Você está na página 1de 114

Técnicas

Radiográficas
THIAGO MOREIRA
Mestrando em Patologia Bucal
Esp. em Ortodontia e Ortopedia Facial
Interpretação
radiográfica odontológica
X
Diagnóstico.
A interpretação radiográfica odontológica
nada mais é do que a explicação do que é
exposto em uma radiografia dental.

Já o diagnóstico diz respeito à identificação


de uma doença ou um agravo por meio do
exame ou análise
Três fontes de informação são frequentemente
utilizadas pelo cirurgião-dentista para se chegar
ao correto diagnóstico: exames clínicos, exames
radiográficos e exames laboratoriais.
Os exames clínicos/anamnese precedem os
demais.
Por essa razão, os exames radiográficos e
laboratoriais são também chamados de exames
complementares.
É somente após a realização desses três exames que muitas
vezes pode se chegar a um diagnóstico conclusivo
Os objetivos dos exames complementares, especialmente do
exame radiográfico, são:

1. Identificar a presença ou ausência de doença ou agravo;


2. Fornecer informações da natureza e da extensão da doença;
3. Possibilitar a formação de diagnósticos diferenciais
A prevalência e incidência de doenças na cavidade oral
variam com a idade, de uma maneira geral o diagnóstico
diferencial dessas patologias apenas com o exame clínico é
difícil, por isso os exames radiográficos se tornam elementos
essenciais para a decisão clínica em odontologia.
As cáries proximais incipientes e lesões periapicais são
passíveis de serem detectadas e definidas pelo exame
radiográfico.
É importante ter em mente que as radiografias são PROJEÇÕES DE
SOMBRAS em áreas que variam de tonalidade entre o preto e o
branco, com nuances intermediárias de cinza.
Além disso, radiografias são imagens ou PROJEÇÕES
BIDIMENSIONAIS e, portanto, não expressam profundidade.
A variação de tonalidades das SOMBRAS RADIOGRÁFICAS permite a
classificação das imagens em duas categorias: radiolúcido e
radiopaco;

• Radiolúcidas: são imagens de estruturas que absorvem pouco os


raios X.
• Radiopacas: são imagens de estruturas que possuem maior poder
de absorção dos raios X.
Elementos químicos com baixo número atômico aparecem
mais radiolúcidos que aqueles com número atômico mais
alto.
Podemos citar alguns fatores dependentes como: tempo de
exposição e o tempo de revelação.
A classificação de uma imagem em radiolúcida ou radiopaca
se faz através da comparação com a densidade de áreas
próximas que servirão de fundo para a imagem.
Por exemplo:

Se compararmos a DENTINA com a POLPA, a dentina


é mais RADIOPACA que a polpa. No entanto, se
compararmos a DENTINA com o ESMALTE, a dentina
é classificada como RADIOLÚCIDA. Portanto, essa
definição depende do parâmetro de análise.
Parâmetros de comparação para radiopacidade e radiolucidez.

FATORES DEPENDENTES Tempo de exposição e revelação


Aparência de uma estrutura radiográfica
em radiolúcida ou radiopaca.

Radiolúcido: Porção de uma radiografia processada que é escura ou negra –


estruturas radiolúcidas são pouco densas e permitem a passagem do feixe com
pouca ou nenhuma resistência.
Ex.: cárie dentária.

Radiopaco: Porção de uma radiografia processada que aparece clara ou branca –


estruturas radiolúcidas são densas e absorvem ou resistem a passagem do feixe
de raios X.
Ex.: restauração metálica.
Outra característica radiográfica é a projeção BIDIMENSIONAL em que
a AUSÊNCIA DE PROFUNDIDADE na radiografia provoca visualização
dos diferentes planos radiográficos em um único plano, no qual
estruturas anteriores se superpõem às posteriores.
Dessa forma, a recomendação é que sempre se avalie a área a ser
estudada por meio de incidências perpendiculares entre si.
Cada uma das imagens vai nos dar uma informação
adicional, podendo ser decisiva para o diagnóstico final.

O mesmo objeto pode determinar diferentes formas


radiográficas, dependendo da relação entre ele e a película
radiográfica sob o mesmo ângulo de incidência.
REQUISITOS PARA INTERPRETAÇÃO
• Entendimento da natureza e das limitações do branco, preto e tons de cinza
das imagens radiográficas;
• Condições ideais de visualização;
• Conhecimento sobre como as radiografias utilizadas na Odontologia devem se
apresentar de modo que uma avaliação crítica da qualidade de cada imagem
possa ser feita;
• Conhecimento detalhado dos aspectos radiográficos das estruturas
anatômicas normais;
• Conhecimento detalhado dos aspectos radiográficos das condições
patológicas que afetam a cabeça e o pescoço;
• Conhecimento e domínio das técnicas intra e extrabucais;
• Acesso às imagens anteriores para comparação
Condições ideais de visualização

Para observação de imagens radiográficas convencionais o


ideal é a utilização de negatoscópio, cuja tela de visualização
deve ser lisa, de luz uniforme e brilhante.
A sala de observação deve ser
escura e silenciosa, o que
confere maior concentração na
imagem.

É recomendado o uso de lentes


de aumento e/ou lupas.
Condições ideais de visualização

Além disso, o tamanho do negatoscópio deve estar de acordo com


o tamanho da película radiográfica, isso faz com que a
luminosidade passe somente através do filme, barrando a
passagem de luz adjacente e melhorando a qualidade de
observação da imagem.
Quando o tamanho do negatoscópio é incompatível com o
tamanho da radiografia, pode ser utilizada máscara de visualização
ou preencher o restante do negatoscópio com papel opaco preto,
por exemplo.
Uso de cartelas
• A cartela de filme, que pode ser de papelão ou plástico, é
usada para manter ou organizar as radiografias em ordem
anatômica. São usadas para filmes periapicais,
interproximais, série radiográfica da boca completa ou outras
combinações de filmes.
• Exemplo de algumas cartelas disponíveis no mercado, como: cartelas
de plástico e de papelão, cartelas para uma ou mais radiografias,
cartelas translúcidas ou opacas, que, como exposto anteriormente,
devem ser as preferidas por deixar que a luminosidade passe
somente através do filme.
Mas por que o uso de cartelas?
• Montadas em cartelas são vistas e interpretadas mais fácil
e rapidamente;
• São facilmente armazenadas e acessíveis para
interpretação;
• Montadas em cartelas também reduzem as chances de
erros para determinar os lados direito e esquerdo do
paciente;
• Reduzem o manuseio e previnem danos;
• Mascaram a iluminação adjacente quando utilizadas as
cartelas opacas
Cartela com espaço para a organização de filmes periapicais.
Cartela com área destinada à inserção de filmes periapicais e filmes interproximais.
Montagem dos filmes
A montagem dos filmes deve acontecer imediatamente após o
processamento. Atenção deve ser dada ao posicionamento do picote.
Além disso, a superfície de trabalho deve ser de cor clara, seca, limpa,
em frente a um negatoscópio, e o conhecimento da anatomia é
necessário para montagem das radiografias.

Por exemplo, em uma imagem radiográfica da região de pré-molares é


facilmente identificada se essa região radiografada é superior, caso
possa ser visualizado o seio maxilar. Por outro lado, se em uma
radiografia de pré-molares for observado o forame mentoniano, trata-
se de uma radiografia de dentes inferiores.
É necessário que a organização das radiografias
seja feita em grupos

• Periapicais anteriores: longo eixo do filme é orientado verticalmente;


• Periapicais posteriores: longo eixo do filme é orientado
horizontalmente;
• Radiografias superiores: montadas com as raízes dos dentes
apontando para cima;
• Radiografias inferiores: montadas com as raízes dos dentes apontando
para baixo;
• O picote deve ser usado para distinguir lado direito e esquerdo, para
tanto o lado elevado do picote deve ser posicionado na direção do
observador
O método da montagem vestibular é o mais utilizado.
Nesse caso as radiografias são visualizadas como se o
profissional estivesse olhando de frente para o paciente.

A montagem dos filmes nessa sequência


permite a visualização do exame radiográfico
periapical série completa em quadrantes, o
que facilita a interpretação e reduz a chance
de erros, como a troca do lado radiografado.
Imagens digitais

As radiografias digitais devem ser armazenadas para interpretação em


cartelas digitais e visualizadas no monitor do computador;
Salvas no arquivo eletrônico do paciente no computador - podendo ser
impressas.
A avaliação da qualidade da imagem deve ser feita de forma
criteriosa, antes da interpretação.
• Deve ser avaliado se na imagem existem alongamentos ou
encurtamentos - o que requer domínio da técnica;
• A densidade e o contraste devem estar em grau médio;
• Deve existir o máximo de detalhe; e
• Observar sempre se o processamento radiográfico foi feito de forma
satisfatória.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
DAS ESTRUTURAS
ANATÔMICAS NORMAIS QUE
DEVEM SER OBSERVADOS DE
ACORDO COM A
REGIÃO/ESTRUTURA
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS ESTRUTURAS
PATOLÓGICAS E AS TERMINOLOGIAS
DESCRITIVAS MAIS COMUMENTE UTILIZADAS

Primeiramente a patologia deve ser classificada quanto à sua


localização, podendo ser localizada ou generalizada, descrevendo sua
posição nos ossos maxilares.
Por exemplo, uma patologia pode estar localizada na “região de corpo
da mandíbula do lado direito”.
Outra terminologia descritiva bastante utilizada diz respeito ao
aparecimento de lesões em forma de lócus, podendo apresentar-se
como unilocular ou multilocular e ainda pseudolocular.
É indispensável a descrição das bordas da lesão, se
corticalizadas ou não corticalizadas.
CORTICAL ÓSSEA:
CONSERVADA, quando não há alteração;
EXPANDIDA, quando ocorre a expansão – porém sem
alterar a espessura da cortical;
ADELGAÇADA, quando diferentemente da anterior há
redução na espessura na cortical;
DESTRUÍDA, quando há um rompimento ou
descontinuidade da cortical.
CORTICAL ÓSSEA:
ESTRUTURA INTERNA:
• patologias radiopacas, como os cementomas,
• patologias radiolúcidas, como os cistos,
• patologias mistas, como as displasias nas quais são observadas
regiões tanto radiolúcidas quanto radiopacas.
Outra classificação se relaciona à forma das lesões e pode
ter as seguintes terminologias descritivas: OVOIDE ou
FESTONADA (como pode acontecer em patologias como
ameloblastomas).
REABSORÇÃO DENTÁRIA, que está ligada à proximidade
da lesão com os dentes.
Geralmente ocorre de forma lenta e está associada a lesões
benignas ou quando existe deslocamento dental causado
pela lesão.
As lesões podem ser classificadas também quanto à sua unidade,
podendo ser UNITÁRIAS ou MÚLTIPLAS.
PRINCÍPIOS GERAIS PARA INTERPRETAÇÃO
RADIOGRÁFICA
Alguns princípios gerais importantes como a idade e o sexo devem
ser observados para se chegar a uma hipótese diagnóstica, uma vez
que existe predileção de certas patologias relacionadas a esses
fatores, por exemplo:
• O querubismo é mais comumente observado em pacientes infantis,
já os ameloblastomas em pacientes a partir dos 20 anos de idade.
• Com relação ao sexo, os ameloblastomas são mais frequentes em
homens, enquanto que os cementomas mais frequentes em
mulheres.
O LAUDO RADIOGRÁFICO
Para um laudo radiográfico completo da cavidade bucal recomenda-
se a realização de uma radiografia panorâmica e de um exame
radiográfico periapical série completa. Dessa forma, o cirurgião-
dentista poderá ter uma visão geral dos maxilares e estruturas
adjacentes.
No laudo radiográfico devem conter informações como:
1. Paciente e informações gerais;
2. Procedimentos de imagem;
3. Informações clínicas;
4. Achados (descrição);
5. Interpretação radiográfica.
Deve ser feita a descrição dos achados com o
uso das terminologias descritivas e formulada
uma interpretação radiográfica:
1. Dentes ausentes;
2. Anodontia;
3. Dentes em formação;
4. Dentes inclusos / impactados / extranumerários / raiz residual;
5. Área radiolúcida na coroa (cárie ou restauração): m, o, d;
6. Área radiolúcida sob restauração (solução de continuidade): m, o, d;
7. Restauração em excesso;
Deve ser feita a descrição dos achados com o uso
das terminologias descritivas e formulada uma
interpretação radiográfica:
8. Tratamento endodôntico;
9. Presença de periapicopatia (pode ser circunscrita, com halo
radiopaco ou difusa);
10.Presença de cálculo subgengival (tártaro): m, d;
11.Nível ósseo alveolar (normal ou com reabsorção);
12.Apinhamento / giroversão;
13.Presença de dentes decíduos;
14.Área radiolúcida na coroa sugestiva de fratura.
Técnica radiográfica periapical
Técnica radiográfica periapical

O profissional deve conhecer:


• O funcionamento dos aparelhos de raios X
• Os posicionamentos da cabeça do paciente para
cada técnica.
• Os ângulos de incidência do feixe de raios X para
cada região
Técnica radiográfica periapical
Técnica radiográfica periapical
As Radiografias periapicais:
São realizadas com o objetivo de se obter de forma mais
detalhada a imagem das estruturas do órgão dentário e
da região periapical.
Técnica radiográfica periapical
As Radiografias periapicais:
A ficha periapical da boca toda de um paciente deve
conter um total de 14 radiografias periapicais.
Técnica radiográfica periapical
Posicionamento do filme:
• Face ativa voltada para os feixes de
raios X
• Picote próximo a coroa dentária
• Margem de 2 a 3mm
de filme além da
borda incisal.
Técnica radiográfica periapical
Pontos anatômicos para referência
Técnica radiográfica periapical

Posicionamento da cabeça do paciente


Na maxila, a linha de Camper deve estar paralela ao chão

Na mandíbula, a linha trago comissura labial deve estar


paralela ao plano horizontal (chão)

Plano Sagital Mediano: Deverá estar perpendicular ao plano


horizontal.
Técnica radiográfica periapical
Técnica radiográfica periapical

Técnica da Bissetriz Baseia-se


na Lei Isométrica de Cieszynski
Ou seja, o raio central deve
incidir perpendicular á bissetriz
do ângulo formado entre o eixo
do dente e o do filme radiográfico
Técnica radiográfica periapical

“A imagem projetada tem o mesmo


comprimento e as mesmas
proporções do objeto, desde que o
feixe central de raios x seja
perpendicular a bissetriz do ângulo
formado pelo plano do filme e o do
objeto”.
Técnica da Bissetriz ou Cone
curto
Técnica radiográfica periapical
Técnica da Bissetriz Ângulos de incidência do feixe de
raios X
Ângulos Verticais
Técnica do Z
Técnica radiográfica periapical

Técnica da Bissetriz

Ângulos de incidência do feixe de raios X Ângulos Horizontais

Deverá ser paralelo às superfícies proximais do grupo de


dentes que está sendo radiografado, e dirigido ao centro da
película.
Técnica radiográfica periapical
Técnica da Bissetriz

Manutenção
do Filme
Técnica radiográfica periapical
Técnica da Bissetriz
Manutenção do Filme
Técnica radiográfica periapical
Técnica do paralelismo
O filme é sustentado por um suporte porta-filme conhecido
como posicionador, facilitando o paralelismo entre o filme e o
dente.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do paralelismo
Técnica radiográfica periapical

Posicionadores
Técnica radiográfica periapical

Técnica do paralelismo Posicionamento do paciente


Técnica radiográfica periapical

A técnica da bissetriz foi a primeira a ser desenvolvida.

A técnica do paralelismo foi desenvolvida posteriormente,


em especial por necessitar do emprego de distâncias focais
maiores e, consequentemente, de um aumento do tempo
de exposição, o que a tornou inexequível durante uma boa
quantidade de tempo.
Técnica radiográfica periapical

Técnica da Bissetriz e Técnica do paralelismo

Vantagens Desvantagens
Simplicidade de execução do Maior Possibilidade de
exame radiográfico movimentos
Menor grau de ampliação Leve desconforto ao paciente
Padronização Maior custo operacional
Determinação dos ângulos Limitação da área visualizada
Técnica radiográfica periapical
Técnica da Bissetriz e Técnica do paralelismo
Vários aspectos IMPORTANTES poderão ser assinalados
através do exame radiográfico periapical
Técnica do Interproximal
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal

Para conseguir a radiografia Interproximal, o profissional


de Radiologia posiciona o aparelho para que o feixe de raio-
X atinja as faces proximais perpendicularmente e
paralelamente ao plano oclusal.

Angulação horizontal é orientada paralelamente às faces


proximais dos dentes que se deseja radiografar.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal
Também chamada de bite-wing, a radiografia interproximal é uma técnica
radiográfica intraoral em que você obtém imagens das faces mesial,
distal e das coroas dos pré-molares e molares, além das cristas ósseas
vizinhas do maxilar e da mandíbula.

Resumindo, permitem a visualização mais nítida dos dentes posteriores.


O termo “bite-wing” significa “asa de mordida” — termo da Odontologia
que se refere à forma como o paciente segura o receptor de raios-X
(entre os dentes).
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal
Como a radiografia interproximal é realizada?
O profissional de Radiologia posiciona o aparelho para que o feixe de
raio-X atinja as faces dos elementos que se busca a imagem,
escolhe-se as faces proximais, perpendicularmente e paralelamente
ao plano oclusal do paciente.

A angulação horizontal é orientada paralelamente às faces


proximais dos dentes que se deseja radiografar. Já a vertical varia
de 8 a 10º positivos.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal

Como a radiografia interproximal é realizada?


No processo tradicional, a asa de mordida é feita em um receptor
com filme radiográfico nas dimensões 3 x 4 cm ou 3,4 x 2,2 cm. É
feita numa película normal com aleta de cartolina ou colocada em
posicionador interproximal.

O filme é posicionado intraoralmente e o paciente faz a contenção


ocluindo sobre a aleta.
Técnica radiográfica periapical
Técnica do Interproximal
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal
Como a radiografia interproximal é realizada?
Caso o odontólogo queira estudar as cristas alveolares,
recomenda-se colocar o filme em pé.

Para que o odontólogo consiga visualizar os dentes


superiores e inferiores em um mesmo exame, a radiografia
interproximal é dividida em quatro:
• duas para a região dos dentes molares
• duas para os dentes pré-molares.
Técnica radiográfica periapical
Técnica do Interproximal
Na versão digital, não há necessidade de filme.

O profissional faz o posicionamento correto do aparelho e


conta apenas com o auxílio do posicionador para que o
paciente faça a oclusão.

O sistema de placas de fósforo, responsável por receber a


imagem, faz com que taxa de exposição à radiação seja 70%
menor do que a emitida por uma radiografia convencional.
Técnica radiográfica periapical
Técnica do Interproximal
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal

•posição da cabeça: PSM perpendicular ao solo e linha do trago à


asa do nariz paralela ao assoalho;

•arcada: o exame deve mostrar a face distal dos 2º pré-molares e a


face distal dos caninos.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal

O exame é totalmente indolor e não causa desconforto ao


paciente. Em menos de 2 minutos, o profissional obtém a imagem
que necessita. Obviamente, se o odontólogo necessitar de mais
zonas anatômicas, o tempo tenderá a aumentar.

A radiografia interproximal é simples, pode ser feita tanto em


crianças quanto em adultos e não requer preparação prévia.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal
Gestantes podem fazer radiografia interproximal?

O ideal é que gestantes evitem exames de raio-X durante a gravidez.

No entanto, a radiografia interproximal não apresenta contraindicações


significativas. Para evitar qualquer tipo de problema, a paciente deve
avisar tanto ao odontólogo quanto ao profissional de Radiologia sobre o
atual tempo de gravidez.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal
Mesmo que a gestação não seja
confirmada, é essencial avisar sobre a
suspeita.

Nesse caso, o profissional vai tomar o


mesmo cuidado que tomaria com uma
gestante: o uso de um avental de chumbo
para proteger o feto da exposição à
radiação.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal

Quais as indicações da radiografia interproximal?


•visualização das coroas dos dentes superiores e inferiores numa
mesma imagem;
•relação entre dentes decíduos e germes dos permanentes;
•visualização de possíveis mudanças na cavidade pulpar;
•visualização de cáries oclusais e interproximais;
•identificação de excessos marginais;
•avaliação do estado periodontal;
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal

Quais as indicações da radiografia interproximal?


•visualização de cálculos dentais;
•visualização das cristas ósseas;
•visualização de perdas ósseas;
•pesquisa de cálculo gengival;
•reincidência de cáries;
•pode ser usada para avaliar a eficácia de alguns tratamentos,
como as restaurações.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal

Quais as vantagens da radiografia interproximal?


•a radiografia interproximal oferece maiores resolução e nitidez, pois atende aos 5
itens da radiografia ideal com mais qualidade que outras técnicas;

•ideal para análise de presença de cáries oclusais e interproximais, que são mais
difíceis de diagnosticar durante um exame clínico, além de trauma oclusal;

•mais rápida e simples, portanto exige menos exposição do paciente aos raios-X.
Técnica radiográfica periapical

Técnica do Interproximal
A versão digital da radiografia interproximal proporciona ainda mais benefícios:
•imagens digitais economizam armazenamento e são mais fáceis de compartilhar
entre outros profissionais;
•permitem marcações e edições de contraste, brilho e tamanho;
•promovem a sustentabilidade, já que a receptação de imagens não lida com
substâncias tóxicas tanto ao ambiente quanto aos profissionais e pacientes;
•equipamentos de radiologia digital não geram resíduos poluentes ao meio ambiente;
•exigem menos exposição aos raios-X;
•raramente necessitam de retrabalho.
Raio X convencional
X
Raio X Digital
Técnica radiográfica periapical
Posicionadores intraorais

Os posicionadores intraorais para radiografias periapicais


comercialmente disponíveis são baseados em três (3) principais
modelos:
1. Posicionador para a técnica da Bissetriz, baseado no modelo
de Hanshin;
2. Posicionador para a técnica do Paralelismo, baseado no
modelo Rinn;
3. Posicionador para uso endodôntico.
Técnica radiográfica periapical
Posicionadores intraorais
Técnica radiográfica periapical

Posicionadores intraorais
Técnica radiográfica periapical
Radiográfica Periapical
https://youtu.be/CHLRn1gxDkU
Técnicas Radiográficas Intrabucais: Paralelismo e Interproximal.
1. A interpretação radiográfica é uma explicação do que é visto em
uma radiografia, possibilitando a detecção de doenças, lesões e
condições que não podem ser identificadas apenas clinicamente;
2. Para correta interpretação é necessária a montagem das
radiografias periapicais em cartelas;
3. Devem ser levados em consideração o picote e as características
anatômicas para a montagem das cartelas;
4. As radiografias devem ser analisadas em ordem sequencial, por
quadrante;
5. Utilizar sempre negatoscópio em ambiente
com luz reduzida;
6. Pode e deve ser feito o uso de lupas;
7. O uso da terminologia descritiva é importante
para descrever aspectos radiográficos;
8. Utilizar a técnica correta durante a tomada
radiográfica.
drthiagohenrique@hotmail.com
(99)98141-3612

Você também pode gostar