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SISTEMA DE CONTROLE DE QUALIDADE

UNIVERSIDADE POTIGUAR – COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DATA: 22/02/2017
PREPARO COROA TOTAL METALOCERÂMICA EM DENTE VERSÃO:
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1. Objetivos
- Realizar o preparo dentário para uma coroa metelocerâmica em dente posterior, respeitando os
princípios mecânicos, biológicos e estéticos.
- Manipular adequadamente os equipamentos e instrumentais necessários para a confecção do
preparo.

2. Campo de Aplicação
Na disciplina de reabilitação oral I (laboratório de habilidades) e nas disciplinas de estágio
supervisionado em clínica integrada IV e V (clínicas Odontológicas do Serviço Escola).

3. Documentos Complementares
MEZZOMO, E, SUZUKI R.M. Preparo de dentes para restaurações indiretas. In: MEZZOMO E. e cols.
Reabilitação oral contemporânea. São Paulo: Ed. Santos, Cap. XII, p. 443-511.

4. Equipe Responsável
Professores das disciplinas de reabilitação Oral I e Estágio supervisionado em clínica integrada IV e V.

5. Descrição

5.1 Aplicação Clínica


Em dentes posteriores com grande destruição coronária que contraindiquem a restauração direta com
resina composta ou amálgama e na substituição dentária através da prótese parcial fixa.

5.2 Amostra
Em manequins no laboratório de habilidades e nos pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas
do Serviço Escola de Odontologia.

5.3 Fundamentos e Métodos


Baseia se nos princípios biomecânicos e estéticos para realização de preparos dentários com
finalidade protética, respeitando o complexo dentinopulpar e o periodonto, num desenho que
permita a confecção da restauração com adaptação satisfatória, contornos naturais e longevidade.

5.4 Limitação do Método


Pacientes que apresentam linha de sorriso alta e requer mais estética, faz-se necessário o uso de
coroas totais livres de metal.

5.5 Princípios
- O aluno deverá saber por que, como e quais instrumentais serão usados no preparo. O aluno que
não possuir o material e/ou instrumental necessários para a prática não poderá realizá-la.
- O aluno deverá estar em conformidade com as regras de biossegurança.

5.6 Materiais e Instrumentais Utilizados


 EPI completo (Jaleco, Óculos de proteção, Máscara descartável, Gorro e
Luvas descartáveis)
 Caneta alta rotação
 Contra-ângulo para micromotor
 Peça reta

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 Micromotor
 Adaptador metálico para o contra-ângulo do micromotor
 Espelho clínico, Pinça clínica, Sonda exploradora
 Espátula lecron
 Espátula 7
 Plástico medindo 50 x 60 (proteção da bancada de laboratório de habilidades)
 Tesoura (tamanho pequeno)
 Lapiseira (grafite) ponta fina n. 0.5
 Pontas diamantadas (alta rotação): 1014, 3215, 3216, 2214, 2215, 3203, 2200, 4137 ou, 4138
 Matriz metálica

5.7 Controle de Qualidade


Os preparos devem apresentar quantidade suficiente de desgaste dentário com espaço
interoclusal adequado, inclinação das paredes axiais e desenho oclusal satisfatórios, término
cervical nítido, definido, liso e bem delimitado, com extensão cervical de até 0,5 mm da margem
gengival e acabamento e polimento preconizado.

5.8 Detalhamento do procedimento

1. Seguir cuidadosamente as normas de biossegurança.

2. Posicionar o manequim no laboratório de habilidades ou o paciente na clínica e postar-se de


acordo com o protocolo de ergonomia.

Sequência do procedimento de preparo dentário:

1. Sulco marginal cervical vestibular e lingual

Esses sulcos estabelecem a área de trabalho. Realizar o sulco marginal cervical com a
ponta diamantada esférica 1014. O sulco é realizado nas faces vestibular e lingual, de
proximal a proximal, até bem próximo aos dentes vizinhos, acompanhando a forma da
margem gengival a nível supragengival, com profundidade de aproximadamente 0,7mm
(metade do diâmetro da ponta diamantada), com essa ponta diamantada formando uma
inclinação de 45º com a superfície que está sendo desgastada.

2. Sulcos de orientação vestibular, lingual e oclusal

Realizar os sulcos de orientação com a ponta diamantada 3216 ou 2215 (dependendo da


altura da coroa). Três sulcos na face vestibular, três na face lingual e um para cada
vertente de cúspide na oclusal. Os sulcos devem ser realizados com a profundidade do
diâmetro da broca, para ser obtido um desgaste em torno de l,2 mm nas paredes axiais,
respeitando as inclinações naturais dessas superfícies (1 a inclinação de 2 a 5º e 2a
inclinação de 5 a 10º). Os sulcos de orientação na superfície oclusal devem respeitar a
anatomia dessa face, as inclinações das vertentes das cúspides.

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3. Desgastes proximais

Com a ponta diamantada 3203 (com matriz de aço protegendo os dentes vizinhos)
realizar um desgaste no sentido vestíbulo lingual rompendo o contato interproximal,
eliminando a convexidade natural dessas faces, deixando as paredes proximais
levemente expulsivas no sentido cervico-oclusal. Deve haver a separação entre os dentes
nessa fase para permitir a passagem posterior da ponta diamantada 3216/2215 no passo
seguinte.

4. União dos sulcos de orientação


Deve ser feita com as brocas 3216 ou 2215, respeitando as inclinações naturais das
faces. Desgastar os tecidos remanescente das faces vestibular, lingual e oclusal,
estendendo-se pelas faces proximais mantendo as inclinações e com o término do
preparo ainda a nível de gengiva. A superfície oclusal deve apresentar uma distância em
torno de 1,5 mm, com o antagonista. No preparo pela técnica da silhueta inicialmente se
faz a união dos sulcos da metade do dente. Após avaliação e ajuste da quantidade de
desgaste obtido, é realizada a união dos sulcos da outra metade.

5. Extensão subgengival do preparo


Com as pontas diamantadas 3216 ou 2215 para todas as faces do preparo, com
profundidade de 0,5mm dentro do sulco (nível de sulco gengival histológico),
respeitando as distâncias biológicas do periodonto de proteção. O termino cervical em
chanfrado deve estar nítido, uniforme e liso, para permitir uma boa reprodução no
modelo de trabalho.

6. Acabamento e remoção de irregularidades


O uso ponta diamantada 4138 no terço cervical da superfície vestibular de proximal a
proximal garante desgaste suficiente nessa área, evitando o sobrecontorno na confecção
da coroa.
Usar as pontas diamantadas de granulação fina, 3216F ou 4138F para todas as faces do
preparo, em baixa rotação, com um desgaste mínimo, apenas para remoção de
irregularidades.

Características do preparo para coroa metelocerãmica em dente posterior, concluído:


 Redução das superfícies axiais e oclusal com 1,2 mm de profundidade;
 Redução das cúspides funcionais com 1,5 mm de profundidade;
 Convergências das paredes axiais em torno de 6º;
 Todos os ângulos arredondados;
 Superfícies lisas e ausência de áreas retentivas.

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6 Cálculo
Não se aplica.

7 Anexos
Não se aplica.

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