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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFSE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

FERNANDA SANTOS ARAUJO

RELATÓRIO DE TÉCNICAS DE MONTAGEM DO ARTICULADOR SEMI-


AJUSTÁVEL COM O USO DO ARCO FACIAL

ARACAJU
2015
FERNANDA SANTOS ARAUJO

RELATÓRIO DE TÉCNICAS DE MONTAGEM DO ARTICULADOR SEMI-


AJUSTÁVEL COM O USO DO ARCO FACIAL

Relatório clínico apresentado como


requisito parcial para obtenção de
nota na disciplina Oclusão, no Curso
de Odontologia, na Universidade
Federal de Sergipe.
Prof. Dr. Carlos Neanes dos Santos.

ARACAJU
2015
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
2 – METODOLOGIA ............................................................................................. 5
2.1 - OBJETIVO..................................................................................................... 5
2.2 –PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ........................................................... 5
2.2.1 - CONFECÇÃO DOS MODELOS COM ALGINATO E GESSO TIPO IV ........... 5
2.2.2 - CONFECÇÃO DO “JIG” ............................................................................. 5
2.2.3 - REGISTRO COM ARCO FACIAL (STANDARD – BioArt) ............................ 6
2.2.4 - FIXAÇÃO DO MODELO DO ARCO DENTÁRIO SUPERIOR NO ASA .......... 7
2.2.5 – CONFECÇÃO DO REGISTRO INTEROCLUSAL ........................................ 8
2.2.6 - FIXAÇÃO DO MODELO DO ARCO DENTÁRIO INFERIOR NO ASA ............ 9
2.3 – RESULTADOS ........................................................................................... 10
3 – CONCLUSÕES ............................................................................................. 10
1 – INTRODUÇÃO
A montagem de modelos de estudo em articulador semi-ajustável (ASA) é
indispensável para o diagnóstico, como meio auxiliar no diagnóstico de várias
situações clínicas; Análise oclusal, para tratamento por meio de ajuste oclusal por
desgaste seletivo ou acréscimo; Enceramento diagnóstico; Planejamento, para
tratamento em prótese, ortodontia e cirurgias ortognáticas.
Em se tratando de modelos de estudo, o paciente pode apresentar algum
distúrbio oclusal e necessitar de análise oclusal. Para tanto, os modelos devem ser
sempre montados em RC, que permite fazer a análise oclusal funcional, visto que
partindo da RC no articulador é possível observar as discrepâncias para atingir a MIH.
Já a montagem dos modelos de trabalho para tratamento é feita em ORC, ou em MIH
na dependência do paciente não apresentar sinais e sintomas de oclusão traumática

2 – METODOLOGIA

2.1 - Objetivo

O objetivs da montagem de casos clínicos com o uso do arco facial e do ASA, é o


de através das técnicas e resultados obtidos, fazer o estudo das diferentes
manifestações morfológica-dinâmica e funcional, como na oclusão, com as relações
oclusocranianas, na observação do posicionamento e oclusão dental e da mecânica
do movimento mandibular, na observação da anatomia funcional dos dentes,
diagnostico de possíveis patologias e/ou distúrbios relacionados; assim como outras
áreas (p. ex. na prótese).

2.2 - PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

2.2.1 - CONFECÇÃO DOS MODELOS COM ALGINATO E GESSO TIPO IV:

Quanto aos procedimentos utilizados nas técnicas de moldagem, na obtenção


do molde negativo, destaca-se inicialmente a seleção da moldeira, deve-se tomar
como referência um espaço livre de 2 a 3 mm entre a moldeira e o arco a ser moldado,
sendo que a moldeira deve ficar ao nível do último dente, e o cabo da moldeira deve
ficar alinhado a linha do nariz. Na seleção do alginato deve-se observar a proporção
de água/pó, que está de acordo com as instruções do fabricante. Na colocação da
moldeira deve-se manter a moldeira imóvel, até que ocorra a completa polimerização
do alginato quando, então, remove-se a moldeira.
Quanto as técnicas utilizadas na confecção do modelo a partir do procedimento
em gesso tipo IV, esse processo é denominado de vazamento do gesso; e o
vazamento de gesso consiste na colocação de gesso sobre o molde negativo, em que
cada porção colocada sobre o molde deverá ser pressionada a moldeira (onde estará
o molde, e onde está sendo colocado o gesso) na bancada próximo a cadeira
odontológica, permitindo que o gesso preencha inicialmente as áreas mais profundas
do molde (superfícies oclusais e incisais dos dentes moldados), até completar
totalmente o preenchimento, em seguida é cortada e ajustada para o encaixe no
articulador semi-ajustável.

2.2.2 - CONFECÇÃO DO “JIG”:

Quanto aos procedimentos utilizados na técnica de confecção do JIG de Lucia,


a partir do procedimento em resina acrílica, destaca-se inicialmente o material utilizado
na confecção, a resina, o acrílico polimerizante e a vaselina sólida, deve-se observar,
a colocação da vaselina sobre os incisivos, a solidificação da mistura (resina + acrílico
polimerizante), o tempo a ser levado e acomodado aos incisivos do paciente, a
retirada do JIG e acomodamento, durante seu aquecimento, e principalmente, durante
quase todo o processo de colocação do JIG – acomodagem – retirada, será eficaz o
manuseio da técnica de Celenza, na manipulação da mandíbula, para colocação
em RC, aspecto este fundamental de toda a técnica utilizada.

2.2.3 - REGISTRO COM ARCO FACIAL (STANDARD - BioArt):

Quanto aos procedimentos utilizados no registro do arco superior em relação à


base do crânio, com o Arco facial, observa-se como materiais e instrumentais:
 Arco facial;
 Garfo de mordida;
 Relator nasal;
 Chaves de manuseio do articulador;
 Lamparina à álcool, para manusear a godiva
 Godiva
E os processos utilizados no registro do maxila em relação à base do crânio,
com o Arco facial, segue essa sequência lógica:

1- Com material de registro de mordida (godiva) deve-se estabelecer três pontos


no garfo, de modo que um ponto seja anterior, localizado bem no centro do garfo e os
outros dois na região posterior, um em cada semi-arco do garfo;
2- Centralize a haste do garfo de mordida com a linha média do paciente e situe-o
sobre os dentes superiores segurando em posição até que o material endureça; sendo
bastante importante marcar apenas as pontas de cúspide dos dentes, para obtermos
maior estabilidade do garfo;
3- Em seguida prove o modelo no registro, com a finalidade de confirmar sua
estabilidade (ausência de báscula); podendo optar pela pré-impressão dos dentes no
garfo com o modelo superior, fazendo posteriormente o refinamento na boca;
4- Coloque o paciente deitado na cadeira, para diminuir a indução de tensões
sobre o conjunto garfo e arco facial e peça-lhe para manter o garfo na mesma posição,
apoiando os polegares de encontro à maxila;
5- A partir deste momento o operador necessita de um auxiliar, para que com uma
certa sincronia com seja adaptado as aurículas do arco facial no conduto auditivo
externo;
6- Leve o arco facial até o paciente e introduza o conjunto de fixação do garfo na
haste do garfo de mordida, de modo que a borboleta de fixação fique virada para
baixo. Em seguida, com delicadeza, adapte as aurículas do arco facial no conduto
auditivo externo do paciente, “encaixe” esse com a ajuda do auxiliar;
7- Fixe o Relator Naziun na barra transversal do arco, de modo que o mesmo
fique bem centrado e apoie-o no naziun do paciente. Atenção para a posição correta
do relator nazium;
8- Neste momento, as aurículas devem ser posicionadas o mais internamente
possível no conduto auditivo do paciente e o relator naziun deve ser pressionado de
encontro ao naziun do paciente e seu parafuso de fixação apertado. Em seguida
aperte os três parafusos de fixação do arco Standard;
9- Com o relator naziun e o arco apertados, empurre o conjunto fixador do garfo
(junção) deslizando-se sobre a haste do garfo, até que este fique o mais próximo do
lábio, sem tocá-lo, buscando-se assim uma maior estabilidade;
10- Em seguida aperte a borboleta da haste vertical e subsequentemente a
borboleta da articulação dupla (haste horizontal) de modo que o garfo fique em um
ponto onde haja menor indução de tensão sobre sua haste. Neste momento, para a
verificação do acerto do registro, pede-se ao paciente que solte os polegares do garfo
de mordida, devendo permanecer o mesmo sem báscula e o arco facial fixo;
11- Afrouxe o parafuso de fixação do relator naziun e retire o suporte do bloco do
naziun. Logo, afrouxe o parafuso central do arco facial e segure a barra transversal do
arco ao mesmo tempo que o paciente abre lentamente a boca, retirando todo o
conjunto com cuidado.

2.2.4 - FIXAÇÃO DO MODELO DO ARCO DENTÁRIO SUPERIOR NO ASA:

Quanto aos procedimentos utilizados na reprodução do relacionamento oclusal do


paciente, com o ASA, observa-se como materiais e instrumentais:
 Articulador Semi-Ajustavel;
 Arco facial com registro efetuado;
 Modelo superior recortado;
 Cubeta de borracha;
 Espátula para gesso;
 Gesso tipo I;
 Faca para gesso;
 Gesso pedra tipo IV;
 Medida de água (proveta).
E os processos utilizados na reprodução do relacionamento oclusal do paciente,
com o ASA, segue essa sequência lógica:

1. Leve o arco facial em união com o ramo superior do articulador através


dos pequenos pinos situados na face externa das guias condílicas,
encaixando-os nos orifícios das aurículas.
2. Deixe a parte frontal do ramo superior do articulador apoiado sobre a barra
transversal do arco.
3. Feche o arco facial firmemente, aperte seu parafuso central de fixação e
coloque o conjunto do arco e ramo superior sobre o ramo inferior do
articulador.
4. Posicione o modelo de gesso superior, com retenções e previamente
hidratado, sobre o registro do garfo.
5. Levante o ramo superior do articulador e coloque uma porção de gesso, do
tamanho de uma bola de “pingue-pongue”, em cima do modelo.
6. Coloque também uma pequena quantidade de gesso sobre a placa de
montagem do ramo superior.
7. Com uma mão mantenha o garfo e o modelo em posição, para evitar
qualquer movimento intempestivo, e feche o articulador até que o ramo
superior toque a barra transversal do arco facial. A
8. Guarde até que o gesso se solidifique.
9. Retire o arco facial do articulador.

2.2.5 – CONFECÇÃO DO REGISTRO INTEROCLUSAL:

Para montar o modelo inferior no articulador, é necessário dispormos de um


registro que nos relacione as arcadas dentárias superior e inferior, de acordo com o
que se pretende obter com a montagem.
Quanto aos procedimentos utilizados na confecção do registro interoclusal, com a
cera de utilidade nº 07, observa-se como materiais e instrumentais:
 Cera de utilidade nº 07;
 Lamparina à álcool;
 Espátula LeCrom;

E os processos utilizados na reprodução do relacionamento oclusal do paciente,


com o ASA, segue essa sequência lógica:

1. Este registro será feito com o material de preferência do operador: cera.


2. Para se obter o registro em M.I.H., coloque o material selecionado para
fazer o registro sobre a arcada do paciente e peça a ele que oclua.
3. Para a obtenção de registro em R.C. existem várias técnicas, como por
exemplo a técnica de Peter Dawson (manipulação bilateral da mandíbula),
técnica do Jig de Lúcia e técnica de James Long (uso de espaçadores
plásticos) entre outras.

2.2.6 - FIXAÇÃO DO MODELO DO ARCO DENTÁRIO INFERIOR NO ASA:

Quanto aos procedimentos utilizados na reprodução do relacionamento oclusal


do paciente, com o ASA, observa-se como materiais e instrumentais:

 Articulador Semi-Ajustavel;
 Modelo inferior recortado;
 Cubeta de borracha;
 Espátula para gesso;
 Gesso tipo I;
 Faca para gesso;
 Gesso pedra tipo IV;
 Medida de água (proveta).

E os processos utilizados na reprodução do relacionamento oclusal do paciente,


com o ASA, segue essa sequência lógica:

1. Coloque o pino incisal no ramo superior do articulador, com sua ponta


arredondada para baixo de modo que os ramos superior e inferior fiquem
paralelos, ou seja, na marca zero do pino incisal;
2. Em seguida, coloque o articulador de "cabeça para baixo" sobre a mesa do
laboratório e assente o modelo inferior, previamente hidratado e com
retenções, sobre o registro inter-oclusal, que deverá estar encaixado no
modelo superior montado.
3. Recomenda-se que se prenda os modelos com elásticos para que os mesmos
se mantenham em posição durante o endurecimento do gesso.
4. Coloque uma porção de gesso do tamanho de uma bola de "pingue-pongue"
sobre o modelo e também uma pequena quantidade sobre a placa de
montagem do ramo inferior do articulador.
5. Encaixe os elementos condilares nas guias condílicas, e feche o articulador até
que o pino incisal toque a mesa incisal.
6. Em seguida fixe os ramos do articulador com um elástico para prevenir
possíveis distorções causadas pela expansão do gesso.
7. Após a solidificação do gesso, coloque o articulador em sua posição normal
(ramo inferior apoiado na mesa do laboratório) e finalize a montagem,
preenchendo com gesso as torres de fixação dos modelos para melhorar o
acabamento.

2.3 - RESULTADOS
1. Os resultados obtidos com as técnicas da montagem de casos clínicos,
utilizando o Arco facial e o ASA como material primordial, é o diagnóstico,
fundamental para o estudo das diferentes manifestações morfológica-dinâmica e
funcional, como na oclusão, com as relações oclusocranianas, da mecânica do
movimento mandibular, diagnostico de possíveis patologias e/ou distúrbios
relacionados; assim como outras áreas (p. ex. na prótese).
2. Dessa forma, idealiza, para com que o aluno saiba processar de forma
mais precisa o possível diagnóstico de um caso clinico, sabendo-se que somente a
experiência clínica e contínuo estudo, com acertos e erros, fornecerão subsídios para
se obter êxito perante a esta atividade clínica tão desafiante.

1 – CONCLUSÕES

Este relatório abordou as técnicas exigíveis para a montagem de um caso


clínico com o uso do arco facial e, posteriormente, do articulador semi-ajústavel (ASA),
o qual, demonstrou-se ser um procedimento crítico com enorme importância para as
ciências odontológicas, e que serve de base para diversos conhecimentos das áreas
do campo odontológico, como por exemplo, na oclusão, no estudo das relações
oclusocranianas, na observação do posicionamento e oclusão dental e da mecânica
do movimento mandibular; também é a base de estudo de outras áreas como as
próteses removíveis (parcial e total), próteses fixas, ortodontia.

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