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RADIOLOGIA E

IMAGINOLOGIA

produzido por Yasmim Barbosa Alves


RADIO E
IMAGINO

01
RADIOGRAFIA PANORÂMICA

02 ERROS DE TÉCNICA

03 TELERRADIOGRAFIAS DE PERFIL E FRONTAL

04 PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA

05 RADIOGRAFIA DIGITAL

06 ANOMALIAS DENTÁRIAS

07 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

produzido por Yasmim Barbosa Alves


RADIO E
IMAGINO

08 ALTERAÇÕES DO ÓRGÃO DENTÁRIO

09 ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS PERIAPICOPATIAS

10 TUMORES

11 ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DOS CISTOS


MAXILARES

12 PATOLOGIA ÓSSEA

produzido por Yasmim Barbosa Alves


RADIOGRAFIA PANORÂMICA

→ Trata-se de um tipo de radiografia extra-oral, na qual o filme é posicionado fora da boca do


paciente, possibilitando radiografias que favoreçam uma avaliação mais ampla das regiões
craniofaciais.

→ Técnica que produz uma única imagem tomográfica de ambos os arcos dentários e suas
estruturas de suporte (complexo dentomaxilomandibular)

Definição:
é o tipo de radiografia que se obtém através do princípio tomográfico e que, devido à sua
abrangência, permite a avaliação de todo o terço médio-inferior da face

→ Princípio da tomografia
O movimento sincrônico e antagônico do cabeçote e do sensor (filme) torna não visíveis as
estruturas aquém e além da camada de interesse.

A fonte de raios X e o filme são colocados opostos a cada outro e se movem em direções opostas ao
redor da cabeça do paciente.

Plano de corte/zona de nitidez: zona definida do objeto que contém pontos registrados com
detalhes suficientes que permitem a sua identificação
(é a área mais amarela escura da imagem, onde o paciente irá morder o posicionador)

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Indicações:
1. Avaliação geral da dentição
2. Análise de patologias intra ósseas, como cistos, tumores ou infecções
3. Avaliação geral das articulações temporomandibulares
4. Avaliação da posição dos dentes impactados
5. Avaliação da erupção da dentição permanente
6. Trauma dentomaxillofacial
7. Distúrbios de desenvolvimento do esqueleto maxilofacial
8. Avaliação de terceiros molares no planejamento de intervenção cirúrgica
9. Proservação pós-intervenção cirúrgica
10. Avaliação ortodôntica
11. Alterações nos seio maxilar
12. Planejamento para cirurgia
13. Avaliação de suporte ósseo periodontal

Vantagens da radiografia panorâmica:

✓ Ampla cobertura dos ossos faciais e dentes


✓ Baixa dose de radiação
✓ Baixo custo
✓ Facilidade de técnica da radiografia panorâmica
✓ Pode ser usada em pacientes com trismo ou em pacientes que não toleram radiografia intraoral
✓ Técnica radiográfica conveniente e rápida

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✓ Auxílio visual útil na educação do paciente e na apresentação de caso

Desvantagens:

X Imagens com baixa resolução que não proporcionam os detalhes dados pelas radiografias intra
orais

X Falta de nitidez da região anterior em casos de má oclusão (Classe II e classe III)

X Coeficiente de ampliação distintos para região anterior e posterior

X Impossibilidade de medidas exatas

X A ampliação através da imagem é desigual, tornando as medidas lineares não confiáveis,


podendo sofrer distorção quando ampliadas

X A imagem é a sobreposição das imagens reais, duplas e fantasmas, e requer uma visualização com
cuidado para decifrar detalhes patológicos e anatômicos

X Requer posicionamento preciso do paciente a fim de evitar artefatos e erros de posição.

X Difícil de capturar imagens dos dois maxilares quando o paciente tem sérias discrepâncias
maxilomandibulares

X Objetos clinicamente importantes podem estar situados fora do campo focal e aparecer
distorcidos ou mesmo não aparecer.

Aparelho panorâmico:
→ Cabeçote de raio X
→ Conjunto chassi (screen e ecran) + placa metálica
→ Dispositivos para posicionar o paciente (cefalostato)
→ Controle de comando

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Obs: os feixes de raio X são direcionados de baixo para cima. Com um ângulo vertical de -4º a -10º.
Estes têm um eixo de rotação no qual o cabeçote com o tubo de raios x gira em torno de um centro
de rotação ao redor do paciente.

Princípios da tomografia rotacional de feixe estreito:


- o feixe de raio X deve ser colimado de um feixe largo para um feixe estreito
- o chassi deve ser colocado atrás de uma placa protetora de metal (abertura estreita para a
exposição ao feixe de raio X)
- ´Porta chassi e cabeçote de Raio X se movem em direções OPOSTAS durante a exposição
- o cabeçote (fonte de raio X) passara por trás da cabeça do paciente e o porta chassi pela
frente

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1. Princípio orto-pantomográfico
- Centro de rotação do movimento

O feixe de raio x sensibiliza o lado oposto, sendo este o lado que está junto ao sensor, que vai
ser projetado no filme.

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OBS: quando é realizada a imagem, a área central recebe radiação 2x, por isso observa-se na
tomografia uma coluna cervical projetada do lado direito e outra do lado esquerdo, por ser irradiada
duas vezes. (Imagens duplas)

O colimador da panorâmica é estilo uma fenda, por isso, diferentemente do raio-x convencional,
este restringe muito o feixe de raio–x, logo, direciona melhor os feixes e tem menos radiação. É ideal
pois tem informação da arcada inteira e não tem tanta exposição.

O sensor gira em torno do seu longo eixo, o feixe de raios x sai por trás da cabeça do paciente e o
filme /sensor passa na frente, logo, se o paciente é mal posicionado e fica muito pra frente, ele fica
mais próximo ao sensor e se fica muito pra trás, fica mais próximo do feixe de raios x.

Atenção:
Quanto mais próximo do filme (sensor), a figura vai se estreitar!
Quanto mais próximo do feixe de raios x, a imagem vai se alargar!
Se o paciente ficar centralizado, a imagem fica ideal!

Centro de rotação:
O centro de rotação move-se anteriormente ao longo do arco e termina lingualmente à sínfise da
mandíbula quando a linha média é
radiografada.

Campo focal:
O campo focal é uma zona curva tridimensional, ou “camada de imagem”, onde as estruturas
situadas dentro dela são razoavelmente bem definidas na imagem panorâmica final.

→ Os objetos fora do campo focal aparecem borrados, ampliados ou reduzidos e, por vezes,
ficam tão distorcidos que se
tornam irreconhecíveis.

→ Os aparelhos panorâmicos geralmente


proporcionam luzes a laser de modo a permitir que o operador posicione a dentição do paciente
corretamente no campo focal.

Distorção da imagem:
A imagem panorâmica produz, necessariamente, distorção do tamanho e formato do objeto. Essas
distorções fazem que a imagem panorâmica seja altamente suspeita para medidas lineares ou
angulares.

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A distorção da imagem é influenciada por:
1. Angulação do feixe de raio X
2. Distância entre o objeto e a fonte de raio X
3. Trajetória do centro de rotação
4. Posição do objeto dentro do campo focal

Quando a estrutura de interesse está deslocada à lingual da sua posição ideal no campo focal, em
direção à fonte de raios X, os feixes atravessam-na mais lentamente do que o movimento do
receptor. Consequentemente, as imagens das estruturas nessa região ficam alongadas
horizontalmente e aparecem mais
largas.

Por outro lado, quando a mandíbula está deslocada à frente do campo focal, o feixe passa mais
rápido do que o normal pelas estruturas. No exemplo mostrado, em função de o receptor estar se
movendo a uma velocidade adequada, as representações dos dentes anteriores estão reduzidas
horizontalmente na imagem e aparecem mais finas.

Exemplo:

Legenda: na primeira imagem observamos que a mandíbula está para trás e mais perto do feixe de
raio X. Dessa forma, como mostra a figura 2, a imagem se encontra mais alongada horizontalmente
e borrada. Já na figura 3 podemos observar que a mandíbula está deslocada para frente e mais

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distante do feixe de raio X. Então, o resultado, como mostra na figura 4, é uma imagem estreita e
alongada verticalmente.

Ampliação vertical:
→ A amplitude da distorção horizontal varia entre as regiões anteriores e posteriores dos
maxilares.
→ A orientação do feixe de raios X panorâmico possui uma leve inclinação caudocranial.
→ Assim, as estruturas que estão posicionadas mais próximas da fonte (mais por lingual) são
projetadas mais acima da imagem, com relação às estruturas que estão posicionadas mais afastadas
da fonte de radiação.
Exemplo:

Legenda: Três posições diferentes do canal mandibular são indicadas, de lingual a bucal.
Todas as três posições estão no mesmo plano horizontal. No entanto: devido à angulação do feixe de
raios X, a imagem do canal lingualmente posicionado (laranja) é projetada mais próxima do ápice do
molar, enquanto a imagem do canal bucalmente posicionado (verde) é projetada mais afastada do
ápice da raiz.

Imagens reais, duplas e fantasmas:

1. Imagens reais:
Objetos localizados entre o centro de rotação e o receptor formam uma imagem real. Dentro
dessa zona, os objetos que estão dentro do campo focal moldam imagens relativamente nítidas,
enquanto as imagens dos objetos localizados longe do campo focal ficam borradas.

2. Imagens duplas:

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Os objetos que ficam à frente do centro de rotação e que são interceptados duas vezes pelo
feixe de raios X formam imagens duplas. Esta região inclui o osso hióide, a epiglote e a coluna
cervical, os quais moldam imagens dos dois lados e formam imagens duplas.

3. Imagens fantasmas:
Alguns objetos estão localizados entre a fonte de raios X e o centro de rotação. Esses objetos
formam imagens fantasmas. Na imagem panorâmica, as imagens fantasmas aparecem na imagem
do lado oposto da verdadeira localização anatômica e a um nível mais elevado devido à inclinação
voltada para cima do feixe de raios X. Devido ao objeto estar localizado fora do plano focal e próximo
à fonte de raios X, a imagem fantasma fica borrada e significativamente aumentada.

Técnicas e posicionamento:

→ Retirar brincos, jóias, prendedores de cabelo, óculos, prótese removível ou aparelhos ortodonticos
móveis.

→ Explicar o exame para o paciente para tranquilizar

→ Paciente com a coluna ereta e deve segurar o apoio ou alça estabilizadora disponível

→ Orientar o paciente a ocluir os dentes incisivos superiores e inferiores topo a topo na placa de
mordida com o mento apoiado no suporte apropriado.

→ O paciente deve ser imobilizado usando o suporte de têmporas

→ Marcadores luminosos devem ser utilizados de forma que:


1. plano sagital mediano fique vertical
2. plano de frankfurt na horizontal
3. Luz do canino posicionada entre o incisivo lateral superior e o canino

→ Orientar o paciente a fechar os lábios e pressionar a língua no céu da boca de forma a


permanecer firme com o palato e não se movimentar durante o ciclo de exposição

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-

Plano de frankfurt:
Plano horizontal de Frankfurt é um plano estabelecido do ponto mais baixo da margem orbitária ao
ponto mais alto da margem do meato acústico externo,

Variações da técnica:
● Posicionamento do paciente edêntulo
- o apoio do mento é utilizado no lugar da placa de mordida
- feixe de luz do canino é centralizado no canto da boca

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Erros de técnica
Recapitulando…
O paciente deve morder a ranhura no local certo e ficar centralizado de forma imóvel para não
ocorrer erros.

→ Se o paciente ficar + próximo do centro de rotação (feixe de raios): enlarguece

→ Se ficar + próximo do filtro:


fica mais estreito

OBS: O tecido barra a radiação, logo, a língua deve ficar no céu da boca (contra o palato) para
diminuir a incidência de radiação nessa área e para que a imagem fique clara, e não radiolúcida
impedindo a visualização.

Então, quais podem ser os erros de técnica?

1) Incisivos posicionados além da camada focal


Consequência: imagem reduzida e pouco nítida

2) Incisivos posicionados aquém da camada focal


Consequência: imagem dos dentes mostra-se ampliada e pouco nítida

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3) Plano de Frankfurt inclinado para anterior
Consequência: acentuação da curva de Spee, sobreposição de pré molares e perda de visão da
região de ATM

4) Plano SGM em posição de desvio horizontal


Consequência: magnificação do lado para qual houve o desvio

5) Plano de Frankfurt inclinado para posterior


Consequência: inversão da curva de Spee, distorção completa da imagem (alargamento das regiões
posteriores)

6) Língua não posicionada contra o palato


Consequência: sombra radiolúcida sobre as raízes dos dentes anteriores

Sequência interpretativa da radiografia panorâmica:

1. Processo estilóides
2. ATM
3. Mandíbula
4. Maxila
5. Seios maxilares
6. Fossas nasais (septo e cornetos)
7. Contagem dos dentes
8. Anomalias dentárias
9. Alterações do órgão
10. Alterações do periápice
11. Alterações do periodonto

ERRO CONSEQUÊNCIA COMO CORRIGIR

Paciente muito pra Dentes anteriores borrados e Usar o bloco de mordida;


frente estreitos com pseudo-espaços; Alinhar a borda incisal dos dentes
Sobreposição da coluna sobre o com a canaleta
ramo;
Pré molares se sobrepõe
bilateralmente

Paciente muito pra trás Dentes anteriores borrados, Usar o bloco de mordida;
alargamento; Alinhar a borda incisal dos dentes

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Imagem fantasmas dos ramos, com a canaleta
espalhamento das conchas nasais,
orelhas e nariz

Mento inclinado para Curva excessiva de Spee Usar o apoio para o mento
baixo Perda da imagem das raízes dos
dentes anteriores inferiores;
Plano de Frankfur
inclinado para ANTERIOR Estreitamento da distância
intercondilar e perda da cabeça dos
côndilos nas bordas

Mento elevado Curva reversa de spee; Perda da Usar o apoio para o mento
imagem das raízes dos dentes;
Plano de FrankFurt Aumento da distância intercondilar
inclinado para posterior e perda da imagem da cabeça dos
côndilos

Cabeça girada Ampliação desigual entre os lados Alinhar a linha média do paciente
direito e esquerdo com o centro do bloco de mordida
incisal

Cabeça inclinada Sobreposição dos pontos de


contato;
Mandíbula inclinada;

Posição afundada Imagem fantasma da coluna Reposicionar o paciente


sobreposta na região anterior

Mento não apoiado no Seio maxilar não visível; Posicionar o mento sobre o apoio
acessório Distância excessiva entre as bordas
inferiores da mandíbula e da
radiografia;
Côndilos com a parte superior
cortada para fora

Guia de mordida não Bordas incisais e oclusais dos Usar o bloco de mordia
usada dentes superiores e inferiores
sobrepostas

Língua separada do Radioluscência relativa que Pedir ao paciente que posicione a


palato escurece os ápices dos dentes língua firmemente no palato e não
anteriores deglutir enquanto tira a panorâmica

Lábios entreabertos Radioluscência relativa na porção Fechar os lábios


coronária

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Movimento do paciente Espaço ondulado no córtex da Pedir ao paciente que fique imóvel
borda interna da mandíbula e
borramento da imagem acima da
cortical ondulada

Prótese Prótese evidenciada e não se Pedir ao paciente que remova as


visualizam os dentes próteses totais e parciais

Avental/Brincos Avental sobreposto na panorâmica Pedir para que o paciente recoloque


e Imagem fantasma dos brincos ou o avental corretamente retire todos
colares. as jóias.

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Telerradiografias de perfil e frontal
As técnicas radiográficas extrabucais se classificam em:

1. Laterais
→ Mandíbula
→ Cabeça
→ Cefalometria*

2. Póstero-anteriores
→ Mandíbula, seio frontal, seio maxilar, telerradiografia frontal, reversa de towne

3. Axiais
→ Base do crânio

Cefalometria

→ Conceito:
é a mensuração de grandezas, lineares e angulares, em radiografia da cabeça

Céfalo refere-se à cabeça abrangendo ossos, dentes e tecidos moles. Difere da craniometria que
se restringe a medir ossos e dentes diretamente no osso seco.

A telerradiografia projeta toda a morfologia da cabeça em um só plano, facilitando a sua


mensuração

→ Plano de frankfurt
é o plano de orientação do crânio, sendo este no plano na horizontal

OBS: O plano de Frankfurt pode ser determinado tanto no crânio seco quanto na cabeça ou na
telerradiografia!
- No crânio: passa pela borda superior e externa dos meatos acústicos externos, direito e
esquerdo e pelo ponto mais abaixo da margem da órbita

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- Na cabeça:
passa pela borda superior do tragus (no conduto auditivo externo), e pelo ponto mais baixo na
margem da órbita esquerda, determinado pela palpação.

- Na telerradiografia:
passa pelo ponto mais superior na borda externa do meato acústico externo e pelo ponto mais baixo
na margem da órbita

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→ Indicações:

✓ Método científico de avaliação das dimensões faciais


✓ Complemento no diagnóstico
✓ Apreciação estética
✓ Análise do crescimento e desenvolvimento craniofacial
✓ Estudo das relações dento-faciais
✓ Avaliação dos espaços orofaríngeos
✓ Correlação dos ossos do crânio, da face e de tecido mole
✓ Muito útil em diagnósticos e planos de tratamento em ortodontia e cirurgias ortognáticas
✓ Documentação legal

→ Aplicações:

1) Ortodontia
- Diagnóstico inicial dos tecidos ósseos, tegumentares e dentários
- Planejamento do tratamento
- Monitoramento do tratamento
- Avaliação dos resultados

2) Cirurgia ortognática
- Avaliação dos padrões esqueléticos e dos tecidos moles
- Meio auxiliar no diagnóstico

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- Avaliação pós-operatória
- Acompanhamento a longo prazo

POSICIONAMENTO DO PACIENTE

→ Radiografia cefalométrica lateral

- Tronco ereto
- Lado esquerdo da face junto ao porta-filmes
- Plano de Frankfurt na horizontal
- Plano sagital mediano na vertical, perpendicular ao solo
- Olivas do cefalostato introduzidas nos condutos auditivos externos
- Dentes em máxima intercuspidação
- Musculatura peribucal em repouso

Área de incidência dos feixes de raio-X:


Na região do tragus, do lado oposto da cabeça àquele examinado.

→ TÉCNICA

O raio x vai ficar a cerca de 1,82m do paciente, por isso se chama de feixe de raios x de perfil, pois
o feixe vai estar a 50cm de distância, usando os raios mais paralelos.

O filtro/colimador barra a radiação no perfil mole do paciente, o que evita a exposição de uma vez
só do paciente (que queimaria o perfil mole e a região do nariz, lábio, não aparecendo). Logo, esse
filtro diminui a intensidade da radiação para que o perfil mole seja visualizado juntamente com o
perfil ósseo!

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O plano sagital mediano deve ser perpendicular ao chão.

O diferencial dessa técnica lateral é o uso do cefalostato (suporte de cabeça), que permite
posicionar a cabeça do paciente paralela ao filme/sensor e, ainda, repetir essa tomada radiográfica
em períodos futuros, com os mesmos padrões geométricos.

→ REQUISITOS DA TELERRADIOGRAFIA:

✓ Nitidez das estruturas anatômicas


✓ Coincidência das imagens das olivas do cefalostato
✓ A imagem da sela turca deve mostrar um traço único
✓ Dentes em oclusão cêntrica

Erros de técnica

x Paciente com boca aberta


x Cabeça muito baixa
x Lábios enrijecidos (devem estar relaxados)

Materiais necessários para realizar a cefalometria

- Negatoscópio
- Lápis ou lapiseira com grafite HB 0,5mm
- Borracha
- Rolo de fita adesiva
- Régua milimetrada
- Transferidor
- Papel acetato transparente "ultraphan"

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Divisão do traçado cefalométrico:

1. desenho das estruturas anatômicas


2. pontos cefalométricos

1. Desenho anatômico da Cefalometria

a) Perfil mole
contorno dos tecidos moles iniciando na região frontal, descendo até o lábio superior, depois lábio
inferior até abaixo do mento

b) Sela turca
contorno interno da sela, juntamente com os processos clinóides anterior e posterior

c) Base do crânio
contorno externo anterior e posterior do clivo até a região do côndilo da mandíbula

d) Perfil do osso frontal e dos ossos nasais


contorno externo do osso frontal e ossos nasais, deixando a sutura fronto-nasal livre do desenho

e) Meato acústico externo


contorno externo mais superior do meato, fica localizado através do côndilo mandibular (! não
confundir com o meato interno, situado mais acima)

f) Pório
parte mais alta do conduto auditivo externo e a parte mais alta do côndilo mandibular

g) Borda interior das órbitas


desenhar a imagem radiográfica, e se existir imagens duplas, os desenhos duplos devem ser feitos

h) Fissura pterigomaxilar
formada na sua porção anterior pelo limite posterior da tuberosidade maxilar e na sua porção
posterior pelo limite anterior do processo pterigóide. forma de gota invertida!

i) Maxila
traçar o limite anterior (perfil alveolar), desde a espinha nasal anterior até a espinha nasal posterior.

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j) Dentes
traçar os incisivos centrais superiores e inferiores mais vestibularizados, assim como as suas raízes
Desenhar as coroas dos 1 molares permanentes.

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TELERRADIOGRAFIA FRONTAL (póstero-anterior)

Indicações:

1. Planejamento e controle pós operatório de cirurgias ortognáticas

2. Análise do crescimento e desenvolvimento crânio-facial (largura e simetria)

Posicionamento do paciente
- Vai ficar de frente para o chassi
- Nariz um pouco afastado
- Olivas posicionadas no ouvido do paciente.
- Manter a região frontal e do ápice nasal apoiada no chassi porta filmes (também conhecida
como posição occipito fronto nasal).

→ Chassi:
perpendicular ao plano horizontal

→ Cabeça do paciente:
plano mediano perpendicular ao horizontal, cefalostato

→ Feixe de raio X:
2 cm, abaixo da protuberância occipital externa

→ Ângulos horizontal e vertical: 0 graus

Reparos anatômicos:
1. Seio frontal
2. Crista Galli
3. Seios maxilares
4. Seio esfenoidal
5. Septo nasal
6. Corneto nasal inferior
7. Projeção da porção petrosa do temporal
8. Limite inferior da porção petrosa do temporal
9. Órbita
10. Processo odontóide

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11. Projeção da coluna
12. Processo mastóide

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PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA

Objetivo: visualização e descrição da radiografia, não diagnosticando.

Exame clínico + exame laboratorial + exame radiográficos

Qual a importância da radiografia?

Possibilidade de visualização dos espaços interproximais, melhor diagnóstico pois a olho nu não se
consegue visualizar esses espaços, logo, uma cárie pode estar "escondida"; Visualização das raízes.

Relembrando:
→ A imagem radiográfica é realizada através da projeção de sombras (imagens) de forma
bidimensional

Logo, se você mexer na angulação, vai haver modificações e ter interferência na imagem revelada
ou projetada. Se o filme estiver dobrado, por exemplo, esta irá alongar.

→ Princípio do paralaxe
Ao examinar dois objetos semelhantes que se encontram em linha reta, o objeto mais próximo até
certo ponto encobrirá o mais distante.

→ Princípio de Clark
Quando há uma mudança no ângulo de incidência do raio-x, há a dissociação dos objetos antes
sobrepostos e teremos outra perspectiva da imagem visualizada.

OBS: é importante, por exemplo, na visualização das raízes e dissociação de canais!

Paralelismo x bissetriz
A técnica vai interferir na interpretação radiográfica

→ Visualização de nível ósseo: fazer a técnica do paralelismo

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA A INTERPRETAÇÃO DE RADIOGRAFIAS

1. A região a ser interpretada deve aparecer totalmente na radiografia na incidência que


melhor reproduza a região radiografada

2. A radiografia a ser interpretada deve abranger não somente os limites da região suspeita,
mas também mostrar o tecido ósseo circundante à esta região

3. Para se interpretar uma radiografia, há a necessidade de conhecimento das estruturas


anatômicas e suas variações, bem como as entidades patológicas que podem provocar o
aparecimento das imagens radiográficas

4. Sempre que se inicia um tratamento odontológico, há necessidade de um levantamento


completo dos arcos dentais e ou das regiões edêntulas, se existentes, mesmo que não
ocorra uma suspeita clínica

Descrição dos achados radiográficos

● Localização
● Densidade
- radiolúcida
- radiopaca
- mista
● Forma para imagens radiolúcidas
- unilocular: área radiolúcida maior
- multilocular: várias áreas radiolúcidas juntas, aspecto "favo de mel")
● Tamanho
● Bordas/Limite
- delimitadas
- difusas
● Contorno/margem
- regular
- irregular

● Efeitos
- Reabsorção da raiz
- Deslocamento de raiz
- Adelgaçamento da cortical (expansão)

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- Alteração na erupção
- Perda da lâmina dura
- Extrusão
- Compressão do canal mandibular
- Apagamento do canal mandibular
- Deslocamento do canal mandibular
- Estreitamento do canal mandibular

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RADIOGRAFIA DIGITAL

COMO FUNCIONA O TUBO DE RAIO X?

A radiologia digital é uma técnica alternativa à tradicional radiografia odontológica que dispensa
películas radiográficas, pois a captação da imagem acontece pelo sensor de raio-x (e não mais
pelo tubo) e é enviada diretamente para um computador.

O QUE É A IMAGEM DIGITAL?

É um sistema que transforma a imagem formada pelos raios X em imagem digital.

Uma imagem digital é feita de uma linguagem binária de 0s e 1s arranjados em filas e colunas
chamadas matriz

AQUISIÇÃO DA IMAGEM

A imagem digital pode ser obtida através de dois tipos de sistemas: o indireto, ou o direto.

1) Sistema indireto (CR)


É quando temos a radiografia convencional (em filmes) e passamos no scanner, transformando
ela no digital, porém, perde-se qualidade.

2) Sistema direto
É quando se obtém a imagem através de sensores (estes assumem o papel da película
radiográfica):

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Tipos de sensores:
- CCD (Charge-couple device)
- PSP
- CID
- CMOS

VANTAGENS DA IMAGEM DIGITAL

→ Dispositivo marcador digital


→ Tempo de exposição menor ao paciente (pois os sensores digitais são muito mais sensíveis e
exigem menos raios, o que torna o procedimento ainda mais seguro.)
→ Ganho de tempo
→ Processamento eletrônico da imagem
→ Melhor qualidade da imagem
→ Dispensa filmes radiográficos (redução da poluição)
→ Precisão nos resultados
→ Transmissão de imagem à distância
→ Forma de documentação do histórico do paciente

Sistema direto: Sistemas periapicais - CCD


(charge-coupled device - "chip")
Sistema que o dentista consegue usar no consultório.

1) O sensor (da marca DIXI) é ligado com um cabo e se insere na boca do paciente (não é
estéril, logo se coloca um saquinho para inserir em cada paciente)

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Sistema direto: SISTEMAS PERIAPICAIS - PSP

1) O filme é de fósforo e é acoplado no posicionador, após a tomada radiográfica, é colocado


num sensor para conseguir transformar em imagem digital

Características da imagem

→ IMAGEM DIGITAL: tem mais capacidade de diferenciação de tons do que a imagem convencional

Quais os benefícios da imagem digital?

1, Menor dose de exposição


2. Ganho de tempo
3. Processamento eletrônico da imagem
4. Telerradiologia
5. Transmissão eletrônica de imagens de um local a outro com maior facilidade

PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DA IMAGEM

É uma vantagem, pois o software consegue melhorar a nitidez da imagem ou o contraste, ampliar,
adicionar anotações, criar uma imagem invertida (negativo), realçar bordas e recortar onde
desejar)

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Diagnóstico auxiliado por computador
Já é real, e esse diagnóstico auxiliado pelo computador auxilia no diagnóstico de:

Lesões periapicais
Diagnóstico de cáries
Lesões ósseas

Futuro da imagem digital na Odontologia


Economia
Redução das doses de exposição
Proteção ambiental
Maior resolução de imagem

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ESTUDO RADIOGRÁFICO DAS ANOMALIAS DENTÁRIAS

ALTERAÇÕES DE FORMA

1. Macrodontia
Caracteriza-se por dentes cujas dimensões se apresentam além dos limites normais.
Aumento total (quando compromete coroa e raiz) ou parcial (quando compromete apenas um
segmento) de um dente.

→ Verdadeira
gigantismo hipofisário
é mais comum dentes isolados com gigantismo

→ Falsa
paciente com mandíbula pequena que dá a sensação que o dente é menor,sendo todos os dentes
maiores com essa sensação mas na verdade estão na mesma proporção

*dente 21 com gigantismo

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2. Microdontia
Diminuição total ou parcial do dente.
Predileção por terceiros molares superiores e incisivos laterais superiores. Dente menor do que o
normal. Também pode ser denominado de dente conóide.

→ Verdadeira

→ Falsa

3. Geminação
Tentativa de bipartição de um germe dentário - dente que tenta “se partir”. Aspecto bifuso. Dentes
com uma única raiz e duas coroas ocorre na dentição permanente e também na decídua
- problema estético
- acontece mais em dentes anteriores, incisivos, pré, caninos

4. Fusão
união de dois germes dentários
diferencia da geminação pois tem 2 raízes e coroa bipartida

Fusão incompleta

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5. Dens in dente
também chamado de Dens invaginatus
invaginação do esmalte para o interior da câmara pulpar
é mais comum em incisivos laterais superiores

PROVA*
→ Tipo I
Invaginação até a linha amelocementária:
Tratamento: restauração profilática na palatina, pois pode causar cárie que infiltrará na polpa

→ Tipo II
Invaginação se extende até a cavidade pulpar, além da jac

→ Tipo III
alteração de forma da coroa e invaginação do esmalte além da junção amelocementária e
comunicação e comprometimento do periodonto.
tratamento: endodôntico

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6. Incisivo de Hutchinson
Incisivo em formato de barril ou chave de fenda (incisivos).
- Comum em pacientes com sífilis

7. Molares em amora:
Molares com formações nodulares na face oclusal (em substituição às cúspides), com aspecto
moriforme e apresentando o terço médio da coroa com diâmetro maior que o terço oclusal.

- Cerca de 65% dos pacientes sifilíticos que apresentam incisivos de Hutchinson também
apresentam molares em amora.

8. Cúspide em garra
Projeção externa, em forma de lâmina ou cúspide, a partir do cíngulo e em direção à borda incisal
dos incisivos

9. Dilaceração
longo eixo da raiz do dente mudado com curvatura. Ocorre uma angulação anormal ou curvatura
da raiz e mais raramente na coroa
- importância clínica: atenção na exodontia, atenção no tratamento endodôntico

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10. Pérolas de esmalte:
As pérolas de esmalte são apêndices calcificados, com formato regular e arredondado, à altura da
junção amelodentinária e/ou bi ou trifurcação. Ocorrem mais comumente em molares, mas
podem aparecer em pré-molares e nos dentes anteriores.

Cuidado para não confundir com nódulos pulpares

11. Nódulos pulpares


São estruturas mineralizadas com aspecto arredondado, ovóide ou fusiforme, ou mesmo
irregular, que se localizam nas câmaras pulpares e/ou canais radiculares dos dentes.

12. Taurodontismo
“dentes de touro”, esses dentes têm a cavidade pulpar mais extensa, acontece em 1 molares
superiores. Tratamento endodôntico é mais difícil de colocar a lima mais pro terço apical já que a
bifurcação das raízes acontece mais pro fim.

caracteriza pelo aumento da dimensão oclusoapical da câmara pulpar.


Mais comum nos 2º molares.

13. Dentinogênese imperfeita (dentina opalescente)


produção anormal de dentina distrófica nos dentes, que calcifica a cavidade pulpar do elemento.
O esmalte perde suporte e os dentes fraturam facilmente, mudando também de cor!

14. Amelogênese imperfeita


Hipocalcificação do esmalte, envolvendo todos os dentes.

15. Hipoplasia do esmalte


esmalte com espessura menor ou área sem cobertura de esmalte, envolvendo um dente ou um
grupo.

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16. Anquilose
Corresponde a dentes que se situam aquém do plano oclusal. O dente está unido diretamente ao
osso.

ALTERAÇÕES DE NÚMERO
*prova

1. ANONDONTIA/AGENESIA
Condição infrequente, a anodontia total é a ausência de todos os dentes, e está associada à
displasia ectodérmica. Mais comum é a anodontia parcial, que corresponde à ausência de um ou
alguns dentes.
*mais frequente em incisivo lateral, 2 pré e 3 molares

- Parcial
ausência de um ou alguns dentes. com germe dentário decíduo

- Total
ausência de todos os dentes

2. Dente supranumerários
mais de uma raiz, pré molar inferiores

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3. Raízes supranumerárias:
Quando um dente apresenta um número de raízes superior ao que estabelecem os seus padrões
anatômicos normais diz-se que ele apresenta raiz ou raízes supranumerárias.

Mais comum em pré-molares e caninos inferiores, os dentes mais comumente envolvidos.

4. Acessórios
raízes suplementares, cúspides suplementares

ALTERAÇÕES DE ERUPÇÃO

1. Dentes retidos, impactados


Incluso: Ainda não irrompido
Impactado: quando o dente não consegue erupcionar por algum elemento impedindo a sua saída

2. Erupção retardada

3. Concrescência
caracteriza-se pela união do cemento de dois elementos dentários normais após sua formação
completa, antes ou depois de sua erupção

4. Supra-erupção

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5. Transposição
- quando o dente erupciona no local de outro
- tratamento: reanatomização pra dar estética ao paciente
- mais comum em canino no local do lateral

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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Introdução
“a tomografia vai ser o registro de secções (Fatias do corpo)”

Princípio
Os raios-X quando atravessam os tecidos são atenuados e emanam com uma quantidade de energia
que caracteriza a densidade de cada tecido irradiado

Radiografia convencional: para se obter três dimensões da estrutura radiográfica é necessário a


realização de mais de uma incidência da região, diferentemente da tomografia.

Tomografia: As imagens geradas fornecem “cortes consecutivos” das estruturas, apresentando


profundidade

Na tomografia não há sobreposição de imagens, a imagem se apresenta de forma igual a


como se apresenta.

Características
- imagem real
- não distorce
- não sobrepõe
- não amplia

Vantagens

✓ ausência de sobreposições, distorções e ampliações


✓ melhor qualidade de imagem
✓ menor desconforto para o paciente
✓abordagem volumétrica em imagens maxilofaciais (avalia as estruturas tridimensionalmente)

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✓ permite reconstruções multiplanares (RMP), da mesma região interesse, sem a necessidade
de expor o paciente a novo exame
✓ obtenção de imagens de reconstruções em três dimensões
✓ a disponibilidade de algoritmos de medição controlada por cursor proporciona ao profissional
uma capacidade interativa para avaliação dimensional, anotações e medições em tempo real

Desvantagens
x o custo
x a quantidade de radiação
x possibilidade de artefatos oriundos dos materiais restauradores metálicos ou do movimento do
paciente durante a execução do exame.

OBS: Embora a TC não seja indicação rotineira na clínica odontológica, sua versatilidade tem sido
empregada como primeira indicação nos casos de traumatismo. Nenhuma outra modalidade de
imagem nos fornece tantos subsídios, especialmente em uma situação de emergência. A TC pode
ser necessária para avaliar as corticais ósseas, sua integridade e risco de fratura, além de auxiliar
o planejamento pré-operatório.
Tipos de cortes

→ Corte axial
quando o corte é feito perpendicular ao plano sagital mediano

→ Corte coronal
planos paralelos à sutura coronária (de anterior para posterior). Divide a cabeça em porção anterior
e posterior. Têm grande valia na investigação do assoalho da órbita

→ Corte sagital
Divide a cabeça em esquerdo e direito

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→ cortes parassagitais: cortes na direção bucolingual paralelos ao longo eixo da estrutura de
interesse

→ Reconstruções em 3D: Nessas imagens, os tecidos moles e suas relações com estruturas ósseas
adjacentes podem ser também visualizados. Em outras aplicações, a
reconstrução em 3D via computação gráfica vem facilitando a visualização e o detalhamento da
relação dos tumores com
estruturas adjacentes, A avaliação dos dados na forma tridimensional também permite a construção
de protótipos em tamanho real que podem ser usados como modelos cirúrgicos e para a
construção de guias cirúrgicos para orientar a cirurgia de colocação de implante e na criação de
próteses sobre implante precisas.

OBS: É possível através da tomografia reconstruir a imagem para análise e ilustrar a visualização do
caso.

Partes da sala onde é realizada a tomografia

● Gerador de alta tensão: emite energia ao tubo de raio-X


● Mesa para acomodar o paciente, Posicionamento do paciente
● tubo de raio-x
● detector de raio X
● computador
● Obtenção dos cortes
● Digitação dos sinais dos sensores

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● Controle de todo o sistema, visualização das imagens e determinação dos parâmetros do
exame: protocolos

Máquina

- DETECTORES: cristais luminescentes (CdWO4, Gd2O2S)

- Tubo de raios X

O sensor fica na frente do paciente e o tubo de raios x fica atrás do paciente , o qual rotaciona ao
redor do paciente.

Nas primeiras versões de TC, o tubo de raios X e os detectores giravam em sincronia ao redor do
paciente. Nos projetos mais recentes, os detectores formam um anel contínuo ao redor do
paciente e o tubo de raios X se movimenta em um círculo dentro do anel do detector fixo

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Formas de armazenamento da tomografia:
- unidade de disco óptico
- DVD
- filme

CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM

a imagem é exibida como a soma de pequenas unidades bidimensionais (pixels) que possuem
espessura relativa do corte realizado (voxel)

O pixel é bidimensional e o voxel é tridimensional!

Pixel:
É a menor unidade que compõe uma imagem, tem origem da união de dois termos “picture” e
“element”, e significa o elemento da imagem. Quanto maior for o número de pixels, maior será a
informação armazenada e, portanto, melhor será a qualidade e a resolução da imagem. Haja
vista que, para termos a maior quantidade de pixels em uma mesma área, estes devem possuir o
menor tamanho possível.

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Voxel:
O volume formado pelo pixel e pela profundidade do corte é conhecido por voxel. Ou seja,
Pixel é o menor ponto bidimensional de uma imagem, enquanto Voxel é o menor ponto
tridimensional de uma imagem digital. É a menor unidade da imagem volumétrica, podendo
variar de 0,07 - 0,3mm, a depender da região do corpo a ser escaneada e a qualidade da imagem
que queremos obter.

OBS: É a partir do volume do voxel que o computador reconstrói a imagem para ser visualizado no
computador. Quanto maior o voxel do tomógrafo, menor a resolução da imagem. E quanto menor o
voxel, maior será a resolução da imagem.

FOV:
A sigla FOV tem origem na expressão Field of View, em português campo de visão. Representa o
tamanho máximo da região a ser estudada, sendo composto por vários Voxels. Um mesmo
tomógrafo pode ter vários tamanhos de FOV e existe uma indicação para cada um. A minimização
do FOV reduz a exposição do paciente à radiação e a dispersão resultante e produz imagens
com contraste aumentado e diminuição do ruído

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OBS: Quanto menor o FOV, maior a qualidade da imagem. Pois diante de um FOV menor, temos
um menor tamanho dos Voxels, e vice e versa.

CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM

1. Hipodensa
radiolúcida

2. Hiperdensa
radiopaca

3. Isodensa
nem totalmente radiopacas nem totalmente radiolúcidas

→ A densidade é definida entre -1000 e +1000


→ A capacidade do olho humano pode distinguir tonalidades de cinza:
- 20 tonalidades
- entre 10 e 60 tonalidades
- até 100 tonalidades

Então, a tomografia tem uma escala de cinza muito maior do que o olho humano é capaz de
enxergar.

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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DENTAL ( DE FEIXE CÔNICO)

→ utilizada na odontologia
→ têm-se todo o volume da região de interesse de uma só vez com um feixe em forma de cone

O princípio de aquisição da imagem é diferente do tomógrafo médico que adquire fatias da região de
interesse com o feixe em forma de LEQUE.

Ela usa uma fonte em forma de cone ou de pirâmide divergente de radiação ionizante e um
detector de área bidimensional fixado num pórtico rotativo para fornecer várias imagens
sequenciais de transmissão que são integradas diretamente, formando informações volumétricas.

Devido à grande variabilidade dos coeficientes de atenuação e absorção dos tecidos atingidos pela
fonte de raios X, os detectores receberão sinais diferentes. Tais sinais serão decodificados no
computador em uma escala de tons de cinza denominada escala de Hounsfield (HU).- escala de
densidade

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Obs: se eu deixar a largura da janela muito grande, teremos poucas alterações de contraste. Dessa
forma, vemos poucos detalhes, principalmente dos tecidos moles. Para ver mais detalhes é
necessário deixar a janela mais estreita. Janela estreita= aumento do contraste

Tomografia computadorizada dental - Cone Beam CT

Indicações na odontologia:

→ Na implantodontia, para avaliação e colocação de implantes:


→ Traumatologia
→ Endodontia
→ Ortodontia e cefalometria tridimensionais
→ Avaliação da posição de terceiros molares
→ Avaliação da ATM
→ Avaliação de patologias maxilofaciais
→ Plano de tratamento e simulações virtuais
→ Cirurgia guiada por imagem e prototipagem rápida.

Na implantodontia
Na TC conseguimos observar a distância vestibulolingual e inferossuperior simultaneamente,
promovendo uma visualização importante de profundidade e altura para o planejamento do
implante dentário em relação às estruturas vitais, como seios maxilares, fossas nasais canal
mandibular e forame mentual da mandíbula. Esse protocolo consiste na obtenção de imagens
parassagitais a partir das imagens axiais

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Na traumatologia
Em relação à traumatologia bucomaxilofacial, a TC, utilizando reconstruções multiplanares e em 3D,
torna-se imprescindível principalmente na interpretação de fraturas complexas

Na Patologia
A TC é o exame radiográfico mais indicado para o estudo de afecções dos maxilares, pois define
anormalidades como expansão e destruição de corticais, assim como na determinação do grau de
invasão e infiltração da lesão para os tecidos moles adjacentes.

ATM
Por meio de uma workstation independente e utilizando determinados programas, é possível
reconstruir simultaneamente a imagem axial original em planos sagital e coronal (reconstruções
multiplanares), e também em 3D. Sendo assim, podem-se visualizar os diferentes cortes da região
da
ATM e planos diferentes se complementando com a imagem em 3D simultaneamente,
possibilitando a observação da anatomia da região e das áreas anatômicas adjacentes. Assim, a
elaboração de um plano de tratamento cirúrgico em casos de afecções patológicas ou fraturas
torna-se precisa e acurada.

AQUISIÇÃO DA IMAGEM TOMOGRAFIA DE FEIXE CÔNICO

- Conjunto (cabeçote + detector) realiza apenas um movimento de 360 º - única varredura

- Em poucos segundos, a máquina rotaciona 360º ao redor da cabeça do paciente, capturando


cerca de 288 imagens estáticas

- Essas imagens de projeção única constituem os dados de matéria primária e são referidas
individualmente como imagens de base (bidimensional). A série completa de imagens é
denominada de dados de projeção

- O computador, através destas imagens, cria a reconstrução de aproximadamente 512 cortes que
contém todas as informações escaneadas do paciente.

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- O conjunto de imagens é reconstruído pelo computador por cálculos de algoritmos
(Feldkamp)

- Esses algoritmos são utilizado para obter imagens de reconstrução primárias em três planos
ortogonais (axial, sagital e coronal)

- Tempo total do exame varia entre 10-70 segundos

- Tempo total efetivo da exposição é bem menor (3-6 segundos)

A geometria do feixe cônico captura dados volumétricos rapidamente, e essa configuração


proporciona a redução significativa de custos e da exposição em comparação com a imagem
de TCMD (convencional), porque vários pacientes podem fazer a TCFC no mesmo tempo necessário
para que apenas um paciente fizesse a TCMD.

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Preparação do paciente:
- Antes do exame deve solicitar o paciente que retire todos os objetos metálicos da área de
cabeça e pescoço
- Colocar proteção individual: avental de chumbo para o tronco e colar de chumbo para
tireóide (desde que não interfira na análise da imagem)
- O paciente pode ser posicionado em pé, sentado ou em posição supina
- Estabilização da cabeça por meio de: suportes para queixo, forquilhas, apoio para cabeça e
luzes de laser.
- É desejável que a dentição fique separada mas mantida firme
- Deve solicitar ao paciente que fique imovel e que respire lentamente pelo nariz
- Também pode ser solicitado para que o paciente feche os olhos, assim ele não acompanha a
movimentação do detector e diminui a chance de movimentação involuntária

Componentes da produção de imagens:


1. Geração de raio-X

2. Detectação de raio-X

3. Reconstrução da imagem

→ Estabilização do paciente:
Dependendo do aparelho, os exames de TCFC são feitos com o paciente sentado, em pé (posição
ortostática) ou em posição supina.

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Embora as unidades para exames sentados sejam as mais confortáveis, elas podem não permitir a
digitalização de pacientes com deficiência física ou em cadeira de rodas. A imobilização da cabeça é
feita usando-se uma combinação de um suporte para queixo, forquilha ou outro mecanismo de
contenção

→ Gerador de raio-X:
A geração de raios X pode ser contínua ou pulsada, de forma a coincidir com a ativação do detector.
É preferível pulsar o feixe de raios X de modo a coincidir com a amostragem do detector, o que
significa que o tempo de exposição real é até 50% menor do que o tempo de digitalização. Essa
técnica reduz consideravelmente a dose de radiação sobre o paciente. Segundo o princípio de
ALARA é necessário que fatores de exposição à TCFC sejam ajustados em função do tamanho do
paciente. Esse ajuste pode ser conseguido por meio da seleção adequada da corrente do tubo
(miliamperes [mA]), da voltagem do tubo (pico de quilovoltagem [kVp]) ou de ambas. A variação nos
parâmetros de exposição em conjunto com a presença de feixe de raios X pulsado e o
tamanho do campo da imagem são os principais determinantes da exposição do paciente.

→ Volume de digitalização:
As dimensões do campo de visão (FOV, do inglês field of view) ou o volume de digitalização que
pode ser coberto dependem principalmente do tamanho e da forma do detector, da geometria de
projeção do feixe e da capacidade de colimar o feixe. Esse tamanho do campo deve ser
selecionado para cada paciente, com base nas necessidades individuais. Esse procedimento
reduz a exposição desnecessária do paciente e produz as melhores imagens por minimizar a
radiação dispersa, que degrada a qualidade da imagem.

→ Fatores de digitalização:
A maioria das unidades de TCFC fixou arcos de digitalização; no entanto, algumas oferecem a opção
de controles manuais para redução maior do arco de digitalização. Um arco de digitalização limitado
reduz potencialmente o tempo de digitalização e a dose de radiação sobre o paciente, além de ser
mais fácil de realizar mecanicamente. No entanto, as imagens produzidas por esse método podem
ter mais ruído e artefatos de reconstrução de interpolação. A diminuição do tempo de digitalização
pode ser conseguida por meio de aumento da taxa de quadros do detector, redução do número de
projeções ou diminuição do arco de digitalização. O primeiro método fornece imagens da mais alta
qualidade, enquanto os últimos métodos aumentam o ruído da imagem.

● Detectores de imagem:
A maioria, mas não todas, das unidades de TCFC atuais usa DTP. Os DTPs utilizam um detector
“indireto” com base em um painel de sensor de estado sólido da grande área acoplado a uma
camada de cintilador de raios X. A configuração de tela plana mais comum consiste em um

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cintilador de iodeto de césio aplicado a um transistor de película fina feito de silício amorfo.
Recentemente, grandes conjuntos de tecnologia de semicondutores de óxido metálico
complementares também foram utilizados

→ Escala de cinza
A capacidade da imagem da TCFC para exibir diferenças na atenuação está relacionada com a
capacidade do detector para revelar sutis diferenças de contraste. Esse parâmetro é chamado de
profundidade de bit do sistema e determina a quantidade de tons de cinza disponíveis para exibir a
atenuação. Todas as unidades de TCFC disponíveis atualmente usam detectores capazes de registrar
diferenças de tons de cinza de 12 bits ou superior

● Reconstrução:
é o processo em que os dados (quadros de projeção de base) são processados para criar um
conjunto de dados volumétricos composto por elementos de volume cúbico (voxels) por uma
sequência de algoritmos de software

Desvantagens da TCFC em relação a outras radiografias:

x A exposição de feixe cônico fornece uma dose de radiação sobre o paciente mais alta que as
doses de radiação de outros procedimentos radiográficos odontológicos

x Alto custo

OBS: Geralmente, uma imagem de TCFC deve ser usada somente quando um exame de dose mais
baixa, como uma vista panorâmica e periapical, não puder fornecer as informações necessárias para
o diagnóstico e o tratamento do paciente

OBS: Essencialmente, as imagens de TCFC devem ser utilizadas como uma ferramenta de
diagnóstico para auxiliar técnicas de imaginologia dentárias existentes para aplicações clínicas
específicas, e não como um processo de rastreio.

Comparação da TCFC x TC convencional:

- A TCFC inerentemente tem mais artefatos que as imagens da convencional


- TCFC possui menor exposição ao paciente
- a TCFC é mais rápida

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- O equipamento da TCFC tem tamanho e área física muito reduzidos quando comparado a
aparelhos de TC convencionais
- Aquisição rápida: a maioria das digitalizações da TCFC é realizada em menos de 30
segundos.
- Unidades de TCFC têm contraste de tecidos moles visivelmente menores que o das
unidades de TCMD (convencionais)
- A imagem da TCFC tem menos resolução que a obtida em TC convencional.

Aula dia 11/04: continuação

"APP" DICOM
A exportação de dados de imagem é feita geralmente no formato de arquivo padrão da 3ª versão de
Digital Imaging Communications in Medicine (DICOM v3).

Dados de TCFC DICOM podem ser importados para programas de software específicos do aplicativo
de terceiros que fornecem simulações virtuais que podem ser usadas para planejar o tratamento e
prever implante dentário e prótese, cirurgia ortognática, ortodontia ou resultados protéticos

● Corte parassagital ou transversais


● Corte axial

Para definir qual a raiz do dente está sendo apontada, deve-se analisar a panorâmica juntamente
com o corte axial.

Passo a passo da interpretação:

O lado da fossa nasal é o palatino. Ele está sempre ao centro.

Forame incisivo estará do lado da palatina.

Lado da fóvea submandibular é do lado palatino

Forame vestibular é do lado vestibular

Fossa mentual na região anterior indica a região vestibular

Foramina lingual na região lingual indica a região lingual

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Canal mandibular: estrutura hipodensa com contorno hiperdenso, indica a região palatina, pois seu
trajeto começa por lingual, centraliza e depois vai pra vestibular

Forame mentual indica o lado vestibular

Estudo dos dentes inclusos/impactados

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LESÕES DO ÓRGÃO DENTÁRIO
1. Fraturas coronárias

2. Desgastes incisais e oclusais


podendo ser devido a erosão, abfração, atrição.

3. Imagens radiolúcidas no esmalte


podendo ser cárie ou material restaurador

4. Mineralização da dentina

5. Nódulos pulpares
Os nódulos pulpares são calcificações presentes na polpa. Radiograficamente, não há forma
definida; podem surgir como uma imagem radiopaca oval ou arredondada, tanto na câmara
pulpar quanto no canal radicular. Algumas vezes, uma massa com formato indefinido é
encontrada na câmara pulpar, podendo ser confundida com esclerose pulpar.

Radiografia panorâmica:
- pouco detalhe

Radiografia interproximal:
- Serve para ver a relação do material restaurador com a câmara pulpar.
- Material restaurador: pode ser radiopaco ou radiolúcido;
- Analisa recidivas de cárie: na radiografia se visualiza como pontos de “má adaptação”
- Não tem como ter certeza se é material restaurador radiolúcido ou cárie, mas há alguns
indícios que auxiliam no diagnóstico, como: o material restaurador será mais regular, devido
ao preparo cavitário que precisa se realizar para introduzir o material, enquanto a cárie é
irregular.
- Visualiza melhor as cáries do que a radiografia periapical.

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CÁRIE X MATERIAL RESTAURADOR

imagem radiolúcida na face mesial do elemento 21, sugestivo de cárie. é irregular.

Restaurações estéticas de material radiolúcido. diferencia-se da cárie por ter contornos mais
regulares.

Radiografia periapical com interproximal:


deve-se fazer as duas radiografias, pois pode haver variação

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ALTERAÇÕES RADICULARES

1. Fraturas radiculares
podem ser verticais, oblíquas ou horizontais
OBS: Em casos de fratura, o dente acaba ficando mais opaco, por conta da dentina reacionária que
se forma.

- fratura horizontal

- Fratura radicular vertical no 41

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2. Perfurações

As perfurações radiculares estão diretamente relacionadas aos tratamentos endodônticos,


sendo considerada principalmente uma complicação desses procedimentos — ou seja, é
uma consequência iatrogênica.

Perfuração de guta percha no 16.

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3. Reabsorções
reabsorção progressiva inflamatória em resposta a um processo infeccioso ou traumático
decorrente de uma lesão do órgão dentário. Existem dois tipos: a externa e a interna

● Interna
tem como imagem radiográfica uma forma oval caracterizada pelo alargamento do espaço do canal
radicular ou da câmara pulpar.

● Externa
menor tamanho da raiz, ápice arredondado

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4. Hipercementose
condição não neoplásica de etiologia desconhecida, caracterizada pela formação excessiva de
cemento na raiz de um ou mais dentes.

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ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS PERIAPICOPATIAS
Para que exista uma lesão periapical, é necessário ter uma agressão ao elemento dentário, a qual
geralmente é a cárie, mas também pode ser por incidência de cárie, problemas de oclusão, trauma,
etc.

No caso da cárie, esta invade o elemento dentário e se não tratada, invagina para dentro da câmara
pulpar e posteriormente a cavidade pulpar, agredindo o espaço periodontal e osso periodontal,
ocasionando assim, uma lesão periapical.

A lesão inflamatória periapical é, portanto, uma resposta local do osso ao redor do periápice
do dente.

Ou seja:

1. Lise (destruição)

2. Resposta (defesa)
a qual vai depender de:
- intensidade do processo inflamatório
- tempo de duração
- capacidade orgânica de defesa

Dependendo da resposta inflamatória, os neutrófilos podem se reunir e formar pus, resultando em


um 1- abscesso periapical (na inflamação aguda). De outra forma, na tentativa de reparar a
periodontite, o organismo estimula a formação de tecido de granulação juntamente com infiltrado
inflamatório crônico, dando origem ao 2- granuloma periapical. O epitélio aprisionado , então,
pode ainda se proliferar e formar um cisto periapical.

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Processos associados ao ápice do elemento dentário

1. Pericementite apical
2. Abscesso perirradicular
3. Granuloma
4. Cisto apical

1. PERICEMENTITE APICAL
aumento do espaço apical pericementário com lâmina dura íntegra

→ Características clínicas:
- dor
(ao realizar pressão ou percussão -toque- no dente)

→ Fatores físicos:
trauma oclusal; restauração com contato prematuro
- químicos:
irrigação, medicação no conduto periapical; (paciente pula da cadeira)

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- agentes microbianos:
causado por invasão de microrganismos (de diferentes tipos, que disseminam toxinas via câmara
pulpar)

Pericementite apical
Origem: bacteriana causada por cárie que ocasiona necrose pulpar

Como diagnosticar:
presença de lâmina dura, aumento no espaço pericementário

2. ABSCESSO PERIRRADICULAR
- agudo
- crônico

AGUDO

→ Características clínicas:
dor contínua, intensa, pulsátil, localizada, edema, mobilidade, tumefação e sensibilidade à
percussão

→ Características radiográficas: não apresenta

→ Alta virulência
→ Curta duração
→ Baixa resistência

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→ Dor à palpação na região apical

→ Tratamento:
Drenagem por meio da fístula para aliviar a dor

CRÔNICO

→ Ocasionado por processo carioso


→ Necrose pulpar
→ Destruição da lâmina dura
→ Forma irregular, limites imprecisos
→ Coleção purulenta se espalha entre os trabéculos ósseos
→ Não tem dor

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*Sinal clínico da fístula
*Sinal radiográfico: Imagem no periápice difusa, contorno mal definido, "halo esfumaçado"

→Tratamento
terapia endodôntica; exodontia para eliminar material necrótico do canal radicular.

→ Efeitos:
lâmina dura ao redor do periápice perdida;
reabsorção externa da raiz;
descontinuidade do assoalho do seio, fossa ou tábuas ósseas do processo alveolar adjacente ao
periápice;

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3. GRANULOMA PERIAPICAL

→ Baixa virulência
→ Alta duração
→ Alta resistência
→ Achado radiográfico:
tamanho até 10mm
→ Forma oval ou esférica
→ Osteogênese reacional: reação frente ao tecido de granulação
→ Frequência maior comparado ao cisto

→ Características radiográficas:
Imagem radiolúcida, delimitada, regular, de formato oval ou esférico associado a necrose
pulpar

→ Lâmina dura anatômica: chamada assim quando esta estiver normal


→ Apagamento da lâmina dura ou apagamento do espaço periodontal: indica alterações!

OBS: Em pacientes com aparelhos ortodônticos, a lâmina dura terá alteração e apagamento do
espaço periodontal.

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4. CISTO PERIAPICAL

Cavidade revestida por restos epiteliais de Malassez com substância líquida no seu interior
possui halo radiopaco

5. PERDA ÓSSEA VERTICAL E HORIZONTAL


destruição e perda de fixação de tecido mole e osso de suporte dos dentes envolvidos

● Vertical
Deformidade vertical dentro do alvéolo que se estende apicalmente ao longo da raiz do dente
afetado até a crista alveolar
● Horizontal
Descreve a aparência de perda na altura do osso alveolar onde a crista está ainda horizontal
(paralela a linha imaginária unindo as junções amelocementárias de dentes adjacentes)

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6. LESÃO DE FURCA
área radiolúcida entre duas raízes

Resumo pra ajudar a comparar:


ABSCESSO Destruição de lâmina óssea Halo radiolúcido difuso ao
APICAL CRÔNICO redor do ápice

Paciente com edema, dor


espontânea

PERICEMENTITE Lâmina óssea íntegra Halo radiolúcido ao redor do


APICAL ápice

Paciente com dor provocada


(percussão, mastigação, etc)

GRANULOMA Destruição óssea com halo Associado a necrose pulpar


APICAL radiopaco ao redor (dente com alteração na coroa:
cárie ou restauração extensa;
dentes tratados
endodonticamente)

CISTO Destruição de lâmina dura: Halo menor frequência comparado ao


PERIAPICAL radiopaco circunscrevendo a granuloma
lesão

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TUMORES
- Possuem limites definidos e geralmente margens irregulares
- Crescem lentamente, afastando ou reabsorvendo as raízes

ODONTOGÊNICOS

1. Ameloblastoma
2. Tumor odontogênico epitelial calcificante
3. Tumor odontogênico escamoso
4. Tumor odontogênico adenomatóide
5. Tumor odontogênico de células fantasmas
6. Odontoma
7. Fibroma
8. Mixoma
9. Cementoblastoma

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Ameloblastoma
→ Localização: mandíbula (região posterior)

→ Características:
- crescimento lento
- invasivo (aumento de volume)
- pode ter dente envolvido ou não

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcida unilocular ou multilocular
aspecto de bolhas de sabão e/ou aspecto de favos de mel quando multilocular
- circunscrita com limites definidos
- margens festonadas e regular
- tamanho variável

→ Efeitos
- expansão das corticais
- deslocamento e reabsorção dentária
- perfuração da cortical

→ Diagnóstico diferencial
- mixoma
- Queratocisto odontogênico
- lesão central de células gigantes
- outras lesões radiolucidas

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Aspectos de favo de mel, bolhas de sabão

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TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE
→ Origem: restos do epitélio da lâmina dentária

→ Localização: mandíbula na maioria na região posterior


- mais frequente na região de molares e pré molares

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcida
- unilocular/multilocular
- imagem mista
- margens festonadas
- estruturas calcificadas no interior como "flocos de neve"

→ Efeitos:
- reabsorção de raízes
- deslocamento de dentes
- envolvimento de dentes não irrompidos
-
→ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Cisto odontogênico calcificante
- Tumor odontogênico adenomatóide
- Fibroma cemento-ossificante

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TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE

→ Origem: epitélio ondontogênico do órgão do esmalte e restos da lâmina dentária

→ Localização: maxila, incisivos e caninos

→ Características radiográficas:
- radiolúcidas
- unilocular
- com pontos radiopacos
- limites definidos e margens regulares

→ Efeitos:
- deslocamento de dentes
- rara reabsorção de raízes

TOA FOLICULAR X TOA EXTRAFOLICULAR

1. TOA FOLICULAR
- dente incluso associado (canino + frequente)
- localização pericoronária
- pontos de calcificação no interior da área radiolúcida

2. TIPO EXTRA FOLICULAR


- não tem elemento dentário incluso

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→ Diagnóstico diferencial:
- cisto periodontal lateral
- cisto odontogênico calcificante
- tumor odontogênico epitelial calcificante
- cisto dentígero

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FIBROMA AMELOBLÁSTICO

→ Localização:
- região posterior de mandíbula
- acomete mais crianças e adolescentes (verifica-se pela presença de elementos decíduos)

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcida
- unilocular ou multilocular
- limites definidos
- margem regular ou festonada

→ Efeitos:
- deslocamento de dentes
- expansão das corticais vestibulares e palatinas
- associados ou não a elementos inclusos

→ Diagnóstico diferencial
- Cisto dentígero
- Queratocisto odontogênico

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ODONTOMAS
- assintomático
- tumefação e ocasionalmente dor

→ Localização:
- na maxila: frequência na região anterior
- na mandíbula: frequência na região posterior

→ Características radiográficas:
- densidade variável
- material de tecido dentário
- halo radiolúcido bem definido

→ Efeitos:
- abaulamento
- deslocamento de dentes
- impactação

ODONTOMA COMPOSTO X COMPLEXO

- COMPOSTO:
presença de dentículos

- COMPLEXO:
massa radiopaca dentro da lesão

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FIBROMA ODONTOGÊNICO

→ Localização
- mandíbula: anterior ao 1 molar
- mandíbula: posterior ao 1 molar

→ Características radiográficas:
- radiolúcida
- pontos radiopacos no interior
- unilocular - inicialmente ou multilocular
- limites definidos
- margens regulares ou festonadas
- associação de dentes não irrompidos

→ Efeitos:
- deslocamento e reabsorção

→ Diagnóstico diferencial:
- mixoma
- tumor odontogênico adenomatóide
- cisto dentígero
- ameloblastoma

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MIXOMA ODONTOGÊNICO
- Tumor comum

→ Localização:
- mandíbula, região de pré-molares e molares

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcida
- uni ou multilocular
- presença de septos com aspecto de Y ou X
- aspecto de raquete de tênis

→ Efeitos:
- deslocamento, reabsorção de raízes ou abaulamento/adelgaçamento das corticais

→ Diagnóstico diferencial
- ameloblastoma

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CEMENTOBLASTOMA
→ Localização:
- molares e pré molares! 1 molar inferior é mais frequente, mas tb aparece em outros
dentes

→ Aspecto clínico:
- dente vital (teste de sensibilidade pulpar dá positivo)
- tumefação dolorosa
- parestesia de lábio superior

→ Aspectos radiográficos:
- radiopaco
- forma circular ou irregular
- aspecto de bola de golfe!
- massa radiopaca associada ao ápice do elemento dentário

OBS: diferencia-se da hipercementose pois nesta, não acontece em proporções grandes como o
cementoblastoma

→ Efeitos:
- ausência do espaço do ligamento periodontal
- reabsorção radicular
- expansão das corticais

→ Diagnóstico diferencial
- hipercementose
- esclerose óssea idiopática
- displasia cemento-óssea focal

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ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DOS CISTOS MAXILARES

DEFINIÇÃO
cavidade patológica revestida por tecido epitelial com substância líquida ou semi-líquida no interior

TEORIA DE ORIGEM

A mais aceita é que se tem uma massa epitelial que cresce e falta vascularização na área central,
que necrosa e forma uma cavidade na região central

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

→ Assintomáticos
→ Crescimento lento
→ Detectados por meio de exame radiográfico de rotina
→ Abaulamento das corticais ósseas
→ Deslocamento de estruturas adjacentes (dente muda de posição)
→ Corticalizado ou não

CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS

→ Imagem radiolúcida
→ Unilocular
→ Forma oval ou arredondada
→ Limites definidos
→ Corticalizado (ou não)

CLASSIFICAÇÃO

1. Cistos odontogênicos
2. Cistos não odontogênicos

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→ ODONTOGÊNICOS

● DE DESENVOLVIMENTO
ocorre durante o processo de desenvolvimento:

- Cisto dentígero
- Cisto de erupção
- Cisto periodontal lateral
- Queratocisto odontogênico
- Cisto odontogênico calcificante
- Cisto glandular (bem raro)

● INFLAMATÓRIOS
etiologia anterior ao processo de formação

- Cisto radicular
- Cisto residual
- Cisto paradentário

→ NÃO ODONTOGÊNICOS
- Cisto do ducto nasopalatino
- Cisto nasolabial

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I) Cisto dentígero
→ Origem: separação do folículo dentário de um dente não irrompido
→ Localização: 3 molar inferior e superior, canino superior, pré molar inferior
→ Diagnóstico: quando o aumento do folículo dentário for superior a 3mm

→ Apresentação clínica:
- ausência de erupção do dente
- assintomático
- dor, quando infectados
- crescimento lento

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcido
- unilocular
- forma: redonda ou oval
- limites: bem definidos
- margens regulares

→ Efeitos:
reabsorção de raiz, deslocamento dos dentes associados e abaulamento das corticais.

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→ Diagnóstico diferencial:
- Ameloblastoma unicístico
- Queratocístico odontogênico
- Tumor odontogênico adenomatóide
- Cisto odontogênico calcificante
- Tumor odontogênico epitelial calcificante

II) Cisto periodontal lateral

→ Origem: restos da lâmina dentária do epitélio reduzido do esmalte ou restos epiteliais de


Malassez

→ Localização: mandíbula (incisivos laterais, caninos e pré-molares)

→ Apresentação clínica:
- assintomático
- crescimento lento
- tumefação discreta
- dor e drenagem
- dentes com vitalidade pulpar (respondem ao teste de sensibilidade pulpar)

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcido
- unilocular ou multilocular (cisto botrióide, aspecto de "cachos de uva")
- forma redonda ou oval
- limites definidos
- margens regulares

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→ Efeitos:
- deslocamento dos dentes, reabsorção radicular rara

→ Diagnóstico diferencial:
- Tumor odontogênico calcificante
- Queratocisto odontogênico
- Tumor odontogênico escamoso
- Cisto radicular lateral

III) Queratocisto odontogênico

→ Origem: restos epiteliais da lâmina dentária

→ Característica marcante: crescimento ântero-posterior, não expandem

→ Localização: região de 3 molar, corpo e ramo da mandíbula

→ Características clínicas:
- assintomático
- lesões maiores: dor, tumefação, drenagem
- fraturas patológicas
- recidivas frequentes

→ Características radiográficas:
- radiolúcida
- unilocular ou multilocular
- limites definidos e margens corticalizadas

→ Diagnóstico diferencial:
- ameloblastoma unicístico/multicístico
- granuloma central de células gigantes
- cisto dentígero
- mixoma odontogênico

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*SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ
- quando há vários queratocistos basocelular presentes: de 1 a 30
- 3 ou mais pintas palmares
- calcificação da foice cerebral
- costelas bífidas
- parente de 1 grau que já tenha tido essa síndrome

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IV) Cisto odontogênico calcificante

→ Cisto de Gorlin: é mais raro, lesão incomum

→ Característica marcante: radiopacidade no seu interior

→ Localização: Maxila e/ou mandíbula, região de incisivo e caninos

→ Características radiográficas:
- radiolúcida unilocular ou multilocular (raro)
- limites definidos
- radiopacidades no interior
- pode estar associado a dentes inclusos

→ Diagnóstico diferencial:
- tumor odontogênico adenomatóide
- tumor odontogênico epitelial calcificante
- cisto dentígero

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CISTOS INFLAMATÓRIOS

V) CISTO RADICULAR

- também chamado de cisto periapical, cisto periodontal ou cisto radicular apical

→ Localização: ápice do elemento dentário

→ Apresentação clínica:
- dentes com tratamento endodôntico ou necrose pulpar
- ausência de vitalidade pulpar
- pode se apresentar associado à fístula e discreta tumefação

→ Aspectos radiográficos
- radiolúcida, unilocular
- forma: redonda ou oval
- limites definidos e margens regulares

→ Efeitos:
- deslocamento dos dentes
- ausência de lâmina dura
- reabsorção radicular rara
- Deslocamento de corticais e parede do seio maxilar

→ Diagnóstico diferencial
- Granuloma
- Queratocisto odontogênico
- Tumor odontogênico adenomatóide
- Cisto odontogênico calcificante
- Displasia cemento-óssea-apical

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VI) CISTO residual
→ Origem: cisto radicular que permanece após a exodontia do dente que o originou

→ Localização: região apical dos alvéolos

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcido, unilocular
- forma: redonda ou oval
- limites definidos e margens regulares

→ Efeitos:
- deslocamento dentário
- reabsorção
- expansão da cortical

→ Diagnóstico diferencial:
- Queratocisto odontogênico

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VII) CISTO PARADENTÁRIO
→ Origem: inflamação da bolsa periodontal de um dente irrompido ou semi-irrompido

→ Localização: face lateral/vestibular ou distal das raízes dos 3 molares

→ Apresentação clínica:
- assintomático
- dentes com vitalidade pulpar

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcida, unilocular
- formato: redonda ou oval
- limites definidos e margens regulares

→ Diagnóstico diferencial:
- cisto dentígero
- tumor odontogênico escamoso
- cisto periodontal lateral

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NÃO ODONTOGÊNICOS:

VIII) CISTO DO DUCTO NASOPALATINO

→ Origem: restos epiteliais do ducto nasopalatino


→ Localização: linha média da região anterior da maxila

→ Apresentação clínica:
- crescimento lento, assintomático
- dor, tumefação
- drenagem mucóide ou purulenta
- deslocamento dos dentes

→ Aspectos radiográficos
- radiolúcida, unilocular
- formato: oval, arredondado
- limites definidos, marges regulares

→ Efeitos:
deslocamento de dentes adjacentes e expansão do palato

→ Diagnóstico diferencial
- Queratocisto odontogênico
- Cisto radicular
- forame incisivo

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IX) CISTO NASOLABIAL
→ Localização: sulco nasolabial, sob a asa do nariz

→ Apresentação clínica
- assintomático, dor
- tumefação
- dificuldade de respirar pelo nariz, dificuldade de colocar prótese

→ Aspectos radiográficos
- radioluscência no processo alveolar
- reabsorção da margem inferior da abertura do nariz
- forma esférica, formato de rim

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PSEUDOCISTOS
cavidades que não apresentam revestimento epitelial com caract. semelhantes aos cistos

1. Cisto ósseo aneurismático

- Localização: ossos longos ou coluna vertebral, mandíbula

- Aspectos radiográficos:
radiolúcido, unilocular ou multilocular
tamanho variável
limites regulares

- Efeitos: expansão em forma de balão

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2. Cisto ósseo simples

→ Origem: desconhecida
→ Localização: ossos longos, mandíbula ou maxila
→ Apresentação clínica:
- Histórico de trauma
- Dentes vitais
→ Assintomático, crescimento lento

→ Aspectos radiográficos
- radiolúcido
- unilocular ou multilocular
- limites definidos
- margens festonadas

→ Efeito: expansão mínima da maxila

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3. Pseudocisto antral

- Formato de cúpula
- Imagem radiopaca/isodensa
- Cisto retentor de muco
- Localização: seio maxilar

4. Cisto ósseo de Stafne


- cavidade óssea localizada na mandíbula
- radiolúcida circunscrita por halo radiopaco

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PATOLOGIA ÓSSEA
Lesões ósseas não-neoplásicas:

→ Lesões de células gigantes

1. Cisto ósseo aneurismático


2. Lesão das células de langerhans
3. Lesão de células gigantes
4. Querubismo

→ Lesões fibro-ósseas
5. Displasia fibrosa
6. Displasia cemento-óssea periapical
7. Displasia cemento óssea-focal
8. Displasia óssea florida

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LESÃO/GRANULOMA DE CÉLULAS GIGANTES
→ Localização: porção anterior dos maxilares-mandíbula

→ Apresentação clínica:
assintomática, dor; parestesia; tumefação

→ Formas:
1. agressiva
2. não agressiva

→ Aspectos radiográficos
- radiolúcida
- multilocular ou unilocular
- limites definidos

→ Efeitos:
- dentes flutuantes ou expansão das corticais
- deslocamento dos elementos

→ Caso clínico: Assimetria facial;


- característica: distalização ou mesialização dos elementos
- como diferenciar de um cisto: essa lesão tem muita profundidade, verificada pela
tomografia ou reconstrução!

→ Diagnóstico diferencial:
- ameloblastoma unicístico
Precisa de diagnóstico histopatológico!

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DISPLASIA FIBROSA

→ Localização: ossos gnáticos e ossos circunvizinhos

1. Monostótica: um osso envolvido


2. Poliostótica: mais de um osso envolvido
- Poliostótica crânio facial: atinge osso craniano e facial
- Poliostótica Tipo Jaffe: alteração óssea + mancha café com leite
- Poliostótica Mc Cune Albright: alteração óssea + mancha café com leite + alterações
endógenas

→ Apresentação clínica:
- assintomática;
- deformidade facial
- assimetria;
- abaulamento;
- face leonina

→ Aspectos radiográficos:
- Radiolúcida
- unilocular ou multilocular

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- tamanho variável
- limites indefinidos
- Mista
- radiopaca, tipo casca de laranja, impressão digital, vidro despolido (não consegue ver quase
nada)

→ Efeitos:
- deslocamento de dentes; perda de lâmina dura; sinusopatia
-
→ Problema: compressão de artérias, vasos, partes ósseas; problema de respiração

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DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL

→ Localização:
região periapical ântero inferior;

→ Apresentação clínica:
- não causam expansão
- dentes apresentam vitalidade (diferencial da lesão periapical)
- necessidade de realizar teste de sensibilidade pulpar, percussão, é necessário realizar
acompanhamento
- Paciente responde ao teste de sensibilidade pulpar e não sente dor

→ Aspectos radiográficos:
pode ser radiolúcida, mista ou radiopaca com halo radiolúcido

→ Efeitos: descontinuidade de lâmina dura

Como diferenciar de um cementoblastoma: não tem expansão!

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DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA FOCAL

é uma lesão solitária e menos frequente, apenas em um dente, acontece quando o paciente retira
o dente e não cureta

→ Diagnóstico diferencial:
- esclerose óssea idiopática
- cisto residual

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DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA FLORIDA

→ Localização:
distribuída nos quatro quadrantes, na região de periápice.

→ Apresentação clínica:
- abaulamento

→ Aspectos radiográficos:
- radiolúcida, mista, radiopaca com halo radiolúcido
- forma: circular, unilocular-multiplas que se coalescem
- limites: moderadamente definido

→ Efeitos:
- expansão dos maxilares;
- fator predisponente para osteomielite;

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→ TUMORES NÃO ODONTOGÊNICOS BENIGNOS
- Osteoma
- Fibroma ossificante

Osteoma
- radiopaco
- frequente no seio frontal e etmoidal e na mandíbula

→ Apresentação clínica:
- inchaço da região
- pode estar associado com a síndrome de gardner

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Fibroma ossificante
- Característica marcante: crescimento para baixo

→ Localização: mandíbula, região de pré molares

- Radiolúcido, limites definidos

→ Efeitos: reabsorção; deslocamento dos dentes

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