Você está na página 1de 100

Interpretação de

Imagens
Radiográficas
THIAGO MOREIRA
Mestrando em Patologia Bucal
Esp. em Ortodontia e Ortopedia Facial
Interpretação Radiográfica.
Interpretar um exame, que pode estar
representado por uma única radiografia, ou, um
pacote com várias incidências que se completam,
não é tarefa fácil.
Sobretudo numa condição que caracteriza a classe
odontológica, ou seja, quem solicita, isto na grande
maioria, não menciona subsídios que possam
orientar quem realiza, quanto ao diagnóstico final
Três grandes fontes de informação são
utilizadas pelo C.D para alimentar o
processo conclusivo , que é o diagnóstico:

• Os exames clínicos ,
• Os exames radiográficos,
• Os exames laboratoriais.
Ainda que o diagnóstico, como forma
conclusiva, possa ser definida por qualquer
uma das três alternativas (clínica, radiográfica,
e laboratorial) individualmente , é mais
comum que ele, diagnóstico, nasça dos
dados da intersecção das três áreas ou pelo
menos de duas quaisquer delas.
1
2
3
Conceito de dentes
 Os dentes em conjunto desemprenham as funções de mastigação,
proteção e sustentação de tecidos moles relacionados, auxiliam na
articulação das palavras e são um importante fator a estética da face.

 Os dentes compreendem os grupos INCISIVOS, CANINOS,


PREMOLARES E MOLARES, cada uma adaptado às funções
mastigatórias de apreender, cortar, dilacerar e triturar os alimentos
sólidos.
 O homem como animal difiodonte, tem 20 dentes decíduos e 32
permanentes
.
Tipos de dentição
 Os dentes decíduos são poucos calcificados em relação aos permanentes,
como tais, são brancos como o leite. Os permanentes, com maior índice de
sais calcários, são puxados para o amarelo. É a dentina que confere cor ao
dente; o esmalte é praticamente incolor e transparente.
Dentição Primária ou decídua
 Geralmente composta por 4 dentes incisivos, 4 dentes caninos e 8 dentes
molares, totalizando 20 dentes.
Dentição Secundária ou permanente
Geralmente composta por 8 dentes incisivos, 4 dentes caninos, 8 dentes pré-
molares e 12 dentes molares, totalizando 32 dentes.
Método de dois dígitos para
indicar os dentes
 Cada dente tem um número representativo que o identifica e o localiza no arco dental.
São dois algarismos, dos quais o primeiro se refere ao quadrante e segundo à ordem do
dente no quadrante. Os quadrantes da dentição permanente recebem os números de 1
a 4 e os da dentição decídua , de 5 a 8. Os algarismos dos dentes são de 1 (incisivo
central) a 8 (terceiro molar) para os permanentes, e 1 (incisivo central) a 5 (segundo
molar) para os decíduos.
 Para dentição decídua  Para dentição permanente
Faces dos dentes
 O dente possui 5 faces: vestibular, lingual ou palatina, mesial, distal
e oclusal ou incisal.

 Face vestibular: É a face do dente voltada para a bochecha ou lábios.


 Face lingual ou palatal: É a face do dente que está voltada para dentro. Próximo à
língua, para os dentes da mandíbula, ou próximo ao palato, para os dentes da maxila.
 Face mesial: É a face anterior do dente.
 Face distal: É a face posterior do dente, oposta à face mesial.
 Face oclusal ou incisal: É a face do dente que oclui com o correspondente.
Corresponde à superfície superior dos dentes da mandíbula e a superfície inferior dos
dentes da maxila.
1 Face Mesial
2 Face distal
3 Face Vestibular
4 Face lingual
5 Face Oclusal
6 Interproximal
Composição do Dente
 O dente é composto por quatro partes distintas: esmalte, cemento,
dentina e cavidade pulpar.

Cemento: É a parte que recobre


o dente na parte radicular.

Dentina: É a que fica abaixo do


esmalte.

Cavidade Pulpar: Localizada mais internamente


é onde estão localizados os nervos, artérias e veias.
Anatomia do dente
 Anatomicamente, o dente pode ser dividido em três regiões:
coroa, colo e raiz.

Coroa: É projetada a partir da gengiva.


Colo: Localizado entre a coroa e raiz.
Raiz: Está fixada no alvéolo
por uma membrana fibrosa,
denominada membrana
periodontal. A quantidade de
raízes varia em função do tipo
de Dente.
Linhas de posicionamento da face
 1. Linha de Camper: Linha que vai do
trago à asa do nariz.

 2. Linha trago-comissura labial: Linha


que vai do trago à comissura labial do
mesmo lado;

 3. Linha infra-orbitomeatal: Também


denominada linha horizontal alemã. É
uma linha que vai da boda inferior de
órbita ao teto do poro acústico externo
do mesmo lado.
Radiografias Odontológicas
A primeira radiografia intrabucal foi realizada 14 dias após a descoberta dos raios x por
Wilhelm Conrad Röntgen em 1895. Para tal , Dr. Otto Walkhoff utilizou um filme
fotográfico (a base consistia de placa de vidro), envolveu-o em papel preto e
introduziu-o em sua própria cavidade bucal, submetendo-se a uma exposição dos raios
x por 25 minutos. De base de vidros aos dias atuais, houve bastante avanço na
tecnologia dos filmes radiológicos, sobretudo dos filmes intrabucais:

 1896: Utilizava-se filme radiográfico em rolo: Eastmam NC Roll Film,


envolto em papel preto.

 1913: A Eastman Kodak fez o primeiro filme de raios x. Era emulsionado em uma só
face, e a base de nitrato de celulose.
 1919: Introduziu-se a folha de chumbo para reduzir a radiação secundária. E
também outras características: envelope mais fácil de ser aberto e cantos
arredondados para maior conforto.

 1924: Após a base de nitrato de celulose sofrer combustão


espontânea, foi introduzida a base de segurançade acetato de
celulose. Esta base em 1960 foi substituída pela base de poliester.

 1925: Filme Radia Tized, o qual apresentava emulsão dupla e era


duas vezes mais rápido que os anteriores.

 1941: Filme Ultraspeed, duas vezes mais rápido que o Radia Tizes.

 1981: Filme Ektaspeed, necessitava da metade mAs do Ultraspeed, porém a


imagem não apresentava nitidez.
 1985: Filme EktaspeedmPlus necessitava da metade a mais do
tempo da Eltraspeed e apresentava qualidade da imagem similar
a apresentada pelo Ultraspeed.

 2000: Filme Insight necessitava de 80% da dose do Ektaspeed e


apresentava qualidade da imagem similar ao Ektaspeed.

 Atualmente existem marcas comerciais no mercado e filmes


apresentando diversas variações. Como por exemplo, os filmes
que já vem com a região a ser utilizada da forma correta.
Radiografias Odontológicas
 O exame radiográfico assume uma importância muito
grande no diagnóstico, pois possibilita o profissional
evidenciar uma quantidade de informações que em
conjunto como exame clínico, ajudam o processo
conclusivo do diagnóstico.
Radiografias Odontológicas
 Torna-se imperioso que exista pelos profissionais que
executam tomadas radiográficas, cuidados técnicos na
tomada das radiografias, no armazenamento dos filmes
radiográficos e no processamento destes exames, pois a
falha ocorrida na execução de uma destas fases pode
dificultar a interpretação, levando a conclusões errôneas,
provocando exposições desnecessárias aos pacientes e
aumentando a necessidade de repetições, devido ao exame
radiográfico não possuir imagens em condições de
diagnóstico.
Os Tecidos duros , mais capazes de absorver os raios x que os tecidos
moles , permitem mais facilmente o registro radiográfico que se constitui,
muitas vezes, no único meio de inspecionar estes tecidos.
Radiografias Odontológicas
Goméz Mattaldi, em 1975, classificou as imagens em:

• Radiotransparente (absorvem ínfimas


quantidades de raios x);

• Radiolúcidas (absorvem quantidades médias de


raios x)

• Radiopacas (absorvem grandes quantidades de


raios x).
A IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA NA
ODONTOLOGIA
Na Odontologia, os dois tipos de radiografias mais utilizados são as
periapicais ( retiradas de dentro da boca) e as panorâmicas.

A radiografia panorâmica, um dos mais importantes mecanismos, de


uso amplo, que possibilita determinar, na face do paciente, a situação
do osso, bem como a arcada dentária, em uma só tomada radiográfica,
é de grande facilidade, já que o filme é colocado fora da boca do
paciente.
A IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA NA
ODONTOLOGIA
Em se tratando de alterações ósseas, Baskar em 1975, afirma que:
92% das lesões dos maxilares são radiolúcidas; 7% delas são
radiopacas e somente 1% mistas, ou seja, parcialmente radiopacas
e parcialmente radiolúcidas.

No grupo das lesões radiolúcidas, cerca de 85% estão situadas


na região periapical.
A IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA NA
ODONTOLOGIA
A IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA NA
ODONTOLOGIA
PANORÂMICA
Panorâmica de criança
PERIAPICAL
Realizamos todas as periapicais
com a técnica do paralelismo
(cone longo). Possibilitam uma
visão em conjunto das
estruturas componentes do
órgão dentário e região
periapical. Como a distância
objeto-filme é mínima, é a
radiografia de escolha quando
necessitamos de máximo
detalhe para diagnóstico das
regiões dentárias.
PERIAPICAL
Radiografia Interproximal
Indicada principalmente para o
exame das regiões
interproximais dos dentes
posteriores . É a radiografia que
melhor possiblilita detectar a
presença de processos de cáries
nesta região, adaptação marginal
de restaurações e presença de
lesões periodontais com
destruição da crista óssea
alveolar.
Radiografia Oclusal
Caso Clínico
Aparelho de Raios X Odontológico Intra-oral
Os aparelhos de raios X
utilizados para diagnóstico
odontológico, quando
desativados, podem ser
descartados como qualquer
outro equipamento
convencional. Recomenda-
se adotar os seguintes
procedimentos caso necessite
realizar o descarte:
Aparelho de Raios X Odontológico Intra-oral
▪ Dar baixa do equipamento na Vigilância Sanitária de sua cidade,
por meio de preenchimento de um formulário disponível na própria
Anvisa (Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde).
▪ Retirar, caso haja, o símbolo internacional de presença de radiação;
▪ Isolar qualquer contato de fios elétricos do aparelho com a
alimentação
elétrica externa;
▪ Desmontar o aparelho progressivamente com o auxílio de
ferramentas apropriadas;
Aparelho de Raios X Odontológico Intra-oral

▪ Ao desmontar o cabeçote faça-o com cuidado, devido à ampola


de
vidro no seu interior;
▪ A ampola deve ser descartada tomando-se os mesmos cuidados
que os de uma lâmpada;
▪ Evite impactos sobre a ampola, pois ela está submetida a forte
vácuo;
▪ Após os procedimentos recomendados, o equipamento
pode ser descartado como material de uso comum.
Os aparelhos de raios X não emitem radiação
quando desligados. Eles são fontes de radiação
somente quando conectados à alimentação elétrica
e em posição de operação.
APARELHOS DE RAIOS X
ODONTOLÓGICOS.
 Obedece aos mesmos princípios e composição dos aparelhos
utilizados em radiologia médica. De uma maneira geral, são aparelhos
pequenos de pouca potência, que podem ser móveis ou fixo na parede.

FILMES RADIOGRÁFICO PARA RADIOLOGIA


ODONTOLÓGICA

 Os filmes radiográficos utilizados em radiologia odontológica podem


ser divididos basicamente em dois grupos: intrabucais e extrabucais.
Filmes Radiográficos Intrabucais
 Também denominado filme intra-oral, é utilizado para radiografias
em que o filme é colocado dentro da boca do paciente. É um tipo
de filme radiográfico para exposição direta dos raios X, ou seja,
não são usados em conjunto com écrans intensificadores.

 Apresenta-se em embalagens individuais, podendo ser simples


(mais utilizados), com apenas uma película (filme) na embalagem,
ou duplos, com duas películas (filme), para realização de
incidências com cópia para arquivo.
Tamanhos de filme radiográfico intrabucal (intra-oral)
 Existem no mercado basicamente três tamanhos de filmes
radiográficos intrabucal (intra-oral): 22x 35mm, 31x41mm e
57x76mm.
• Tamanho 22x35 mm- Também
denominado número 1, é geralmente
utilizado para radiografia periapical e
também para radiografia
interproximal (bitewing) em paciente
pediátrico;
• Tamanho 31x41mm- Também
denominado número 2, é geralmente
utilizado para radiografia periapical e
interproximal(bitewing) ;
• Tamanho 57x76mm- Geralmente é
utilizada para radiografia oclusal, em
áreas extensas da maxila e da
mandíbula.
Embalagem do filme radiográfico intrabucal
(intra-oral)
▪ O filme é embalado da seguinte maneira, de fora para dentro.

▪ Revestimento externo - Um invólucro plástico vedando a entrada de luz e de saliva. O lado


a ser exposto pelos raios X (parte anterior) geralmente possui uma superfície lisa e
branca. O lado oposto (parte posterior), geralmente com duas cores, possui uma lingueta
em "V", que é utilizada para abrir a embalagem para processamento do filme;

▪ Papel preto- Reveste todo o filme e possui as funções de vedação da luz e proteção do
filme durante o manuseio para o processamento;

▪ Lâmina de chumbo- Uma fina lâmina de chumbo é posicionada na parte posterior do filme
(lado oposto ao da exposição pelo raios x). A função dessa lâmina é absorver a radiação
secundária e se necessário, identificar ( através de marcas) o posicionamento errado do
filme para a incidência;
Embalagem do filme radiográfico intrabucal
(intra-oral)
▪ Filme Radiográfico- Encontra-se no interior da embalagem, revestido
por um papel preto.
 Exemplo:
Panorâmica
 É uma tomografia rotacional que produz uma imagem radiográfica da totalidade do
arco dental, ou seja, produz uma imagem radiográfica panorâmica da maxila e da
mandíbula. O tubo de raios X se move simultaneamente e em sentido oposto ao
filme radiográfico (chassi) ao redor do paciente(Fig.20.69)
Panorâmica
 Posicionamento da
cabeça do paciente :
O paciente deve ser
posicionado no aparelho
com o plano horizontal
alemão, paralelo ao chão e
o plano sagital perpendicular
a este.
 O paciente deve ser instruído a não se movimentar durante a
execução da radiografia (aproximadamente 18 segundos)
Telerradiografia do Crânio em perfil
• Também denominada radiografia
cefalométrica, é utilizada para
fazer mensurações lineares e
angulares de pontos ou estruturas
anatômicas (ortodontia). Para a
execução, há necessidade de um
cefalostato adaptado ao aparelho,
que possui a função de manter a
cabeça do paciente na posição
correta para realização da
incidência.
Procedimentos para a realização da
Radiografia Panorâmica
1 - Colocar o chassis no porta-chassis do aparelho.
2 - Remover aparelhos removíveis da cavidade bucal.
3 - Remover objetos que possam cansar artefatos na
imagem, tais como brincos, grampos, fivelas e colares.
4 - Proteger o paciente com avental de chumbo dos dois lados.
5 - Pedir ao paciente para manter a coluna ereta e pés juntos,
para colocar o mento (queixo) na plataforma.
Procedimentos para a realização da
Radiografia Panorâmica
6 - Pedir ao paciente para morder o bloco de mordida (ou
afastador de língua descartável) na posição de topo. Caso o
paciente seja edêntulo, ao invés do bloco de mordida usa-se
uma mentoneira.
7 - Por fim, pedir ao paciente para posicionar a lingua no céu da
boca
(palato).
8 - Pedir ao paciente para fechar os lábios e continuar imóvel,
explicando que o aparelho irá girar ao seu redor e emitir um
barulho, prevenindo-os de sustos.
Vantagens
▪ Ampla cobertura da área examinada
▪ Pequena dose de radiação
▪ Melhor aceitação do paciente
▪ Melhor entendimento do paciente em
relação ao tratamento
▪ Rapidez e simplicidade na execução
▪ Padronização da técnica
▪ Melhor controle da infecção
Desvantagens

▪ Pode não englobar anormalidades


▪ Área focal pode não se adequar a
todos os arcos dentais
▪ Alto custo do aparelho
▪ Falta de detalhe
▪ Ampliação e Distorção
Como evitar os erros mais comuns
em exames radiológicos
Como evitar os erros mais comuns
em exames radiológicos
 A radiografia dental é uma imagem fotográfica produzida em um filme
pela passagem dos raios x através dos dentes e tecidos de suporte.
Ela é essencial para o diagnóstico, pois permite o profissional
identificar várias condições que não são facilmente identificáveis pelo
exame clínico.

 Um exame oral sem o uso de radiografias dentais limita o profissional


a um conhecimento das informações que são visualizadas pelo
exame clínico. Com o uso das radiografias dentais o profissional
ganha todas as informações dos dentes e tecidos de suporte. O
benefício primário da radiografia dental é a descoberta da doença.
Como evitar os erros mais comuns
em exames radiológicos
 O benefício primário da radiografia dental é a descoberta da
doença. Quando a radiografia é corretamente exposta e
processada o benefício da descoberta da doença excede
em muito os riscos advindos do uso das radiações.

 Segundo Freitas (2000), uma radiografia deve ser


considerada tecnicamente boa quando apresenta um
máximo de detalhe e um grau médio de densidade e
contraste.
Erros no Processamento das Radiografias
 Os erros cometidos durante qualquer fase do processo para obtenção do
exame radiográfico, acarretará em prejuízos para o profissional.
Inicialmente devido ao tempo despendido para identificação do erro e sua
correção, depois pelo gasto com repetições desnecessárias e exposições
adicionais para o paciente.

 É importante o cuidado em todas as fases do processo de confecção do


exame, muitos dos erros são cometidos pelo não cumprimento das
etapas durante a aplicação da técnica radiográfica, pela pressa ou
desatenção ao executar o exame radiográfico.
Erros no Processamento das Radiografias
ATENÇÃO:
Em relação ao Processamento Radiográfico
 É nesta fase que temos uma grande concentração de erros e que com
cuidados simples poderemos minimizar alguns problemas na aquisição
de nosso exame.

 1- Devemos seguir as recomendações do fabricante de soluções


processadoras (revelador e fixador) quanto:
• Concentração da solução;
• Temperatura;
• Tempo de revelação.
ATENÇÃO:
Em relação ao Processamento Radiográfico
 Devemos afixar na parede próxima a câmara escura, uma tabela de
tempo e temperatura de revelação.

Devemos medir a temperatura do


revelador antes da revelação.
Cabe lembrar que quanto mais alta
for a temperatura do seu revelador
menor será o tempo de
processamento e que temperaturas
acima de 30ºC podem ocasionar
imagens com erros.
 As soluções devem ser regeneradas ou trocadas quando necessário, e nem serem
utilizadas fora do prazo de validade. O uso de soluções processadoras inativas,
além de provocar erros na imagem, por muitas vezes, induz ao profissional
aumentar a dose para conseguir uma imagem radiográfica, o que em relação a
proteção ao paciente não é permitido. Alguns fatores influenciam a durabilidade das
soluções processadoras:

• Tempo de preparo;
• Quantidade de uso;
• Oxidação das soluções processadoras;
• Volume das soluções processadoras.

 1.3 -Porém o fator determinante que indica o momento da troca da soluções


processadoras (revelador e fixador) é a densidade das imagens radiográficas
obtidas. Quando a imagem obtida estiver mais clara do que o normal, este é o
momento exato de se trocar as soluções processadoras.
Erros no Armazenamento
1. Filme Vencido
Devemos tomar cuidados especiais no armazenamento dos filmes radiográficos, como:
- Manter em local fresco. Após a abertura da caixa, dê preferência a
conservação do produto dentro de geladeira.
- Longe de Radiações Ionizantes.
- Sem pressões sobre os filmes.
- Os mais velhos por cima.
Estes cuidados especiais além de manter os filmes radiográficos em boas condições de
uso, normalmente aumenta sua vida útil. Recomenda-se atenção do profissional ao
adquirir uma caixa de filme radiográfico observar atentamente a data de validade
do mesmo para não comprar um filme com a data de validade expirada ou próximo
da data para expirar.
Característica Radiográfica: Imagem radiográfica de múltiplas “bolinhas”
radiopacas, representando o desprendimento da gelatina. denominada de “Flocos
de Algodão”

Fig. 1 (A/B) – Aspecto radiográfico do filme vencido, com a presença das áreas
radiopacas características devido ao desprendimento da gelatina.
2. Filme submetido à Altas Temperaturas
este erro, ao contrário do filme vencido, provoca uma imagem radiográfica de manchas
escuras pelo filme (Fig.2), devido as altas temperaturas que o mesmo é submetido
durante o transporte da fábrica até a distribuição ou a estocagem.

Fig. 2 (A/B) – Aspecto radiográfico do filme submetido à altas temperaturas, com a presença de
manchas escuras características.
Erros na Tomada das Radiografias
 São erros que acontecem devido a desatenção com a anamnese que deve
ser feita no paciente, verificando a presença de objetos metálicos. Nos
exames radiográficos intra ou extra-orais, o primeiro passo a ser seguido
para confecção do exame radiográfico ao receber o paciente é observar se
este paciente é portador de algum objeto metálico, como óculos, brincos,
cordão ou piercing, que possam atrapalhar o exame e perguntar se ele é
portador de próteses parciais removíveis ou totais. Após este passo
iniciaremos a um rápido exame clínico onde verificaremos se as
informações dadas pelo paciente estão corretas e verificaremos também se
existe a presença do Twinkle.

 Os objetos metálicos ou removíveis que este paciente possui e que


possam prejudicar a imagem radiográfica, deverão ser removidos, porém
se o paciente se recusar a remover ou não puder remover (caso dos
Twinkles e alguns piercing), este fato deverá ser anotado na ficha do
paciente ou descrito no laudo radiográfico.
1. Radiografar o paciente com PPR.

Fig.(A/B) – Aspecto radiográfico do filme com a presença de uma prótese


parcial removível (PPR).
2. Radiografar o paciente
com Óculos

Fig.(A/B) –Aspecto radiográfico do filme com a presença do óculos.


3. Radiografar o paciente com
Brincos

Fig. Paciente com Brinco. (A) Radiografia panorâmica com a presença do brinco, destacando a
imagem fantasma do brinco do lado oposto. (B) Radiografia cefalométrica apresentando múltiplas
imagens radiopacas dos brincos da paciente.
4. Radiografar o paciente com
Piercing.

Fig. Paciente com Piercing. (A) Radiografia Panorâmica com a presença do piercing.
5. Radiografar o paciente com
Twinkle

Fig. – Paciente com Twinkle. (A) Foto clínica de um paciente com Twinke.
(B) Radiografia Periapical com a presença do Twinkle.
6. Na Colocação do Filme:
Filme Baixo

Fig. (B) – Aspecto radiográfico do filme baixo, evidenciando a ausência da


imagem de parte da coroa dos dentes
7. Na Colocação do Filme:
Filme Baixo

Fig.(A/B) – Aspecto radiográfico do filme alto, evidenciando a ausência


da imagem de parte das raízes dos dentes
drthiagohenrique@hotmail.com
(99)98141-3612

Você também pode gostar