Bárbara Silva 19.

Técnicas radiográficas extrabucal

Em exames radiográficos extra-orais, tanto a fonte de raios X quanto o receptor de imagens
(filme radiográfico ou sensor eletrônico) são colocados fora da boca do paciente.
As técnicas extraoral são predominantemente utilizadas na área da medicina, com excessão da
radiografia panorâmica e a radiografia cefalométrica que são utilizadas na odontologia.
· Indicações para a utilização das técnicas radiográficas extrabucal:
- Quando se tem necessidade de uma exploração radiológica mais ampla, incluindo regiões
anatomicas maiores;
- Em situações as quais os filmes intrabucais são insuficientes devido ao tramanho ou devido
aos pacientes não apresentarem condições para a realização do exame intrabucais. Exemplo:
Caso de trismo; pacientes com reflexos de náuseas ao contato bucal com os filmes; pacientes
politraumatizados; pacientes com intolerância à colocação intrabucal dos filmes.

· Filmes radiográficos e placas intensificadoras: Nos procedimentos extrabucais, os filmes

radiográficos utilizados são os chamados filmes screen, tendo a necessidade da
utilização do chassi e placas intensificadoras.
· Formação da imagem: A formação da imagem radiográfica se dá aproveitando as
propriedades dos raios X, a fluorescência, que é obtida pela incidência do feixe de raios
X nas placas intensificadoras, que produzindo luz vão sensibilizar o filme radiográfico
intercalado no chassi porta-filmes entre as placas intensificadoras.
· Placas intensificadoras: As placas intensificadoras podem ser classificadas em:
1) Rápidas: Que fornecem uma imagem radiográfica de alta intensificação;
2) Lentas: Que melhoras a definição da imagem radiográfica;
3) Médias: As mais frequentemente utilizadas, dando um equilibrio entre a velocidade e a
definição da imagem radiográfica obtida.

· Classificação das técnicas eadiográficas extrabucais:

1) Laterais:
- Da mandibula, para exame do ângulo e ramo;
- Da mandibula, para exame do corpo;
- Da cabeça (incluindo tecidos moles e tecidos duros);
- Cefalometricas (telerradiografias).

2) Póstero-anteriores (PA):
- PA da mandibula;
- PA do seio maxilar;
- PA do seio frontal;

3) Axiais:
- Para base do crânio.
 · Projeção cefalométrica lateral (projeção lateral do crânio):
A radiografia lateral do crânio, quando utilizada para fazer mensurações lineares ou ângulares, é
chamada de radiografia cefalométrica.
A radiografia cefalométrica tem maior aplicação na ortodontia e cirurgia ortognática.
Para a execução da técnica cefalométrica é necessário o emprego de equipamento provido de
um cefalostato.
- Cefalostado: O cefalostado tem por finalidade manter o paciente na posição correta desejada
e proporcionar a obtenção de radiografias, com o paciente no mesmo posicionamento de
cabeça, em épocas diferentes.
- Cefalograma: Através da identificação e determinação dos pontos antropométricos e
mensuração das linhas e ângulos que são formados pela ligação desses pontos
antropométricos, podemos realizar um estudo cefalométrico e constituir um cafalograma.

- Indicações da radiografia cefalométrica na ortodontia:

1. Estudos de crescimento e desenvolvimento craniofacial;
2. Diagnóstico de anormalidades;
3. Comparações das alterações ocorridas antes, durante a após o tratamento;
4. Método auxiliar no planejamento dos pacientes ortodônticos;
5. Direção de crescimento dos maxilares;
6. Comportamento espacial dos maxilares;
7. Relação do perfil ósseo e perfil mole;
- Pré-requisitos para a realização da radiografia cefalométrica:
1) Posicionamento do paciente: Posicionamento correto no cefalostato. Plano sagital mediano
perpendicular ao plano horizontal e o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal
2) Área de incidência do feixe de raios X: Lado oposto ao lado examinado
Na região do trágus
3) Direção do feixe de raio X: Ângulo vertical: 0°
Ângulo horizontal: 90°
4) Posição do chassi porta-filmes: Perpendicular ao pano horizontal, colocado no cefalostato.
5) Fatores de exposição: Distância focal - 1,50m
Tempo de exposição: 1,0 segundos (em média)