Radiologia odontológica e imaginologia
Por Maria Eduarda Athaide
@odontologia_duda
Técnicas radiográficas intra e extra orais
Porque devemos utilizar a técnica
radiográficasbaseado nas indicações clínicas?
É possível visualizar e diagnosticar uma
mesma alteração com técnicas radiográficas
diferentes?
Classificação das técnicas:
- Intra orais: realizadas com o filme no interior
dacavidade oral
I. Periapical= indicações: avaliação periapical,
avaliação periodontal, avaliação pós traumática
dosdentes e do osso alveolar, avaliação da
morfologia radicular antes das extrações,
procedimentos endodônticos, avaliação pré e pós
operatória de cirurgias apicais, avaliação pós
operatória de implantes.
.bissetriz=
Lei isométrica de cieszinski: a imagem projetada tem
o mesmo comprimento e as mesmas proporções do
objeto, desde que o feixe de raios x incida
perpendicularmente a bissetriz formada pelo filme e
oobjeto.
Princípios de obtenção da técnica:
1 Exame do paciente: forma das arcadas, presença de
dentes, angulação axial dos dentes, remoção de
troteies, brincos e óculos.
2 Posição da cabeça: plano sagital mediano
perpendicular ao plano horizontal. Região de
maxila (plano que vai do trágus a asa do nariz
paralelo ao plano horizontal) e região de
mandíbula (plano que vai do trágus a comissura
labial paralelo ao plano horizontal)
3 Angulação do feixe.
• Angulação vertical:
• Angulação horizontal:
4 Centralização do feixe
• Incisivos: ponta do nariz (espinha nasal anterior).
• Canino: asa do nariz.
• pré-molares: papila e desce.
• Molares: 1cm do canto externo do olho e desce.
5 Posicionamento do filme:
• Lado de exposição deve estar voltado para o
feixede raio x.
• Incisivos e caninos: longo eixo do filme
perpendicular ao plano horizontal. Molares e
pré-molares: longo eixo paralelo ao plano
horizontal.
• Maior parte do filme deve ser votada para o
periápice (4 a 5mm ultrapassando incisal/
ocusal).
• Pit de localização (determina se é o lado
esquerdoou direito) deve ser voltado para o
operador.
• Para quem não usa posicionador: maxila: segurar
ofilme com o polegar da mão oposta em forma de
continência ou punho cerrado. Mandíbula: segurar
ofilme com o indicador da mão oposta em punho
cerrado.
.paralelismo
II. Interproximal= indicações: cáries proximais
incipientes, avaliar proximidade cárie-câmara
pulpar, conhecer topografia da câmara pulpar,
evidenciar cáries proximais secundárias ou
recorrentes, avaliar adaptação cervical das
restaurações, medição do diâmetro m-d de pré-
molar e molar permanente.
1 Exame do paciente: avaliar a forma das
arcadas; presença de dentes ou não; angulação
axial dos dentes; fazer a remoção de próteses
dentárias, brincos e óculos.
2 Posição da cabeça
3 Posicionamento do
filme
4 divisão do exame:
•região de pm: parte anterior do filme mostrando a
distal do canino inferior.
•regional de molar: pegar a distal do 3
molarerupcionado.
5 Angulação dos feixes
• Vertical: posterior 0- a +8e. Anterior 0e a +8-
• Horizontal: incisivo 0 - canino 45 - pré-molar
60 : molar 70 a 80.
iii. Oclusal
- Extra orais: realizadas com o filme fora da
cavidade oral. Indicações: em substituição das
técnicas intra- orais quando não podem ser
executadas, em complementação as técnicas intra
orais, para maior visualização da área
radiografada.
Frontal= técnica pa fronto-naso e técnica pa seio-.
I. Lateral= técnica lateral de perfil e técnica
lateral oblíqua de mandíbula.
II. Axial= técnica de heartz, submento
vertex, incidência basal.
Radiografia panorâmica: é uma técnica idealizado
coma finalidade de obter imagem das arcadas
superior e inferior com um único filme e com uma
única incidência.
Porque devemos utilizar a técnica radiográfica
panorâmica em início de tratamento e em pacientes
jovens?
É possível visualizar e diagnosticar com qualidade
asalterações dentárias adquiridas mais comuns pela
técnica panorâmica?
Tipos de imagem:
Imagem real única: só uma imagem é o resultado de
uma determinada estrutura anatômica. A estrutura
fica situada entre o centro de rotação e o filme e o
raio x só atravessa a estrutura uma vez. A maioria
dasimagens vistas em um filme panorâmico é deste
tipo. Imagem real dupla: são vistas duas imagens de
um único objeto no filme. Imagens duplas são
produzidaspor estruturas localização na linha média.
O raio x atravessa esses objetos duas vezes devido ao
tudo de rx girar ao redor do paciente. Estruturas que
resultamde imagens duplas são o palato duro e mole,
o osso hioide e a coluna vertebral.
Imagens fantasma: imagens de fantasma são
formadas por objetos densos localizados entre o tubo
de raio x e o centro de rotação. As imagens fantasma
geralmente são o resultado de objetos externos como
brincos, mas elas podem ser produzidas através de
estruturas anatômicas densas como a mandíbula.
Panorâmica x periapical completo:
Vantagens: mais rápida e fácil, mais confortável,
maior área visualizada, menor dose total, melhor
ideia de conjunto, melhor apresentação do caso.
Desvantagens: maior distorção, menor nitidez nos
detalhes, incapacidade de evidenciar alterações
incipientes, maior custo inicial, superposição de
imagens dentárias.
Indicações
Visão geral das arcadas, avaliação do
desenvolvimento da dentição, evidenciações
patológicas grosseiras, avaliação dos 3 molares,
melhor apresentação do planejamento, maior
cooperação do paciente, pacientes especiais,
impossibilidade da téc. Intra-oral.
Filme, processamento e câmara escura:
na avaliação dos casos clínicos onda há
necessidade de detalhe de imagem radiográfica,
qual o filme e a técnica radiográfica que devemos
utilizar?
A qualidade da imagem diagnosticada depende
de vários fatores técnicos, quais são todos os
fatores técnicos que influem nesta qualidade?
Interpretar radiografia de boa qualidade: uma
radiografia é considerada tecnicamente boa
quandopossui o máximo de nitidez é um grau
médio de densidade e contraste.
Fatores técnicos da radiação:
Miliamperagem ma: controla a taxa de
produção de fótons de raio x. Responsável
Pela densidade radiográfica (escurecimento).
Quantomaior a dose, maior o grau de
Escurecimento. Não se mexe na ma, mas
sim no tempo de exposição.
Tempo de exposição: ditará a quantidade de
raio x. Ao mexer no tempo de exposição, se
altera a densidade radiográfica. Mais dose,
maisdensidade (escurecimento).
Ma + tempo de exposição = mas
Quilovoltagem kv: determina a penetração
dos raio x, qualidade e contraste
radiográfico. O transformador elevador de
tensão é responsável pelo kv.
2 fatores responsáveis para que os elétrons
se desloquem do cátodo para o ânodo: ddp e
potencial negativo da cúpula focalizadora.
Maior ddp = maior velocidade
dedeslocamento dos elétrons.
Maior velocidade = maior poder
de penetração.
Maior poder de penetra = maior qualidade.
Contraste radiográfico: graduação
dasdiferentes densidades.
Espessura: quanto mais espessa, maior absorção
de raios x.
Radiopaco = radiolúcido -- alto contraste
(maisdiferença entre as cores) e escala curta.
Radiopaco = radiolúcido -- baixo contraste e
escalalonga (mais nuances de cores).
Filmes: anteparo para uma imagem
radiográfica permanente.
Composição
-envoltório:
•embalagem plástica: barreira contra a luz.
•envoltório preto: segunda barreira contra a luz.
•folha de chumbo: impede que a radiação secundária
volte para o filme e provoque distorção.
-base: não pode sofrer variação dimensional, nem
pela temperatura nem por líquidos.
-emulsão: deve sofrer alterações dimensionais
com frio, calor, e líquidos e voltar ao normal sem
perder suas características. Deve ser impregnada
com sais halogenados de prata.
Sensibilidade: sinônimo de velocidade em radiologia.
Quanto mais sensível (veloz), menos dose usamos. Os
cristais halogenados de prata são responsáveis pela
sensibilidade.
Tamanho:
Filme n 0: infantil.
Filme n 1: téc. Bw-
anterior.
Filme n 2: téc periapical.
Filme n 3: téc bw- posterior.
Filme n 4: oclusal (maior filme
intraoral).
Processamento
Imagem latente: imagem formada imediatamente
após a exposição. "imagem invisível".
Fases do processamento:
Revelação: atuação nos sais halogenados de prata que
foram sensibilizados. Forma o radiolúcido.
Lavagem intermediária: neutraliza o revelador, água
corrente ou ácido acético diluído - 20 a 30 segundos.
Fixação: remove os sais que não foram sensibilizados
e endurece a gelatina. Forma o radiopaco.
Lavagem final: remove o fixador e a prata
depositada, em água corrente, 2x o tempo que ficou
no revelador.
Secagem: estufa especial ou pendurar.
Imagem final: imagem formada após todas as fases
doprocessamento, a qual permite diagnóstico.
Câmara escura: ambiente vedado completamente a
luz. Cuidados: inspecionar fendas no acrílico,
verificarrasgos na manga, por longe do calor e luz
intensa.
Radiografias digitais: uma imagem digital
corresponde a decomposição de uma imagem
convencional em uma matriz de pontas de imagem,
chamadas de pixel. A imagem digital é uma imagem
convertida em números, resulta da conversão de um
sinal analógico para um sinal digital
Métodos de aquisição:
Direto-
Sistema com sensores de semicondutores: a
superfície ativa dos sensores pequenos
mede 2 x 3 cm. A superfície dos sensores.
erros na tomada das radiografias:
• sistema com placas de fósforo: após a tomada
dasradiografias forma-se uma imagem latente na
placa. Esta é lida por um scanner a laser especial.
Então a placa de fósforo é exposta a uma
iluminação intensa com luz visível e está mais uma
vez disponível para nova radiografia
Indireto.
Filme radiografico x sistemas digitais:
vantagens filme radiografico: baixo custo,
confortáveis, confiabilidade, boa qualidade
de
Imagem, representação fiel do objeto
radiografado, variação contínua dos tons de cinza.
Vantagens sistemas digitais: formação instantânea
daimagem, baixa dose de radiação, elimina câmara
escura e processamento químico, possibilidade de
manipular a imagem após exposição, menor
poluição,envio de imagens via web.
Desvantagens filme radiografico: dose de radiação
x, demora no processamento, variedade na
qualidade de imagem, incapacidade de
manipulação, comunicação lenta das imagens,
poluição ao meio ambiente.
Desvantagens sistemas digitais: alto custo, rigidez
dossensores ccd, vida útil de 200000 exposições,
falta padronização nos sistemas, impressão de
imagem, informatização da profissão.
Erros nas confecções das radiografias:
Qual a importância do cirurgião dentista conhecer
os possíveis erros na execução das técnicas
radiográficas?
Qual as possíveis consequências da falta de gestão
e redução dos erros radiograficos?
Erros no armazenamento:
Filme vencido: múltiplas bolinhas brancas
radiopacaspor conta do desprendimento da
gelatina. "flocos dealgodão". Temperatura: 10 a
21ºc. Umidade relativa do ar: 40 a 60%. Longe de
radiações ionizantes.
Isolamento elétrico de prateleiras metálicas.
Não fazer pressão sobre os filmes.
radiografar pacientes com objetos
metálicos:
Próteses parciais removíveis, brincos,
cordões, piercings, twinkle.
•projeção do dedo na radiografia.
Colocação do filme: filme alto (não pega raiz),
filme baixo (não pega coroa), filme curvado
(repuxado), filme dobrado (imagem radiopaca),
filme invertido (escamas de peixe), pressão
excessiva do filme pela unha.
• Centralização do feixe.
•horizontal: face proximal em cima da outra.
•direção do raio central: cone-cut, colimador circular,
aspecto de meia lua. O feixe não fica centralizado.
Exposição da película: super(mais escuro), sub(mais
claro), dupla posição, radiografia tremida ou
aparelhodesligado (fuzil queimado, fio do timer
desconectado, falta de pressão no botão do timer,
aparelho quebrado).
Erros no processamento:
Manipulação:
• Arranhão no filme: não remove
gelatina=radiolucido, remove gelatina=
radiopaco
• Impressão digital
• Pressão excessiva excessiva da unha
• Eletricidade estática: abertura brusca,
baixa umidade relativa do ar
• Grampo sujo
• Velo de luz: abrir o filme com a luz branca acesa,
fresta de luz na câmara escura, deficiência na câmara
escura portátil, luz de segurança inadequada, filtro
danificado.
Revelação:
• Nível baixo do revelador.
• Super- revelação: revelador muito concentrado,
muito quente, tempo descalibrado, relógio impreciso,
muito tempo no revelador.
• Sub-revelação.
• Revelação com papel
preto.
Fixação:
• Nível baixo.
• Super-fixação.
• Sub-fixação.
• Filme colado na parede do
tanque.
Lavagem final:
• Manchas amarronzadas após determinado tempo:
pouco tempo de lavagem, água parada, água
contaminada de revelador.
Secagem: filme colado em outro ou em papel.
Anatomia radiográfica:
Região superior: maxila- radiopaco, radiolucido
região inferior: mandíbula- radiopaco, radiolucido
Maxila radiopaco
Espinha nasal anterior: área radiopaca em formato se
"v", corresponde a superposição da maxila na borda
inferior da fossa nasal.
Concha nasal inferior ou corneto inferior: estrutura
radiopaca localizada na porção inferior da fossa nasal.
Septo nasal ou vômer: espessa faixa radiopaca que
divide as fossas nasais ao meio.
Projeção do nariz, cartilagem do nariz, projeção da
ponta do nariz: uma sombra mais radiopaca,
arredondada, cuja a radiopacidade é resultante de sua
constituição cartilaginosa.
Columela: porção mais anterior e caudal do septo
nasal, que separa a entrada do nariz em dois
vestíbulos nasais paralelo. Ele é formado pela
confluência do prolongamento medial de ambas
ascartilagens alares na área central, e é coberto
por pele.
Projeção do lábio: uma sombra mais radiopaca, de
aspecto linear, normalmente a altura das faces
incisais.
Projeção da bochecha, prega naso-labial ou linha da
bochecha: uma sombra mais radiopaca geralmente
na altura de pré-molares.
Seio maxilar: encontro das fossas nasais, y
invertidode ennis.
Processo zigomático ou zigoma: área radiopaca
emforma de "u" ou "v" normalmente superposta
a região de molares superiores.
Osso zigomático ou processo malar: estrutura de
menor radiopacidade é mais uniforme, em
continuidade do processo zigomático da maxila.
Tuberosidade, tuber, tuberosidade da maxila: acha-
se limitada por uma linha radiopaca de concavidade
superior que representa a união dos corticais bucal e
palatina.
Processo hamular: imagem radiopaca em forma de
gancho, situada posteriormente a tuberosidade,
comcomprimento, largura e forma variados.
Processo pterigóide: lâmina lateral, de
forma arredondada, localizada
posteriormente a tuberosidade da maxila.
Processo coronóide: imagem radiopaca de forma
triangular, com base inferior e vértice súpero-
anteriore contorno nítido, abaixo ou superposto a
região da tuberosidade (pode ser semelhante a um
elemento dentário).
Maxila radiolúcido
Artéria alveolar posterior e média:uma linha
radiolucida que cruza o seio em direção
póstero-anterior.
Fossas nasais: imagem radiolucido simétrica,
separada por uma espessa faixa radiopaca (vômer=
septo nasal)
Projeção das narinas: área radiolucido de formato
ovalado, sobre o osso alveolar.
Forame incisivo: localizado à altura do rebordo
alveolar, de forma oval, entre as raizes dos
incisivoscentrais superiores ou acima dos seus
ápices.
Sutura intermaxilar: linha radiolucida de
extensãovariável, entre os incisivos centrais,
sendo especialmente identificada em pessoas
jovens.
Seio maxilar: área radiolucida de forma
arredondada oh ovóide e contornos bem definidos
por uma linha radiopaca que o delimita.
Septos: aspecto de w, linhas radiopacas de tamanho,
altura e direções variáveis.
Canal naso-lacrimal: área radiolucida bem definida,
de forma arredondada próxima aos primeiros e
segundos molares. Observado somente nas
radiografias oclusão.
Mandíbula radiopaco
Tubérculos geniano: anel radiopaco, na linha
mediana, abaixo dos ápices dos incisivos
centrais. Localiza-se num ponto equidistante
entre a borda superior e inferior da mandíbula.
Crista mentoniana: dois traços de radiopacidade
variada, tendo a forma de pirâmide triangular, cuja
base corresponde à borda inferior da mandíbula.
Borda inferior da mandíbula bim: forte linha
radiopaca, normalmente visualizada devido ao
maioraprofundamento do filme na boca ou a
excesso de angulação vertical.
Projeção do lábio: sombra mais radiopaca, de aspecto
linear, normalmente à altura das faces incisais.
Linha oblíqua interna: faixa radiopaca bem nítida que
cruza os ápices dos molares inferiores ou passa
abaixodesses. Seu aparecimento é menos frequente
que a linha oblíqua externa, sendo sempre localizada
mais inferiormente.
Linha oblíqua externa: faixa radiopaca que cruza
transversalmente o corpo da mandíbula à Altura do
terço médio das raízes dos molares.
Mandíbula radiolúcido
Foramen lingual: pequena área radiolucida, de
forma arredondada. Localiza-se no centro dos
tubérculos geni.
Foramen mentoniano: área radiolúcida de forma
arredondada ou oval, à altura dos ápices dos
pré-molares ou superposta aos mesmos.
Canais nutrientes: linhas radiolúcidas, que
correspondem aos trajetos intra-ósseos das arteríolas
ou veias.
Fóvea mandibular: área radiolucida abaixo dos
ápicesdos molares inferiores. Seu grau de
radiolucidez é decorrente da menor espessura de
osso na região.
Canal mandibular: espessa linha radiolucida
delimitada por bordas radiopacas. Localiza-se
abaixodas raízes dos molares e pré-molares,
estendendo-se até o foramen mentoniano.
1. quando dois objetos idênticos encontram-
se alinhados em relação a um observador, o
maispróximo do observador encobrirá o
mais distante.
2. Quando dois objetos estão na mesma linha reta
emrelação ao observador e este desloca-se para
direita ou para esquerda, observa-se que os objetos
deslocam-se em direção contrária ao observador,
sendo que o deslocamento do que está mais
próximodo observador é maior, de maneira que as
coisas parecem acontecer da seguinte forma:
• O objeto mais próximo do observador se desloca
no sentido contrário do deslocamento deste
observador;
• O objeto mais distante do observador se desloca
nomesmo sentido do deslocamento deste
observador.
Indicações:
1.dissociação ótica das raízes.
2.localização de dentes inclusos.
3.localização de corpos estranhos rediopacos.
4.localização de processos patológieos.
Questões:
1.qual é o dente/estrutura?
2.qual é o primeiro rx (orto)?
3.qual direção do movimento para o segundo rx?
4.a estrutura se movimentou em qual direção
no segundo rx?
5.estrutura vestibular (perto) ou palatina (longe)?
Rádiobiologia e proteção em radiologia oral:
Aparelho de raio x:
Raio x= são radiações eletromagnéticas de
comprimento de onda compreendido entre 100 a 10ª
capazes de penetrar a matéria opaca e produzir
ionização.
Propriedade básica dos raios x: lonização (capacidade
de remover elétrons do átomo), efeito fotográfico,
fluorescência, efeito biológico. Radiação ionizante é
aquela radiação que transporta energia suficiente para
produzir ionização (remover elétrons) em sistemas
biológicos. Propriedade dos raios x: atravessam corpos
opacos, caminham em linha reta, podem produzir
fluorescênciae fosforescência, são invisíveis e
inodoros, não são desviados por campos
eletromagnéticos, unidade de energia (quantum ou
fótons), provocam efeitos biológicos.
Radiobiologia= "na europa 1.000.000 de abortosforam
feitos desnecessariamente em relação ao acidente em
chernobyl."
Filosofia de proteção: "a exposição deve ser diminuída
ao máximo sem prejudicar os benefícios advindos do
uso das radiações."
Radiossensibilidade e radiorresistência:"o efeito das
radiações é maior nas células menosdiferenciadas e em
grande atividade reprodutora."
Radiossensibilidade das células= embrionárias -
genéticas - sangue e medula óssea - epiteliais e
endoteliais - tecido conjuntivo - tubularesdo rim -
ósseas - nervosas - musculares. A radiossensibilidade
celular é diretamente proporcional à atividade mitótica
e inversamenteproporcional ao seu grau de
diferenciação.
Período de latência: os efeitos das radiações ionizantes
nunca se manifestam imediatamente após a absorção,
há sempre um espaço de tempo decorrido entre a
aplicação da dose e o aparecimento dos sintomas
clínicos (o período de latência pode chegar a 25 anos).
Período de eliminação: intervalo de tempo necessário
para as células se repararem dos efeitos decorrentes da
radiação.
Efeito acumulativo: acontece desde que não haja um
período de eliminação, entre doses sucessivas.
Acumulação refere-se aos efeitos da radiação e não a
energia pura, o que seria impossível.
Efeitos:
Somáticos (determinístico)= ocorrem no indivíduo
irradiado.
Efeitos: alopecia, catarata, aborto, radiodermite,
discrasias sanguíneas, indução ao câncer, esterilidade,
encurtamento da vida.
Dose- quantidade total de radiação emitida ou recebida.
Ritmo de aplicação- exposição aguda (grandes doses
aplicadas num espaço curto de tempo) ou exposição
crônica (pequenas doses aplicadas num longo espaço
de tempo).
Tamanho da área irradiada- quanto maior a área mais
precocemente se manifestam as alterações somáticas.
Dose eritema: 500 filmes/curto tempo
radiodermite profissional: pele atrofiada, sem
elasticidade (pergaminho), unhas friáveis com fissuras
longitudinais e cutícula ulcerada (quadro doloroso).
Idade- pacientes jovens são mais suscetíveis.
Genéticos (estocástico)= manifestam-se nos seus
dependentes. São aqueles efeitos biológicos
ocasionados pela ação das radiações sobre aqueles
elementos responsáveis pela herança nas espécies
biológicas.
A probabilidade de anomalias congênitas e alterações
malignas na infância com doses de 10 rad no útero é
"nenhuma".
Dose gônadas- a dose em gônadas, nas radiografias
intra-orais, não são representativas até o momento,
porque tem sido reportado ao exame radiográfico o
resultado (dose) de somente 0,1 m/r.
Fontes artificiais- tubo de raios x (feixe útil ou
primário, radiação secundária, radiação de fuga).
Proteção em radiologia oral
Proteção do paciente “uso de filmes rápidos e dose
correta”.
Cilindros abertos: evita a radiação secundária
Colimação- destina-se a adaptar o diâmetro útil para
cobrir exclusivamente a área se quer radiografar.
Filtração- retirar feixes de comprimento de onda mais
longos que não tem capacidade de penetrar os tecidos e
chegar ao filme para constituir imagem.
Avental de chumbo- são feitos geralmente de borracha
enriquecida de sais de chumbo. Destina-se a proteção
da região genital dos pacientes jovens e o feto nas
gestantes.
Dose máxima permitida- não existe limite de dose. A
dose máxima é aquela necessária para o diagnóstico.
Proteção ao profissional
Evitar o feixe primário, nunca segurar o filme para o
paciente, usar barreiras protetoras (dispensa o
posicionamento do profissional e constitui a proteção
ideal para os operadores), posicionar o timer atrás da
barreira, posições de maior segurança, dose máxima
permitida (aquela abaixo da qual não se espera
qualquer efeito relacionado com a radiação e que não
se deve ser exercida sem cuidadosa avaliação).
Alterações adquiridas:
Atrição
Definição - desgaste fisiológico resultante do contato
dente a dente durante a mastigação.
Frequência - dentição decídua e permanente.
Etiologia - fisiológico ou resultado de má oclusão
(prematuridade).
Característica clínica - pequena faceta polida na
cúspide ou bordo incisal e faces proximais. Atrição
acentuada - bruxismo / bricismo (normalmente
noturno).
Característica radiográfica: achatamento de bordas e
cúspides com ausência de esmalte.

Abrasão
Definição - desgaste patológico das estruturas
dentárias devido a algum processo mecânico anormal.
Frequência - mais comum na dentição permanente.
Etiologia -escovação errada com dentifrício abrasivo -
grampo de ppr mal confeccionado - uso incorreto de
palito / fio dental - hábitos ocupacionais - alfaiate /
sapateiro / cabeleireiro / fumante de cachimbo.
Característica clínica - fosseta polida em forma de v na
junção esmalte / cemento. Desgaste liso e duro,
podendo haver pigmentação.
Característica radiográfica: varia de acordo com a
etiologia e característica clínica.
Erosão
Definição -desgaste patológico das estruturas dentárias
devido a algum processo químico que nãoenvolve
qualquer ação bacteriana.
Frequência - dentes permanentes: anteriores -
superfície vestibular / palatina, posteriores - oclusal
Etiologia - fatores predisponentes: citrato na saliva -
acidose do tecido periodontal- vômitos
crônicos/bebidas carbonatadas - sucos cítricos - ácido
fosfórico - galvanização
Característica clínica - depressão côncava rasa, ampla,
lisa e polida na superfície do esmalte próxima a junção
esmalte / cemento. “forma de colher rasa”.
Característica radiográfica: depende da característica
clínica - dentes com pouca densidade de esmalte.
Dentina secundária
Definição - é formada após a deposição da dentina
primária ter sido completada. Ocorre tanto em resposta
ao processo normal de envelhecimento como também
patologicamente em resposta a cárie, fratura ou
preparo cavitário.
Frequência - dentição decídua e permanente. Maior
incidência nos dentes anteriores, mais é mais
perceptível nos posteriores (região de cornos pulpares).
Etiologia - fisiológica patológica - devido a estímulos
anormais - trauma, cárie, fraturas, etc.
Característica clínica - ocorre tanto na dentição
decídua, como na permanente. Não é diagnosticada,
causando diminuição da sensibilidade do paciente.
(isolante entre a polpa e o processo patológico).
Característica radiográfica: redução do tamanho da
câmara pulpar e canal radicular, atresia e modificação
do contorno pulpar.
Dentina esclerosada
Definição - ocorre tanto como resposta ao
envelhecimento, como por resposta a agressões
pulpares - alteração regressiva caracterizada pela
calcificação dos canalículos dentinários.
Frequência - mais comum na dentição permanente.
Etiologia - fisiológica / patológica - agressões mais
intensas
Característica clínica - cor mais amarronzada, parada,
preta e é extremamente resistente (+ calcificada).
Característica radiográfica: aparece como uma “meia
lua” mais radiopaca embaixo da restauração ou da
lesão cariosa, protegendo o tecido pulpar.
Nódulos
Definição - massas localizadas, de tecido calcificado
(semelhante a dentina secundária).
Sinonímia - cálculos / dentículos
Frequência - dentição decídua e permanente - visívelna
câmara pulpar.
Cuidados clínicos - endodontia.
Divisão -livre - não estão unidos a nenhuma parede
dentinária.
Aderentes - unidos em continuidade a parededentinária
- mais comum.
Interticiais - totalmente englobados por dentina (
diagnóstico histológico).
Característica clínica - nenhuma.
Característica radiográfica - achado radiográfico.
Massas circulares calcificadas visualizadas na câmara
pulpar.
Calcificação distrófica
Definição - feixes ou colunas de calcificação
acompanhando o trajeto de nervos e vasos da polpa.
Sinonímia - calcificação difusa / calcificação pulpar /
calcificação total ou parcial da polpa.
Frequência - mais comum nos dentes anteriores em
associação a trauma, força mecânica excessiva, etc.
Etiologia - trauma / força mecânica excessiva /
tratamento ortodôntico / ortopédico.
Característica clínica - escurecimento do dente emcaso
de necrose pulpar).
Característica radiográfica: calcificação total ou parcial
da câmara pulpar e canais radiculares.
Ausência do espaço correspondente a câmara pulpar e
canal radicular, todo preenchido por tecido calcificado.
Reabsorção fisiológica
Definição - reabsorção normal dos dentes decíduos.
(somente dentes decíduos). Obs. Restos de raiz
decídua - região de pm permanentes.
Reabsorção patológica externa
Definição - perda de estrutura dentária realizada por
células localizadas no ligamento periodontal
(osteoclastos).
Frequência - dentes decíduos e permanentes / qualquer
região dentária cervical radicular.
causas - inflamação periapical - ex:granulomas -
traumas – reimplante -tumores e cistos - forças
mecânicas excessivas - trat. Orto - dentes inclusos /
impactados - clareamento dental – tratamento
periodontal - forças oclusais excessivas –
prematuridade - idiopática
Característica clínica - perda de estrutura dentária com
aspecto de “comido por traça”. Clinicamente só é vista
quando afeta a região cervical.
Característica radiográfica: depende da localização -
arredondamento apical. Reabsorção cervical severa -
diagnóstico diferencial de cárie de cemento.
Reabsorção patológica interna
Definição - perda da estrutura dentária, resultante da
reação do tecido pulpar. Ex.: idiopática, trauma, etc..
Frequência - dentição decídua e permanente.
etiologia – trauma - idiopática
Característica clínica - coroa - área cor rósea - “dente
róseo de mummery”.
Característica radiográfica: área radiolúcida ovóide,
expandindo o canal radicular na porção central.
Hipercementose
Definição - alteração regressiva de cemento secundário
(celular) na superfície radicular (principalmente ápice).
Frequência - dentição permanente / qualquer elemento
dentário.
Característica clínica: não tem
Característica radiográfica: perda da forma pontuda e
afilada, ficando o ápice arredondado com forma
romba.
Resto radicular decíduo
Definição - forma alongada circundado por ligamento
periodontal e lâmina dura.
Etiologia - divergência acentuada das raízes dos
molares decíduos. Diâmetro m - d das coroas dos pré
molares, menor não promovendo a completa
reabsorção.
Região mais comum - pré molares inf / sup.
Característica clínica: não tem.
Característica radiográfica: presença de tecido dentário
(calcificado) alongado, circundado por espaço do
ligamento periodontal e lâmina dura.
Resto radicular permanente
Definição - remanescente radicular de diversas formas
e em qualquer região.
Frequência - qualquer localização.
Etiologia - processo inflamatório - cárie - sequela -
cirurgia
Característica clínica - só existe quando há processo
inflamatório associado. Inflamação gengival /
sequestro / abscesso / dor.
Característica radiográfica - remanescente radicular de
diferentes formas e tamanhos e localizações. Podem
estar inclusos ou em vias de sequestro.
Anquilose
Definição - fusão do dente envolvido com o osso
Sinonímia - ancilose / dente submerso
Frequência - dentes mais comuns: decíduos - 2os
molares inferiores.
Molares permanentes.
Etiologia: desconhecida – trauma - infecção
Característica clínica - plano oclusal do dente
envolvido fica abaixo dos dentes vizinhos. Ausência
de mobilidade. Extrusão dos antagonistas - inclinação
dos dentes vizinhos.
Característica radiográfica - ausência total ou parcialdo
espaço correspondente a membrana periodontal, com
áreas aparentes de união entre a raiz do dente e
osso.(sentido m - d)
Fraturas
Trauma: intrusão – extrusão – avulsão – luxação
tipos: coronária - radicular
Definição - lesão comum cuja causa mais frequente é o
trauma intenso e súbito.
Frequência - dentição decídua e permanente. Mais
comum em crianças (meninos) e em dentes superiores.
Característica clínica - depende da localização e
intensidade do trauma. Fratura / escurecimento.
Característica radiográfica - pode ou não aparecer o
traço de fratura. Tirar mais de uma radiografia.
Regeneração - o traço pode permanecer caso haja uma
cicatrização fibrosa.
Cálculos – tártaros
Definição - deposição de placa bacteriana / maturação e
mineralização . O cálculo é depositado como um
material mole que endurece gradualmente pela
deposição de sais minerais até ficar tão duro quanto
cemento. Sua cor varia do branco - amarelo ao
castanho escuro ou negro, dependendo da quantidade
de pigmentos.
Frequência - dentição decídua e permanente.
Região mais afetada: bateria labial inferior - vestibular
dos dentes posteriores e superiores
Característica clínica - gengivite - periodontite, ou
simplesmente a presença de pequenos cálculos
mobilidade
Característica radiográfica - modifica a anatomia dos
dentes da região. Associado a perdas ósseas vertical /
horizontal / localizadas / generalizadas.
Anomalias e variações do desenvolvimento do órgão
dentário
Classificação de shaffer – thoma
Baseada na morfologia final: forma e volume, número,
posição, erupção, estrutura.
Forma e volume= microdontia (rizomicria),
macrodontia (rizomegalia), geminação, fusão,
concrescência, dilaceração, dens in dente, taurodontia,
pérola de esmalte, raiz extranumerária, cúspide em
garra.
Número= anodontia, dentes extranumerários, raiz
extranumerária.
Posição= ectopia, transposição, transmigração,
giroversão.
Erupção= prematura, retardada, dentes inclusos /
impactados, anquilose.
Estrutura= amelogênese imperfeita, hipoplasias,
dentinogênese imperfeita, displasia dentinária,
odontodisplasia regional.
Microdontia
Definição- dente menor que o normal
Tipos- microdontia generalizada verdadeira,
microdontia generalizada relativa, microdontia isolada.
Frequência- afeta ambas as dentições (decídua e
permanente), uni ou bilateral.
Dentes mais afetados= dentes finais de série (incisivo
lateral superior, 3º molar, 2º pré-molar,
supranumerários).
Característica clínica e radiográfica- podem apresentar
a mesma forma só que menor (eumorfo) ou de forma
diferente (heteromormo).
Rizomicria
Só a raiz é afetada- apresenta-se de tamanho menorque
o normal.
Tipos- macrodontia generalizada verdadeira,
macrodontia generalizada relativa, macrodontia isolada.
Frequência- afeta mais comumente a dentição
permanente.
Dentes mais afetados= incisivos, molares.
Característica clínica e radiográfica- dente fisicamente
maior.
Rizomegalia
Só a raiz é afetada- apresenta-se de tamanho maior que
o normal.
Geminação
Definição- tentativa de divisão de um único germe
dentário por invaginação
Frequência- afeta ambas as dentições (decídua e
permanente). Tendência hereditária.
Dentes mais afetados= bateria labial, pré-molares.
Característica clínica- dente maior que o normal, com
traço de divisão ou união da coroa.
Característica radiográfica-1 canal radicular
(diagnostico diferencial), 1 ou 2 câmaras pulpares, 2
cornos pulpares, 2 coroas parcial ou totalmente
separadas, 1 coroa dupla.
Fusão
Definição- união pela dentina de dois germes
normalmente separados.
Frequência- afeta ambas as dentições (mais comum na
decídua). Tendência hereditária.
Dentes mais afetados= bateria labial, molares
Característica clínica- dente maior que o normal, com
traço de divisão ou união da coroa.
Característica radiográfica- 2 canal radicular
(diagnóstico diferencial), 1 ou 2 câmaras pulpares, 1
coroa grande com traço de união, 2 coroas fusionadas.
Concrescência
Definição- união pelo cemento de dois germes
normalmente separados. Ocorre após a formação
radicular, antes ou após a erupção.
Dentes mais afetados= molares
Tipos- verdadeira (união cementária), falsa
(superposição radicular).
Etiologia- lesão traumática, apinhamento com
reabsorção óssea interdental e deposição de cemento,
pós-inflamatória (2º e 3º molares).
Característica clínica- não tem.
Característica radiográfica- união cementária de raízes
que pode acometer dentes inclusos, erupcionados com
inclusos
E pós inflamatório.
M acrodontia
Definição- dente maior que o normal.
Dilaceração
Definição- angulação ou curvatura acentuada na raiz ou
coroa de um dente.
Dentes mais afetados= todos em ambas dentições.
etiologia “provável”- trauma durante o período de
formação do dente.
Característica clínica- não tem, diagnosticado
radiograficamente.
Característica radiográfica- curvatura radicular mais
comum para distal mais ou menos acentuada. Mais
raro na porção
Coronária.
Dens in dente
Definição- invaginação contornada de esmalte, que
parte normalmente da superfície palatina
(cíngulo) para o interior do dente.
Sinonímia- dente invaginado (forma leve), odontoma
gestante (forma acentuada), odontoma dilatado (forma
acentuada).
Etiologia- pressão externa localizada, estimulação
localde crescimento.
Tipos- forma leve, forma acentuada.
Frequência- afeta mais comumente a dentição
permanente.
Dentes mais afetados= bateria labial, incisivo lateral
superior (uni ou bilateral).
Característica clínica- sulco acentuado no cíngulo que
promove retenção na sondagem e de difícil
higienização.
Característica radiográfica- invaginação piriforme de
esmalte e dentina com pequeno orifício de abertura na
superfície palatina do dente e bem próximo da polpa.
Taurodontia
Definição- dentes semelhantes aos de touro. Aumento
do corpo e câmara pulpar de dentes multirradiculares,
deslocando para apical o soalho e bifurcação das
raízes.
Etiologia- forma primitiva (homem de neanderthal),
deficiência de invaginação da bainha epitelial de
hertwig.
Tipos- hipotaurodontia, mesotaurodontia,
hipertaurodontia.
Frequência- afeta ambas dentições (permanente e
decídua).
Dentes mais afetados= molares, pré-molares.
Obs. A denominação dada aos pm = raiz bífida
Característica clínica- dentes mais retangulares, porém
o diagnóstico é exclusivamente radiográfico.
Característica radiográfica- dente com forma
retangular, ausência de bi e trifurcações (localização
apical), sem constrição cervical, câmara pulpar ampla
(sentido ápico-oclusal), raízes curtas.
Pérola de esmalte
Definição- área circular bem definida, com
radiodensidade de esmalte encontrada frequentemente
na região de bifurcação e trifurcação dos molares.
Origem- proliferação focal e excessiva de esmalte.
Sinonímia- pérola adamantina, enameloma,
esmaltoma.
Dentes mais afetados= 1os molares superiores, 2os
molares inferiores.
Característica clínica- não existe, o diagnóstico é
radiográfico.
Característica radiográfica- glóbulo de esmalte aderido
ao dente frequentemente encontrada na bifurcação ou
trifurcação das raízes.
Raiz extranumerária
Definição- raiz acima do número normal de cada
elemento dentário.
Frequência- afeta ambas dentições (permanente e
decídua).
Dentes mais afetados= canino inferior, pré-molar
inferior, molares, qualquer dente
Característica clínica- não existe, o diagnóstico é
radiográfico.
Característica radiográfica- visualização cuidadosa da
raiz extranumerária.
Cúspide em garra
Definição- hiperplasia de esmalte (dentina e
prolongamento pulpar) que se projeta a partir da região
do cíngulo do dente (para fora).
Sinonímia- hiperplasia de cíngulo, evaginação
frequência- afeta mais comumente a dentição
permanente.
Dentes mais afetados= incisivo central superior,
baterialabial.
Característica clínica- cúspide adicional na face
palatina, na região do cíngulo em direção ao bordo
incisal.
Característica radiográfica-vai diferenciar de um dente
supranumerário pela inexistência de raiz.
Anodontia
tipos:
Anodontia verdadeira: total, parcial.
Anodontia falsa ou induzida: pseudo–anodontia
Anodontia verdadeira total
Definição- todos ou quase todos os dentes estão
ausentes.
Sinonímia- anodontia.
Etiologia- rara, associada a distúrbios generalizados
(displasia ectodérmica). Autossômica dominante.
Frequência- ambas as dentições, ausência de quase
todos os elementos
Característica clínica- é rara, a maioria relacionada
com a displasia ectodérmica hereditária, paciente com
ausência de glândulas sudoríparas/sebáceas, pele seca,
cabelos ralos, sem sobrancelhas e cílios. Alguns dentes
decíduos presentes, o mesmo com os permanentes.
Podem apresentar mal formação, (microdontia).
característica radiográfica- ausência de vários
elementos decíduos e permanentes. Presença de
alterações dentárias (microdentes/conóides).
Anodontia verdadeira parcial
Definição- envolve um (01) ou mais dentes
Sinonímia- hipodontia (ausência de poucos dentes),
oligodontia (ausência de mais de 6 dentes).
Etiologia- comum, tendência familial, tendência
evolutiva, irritação da face por rxs.
Frequência- afeta ambas as dentições, decídua e
permanente.
Dentes mais afetados= dentes finais de série, 3º molar /
incisivo lat. Sup. / 2º pm sup, 2º pm inf. / incisivo
central inf. / canino inf.
Característica clínica- é comum. Pode ser precedida
por uma microdontia na dentição decídua. Nota-se a
ausência do elemento dentário. Unilateral ou bilateral
Característica radiográfica- ausência de
desenvolvimento do elemento dentário.
Anodontia falsa ou induzida
Ocorre em casos de extrações dentárias. Fazer
anamnese.
Pseudo-anodontia
O dente está presente só que ainda não erupcionou.
(incluso ou impactado).
Exame radiográfico!!!
Dentes extranumerários
Definição- é o desenvolvimento de um número
aumentado de dentes.
Sinonímia- supranumerários, hiperdontia.
Etiologia- 3º germe dentário da lâmina dentária,
Divisão do germe permanente, tendência hereditária,
problemas generalizados (disostose cleidocraneana,
síndrome de gardner).
Frequência- afeta ambas as dentições, decídua e
permanente.
Dentes mais afetados= mesiodente / incisivo lat. Sup. /
paramolares, pm inf. / 4º molar ou disto molar
Característica clínica- quando fazem a erupção,
apresentam as mesmas variações das características
radiográficas.
Característica radiográfica- incluso / impactado /
irrompido / invertido / eumorfo ou heteromorfo.
Definição- erupção do dente fora da posição normal.(v,
l ou p, m, d)
Dentes mais afetados= caninos superiores e inferiores,
3os molares.
Característica clínica- dente posicionado fora do lugar
de origem
Característica radiográfica- possibilidade de
diagnóstico precoce
Giroversão
Definição- rotação dentária (visto de frente, o dente
mostra as suas faces proximais)
Frequência- pré-molares
Característica clínica- por vestibular encontramos uma
face proximal.
Característica radiográfica- visão do diâmetro pulpar no
sentido vestíbulo-lingual
Etiologia- extração dentária, excesso ou falta de
espaço.
Transposição
Definição- dente troca de posição na arcada com o
dente vizinho, erupcionando no lugar do mesmo.
Frequência- dentes mais afetados (canino, pré-molar).
Característica clínica- visualização do dente
erupcionado no lugar do dente vizinho (ex. Canino
entre os pré-molares)
Característica radiográfica- igual a característica
clínica.
Etiologia- perda precoce do dente decíduo,
permanência do dente decíduo, falta de espaço
Transmigração
Definição- “dente andando no osso” (raiz
completamente formada e sem lesão patológica
associada)
Frequência- mais comum em mandíbula, canino, 3o
molar.
Característica clínica- ausência na arcada do elemento
envolvido, existindo ou não aumento de volume na
região onde o dente está localizado.
Característica radiográfica- imagem do dente incluso
fora da região onde deveria fazer a erupção
(normalmente bem distante), podendo atravessar a
linha média
Etiologia- desconhecida
Erupção prematura
tipos:
Erupção prematura decídua
Dente natal
Dente neonatal
Erupção prematura permanente
Erupção prematura decídua
Definição- tipos:
Dente natal= dente decíduo presente desde o
nascimento.
Dente neonatal= surge nos primeiros 30 dias de vida
dacriança.
Frequência- incisivos centrais inferiores (decíduos).
característica clínica- bem formados e normais sob
todos os aspectos, exceto por apresentarem ligeira
mobilidade. Quando a forma não é normal, pode ser
apenas calcificações semelhantes a dentes –
Neste caso o ideal é remoção (cisto da lâmina dentária
do recém-nascido) – queratina compacta
Característica radiográfica- dentes essencialmente
normais (compatível com idade cronológica de
desenvolvimento)
Etiologia- desconhecida, distúrbio endócrino (tireóide,
suprarrenal).
Erupção prematura permanente
Definição- é consequência da perda precoce de dentes
decíduos.
Frequência- pré-molares (perda dos molares decíduos).
etiologia- pode estar associada a hiperplasia hemifacial
(modifica tamanho e erupção do lado afetado).
Característica clínica- erupção da coroa com
mobilidade devido a ausência da raiz.
Característica radiográfica- dentes sem a porção
radicular formada, nem o terço cervical.
Erupção retardada
Definição- atraso na erupção da dentição decídua ou
permanente
Frequência- dentição decídua e permanente
Característica clínica- ausência do dente na arcada
Característica radiográfica- dente permanece incluso
sem causa aparente e com raiz (terço cervical formado)
etiologia- desconhecida: condições sistêmicas,
raquitismo, cretinismo, hipoparatireoidismo, causas
locais, falta de força de erupção, fibromatose gengival,
falta de espaço, anquilose.
Dentes inclusos / impactados
Definição- inclusos= todo e qualquer dente isolado que
ainda não sofreu erupção; impactados= são aqueles que
são impedidos de irromper por alguma barreira física
na trajetória de erupção. Mesioimpactado,
distoimpactado, verticalmente, horizontalmente
Frequência- dentição decídua (+ raro) e permanente: 3º
molar sup e inf; canino sup.; pré-molar;
supranumerário.
Característica clínica- ausência total ou parcial do
dente na boca, aumento de volume, pericoronarite,
inclinações de dentes vizinhos.
Característica radiográfica- dente parcial ou totalmente
dentro do osso
Etiologia- inclusos, falta de força de erupção,
impactados, ausência de espaço, perda precoce de
decíduo.
Anquilose
Definição- fusão do dente envolvido com o osso
Sinonímia- ancilose, dente submerso, infra-oclusão
frequência- 1ª e 2ª décadas de vida, decíduos (2os
molares inf), molares permanentes.
Característica clínica- plano oclusal do dente
envolvidofica abaixo dos dentes vizinhos, ausência de
mobilidade, extrusão dente antagonista, inclinação dos
dentes vizinhos.
Característica radiográfica- ausência total ou parcial do
espaço correspondente ao ligamento periodontal, com
áreas aparentes de união entre a raiz do dente e o osso
(sentido m-d)
Etiologia- desconhecida: trauma, infecção.
Amelogênese imperfeita
Definição- anomalia estrutural do esmalte resultante da
deficiência do órgão do esmalte
Tipos: hipoplásico, hipocalcificado.
Obs. Vários tipos com vários padrões de herança e
uma ampla variedade de manifestações clínicas
Amelogênese imperfeita hipoplásica
Definição- formação deficiente de matriz do esmalte
Frequência- ambas as dentições
Característica clínica- podem apresentar uma
coloraçãoque varia do amarelo ao castanho escuro,
superfície dura e lisa apresentando sulcos, pontos de
contato abertos, mordida aberta anterior (comum),
dentes não erupcionados.
Característica radiográfica- imagem tênue (contorno
delgado) do esmalte
Etiologia- hereditária
Amelogênese imperfeita hipocalcificado
Definição- deficiência na mineralização da matriz
(hipomineralizado)
Frequência- ambas as dentições.
Característica clínica- coloração amarela a castanho
claro com textura de giz, coloração castanho escuro e
textura de queijo, pigmentação de áreas
hipocalcificadas específicas, facilidade de deposição
decálculo, dentes não erupcionados, mordida aberta
anterior.
Característica radiográfica- forma geral do dente
normal, esmalte com radiodensidade de dentina (dente
roído).
Etiologia- hereditário (autossômica dominante
recessivo).
Hipoplasias
Definição- forma localizada, afetando um ou mais
dentes (fase formativa do esmalte).
Frequência- dentição permanente
Características clínica e radiográfica- de acordo com a
etiologia, sulcos, manchas, pigmentações, más-
formações.
Etiologia- deficiências nutritivas (vit. A, c, d), doenças
exantematosas (sarampo, varíola, etc.), sífilis
congênita(incisivos e 1os molares), dentes de
hutchinson, molares em amora, hipocalcemia, lesões
durante o nascimento, infecção local ou trauma (dente
de turner),ingestão de subst. Química, causas
idiopáticas.
Dentinogênese imperfeita
Definição- é um distúrbio de desenvolvimento
hereditário da dentina. Em alguns casos está associada
a osteogênese imperfeita
Frequência- dentição decídua e permanente, indivíduos
brancos.
Sinonímia- dentina opalescente hereditária
Característica clínica- dentes com coloração amarelo
acastanhado à marrom, perda precoce do esmalte com
forte atrição da dentina. Tendência a fraturas
coronárias.
Característica radiográfica- obliteração parcial ou total
da câmara pulpar e canal radicular, coroas bojudas e
arredondadas com raízes curtas e região periapical
normal
Etiologia- hereditária autossômica dominante
Frequência- bateria labial superior e inferior,
envolvimento da dentição decídua seguida da
permanente
Sinonímia- dentes fantasmas, displasia odontogênica,
odontogênese imperfeita
Característica clínica- forma alterada e muito anômala
no seu aspecto externo, dentes afetados exibem um
retardo ou uma parada total na erupção
Característica radiográfica- esmalte e dentina
aparecemmuito finos com câmara pulpar
extremamente ampliada, apresentam-se com uma
radiodensidade bemreduzida (mineralização
completamente defeituosa).
Etiologia- desconhecida: mutação somática, vírus
latente no epitélio odontogênico
Displasia dentinária
Definição- desorganização de formação dentinária que
pode ocorrer em diferentes estágios do
desenvolvimento dentário
Sinonímia- “dentes sem raízes”
tipos- i, ii.
Frequência- dentes decíduos e permanentes
tipo i
Características clínicas: normais em cor e morfologia,
visivelmente abalados e esfoliados prematuramente,
erupção normal ou retardada, problemas periodontais.
Características radiográficas: raízes curtas com câmara
pulpar e canais radiculares obliterados. Lesões
periapicais (sem causa óbvia) e estrias transversais na
região cervical de todos os dentes.
Tipo ii
Características clínicas: decíduos à modificação da cor,
permanentes à esmalte e dentina normais.
Características radiográficas: obliteração de câmaras e
canais, raízes com tamanho relativamente normal.
Odontodisplasia regional
Definição- anormalidade de desenvolvimento
localizada, não hereditária, com efeito no esmalte,
dentina e polpa.