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RADIOLOGIA T

Radiografia Panorâmica/ Ortopantomografia


É uma técnica radiográfica extra-oral que permite visualizar num só filme estruturas do complexo maxilo-
mandibular (dentes, maxila, mandibula, região das ATM, seios maxilares e cavidade nasal).

Vantagens → representação panorâmica do complexo maxilo-mandibular, reconhecimento das relações


funcionais e patológicas da maxila e mandibula, em um único filme permite a visualização da maxila e
mandibular, dose de radiação relativamente baixa (equivale a 4 periapicais), facilidade de execução,
documentação para planeamento e controle do tratamento.

Desvantagens → radiografia seccional, o que estiver fora da área focal não surge na imagem e menor detalhe
do que era em radiografia intra-oral.

Os aparelhos da panorâmica podem ser classificados de acordo com o eixo de rotação:


1 centro= antigos
2 centros = movimento do tubo e movimento da cadeira
Existem diferentes aparelhos, mas hoje em dia todos funcionam com o mesmo princípio, mas diferem na
forma como o movimento rotacional é feito para radiografar arcadas.
Numata, 1933, foi o primeiro a propor e experimentar a panorâmica colocando o filme intra-oral posicionado
por lingual e existindo um movimento do aparelho de raios X.

As doses de raio x numa panorâmica têm efeitos estocásticos e efeitos somáticos e


desencadeadores de divisões celulares, por isso, não há uma dose segura.

Princípios básicos de uma panorâmica → rotação sincronizada da fonte dos RX e filme ao redor da
cabeça. O equipamento necessário é ampola de raios X, painel de controlo, local para posicionar o
paciente e recetor de imagem. No painel de controlo selecionarmos o tamanho a radiografar,
selecionamos mA e kV, ajustamos o bloco de mordida, altura do paciente.

Posicionamento do paciente → paciente ereto, costas retas e pescoço esticado em frente


ao aparelho, plano sagital mediado focado pelo visor de luz, dentes anteriores focados no
feixe luminoso lateral vertical (em desdentados utilizar apoio de queixo e rolos de algodão),
plano de Frankfurt paralelo ao solo, plano sagital mediano perpendicular ao solo. O
paciente deve morder o sulco do bloco de mordida. Devemos posicionar o mento do
paciente no apoio, com uma inclinação de 5 a 7º para baixo.

A panorâmica é considerada um exame inadequado para crianças devido à


elevada radiação e ao facto da probabilidade de se movimentarem e estragarem
a imagem ser muito grande. Na panorâmica não se deve utilizar protetor de
chumbo, nomeadamente o protetor da tiroide, pois além de não proteger da
radiação espalhada no interior do corpo, pode interferir na imagem radiográfica.

Posicionamento correto dos dentes, utilizando um mordedor → os dentes superiores e


inferiores do paciente deverão ficar em posição de topo a topo, com o auxilio de um bloco
de mordida. Desta forma os raios x atingirão de forma homogénea os dentes superiores e
inferiores que estarão num mesmo plano.
Se houver um posicionamento dos dentes atrás do mordedor, os dentes anteriores apresentar-se-ão
distorcidos e alargados. Se houver posicionamento á frente do mordedor, os dentes anteriores apresentar-se-
-ão distorcidos e estreitos. Se os dentes ficarem em posicionamento de oclusão, os dentes superiores e
inferiores não estarão no mesmo plano (os dentes sup tapam os inferiores).

A panorâmica em oclusão só é utilizada para observar a relação do côndilo dentro da cavidade articular,
observar a relação dentária dos molares ou em caso de fraturas. Apresenta uma desvantagem que é o facto
de os dentes anteriores poderem apresentar menor nitidez principalmente em casos de sobremordida.

Posicionamento da língua → A língua do paciente deverá permanecer em contacto com o palato durante a
execução da radiografia panorâmica. Se houver um posicionamento baixo da língua irá aumentar o espaço
livre abaixo do palato

Posicionamento sagital na panorâmica → o plano sagital mediano deverá estar


centrado no aparelho. Em caso de mal posicionamento ocorrerá imagem assimétrica
nos lados direito e esquerdo.

Se a cabeça estiver para cima, a imagem apresentar-se-á


alargada e haverá sobreposição do palato duro com os
terços apicais dos dentes superiores. Como está alargada
a linha entre dentes sup e inf é mais achatada

Se a cabeça estiver para baixo a imagem apresentar-se-á


encolhida, as ATM’s poderão estar cortadas, assim como a
parte inferior do mento, poderá também ocorrer projeção
do osso hióide sobre a região do mento. A linha entre os
dentes sup e inf é mais curvada.

Devemos pedir ao paciente para remover objetos pessoais como brincos e piercings, para que não se criem
imagens fantasma que irão prejudicar a panorâmica. Outro aspeto a ter consideração é que se os dentes
inferiores tiverem excesso de inclinação vestibular, isso vai simular reabsorção radicular externa.

Indicações das radiografias panorâmicas: Tipos de imagem:


• Endodontia e periodontia - Real
• Odontopediatria e ortodontia - Dupla (palato mole e osso hióide formam)
• Implantodontia e patologias - Fantasma (brincos, espaços entre 2 vértebras
• ATM , angulo da mandibula pode aparecer do lado oposto.
• Cirurgia e traumatologia
Extra-Orais – Características:

Ortopantomografia → Indicada para exploração sistemática geral, obtenção rápida e efetiva de uma visão
total e panorâmica de todo o maciço maxilofacial, com ambos os maxilares completos, ATM, seios maxilares
dentes e áreas peridentárias, para o estudo das alterações estruturais maxilofaciais produzidas por doenças
sistémicas, em implantologia, para o registo e identificação em MD forense, útil em cirurgia oral e maxilofacial,
permite estudar retenções dentárias, patologia infeciosa, tumoral, cirurgia ortognática, patologia dos seios
maxilares e ATM. Numa só pelicula podemos detetar a existência de cáries, anomalias dentárias de posição,
forma e número, ectopias, alterações ósseas, quísticas, tumorais, traumáticas e outras.

Vantagens: Maior amplitude de registos numa só película. Elimina sobreposições. Possibilidade de comparar
um lado são com um alterado. Menor tempo de exposição e menor dose de radiação quando comparado com
um status radiográfico de 14 periapicais. Cómodo para o paciente e para o profissional. É um estudo simples,
económico, rápido, comodo e efetivo.

Desvantagens: Menor nitidez e perda de detalhe. Insuficiente para a exploração dentária. Distorção e
ampliação da imagem 35% com conservação da forma geral. Má visualização dos seios paranasais e do terço
médio facial. Aparatologia tecnicamente complicada e custo elevado.

Radiografias de contraste → A realização da radiografia deve ser precedida da injeção de um meio de


contraste. Distinguem-se: Sialografias, Arteriografias, Artrografia, Gammagrafia ou Escintigrafia.

Sialografia → patologia dos condutos glandulares – parótida e submandibular. Utiliza-se solução de iodo com
veículo de água ou azeite, administrando-se em forma líquida ou viscosa. Indicada para sialodadenites
infeciosas de fase fria e imunes, sialodadenoses, sialolitíases, patologia tumoral. Contraindicada para patologia
tiroideia e renal, doentes com hipersensibilidade ao iodo e sialodadenites infeciosas na face aguda.

Arteriografia → Injeção de contraste na árvore vascular. Arteriografia carotídea é a mais usada em MD.
Indicada para suspeita clínica de hemangioma, tumores primários ou metastásicos, invasão dos anteriores.

Artrografia → 85% dos pacientes com sintomatologia da ATM não apresentam alterações radiográficas.
Injeção de contraste de ATM. Indicada para deslocamentos do disco e irregularidades na sua fixação,
proliferações sinoviais. Contraindicações: pacientes com hipersensibilidade ao iodo. Complicações: dor,
alteração da oclusão, limitação da abertura, hematomas.

Gammagrafia → técnica simples, ausência de risco, escassa radiação, facilidade de repetição, possibilidade de
complementar com estudos dinâmicos e sequenciais. Indicações: patologia óssea como osteomielites e
radionecroses, patologia glandular (inflamatória e neoplásica). Não existem contraindicações. Desvantagem:
nem sempre dar um diagnostico preciso.

Tomografia computadorizada → A primeira TC do crânio foi em londres, 1 outubro 1971 e em 1972 foi
construído o primeiro aparelho comercial. Podem ocorrer artefactos causados por movimento do paciente ou
por elementos metálicos presentes no corpo do paciente (efeito em raios). Existem 3 cortes: axial/horizontal,
sagital e coronal.

Ecografia → utilizam-se ondas sonoras de alta frequência que se propagam sobre um meio molecular.
Realizam-se mediante um transdutor (dispositivo cilíndrico) humedecido, em contacto com a pele do paciente.
Os ecos que se recolhem transformam-se em impulsos elétricos. Consegue-se discernir massas tumorais
sólidas, quísticas ou abcessos. Diagnóstico de sialomegalias (não específico). Tem como indicações prováveis
os processos patológicos da ATM, síndrome dolorosos miofaciais e neuralgias. Desvantagens: identifica na
mesma maneira focos tumorais e abcessos. Não existem contra-indicações.
Ressonância magnética →deteção de pequenos sinais emitidos pelo núcleo dos átomos de hidrogénio que se
encontram na água e nas gorduras do corpo humano quando este é exposto a um campo magnético. Os sinais
são reconstruídos por um computador para produzir imagens de um corte do corpo, mostrando o contraste
entre os seus diferentes tecidos.

Vantagens em relação à TC: não necessita de contraste para visualizar os vasos, não ionizante, capacidade
para detetar e representar na imagem as alterações químicas no organismo antes de aparecer
anatomicamente a lesão.

Desvantagens: registo de longa duração (nos órgãos submetidos a movimentos biológicos, degrada-se a
qualidade da imagem).

Contraindicações absolutas: pacientes portadores de pace-makers (risco de paragem cardíaca).

Contraindicações relativas: portadores de próteses metálicas, próteses dentárias e pinças cirúrgicas (utilizadas
em cirurgia vascular).

Aspetos Radiográficos das Anomalias Dentárias

Alteração de Número – Hiperdontia, Displasia Cleidocraniana, Hipodontia, Displasia ectodérmica


Alteração de Tamanho – Macrodontia, Microdontia
Alteração de Forma – Geminação, Fusão, Concrescência, Dilaceração, Dens in Dente (Dens
Invaginatus), Cúspide Acessória, Esmalte Ectópico, Raízes supranumerárias
Alteração de Posição – Inclinação, Giroversão, Posição Ectópica, Transposição, Transmigração
Alteração de Erupção – Dente Incluso, Dente Impactado, Anquilose
Alteração de Estrutura

Hiperdontia → Podemos chamar de Supranumerário, Distomolar, Paramolar, Mesiodente, Dente suplementar


de acordo com a posição. São considerados supranumerários quando possuem a forma normal e são
considerados acessórios quando a forma não lembra a anatomia dos dentes. Ocorrência: 1% a 4% população.
Acontece uni ou bilateral; mais comum no sexo masculino. Ocorre em ambas as dentições (mas mais frequente
na permanente). Ocorre hiperdontia na Displasia cleidocraniana e na Síndrome de Gardner. Inc Sup > Molar
Sup > Molar Inf > Pré-molares > Caninos > Inc lateral.

Displasia Cleidocraniana → Presença de múltiplos supranumerários impactados, atrasos na erupção, ausência


de clavícula e alterações afetando o crânio.

Hipodontia → Pode ser total (é rara e está ligada a displasia ectodérmica), pode ser um ou poucos dentes
(hipodontia) ou pode ser ausência de vários dentes (oligodontia). A Hipodontia (excluindo 3º molar) ocorre
em 3% a 10% da população, uni ou bilateral, + comum em mulheres. É rara na dentição decídua.
Dentes mais comumente ausentes: 3º molar, 2º pré-molar, incisivo lateral superior, incisivo central inferior,
incisivo central inferior.

Displasia Ectodérmica → É um distúrbio hereditário de estruturas derivadas do ectoderma. Caracteriza-se pela


ausência das glândulas sudoríparas (total ou parcial), pelos em quantidade reduzida, pele seca, fina e lisa,
alterações nas unhas e anodontia total ou parcial (dentes de forma cônica).

Macrodontia → Caracteriza-se pelo aumento do volume do dente. Pode ser megalodontia, megadontia,
Macrodontia Relativa, Macrodontia Total (Gigantismo Pituitário) ou parcial, Impactação dentária,
Fusão/geminação
Microdontia → Caracteriza-se pela diminuição do volume do dente. Pode ser Microdontia Relativa,
Microdontia Total (Nanismo Pituitário) ou Parcial, Microdontia Parcial: Supranumerários >Inc Lat Sup > 3os
Molares. Se for isolada: Sínd. de Down

Geminação → É a divisão do germe dentário, durante o período de evolução, dando lugar à formação
de uma coroa dupla com duas câmaras pulpares e um canal radicular único. Tem causa desconhecida, mas há
uma tendência familiar. Pode apresentar hipoplasia ou hipocalcificação do esmalte ou dentina. Pode ocorrer
na dentição decídua (+) e permanente. É mais comum na região anterior.

Fusão → É uma condição na qual dois germes dentários se encontram unidos, formando uma coroa grande e
bífida, duas câmaras pulpares, dois canais radiculares e duas raízes. Causa redução do número de dentes.
Ocorre na dentição decídua (+) e permanente. É mais comum na região anterior.
• HIPÓTESES - Dois germes muito próximos ou Fusão antes da calcificação - Força física ou pressão

Concrescência → É uma condição na qual dois ou mais dentes estão unidos pelo cemento, após a
formação da coroa. Pode ser devido a trauma ou quando da formação dos dentes acontecer uma reabsorção
do osso interdental e ocorrer uma deposição de cemento fusionando as raízes destes dentes.
Ocorre na dentição decídua ou permanente, é mais comum entre o 2o e o 3o molar superior. Pode ser
verdadeira (Odontogénese) ou adquirida (Reparo). Existe RAD – ausência de lâmina dura e espaço
correspondente ao ligamento periodontal.

Dilaceração → Trata-se de uma curvatura brusca da direção, principalmente da raiz e, às vezes, da


coroa de um dente. Pode ocorrer devido ao traumatismo durante a formação do dente. No sentido V-L: área
radiopaca arredondada com halo radiolúcido correspondente ao ligamento periodontal.

Dens in Dente (Dens Invaginatus) → É uma invaginação do esmalte da superfície coronária ou radicular do
dente. Aparece com maior frequência na região do cíngulo dos dentes incisivos superiores.
Radiograficamente, nota-se uma segunda cavidade próxima da polpa, em forma de pêra invertida. Dentes
afetados com maior frequência: Incisivo lateral superior, Incisivo central superior, Pré-molare Canino.
50% dos casos é bilateral. Restauração profilática (risco de comprometimento pulpar).

Cúspide Acessória → Tubérculo de esmalte e dentina na superfície oclusal dos dentes. Cúspide em Garra:
hiperplasia de cíngulo. Comum nos Incisivos e Caninos Sup e Incisivos Inf. Dens Evaginatus: Pré-molar de
Leong. Projeção do esmalte semelhante à cúspide no sulco central ou crista lingual de PM e Molares Inf, com
dentina e polpa.

Esmalte Ectópico → Pérola de esmalte, Nódulos de esmalte, Esmaltoma, Gotas de Esmalte. É uma pequena
massa de esmalte, localizada usualmente na área de furca. Pode ser difícil distinguir uma pérola de esmalte
de um pequeno supranumerário fusionado com a raiz. São mais frequentes nos dentes superiores, usualmente
na mesial ou distal do 2º e 3º Molar superior. Na mandíbula aparece comumente por lingual ou vestibular.

Raízes Supranumerárias → Caracteriza-se pelo desenvolvimento de um número maior de raízes, ocorre na


dentição decídua ou permanente. 3os Molares > Canino Inf > Pré-molares

Inclinação → Pode ocorrer inclinação dos dentes: Mesial, Distal, Vestibular, Lingual/Palatina

Giroversão → Dente girado ao redor de seu longo eixo. Pode dever-se a trauma, falta de espaço, ausência do
dente vizinho

Posição Ectópica → É a erupção de um dente numa região distante ou diferente da de origem. É comum nos
2º Pré-Molares inferiores após a perda precoce do 1º Molar inferior.

Transposição → É a troca da posição entre dois dentes adjacentes na arcada. Mais comum entre canino e pré-
molar. Não foi descrita na dentição decídua.

Transmigração → Dente que não erupciona, e parece estar “a caminhar” dentro do osso. Canino e Pré-molar
Inferior

Dente Incluso → São aqueles que por falta de força eruptiva, não conseguem erupcionar (coberto por osso).
3os Molares > Can Sup > Pré-molar Inf > Can Inf > Pré-molar Sup > Inc Centrais Sup > Inc Lat Sup > 2o Molar
Inf

Dente Impactado → São aqueles impossibilitados de erupcionar devido a existência de uma barreira física
no seu trajeto de erupção.

Anquilose → Etiologia desconhecida. Interrupção da erupção contínua dos dentes após a erupção. Dente em
infra-oclusão, som agudo à percussão. Dente e osso unidos diretamente.

Quistos – Avaliação radiográfica


Um quisto é uma cavidade patogénica com conteúdo líquido/semilíquido, não tem pus no seu interior,
revestido com epitélio e suportado por tecido conjuntivo fibroso.

Os quistos radiolúcidos podem ser:


• Quistos odontogénicos → Periapical, Folicular/Dentigero, Residual, Erupção, Paradentário.
- Dentígeros/de desenvolvimento (22%)
- Inflamatórios (55%).
• Quistos não odontogénicos → Ducto nasopalatino

Os quistos odontogénicos são quistos associados ao dente, maioritariamente benignos, com crescimento
lento e assintomáticos (só têm sintomas quando está num tamanho muito grande). Mias comuns em homens
e na mandíbula (acima do nervo alvéolo-inferior). A sua descoberta radiográfica acaba por ser acidental.

Periapical → Quisto mais comum dentro dos inflamatórios (inicia-se numa infeção periapical →
granuloma → quisto), está associado ao ápice de dentes necrosados. É uma lesão radiolúcida
com forma oval e bordos bem definidos. Existe perda da lamina dura do dente associado. Tem
um tamanho maior que 20mm (antes disso é granuloma). Mais comum no incisivo e canino
maxilares.

Folicular/Dentígero → Normalmente é unilocular, derida do foliculo e por isso enbloba a


coroa do dente não erupcionado, preserva a cortical bem definida devido ao crescimento
lento e uniforme. É radiolúcido e maioritariamente são de desenvolvimento (embora acho
alguns inflamatórios). São assintomáticos, a não ser que haja inflamação associada como
pericoronarite. Mais comum em homens 20-40 anos. Pode levar a deslocamento do dente.
Residual → São quistos que aparecem quando fica algo odontogénico (saco pericoronário/folículo,
fibras do ligamento periodontal inflamada, resto de dente). São inflamatórios. O quisto residual
periapical encontra-se com início no interior do alvéolo tendo forma circular/oval crescendo em
redor desta zona.

Erupção → Derivado do folículo, idade mais comum é aos 9/10 anos, no 1º molar. Está associado
à coroa do dente em erupção dentro do tecido mole sobre o osso alveolar.

Paradentário → Dente mais comum é o 3º molar inferior semi-incluso (com história prévia de pericoronarite).
Semelhante ao quisto dentígero lateral.

Ducto Nasopalatino → É o quisto não odontogénico mais comum, origem de


remanescentes do ducto nasopalatino. Mais comum aos 40-60 anos. É visível pois
forma uma tumefação no palato de forma de pera invertida ou coração

As lesões radiopacas são:


Circunscritas
- Odontoma Composto
- Odontoma Complexo
- Cementoma
Difusas
- Osteoclerose

Odontoma Composto → Várias miniaturas de dentes normais, comum em crianças e adolescentes na


zona anterior da maxila. Há um número variável de pequenos dentículos envolvidos por linha
radiolúcidos. Geralmente está situado entre duas raízes ou sobre a coroa de dente
incluso/supranumerário. Achado radiográfico ou devido a não erupção.

Odontoma Complexo → Mais radiopaca, massa irregular sem qualquer semelhança com o formato
dentário. Bordos irregulares, pouco definidos, fino halo radiolúcida. Associado muitas vezes à coroa
de dente incluso. Mais comum em inferiores e seio maxilar.

Cementoma → Massa redonda radiopaca aderida à raiz dos dentes muitas vezes com
halo radiolucido, lesão benigna, crescimento lento por parte dos cementoblastos.
Expansão das cortinais ósseas. Comum em pacientes jovens, sexo masculino,
mandíbula, ápices de pré-molares e molares. Muitas vezes associado a trauma. Pode
haver absorção radicular.

Osteosclerose → Aumento da radiopacidade óssea, localizada ou estendida. Osso mais denso. Ocorre
desaparecimento do trabeculado normal, aparência de “vidro esponjoso”. Aumento de matrizessea
mineralizada (hiperostose). Se for entre corticais chamamos de enostose e se for extra-cortical chamamos de
exostose.

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