, palpação, auscultação.
Exame extraoral:
-Simetria (linha média e linha do sorriso)
-Dimensão vertical (reabilitações extensas – verificar a DV, através da técnica de willis
- DVO=DVR-EFL (3mm) e técnica fisiológica – o terço inferior, deve ser a DVR).
-Suporte labial (comissura, queilite angular, por causa do acumulo de saliva na
comissura).
-Fazer a reabilitação, na maioria das vezes, em MIH (condições mais usadas para
PPR).E reabilitação em relação cêntrica, quando tiver desconforto neuromuscular
(manipulação do côndilo da mandíbula, fisiológico).
-Avaliar ATM (limitações e tensões), músculos (masseter, temporal) e hábitos
parafuncionais (modificação do plano de tratamento, se necessário usar placas
miorrelaxantes, laserterapia).
Exame intraoral:
-Tecidos moles: Lábio e mucosa jugal; Saliva (consistência viscosa ou serosa, volume,
se há xerostomia ou hipossalivação); Língua (macroglossia, neoplasias); Assoalho
(glândulas sublinguais).
TIPOS:
Sentido vestíbulo-lingual:
+ Vantajosos:
-Normal (altura=largura); -Alto (altura>largura)
(Levam a uma força bem direcionada e
fornecem mais estabilidade
(impedem a movimentação lateral).
Desvantajosos:
-Reabsorvido (altura<largura); -Estrangulado; -Em lâmina de faca
(Reabsorvido (base muito maior, não tem suporte principal, só secundário),
Estrangulado (não fica justaposto, pode fraturar a crista por ser fino demais) e em
lâmina de faca (a ponta é muito fina).
Sentido antero-posterior:
- Horizontal;
- Descendente distal;
- Ascendente distal.
- Fibromucosa:
Dura/aderente (a carga mastigatória não é distribuída na mucosa, podendo se tornar
sintomática e dolorosa);
Flácida (precisa de mais atenção, pois a base, que são os dentes e gengivas artificias,
tendem a fazer um efeito alavanca nos dentes que suportam o grampo da prótese);
Compressiva/resiliente (a melhor, ela deforma e depois retorna).
(A flácida é difícil de reter, a dura você não consegue absorver o impacto. O ideal é a
fibromucosa compressiva (absorve minimamente as forças e consegue reter).
-Dentes:
– suporte ósseo, recessão gengival (pilares), restaurações e cáries. Número, posição e
inclinação são fatores importantes. Também analisar a distância do assoalho e
mobilidade dos dentes. E finalmente, a oclusão desses dentes.
- Qual a importância da saliva para prótese?
Protege a mucosa do trauma e a película de saliva, ajuda na adesão. Uma saliva muito
fluida, não ajuda na adesão.
- Exame radiográfico?
Extraoral: Panorâmica (é a principal, pois dá uma visão geral, como está o rebordo, perda
dental remanescente, visão geral dos pilares que vão receber a prótese).
Intraoral: os dentes que vão ser pilares, também precisam receber radiografia periapical
(proporção coroa/raiz, alterações periapicais, cáries, restos radiculares).
- E depois de tudo?
Diante de todos os exames, fazemos o diagnostico protético, vamos a discussão das
possibilidades com o paciente, levantando as vantagens e desvantagens das opões de
tratamento e definição do plano de tratamento. A tomada de decisão é compartilhada.
PREPARO DE BOCA
Impedir ou redirecionar forças adversas que possam incidir sobre os suportes e sobre o
periodonto de sustentação, trazendo uma PPR mais confortável e duradoura.
- Tipos?
Tipo I- FASE CURATIVA: Intervenções para reestabelecer as condições de saúde dos dentes
remanescentes e tecidos conexos.
Mod. 1: Além de edêntulo unilateral com Dente Pilar posterior, apresenta uma falha
intercalada nos outros segmentos. Essa falha pode ser posterior ou anterior.
Mod. 2: Além de edêntulo unilateral com Dente Pilar posterior,
apresenta duas falhas intercaladas nos outros segmentos.
Essas falhas podem ser apenas posteriores ou posteriores e
anteriores.
- Classe IV:
Desdentado anterior, com comprometimento de linha média
(Precisa ter perdido no mínimo os dois IC para ser considerado
classe IV)
-> Essa classe não apresenta modificações.
- Regras de APPLEGATE:
-A classificação deve ser posterior à preparação da boca.
-As regiões desdentadas adicionais são denominadas modificações e designadas quanto ao
número.
-A determinação da modificação de certa classe depende unicamente do número de
regiões desdentadas secundárias. Independente, pois, da extensão dessas regiões, ou do
número de dentes ausentes.
-Áreas desdentadas mais posteriores determinam a classificação.
-Se o terceiro molar estiver ausente, não se deve levar em consideração essa região
desdentada durante a classificação.
-Se o terceiro molar estiver presente, a sua utilização pode servir de dente pilar e deverá ser
levado em consideração ao se classificar o caso.
-Se o segundo molar estiver ausente e não for prevista a sua reposição protética, não
deverá ser levado em consideração ao se classificar o arco (até o 1ºM continua com a
mesma eficiência mastigatória e não atrapalha a estética).
Sequência de preparo:
-Equador dental
-Confecção de descanso/nicho sobre o cíngulo
-Confecção de nichos.
-Número;
-Extensão;
-Posição do arco – EL (biomecânica da prótese)
Fluorterapia: feito em pacientes que, após o desgaste, sente sensibilidade.
Delineamento:
-Para conferir melhor estabilidade a resina deve se estender por vestibular, mas sem
ultrapassar o equador protético;
• esmalte;
• restauração;
• coroas.
Posição coronária:
• extracoronais;
DELINEADORES
- O que é delineador?
O delineador, também chamado de tangenciômetro ou paralelômetro, é o principal
instrumento usado para elaborar um planejamento com bases cientificas e obtermos uma
PPR que respeite os princípios biomecânicos.
- O que ele permite?
Permite o estudo e o desenho da prótese, promovendo retenção, estabilidade, suporte
(princípios biomecânicos) e estética adequados.
“Não existe planejamento sem a utilização do delineador”. O delineador é um instrumento
essencial ao planejamento, uma vez que apenas com ele é possível determinar o eixo de
inserção da PPR, visualizar e calibrar as áreas retentivas, como também as áreas de
interferências.
- O que é eixo de inserção ou trajetória de inserção?
É o caminho que a prótese executa desde o primeiro contato de suas partes rígidas com os
dentes de suporte, até o seu assentamento final.
- O que é calibração das áreas retentivas?
Fornecer uma retenção ideal e equilibrada para todos os dentes.
- O que é delinear?
É o procedimento utilizado para estudar o paralelismo relativo entre as superfícies dentais,
os dentes entre si e os dentes com o rebordo ósseo a ser utilizado como suporte.
- Qual objetivo principal do delineamento?
Selecionar uma trajetória de inserção da prótese que haja o mínimo de interferências em
dentes (retentores) e rebordo, promovendo assim uma retenção balanceada, com forças
distribuídas e favoráveis, tanto para a prótese, quanto para os tecidos de suporte.
- Migrações dentárias do desdentado? O que isso causa?
Giroversões, extrusões, mesializaçõe e distalizações.
Por conta disso, modificações dos contornos dentários em todos os pacientes que serão
reabilitados com PPR, são imprescindíveis.
- Qual o princípio matemático dos delineadores?
Também chamado de método de Roach. Método mais fácil, mais utilizado, porém o mais
empírico. Baseado no princípio de que três pontos formam um plano. O objetivo desse
método é tornar o plano oclusal perpendicular a trajetória de inserção (haste móvel).
Primeiro, vamos pegar o modelo, fixar na platina, apertar para ficar firme. Escolher um
plano, o mais paralelo ao solo e achar o plano dos 3 pontos, um triangulo equilátero, dois
pontos posteriores e um anterior.
Arco inferior: Ponto anterior – borda incisal entre os IC.
Pontos posteriores – crista marginal mesial ou fosseta mesial dos 1M e 2M (direito e
esquerdo).
Arco superior: Ponto anterior – entre os IC, no terço incisal;
Pontos posteriores – Fossetas mesiais dos 1M e 2M (direito e esquerdo).
Quando não tem os elementos posteriores ou anteriores, simula com um bloquinho de cera
utilidade (a altura do cubo deve ser igual a altura dos remanescentes).
Eu vou deslizar a platina, para a ponta analisadora, tocar no ponto anterior e nos
posteriores. Quando a ponta analisadora tocar nos 3 pontos na mesma altura, encontramos
o plano.
Vamos determinar o EIXO DE INSERÇÃO e remoção da PPR, com o seguinte passo a passo
(cai em prova):
2.TÉCNICA DA TENTATIVA/APPLEGATE
Seletivo de applegate. É o método mais científico, pois baseia-se no equilíbrio das retenções,
nos planos guias, nas interferências e na estética. Das inúmeras inclinações que se pode
determinar, o modelo deve-se selecionar o mais favorável. O melhor posicionamento será
aquele que apresentar maiores vantagens de paralelismo (menor desgaste de planos guia),
maior retenção, melhor estético (principalmente anteriores) e menor interferência com o
rebordo. Em alguns casos, onde o desgaste e planos guia base acentuado, correndo risco de
atingir a dentina, esta técnica é mais apropriada.
Fixa o modelo na platina e apertar, também. Fixar de maneira mais paralela possível –
OCLUSAL – PARALELA AO SOLO.
1. (P – planos guias) Determinação dos planos guias – diferente da técnica dos 3 pontos,
que começa com o plano de inserção. Inclina o modelo na platina. Achamos esses planos
guias nas proximais dos dentes pilares, com faquinha ou cinzel. Achar uma posição com
maior número de paralelismo dos dentes possíveis (terço médio-incisal/oclusal).
Faces: interproximal e lingual/palatina.
Faquinha/cinzel → tocar o maior número de faces do
dente
Caso haja área de retenção, se desgasta (cinzel/faca) e
confecciona o plano guia →
Planos guias: Selecionar a trajetória de inserção que proporcionem planos guias efetivos na
estabilização do dente e da prótese (terço médio-incisal/oclusal). Determina com auxílio da
faca se há plano guia: se o dispositivo da faca está paralelo a superfície proximal do espaço
protético. Caso esse plano guia não tenha sido obtido, faz-se necessário movimentação
anteroposterior do modelo da platina (lembrar que as linhas perpendiculares a um plano guia
são sempre paralelas entre si). Na técnica das tentativas, acha o plano de inserção por último.
Tem que achar o equilíbrio dos planos guias nas superfícies proximais. Se precisar desgastar,
que seja em esmalte.
BIOMECÂNICA DA PPR
Planejamento:
COMPONENTES DA PPR
RETENTORES INDIRETOS:
Distantes do espaço protético
GRAMPOS
CIRCUNFERÊNCIAS OU BARRA/PONTA.
- O que é o grampo/retentor?
Estrutura metálica que faz com que a PPR fique estável na boca do paciente, fique retida e
estabilizada.
Braço de retenção (tem uma parte rígida, que fica acima do equador protético ) – 2 a 3mm
abaixo da crista marginal = acima do equador protético (área de expulsão), uma parte semi-
rígida e uma mais flexível (afilamento progressivo)– a única da
estrutura metálica que é flexível –, que fica abaixo do equador
protético, na zona de retenção);
Braço de oposição/reciprocidade (para dar o princípio da reciprocidade, é mais grosso e
todo rígido) – acima do E.P
Corpo (liga o braço de retenção e de oposição),
Grampo em barra:
Desenho – vem por gengival e entra direto na zona retentiva.
Estético – é mais estético (usado em dentes anteriores).
Retenção – mais retentivo que o em circunferencial.
Grampo de oposição – o braço de oposição precisa ser planejado.
- Fatores considerados na escolha de um grampo?
Classificação, local da área de retenção e estética.
TIPOS: Circunferenciais
*Não se
ão estético (em raras situações, usados no canino). O braço do grampo, se afasta do esindica
grampos circunferenciais para extremidades livres.
Ackers ou circunferencial simples – é o mais usado. Normalmente é usado em dentes
posteriores, por não se ter espaço protético. Podemos usar em várias situações, em classe
III, classe II do lado dentado, classe IV na retenção indireta. O apoio orienta a projeção do
braço de retenção (oposto ao apoio).
Meio a meio (Half-half) – Formado por dois conectores menores independentes formando
dois apoios, cada um com um braço. Dupla função – braços de apoio e retenção. Indicado
para pilar entre espaços desdentados/protético, esse espaço protético não pode ser
extremidade livre. Indicado em PM e M localizados entre 2 espaços protéticos.
TIPOS: Barra
Pótese dento e dentomucossuportada – pode ser utilizado em extremidades livres.
➔ T.U.L.I.C (grampo em T, U, L, I, C). Só usamos o T e o I.
Grampo em barra tipo T- Desenho em formato de T e pega em 2 retenções. É o mais usado.
Indicado para extremidades livres no pilar que está junto ao espaço protético. Braço mais
flexível. Inciado em casos de C, PM, IC inf, coroas curtas e dentes inclinados. 2 projeções –
mesial e distal = + retenção.
Grampos de oposição:
Não há necessidade de planejar grampo de oposição para grampos circunferenciais,
somente para grampos em barra.
Grampo em Y- Fica na região palatina/lingual, se bifurca e monta na face vestibular na
incisal, por isso não é estético e pouco utilizado.
Mésio-Disto-Lingual (MDL)- Os desenhos são diferentes, mas o que importa é que tem que
cruzar toda a face palatina/lingual de mesial até distal. É indicado para oposição de grampo
em barra em dentes anteriores. + estético
MDL modificado- Grampo de oposição com passagem pra vestibular, dando retenção. Ele é
utilizado sozinho sem grampo em barra. Utilizado em dente anterior em um espaço
protético pequeno onde a retenção já está sendo dada por outros pilares e é necessária
pouca retenção a mais. Indicado também para classe IV em espaço protético pequeno,
promovendo boa estética.
Grampo Semi-circunferencial- Utilizado quando o dente pilar é um dente posterior em
oposição a um grampo em barra.
APOIOS
- Simples: Preparo feito diretamente no dente.
- Geométricos: Preparo sobre PF.
- Encaixe: Preparo no dente ou PF com encaixe macho-fêmea.
Funções:
Suporte (transmissão da carga o mais axial possível para o periodonto de sustentação)
Fixação (é o apoio no dente, o assentamento final),
Estabilidade (retenção indireta: o apoio no cíngulo proporciona estabilidade, impede que a
prótese rotacione),
Restabelecer plano oclusal (quando tem uma inclinação),
PRÓTESE DENTOMUCOSSUPORTADA
Os apoios devem estar localizados nas fossetas e cristas marginais distantes da área
edêntula, tanto para alavanca anterior (Classe IV, distal) quanto para posterior (Classe I ou II,
mesial).
2 vias de transmissão: 1 dental e 1 mucosa e osso.
Se colocar o apoio junto ao espaço protético vai ter uma alavanca de 1ª gênero (ou
interfixa), como se fosse uma gangorra, o triangulo é o fulcro da gangorra, o apoio é esse
fulcro. Essa gangorra representa que se eu mastigar na prótese, tudo que está depois do
fulcro sobe (movimento contrário a base da PPR na hora da mastigação). Quando incidimos
a força posterior, é uma força de distalização do dente e se esse grampo sobe ele vai para
área de maior convexidade do dente, ou seja, ele vai incidir uma força horizontal para
poder passar por essa área.
O Ponto fixo (PF) – Fulcro- se encontra entre a Força potente (FP) e a Força resistente (FR).
Isso faz com que o grampo deslize para cima (área de maior convexidade). Dessa forma, o
apoio deve ser colocado contíguo ao espaço protético (próteses mucossuportadas).
O ponto fixo (PF) – Fulcro- se localiza entre a Força potente (FP) e Força resistente (FR). Isso faz com
que o grampo deslize para baixo e não para área de maior convexidade. Dessa forma, o apoio deve
ser colocado distante ao espaço protético (próteses dentossuportadas).
Resumo: ele vai ter uma força de distalização + força horizontal em função da subida do
grampo para área de maior convexidade e isso seria muito nocivo ao dente. Por causa disso,
devemos mudar o gênero da alavanca para 2º gênero (ou inter-resistente), colocando o
apoio na mesial. Tudo que estiver depois do fulcro terá o mesmo movimento da base da
prótese, então com o apoio na mesial, quando incidir a força de mastigação tudo vai descer
e o grampo vai perder o contato com o dente, aliviando a força horizontal.
Nós devemos mudar a alavanca de interfixa pra inter-resistente, pois na interfixa tudo que
está depois do fulcro (apoio) tem o movimento contrário à base da ppr.
Nesse caso, tem-se uma alavanca 1º gênero, onde o APOIO está contíguo, logo o dente tende a “subir” p área
de maior convexidade (dentomucossuportada – não há dente pilar após a prótese).
Neste caso, suponhamos que há dente pilar após a prótese (dentossuportada), logo deve-se colocar o APOIO
na distante da mesma – 2º gênero, fazendo com que o grampo “desça” ao receber esforços.
No movimento de retirada ou com alimento pegajoso, ele sai de contato com o dente e sai
com muito mais facilidade. Com alimento duro, ela vai subir e causar força horizontal. Na
inter-resistente em alimento duro ela perde o contato para não ter força horizontal e no
alimento pegajoso vai resistir a subida.
Toda a superfície oclusal onde vai ficar o apoio (longe do espaço protético) será a área de
resistência à força de mastigação na base da prótese, ou seja, vai haver mais resistência à
força de distalização. Se eu coloco junto ao espaço protético, eu estaria puxando para a
distal.
NICHOS (Preparos para receber APOIO)
Os nichos são fundamentais para que os apoios oclusais transmitam corretamente às forças
mastigatórias para os dentes pilares segundo o seu longo eixo, prevenindo a incidência de
forças resultantes laterais nocivas ao periodonto de sustentação. Além disso, devidamente
preparados proporcionam espaços suficiente para que apoios oclusais não causem
interferências oclusais.
2 razões para confecção do nicho: direcionar as forças para o longo eixo do dente e dar
espaço para o apoio (99% da estrutura metálica é rígida, para o apoio ser rígido ele precisa
de largura e por isso precisa ter uma certa altura, por isso, se não fizermos o preparo do
nicho, o apoio vai ficar na superfície oclusal e o paciente vai ter um contato prematuro e não
consegue ocluir)
Diretrizes para confeccionar o nicho:
Deve ter a forma de um triangulo arredondado com o vértice voltado para o centro da
coroa; a dimensão vestíbulo-lingual (base do triangulo) é a distância entre as cúspides
(intercuspídica); a distância mesio distal (da base até o vértice) é pelo menos igual à largura
da base vestíbulo lingual. Outra forma é dividir vestíbulo lingual em 3 terços e em 4 partes
mesio distal, então o triangulo vai se localizar em largura vestíbulo lingual no terço do meio
e mesio distal no primeiro quarto; paredes axiais expulsivas (a própria broca já dá essa
conformação); parede pulpar plana com inclinação para o centro do dente; profundidade em
torno de 1,5 a 2mm (preparos conservadores só em esmalte).
O preparo de nichos em dentes anteriores pode ser realizado na região incisal (hoje não se
faz mais por causa da estética e porque fica longe do eixo de rotação do dente criando uma
alavanca) ou na área de cíngulo (contribui para o resultado estético do tratamento e situa
mais próximo do centro de rotação da raiz, favorecendo a transmissão de forças para o
longo eixo do dente. Nos dois preparos a parede cervical deve sempre ser perpendicular ao
longo eixo do dente pilar para que as forças mastigatórias se mantenham paralelas a ele.
Os nichos no cíngulo têm a forma de V invertido, sendo côncavo no sentido vestíbulo lingual
e convexos no sentido mesio distal, mas também podem ser perpendiculares ao longo eixo
do dente (reto mesmo). É feito com a broca 2131.
Aumentar o cíngulo= cingularizar ou até pre-molarizar pra dar uma condição de suporte, ou
seja, de transmissão de carga e de fixação mais favorável pra o paciente.
Nichos são susceptíveis à carie? Em um estudo longitudinal verificou-se que apenas 3% dos
pacientes apresentaram novas cáries, ou seja, o preparo não aumenta o risco de cárie e sim
a falta de escovação/higienização. A higienização correta dos dentes pilares é preponderante
para evitar o aparecimento de cáries. Pacientes com má higiene não tem indicação para o
uso de uma PPR, apesar de a PPR ser a prótese com um melhor prognóstico.
CONECTORES MAIORES/ BARRA PALATINA /BARRA LINGUAL
FUNÇÕES:
Torus palatino (se não for fazer a cirurgia, escolher um desenho adequado),
Classificação do arco;
Número e localização dos dentes (se tem uma perda maior de dentes vai precisar de uma
conexão mais larga);
Estabilidade;
Estética.
-Requisitos:
Rigidez;
Localização favorável (inferior: 3 a 4mm da borda do conector até a cervical, superior: 4 a
6mm da gengiva marginal);
Margens arredondadas;
Compatibilidade biológica.
Barra bipartida: Parte anterior e posterior. Indicada quando se deseja evitar uma sobregarca
aos dentes adjacentes.
O paciente deve participar da escolha do conector.
CONESTORES PARA MANDÍBULA: Precisa realizar ALÍVIO, preencher o espaço deixado entre
o conector maior e a mandíbula – evita a intrusão do conector aos tecidos bucais.
Barra Lingual: É a mais indicada, pode ser usada em todas as classificações.. Quanto mais
longa, maior deve ser a espessura. Próxima ao assoalho. Pode ser usada em todas as
classes.
Barra Lingual dupla: É a barra lingual + o grampo contínuo de Kennedy. Usado em classe I –
no máximo canino a canino ou menos remanescentes. Recobre desde o cíngulo até gengiva
marginal.
Placa lingual: a distância da barra para o assoalho deve ser de, no mínimo, 9mm, mas, as
vezes, não há essa distância. Nesses casos, usamos esse tipo de conector.
➔ Entre a barra e a cervical do dente deve ter 3mm + 3mm da largura da barra lingual +
3mm da barra lingual para o assoalho da boca, ou seja, do assoalho pra cervical do
dente deve-se ter 9mm e quando não há esse espaço (por causa de torus ou por
causa de freio lingual eu uso barra lingual, porque ela vai até um pouco acima do
cíngulo para criar resistência) e em dentes com problemas periodontais (pois essa
conexão vai dar uma contenção muito boa que divide a carga dos dentes)
Barra vestibular: quando os dentes anteriores tiverem inclinações muito grandes pra
lingual e não há uma guia de inserção para colocar uma barra lingual.
CONECTOR MENOR
Pode sair da conexão maior e une o conector maior ao apoio e grampo ou então sair da
sela e se unir ao apoio e grampo.
O conector menor constitui um elemento da ppr que une o retentor à sela e/ou ao conector
maior. Deve ser aliviado quando passa pela papila para evitar compressão.
Transferir esforços da mastigação para os dentes suportes (por ser rígido ele transfere a
carga para o apoio e o apoio distribui ao longo eixo do dente);