Você está na página 1de 12

Prótese fixa

Histórico:

Procedimento pelo qual se substitui a falta de um órgão ou parte dele, como


a de um braço, um dente e etc.

Prótese: arte-ciência/ reconstrução/ reposição dos elementos dentários


parcial ou totalmente destruídos. Causa patológica, traumática ou
congênitas e restabelece a saúde, a função e estética do sistema
estomatognático.

A prótese odontológica:

Remonta-se a 3000-2500 a.C.

Imhotep - pai da medicina do Egito;

Esculapius - na Grécia

Siria 600 a 400 a.C.

Nas quais ale dos fios de ouro usava-se bandas lavradas de ouro.

Prótese Fixa: Definição

É o ramo da prótese dental que trata da restauração de um ou mais dentes


ausentes, por meio de um aparelho dento-suportado, implanto-suportado ou
dento-implanto-suportado, de modo a restabelecer a função, a estética e a
comodidade do paciente.

Classificação:

1- Unitária (elemento isolado)


a) Elemento unitário que irá restaurar um dente
destruído. Pode ser: metálica, não metálica e mista.
2- Prótese de aparelhos (elementos unidos)
a) Aparelhos parcias
b) Aparelhos totais

Lei de Ante = N° de Pi ≥ N° de Po : considera que a área total da raiz dos


dentes pilares inserida no osso deve ser igual ou maior que a área do dente o qual
será substituído pelo pôntico.
Elementos constituintes da prótese fixa

1- Quanto aos elementos biológicos:


Dente suporte ou pilar (retenção)
Espaço protético (n° de áreas desdentadas)
2- Quanto aos elementos mecânicos:
Retentor: elemento protético que restaura a forma anatômica do
dente suporte.
Pontico: elemento protético que substitui a função do dente perdido.
Conector: rígido (solda), semi-rigido (encaixes de precisão)
3- Quanto a situação na arcada:
a) Anteriores (de canino a canino)
b) Posteriores (de pré-molar a molar)
c) Mistas (anteriores e posteriores, uni e bilateral)

Objetivos da prótese fixa:

1- Correção das condições anormais do sistema mastigatório (ortodontia


e prótese)
2- Restauração de parte ou todos os órgãos da mastigação ausentes.
3- Reabilitação psicológica
4- Eficiência mastigatória – funcionalidade
5- Estética, beleza e harmonia em conjunto com comodidade.
6- Integração do aparelho mastigatório
Funções – mastigação, deglutição, respiração e postura mandibular.

Exigências de conhecimento

1) Biologia dos tecidos: limite de reversibilidade


2) Fisiologia do S.E.: harmonia das estruturas
3) Mecânica de execução: técnicas eficientes
4) Princípios de estética: conclusão.

Prognostico em PPF

Prognostico depende:

-Fatores gerais (idade, doenças sistêmicas, psicológica e etc)

-Fatores locais (higiene oral, resistência a carie e a doença periodontal)


Plano de Tratamento

Tratamento ideal x Necessidade do paciente

Sucesso Clínico Diagnóstico Planejamento

Anamnese/exame clínico

Nesta primeira fase do exame clínico deve-se pesquisar o estado de saúde


geral do paciente.

Deve sempre ser considerado antes, uma vez que permite tomar os cuidados
especiais exigidos para cada paciente.

Anamenese - Queixa prinicipal

Conforto (dor, sensibilidade)

Função (mastigação, fonética)

social (odor, halitose)

Aparência (cor, ausência de dentes)

Anamnese – Histórico

Histórico dental: periodontal, dentística, endodôntico, ortodôntico e etc.

Experiência previa

Ocupação profissional (hábitos)

Problemas cardiovasculares

Problemas endócrinos

Alergia a medicamentos

Exame extra-oral

Dimensão vertical

Linha de sorriso

Suporte do lábio

Tonicidade muscular
Palpação das Atms

Exame intra-oral

Dentes: caries, restaurações existentes, numero e posição dos dentes,


tamanho da coroa clínica, estética, oclusão e vitalidade pulpar.

Periodonto:

Exame de sondagem

Índice de sangramento

Exsudato

Recessão gengival

Envolvimento de furcas

Mobilidade

Índice de placa

Distancia biológica

Exame intra-oral (área

edêntula) Características do

rebordo Volume do tecido

gengival

Necessidade de enxertos/ correção cirúrgica

Exames complementares: radiográficos (periapical e panorâmico), modelos


de estudo montados em A.S.A

Lesões ósseas, raízes residuais e corpos estranhos, quantidade e qualidade


óssea, anatomia radicular e qualidade de tratamento endodôntico.

- Radiografia panorâmica

- Modelos de estudo:

Regístro da situação inicial do paciente.


Observação dos contatos prematuros que conduzem a mandíbula da relação
cêntrica (RC) para a máxima intercuspidação habitual (MIH).

Observação do movimento que a mandibula executa de RC para MIH.

Observação facilitada das relações intermaxilares.

Conclusões:

A prótese fixa foi a primeira a fazer aparição histórica

Tem a capacidade de devolver ao paciente principalmente a eficiência


mastigatória.

Prótese parcial fixa e materiais aplicados

Próteses fixas: unitárias

Classificações:

1) Quanto a via de transmissão de carga: DENTOSUPORTADAS


2) Quanto ao material: metálicas, não metálicas, mistas
3) Quanto ao tipo de preparo: intracoronário (MOD e suas variações)/
Extracoronário.

-Intra-extra coronário - coroas parciais-3/4,4/5,7/8

-Intra-radiculares - núcleos fundidos

EXTRACORONÁRIO:

Coroa total metálica,

Coroa veneer (metaloplasticas),

Coroa metaloceramica

Coroa de porcelana

Coroa de resina.

Princípios biomecânicos

- Elementos biológicos:

Preservação do órgão pulpar:


-Calor gerado durante a técnica de preparo

-Qualidade das brocas e turbina de alta rotação

-Quantidade de dentina remanescente, permeabilidade dentinária.

-Procedimentos de moldagem

-Reação exotérmica dos materiais empregados, principalmente as


resinas, quando da confecção das coroas provisórias.

-Grau de infiltração marginal.

Preservação da saúde periodontal:

-Higiene oral

-Forma, contorno e localização da margem cervical do preparo (extensão


cervical dos dentes preparados pode variar de 2mm aquém da gengiva
marginal livre até 1mm no interior do sulco.

A melhor localização do termino cervical é aquela em que o profissional


pode controlar todos os procedimentos clínicos e o paciente tem
indicações efetivas para higienização.

-volume de estrutura removida

-limite e qualidade do termino cervical

-evitar dano a estrutura gengival durante o ato operatório.

SUPORTE

ESPAÇO PROTÉTICO

-Elementos mecânicos:

Retentor: é o elemento que irá reabilitar parcial ou totalmente o dente


suporte.

Pôntico: é o elemento que irá substituir os dentes perdidos, recuperando


suas funções.

Conector: é o elemento que irá unir retentores a pônticos, pônticos a


pônticos e/ou retentores a retentores.
Tipos: rígidos ou semi-rígidos.

Principíos biomecanicos dos preparos para PPF:

-Preservação da estrutura dentaria

-Formas de retenção e estabilidade

-Durabilidade estrutural da restauração

-Integridade margina

-Preservação do periodonto

-Estética- satisfação do paciente

-Facilidade de preparo.

PREPARO PARA COROA TOTAL

Preparo totais

Sucesso do tratamento protético

-Durabilidade da prótese

-Longevidade do remanescente

-Saúde pulpar e gengival

-Recuperação da função

-Satisfação do paciente

Metalo-ceramicas

Metalo-plasticas

Totalmente metálicas

Coroa oca de porcelana

Coroas totais : Indicações

-Cáries extensas

-Necessidade estética
-Volume, altura e posição desfavoráveis

-Relações oclusais anormais

-Espaço protético extenso

Contra-indicações:

-Dentes hígidos

-Polpa ampla

Desvantagens:

-Grande destruição de estrutura dental

-Maior dificuldade de reproduzir contorno

-Estética difícil

Vantagens:

-Preenchem os requesitos mecânicos;

-Grande capacidade retentiva;

-Paralelismo facilitado;

-Possibilidade de correção da forma axial e oclusal;

-Estetica boa.

Preparo Dental

Principios fundamentais: mecânicos, biológicos, estéticos.

Principios mecânicos: retenção, estabilidade, rigidez estrutural,


integridade marginal.

Conicidade: quanto maior a convergência das paredes do preparo menor o


Grau de retenção e de estabilidade. Paredes paralelas/ Paredes
expulsivas

Integridade marginal: material, linha de terminação

Principios biológicos: preservação da polpa, preservação da saúde


periodontal.
Principios estéticos: forma, contorno, cor, saúde, periodontal

Tipos dde termino e quantidade de desgaste

Tipos de termino:

Chanfro simples

Chanfro largo ou profundo

135° (degrau inclinado)

Degrau ou ombro

Chanfro largo biselado

Lamina de faca

Localização da margem gengival dos preparos

Localização:

-Suprasulcular: aquém da margem gengival

-Gengival: ao nível da margem gengival

-Intrasulcular: dentro do epitélio sulcular (0,5mm)

-Sub sulcular: invasão do espaço biológico.

Totalmente metálica:

-Alta resistência mecânica

-Altamente retentiva

-Regiao posterior

-Menor necessidade de desgaste

1- Desgaste da face oclusal;

2 – Desgaste das faces axiais;

3 – Desgaste das faces proximais (chanfro simples);

4 – Acabamento.
Preparo dentário – Coroa Total

Sequência do preparo

-Confecção da muralha de silicone bem adaptada nas superfícies vestibular


e lingual do dente a ser preparado.

-Moldagem vestibular

-Divisão da metade vestibular e da metade lingual

-Preparo de molar: broca 4138

- Preparo dente anterior: broca 1014

Sequencia laboratorial de preparo para coroa metaloceramica anterior

1° passo: Sulco de orientação (1014)

Desgasta metade do diâmetro no sulco cervical com a broca a 45° com


metade do diâmetro da broca.

Os sulcos vestibulares devem ser feitos em dois planos: um paralelo a


metade gengival da face vestibular e outro, a metade incisal. A
profundidade dos sulcos vestibulares devem ser de 1,5mm. Já os sulcos da
borda incisal devem apresentar 2,0mm de profundidade. Broca 3216 na
incisal (um diâmetro da broca)

O primeiro passo no preparo de um dente para uma coroa, consiste em fazer


profundos sulcos de orientação na face vestibular e na borda incisal.
(3216/2215)

Os sulcos vestibulares devem ser feitos em dois planos: um paralelo a


metade gengival da face vestibular e outro, a metade incisal. A
profundidade dos sulcos vestibulares devem ser de 1,5mm. Já os sulcos da
borda incisal devem apresentar 2,0mm de profundidade.(3216/2215)

Devem ser realizada uma redução paralela ao plano de inclinação da borda


incisal. Uma redução incisal insuficiente resulta em uma coroa com falta de
translucidez na área incisal.

3° passo: redução vestibular (metade incisal)


Da mesma maneira, reduz-se a porção gengival da face vestibular. A
redução deve ser realizada com a ponta diamantada paralela ao longo eixo
do dente, formando assim uma inclinação de 3 graus da parede vestibular.

A redução se estende até os ângulos vestibulares proxiumais num ponto


situado a 1mm mais para lingual do ponto de contato. É importante lembrar
que neste passo inicia-se a formação da linha de termino em chanfro.

5°Passo: redução lingual

A superfície lingual é reduzida com uma ponta diamantada pequena em


forma de roda ou chama de vela

A redução lingual deve obter um espaço de no mínimo 1,5mm. Não se deve


reduzir excessivamente a união entre o cíngulo e a parede lingual para não
perder a retenção do preparo.

6°Passo: redução axial lingual

A redução axial lingual inicia-se com o rompimento da face proximal através


de utilização de ponta diamantada tronco cônica fina (4138) finalia-se com a
broca paralela ao logo eixo, para obter convergência de 3 graus da parede
lingual

7° Passo: bisel gengival

No chanfro é feito bisel estreito (0,2 a 0,3mm) de forma que o mesmo


penetre no sulco gengival a 0,5mm a 1mm.

8° Passo: Arredondamento de todos os ângulos

Acabamento com broca carbide 171 na face vestibular

e com carbide 170 na face lingual

com uma ponta diamantada de granulação fina arrendonda-se todos os


ângulos esse acabamento melhora o escoamento do cemento, facilitando a
cimentação da coroa.

Técnica da Silhueta
Sulco da marginal cervical: Tem função de conhecer o término cervical, usa-se
broca 1014 e confecciona o sulco vestibular e palatino, com uma profundidade de
0,7mm, na ausência de contatos proximais, esse sulco deve se estender até as
proximais, com a inclinação da broca em 45° em relação a superfície desgastada;

Sulcos da Vestibular: Lembrar da dupla inclinação dessa face, esse sulco é feito
pra dar retenção e resistência ao preparo devido a inclinação das paredes. A
profundidade é de 1 diâmetro da broca. O Desgaste palatino deve ter 1\2 do
diâmetro da broca permitindo espessura para o acomodar o metal. Na inicisal a
profundidade dos sulcos deve ter 2mm, ou seja, cerca de 1 diâmetro e meio da broca
e segue as mesma direção dos sulcos vestibulares. Permite translucidez satisfatória
característica do esmalte.

União dos sulcos de orientação: Com broca 3216 faz-se a união desses sulcos
mantendo relação e paralelismo previamente obtida, não unir o cíngulo com o
restante da face palatina, esse desgaste é realizado com broca ponta de chama
3118.
Desgaste proximal: faz com a broca 2200, e visa eliminar o ponto de contato e a
convexidade dessa área; lembrar de proteger o dente vizinho com a matriz metálica;
Desgaste lingual - faz com a broca diamantada em forma de chama 3118, seguindo a
anatomia da área; a região lingual no terço médio e incisal deve ser desgastada cerca
de 0,6mm;

Preparo subgengival: é feito para se obter as condições estéticas - favoráveis, mas


deve-se lembrar que não se pode agredir o espaço biológico, ou seja, o ideal é apenas
entrar cerca de 0,5mm, já que o sulco gengival mede cerca de 0,69mm (se invadir
esse espaço o dente responde com reabsorção).
Acabamento: pode ser feito com a broca diamantada arredondada 4138 ou ainda
com as brocas multilaminadas em baixa rotação, visando arredondar as arestas e
remover as irregularidades.

A retenção friccional: feita por palatina de cervical até o cingulo junto com a linha
do cimento evita que a coroa se desloque quando o dente toca o antagonista, ou seja,
na guia anterior. A inclinação ideal é de 6º.
Na coroa metalocerâmica o término na vestibular é em chanfrado e na
lingual/palatina é em chanfrete.

Você também pode gostar