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Aula 00 - Somente em

PDF (Prof Renata


Barbosa)
Força Aérea Brasileira - FAB (CADAR)
Conhecimentos Específicos de Prótese -
2024 (Pré-Edital)
Autor:
Larissa Oliveira Ramos Silva,
Mirela Sangoi Barreto, Renata
Pereira de Sousa Barbosa

11 de Janeiro de 2023
Larissa Oliveira Ramos Silva, Mirela Sangoi Barreto, Renata Pereira de Sousa Barbosa
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Sumário
Considerações Iniciais ............................................................................................................................................................. 2
1 – Diagnóstico e Plano de Tratamento em Prótese ................................................................................................ 3

1.1 – Planejamento em Prótese Fixa ....................................................................................................................... 3

1.2 – Montagem dos modelos em Articulador ............................................................................................... 10

1.3 – Fundamentos de Oclusão .............................................................................................................................. 18

2 – Preparos Protéticos ........................................................................................................................................................ 23

2.1 – Términos cervicais.............................................................................................................................................. 27

2.2 – Preparos dentais ................................................................................................................................................. 31

2.3 – Núcleos intrarradiculares ou de preenchimento................................................................................. 36

3 – Restaurações Protéticas Provisórias ....................................................................................................................... 44

3.1 – Características das próteses provisórias ................................................................................................. 45

3.2 – Técnicas de confecção .................................................................................................................................... 51

3.3 – Tipos de resinas .................................................................................................................................................. 53

4 – Materiais e Técnicas de Moldagem ....................................................................................................................... 55

4.1 – Métodos de retração gengival .................................................................................................................... 55

4.2 – Materiais de moldagem .................................................................................................................................. 56

4.3 – Técnicas de moldagem .............................................................................................................................. 59

4.4 – Desinfecção dos modelos ......................................................................................................................... 61

Considerações finais .............................................................................................................................................................. 62


Questões Comentadas......................................................................................................................................................... 63
Lista de Questões ................................................................................................................................................................... 65
Gabaritos..................................................................................................................................................................................... 92
Referências Bibliográficas ................................................................................................................................................... 93

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, aluno estratégia, seguimos no estudo intenso. Agora para um assunto bem odiado pelos
concurseiros, mas que anda caindo nas provas a Prótese e Moldagem. Nesta aula, frisaremos o
diagnóstico e plano de tratamento em prótese.
Abordaremos um assunto super cobrado que são os Preparos Protéticos e após visualizaremos os
materiais restauradores temporários mais empregados.
Para finalizar o nosso material estudaremos técnicas de moldagem e os materiais mais empregados!

Vamos seguir na nossa rotina de estudo de um assunto e complementação com as questões das bancas
e provas recentes de concursos relacionadas a estes temas.

Lembre-se de fazer a revisão para fixar o conteúdo ok?

Bons estudos!

Um xero, Profª Renata!

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1 – DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO EM PRÓTESE


1.1 – Planejamento em Prótese Fixa

Na aula de hoje vamos estudar o Planejamento das reabilitações protéticas. O exame do


paciente será realizado por fases, iniciando pela anamnese, em que se deve determinar o estado de
saúde geral do paciente. Para o exame extraoral, observa-se o aspecto facial, procurando verificar
características tais como dimensão vertical (DV), suporte de lábio e linha do sorriso.

 Dimensão vertical de oclusão (DV): a DV pode estar diminuída como resultado de atrição
acentuada ou perda de contenção posterior; e pode estar aumentada como consequência de um
inadequado tratamento restaurador.

 Suporte do lábio: ausente nas situações clínicas nas quais houve grande perda de estrutura do
rebordo alveolar na região anterior, com provável necessidade de um aumento cirúrgico do
rebordo por meio de enxerto ósseo ou de tecido conjuntivo; também pode-se usar uma gengiva
artificial removível (feita de resina acrílica em laboratório) ou fixa (feita de cerâmica na cor rosa).

 Linha do sorriso: assume extrema importância nos casos estéticos! A quantidade de exposição
gengival permite a classificação do tipo de sorriso do paciente em:

- Baixo: menos de 75% dos dentes anteriores são visíveis (ocorre em 20% os indivíduos).
- Médio: 75 a 100% dos dentes anteriores superiores e as papilas interproximais (70% dos
indivíduos).
- Alto: revela todo o comprimento dos dentes anteriores superiores e uma faixa variável de gengiva

(10%).

Exige que sejam tomados todos os cuidados com o tecido gengival, uma vez que até mesmo
uma pequena recessão decorrente de lesão durante o preparo ou a moldagem pode ser
responsável pelo insucesso estético do trabalho.

Como o tecido gengival fino é mais suscetível a sofrer recessão gengival, para pacientes com
linha de sorriso média ou alta, é preferível indicar próteses metalocerâmicas tipo collarless (sem
cinta metálica na face vestibular) ou confeccionadas somente em cerâmica, também conhecidas como
metal free, totalmente cerâmicas ou ceramocerâmicas, para evitar problemas estéticos devidos à
exposição da cinta metálica.

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 Avaliação da musculatura e da articulação temporomandibular (ATM): masseter, temporal,


demais músculos da face, músculos cervicais e ATM devem ser palpados.

Para a execução de um trabalho de prótese, é necessário que o paciente não apresente


sinais e sintomas de disfunção temporomandibular.

Para o exame intraoral, serão avaliados os tecidos moles, músculos,


dentes, periodonto e relações oclusais.

DENTES

 Cáries e restaurações existentes: a cárie é a principal causa de fracassos em Prótese Parcial Fixa
(PPF), cujo fator responsável pode ser a (falta de) qualidade de adaptação da restauração e
qualidade da higienização mantida pelo paciente.

Em virtude das próprias deficiências dos materiais e técnicas,


sempre haverá a presença de uma linha de cimento, cuja espessura
ideal é de até 50 μm, sendo clinicamente aceitável até 120 μm.

 Nível do término do preparo dentro do sulco gengival: Quanto mais intrassulcular estiver o
término cervical do preparo, maior a probabilidade de ocorrerem alterações nessa área, devido ao
desrespeito às distâncias biológicas do periodonto.

O perfil de emergência das coroas e a abertura das ameias cervicais adquirem extrema
importância do ponto de vista periodontal. A coroa deve emergir reta do sulco gengival, sem causar
pressão no epitélio sulcular, pois a convexidade na área e o acúmulo de placa bacteriana provocarão
ulcerações que podem levar a uma inflamação gengival.

As ameias cervicais devem propiciar espaços para acomodar as papilas gengivais e facilitar
a higienização. A falta de espaço para a papila gengival entre dois ou mais retentores, entre um
retentor e o dente vizinho ou por razões periodontais exige cuidados especiais durante o preparo do
término cervical para se obter uma distância mínima de 1 a 1,5 mm entre eles.

 Alterações da faceta estética: influencia nos requisitos estéticos e funcionais, será necessário que
o desgaste dentário proporcione espaço para o metal e a cerâmica para as próteses
metalocerâmicas ou para as próteses confeccionadas somente em cerâmica.

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A cerâmica de revestimento deve apresentar espessura entre 1 e 2 mm.

As resinas das coroas metaloplásticas sofrem pigmentação, perda de cor e,


principalmente, desgaste pela ação dos alimentos e dos abrasivos dos dentifrícios, o que pode resultar
em fracasso estético em um pequeno período de tempo.

Quando houver falha apenas da faceta estética, pode-se realizar reparos com restaurações
em resina composta, em vez de remover e confeccionar uma nova prótese!

 Oclusão: o exame da oclusão deve ser realizado clinicamente e complementado por meio da
análise dos modelos de estudo, devidamente montados em articulador semiajustável (ASA).

Atenção aos sinais de colapso da oclusão, como mobilidade e perda do suporte ósseo!!!
Contatos oclusais exagerados também podem provocar pericementite traumática (confundindo o
diagnóstico com lesões pulpares) e deslocamento de retentores.

Próteses realizadas na posição de máxima intercuspidação habitual (MIH) devem também ser
avaliadas em relação cêntrica (RC), para possibilitar a eliminação de contatos prematuros
diferentes dos já existentes nessa posição.

Na presença de hábitos parafuncionais, é imprescindível indicar o uso noturno de


placas estabilizadoras para a proteção dos dentes e da prótese.

O equilíbrio dos componentes do sistema estomatognático pode ser alcançado por meio de:

 Próteses com contatos oclusais bilaterais simultâneos dos dentes posteriores;


 Posição de trabalho (MIH ou RC) compatível com o caso clínico a ser realizado;
 Guia lateral pelos caninos, sempre que possível;
 Guia anterior pelos incisivos durante o movimento protrusivo e, em ambos os
casos, sem nenhum contato oclusal no lado de não trabalho nos dentes
posteriores;
 Harmonia com as ATMs e com a DV adequadamente mantida ou corretamente
estabelecida.

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 Número e disposição dos dentes: as migrações dentárias podem ocorrer em diferentes direções
e sentidos, conforme o arco e o grupo de dentes acometidos. A ferulização (esplintagem ou
contenção) de dentes visa minimizar a ação das forças que agem nos sentidos vestíbulo-lingual e
mesiodistal.

Polígono de estabilização ou sustentação: próteses extensas e/ou em dentes pilares


com perda do suporte ósseo, o ideal é unir no mínimo um dente de cada segmento
do arco (incisivos, caninos e dentes posteriores).

 Inclinação: viabilizar uma via de inserção adequada para a prótese e uma restauração biológica
e mecanicamente aceitável, ainda que por meio de procedimentos clínicos como ameloplastia dos
dentes vizinhos, procedimentos ortodônticos, confecção de coroas telescópicas, utilização de
encaixes de semiprecisão e tratamento endodôntico com finalidade protética.

 Tamanho da coroa clínica: está intimamente relacionado com o grau de retenção e estabilidade
da restauração protética, sendo que a altura mínima de um dente preparado deve ser de 4 mm, a
fim de prover retenção e estabilidade à prótese.

 Vitalidade pulpar: a remoção do órgão pulpar, fonte de hidratação do dente juntamente com o
ligamento periodontal, torna a raiz mais sujeita a fratura, pois dentes despolpados têm uma
redução significativa de resistência.

Dentes despolpados não devem ser usados como pilares de extensos espaços edêntulos e,
principalmente, como pilares de pônticos suspensos (cantilever).

Dentes despolpados têm seu reflexo de proteção alterado pela perda de


receptores pulpares, o que pode provocar aumento da sobrecarga oclusal, pela
dificuldade de controle da força antes que os mecanorreceptores sejam
estimulados. O resultado será o MAIOR RISCO DE FRATURA!

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PERIODONTO

É possível identificar dois grandes grupos dentre os pacientes que procuram tratamento
reabilitador:

a) Pacientes que não pertencem ao grupo de risco à doença periodontal, cujos tecidos periodontais
estão normais: o nível ósseo frequentemente está de 1 a 2 mm da união amelocementária, e, quando
existe algum sinal de inflamação, este está confinado ao tecido gengival marginal.

b) Pacientes que pertencem ao grupo de risco à doença periodontal, os quais podem apresentar
sinais clínicos de intensidade variável: mobilidade; migração; tecido gengival flácido,
avermelhado e muitas vezes sem contorno adequado; perda óssea (localizada ou generalizada) de
graus diversos; entre outros.

 Exame de profundidade de sondagem: a presença de bolsas profundas representa a existência


de nichos que funcionam como reservatórios de bactérias patogênicas, o que pode facilitar a
contaminação das outras áreas da cavidade bucal.

 Recessão gengival: a recessão gengival é significativa na medida em que não somente afeta a
quantidade de mucosa ceratinizada, mas também tem influência na estética. Uma recessão em
dentes anteriores pode resultar em grandes problemas estéticos quando o paciente apresenta uma
linha alta do sorriso.

 Grau de envolvimento de furcas:

Grau I. Perda horizontal de tecido de suporte, não excedendo um terço da largura


vestibulolingual do dente afetado.

Grau II. Perda horizontal que excede um terço da largura do dente, mas não envolve
toda a largura vestibulolingual.

Grau III. Perda horizontal que envolve toda a largura do dente afetado, comunicando
as faces vestibular e lingual.

 Índice de sangramento: além de demonstrar alterações patológicas gengivais, os procedimentos


restauradores (moldagem, cimentação e outros) podem ser dificultados pela presença de
sangramento.

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 Mobilidade: causada por doença periodontal relacionada à perda de suporte ósseo, trauma
oclusal primário ou secundário; ou outras possíveis causas: inflamação periapical, traumas agudos
(acidentes), raízes fraturadas, reabsorções radiculares, cistos, neoplasias, etc.

Grau 1: quando o movimento do dente é de 0 a 1 mm em direção horizontal;

Grau 2: quando o movimento é maior que 1 mm na direção horizontal;

Grau 3: quando ocorre movimento vertical e horizontal do dente.

 Índice de placa: é apenas um referencial do grau de higiene e colaboração do paciente, uso de


evidenciador pra motivar a higiene oral. Classifica-se em quatro níveis: placa ausente, nível baixo,
nível médio e nível alto.

Grande quantidade de placa na ausência de sangramento é menos significativa


do que uma pequena quantidade acompanhada de sangramento gengival.

 Distâncias biológicas: espaço ocupado por sulco gengival, epitélio juncional e inserção
conjuntiva.

Sulco gengival real ou histológico: profundidade entre


0,2 e 0,8 mm, com uma média de 0,5 mm; já a sua
largura é aproximadamente de 0,15 mm;

Sulco gengival clínico: reflete uma condição clínica


quando da realização da sondagem periodontal, podendo
apresentar uma profundidade de até 3 mm; Figura 1 - Pegoraro, 2013.

Epitélio juncional: extensão de 0,9 a 1,5 mm;

Inserção conjuntiva: 0,9 a 1,5 mm.

Atenção!! Faixa de mucosa ceratinizada com largura menor do que 2 mm podem se


mostrar mais propensas a recessão e inflamação. Por isso, procedimentos de preparo, moldagem e
cimentação são extremamente dificultados e raramente são executados sem algum sangramento

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quando essa faixa de tecido não existe ou encontra-se muito estreita, além de aumentar a
possibilidade de ocorrência de recessão gengival e exposição precoce da cinta metálica de coroas
metalocerâmicas ou do próprio término cervical.

EXAME DA ÁREA EDÊNTULA

Avaliar as características do rebordo e a possível necessidade de correção cirúrgica com


finalidade protética. São bastante comuns as situações nas quais é necessário fazer um aumento
cirúrgico do rebordo, seja por enxerto ósseo ou por enxerto gengival, para minimizar a grande
reabsorção do osso alveolar.

Em alguns casos, é necessário remover tecido gengival para que o pôntico seja confeccionado
com uma dimensão adequada, a fim de evitar que sua face gengival tenha uma forma côncava e
==0==

facilitar a limpeza dessa área por parte do paciente. Em outras situações, apenas um
condicionamento do tecido gengival soluciona o problema.

EXAME RADIOGRÁFICO

 Radiografia panorâmica: análise de altura da crista óssea, lesões periapicais incipientes,


qualidade do tratamento endodôntico, comprimento dos núcleos e proporção coroa-raiz;

 Radiografias interproximais: úteis na avaliação da adaptação de próteses antigas e recidivas


de cáries, além de serem mais precisas na visualização da crista óssea;

 Radiologia digital: as indicações das radiografias digitais são as mesmas das técnicas
convencionais, com algumas vantagens:
o Redução no tempo de exposição;
o Elimina o uso de produtos químicos para o processamento das radiografias;
o Arquiva os resultados digitalmente e de forma permanente.

 Tomografia computadorizada de feixe cônico (cone beam computed tomography): Sua


grande vantagem é a visualização em 3D, para a observação de tecidos duros ou
mineralizados, como o tecido ósseo.

MODELOS DE ESTUDO

Utilidades dos modelos de estudo montados em ASA:

 Registro da situação inicial do paciente.


 Observação dos contatos que conduzem a mandíbula da RC para a MIH.
 Observação do movimento que a mandíbula executa de RC para MIH.
 Observação facilitada das relações intermaxilares.

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 Observação dos efeitos de um possível ajuste oclusal.


 Observação facilitada das inclinações das unidades dentais.
 Enceramento diagnóstico.
 Confecção de coroas provisórias.
 Confecção de guia cirúrgico para instalação de implantes.

1.2 – Montagem dos modelos em Articulador

O objetivo da montagem dos modelos em articulador deve ser a reprodução, o mais fiel
possível, das posições estáticas e dinâmicas da mandíbula em relação à maxila (relacionamento
oclusal), com duas finalidades básicas:

a) Estudo da oclusão, no caso de presença de patologias


oclusais e planejamento para confecção de próteses;

b) Confecção de próteses fixas (PPFs) totais ou


removíveis ou de aparelhos interoclusais (placas).

Os articuladores semi-ajustáveis permitem os seguintes ajustes, para evitar possíveis


interferências posteriores durante os movimentos excêntricos: inclinação da eminência articular,
translação lateral mandibular progressiva e translação lateral mandibular imediata.
 Inclinação da eminência articular (guia condilar) - ângulo condilar médio é de 45 graus, e
um ajuste arbitrário menor do que este valor (ex. 20º) fornece uma separação maior dos
dentes posteriores na boca em comparação ao articulador. Um registro interoclusal
protrusivo fornece um ajuste mais próximo da situação clínica, mas arbitrariamente pode-se
considerar 20 graus.
 Translação lateral mandibular imediata - torna possível a desoclusão nos setores
posteriores. O movimento inato de 2,4 mm, resultante de algum mínimo afastamento do
côndilo à parede medial da fossa articular. No articulador os côndilos em RC são
posicionados diretamente contra a parede medial da fossa articular, o que não permite este
movimento imediato. Por isso, deve-ser colocar uma translação lateral mandibular imediata de
1,0 mm no articulador.
 Translação lateral mandibular progressiva - movimento lateral de translado real da
mandíbula. Escolher valores maiores do que os valores encontrados na natureza (> 7º),
exemplo: 10º. Em boca, é dever do clínico verificar se o guia canino permite uma desoclusão
adequada dos dentes posteriores.

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ARCO FACIAL

O uso correto do arco facial permite que transferência da situação clínica seja precisa e os
modelos posicionados corretamente no articulador. Este instrumento transfere a posição espacial
da maxila, baseando-se em três pontos de referência: dois pontos posteriores (eixo de dobradiça) e
um ponto anterior.

 Pontos posteriores - escolhidos arbitrariamente (arco facial arbitrário) ou individualmente


(arco cinemático);
 Arco facial arbitrário: localização do eixo de dobradiça arbitrariamente, usando como
referência o pório ou o meato acústico externo, que corresponde ao local de apoio das
olivas (extremidade bilateral do arco facial).
 Arco facial cinemático: determinação do eixo terminal pela axiografia ou pantografia;
uso preconizado nos casos de reabilitação protética em que haverá variação da DVO.

 Ponto anterior - em qualquer dos arcos é determinado arbitrariamente, com as seguintes


referências:
 Orbitário (ponto inferior da órbita);
 Ponto localizado 23 mm abaixo do násio (na mesma posição do orbitário);
 Ponto localizado 43 mm sobre a borda incisal do incisivo lateral superior (asa do
nariz);

Os pontos de referência irão formar um plano de referência, e o ideal é que este plano
escolhido seja o mais paralelo possível ao plano horizontal.

1. Plano de Frankfort - plano formado pela união dos pontos de referência: pório (anterior) e
orbitário (posterior). Quando o paciente estiver com a cabeça ereta, este plano estará a um ângulo de
8 graus com o plano horizontal arbitrário (ou plano estético, verdadeiramente horizontal);

2. Plano do eixo-orbital - Plano que une o eixo intercondilar individual encontrado usando-se a
pantografia até o ponto infraorbital (orbitário); Sua inclinação é de 13 graus com o
plano arbitrário.

Ambos resultam numa inclinação ântero-posterior excessiva do plano


oclusal no articulador, assim como de uma inclinação vestibulolingual artificial
dos dentes anteriores.

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3. Plano arbitrário - linha que une os meatos acústicos até o ponto arbitrário 43 mm acima da
borda incisal do incisivo lateral superior; se torna o ponto mais paralelo com o plano estético
quando a cabeça do paciente fica ereta e os olhos fitam o horizonte.

Figura 2 - Fradeani, 2009.

Numa face harmônica, certas linhas horizontais e verticais podem ser identificadas para
mapear um conjunto regular. As mais importantes são:

 Linha interpupilar: passa pelo centro dos olhos.

Geralmente identifica o plano de referência horizontal, paralela à linha da


comissura e perpendicular à linha média, criando uma harmonia geral ideal.

 Linha da comissura: pelas comissuras labiais;

 Linha média: pela glabela e ponta do mento.

ATENÇÃO ao paralelismo entre as hastes horizontais do arco facial! Ainda que o plano incisal do
paciente esteja inclinado, associado ou não à inclinação da linha da comissura, o arco facial precisa
ser orientado paralelo ao horizonte para o técnico reproduzir corretamente sua inclinação na
bancada.

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ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO

Representa uma prévia da aparência das restaurações definitivas e deve otimizar as


modificações estético-funcionais. Deve ser realizado com os modelos montados no articulador.
 Se um número reduzido de dentes será reconstruído e existe estabilidade suficiente nos
setores posteriores, o enceramento diagnóstico pode ser realizado na MIH.
 Se, entretanto, o tratamento protético envolve diversos sextantes dos setores posteriores ou
uma arcada completa, e um registro é feito em RC.

É muito importante medir a espessura da cera na área


de endentação anterior para estabelecer o quanto deve
levantar o pino incisal, pois ele deverá estar em zero e com as
duas arcadas em oclusão, quando o registro for removido.

O enceramento diagnóstico é aditivo, sobre o modelo de gesso e sem a preparação dos


dentes deste modelo. A exceção à esta regra é a remoção dos sobrecontornos das próteses antigas
ou modificação dos contornos dos dentes que, baseadas nas indicações do checklist de laboratório,
precisam mudar de posição.
Uma simulação de silicone ou de acetato pode então ser produzida, por meio do molde em
alginato do enceramento diagnóstico. Uma vez na boca do paciente, estas simulações dão ao clínico a
oportunidade de verificar a posição e o arranjo dentário durante as fases clínicas e avaliar a
adequação da espessura do preparo dentário.

Abaixo, estão listados os objetivos do Enceramento Diagnóstico.

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ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL (ASA)

A montagem em ASA tem como finalidade o estudo da oclusão ou a confecção de trabalhos


protéticos ou placas oclusais. Os ASA conseguem reproduzir parcialmente os fatores
determinantes da morfologia oclusal, mas suas limitações podem ser compensadas. São
subdivididos em articuladores do tipo ARCON (com côndilos localizados no ramo inferior, como
Whip-mix, Denar, Bio-Art, Gnatus, etc.) ou não ARCON (com côndilos localizados no ramo superior,
como Dentatus, Hanau).

POSIÇÃO DE TRABALHO

RELAÇÃO CÊNTRICA (RC) ou MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL (MIH)

O fator fundamental para a seleção da posição é a presença de estabilidade oclusal e a


ausência de sinais e sintomas de trauma oclusal (SSTO) como pulpite, desgaste oclusal não
compatível com a idade do paciente, fratura de cúspide, espessamento do ligamento periodontal, dor
dentoperiodontal em função, etc.
 MIH: na confecção de elementos unitários ou de PPFs pequenas com presença de
estabilidade oclusal e ausência SSTO. O registro em MIH utiliza o mecanismo de percepção
neurológica do ligamento periodontal dos dentes que ocluem normalmente do lado oposto,
preservando a dimensão vertical de oclusão (DVO) do paciente.

O melhor registro é aquele que não precisa ser feito; ou seja, modelos de trabalho
que apresentem estabilidade oclusal e não precisem de nenhum tipo de
registro.

 RC: escolhida nas situações em que a estabilidade oclusal não está mais presente
(normalmente reabilitações orais extensas ou com perda de DVO) ou a oclusão interfere na
saúde do sistema Quadro 1 - Fradeani, 2009. estomatognático;

 ORC: posição terapêutica, onde os contatos dentários estão em harmonia com a posição
condilar em relação cêntrica. Será preciso realizar o ajuste oclusal dos dentes

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remanescentes antes do preparo dos dentes pilares, para garantir a estabilização da


oclusão.

Definida a posição maxilomandibular, dois fatores devem ser considerados na realização do


registro interoclusal: o material do registro e os cuidados que devem ser tomados para compensar
as limitações dos ASAs.

Limitações do ASA e suas compensações

 Forma e angulação da eminência articular


- Limitação: A parede superior da “cavidade mandibular” é reta e rígida no ASA, mas é curvilínea
na ATM.
- Compensação: Personalização do guia anterior realizada na fase das coroas provisórias e sua
transferência para a mesa incisal no articulador.
 Registro da distância intercondilar.
- Limitação: Alguns tipos de ASA registram três distâncias intercondilares.
- Compensação: Personalização do guia anterior.
 Deslocamento lateral imediato:
- Limitação: Pode influenciar na altura das cúspides e na profundidade das fossas.
- Compensação: Personalização do guia anterior.
 Localização do eixo de rotação da mandíbula.
- Limitação: O eixo de rotação transferido para o ASA por meio do arco facial não corresponde
ao eixo real de rotação presente nos côndilos.
- Compensação: Registro interoclusal na DVO para a montagem dos modelos de trabalho ou
registro com espessura mínima para os casos de montagens de modelos de estudo em RC

Diversos materiais têm sido utilizados para registrar a relação


maxilomandibular, suas características são:

 Baixa viscosidade;
 Baixa resistência ao fechamento mandibular;
 Não adesão ao dente;
 Rigidez após presa;
 Alto poder de cópia e fácil manuseio;

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 Dimensionalmente estáveis e ter baixo custo.

Ceras, siliconas (de condensação e de adição) e resina acrílica!

Uma vez que o modelo superior já tenha sido posicionado e fixado no ramo superior do
articulador com o auxílio do arco facial, sugere-se que o registro para a montagem do modelo
inferior seja realizado com:
- Montagem para estudo: cera ou silicona, pois nesses casos é necessária uma ligeira separação
entre os dentes com a finalidade de se registrar somente a posição condilar;
- Montagem de modelos de trabalho: casquetes de resina para o registro intermaxilar, sempre na
DVO final do caso.

Nos casos em que o registro em cera ou silicona não propicie estabilidade aos
modelos em virtude da ausência de dentes posteriores, é imperativo o uso de
chapa de prova, com um plano de cera ou com resina acrílica para contatar os
dentes antagonistas.

TÉCNICAS DE REGISTRO PARA MODELOS DE ESTUDO E TRABALHO

 Montagem do modelo superior com auxílio do Arco Facial, para registro da posição espacial
da maxila e da distância intercondilar (1,2,3 ou P, M, G):

Arco Facial >> garfo + Olivas + Distância 30º inclinação 15º ângulo de
godiva de baixa fusão násion Intercondilar condilar Benett

 Montagem do modelo inferior


- Registro em RC: dispositivo com resina acrílica quimicamente ativada diretamente na boca,
envolvendo os incisivos centrais superiores e estendendo-o aproximadamente 2 cm em direção
palatina. Esse dispositivo é conhecido como guia de interferência oclusal (JIG) e tem como objetivo
desprogramar a memória dos mecanorreceptores localizados no ligamento periodontal para tornar
mais fácil a manipulação da mandíbula em RC. Após o acabamento, o JIG deve apresentar

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estabilidade e apenas um ponto de contato com um dos dentes antagonistas, permitindo a mínima
separação dos dentes posteriores.

A técnica recomendada para a manipulação da mandíbula é a bilateral de


Dawson, na qual os dedos polegares são colocados no mento do paciente e os outros
são distribuídos na base da mandíbula.

Os dedos devem pressionar levemente a mandíbula para cima, para que os


côndilos assumam uma posição mais superior contra a eminência articular, com
o disco interposto entre essas estruturas.

O movimento deve ser lento, suave e não deve ultrapassar 2 cm, para que os
côndilos realizem somente o movimento de rotação. O registro é realizado com cera
plastificada ou silicona de adição. Após retirado da boca, ele é colocado sobre os
dentes do modelo superior.

O modelo inferior é posicionado contra o registro com o articulador virado ao contrário, e


ambos devem ser unidos com elástico ou palitos fixados nos modelos com godiva ou cera pegajosa.
Nessa fase é importante que o pino incisal seja aumentado 1 a 2 mm para compensar a espessura
do registro, pois ele é desparafusado após a presa do gesso para que os dentes entrem em contato na
posição de RC e o ramo superior do articulador fique paralelo ao inferior.

Conferir a correspondência dos contatos oclusais dos modelos com os da boca na posição de
RC!

 Montagem dos modelos de trabalho


Definida a posição de trabalho, os registros oclusais para a montagem dos trabalhos protéticos
em ASA podem ser realizados nas seguintes condições:
 Prótese unitária: MIH, quando a maioria dos dentes remanescentes estiverem em oclusão
estável;
 PPF unilateral: MIH, e o registro deve ser feito somente sobre os dentes preparados
(casquetes de resina confeccionados sobre os dentes preparados do modelo de trabalho, sem
atingir a cervical);
 PPFs bilaterais: utilizar a RC como posição de trabalho, pois a posição MIH pode não prover
uma estabilidade oclusal adequada;

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- ajustar a oclusão dos dentes remanescentes para eliminar as interferências oclusais e garantir a
coincidência entre as posições dentária e condilar, denominada ORC. Nesses casos, a ORC já deve ser
definida na fase de enceramento diagnóstico;
 PPF superior e inferior no mesmo lado da boca: MIH se houver estabilidade oclusal nos
dentes do lado oposto; registros de dentes preparados contra dentes também preparados,
pequenas variações devem ser incorporadas à técnica do registro com casquetes de resina
acrílica; cones de resina nos casquetes que serão posicionados nos dentes em uma das arcadas,
com o objetivo de simular as pontas de cúspides. A seguir, esses cones entrarão em contato
com a resina fluida colocada nos casquetes localizados nos dentes antagonistas;
 Reabilitação oral, em que todos os dentes são preparados (em uma ou em ambas as arcadas),
a posição de trabalho escolhida é a ORC. Recomenda -se que se mantenham as coroas
provisórias em um dos lados enquanto é feito o registro do lado oposto, Assim, o registro do
relacionamento horizontal (ORC) e vertical (DVO) das arcadas é transferido para o articulador
da maneira mais fiel possível.
 PPF sobre implantes: tomada dos registros pode ser feita diretamente sobre os
componentes utilizados para a confecção das próteses provisórias ou definitivas.

1.3 – Fundamentos de Oclusão

A oclusão tem sido considerada um fator crítico para o sucesso de qualquer procedimento
odontológico que vise à reabilitação do sistema estomatognático. Na maioria dos casos, a existência de
um padrão oclusal predefinido e sadio orienta o profissional e facilita a manutenção de uma
oclusão considerada “ideal”.

RELAÇÕES MAXILOMANDIBULARES

1. Estáticas:

- Relação Central (RC): posição estritamente relacionada à posição condilar e, portanto, não diz
respeito a contatos dentários. Tal posição é de vital importância em vários tratamentos protéticos e,
em alguns casos de patologias relacionadas diretamente à oclusão, deve ser utilizada como guia nos
procedimentos de ajuste oclusal por desgaste seletivo.

Posição que há sustentação ântero-posterior ao longo da eminência articular da cavidade


glenóide, com o disco articular interposto entre o côndilo e a eminência articular.

- Máxima Intercuspidação Habitual (MIH): também conhecida como posição de oclusão cêntrica
ou posição de intercuspidação. Essa posição é definida como aquela em que ocorre o maior número

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possível de contatos entre os dentes superiores e inferiores, independentemente da posição


condilar.

- Oclusão em Relação Cêntrica (ORC): quando existe coincidência entre ambas as posições,
emprega-se o termo oclusão em relação cêntrica (ORC).

No tratamento restaurador, o objetivo é criar nos dentes posteriores contatos oclusais que
estabilizem a posição da mandíbula, em harmonia com a melhor posição condilar.

2. Dinâmicas

Os movimentos mandibulares podem ser divididos em lateral e protrusivo. Durante o


movimento lateral da mandíbula, idealmente deve haver desoclusão dos dentes posteriores.

Desoclusão pode ser provida somente pelo canino (o que caracteriza o “guia canino”) ou pelo canino
auxiliado pelos dentes posteriores de uma maneira uniforme (o que caracteriza a “função em
grupo”).

Por definição, o lado para o qual a mandíbula se movimenta é chamado de lado de trabalho,
enquanto o lado oposto recebe o nome de lado de não trabalho ou balanceio.

Guia canino é a melhor opção, principalmente pela maior facilidade dos procedimentos
técnicos.

CONCEITO DE OCLUSÃO IDEAL

 Transmissão da resultante das forças oclusais em direção ao longo eixo dos dentes
posteriores;
 Contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos;
 Dimensão vertical de oclusão (DVO) adequada;
 Guias laterais e anterior: idealmente, durante os movimentos excursivos da mandíbula, os
dentes posteriores não devem participar da oclusão;
 RC coincidente com a MIH: essa característica tem sido bastante discutida na literatura
durante as últimas décadas.

CONTATOS PREMATUROS E INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS

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Contato prematuro é um termo genérico que se refere a qualquer contato oclusal que
prematuramente impede o fechamento mandibular na posição de MIH, ou RC, ou durante os
movimentos excursivos. Interferência oclusal é uma relação de contato oclusal que interfere de
alguma forma na função ou na parafunção, gerando traumas oclusais.

 Trauma oclusal primário se refere às interferências oclusais que atuam sobre


dentes com suporte periodontal sadio.
 Trauma oclusal secundário diz respeito às interferências oclusais sobre dentes
previamente comprometidos por doença periodontal inflamatória e,
consequentemente, debilitados em relação ao suporte ósseo.

Tipos de Interferências Oclusais, segundo Shillimburg (2011):

1. Cêntrica: contato prematuro que ocorre quando a mandíbula se fecha, com seus côndilos na
melhor posição nas cavidades glenóides; provoca deslizamento da mandíbula em direção posterior,
anterior ou lateral.

2. No lado de trabalho: contato entre os dentes posteriores superiores e inferiores no mesmo lado
da direção do movimento da mandíbula;

3. No lado de balanceio: contato oclusal entre os dentes superiores e inferiores no lado oposto ao da
direção em que a mandíbula se move durante uma excursão lateral;

Trata-se de uma interferência de natureza particularmente destrutiva. Esse potencial para lesar o
aparelho mastigatório é atribuído as alterações que ocorrem no braço de alavanca mandibular, no
qual as forças incidem fora dos eixos longitudinais dos dentes e há ruptura das funções musculares
normais.

4. Na protrusão: contato prematuro que ocorre entre as faces mesiais dos dentes posteriores
inferiores e as faces distais dos posteriores superiores.

A proximidade dos dentes em relação aos músculos e o vetor oblíquo de forças (masseter), além de
tornarem potencialmente destrutivos os contatos entre dentes posteriores durante a protrusão,
também interferem no uso adequado dos incisivos.

PATOLOGIAS RELACIONADAS DIRETAMENTE À OCLUSÃO

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A. Mobilidade dentária: o trauma de oclusão é definido como uma condição de lesão que
resulta do ato de os dentes entrarem em contato, causando alterações microscópicas na membrana
periodontal e mobilidade dentária patológica. A progressão da mobilidade associada ao aumento do
espaço periodontal é um indicativo de traumatismo oclusal.

Os sintomas de trauma oclusal são dor ou desconforto na região periodontal, hipermobilidade


dentária e migração patológica dos dentes, com consequente impacção alimentar.

Em um paciente que pertence ao grupo de risco à doença periodontal, a presença de


instabilidade oclusal posterior e perda óssea generalizada nos dentes anterossuperiores fazem com
que os dentes anteriores se vestibularizem, causando aparecimento de diastemas.

A contenção de dentes com perda óssea realizada após traumatismo oclusal e movimentação
ortodôntica. Observe a necessidade de estabilização de acordo com os conceitos do polígono de
estabilização, obtida por meio de prótese fixa adesiva.

Mesmo diante de forças no sentido do longo eixo do dente, há uma


micromovimentação deste para dentro do alvéolo (intrusão) estimada em
aproximadamente 0,12 a 0,25 mm, chamado de mecanismo hidráulico de
sustentação.

B. Desgaste dentário:

- Abrasão: perda de estrutura dentária ou de restauração não relacionada com contato dentário
proveniente de fricção de objetos sobre os dentes;

- Erosão: perda de estrutura dentária ou de restauração por ação química não relacionada a
bactérias, como excesso de ingestão de refrigerantes, frutas ácidas e presença de refluxo gástrico,
também conhecido como biocorrosão ou perimólise;

- Atrição: perda de estrutura dentária ou de restaurações causada por contato direto com dentes
antagonistas, incluindo função normal e hábitos parafuncionais.

C. Lesões cervicais não cariosas: lesões em forma de cunha e com bordas cortantes. Os aspectos
oclusais são os principais agentes etiológicos e outros fatores locais desempenham um papel
secundário na dissolução da estrutura dentária. Os dentes mais afetados pelas lesões cervicais de
origem não cariosa são os pré-molares superiores, seguidos por molares e caninos.

DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)

As patologias musculares incluem desde mialgias localizadas na musculatura mastigatória


(dores musculares esporádicas) até processos crônicos com necessidade de terapias específicas

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(mialgias mediadas pelo sistema nervoso central e dores miofasciais). Já as patologias intra-
articulares englobam as patologias envolvidas no relacionamento côndilo/disco articular e os
processos inflamatórios e degenerativos da ATM provenientes dessas alterações estruturais.

Algumas alterações oclusais e/ou esqueléticas aumentam o risco de o indivíduo vir a apresentar
DTM:

 Diferença entre MIH e RC maior que 4 mm;


 Mordida aberta anterior;
 Sobrepasse horizontal maior que 6 a 7 mm;
 Mordida cruzada unilateral;
 Cinco ou mais dentes posteriores ausentes.

Deve ficar claro que esse aumento é relativo, pois o aspecto multifatorial das
DTMs, associado ao fator de resistência e capacidade adaptativa individual, permite
que grande parte dos indivíduos com tais características oclusais sejam totalmente
assintomáticos.

Conclui-se que ajuste oclusal e reabilitação oral apresentam uma importância fundamental
quando aplicados às patologias diretamente oclusais. Já para um controle adequado das DTMs, é
necessária uma associação de procedimentos, normalmente reversíveis, baseados em evidências
científicas concretas e guiados por estudos controlados e revisões sistemáticas.

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2 – PREPAROS PROTÉTICOS
Na aula de hoje, iremos relembrar sobre os três princípios fundamentais de um preparo
protético: princípios mecânicos, biológicos e estéticos.

PRINCÍPIOS MECÂNICOS

Segundo Pegoraro (2013), os princípios mecânicos mais relevantes ao preparo de dentes com
finalidade protética: retenção, resistência ou estabilidade, rigidez estrutural e integridade marginal.

A. Retenção: depende basicamente do contato existente entre as superfícies internas da restauração


e as superfícies externas do dente preparado, o que é denominado retenção friccional.

Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do dente


preparado, maior será a retenção friccional.

 No entanto, o aumento exagerado da retenção friccional dificulta a cimentação da


restauração pela resistência ao escoamento do cimento, impedindo o seu assentamento
final e, consequentemente, causando o desajuste oclusal e cervical da restauração.

Quanto maior for a coroa clínica de um dente preparado,


maior será a superfície de contato.

 Portanto, para dentes longos (após tratamento de doença periodontal), pode-se aumentar
a inclinação das paredes para um maior ângulo de convergência oclusal sem prejuízo da
retenção.
 Coroas curtas devem apresentar paredes com inclinação próxima ao paralelismo e
receber meios adicionais de retenção.
 Em preparos excessivamente cônicos, sem um plano de inserção definido, a presença de
sulcos também é importante para reduzir a possibilidade de deslocamento da coroa e
limitar sua inserção e remoção em uma única direção.

Textura superficial: quanto maior a área preparada, maior


será a retenção.

 São meios adicionais de retenção: caixas, canaletas, pinos, orifícios.

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Para verificar áreas retentivas no preparo, o operador deve visualizar toda a


marca de grafite (margem gengival do preparo) em todos os dentes preparados com
apenas um dos olhos e a uma distância aproximada de 30 cm.

B. Resistência ou estabilidade:

Previne o deslocamento da prótese quando esta é submetida a forças oblíquas, que poderiam
provocar sua rotação.

 Magnitude e direção da força: essas forças oblíquas (sentido lateral) ocorrem durante o ciclo
mastigatório, ou quando há parafunção (forças de maior magnitude), de forma que a coroa
tende a girar, deixando o cimento sujeito às forças de cisalhamento, podendo causar sua
ruptura.

 Relação altura/largura do preparo:

Quanto maior a altura das paredes, maior a área de resistência do preparo para
impedir o deslocamento da prótese quando submetida a forças laterais.

 Importante que a altura do preparo seja pelo menos igual à sua largura, pois se a
largura for maior que a altura, maior será o raio de rotação e as paredes do preparo
não oferecerão uma forma de resistência adequada.
 Dentes com coroas curtas: confeccionar sulcos, canaletas ou caixas para criar novas
áreas de resistência ao deslocamento; além da diminuição da inclinação das paredes
axiais.

 Integridade do dente preparado: a porção coronal íntegra, seja em estrutura dentária, em


núcleo metálico ou em resina, resiste melhor à ação das forças laterais do que aquelas
parcialmente restauradas ou destruídas.

Figura 3 - Pegoraro, 2013.

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C. Rigidez estrutural: exige espessura suficiente para que o metal (para as coroas metálicas), o
metal e a cerâmica (para as coroas metalocerâmicas) e a cerâmica (para as coroas cerâmicas) resistam
às forças mastigatórias.

D. Integridade marginal: a restauração cimentada deve estar bem adaptada e com uma linha
mínima de cimento. A maior porcentagem de fracassos das PPF deve-se à presença da cárie, que só
se instala na presença da placa bacteriana. O desajuste marginal desempenha um papel fundamental
neste processo, bem como na instalação da doença periodontal.

PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS

Preservação do órgão pulpar

O profissional deve ter sempre a preocupação de preservar a vitalidade do órgão pulpar por
meio do uso de uma técnica de preparo que possibilite desgastes seletivos das faces dos dentes.
Existem muitos riscos aos quais os dentes são expostos durante um preparo protético! Confira abaixo:

 Calor gerado durante a técnica de preparo;


 Qualidade das pontas diamantadas e da caneta de alta rotação;
 Quantidade de dentina remanescente;
 Permeabilidade dentinária;
 Reação exotérmica dos materiais empregados (principalmente as resinas, quando
utilizadas na confecção das coroas provisórias);
 Grau de infiltração marginal.

Preservação da saúde periodontal

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Geralmente, a extensão cervical dos dentes preparados pode variar de 2 mm aquém da


gengiva marginal livre até 1 mm no interior do sulco, embora existam autores que recomendem
extensões diferentes dessas.

O preparo subgengival dentro dos níveis convencionais de 0,5 a 1 mm não


traz problemas para o tecido gengival, desde que a adaptação, a forma, o contorno e o
polimento da restauração estejam satisfatórios e o paciente consiga higienizar
corretamente essa área.

Os pacientes que pertencem ao grupo de risco à cárie não devem ter o término
cervical colocado aquém do nível gengival, pois é na área cervical dos dentes que a
placa se deposita com maior intensidade, facilitando a instalação da cárie.

As razões mais frequentes para a colocação intrassulcular do término


gengival são:

 Razões estéticas, com o objetivo de mascarar a cinta metálica de


coroas metalocerâmicas ou metaloplásticas ou da interface
cerâmica/cimento/dente para as coroas em cerâmica.
 Restaurações de amálgama ou resina composta em cavidades cujas
paredes gengivais já se encontram no nível intrassulcular.
 Presença de cáries que se estendam para dentro do sulco gengival.
 Presença de fraturas que terminem subgengivalmente.
 Razões mecânicas, aplicadas geralmente aos dentes curtos, para a obtenção
de maior área de dente preparado e, consequentemente, maior retenção e
estabilidade, evitando a necessidade de procedimento cirúrgico periodontal
de aumento da coroa clínica.
 Colocação do término cervical em área de relativa imunidade à cárie, como
se acredita ser a região correspondente ao sulco gengival.

O autor Shillingburg (2011) se refere a estes princípios da seguinte forma:

A. Preservação da estrutura dentária - remoção de tecido deve ser mínima, ao mesmo tempo o
suficiente para proteger a estrutura remanescente;

B. Retenção e resistência

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 Retenção: impede o deslocamento da peça no sentido longitudinal do dente (no eixo de


inserção).

 Fornecida pela oposição paralela de duas paredes (externas ou internas) ou por conicidade
mínima, pode ainda ser obtida pela adição de sulcos e canaletas;

Ponta diamantada oferece 2 a 3 graus de inclinação para a parede


axial. A conicidade ideal varia de 10º (dentes anteriores) a 22º
(molares);

 A área de superfície também está diretamente ligada à retenção, de forma diretamente


proporcional: quanto maior a área preparada, maior será a retenção!

 Resistência: impede o deslocamento, diante da ação de forças apicais ou oblíquas, além de


impedir qualquer movimento da restauração em função e garantindo a estabilidade da
restauração;

C. Durabilidade estrutural - espessura mínima, para fornecer a durabilidade ao material escolhido.

 Biselamento das cúspides funcionais;


 Redução axial (canaletas, ombro oclusal, istmo, sulco proximal e caixa): além de aumentar
a área de material restaurador, aumentam rigidez e durabilidade da restauração.

o Face vestibular: entre 1 e 1,5 mm,


o Face lingual: mínimo de 1,0 mm e
o Face oclusal (posteriores): em média 2,0 mm.

D. Integridade das margens - somente podem ser biseladas se houver previsão de cinta metálica.

E. Preservação do periodonto - a crista óssea alveolar deve estar SEMPRE a 3 mm de distância da


margem da restauração.

2.1 – Términos cervicais

TIPOS DE TÉRMINO CERVICAL

A. Ombro ou degrau arredondado (ombro com ângulo axiogengival arredondado): o ângulo


entre as paredes gengival e axial do preparo é de aproximadamente 90°, mantendo arredondada a
intersecção entre essas duas paredes para evitar a formação de tensões na cerâmica.

- Indicação: preparos para coroas confeccionadas em cerâmica, em dentes anteriores ou


posteriores;

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 Desgaste uniforme de 1 mm de espessura na região do término cervical, de até 1,5 mm nas


faces axiais e de 2 mm nas faces oclusal e incisal.

Recomenda-se que o desgaste nas faces axiais seja de até 1,5 mm, dependendo da cerâmica
empregada e da cor do dente. Dentes escuros que receberão coroas confeccionadas em
cerâmicas mais translúcidas deverão ter um desgaste mais acentuado.

Características:

 Proporciona uma espessura uniforme e suficiente à cerâmica nessa região, para resistir
aos esforços mastigatórios e reduzir a possibilidade de fratura;
 Pode dificultar o escoamento do cimento, acentuando o desajuste oclusal e cervical com
maior espessura de cimento exposto ao meio oral.

O pincel pode ser usado como técnica de cimentação que


proporciona uma fina camada de cimento no interior da coroa.

- Contraindicação: dentes com coroa clínica curta ou com largura vestibulolingual que impeça a
realização de desgaste uniforme nas paredes sem diminuir a resistência da própria coroa do dente.

B. Ombro ou degrau biselado: formação de um ângulo de aproximadamente 90° entre a parede axial
e a cervical, com biselamento da aresta cavossuperficial com inclinação mínima de 45°, para
acomodar, sem sobrecontorno, o metal e a cerâmica nas coroas metalocerâmicas (nas faces estéticas).

- Indicação: coroas metalocerâmicas com ligas áureas na sua face vestibular e na metade das faces
vestibuloproximais.

Características do biselamento:

 Permite selamento marginal e um escoamento do cimento


melhores que os proporcionados pelo término em ombro;
 Proporciona um colar de reforço que reduz as alterações
dimensionais provocadas durante a queima da cerâmica e,
consequentemente, o desajuste marginal.

- Contraindicação: resulta em desgaste acentuado da estrutura dentária para permitir um espaço


adequado para a colocação da estrutura metálica e da cerâmica de revestimento.

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C. Chanfrado: a junção entre a parede axial e a gengival é feita por um segmento de círculo, que
deverá apresentar espessura suficiente para acomodar o metal e a faceta estética. Considerado o
tipo de término ideal para faces envolvidas esteticamente.

Permite uma espessura adequada para as facetas estéticas de cerâmica ou resina e seus
respectivos suportes metálicos, facilitando a adaptação da peça fundida e o escoamento do
cimento.

- Indicação: coroas metalocerâmicas com ligas básicas (não áureas), por apresentarem maior
resistência e dureza que as ligas à base de ouro, sua infraestrutura pode ser mais fina, sem sofrer
alterações por contração durante a cocção da cerâmica; coroas metaloplásticas, independentemente
do tipo de liga utilizada; e para as restaurações MOD em metal, quando for indicada a proteção das
cúspides vestibular ou lingual.

D. Chanferete: a junção entre a parede axial e a gengival é feita por um segmento de círculo de
pequena dimensão (aproximadamente a metade do chanfrado), com espessura suficiente para
acomodar o metal.

Facilita a adaptação da peça fundida e o escoamento do cimento, permitindo uma


visualização nítida da linha de acabamento e a preservação da estrutura dentária.

- Indicação: coroa total metálica e como término cervical nas faces lingual e linguoproximal das
coroas metaloplásticas e metalocerâmicas, independentemente da liga a ser utilizada; e coroas
parciais dos tipos três quartos e quatro quintos.

Dentes com tratamento periodontal ou recessão gengival que resulte em aumento


acentuado da coroa clínica também podem receber esse tipo de término cervical, para obter
maior conservação da estrutura dentária e do próprio órgão pulpar.

TÉRMINO Espessura Característica

Ombro Uniforme, de 1 a 1,5 mm Dificulta o escoamento do


arredondado (resistência para a cerâmica). cimento.

Colar de reforço para impedir


Bisel com inclinação mínima
Ombro biselado de 45º (para ligas áuricas).
distorções durante a queima
da cerâmica.

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Segmento de círculo, Facilita escoamento do


Chanfrado acomoda metal e cerâmica. cimento.

Metade do chanfrado, apenas Colar metálico aparente no


Chanferete para o metal. término (anti-estético).

Conheça também a nomenclatura utilizada por Fradeani (2009), quanto aos tipos de términos
cervicais.

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2.2 – Preparos dentais

PREPARO PARA COROA METALOCERÂMICA


As características do preparo estão relacionadas à necessidade de acomodar metal e cerâmica
dentro do contorno original da coroa dentária. Dessa forma, o volume de desgaste será:
Quadro 2 - Fradeani, 2009.

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 Face vestibular: desgaste de 1,2 mm até a metade das faces proximais, por serem também
consideradas importantes na estética. Atenção às inclinações adequadas, para propiciar ao
preparo características de retenção e estabilidade. Término cervical chanfrado.

 Face palatina: se a infraestrutura nessa região também for coberta com cerâmica, deve haver
um desgaste de 1,2 mm. Porém, nas coroas de dentes anteriores que apresentam um
sobrepasse vertical muito acentuado, o desgaste mínimo será 0,6 mm, para acomodar apenas o
metal.
Figura 4 - Pegoraro, 2013.
 Terço cervical da face lingual, o desgaste deve ser de 0,6 mm (término em chanferete),
suficiente para prover resistência à liga metálica. A profundidade do término cervical
subgengival deve ser de 0,5 a 1 mm, suficiente para esconder a cinta metálica da coroa
metalocerâmica.

Uma gengiva fina pode exigir extensão cervical maior dentro


do sulco para mascarar a translucidez da cinta metálica.

 Distância mínima de 1 mm entre o término cervical do dente preparado e o dente vizinho.

As ligas de Ni-Cr usadas nas coroas metalocerâmicas apresentam


características físicas que possibilitam a obtenção de margens cervicais finas (de
0,1 a 0,3 mm), sem prejuízo da adaptação decorrente do processo de queima da
cerâmica. Por essa razão, o término cervical colocado a 0,5 mm dentro do sulco é
capaz de esconder a cinta metálica, principalmente se o tecido gengival for
constituído de mucosa ceratinizada.

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As ligas de ouro cerâmico, por sua vez, exigem maiores espessuras (0,3 a 0,5
mm) para não sofrer deformações decorrentes da queima da cerâmica. O término
cervical deve ser em degrau biselado para proporcionar maior resistência à
estrutura metálica. Como consequência, torna-se necessário um maior
aprofundamento gengival (0,7 a 1 mm), notadamente nos dentes de relevante
importância estética, para mascarar o bisel metálico.

 Preparo para coroa metalocerâmica sem cinta metálica na face vestibular e na metade
das faces proximais (colarless
A única diferença deste preparo em relação ao preparo convencional para metalocerâmica está
no término cervical da face vestibular e na metade das faces proximais, que deve ser em ombro ou
degrau arredondado (ombro com ângulo axiogengival arredondado) realizado com uma ponta
diamantada com extremidade plana com borda arredondada, em substituição ao chanfrado.
Esse tipo de preparo está indicado para elementos isolados ou próteses fixas pequenas
(dois dentes pilares) na região anterior, quando o tecido gengival é muito fino e permite a
transparência da cinta metálica.

 Preparo para coroa metalocerâmica para dentes posteriores:


 Os sulcos vestibulares são realizados com uma ponta diamantada de extremidade
ogival para término chanfrado e a profundidade deve ser de 1,2 mm (diâmetro da
ponta diamantada).
 Face palatina: os sulcos do terço mediocervical devem ter um desgaste de ± 0,6 mm e,
na região médio-oclusal, uma espessura de ± 1,5 mm, por ser área funcional das
cúspides de contenção cêntrica.
 Face oclusal: os sulcos devem ser feitos acompanhando os planos inclinados das
cúspides e com uma profundidade aproximada de 1,5 mm. Se os dentes apresentarem
coroas clínicas curtas, o desgaste oclusal poderá ser reduzido para 1 mm. Nesses
casos, a superfície oclusal deverá ser confeccionada em metal.

Características finais dos preparos para coroas metalocerâmicas, descritos por Shillimburg
(2011):
Figura 5 - Pegoraro, 2013.

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Figura 6 - Shillimburg, 2011.

PREPARO PARA COROA TOTAL EM CERÂMICA (METAL FREE)


 Para dentes anteriores
 Término cervical: ombro com ângulo axiogengival arredondado (ombro arredondado) e
desgaste uniforme de 1 mm;
 Faces axiais: podem ter até 1,5 mm de desgaste, dependendo da cerâmica e da cor do
dente;
 Faces oclusal e incisal: devem ter de 1,5 a 2 mm de desgaste.

Quando há necessidade de confeccionar infraestrutura cerâmica, esta deve ter


aproximadamente 0,5 mm para dentes posteriores e 0,3 mm para dentes anteriores, e
a espessura da cerâmica de revestimento deve ser de no mínimo 1 mm.

Assim, os sulcos vestibulares e linguais: profundidade deve ser de 1,5 a 2 mm; o


desgaste da concavidade palatina é feito com a ponta diamantada em forma de pera
(acompanhando a anatomia da área) e a quantidade de desgaste mínima deve ser de 1,5
mm.

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Figura 7 - Shillimburg, 2011.

 Para dentes posteriores


 Sulcos vestibulares e palatinos devem ter profundidade de 1,5 mm.
 Sulcos da face oclusal entre 1,5 e 2 mm.
PREPARO PARA COROA TOTAL METÁLICA
 Face vestibular: a quantidade de desgaste que é realizado na face será a mesma da face
palatina e das faces proximais, visto que esta serão recobertas somente com metal: ± 0,6
mm.
 Faces oclusais e das áreas funcionais das cúspides de contenção cêntrica (médio-
oclusal da face vestibular dos dentes inferiores e médio-oclusal da face palatina dos
superiores) deve ser de ± 1,2 mm. Esse maior desgaste é importante para propiciar rigidez
à estrutura metálica e resistência à ação das forças mastigatórias que incidem nessas faces
da coroa.
 Término: chanferete.

Figura 8 - Shillimburg, 2011.

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Nas figuras abaixo encontramos características de preparos parciais, que não são nosso foco
principal, mas que podem ser estudados para conhecimento geral:

Figuras 9 - Shillimburg, 2011.

Figura 9 - Shillimburg, 2011.

2.3 – Núcleos intrarradiculares ou de preenchimento

DENTES POLPADOS

Uma regra básica é que, existindo aproximadamente a metade da estrutura coronal, de


preferência envolvendo todo o terço cervical do dente, essa a região será responsável pela

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retenção friccional da coroa e auxiliará na neutralização de parte da força que incidirá sobre a coroa,
minimizando o efeito das tensões geradas na interface coroa/cimento/dente.

O restante da coroa pode ser restaurado com material de preenchimento, usando meios
adicionais de retenção fornecidos por pinos rosqueáveis em dentina. Os materiais que melhor
desempenham a função de repor a estrutura dentinária perdida na porção coronal de um dente
preparado são as

Resinas compostas, por seu módulo de elasticidade e sua


capacidade de adesão à dentina!

DENTES DESPOLPADOS

Dentes com tratamento endodôntico, exibem estrutura dentária friável e um remanescente


coronal debilitado! O ideal é que exista 1,5 a 2 mm de altura envolvendo todas as faces da coroa, pois
ele propicia um efeito tipo férula extremamente importante ao sucesso da prótese, a longo prazo.

Quatro fatores devem ser analisados com o objetivo de propiciar retenção e resistência
adequadas ao núcleo intrarradicular: comprimento, diâmetro, inclinação das paredes e sua
característica superficial.

A. Núcleos fundidos

Nos casos de grande destruição coronal, nos quais o remanescente coronal não é suficiente
para prover resistência estrutural ao material de preenchimento, indica-se o uso de núcleos
metálicos fundidos (NMF). É muito importante que se preserve o máximo de estrutura dentária, para
manter a resistência do dente e aumentar a retenção da prótese.

Observe ao lado as características ideais para os


NMF:

Diâmetro ideal: 1/3 do diâmetro radicular, ou seja, com


espessura dentinária adequada ao seu redor;

Comprimento ideal: 2/3 do remanescente dentário ou


metade do suporte ósseo que envolve a raiz;

Manutenção de 4 mm de material obturador na região


apical.

Figura 10 - Pegoraro, 2013.

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Após a eliminação das retenções da câmara pulpar, as paredes da coroa preparada devem
apresentar uma base de sustentação para um núcleo com diâmetro mínimo de 1 mm, de forma
que a liga metálica mantenha suas características de resistência, e evitando o desgaste desnecessário
de dentina.

Se houver retenções acentuadas no interior do conduto, recomenda-se o preenchimento


da área retentiva com resina composta ou cimento ionomérico previamente à moldagem do
conduto.

Quando não existe estrutura coronal suficiente para propiciar essa base
de sustentação, as forças que incidem sobre o núcleo são direcionadas no
sentido oblíquo, tornando a raiz mais suscetível a sofrer fratura.

Nesses casos, deve-se preparar uma pequena caixa no interior da raiz


com aproximadamente 2 mm de profundidade para criar uma base de
sustentação para o núcleo e assim direcionar as forças predominantemente no
sentido vertical.

Para conferir retenção a núcleos fundidos que apresentam superfícies lisas, pode-se utilizar
jatos com óxido de alumínio para torná-las irregulares ou rugosas antes da cimentação.

Vamos relembrar mais orientações, relacionadas a dentes multirradiculares:

 Dentes multirradiculares com condutos paralelos: o de maior diâmetro é levado à sua


extensão máxima (dois terços), e o outro apenas até a metade do comprimento total da coroa e
da raiz remanescente;
 Pré-molares com condutos divergentes: conduto mais volumoso preparado na extensão
convencional (dois terços) e o outro preparado parcialmente, com o objetivo de conferir
estabilidade, funcionando como dispositivo antirrotacional.
 Molares inferiores: raiz mesial com condutos paralelos ou ligeiramente divergentes e
raramente exigem divisão do núcleo em mais de dois segmentos, pois podem tornar-se
paralelos por meio do preparo.
 Molares superiores: conduto palatino até dois terços da sua extensão e um dos condutos
vestibulares até sua metade (o mais volumoso deles); o outro terá apenas parte de sua
embocadura preparada. Essa metade do núcleo será colocada na porção palatina por meio de
sistemas de encaixe, como será mostrado posteriormente. Somente na ausência total do
remanescente coronal devem-se preparar os três condutos divergentes.

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Para a confecção do núcleo, podem ser empregadas duas técnicas: a direta, na qual o
conduto é moldado e a parte coronal esculpida diretamente na boca, e a indireta, que exige moldagem
dos condutos e das porções coronais remanescentes com elastômero, obtendo-se um modelo sobre o
qual os núcleos são esculpidos no laboratório.

I. Técnica direta – dente unirradicular

Bastão de plástico Lubrificação Moldagem dos Porção coronal Preparo coronal


pré-fabricado do conduto condutos (Duralay) com resina do núcleo

Após a modelagem do núcleo com retenção intrarradicular, ele será encaminhado ao


laboratório para fundição. A figura abaixo demonstra o aspecto da parte coronal do núcleo e do
pino modelado em resina Duralay, e após fundição e cimentação em boca:

Figura 11 - Pegoraro, 2013.

A liga metálica a ser utilizada na fundição deve apresentar resistência


suficiente para não se deformar sob ação das forças mastigatórias.

As ligas de metais não nobres são as mais utilizadas, em especial aquelas à


base de cobre-alumínio, em razão de seu baixo custo.

Ligas nobres ou seminobres, como as de ouro tipo III e IV e à base de prata-


paládio, também podem ser empregadas.

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II. Técnica direta – dente multirradicular

- Moldando os condutos com resina

Em dentes posteriores com condutos divergentes, o núcleo deve ser confeccionado em duas
etapas, iniciando-se pelos condutos vestibulares em dentes superiores ou pelos condutos mesiais nos
dentes inferiores. Para o encaixe das duas partes do núcleo, vários sistemas podem ser utilizados, tais
como sulcos, caixas ou encaixes.

Figura 12 - Pegoraro, 2013.

A cimentação é realizada inicialmente com a introdução da primeira parte do núcleo,


portadora da porção fêmea do encaixe de semiprecisão, seguida da segunda parte com a
porção macho.

- Com pinos pré-fabricados (sistema Parapost)

A técnica direta também pode ser empregada com pinos pré-fabricados em metal e em
plástico, com paredes paralelas e serrilhadas, em vários diâmetros e com suas respectivas brocas.

No exemplo abaixo, um pino foi modelado em resina, para adaptação no conduto principal, e
um segundo pino pré-fabricado foi adicionado como retenção adicional. Serão fundidos e
cimentados separadamente, devido à sua divergência!

Figura 13 - Pegoraro, 2013.

III. Técnica indireta

Essa técnica, pela qual os núcleos são feitos em um modelo de trabalho, está indicada quando
é necessário confeccionar núcleos em vários dentes, unirradiculares ou multirradiculares. As
vantagens são a redução do tempo clínico e a facilidade para obter paralelismo entre os dentes
pilares.

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Visando à obtenção de um molde preciso e fiel, adapta-se em cada conduto um fio


ortodôntico, envolvidos também com o material de moldagem. Qualquer elastômero pode ser
empregado para a moldagem dos condutos, desde que forneça ao técnico de laboratório um modelo
preciso e confiável para a obtenção de núcleos divididos ou múltiplos. Para a confecção do modelo de
trabalho, vaza-se o molde com gesso tipo IV.

Figura 14 - Pegoraro, 2013.

Para a adaptação dos núcleos nos condutos, passa-se uma camada de evidenciador
de contato em toda a superfície e leva-se o núcleo em posição. As interferências devem ser
desgastadas, e repete-se esse procedimento até a obtenção de um assentamento passivo
do núcleo. Núcleos muito retentivos causam áreas de tensão na raiz e dificultam seu
assentamento durante a cimentação.

B. Núcleos pré-fabricados

Para elementos isolados e mesmo para PPF de três elementos, considerando que o dente
ainda apresenta remanescente coronal, não há necessidade de que todas as raízes recebam pinos
metálicos; opta-se apenas pela raiz de maior diâmetro.

Para os dentes pilares de PPF extensa, é conveniente o emprego de no mínimo dois pinos, em
razão da sobrecarga que incidirá nesses dentes: um no conduto de maior diâmetro e comprimento
correspondente a dois terços do remanescente e um em outra raiz com extensão equivalente à
metade do remanescente.

- Pinos pré-fabricados metálicos rosqueados devem ser usados com muito cuidado, pois geram
mais tensões nas paredes do canal radicular do que os cimentados. Para diminuir essas tensões, o
pino deve ser desrosqueado um quarto de volta após sua introdução final no conduto.
Preferencialmente, os pinos pré-fabricados devem ser justapostos no canal radicular de forma
passiva e cimentados.

- Pinos de fibra de vidro: apresentam módulo de elasticidade próximo ao da dentina; não interferem
na cor do material de preenchimento do núcleo e de coroas confeccionadas em cerâmica,
especialmente as que apresentam alta translucidez; diminuição de risco de fraturas, especialmente

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as verticais ou oblíquas em direção aos terços médio e apical da raiz, a resistência à corrosão e a
biocompatibilidade.

Cimentos resinosos têm sido usados por apresentarem baixa solubilidade e por suas
propriedades mecânicas e adesivas à dentina e aos pinos de fibra de vidro, que aumentam a
resistência adesiva da interface e, portanto, reduzem a concentração de estresse nessa área.
Entretanto, a capacidade dessa união não é homogênea, e a interface entre o cimento resinoso e a
dentina radicular parece ser o elo mais frágil.

Fatores que podem comprometer a resistência dessa união:

 Controle da umidade dentro do conduto e da quantidade de adesivo aplicado em seu interior;


 Distância da porção mais apical do pino ao ponto de incidência da luz fotopolimerizadora, que
compromete o grau de conversão dos monômeros em polímeros;
 Uso de agentes oxidantes de limpeza intrarradicular, como hipoclorito de sódio e água
oxigenada;
 Incompatibilidade dos sistemas adesivos simplificados com cimentos resinosos de
polimerização química e dual;
 Aumento da permeabilidade dos adesivos simplificados, que se comportam como
membranas permeáveis à água proveniente da dentina;
 Elevada contração de polimerização do cimento, que pode causar alto nível de estresse
gerado na interface adesiva;
 Variações do substrato dentinário ao longo da raiz, entre outros.
 O fator C (número de paredes de uma cavidade que está em contato com o material
restaurador versus número de paredes livres) é outro aspecto que deve ser considerado. Por
exemplo, em uma cavidade de Classe I, o fator C é de 5/1, enquanto no interior do conduto o
fator C pode ser maior que 1.000. Esses aspectos tornam a técnica adesiva muito delicada,
podendo contribuir para variações em seu desempenho clínico e causar a descimentação do
pino.

Quando o conduto apresenta-se muito alargado ou ovalado, especialmente nos terços médio e
cervical, as superfícies do pino não se adaptam a suas paredes (perda de retenção friccional e
estabilidade).

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Para evitar espessuras exageradas de cimento em algumas áreas e o consequente aumento


da contração volumétrica de polimerização, do estresse na interface cimento/dentina e da presença
de bolhas com diminuição da resistência do cimento, faz-se o reembasamento do pino com resina
composta no conduto, como é mostrado abaixo.

Essa técnica é conhecida como pino anatômico!

Figura 15 - Pegoraro, 2013.

 Forma alargada e ovalada do conduto impede a adaptação adequada do pino em


relação a suas paredes.
 Pino envolvido com resina composta após o tratamento superficial (silano +
adesivo).
 Isola-se o conduto com isolante hidrossolúvel, introduz-se o pino lentamente no
conduto e faz-se uma rápida fotopolimerização por 5 a 10 segundos.
 Após a remoção do pino, observa-se a reprodução da anatomia interna do conduto
e complementa-se a fotopolimerização por mais 40 segundos em cada face.

Em algumas situações, pode ser necessária a realização de pequenos desgastes na superfície


da resina, para permitir a adaptação passiva do pino no interior do canal.

Confecção de núcleo com reaproveitamento de prótese existente PPFs cimentadas há algum


tempo podem apresentar dentes pilares cariados, e esta é a principal causa de fracasso nesse tipo
de tratamento. Nesses casos, e desde que a prótese apresente condições de permanecer na boca, pode-
se confeccionar o núcleo da maneira convencional, sendo que sua porção coronal é obtida
moldando-se o interior da coroa.

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Figura 16 - Pegoraro, 2013.

3 – RESTAURAÇÕES PROTÉTICAS PROVISÓRIAS


A restauração provisória é derivada do enceramento diagnóstico e deve reproduzir
fielmente as mudanças realizadas no mesmo. Considerado anteriormente como apenas um
procedimento no plano de tratamento protético, a restauração provisória adquiriu importância tal ao
ponto de ser considerada um campo de prova para avaliar a função, estética, fonética e integração
biológica antes de se proceder com os preparos para as moldagens finais.
A restauração provisória deve ter as características certas para que permaneça na cavidade
bucal por longos períodos. Ela deve ser resistente à abrasão e ter uma resistência suficiente para
minimizar o risco de fratura durante a função. Ela também deve permitir que a saúde gengival seja
mantida por meio do desenho cuidadoso dos contornos, adaptação marginal adequada e pela
superfície polida adequadamente. Outros requisitos ideais citados por Fradeani (2009), são:

Quadro 3 – Fradeani 2009.

Pegoraro (2013) reforça a utilidade das coroas provisórias:

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 Determinação da forma, do contorno, da oclusão, da dimensão vertical e da estética da


prótese definitiva;
 Elementos de diagnóstico para avaliação do planejamento inicial: qualidade e a
quantidade do periodonto de inserção e o número e o posicionamento dos dentes
pilares;
 Conscientização do paciente sobre a importância da higiene oral no sucesso da
prótese.

Entre os fatores que podem prejudicar o sucesso do tratamento ou o relacionamento entre


CD e paciente, destacam -se:
 Coroas provisórias que se deslocam com facilidade e constância, em situações
inconvenientes;
 Desajustes ou fraturas marginais que provocam sensibilidade a variações térmicas;
 Inflamação gengival e sangramento localizado (“nem escovo ou passo fio dental porque
sangra”);
 Contatos proximais insuficientes ou inadequados, que possibilitam impacção alimentar;
 Formas anatômicas que deixam a desejar, mais comumente o sobrecontorno;
 Cor incompatível com a dos dentes vizinhos ou antagônicos, principalmente nos dentes
anteriores.

3.1 – Características das próteses provisórias

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PROTEÇÃO PULPAR

É imperativo que a quantidade de desgaste esteja em acordo com as necessidades estéticas e


mecânicas da prótese planejada, para que a prótese provisória possa, juntamente com o agente
cimentante, auxiliar na recuperação do órgão pulpar.

Para isso, e previamente à confecção da prótese provisória, a superfície do dente preparado


deve ser limpa com algum tipo de detergente específico para esse fim. A seguir, ela deve ser
envolvida com algodão embebido em solução de água de cal (hidróxido de cálcio PA), que, por
apresentar ação bactericida e bacteriostática, tem a capacidade de agir como vedante dos túbulos
dentinários pela iniciação do processo de mineralização.

Protege-se então a superfície preparada com duas camadas de verniz à base de copal, que
vão impedir o contato direto da superfície dentinária com o monômero da resina, que é altamente
irritante ao órgão pulpar. Essas camadas de verniz serão naturalmente removidas com a confecção
das restaurações provisórias, não impedindo, portanto, a ação do cimento provisório no órgão pulpar.

Outro aspecto também irritante à polpa é o calor gerado durante a reação de polimerização
da resina. Nunca se deve esquecer de manter toda a área envolvida sob irrigação abundante, para
eliminar o efeito nocivo de tal reação. A quantidade de reação exotérmica da resina acrílica é
proporcional à sua quantidade. Assim, técnicas que envolvem a confecção de várias coroas e pônticos
ao mesmo tempo, como uma PPF provisória realizada pela técnica da matriz de silicona, são capazes
de provocar a maior alteração da temperatura e os maiores danos ao órgão pulpar.

A adaptação da prótese provisória é outro fator importante na recuperação e na proteção do


órgão pulpar. A falta de adaptação da coroa provisória leva à infiltração marginal, e, como os
cimentos provisórios apresentam alto grau de solubilidade, a infiltração será maior.
Consequentemente, o dente poderá apresentar hipersensibilidade, cárie e inflamação pulpar,
comprometendo assim a capacidade regenerativa da polpa e causando desconforto ao paciente.

A hipersensibilidade dentinária pode ocorrer mesmo que se tomem os cuidados


mencionados. O tratamento endodôntico, nesses casos, só estará indicado após todas as possibilidades
existentes para eliminar ou diminuir esse tipo de processo terem sido esgotadas, como a averiguação
da adaptação marginal, a análise da oclusão, de hábitos parafuncionais e alimentares (dieta
ácida, frutas, refrigerantes) e do tipo de cimento empregado e até tentativas de tratamento de
dessensibilização, com produtos específicos.

PROTEÇÃO PERIODONTAL

As próteses provisórias têm a função primária de preservar a saúde periodontal do tecido


gengival saudável, auxiliar no tratamento e na recuperação do tecido gengival alterado e, finalmente,
auxiliar na manutenção da saúde do periodonto tratado.

- Adaptação cervical: mantém a arquitetura normal do tecido gengival, evitando sua proliferação
sobre o dente preparado e, assim, evitando a instalação do processo inflamatório;

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- Contorno: Há uma relação direta entre contorno e integridade do tecido gengival, e deve ser
determinado em nível tanto subgengival quanto supragengival.

Sobrecontorno: maior facilidade de acúmulo de placa pela dificuldade de


higienização, o que resulta em inflamação, sangramento, dor e desconforto.

Subcontorno: menos danoso para os tecidos gengivais, mas pode causar alterações
decorrentes do trauma mecânico causado pela escova dental ou por alimentos
fibrosos, provocando ulceração, recessão e perda de tonicidade do tecido gengival
pela falta de apoio correto sobre as paredes da coroa.

Na região do sulco gengival, o contorno da restauração deve apresentar uma forma plana
(perfil de emergência) para harmonizar-se com a superfície também plana da raiz. O objetivo do
perfil de emergência é propiciar um posicionamento harmônico do tecido gengival sobre as paredes
da restauração.

- Ameia interproximal: se o espaço disponível nas coroas provisórias não for suficiente
(aproximadamente de 1,0 a 1,5 mm), certamente não haverá espaço para a papila na prótese
definitiva.

Nessa etapa das coroas provisórias é que se decide a necessidade ou não de abertura
das ameias, seja com desgaste direto, seja com afastamento das raízes por meio de
borrachas, ortodontia ou mesmo procedimento cirúrgico.

- Higiene oral e controle de placa bacteriana

O preparo inicial do paciente e a presença das restaurações provisórias bem adaptadas e


polidas, com contorno e forma corretos que permitam um fácil acesso interproximal e uma fácil
higienização, contribuem para a redução do processo inflamatório já instalado e facilitam o
trabalho do periodontista durante a cirurgia, assim como o processo de recuperação dos tecidos.

A. Restauração provisória com tratamento periodontal

O momento ideal para encaminhar um paciente ao tratamento periodontal é quando ele já é


capaz de fazer uma boa higienização e seus dentes foram preparados, receberam tratamento
endodôntico, núcleos intrarradiculares (se necessário) e coroas provisórias. Nessa situação, sua
oclusão e desoclusão estão adequadas, sua mastigação é efetiva e sua estética é satisfatória.

O tratamento periodontal por necessidade protética é realizado em duas


situações:

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 quando é necessário tratar uma patologia existente em tecido mole e/ou ósseo:
gengivoplastia, gengivectomia, osteotomia e enxerto ósseo são feitos para restabelecer a saúde
do tecido periodontal;
 quando há exigência estética ou mecânica: aumento de coroa clínica, aumento do espaço
interproximal, enxerto de tecido conjuntivo e enxerto de mucosa ceratinizada buscam
melhorar as relações estético/funcionais da prótese.

- Orientação dos procedimentos cirúrgicos

A prótese provisória auxilia o periodontista a obter mais facilmente os requisitos estéticos e


funcionais durante os procedimentos cirúrgicos. Tais requisitos incluem, por exemplo:

 Correto posicionamento do retalho na região cervical, sem prejudicar a estética;


 Avaliar a necessidade de colocação de enxerto conjuntivo em área desdentada, para melhorar o
contorno estético do pôntico;
 Aumento do espaço interproximal, para facilitar a higienização;
 Aumento de coroa clínica, para melhorar a retenção da prótese sem comprometer a estética.

- Controle da posição definitiva da margem gengival

Após a cirurgia periodontal, é preciso aguardar a formação do sulco gengival, que ocorre em
60 a 90 dias, para fazer com segurança a margem do preparo subgengival.

É aconselhável esperar 2 a 3 semanas para realizar a moldagem, para ter


certeza da localização definitiva da margem gengival

- Avaliação do grau de mobilidade dos dentes pilares

Após o término do tratamento periodontal, o paciente deve permanecer algum tempo com a
prótese provisória antes do início dos procedimentos de moldagem, para que se possa avaliar o
comportamento dos dentes pilares em relação ao planejamento executado.

B. Restauração provisória e Oclusão

O paciente deve apresentar função mastigatória eficiente, conforto, saúde periodontal e


ausência de problemas na ATM e nos músculos da mastigação. Preferencialmente, ele não deve
apresentar hábitos parafuncionais, como bruxismo ou apertamento dentário.

- Relação maxilomandibular (posição de trabalho):

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 RC: posição craniomandibular e, portanto, independe da presença dos dentes. Deve ser usada
quando existe algum tipo de patologia oclusal e/ou a MIH não apresenta estabilidade dentária
suficiente para a reabilitação do paciente.
 MIH: deve sempre ser preservada nos tratamentos protéticos, desde que os dentes propiciem
estabilidade oclusal e não apresentem sinais e sintomas de trauma oclusal. Sua localização é
anterior à RC (média de 0,2 mm).

- Contatos oclusais simultâneos: garante maior eficiência mastigatória e estabilidade oclusal. Esses
fatores são importantes no direcionamento das forças oclusais para o periodonto de sustentação e
a proteção da ATM.

- Guia anterior: por meio dos caninos (desoclusão pelo canino) ou pela participação também dos
dentes posteriores (função em grupo).

 Os dentes anteriores dirigem toda a movimentação mandibular, impedindo que os dentes


posteriores entrem em contato. Essa dinâmica é conhecida como oclusão mutuamente
protegida.
 Os movimentos laterais, protrusivos e lateroprotrusivos devem ocorrer sem qualquer tipo de
restrição e ser capazes de manter um espaço de cerca de 1 mm entre os dentes posteriores
que desocluem.
 O ajuste correto do guia anterior é essencial para a obtenção da estética e da fonética, a
diminuição do estresse oclusal, a melhora da eficiência funcional, o conforto do paciente e a
longevidade dos dentes e das próteses.

- Dimensão Vertical (DV): analisar se o paciente está confortável com a estética, a fonética e a
função. Se a resposta for positiva, a única justificativa para aumentar a DV deve ser a falta de
espaço interoclusal para a confecção da prótese.

Após a determinação da dimensão vertical de repouso (DVR), feita com compasso de Willis,
régua ou espátula de madeira ou outro instrumento, teremos:

DVO = DVR - (3 a 4 mm)

Antes do início da fase de preparo dentário e confecção das restaurações


provisórias pode-se confeccionar um aparelho removível conhecido como placa de
restabelecimento da dimensão vertical (PRDV), para ajuste e adaptação do
paciente à nova DVO.

O teste fonético consiste na leitura rápida de textos contendo palavras com as letras “s”, “f” e
“v”, que mostrará a presença de um espaço livre funcional de pronúncia adequado.

 "s": as bordas incisais dos dentes anteroinferiores se aproximam de 0,5 a 1,0 mm das
bordas incisais dos incisivos superiores na pronúncia de palavras com sons sibilantes;

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 “f” e “v”: a borda incisal dos dentes superiores deve tocar levemente o lábio inferior
entre a parte seca e molhada, conferindo-lhes o posicionamento correto no sentido
anteroposterior;

C. Restauração provisória e estética

A relação correta do pôntico com o tecido gengival, principalmente na região dos dentes
anteriores e mesmo dos pré-molares superiores, é muito importante na determinação da estética para
a eliminação dos chamados buracos negros entre os pônticos. Isso é denominado condicionamento
gengival e é conseguido com o remodelamento do rebordo gengival por meio das coroas provisórias.

O condicionamento gengival exige os seguintes requisitos:

 A superfície lingual do pôntico deve ser totalmente convexa e polida.


 É imprescindível que o paciente higienize corretamente essa área.

O tecido gengival deve apresentar espessura suficiente para permitir o condicionamento.


Frequentemente é necessária a realização de enxertos de tecido conjuntivo e/ou osso para criar
uma espessura adequada de mucosa, visto que nessas áreas o processo de reabsorção óssea ocorre de
forma bastante acentuada em virtude da natureza da perda dentária (trauma, fratura ou doença
periodontal).

Antes do início do condicionamento, a forma que se deseja dar às papilas deve ser
determinada na prótese provisória, abrindo-se as ameias gengivais na extensão pretendida nos
sentidos mesiodistal e gengivoincisal.

A área condicionada não deve apresentar-se ulcerada após o condicionamento. Para isso, a
pressão deve ser realizada lentamente e em várias sessões clínicas.

Às vezes são necessárias três ou quatro sessões incrementais


de resina para se obter o efeito estético desejado, isto é, áreas
côncavas epitelizadas no rebordo, com papilas gengivais entre elas.

D. Restauração provisória e implante

Uma prótese provisória colocada sobre implantes tem função semelhante à desempenhada por
uma prótese provisória cimentada em dentes naturais:

 Restabelecer a função;
 Orientar a determinação da estética branca (posicionamento anteroposterior forma e
contorno das coroas) e vermelha (arquitetura gengival entre implante/implante e implante/
dente, presença de papila e contato do pôntico com o rebordo) e avaliar a fonética.

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 O enceramento diagnóstico possibilita direcionar a confecção do guia cirúrgico, a fim de que


o cirurgião possa colocar implantes em número e posição suficientes para atender aos
requisitos funcionais exigidos pela prótese e aos anseios estéticos do paciente

3.2 – Técnicas de confecção

As técnicas diretas (deve ser removida da boca antes de completar a polimerização, causando
distorções pela contração (aproximadamente 8%) o que é melhorado em 70% na técnica indireta.
Segundo Fradeani (2009) esta técnica apresenta como vantagens: confecção prática, procedimento
rápido e baixo custo; e como desvantagens: dificuldade de confecção nos casos complexos, exotermia
da resina e selamento marginal problemático.

Durante a polimerização da resina, a matriz deve ser mantida sob refrigeração,


para impedir que a reação térmica da resina promova qualquer tipo de reação ao
órgão pulpar dos dentes pilares e ao tecido gengival circunvizinho.

- Com molde de alginato

I. O molde de alginato é realizado antes da modificação da anatomia do dente a ser preparado;


II. A resina é preparada e, quando atinge a fase arenosa, é levada ao interior do molde;
III. A moldeira é levada à boca e, após a polimerização da resina, a coroa provisória é removida do
molde;
IV. Nessa fase, o molde deve ser mantido sob refrigeração, para minimizar o efeito da reação
térmica da resina sobre o órgão pulpar e o tecido gengival.
V. Após a polimerização da resina, a coroa é removida do molde e os excessos são desgastados.
VI. Realiza-se então o reembasamento cervical da restauração, que é feito levando-se a resina
em consistência cremosa sobre o término cervical do preparo.
VII. Acabamento, polimento e cimentação.

- Com molde de alginato – técnica da casca de ovo (egg shell)

Sobre o molde de alginato feito a partir do modelo de estudo no qual se realizou o


enceramento diagnóstico. Aplicação com pincel de uma fina camada de resina em toda a superfície

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do molde correspondente à prótese. Após sua polimerização, a “casca” de resina é removida do molde
e posicionada na boca para testar sua adaptação. Reembasamento da prótese provisória será feito
em boca.

- Com molde de silicona

O modelo de estudo com dente de estoque posicionado no espaço desdentado ou


enceramento do dente ausente pode ser referência para a confecção de uma matriz de silicona
pesada, que deve ser também posicionada na boca para testar sua adaptação sobre os dentes
preparados, antes da manipulação da resina. Demais passos semelhantes à técnica anterior.

- Com matriz de plástico

Após a montagem dos modelos de estudo em articulador, faz-se o enceramento diagnóstico,


que em seguida é duplicado em gesso. Sobre o modelo de gesso obtém-se uma matriz de plástico em
plastificador a vácuo. A matriz é preenchida com resina em consistência cremosa e posicionada sobre
os dentes pilares.

Após a polimerização da resina, a matriz é removida da boca, a prótese provisória é separada


da matriz e os excessos são recortados. Em seguida faz-se o reembasamento, sempre levando a
resina sobre o término dos dentes preparados.

TÉCNICAS INDIRETAS

As técnicas indiretas (sobre o modelo de gesso), são mais precisas e não trazem calor ao dente
(reação de polimerização), além de ser possível delegar parte do trabalho ao auxiliar.

- Com dentes de estoque

Os dentes de estoque são selecionados conforme a cor, o tamanho e a forma dos dentes
naturais e, posteriormente, desgastados em sua face lingual, cervical e/ou incisal, até serem
completamente adaptados sobre os dentes preparados no modelo de gesso. As facetas são unidas
entre si com resina para serem posteriormente reembasadas na boca.

- Restaurações provisórias prensadas

Após a montagem dos modelos de estudo em ASA, os dentes são preparados superficialmente,
e faz-se o enceramento com cera branca. O modelo encerado é incluído na mufla da maneira
convencional. Inicialmente faz-se a inclusão da resina de corpo, que é prensada com um papel-

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celofane interposto entre a resina e as matrizes, para facilitar a sua separação e permitir a colocação
das resinas de colo e incisal.

Após a realização desse processo, a polimerização da resina é feita pelos métodos


convencionais. O modelo é desincluído da mufla e levado ao ASA para o ajuste oclusal, que é feito até
que o pino incisal toque na mesa incisal para não alterar a DV.

Após a remoção das provisórias do modelo, faz-se o reembasamento na boca, os ajustes


estético, da oclusão e do guia anterior, o acabamento e o polimento.

Próteses provisórias prensadas com estrutura metálica

Esta técnica é indicada para pacientes que apresentam hábitos parafuncionais de apertar ou
ranger os dentes ou nos tratamentos em que a prótese provisória permanecerá na boca por um longo
período. Para esses pacientes, próteses provisórias confeccionadas somente em resina poderão
apresentar fraturas e/ou desgaste acentuado, com consequente alteração do tecido gengival e/ou da
dimensão vertical.

3.3 – Tipos de resinas

 Polimetilmetacrilato
 Vantagens: bom ajuste de margens, boa resistência transversal, bom polimento e
durabilidade.
 Desvantagens: reação exotérmica, pouca resistência à abrasão, libera monômero tóxico
para a polpa e grande contração volumétrica.

 Polietilmetacrilato
 Vantagens: bom polimento, pouco exotérmica, boa resistência à oxidação e pouca
contração.
 Desvantagens: dureza superficial, dureza transversal, durabilidade e resistência à fraturas.

 Poilviniletilmetacrilato
 Vantagens: bom polimento, pouco exotérmica, boa resistência à abrasão e à oxidação e
flexibilidade.
 Desvantagens: dureza superficial, dureza transversal, resistência à fraturas e estética.

 Resina composta bisacrílica (fotopolimerizável)


 Vantagens: bom ajuste de margens, boa resistência à abrasão e transversal, pouca
exotermia e contração.
 Desvantagens: dureza superficial, menor resistência à abrasão, pouca escolha de matizes,
pouco polimento e material quebradiço.

 Urano-dimetilmetacrilato (fotopolimerizável)
 Vantagens: boa dureza superficial, boa resistência transversal e à abrasão, possibilidade de
controle do tempo de trabalho, estabilidade cromática.

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 Desvantagens: ajuste das margens, menor resistência à oxidação, pouca escolha de matizes,
alto custo e material quebradiço.

Quadro 4 – Fradeani, 2009.

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4 – MATERIAIS E TÉCNICAS DE MOLDAGEM


A boa qualidade dos materiais de moldagem e dos gessos possibilitou a obtenção de modelos
mais fiéis e a realização de trabalhos com maior exatidão. Além do material, a execução de uma boa
moldagem depende de três requisitos básicos: extensão do preparo dentro do sulco gengival,
nitidez do término cervical e saúde do tecido gengival.

4.1 – Métodos de retração gengival

A extensão subgengival do preparo deve preservar a saúde periodontal, pois a presença de


inflamação gengival com sangramento e exsudato inflamatório impede a obtenção de moldes
precisos. Além disso, a maioria dos materiais de moldagem apresenta alteração de suas propriedades
na presença de umidade, o que resulta em dificuldades técnicas para a obtenção de um bom molde.

O afastamento gengival pode ser realizado por meios mecânicos, químicos, mecânico-químicos
e cirúrgicos, os quais são descritos a seguir:

A. Mecânicos: fios de algodão e casquetes de resina;

Desvantagem: danos ao tecido periodontal.

B. Químicos: cloreto de zinco de 2 a 40%, alúmen e até ácido sulfúrico diluído, entre outros;

Desvantagem: traumatismos ao tecido periodontal, tais como: proliferação e descamação


epitelial, hiperemia, necrose do epitélio sulcular e recessão gengival, sendo tão ou mais traumáticos
que os meios mecânicos

C. Mecânico-químicos:

 Fios retratores: fios de algodão impregnados com substâncias químicas vasoconstritoras para
promover o afastamento gengival e controlar a umidade e o sangramento no sulco gengival; as
substâncias mais utilizadas são epinefrina, sulfato de alumínio, cloreto de alumínio e sulfato
férrico.
 Epinefrina: fio retrator com epinefrina dentro do sulco não deve ultrapassar 8 minutos, pois
1 polegada (2,54 cm) desse fio contém mais do que a dose máxima recomendada para um
paciente saudável e 12 vezes mais do que a dose recomendada a um paciente cardiopata.
 Adstringentes: sulfato de alumínio, cloreto de alumínio e sulfato férrico.

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Vantagens: podem ser usados em tecidos ulcerados, são mais


hemostáticos e não causam distúrbios em pacientes com problemas
sistêmicos.

Desvantagens: podem deixar resíduos presos aos dentes durante sua


remoção e não afastam o tecido gengival tão bem quanto os fios
impregnados com epinefrina.

- Sulfato de alumínio são menos efetivos que aqueles com epinefrina e não devem permanecer
dentro do sulco por mais de 10 minutos. Como apresentam enxofre em sua composição, esses fios
não devem ser usados com as siliconas de adição, para não alterar sua reação de polimerização.

- Cloreto de alumínio: é encontrado em várias marcas comerciais, e seu tempo de permanência


dentro do sulco deve ser de 5 a 10 minutos.

- Sulfato férrico: O tempo ideal de permanência dentro do sulco varia de 1 a 3 minutos, de acordo
com sua concentração. Também não deve ser utilizado com siliconas de adição, para não alterar sua
reação de polimerização.

Outros meios empregados para a retração gengival, como o cirúrgico, que envolve
eletrocirurgia ou curetagem gengival com ponta diamantada, podem causar sequelas como
necrose óssea e recessão gengival acentuada

4.2 – Materiais de moldagem

Os materiais disponíveis para moldagens são os hidrocoloides reversíveis, os polissulfetos, as


siliconas de condensação e adição e os poliéteres. Como nenhum material apresenta todas essas
propriedades, o profissional deve selecionar aquele que melhor se adapte à técnica empregada.

HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL

Seus principais componentes são água (80 a 86%) e um coloide hidrofílico orgânico de
polissacarídeo chamado de ágar-ágar (8 a 15%). Também fazem parte de sua composição outros
componentes, como bórax, sulfato de potássio, benzoatos alquílicos e traços de agentes para
proporcionar cor e sabor agradáveis.

Os hidrocoloides são apresentados em bisnagas para uso em moldeiras e em seringas. À


temperatura ambiente, o hidrocoloide encontra-se na fase gel e precisa ser transformado na fase
sol, por meio de um aparelho especial chamado de condicionador de hidrocoloide. Como os
hidrocoloides podem perder água por evaporação muito facilmente através do processo conhecido
por sinérese, o que alteraria significativa mente sua estabilidade dimensional, os moldes devem ser
vazados imediatamente.

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POLISSULFETO

Conhecidos também como mercaptanas, os polissulfetos apresentam uma reação de


polimerização que ocasiona aumento de viscosidade, quando então ganham propriedades
tixotrópicas.

São apresentados em duas versões: pasta base e pasta catalisadora. A pasta base é composta de
um polímero de polissulfeto, agentes de carga (dióxido de titânio e sílica) e plastificantes, que
controlam sua viscosidade. Já a pasta catalizadora é composta de dióxido de chumbo, enxofre e óleo
de rícino. Como todo material de borracha, sua embalagem inclui um adesivo especial composto de
borracha butílica ou estireno diluído em acetona, que promove a união entre material e moldeira.

Aspectos como baixo custo, alta resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho e boa
reprodução de detalhes tornam os polissulfetos uma boa opção de material à base de borracha.
Contudo, eles apresentam algumas desvantagens, como odor desagradável, capacidade de manchar e
memória elástica deficiente.

POLIÉTER

É encontrado comercialmente em bisnagas. A pasta base contém um polímero de poliéter, sílica


coloidal como agente de carga e um plastificante, que pode ser um éter glicólico ou um ftalato. A pasta
catalisadora é composta pelos mesmos agentes de carga e plastificantes, somados a um sulfonato
alquílico aromático. A mistura das duas pastas não forma subprodutos voláteis, o que dá a esse
material uma excelente estabilidade dimensional (0,15% durante sua polimerização e de 0,3 a
0,4% nas primeiras 24 horas).

Os poliéteres permitem a obtenção de excelentes modelos, pois são mais precisos que os
polissulfetos e as siliconas de condensação e têm um bom adesivo. Desde que em ambiente seco, os
moldes feitos com poliéter podem ser armazenados por até 7 dias, segundo os fabricantes. Contudo,
por serem hidrofílicos, tendem a absorver água e não podem ser trabalhados em ambiente de alta
umidade. Além disso, rasgam-se facilmente, seu tempo de trabalho é reduzido, seu gosto é
desagradável e difíceis de desinfectar. Por esses motivos, o molde deve ser vazado imediatamente.

SILICONA DE CONDENSAÇÃO

A formação do elastômero ocorre por meio de uma reação cruzada entre o polímero de silicona
(grupamentos terminais) e um silicato alquílico. O subproduto dessa reação é o álcool etílico, que, ao
evaporar-se, confere ao material maior alteração dimensional. É encontrada na forma de uma pasta
base e de um catalisador de baixa viscosidade, que pode ser líquido ou pastoso.

As siliconas de condensação são muito utilizadas pelos profissionais pela facilidade de


trabalho e da técnica de moldagem. Porém, aspectos como baixa resistência ao rasgamento, maior
deformação que outros elastômeros e distorção exagerada quando armazenada para posterior
vazamento estão contribuindo atualmente para sua substituição pelas siliconas de adição.

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SILICONA DE ADIÇÃO

É conhecida também como polivinil siloxana ou polissiloxana vinílica. Tanto a pasta-base,


chamada de silicona híbrida, como a pasta catalisadora contêm uma silicona vinílica, sendo que a
pasta catalisadora apresenta também platina. A ligação cruzada ocorre por meio de uma reação de
adição sem a formação de subprodutos, que lhe confere uma excelente estabilidade dimensional.
Essa reação continua ocorrendo mesmo após a remoção do molde da boca, por isso deve-se esperar
pelo menos 1 hora para o seu vazamento; do contrário, podem ocorrer alterações na textura
superficial do gesso e formação de bolhas na superfície do modelo.

Por sua pouca alteração dimensional (0,05 a 0,016%), são os materiais mais precisos do
mercado, com excelente resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho e ótima
recuperação elástica. Além disso, o molde pode ser vazado em até 48 horas após sua obtenção,
sem qualquer tipo de alteração. Como desvantagem, esse material tem seu processo de polimerização
alterado na presença de enxofre. Assim, o profissional não pode manipular esse tipo de silicona
quando estiver usando luvas, pois ocorrerá uma alteração de sua consistência rígida para uma
consistência borrachoide.

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Quadro 5 – Pegoraro, 2013.

4.3 – Técnicas de moldagem

A. MOLDAGEM COM FIO RETRATOR

Para a seleção do fio retrator, o diâmetro deve ser compatível com as características do sulco
gengival. É necessário que o fio proporcione um afastamento mínimo do sulco de 0,2 mm, para que
o material de moldagem não se rasgue durante a remoção do molde.

Na técnica de retração gengival com dois fios, um fio mais fino (de 0,5 mm) é inicialmente
inserido na base do sulco, para manter o afastamento da gengiva no sentido vertical. A seguir, um
segundo fio com diâmetro maior é inserido para promover o afastamento lateral da gengiva,
mantendo o primeiro no sulco durante a moldagem. O primeiro fio deve ficar localizado abaixo da
margem do preparo, e o segundo deve ficar exposto, ou seja, no nível da gengiva marginal.

 MOLDAGEM PELA TÉCNICA DA DUPLA MISTURA

Os materiais pesado e leve são manipulados e usados simultaneamente: as pastas base e


catalizadora do material pesado (massa) são dosadas de acordo com as instruções dos fabricantes,

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manipuladas até a obtenção de uma mistura homogênea e levadas a uma moldeira de estoque ou
individual. As pastas base e catalizadora do material leve são dosadas em comprimentos iguais e
misturadas até a obtenção de uma mistura homogênea.

O segundo fio de afastamento deve ser removido, a região é lavada com água e depois seca, a
ponta da seringa é posicionada próximo ao sulco gengival e injeta-se o material leve com movimentos
circulares, preenchendo toda a região do sulco gengival e envolvendo os dentes preparados. Então
leva-se a moldeira com o material pesado à boca, sem pressioná-la.

 MOLDAGEM PELA TÉCNICA DO REEMBASAMENTO

As pastas base e catalizadora do material pesado (massa) são manipuladas, colocadas na


moldeira de estoque e introduzidas na boca. Aguarda-se o tempo de polimerização estipulado pelo
fabricante e remove-se a massa da boca com um movimento único.

Um pequeno alívio é proporcionado por meio do uso de pontas diamantadas na região dos
dentes, para criar espaço para a colocação do segundo material de moldagem. Desse modo, obtém-se
uma impressão que servirá de guia para o reembasamento com o material de consistência leve.

A área aliviada do molde é coberta com uma fina camada do material leve. O
segundo fio de afastamento é então removido, e injeta-se lentamente o material no
sulco gengival e nos dentes preparados.

MOLDAGEM SEM FIO RETRATOR – com casquetes individuais

Essa técnica tem como vantagem a garantia de uma boa moldagem, obtida sempre que o
casquete é reembasado corretamente. Outra vantagem é a economia, visto que a quantidade de
material necessária para preencher o casquete é muito pequena e, consequentemente, a alteração
dimensional é reduzida.

Qualquer material de moldagem de consistência regular pode ser usado nessa


técnica.

É indispensável a aplicação do adesivo próprio em toda a superfície interna do casquete e


externamente em aproximadamente 2 mm, deixando -o secar pelo tempo determinado pelo
fabricante!

As mercaptanas e os materiais à base de poliéter não se comportam bem na presença de


umidade, a região que vai ser moldada deve ser isolada com rolos de algodão.

Remoção dos casquetes: com moldeira de estoque e com moldeira individual.

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- Com moldeira de estoque: o uso da moldeira de estoque com alginato é indica do para elementos
isolados, PPFs pequenas uni ou bilaterais, anteriores ou posteriores, e que não envolvam todo o arco.

- Com moldeira individual: a remoção dos casquetes com moldeira individual é indicada quando há
múltiplos dentes preparados. A moldeira é confeccionada no mesmo modelo em que foram obtidos os
casquetes.

4.4 – Desinfecção dos modelos

Dentre os desinfetantes usados para essa finalidade estão o glutaraldeído a 2% e o hipoclorito


de sódio a 0,5 ou a 1,0%.

I. Lavar o molde em água corrente para a limpeza prévia do sangue e da saliva e remover
o excesso de água.
II. Colocar o desinfetante em uma cuba de vidro ou de plástico com tampa.
III. Deixar o molde imerso na solução por 10 minutos.
IV. Lavar o molde em água corrente.
V. Secar o molde.

- Glutaraldeído: polissulfeto e silicona;

- Hipoclorito de sódio: alginato, polissulfeto, silicona, poliéter, hidrocoloide reversível e godiva.

Para o alginato e o poliéter, recomenda-se que o hipoclorito de sódio seja


aspergido na superfície do molde, que é então coberto com papel-toalha umedecido com o
mesmo desinfetante e mantido em saco plástico por 10 minutos. A seguir, o molde é lavado
em água corrente, seco e vazado - isso irá reduzir as alterações decorrentes do processo de
sinérise-embebição (perda/absorção de água com o ambiente).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conseguimos finalizar uma aula bem chatinha não é mesmo? Não conseguiríamos falar tudo que se
tem nós livros a respeito tipos de preparo, materiais utilizados e técnicas de moldagem para confecção
de próteses dentárias devido a importância desses temas na Prótese Fixa e Dentística.

Sugiro que você faça muito exercícios para consolidar o conhecimento adquirido e como forma de
revisão (até porque é muita coisa para revisar toda matéria!!). Escolhi os conteúdos mais cobrados
nos últimos concursos e espero que esse material lhe dê uma boa base para realizar a sua prova!

Ao final você encontrará um resumo dos principais conteúdos, aconselho realizar revisões
programadas e utilizá-lo.

Quaisquer dúvidas e sugestões por favor, entre em contato. Será um prazer acompanhar você nessa
jornada rumo à aprovação.

E-mail: renatapsbarbosa@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/renatapsbarbosa

Aguardo você na próxima aula. Um abraço e até lá!

Renata Barbosa

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QUESTÕES COMENTADAS
(CADAR/ PDN/ 2017) As restaurações provisórias podem ser classificadas, de acordo
com o método utilizado para adaptá-las aos dentes, em técnica direta ou indireta. Nesse
sentido, sobre tais técnicas, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma
abaixo e, em seguida, assinale a sequência correta.

( ) A técnica indireta elimina a moldagem de alginato e o modelo de gesso.

( ) A técnica indireta oferece mais precisão e proteção à polpa, sobretudo se for usado o
polimetilmetacrilato.

( ) Através da técnica direta, a restauração é feita fora da boca, sobre um modelo de gesso de presa
rápida.

( ) Pela técnica indireta, a restauração é feita na boca, sobre o dente preparado.

A) F – V – F – F

B) V – F – V – V

C) V – V – F – F

D) F – F – V – V

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Apenas a segunda frase é verdadeira.

A frase 1 está incorreta, pois quem elimina a moldagem de alginato e o modelo de gesso é a técnica
direta.

A frase 3 está incorreta, pois na técnica direta a restauração é feita sobre o dente preparado, na boca.

A frase 4 está incorreta, pois na técnica indireta a restauração é feita fora da boca, sobre um modelo
de gesso de presa rápida.

(CADAR/ PDN/ 2015) Segundo Shillinburg, o pôntico ou dente artificial é a razão de ser
de uma prótese parcial fixa, porém, não é uma substituição simples de se realizar. Com
base no exposto, análise.

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I. O desenho do pôntico será decretado por estética, função, facilidade de limpeza, manutenção do
tecido saudável no rebordo edêntulo e conforto do paciente.

II. O formato do pôntico, que entra em contato com rebordo, deve ser o mais côncavo possível para
facilitar um contato maior e mais íntimo com o rebordo.

III. O uso da porcelana como material que entra em contato com o rebordo para os pônticos é bem
indicada, visto que sua superfície pode ser altamente polida.

IV. O formato de pôntico oval deve ser evitado em áreas estéticas, devido à dificuldade de higienização
(uso do fio dental).

Estão corretas somente as afirmativas

A) I e II.

B) I e III.

C) II e III.

D) I, II e IV.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. As frases I e III são verdadeiras.

A frase II está incorreta: o formato do pôntico deve ser o mais convexo possível para facilitar um
contato maior e mais íntimo com o rebordo. Lembre-se que o formato côncavo é como uma
concha!

A frase IV está incorreta: formato de pôntico oval é indicado em áreas estéticas devido a
facilidade de higienização.

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LISTA DE QUESTÕES

1. (CADAR/ PDN/ 2012) Com relação à proporção coroa-raiz em pilares de Prótese


Parcial Fixa, informe se é falso (F) ou verdadeiro (V) o que se afirma e marque a
sequência correta.

( ) A proporção coroa-raiz ideal para um dente que será pilar de Prótese Parcial Fixa é 2:3.

( ) Em situações em que os antagonistas da prótese sejam dentes naturais, a proporção mínima


aceitável para um dente que será pilar de Prótese Parcial Fixa é 1:1.

( ) Na proporção coroa-raiz, a medida da parte coronária é feita seguindo o longo eixo do dente, desde
a oclusal até a junção amelo-dentinária.

( ) Na proporção coroa-raiz, a medida da parte radicular é feita seguindo o longo eixo do dente, desde
o ápice até a margem gengival livre.

a) F – F – V – V

b) F – F – F – V

c) V – V – V – F

d) V – V – F – F

2. (CADAR/ PDN/ 2012) Baseando-se nos tipos de Próteses Fixas disponíveis, relacione
as colunas e marque a sequência correta. (Alguns números poderão ser utilizados mais
de uma vez.)

Término:

(1) Chanfro

(2) Ombro

(3) Ombro com bisel

Características:

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( ) mais indicado para coroas em cerâmica nas quais a estética gengival não seja fator
pura. crítico.

( ) indicado como término para região


vestibular de restaurações metalocerâmicas,
( ) possibilita criar uma margem aguda de metal que pode trazer em algumas situações maior
resistência às distorções causadas pela queima da “porcelana” (cerâmica).

( ) melhor dissipação de forças na região de cimento localizada na margem.

a) 1 – 2 – 2 – 3

b) 2 – 3 – 3 – 1

c) 3 – 1 – 1 – 2

d) 1 – 3 – 2 – 2

3. (CADAR/ PDN/ 2012) 69) Em relação aos princípios de preparos que norteiam a
Prótese Fixa, informe se é falso (F) ou verdadeiro (V) o que se afirma e marque a
sequência correta.

( ) A retenção impede o deslocamento das restaurações ao longo de seu eixo de inserção ou ao longo
eixo do preparo.

( ) A resistência impede o deslocamento da restauração por forças oblíquas ou de direção apical,


porém não evita qualquer movimento da restauração submetida a forças oclusais.

( ) A unidade básica de retenção é o conjunto formado por duas superfícies verticais opostas em um
mesmo preparo.

( ) Os termos “ângulo de convergência” ou “ângulo de divergência” podem ser usados para descrever a
angulação entre paredes circundantes e paredes oclusais de preparos em dentes posteriores.

a) F – V – F – V

b) V – F – V – F

c) V – V – F – F

d) F – F – V – V

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4. (UFRJ/ Odontólogo - Prótese Dentária/ 2018) Próteses parciais fixas podem utilizar
pilares vitalizados ou desvitalizados. Acerca dos pilares vitalizados é INCORRETO
afirmar que:

A) podem gerar desconforto para o paciente.

B) são mais sujeitos a falhas na adaptação e cáries.

C) possuem maior resistência à fratura.

D) geram menor custo.

E) o tempo de tratamento é menor.

5. (CADAR/ PDN/ 2012) Considerando os princípios de preparo em Prótese Fixa,


informe se é falso (F) ou verdadeiro (V) o que se afirma e marque a sequência correta.

( ) A preservação da estrutura determina que, em preparos tipo onlay MOD, proceda-se o desgaste
oclusal com espessura de 0,5 mm.

( ) A configuração geométrica do preparo deve ser feita de modo evitar que o cimento seja submetido
à compressão e assim propiciar a necessária retenção e resistência.

( ) Duas superfícies verticais opostas, cada uma com 3 graus de inclinação, resultam em um preparo
com 6 graus de convergência para oclusal ou incisal.

( ) Teoricamente, quanto maior o paralelismo, maior a retenção de uma prótese em um preparo.

a) F – F – V – V

b) F – V – F – V

c) V – F – V – F

d) V – V – F – F

6. (CADAR/ PDN/ 2012) Os princípios básicos de preparo em Prótese Fixa, mesmo com
a evolução dos materiais, ainda permanecem como determinantes da longevidade
clínica. Associe as colunas, relacionando o princípio de preparo à afirmativa
correspondente.

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(1) Integridade das margens (3) Retenção e resistência

(2) Estabilidade estrutural (4) Preservação da estrutura dentária

( ) é importante fazer a redução necessária nos sulcos e fossas anatômicas da superfície oclusal, para
dispor do espaço necessário para uma boa morfologia oclusal.

( ) o ouro, na superfície oclusal, pode proteger o dente contra uma fratura traumática ou mesmo
contra as falhas devidas à flexibilidade da estrutura dentária.

( ) a fina borda da restauração é de difícil enceramento e fundição e, portanto, mais fácil de sofrer
distorções quando é submetida, na boca, às forças oclusais.

( ) a área de preparo pode ser aumentada, preparando-se caixas e sulcos adicionais. Sem dúvida, os
benefícios que advém destes preparos provêm mais da limitação de movimentos que se consegue do
que do aumento de área de superfície.

a) 2 – 1 – 4 – 3

b) 3 – 4 – 2 – 1

c) 2 – 4 – 1 – 3

d) 3 – 2 – 1 – 4

7. (CADAR/ PDN/ 2013) Nas restaurações totalmente cerâmicas, deve-se utilizar o


seguinte tipo término cervical:

a) ombro.

b) chanfro.

c) chanferete.

d) ombro biselado.

8. (CADAR/ PDN/ 2013) Quando uma parte estrutural muito grande foi destruída, qual
o critério para a escolha do uso de base ou para a utilização de núcleos para
restauração do dente?

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a) Proporção coroa raiz.

b) Posição do dente no arco.

c) Anatomia do dente a ser restaurado.

d) Quantidade de estrutura remanescente.

9. (CADAR/ PDN/ 2021) Quando um dente tratado endodonticamente apresenta uma


considerável perda de estrutura dentária, pode-se lançar mão do uso de retentores
intrarradiculares. Com relação a escolha do pino é correto afirmar que a

a) escolha do pino, passará pela seleção do cimento, a partir do módulo de elasticidade do mesmo e
capacidade de adesão ao pino e à dentina.

b) seleção está associada ao comprimento que o pino irá atingir no conduto radicular, a fim de obter
melhor distribuição das forças oclusais e menor concentração de estresse.

c) escolha do pino, associado ao cimento, deve proporcionar ao conjunto raiz/cimento/pino uma


estrutura única capaz de resistir ao estresse provocado pelas forças mastigatórias e permanecer
estável ao longo do tempo.

d) relação entre o diâmetro e comprimento do pino de fibra de vidro e raiz devem ser inversamente
proporcionais, já que a compatibilidade entre o pino de fibra de vidro e cimento resinoso leva a uma
homogeneidade e estabilidade entre raiz/cimento/pino.

10. (CADAR/ PDN/ 2016) Os conceitos envolvidos nos preparos protéticos para
próteses fixas mantêm relação direta, princípios físicos e mecânicos, já que têm por
finalidade propiciar resistência mecânica do conjunto dente+restauração. Assim,
informe se as afirmativas abaixo são verdadeira (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale
a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) A retenção melhora quando diminui, geometricamente, o número de trajetórias ao longo das quais
a restauração pode sair do preparo.

( ) O eixo de inserção pode ser determinado de modo arbitrário, desde que executado com angulação
maior que 35 graus.

( ) O comprimento oclusogengival do preparo influencia diretamente tanto na retenção quanto na


resistência do dente.

( ) A resistência ao deslocamento em um preparo de paredes curtas feito em um dente grande pode


ser melhorada se forem feitos sulcos na face ou parede oclusal.

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a) V – F – F – V

b) V – V – V – F

c) F – F – V – V

d) V – F – V – F

11. (FEPESE/ Pref. Balneário Camboriú/ 2021) Assinale a alternativa correta sobre os
princípios mecânicos mais relevantes ao preparo de dentes com finalidade protética
(próteses parciais fixas).

A) A rigidez estrutural ou estabilidade conferida ao preparo previne o deslocamento da protese


quando esta e submetida a forças obl quas, que podem provocar sua rotação.

) O ob etivo basico de toda restauraçao cimentada e estar bem adaptada e com uma lin a muito
espessa de cimento. Esses fatores afetam diretamente a integridade marginal da prótese.

C) Quanto maior a altura das paredes, maior a área de resistência do preparo para impedir o
deslocamento da prótese quando submetida a forças laterais. Contudo, se a largura for maior que a
altura, maior será o raio de rotação.

D) No caso de dentes curtos, pode-se aumentar a inclinação das paredes para um maior ângulo de
convergência oclusal sem prejuízo da retenção. Por sua vez, coroas longas devem apresentar paredes
com inclinação próxima ao paralelismo e receber meios adicionais de retenção, como a confecção de
sulcos nas paredes axiais, para possibilitar um aumento nas superfícies de contato.

E) Com relação à retenção, quanto mais divergentes forem as paredes axiais do dente preparado,
maior será a retenção friccional da restauração. Assim, após o preparo dos dentes, faz-se uma
moldagem com godiva e avalia-se o posicionamento entre os dentes preparados no modelo de gesso.

Responder

12. (RBO/ Pref. Belo Horizonte/ 2021) Sobre os tipos de término cervicais mais
utilizados em PPF, assinale a alternativa correta.

A) O tipo chanfrado permite espessura adequada da cerâmica na região cervical, garantindo


resistência contra as forças oclusais.

B) O tipo ombro arredondado apresenta maior discrepância marginal em relação aos demais
términos.

C) O tipo chanfrete é indicado para coroa metalocerâmica.

D) O tipo ombro arredondado apresenta melhor escoamento do cimento.

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13. (FAPESE/ Pref. Águas de Chapecó/ 2021) Os retentores intrarradiculares são pinos
em próteses fixas, destinado a reconstruir a base de um dente pilar para prótese fixa.
Sobre esses retentores, suas características, indicações e tipos, assinale a
alternativa correta.

A) Em casos com próteses extensas e complexas, pinos pré-fabricados permitem a construção de uma
base mais eficaz para a instalação do futuro trabalho reabilitador.

B) Os núcleos metálicos fundidos estão contraindicados em áreas com alta exigência estética e em
dentes desvitalizados que possuam a sua porção coronária perdida ou comprometida.

C) Uma das indicações do uso de núcleos metálicos fundidos ocorre quando há necessidade de
modificar a inclinação da coroa clínica.

D) Os pinos de fibra de vidro são retentores personalizados compostos por uma porção radicular
(pino) e uma porção coronária (base) que servirá de pilar para a futura prótese.

E) Para a confecção de pinos de fibra de vidro, um padrão do futuro núcleo é obtido através de resina
acrílica, diretamente sobre o preparo radicular.

14. (VUNESP/ EsFCEx – Prótese dental/ 2021) Para a confecção de prótese parcial fixa, a
situação ideal é a de que a inserção óssea dos dentes pilares tenha uma relação
raiz/coroa clínica de

A) 3:2.

B) 2:1.

C) 1:2.

D) 3:4.

E) 2:3.

15. (VUNESP/ EsFCEx – Prótese dental/ 2021) Durante a realização do preparo das
próteses fixas, para que não exista qualquer tipo de movimentação (axial ou oblíqua),
os seguintes princípios mecânicos devem ser observados:

A) retenção, estabilidade, incidência de forças e padrão de mastigação.

B) paralelismo, expulsividade, incidência de forças e integridade marginal.

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C) retenção, estabilidade, rigidez estrutural e integridade marginal.

D) paralelismo, expulsividade, incidência de forças e padrão de mastigação.

E) retenção, expulsividade, rigidez estrutural e flexibilidade estrutural de mastigação.

16. (OMNI/ Pref. Estância de Salesópolis/ 2021) Sobre os princípios mecânicos que um
preparo de coroa total deve seguir, o preparo envolve:

A) Forças oblíquas.

B) Espessura suficiente.

C) Retenção axial.

D) Término delimitado.

17. (IBFC/ PMBA – Prótese Dentária/ 2020) O preparo das Próteses Parciais Fixas (PPF)
segue princípios biológicos de margem cervical, podendo implicar em um maior ou
menor desgaste da estrutura dental. As margens podem ser classificadas em ordem
decrescente de desgaste dental. Assinale a alternativa que apresenta corretamente essa
ordem.

A) Lâmina de faca / chanfrete / chanfro / chanfro profundo / ombro / ombro com bisel

B) Ombro / ombro com bisel / chanfro / chanfrete / chanfro profundo / lâmina de faca

C) Chanfrete / Lâmina de faca / ombro com bisel / ombro / chanfro profundo / chanfro

D) Ombro com bisel / ombro / chanfro profundo / chanfro / chanfrete / lâmina de faca

E) Lâmina de faca / ombro / ombro com bisel / chanfro profundo / chanfro / chanfrete

18. (CONSULPLAN/ Pref. Resende/ 2019) Nas próteses fixas, o término cervical dos
preparos pode apresentar diferentes configurações, de acordo com o material a ser
empregado para a confecção da coroa. Sobre os tipos de término cervical, marque a
verdadeira:

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A) O término do tipo ombro, ou degrau, está indicado nos preparos para coroas de porcelana pura,
com 1,0 a 1,2 mm de espessura uniforme, e para os preparos de coroas com estrutura metálica. Exige
um maior desgaste dentário, resultando num degrau que dificulta o escoamento do cimento.

B) O término do tipo ombro ou degrau biselado, forma um ângulo aproximado de 45º entre a parede
axial e a cervical, com biselamento da aresta cavo-superficial. Provoca desgaste acentuado da
estrutura dentária, para permitir espaço adequado para a colocação da estrutura metálica e da
porcelana.

C) O término do tipo chanfrado proporciona que a junção entre a parede axial e gengival, seja feita por
um segmento de círculo, que deverá apresentar espessura suficiente para acomodar metal e faceta
estética. Está indicado para coroas metalocerâmicas, com ligas básicas (não áureas) e para coroas
metaloplásticas.

D) O término do tipo chanferete está indicado para coroa total metálica, mas contraindicado para
dentes que sofrem tratamento periodontal ou recessão gengival, com aumento acentuado da coroa
clínica. Facilita a adaptação da peça fundida e o escoamento do cimento.

19. (EsSEx/ Prótese Dentária/ 2018) Os pinos intrarradiculares são estruturas pré-
fabricadas ou customizadas, que são cimentadas em dentes tratados endodonticamente,
com a finalidade de aumentar a retenção das restaurações. De acordo com BARATIERI
(2010), analise as afirmativas abaixo e marque V para as verdadeiras e F para as falsas,
associando a sequência final ao gabarito.

( ) Pelo menos 3 a 4 mm de material obturador endodôntico devem permanecer na região apical.

( ) O pino deve se estender por menos da metade do comprimento da raiz suportada por tecido ósseo.

( ) Os pinos de eleição para a maioria dos casos são os pré-fabricados de fibra, pois apresentam
módulo de elasticidade superior ao da dentina.

( ) Para que exista sucesso na restauração de um dente com pino intrarradicular, a estrutura dental
coronária deve ter no mínimo 1,0 mm.

( ) A literatura aponta a existência do efeito férula como um dos fatores mais importantes para o
sucesso de um dente restaurado com pino intrarradicular.

A) V – F – V – V – F.

B) V – F – V – F – V.

C) V – F – F – F – V.

D) V – V – V – V – F.

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20. (SELECON/ Pref. Boa Vista/ 2020) A Dentes com tratamento endodôntico têm sua
resistência diminuída e estão mais propensos a sofrer fratura em virtude da perda de
estrutura dentária causada pelo acesso aos condutos durante o preparo, somado à
perda de estrutura coronal, especialmente das cristas marginais. A análise do
remanescente coronal após seu preparo é muito importante: o remanescente melhora a
forma de retenção e de resistência do preparo e diminui as te n s õ e s que se formam na
interface dente/cimento/pino, pois atua como um absorvedor de tensões provenientes
das forças que atuam sobre a coroa, diminuindo, portanto, a possibilidade de
descimentação do pino. O núcleo metálico fundido é uma indicação para casos de
grande destruição coronal. Em relação a esses núcleos, deve-se considerar
corretamente que:

A) as paredes da coroa preparada devem apresentar uma base de sustentação para o núcleo com
espessura mínima de 1 mm; quando não existe estrutura coronal suficiente para propiciar essa base
de sustentação, as forças que incidem sobre o núcleo são direcionadas no sentido oblíquo, tornando a
raiz mais suscetível a sofrer fratura

B) quando não existe estrutura coronal suficiente para propiciar uma base de sustentação, deve-se
preparar uma pequena caixa no interior da raiz com aproximadamente 4 mm de profundidade para
criar uma base de sustentação para o núcleo e assim direcionar as forças predominantemente no
sentido oblíquo

C) o comprimento ideal do núcleo equivale a um terço do remanescente dentário ou à metade do


suporte ósseo que envolve a raiz; um núcleo longo favorece a concentração de estresse em
determinadas áreas, causando a fratura da raiz

D) os núcleos em trirradiculares com paredes inclinadas apresentam maior retenção que os de


paredes paralelas, também desenvolvem grande concentração de esforços em suas paredes
circundantes, o que pode gerar um efeito de cunha e, consequentemente, desenvolver fraturas ao seu
redor

21. (FUNCAB/ Pref. Vassouras/ 2014) O núcleo metálico fundido é indicado em:

A) pacientes com alta exigência estética, que receberão coroas cerâmicas sem metal ou coroas de
cerômero.

B) canais excessivamente amplos, com paredes dentinárias delgadas.

C) molares, que serão dentes de suporte de próteses parciais fixas.

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D) dentes anteriores e pré-molares com remanescente que permita um abraçamento cervical de pelo
menos 2,0 mm.

E) dentes com pouca estrutura coronal em pacientes com parafunção.

22. (FUNCAB/ Pref. Vassouras/ 2014) Quando todo o segmento anterior precisa ser
reconstruído, idealmente, deve haver correlação íntima entre a angulação da
concavidade palatina dos dentes superiores e a angulação da vertente posterior da
eminência articular. Para que isso ocorra, é necessário que se façam ajustes na
concavidade palatina na etapa de:

A) montagem em ASA.

B) coroas permanentes.

C) enceramento diagnóstico.

D) coroas provisórias.

E) moldagem.

23. (FUNDAÇÃO DO ABC/ COMPLEXO HOSPITALAR MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO


CAMPO/ 2015) Podemos afirmar que:

I. Coroas íntegras, seja em estruturas dentárias ou em núcleos metálicos, resistem melhor à


ação das forças lateral do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas.
II. Nos casos de coroas curtas, a forma de retenção pode ser melhorada pelo aumento da
inclinação das paredes axiais.
III. A forma de resistência ou estabilidade conferida ao preparo mantém o deslocamento da
prótese quando submetida a forças mastigatórias.

Está correto o que se afirma em:

A) 1 e 2, apenas.

B) 1, apenas.

C) 3, apenas.

D) 1, 2 e 3.

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24. (FUNDAÇÃO DO ABC/ COMPLEXO HOSPITALAR MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO


CAMPO/ 2015) Os núcleos intra-radiculares ou de preenchimento são indicados para
dentes que se apresentam com a coroa clínica com certo grau de destruição e que
necessitam de tratamento com prótese. São elementos protéticos que permitem a
reconstrução parcial ou total da porção coronária perdida, por meio de uma ancoragem
intra-radicular (desobtura o conduto) e apresenta vantagens, dentre as quais não se
inclui:

A) são confeccionados conforme a configuração do canal.

B) adaptam-se nos canais distribuindo as forças no seu longo eixo.

C) podem ser confeccionados de forma direta ou indireta.

D) exigir maior número de sessões clínicas.

25. (FUNDAÇÃO DO ABC/ COMPLEXO HOSPITALAR MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO


CAMPO/ 2013) Analise as alternativas abaixo e assinale a correta.

A) Coroas íntegras, seja em estruturas dentárias ou em núcleos metálicos, resistem melhor à ação das
forças laterais do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas.

B) Nos casos de coroas curtas, a forma de retenção pode ser melhorada pelo aumento da inclinação
das paredes axiais.

C) A forma de resistência ou estabilidade conferida ao preparo, mantém o deslocamento da prótese


quando submetida a forças mastigatórias.

D) Uma coroa metalocerâmica pode ser cimentada mesmo com a gengiva inflamada, pois assim que
cimentar a gengiva tende a uma melhora súbita.

26. (VUNESP/ Pref. Estância Hidromineral de Poá/ 2013) A relação coroa – raiz, que é a
relação de comprimento do dente oclusalmente à crista alveolar e o comprimento da
raiz com o suporte ósseo, é de suma importância para que um dente seja utilizado como
pilar de prótese parcial fixa. Essa relação é considerada ideal na proporção de

A) 1:2.

B) 1:3.

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(C) 2:1.

(D) 2:3.

(E) 3:2.

27. (CADAR/ PDN/ 2021) O uso de articuladores tem como objetivo a reprodução
oclusal do paciente para estudo da oclusão, confecção de próteses ou aparelhos
interoclusais. No entanto, a precisão da montagem está diretamente associada à
precisão da relação interoclusal dos modelos montados.

A esse respeito, avalie as afirmações sobre registro oclusal e articulador

I. Em um paciente com necessidade de prótese unitária, com presença de grande parte dos dentes
remanescentes em oclusão estável e sem sinal e sintoma de trauma oclusal, a máxima intercuspidação
habitual será a posição de trabalho para a montagem em articulador, sem a necessidade de registro
interoclusal.

II. Em um paciente com necessidade de prótese parcial fixa unilateral, estabilidade oclusal
contralateral e sem sinal e sintoma de trauma oclusal, a máxima intercuspidação habitual será a
posição de trabalho e o registro interoclusal será feito apenas nos dentes preparados com auxílio de
casquete de resina acrílica, enquanto os outros dentes permanecem em oclusão.

III. Paciente com necessidade de prótese parcial fixa bilateral, sem estabilidade oclusal e com sinal e
sintoma de trauma oclusal, a máxima intercuspidação habitual será a posição de trabalho. A prótese
provisória irá servir para registro interoclusal dos modelos.

IV. Em um paciente com necessidade de reabilitação oral, a posição de trabalho escolhida é a relação
de oclusão cêntrica. O registro interoclusal será realizado com auxílio do casquete de resina acrílica de
um lado, enquanto a prótese provisória contralateral mantém a dimensão vertical de oclusão.

Está correto apenas o que se afirma em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I, III e IV.

d) II, III e IV.

28. (CADAR/ PDN/ 2021) Em relação ao uso do arco facial para auxílio na montagem em
articulador, é correto afirmar que

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a) o uso do arco facial auxilia na montagem do modelo inferior ao modelo superior. Dessa forma, é
essencial que independentemente das características do caso, o arco facial seja usado para facilitar a
montagem correta dos modelos no articulador.

b) o arco facial permite a montagem do modelo superior no articulador na mesma posição espacial
que a maxila apresenta em relação ao crânio e transfere a distância intercondilar do paciente e o eixo
de rotação nos côndilos para o articulador.

c) o arco facial permite registrar a distância intercondilar do paciente a partir da impressão em três
pontos do garfo, um na região anterior e outros dois na região posterior. Esse fator influencia a
direção das cristas e sulcos dos dentes posteriores e concavidade palatina dos dentes anteriores.

d) para que se tenha uma montagem correta no articulador alguns parâmetros devem ser avaliados,
como o posicionamento do garfo coincidindo com a linha média dos incisivos, a barra anterior do arco
facial paralela ao plano de Frankfurt e o posicionamento do nasion na depressão existente na base do
nariz.

29. (CADAR/ PDN/ 2022) Pegoraro et. al. (2013) mostra que quando se realiza a
montagem dos modelos em articuladores, tem-se como objetivo a reprodução do
relacionamento oclusal do paciente. O objetivo principal é a reprodução o mais fiel
possível das posições estáticas e dinâmicas da mandíbula em relação à maxila.

Desse modo, não corresponde a limitações do Articulador semi-ajustável (ASA) que


impedem a reprodução de todas as características encontradas na ATM o/a

a) deslocamento lateral imediato.

b) reprodução das posições de MIH e RC.

c) forma e angulação da eminência articular.

d) localização do eixo de rotação da mandíbula.

30. (CADAR/ PDN/ 2013) Em relação aos articuladores utilizados em Odontologia,


informe se é falso (F) ou verdadeiro (V) o que se afirma e marque a sequência correta.

( ) Baseiam-se na reprodução mecânica dos determinantes anteriores da oclusão, representados pelos


dentes anteriores.

( ) Quanto maior for a semelhança com que um articulador duplique os movimentos bordejantes,
tanto melhor simulará as determinantes posteriores da oclusão.

( ) O articulador tipo semi-ajustável reproduz a direção e o final, mas não a trajetória intermediária
dos movimentos mandibulares.

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( ) Mais preciso, o articulador do tipo totalmente ajustável reproduz todos os movimentos bordejantes
da mandíbula, porém com a limitação de não reproduzir detalhes da guia condilar como a inclinação e
curvatura.

a) F – F – F – V

b) F – V – V – F

c) V – F – V – F

d) V – V – F – V

31. (CADAR/ PDN/ 2015) “Apresenta como característica as esferas condilares


localizando-se em relação à fossa, dispostas da mesma maneira como o côndilo em
relação à mandíbula, ou quando se faz registros oclusais com placas em cera de
espessura de 4 mm para montagem, e estas placas são retiradas e os dentes fechados, a
inclinação condilar continua igual.” Trata-se do tipo de articulador, segundo
Shillinburg, denominado

a) arcon.

b) charneira.

c) não arcon.

d) verticulador.

32. (CADAR/ PDN/ 2016) Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a


alternativa correta.

Quando a mandíbula desliza para frente de tal modo que os dentes anteriores
superiores e inferiores fiquem em relação de topo, dá-se o nome de
__________________. Idealmente, o segmento anterior da mandíbula se deslocará ao
longo de um trajeto orientado pelos contatos entre os dentes _________________
com desoclusão ______________ dos dentes posteriores.

a) protusão / anteriores / completa

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b) bordejamento / anteriores / parcial

c) látero-protusão / posteriores / parcial

d) excentricidade / posteriores / completa

33. (CADAR/ PDN/ 2012) Com relação aos articuladores, preencha as lacunas abaixo e,
em seguida, assinale a alternativa correta.

São aparelhos mecânicos que imitam ____________________, baseando-se nas


trajetórias dos movimentos das determinantes posteriores: os(as)
____________________.

a) as interferências musculares / ligamentos acessórios

b) as posições estáticas mandibulares / processos coronoides

c) a distância ântero-posterior do crânio / processos zigomáticos

d) os movimentos mandibulares / Articulações Temporomandibulares (ATMs)

34. (CADAR/ PDN/ 2016) Preencha as lacunas abaixo e, e seguida, assinale a alternativa
correta.

Quando a mandíbula desliza para a frente de tal modo que os dentes anteriores
superiores e inferiores fiquem em relação de topo, dá-se o nome de ____________.
Idealmente, o segmento anterior da mandíbula se deslocará ao longo de um trajeto
orientado pelos contatos entre os dentes anteriores com __________completa dos
dentes posteriores.

a) protrusão / desoclusão

b) rotação / desoclusão

c) translação / oclusão

d) excursão / oclusão

35. (CADAR/ PDN/ 2016) Quanto aos articuladores semi-ajustáveis, analise as


afirmativas abaixo.

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I. Podem ser utilizados para a construção da maioria das próteses unitárias e das parciais fixas.

II. Permitem diminuir a distância anatômica entre o eixo de rotação e os dentes, desde que tenham
menores dimensões.

III. Reproduzem a direção e os pontos inicial e final, assim como o percurso intermediário de alguns
movimentos dos côndilos.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) II e III, apenas.

b) I e II, apenas.

c) I, apenas.

d) I, II e III.

36. (CADAR/ PDN/ 2016) Qual das alternativas abaixo não apresenta um dos tipos de
interferências oclusais?

a) Cêntrica.

b) No trespasse.

c) No lado de trabalho.

d) No lado de balanceio.

37. (CADAR/ PDN/ 2015) Quanto ao enceramento diagnóstico, segundo Fradeani &
Barducci (2009), informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A
seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) Representa uma prévia das restaurações definitivas.

( ) Otimiza as relações estético-funcionais estabelecidas com objetivo do tratamento.

( ) Nos casos em que o paciente apresenta ausência de muitos dentes e não existe estabilidade nos
dentes posteriores, o articulador deve ser montado em máxima intercuspidação para se fazer o
enceramento.

( ) Se na oclusão dos modelos após o enceramento, o técnico encontra pontos de contato entre as
arcadas que impedem o pino incisal de chegar ao zero, a reanatomização deve ser realizada até ser
alcançada.

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a) F – F – V – F

b) F – V – V – F

c) V – V – F – F

d) V – V – F – V

38. (COTEC/ Pref. Itacarambi-MG/ 2014) Em reabilitações orais extensas, devemos nos
basear no conceito de oclusão ideal. Entre as alternativas relacionadas, qual faz parte
desse conceito?

A) Contatos posteriores unilaterais.

B) Dimensão vertical aumentada, compensada além do limite fisiológico.

C) Transmissão das resultantes das forças oclusais no sentido do longo eixo dos dentes posteriores.

D) Guia lateral nas cúspides vestibulares dos primeiros pré-molares.

39. (ESSEX/ Prótese Dentária/ 2015) De acordo com os fundamentos de Oclusão


aplicada à odontologia restauradora, o conceito ¨é quando a mandíbula se desloca
lateralmente, e um grupo de dentes posteriores inferiores através de suas vertentes
vestibulares lisas contatam contra as vertentes triturantes dos dentes posteriores
superiores, desocluindo todos os demais dentes¨ refere-se, segundo Mezzomo:

A) Lado de balanceio

B) Função em grupo

C) Lado de trabalho

D) Guia canina

40. (UFRJ/ Odontólogo - Prótese Dentária/ 2018) O exame da oclusão é de grande


relevância no planejamento de uma prótese parcial fixa, e deve ser criteriosamente
observado pelo cirurgião-dentista. Neste contexto, assinale a alternativa INCORRETA.

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A) Contatos oclusais exagerados podem gerar pericementite traumática.

B) Superfícies oclusais metálicas são indicadas para pacientes com hábitos parafuncionais.

C) Nunca deverá ocorrer contato de dentes posteriores no lado de balanceio nos movimentos
excursivos da mandíbula.

D) A posição de relação cêntrica é sempre a indicada na confecção de próteses parciais fixas.

E) A guia anterior deve ser realizada pelos incisivos no movimento protrusivo.

41. (IMA/ Pref. Caxias-MA/ 2017) Para planejar casos extensos em reabilitação oral, é
imprescindível que os modelos de estudo sejam montados em articulador semi-
ajustável. Uma das funções do arco facial dos articuladores semi-ajustáveis é

A) adequar a cavidade articular do ramo superior ao ramo inferior do articulador de acordo com a
distância bipupilar encontrada no paciente.

B) registrar a distância intercondilar e posicionar o modelo superior na mesma relação espacial entre
maxila e crânio.

C) fixar e estabilizar o ramo inferior do articulador durante o procedimento de montagem do modelo


inferior.

D) promover a relação entre o ramo superior e o ramo inferior do articulador após a montagem dos
modelos.

42. (COTEC/ Pref. Itacarambi-MG/ 2014) O arco facial tem as seguintes funções básicas,
EXCETO

A) transferir o verdadeiro arco de fechamento da mandíbula.

B) determinar o ângulo de Bennet.

C) permitir a montagem do modelo superior em relação espacial e individual de cada paciente.

D) possibilita registrar a distância intercodilar.

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43. (CSM/ Prótese Dentária/ 2017) De acordo com Mezzomo (2006), com relação aos
articuladores semiajustáveis do tipo Arcon, é correto afirmar que:

A) Permitem registrar apenas os pontos inicial e final do movimento protrusivo, e não sua
trajetória.
B) Na impossibilidade de personalizar os ângulos de Bennett e da guia condilar, esses ângulos
são ajustados, respectivamente, em 30º e 15º.
C) A montagem em máxima intercuspidação habitual é usada sistematicamente para modelos
de diagnóstico, elaboração e placas oclusais e de próteses com média e grandes extensões.
D) Transfere o arco de fechamento mandibular com a mesma precisão que o arco facial
cinemático do articulador totalmente ajustável.
E) A mesa incisal permite reproduzir a trajetória exata de translação do côndilo do lado de
balanceio em direção à parede mediana da cavidade articular.

44. (UEL-COPS/ AMS APUCARANA-PR/ 2014) A montagem dos modelos em


articuladores tem por objetivo a reprodução do relacionamento estático e dinâmico da
oclusão do paciente, tanto nos casos de patologia oclusais como na planificação e
confecção das futuras próteses ou aparelhos interoclusais. Sobre a escolha das posições
de montagem dos modelos de trabalho, assinale a alternativa correta.

A) Em próteses unitárias, a relação cêntrica (RC) é a melhor posição de escolha.

B) Em próteses fixas unilaterais, a oclusão em relação cêntrica (ORC) é a melhor posição de escolha.

C) Em próteses fixas bilaterais, a relação cêntrica (RC) é a melhor posição de escolha.

D) Em próteses fixas, superior e inferior, no mesmo quadrante, a relação cêntrica (RC) é a melhor
escolha.

E) Em reabilitação oral, quando todos os dentes serão preparados, a máxima intercuspidação habitual
(MIH) é a melhor escolha.

45. (CADAR/ PDN/ 2016) As restaurações provisórias podem ser classificadas, de


acordo com o método utilizado para adaptá-las aos dentes, em técnica direta ou
indireta. Nesse sentido, sobre tais técnicas, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o
que se afirma abaixo e, em seguida, assinale a sequência correta.

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( ) A técnica indireta elimina a moldagem de alginato e o modelo de gesso.

( ) A técnica indireta oferece mais precisão e proteção à polpa, sobretudo se for usado o
polimetilmetacrilato.

( ) Através da técnica direta, a restauração é feita fora da boca, sobre um modelo de gesso de presa
rápida.

( ) Pela técnica indireta, a restauração é feita na boca, sobre o dente preparado.

a) F – V – F – F

b) V – F – V – V

c) V – V – F – F

d) F – F – V – V

46. (CADAR/ PDN/ 2021) O tratamento com prótese fixa, de dentes ou implantes, exige
a confecção de restaurações provisórias. O sucesso da prótese definitiva pode estar
relacionado à qualidade das restaurações provisórias. Sendo assim, associe
corretamente as características das coroas provisórias às suas funções.

RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS ( ) função mastigatória eficiente, conforto, e


ausência de problemas na articulação
(1) Resistência temporomandibular e nos músculos da
mastigação.
(2) Perfil de emergência
( ) propicia o posicionamento harmônico do
(3) Adaptação marginal tecido gengival sobre as paredes da
restauração.
(4) Função oclusal
( ) suporta as forças submetidas durante a
mastigação sem fratura ou deslocamento,
protegendo o dente remanescente.

( ) reduz a possibilidade de o dente apresentar


FUNÇÕES hipersensibilidade, lesão de cárie, inflamação
pulpar ou gengival.
A sequência correta é

a) (1); (3); (4); (2).

b) (2); (1); (4); (3).

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c) (4); (2); (1); (3).

d) (4); (2); (3); (1).

47. (CADAR/ PDN/ 2016) As resinas acrílicas à base de metil metacrilato, mesmo
quando devidamente proporcionadas e manipuladas, apresentam como principais
desvantagens

a) baixa estabilidade de cor e lisura.

b) exotermia e contração significantes.

c) pouca variedade de cores e ausência de escalas.

d) precisão marginal inaceitável e pouca longevidade.

48. (IMA/ Pref. Caxias-MA/ 2017) Durante a etapa de restaurações provisórias em


prótese parcial fixa, pode surgir inflamação na gengiva marginal devido à presença de

A) polimento superficial da restauração.

B) adaptação ideal da restauração.

C) rugosidade superficial da restauração.

D) mucosa queratinizada ao redor do elemento dentário

49. (CSM Prótese Dentária/ 2015) De acordo com Mezzomo (2006), uma das vantagens
das próteses fixas temporárias confeccionadas pela técnica direta é apresentar:

A. Possibilidade do ótimo estabelecimento dos contornos dos pontos de contato proximais


B. Longevidade clínica substancialmente maior do que a obtida pela técnica híbrida.
C. Excelente integridade marginal.
D. Menor porosidade e maior resistência à pigmentação.
E. Elevada eficiência mastigatória, quando comparada à obtida com as demais técnicas.

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50. (UFRJ/ Odontólogo - Prótese Dentária/ 2018) Assinale, dentre as afirmativas a


seguir, a única que NÃO apresenta uma característica ou conduta adequada, a ser
observada na confecção de uma prótese parcial fixa provisória.

A) Deve-se manter toda a área envolvida sob irrigação abundante.

B) O contorno da restauração provisória do dente pilar deve apresentar um perfil de emergência


de forma plana na região do sulco gengival.

C) O contorno de deflexão dupla está indicado em casos de coroas longas no sentido cérvico-
incisal ou cérvico-oclusal.

D) Nas regiões de ameias cervicais deve-se ter um espaço entre 1,0 e 1,5 mm.

E) A superfície lingual do pôntico deve ser totalmente côncava e polida.

51. (UFRJ/ Odontólogo - Prótese Dentária/ 2018) Na confecção de restaurações


provisórias, podem ser utilizadas as técnicas direta ou indireta. Sobre a técnica direta
pode-se afirmar que:

A) tem melhor qualidade superficial.

B) possui maior custo.

C) oferece maior facilidade para obtenção de contatos interoclusais.

D) exige menor tempo clínico.

E) gera maior liberação de monômero.

52. (CADAR/ Prótese Dentária/ 2012) Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a
alternativa correta.

Para moldagem em Odontologia, os hidrocoloides são os materiais mais


____________, mesmo se comparados aos silicones. Contudo, o seu uso em situações
onde necessita-se a confecção de mais de um modelo em um mesmo molde, bem

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como alta precisão, é limitado pelo _______________ e também pela


____________________deficiente.

A) hidrófilos / alto escoamento / estabilidade dimensional

B) hidrófobos / baixo escoamento / estabilidade dimensional

C) hidrófobos / alto escoamento / resistência ao rasgamento

D) hidrófilos / baixo escoamento / resistência ao rasgamento

53. (VUNESP/Pref. Cerquilho/2019) As moldeiras de estoque perfuradas podem ser utilizadas


diante da moldagem das arcadas dentárias com o material de moldagem denominado

A) Godiva.

B) Hidrocoloide reversível.

C) Hidrocoloide irreversível.

D) Pasta zinco eugenólica.

E) Polissulfeto.

54. (CADAR/ Prótese Dentária/ 2012) Associe as colunas, relacionando os materiais de moldagem
com suas características e marque a sequência correta.

Materiais: Características:

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(1) Hidroloide irreversível ( ) hidrófobo, disponível na forma densa e fluida, reage


com

(2) Silicone por adição formação de subproduto volátil, o que limita seu tempo
de

(3) Polissulfeto ou mercaptana vazamento.

(4) Silicone por condensação ( ) apresenta baixa capacidade de reprodução de


detalhes, exibindo afinidade por gesso, o que facilita o
vazamento dos moldes.

( ) apresenta alta estabilidade dimensional devido ao tipo


de reação que o torna polimerizado, com possibilidade
de formação e liberação de hidrogênio.

( ) pouco estável dimensionalmente, se comparado aos


demais elastômeros, sendo o único radiopaco.

A) 4 – 1 – 2 – 3

B) 3 – 2 – 4 – 1

C) 2 – 4 – 1 – 3

D) 1 – 3 – 4 – 2

55. (CADAR/ Prótese Dentária/ 2013) Excelente estabilidade dimensional, alta reprodução de
detalhes, contém paládio em sua fórmula para facilitar o processo de obtenção de modelos,
permite o envio do molde ao laboratório. As características anteriormente citadas são de qual
material elastomérico?

A) Poliéter.

B) Polisulfeto.

C) Polivinilsiloxano.

D) Silicona de condensação.

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56. (CADAR/ Prótese Dentária/ 2016) A cópia correta com materiais de moldagem do término do
preparo para prótese fixa é de suma importância para a adaptação da prótese metalocerâmica.
Quando se usa como material de moldagem o silicone conhecido como polivinilsiloxano, deve-se
evitar o contato das luvas de látex com a extensão do fio retrator devido à

A) compressão das fibras do fio, com consequente perda de flexibilidade.

B) inativação química da substância responsável pela retração e hemostasia.

C) inibição da polimerização do material de moldagem fluido, que pode ocorrer.

D) contaminação do fio com resíduos sólidos insolúveis, com perda de retração.

57. (CADAR/ Prótese Dentária/ 2014) A hidrofilia em um material de moldagem afeta


diretamente

A) a união entre as camadas do material denso e o fluido.

B) a cópia produzida pelo material de confecção do modelo (gesso).

C) o tempo de polimerização do material fluido em na cavidade bucal.

D) o escoamento do material no interior do dispositivo usado para injetá-lo.

58. (CSM/ Prótese Dentária/ 2015) Segundo Anusavice, Shen e Rawls (2013), com relação aos
materiais de moldagem hidrocoloides, é correto afirmar que:

A) para a mistura do pó do alginato com a água, deve-se usar uma espátula metálica ou plástica, e a
água deve ser adicionada lentamente ao pó do alginato.

B) para desinfecção, o molde de alginato pode ser imerso por, no mínimo, 20 minutos em compostos
clorados ou iodóforos.

C) após o vazamento do gesso, caso o modelo fique em contato com o alginato por um tempo
prolongado, a superfície desse modelo pode apresentar bolhas externas.

D) o uso da água de torneira pode acelerar o tempo de presa do alginato por conter íons metálicos, o
que não ocorre com o uso da água destilada.

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E) para a geleficação do hidrocoloide reversível, a moldeira deve ser resfriada por cerca de 3 a 5
minutos, com a água a uma temperatura de 10 a 12ºC, o que evita distorção do molde.

59. (CADAR/ Prótese Dentária/ 2016) Considerando os elastômeros para moldagem, relacione
a coluna da direita com a da esquerda e depois marque a sequência correta nas alternativas
abaixo. Alguns números poderão ser usados mais de uma vez e outros poderão não ser usados.

(1) Poliéteres ( ) rigidez excessiva após polimerização.

(2) Polivinilsiloxanos ( ) interação negativa com luvas de látex.

(3) Polsisulfetos ( ) menor ângulo de contato, favorecendo o vazamento de gesso.

( ) captura da margem crítica em áreas úmidas.

A) 3 – 1 – 2 – 1

B) 1 – 2 – 1 – 2

C) 3 – 2 – 1 – 2

D) 1 – 2 – 2 – 1

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GABARITOS

21. E 26. D 31. A 36. B 41. B 46. C 51. E 56. C


1. D 6. C 11. C 16. D

22. D 27. B 32. A 37. D 42. B 47. B 52. D 57. B


2. B 7. A 12. A 17. D

23. B 28. B 33. D 38. C 43. A 48. C 53. C 58. D


3. B 8. D 13. C 18. B

24. D 29. B 34. A 39. B 44. C 49. A 54. A 59. B


4. B 9. C 14. E 19. C

25. A 30. B 35. C 40. D 45. A 50. E 55. C


5. A 10. D 15. C 20. A

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PEGORARO, LF. et al. Prótese fixa - Bases para o planejamento em reabilitação oral. São Paulo:
Artes Médicas, 2013.
2. FRADEANI, M; BARDUCCI, . Tratamento protético: uma abordagem sistemática à integração
estética, biológica e funcional. São Paulo: Quintessence Nacional, 2009. vol. 2.
3. SHILLINGBURG JR, Herbert T. et al. Fundamentos de prótese fixa. 4. ed. São Paulo:
Quintessence, 2011.
4. BARATIERI, L.N., et al. Odontologia Restauradora: fundamentos e técnicas., 2ª ed. 2010.
5. BARATIERI, L. N, MONTEIRO JR., S. et al. Odontologia Restauradora: Fundamentos e
Possibilidades. 2ª ed. [Reimpr.] São Paulo: Santos Livraria e Editora, 2017.
6. BARATIERI, L. N, MONTEIRO JR., S. et al. Odontologia Restauradora: Fundamentos e Técnica. 1ª
ed. [S.l.]: Editora Santos, 2010.

ATENÇÃO, Corujinhas!! Estamos considerando o professor


Pegoraro (2013) como nossa bibliografia padrão, mas haverá
comentários sobre os autores que também já foram
utilizados como referência das provas anteriores de Prótese
Fixa no CADAR: Fradeani (2009) e Shillimburg (2011).

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