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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS


DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA RESTAURADORA
DISCIPLINA: DENTISTICA RESTAURADORA I
CURSO BACHARELADO EM ODONTOLOGIA

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE PREPÁRIOS CAVITÁRIOS - CLASSE II

PAULO MATEUS PEREIRA SOUSA

TERESINA – PI
2022
PAULO MATEUS PEREIRA SOUSA

RELATÓRIO DA PRATICA DE PREPÁRIOS CAVITÁRIOS - CLASSE II

Relatório referente à prática de preparos


cavitários em classe II, com cunho de
revisão geral acerca das etapas e processos
do preparo cavitário voltados para
restaurações de amálgama.

Teresina – PI
2022
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1. Introdução

Os preparos cavitários em geral seguem uma sequência lógica, que se resume em:
definição inicial de uma forma de contorno, que varia com base na região ou necessidade
de cada material restaurador; de uma forma de resistência, para que as estruturas
remanescentes dos dentes resistam às forças mastigatórias, de uma forma de retenção,
para evitar o deslocamento das restaurações e de uma forma de conveniência, que
possibilita a correta instrumentação e inserção do material na cavidade. Além disso, se
faz necessário remover toda a dentina cariada remanescente, assim como realizar o
acabamento das paredes e margens de esmalte e a limpeza da cavidade, para que assim
possa se realizar a restauração nesse dente.

Nesse estudo dessa aula foi feito primeiramente o isolamento absoluto, fator mais
indispensável na preparação cavitaria. Realizamos então o preparo de classe II, que
consiste em preparos realizados nas faces proximais de dentes posteriores. Para se realizar
o preparo classe II se deve respeitar todos os princípios de preparos cavitários. Como
forma de conveniência por exemplo, necessita-se isolar o dente vizinho quando for
utilizar um instrumento cortante rotatório para se confeccionar a caixa proximal. Para se
fazer a preparação cavitaria, se faz o uso da caneta de baixa rotação com uma broca 245,
que para ter um bom resultado deve se realizar todo a sequência lógica para a confecção
do preparo cavitário,

2. Objetivos
• Remover todo o tecido cariado, mantendo os pontos de impactos originais;
• Conservar maior quantidade de tecido dental sadio;
• Preparar a cavidade seguindo o formato do dente, de modo que o preparo
fique limpo e seco e pronto para a restauração em amálgama.

3. Materiais e métodos

• Kit acadêmico (micromotor e contra ângulo);


• Mandril para CA;
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• Broca 245;
• Recortador de margem gengival;
• Machado;
• Enxada;
• Espelho bucal;
• Dique de borracha
• Arco Young de metal
• Perfurador para dique de borracha
• Grampo para isolamento absoluto de molares: 26
• Pinça Porta-Grampo
• Tesoura Reta
• Tira de Lixa de Aço
• Cunhas de Madeira
• Espátula de Inserção
• Grafite ponta fina
• Fio dental

Imagem 1 – Bancada com os instrumentos utilizados

Inicialmente preparou-se a mesa clínica como indicada na revisão literária, com objetivo
de se ter um fluxo de continuidade e facilidade de acesso aos materiais;

Em seguida foi retirado o dente do preparo cavitário, que no caso foi o elemento 26: Logo
após ser retirado do manequim, foi feito a “marca” de carie logo abaixo da linha do ponto
de contato das coroas dos dentes 25 e 26. E em seguida, simular uma lesão carioca com
a broca 245 na face mesial do dente. Após isso foi se recolocado o dente no manequim.
Logo após foi se colocado o grampo (com linha de segurança) de numeração 26 no dente
27.

Realizou-se o procedimento de isolamento absoluto no quadrante de interesse do dente


que seriam cavitado; Dentes 13 ao 27; sendo colocados inicialmente sobre o elemento
com o grampo inserido.

Iniciando com o preparo de classe II – no dente 26 – Iniciou-se a penetração com a broca


245 levemente inclinada na mesial do dente 26 no limite no desenho. Em seguida,
posicionou-se a broca paralela ao longo eixo do dente e a deslocou de mesial para distal,
abrindo uma cavidade com profundidade de 2/3 ponta ativa da broca e largura
ligeiramente maior que o diâmetro da broca, ou seja, aproximadamente 1/4 da distância
intercúspidea Vestibular e Lingual. Dessa forma, aos poucos, conseguiu-se o
envolvimento dos sulcos principal e secundário, sendo que nas proximais, fez-se
movimentos leves de vestibular para lingual para seguir o contorno feito anteriormente.

Antes de iniciar o preparo proximal, foi usado uma tira de aço adaptada entre os dentes e
estabilizada com uma cunha de madeira para que o dente vizinho não fosse desgastado.
A partir de então pôde-se começar a extensão proximal do preparo sem o envolvimento
da crista marginal, pois nesse início utilizou-se a broca 245 para afiná-la sem rompê-la.
Em seguida, a broca foi posicionada numa inclinação de 45º e com movimentos
pendulares da mesma no sentido Vestibular - Lingual, foi delimitada a caixa proximal.
Então, ainda com movimentos pendulares da broca, fez-se a perfuração da parede de
esmalte no qual conseguimos sentir quando o orifício foi feito, atravessando a parede de
esmalte até encontrar a simulação de lesão cariosa desenhada anteriormente.

Após isso, rompeu-se a crista marginal que já estava bem fragilizada com uma colher de
dentina. E, com esse rompimento, nós conseguimos perceber que as paredes das
cavidades estão convergentes e os ângulos não estão arredondados.

Por fim, é finalizado o preparo, fazendo o desgaste das cavidades do dente após o
rompimento da crista, ate que as bordas das paredes fiquem de maneira convexa.

Imagem 2 – Elemento que será cavitado, já com


marcação da cavidade
Imagem 3 – Elemento com a preparação cavitaria e
borda marginal próxima a romper

4. Resultados e discussões

Diante dos resultados, é possível se notar que com a organização da bancada de


trabalho, se tem uma realização dos procedimentos com menos complicações e com mais
fluidez, sendo assim necessária para um trabalho com sucesso.

Dessa maneira, o preparo cavitário realizado, foi finalizado de maneira correta e


se obteve um resultado esperado, pois se obteve um preparo seco e com uma conservação
da estrutura dental, sendo possível, apenas, pela realização do isolamento absoluto, tendo
como resultado um campo limpo, seco e seguro.

Imagem 4 – Elemento com preparo cavitário


finalizado

5. Conclusão

Portanto, conclui-se que o isolamento absoluto é de suma importância para se


ter um preparo cavitário bem realizado e com todos os fundamentos aplicados de maneira
correta. E se foi possível perceber que o preparo cavitário de classe II é feito para o
tratamento de lesões cariosas estritamente proximais e sem nenhum envolvimento
oclusal, sendo realizado então por mim uma “marca” de lesão de carie na mesial do dente
26 e posteriormente o seu preparo cavitário com bastante êxodo.
6. Referências

MONDELLI, José, 1937 - Fundamentos de dentística operatória / José Mondelli e


colaboradores. – [1.ed.,6.reimpr.]. - São Paulo: Santos, 2013.
BUSATO, A.L.S. Princípios gerais do preparo cavitário. In: BUSATO, A. L. S. et al.
Restaurações em dentes posteriores. São Paulo: Artes Médicas. 1996

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