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UNIVERSIDADE TIRADENTES

CURSO DE ODONTOLOGIA

Mecanismo de ação dos agentes químicos controladores do biofilme


dental – Uma revisão de literatura

Ac. Tiago Azarias Santos

ARACAJU/SE

JUNHO/2015
UNIVERSIDADE TIRADENTES

CURSO DE ODONTOLOGIA

Mecanismo de Ação dos agentes químicos controladores do biofilme


dental

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Coordenação do Curso de Odontologia da
Universidade Tiradentes como parte dos
requisitos para obtenção do grau de bacharel em
Odontologia.
Ac. Tiago Azarias Santos

Eleonora de Oliveira Bandolin Martins

ARACAJU/SE

JUNHO/2015
TIAGO AZARIAS SANTOS

MECANISMO DE AÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS


CONTROLADORES DO BIOFILME DENTAL – UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a Coordenação do
Curso de Odontologia da
Universidade Tiradentes como
parte dos requisitos para obtenção
do grau de bacharel em
Odontologia.

APROVADA EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________

Eleonora de Oliveira Bandolin Martins

ORIENTADOR/PRESIDENTE DA BANCA

_________________________________________________________

NOME DO PROFESSOR

1º EXAMINADOR

_________________________________________________________

NOME DO PROFESSOR

2º EXAMINADOR
ATESTADO

Eu, Eleonora de Oliveira Bandolin Martins, orientador(a) do(a) discente Tiago Azarias
Santos atesto que o trabalho intitulado: “Mecanismo de ação dos agentes químicos
controladores do biofilme dental” está em condições de ser entregue à Supervisão de Estágio e
TCC, tendo sido realizado conforme as atribuições designadas por mim e de acordo com os
preceitos estabelecidos no Manual para a Realização do Trabalho de Conclusão do Curso de
Odontologia.

Atesto e subscrevo,

__________________________________

Eleonora de Oliveira Bandolin Martins


“Tudo que é conversado é mais
bonito”.

D. Odete Azarias Costa


AGRADECIMENTOS

Sou grato a Deus por tem me dado forças para superar dificuldades. Agradeço a minha
orientadora, professora Eleonora Martins, pela paciência e as orientações sábias. Pais, irmãos
em especial Isadora e Daniela, minha sobrinha Luize, meu colega Tony, minha namorada
Danielle, todos esses tiveram parcela na conclusão deste trabalho.
MECANISMO DE AÇÃO DOS AGENTES
QUÍMICOS CONTROLADORES DO BIOFILME
DENTAL
Tiago Azarias Santos ª, Eleonora de Oliveira Bandolin Martinsb
(a) (b)
Graduando em Odontologia – Universidade Tiradentes; Prof.Dra. do Curso de Odontologia –
Universidade Tiradentes.

Resumo
O uso indiscriminado de antissépticos bucais como forma preventiva no controle da cárie e doença gengival faz com
que ocorra uma crescente busca por informações sobre esse fármaco no âmbito odontológico. Portanto, o objetivo
desse trabalho é realizar uma breve revisão literária sobre os antissépticos bucais mais utilizados no dia a dia e relatar
os avanços dos produtos naturais e fitoterápicos que podem ser utilizados na higienização oral. Foi realizada uma
revisão de literatura sobre mecanismo de ação dos principais antissépticos bucais e fitoterápicos, com estudos in vitro
e in vivo. Pode-se analisar nessa revisão literária que o uso indiscriminado de antissépticos bucais como forma
preventiva no controle do processo saúde doença está completamente incorreto. Esses antissépticos, ao contrario do
que a mídia os divulga, não deveriam ser usados de forma preventiva e sim curativa, pois eles são fármacos potentes
e seu uso contínuo pode causar danos (efeitos colaterais) a microbiota oral do indivíduo. O controle mecânico é
suficiente para manter o equilíbrio do processo saúde-doença da microbiota oral. Recomenda-se a utilização do
controle químico quando existe dificuldade motora pelo paciente ou infecção odontogênica instalada.

Palavras Chaves: mecanismo de ação; antissépticos; clorexidina; fitoterápico.

Abstract
The indiscriminate use of mouth antiseptic as preventively in the control of caries and gum disease causes a growing
search for information about this drug in dentistry ambit. Therefore, the objective of this work is to carry out a brief
literary review about oral antiseptics used in daily and report the progress of natural products and herbal remedies
that can be used in oral hygiene. Was made a literature review on mechanism of action of the major oral antiseptics
and herbal medicines, with in vitro and in vivo studies. You can analyze in this literary review that the indiscriminate
use of mouth antiseptics like preventive health disease process control is completely incorrect. These antiseptics,
contrary to the media reports, should not be used in a preventive manner so curative, because they are potent drugs
and your continuous use can cause damage (side effects) the oral microbiota of the individual. The mechanical
control is sufficient to maintain the equilibrium of the health-disease process of the oral microbiota. Is recommended
use chemical products when there is motor difficulties by the patient, or odontogenic infection installed.

Key words: mechanism of action; antiseptics; chlorhexidine; phytotherapic.


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HISTÓRIA todas essas propriedades. (MOREIRA


Ao longo do tempo foram surgindo et al 2009)
agentes químicos com o intuito de Introduzida na odontologia na
auxiliar o controle mecânico para década de 70 a clorexidina é
manter o controle do processo saúde- considerada padrão ouro no que diz
doença na cavidade oral. Entre eles respeito aos antissépticos bucais. Essa
vários fármacos se destacam com qualificação é dada por ser um fármaco
grande circulação no mercado. Existem de largo espectro de ação agindo em
relatos que os antigos faziam bochechos bactérias gram-positivas e gram-
com ervas e outras substancias, porem o negativas, leveduras, vírus lipofílicos e
que se sabe é que o médico e cientista fungos. Ela é caracterizada por ser um
Joseph Lawrence e Jordan Lambert em detergente catiônico, da classe das
1879 criou um antisséptico a base de biguanidas, disponível na forma de
óleos essenciais. (Apud, LISTERINE, acetato, hidrocloreto e digluconato,
2015 ). sendo este ultimo o sal mais comumente
Ao decorrer dos anos outros fármacos empregado. É uma molécula assimétrica
foram aparecendo, em 1954 a e estável, tendo afinidade com as
clorexidina entrou no mercado como bactérias, agindo através de interação
antisséptico para ferimentos de pele. eletrostática. Sua carga positiva é
Nos anos seguintes a clorexidina a 0,2% atraída rapidamente pela carga negativa
foi testada e avaliada tendo resultado da parede celular bacteriana, o que
positivo como antisséptico bucal; em aumenta a permeabilidade da parede
1986 foram realizados experimento com celular do microrganismo, permitindo
a clorexidina 0,12%, obtendo resultados que o agente penetre no citoplasma
satisfatórios e menor efeito colateral. ocorrendo o rompimento da parece
Hoje vários fármacos são estudados, celular e fuga dos componentes
inclusive fitoterápicos, pois acreditasse intracelulares, causando assim a morte
que eles causem menos efeitos do microrganismo. A clorexidina
colaterais e tem capacidade de apresenta uma boa substantividade na
apresentar boa efetividade, além de ser cavidade oral, cerca de 12h de ação,
significativamente mais baratos, isso ocorre devido sua natureza
podendo alcançar um publico maior. dicatiônica. Ocorre da seguinte forma
(DAVIES 1954., SEGRETO 1995) uma extremidade catiônica se prende a
película do biofilme, que apresenta
MECANISMO DE AÇÃO carga negativa. E a outra extremidade
Um antisséptico ideal deve possuir boa catiônica fica livre para atuar com
estabilidade, baixa tensão superficial, bactérias que tentam colonizar os
poder germicida e letal em baixas dentes. A clorexidina pode ser
concentrações, ausência de toxidade e encontrada em concentrações de 0,12%,
poder de penetração. Porém não existe 0,2%, 1% e 2%, sendo a mais indicada
um antisséptico que consiga reunir para uso para bochechos a clorexidina a
0,12%, devido apresentar boa eficácia e
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menores efeitos adversos, quando associado ao gantrez 0,2% e ao citrato


comparada com soluções com maiores de zinco ele pode aumentar sua
concentrações. Entretanto, seu uso por substantividade e potência. (AQUINO
mais de 15 dias é contraindicado devido 2004., CASARIN 2012.,TORRES
apresentar efeitos colaterais 2000.)
indesejáveis como descamação Os óleos essências têm o maior uso
reversível da mucosa, manchamento histórico entre os colutórios bucais.
dental, alterações no paladar e aumento Usado como flavorizantes possuem
dos depósitos calcificados propriedade antimicrobiana devido à
supragengivais. Desta forma a presença de compostos fenólicos. Ele
recomendação para uso da clorexidina funciona de tal forma agindo
0,12% é realizar bochechos com similarmente a clorexidina, atua lesando
duração de 1 min, a cada 12hrs, não a parede celular resultando em morte
devendo ultrapassar seu uso por mais de celular. Seu mecanismo de ação
quinze dias, a não ser em casos funciona rompendo a parede celular
excepcionais. (MOREIRA et al. 2009., bacteriana, inibindo a síntese
CASARIN et al. 2012., RECHE, 2005., enzimática, diminuindo os
ZANATTA et al. 2007). lipolissacarídeos e o conteúdo proteico
O triclosan que é uma substância da bactéria, podendo inclusive, extrair
muito utilizada nos colutórios bucais se endotoxinas de patógenos gram-
apresenta como um fenol sintético, negativo, diminuindo a patogenicidade
antimicrobiano, aniônico, possuindo do biofilme dental. Uma de suas
baixa toxicidade, não possui capacidade desvantagens é causar desequilíbrio na
de provocar desequilíbrio na cavidade microbiota oral e baixa substantividade
oral e consegue obter amplo espectro de cerca de 4hrs, e por ele ser sempre
ação contra gram-positivos, gram- associado a altas doses de álcool a
negativos, Mycobacterium e relatos de injurias aos tecidos bucais,
principalmente bactérias anaeróbicas. queimaduras e sensação de queimação.
Seu sítio de atuação ocorre na Atualmente tem sido acrescentado
membrana plasmática do cloreto de zinco em sua formulação para
microrganismo. Tem a capacidade de interferir na formação e crescimento de
desorganizar a membrana celular cristais de fosfato de cálcio e na
bacteriana, inibindo sua função mineralização da placa bacteriana,
enzimática e em baixas concentrações podendo inibir a capacidade de formar
modificam o transporte celular depósitos de cálculo. (BUGNO 2006.,
impedindo o adequado metabolismo e CASARIN 2012., GERBRAN 2002.,
reprodução celular da bactéria. Apesar MENDES 1995, TORRES 2000)
de poder agir como um agente O cetilpiridínio é um composto
bacteriostático, sua natureza aniônica monovalente, catiônico, tensoativo e
faz com que possua baixa pertencente aos grupos quaternários de
substantividade, aproximadamente 5hrs. amônia; possui um efeito bactericida e
Contudo trabalhos mostram que bacteriostático contra microrganismos
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gram-positivos e alguns gram- uma temperatura em 42°C e 37°C. Para


negativos. Seu mecanismo de ação é mensuração dos halos de inibição, um
semelhante à clorexidina, porém, o único examinador cego e calibrado
cloreto de cetilpiridínio possui baixa utilizou uma lupa estereoscópica e um
substantividade. Sua ação está paquímetro digital. No resultado foi
relacionada com ligações de carga visto que a clorexidina teve maior
elétricas. A carga positiva da substância efetividade ao cloreto de cetilpiridínio e
se liga a carga negativa da célula o triclosan em relação ao
bacteriana, que altera a barreira microrganismo Psudomonas
osmótica da membrana celular aeruginosa. Analogamente o
bacteriana, aumentando a medicamente a base de triclosan teve
permeabilidade celular, resultando na maior halo de inibição frente ao Sa
perda de componentes celulares, seguindo da clorexidina e cloreto de
perturbação do metabolismo e inibição cetilpiridínio. Ao eludido do trabalho
do crescimento celular e consequente constatou-se que o triclosan
morte da célula. Uso prolongado dessa surpreendentemente superou a
substância pode provocar sensação de clorexidina no quesito halo de inibição
queimação, descoloração dos dentes, do Staphylococcus aureus.
ulcerações recorrentes e aumento da Andrade et al. (2011) teve como
formação de cálculo. (GRANJEIRO objetivo analisar a concentração
1993., HERRERA 2005., MENDES inibitória mínima de antissépticos
1995., NUNES 1996., TORRES 2000) bucais em microrganismo da cavidade
oral. Foram estudados a Clorexidina
COMPARATIVO IN VITRO 0,12% (Periogard®), Óleos Essenciais
Tereza et al. (2008) avalia a (Listerine®), Triclosan (Plax®) e
efetividade antimicrobiana in vitro de Cloreto de Cetilpidínio (Cepacol®)
enxaguatórios bucais frente aos sobre bactérias gram-positivas, gram-
microrganismos staphylococcus aureus negativas e fungos. O teste realizado foi
(Sa) e psudomonas aeruginosa (Pa). Foi de microdiluições em placas com 96
realizada uma avaliação microbiana poços, segundo o Clinical and
utilizando 32 placas de petri, sendo elas Laboratory Standars Institute (CLSI
16 com staphylococcus aureus e 16 2010). Foi utilizado seis culturas de
psudomonas aeruginosa. Os microrganismo: Streptococcus mutans,
microrganismos foram inoculados e Enterococcus faecalis, Escherichia coli,
levados à estufa em temperatura Staphylococcus aureus, Candida
constante de 37ºC por 24h para sua albicans e Pseudomonas aeruginosa.
replicação. Em um disco de papel Vale salientar que todos os
absorvente estéril foram embebidos com microrganismos testados, estavam em
clorexidina, cloreto de cetilpiridínio e sua forma planctónica. A concentração
triclosan. Em seguida o disco de papel inibitória mínima foi considerada aquela
foi distribuído nas placas onde estavam que conseguiu impedir o crescimento
os microrganismos. Foram mantidos a dos microrganismos, evidenciado pela
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ausência de alteração de densidade presença ou a ausência do halo de


óptica comparada com os controles de inibição de crescimento em torno de
crescimento. Através da metodologia orifícios. A formação de halo
empregada, conclui-se que todos os demonstrou atividade antimicrobiana.
enxaguatórios orais testados, mesmo em Nos enxaguatórios com timol e com
menores concentrações que as flúor associado ao xilitol, não foi
encontradas no mercado, foram capazes evidenciada atividade sobre as bactérias
de inibir o halo de crescimento de utilizadas. Os outros enxaguatórios
diferentes amostras bacterianas gram- apresentaram eficácia sobre as bactérias
positivas, gram-negativas e cândida in com exceção dos que continha cloreto
vitro. Para melhor avaliação da eficácia de cetilpiridínio, que não apresentou
dos enxaguatórios, deveram ser atividade sobre Pseudomona
realizados testes in vitro e in vivo aeruginosa, e dos enxaguatórios com
avaliando a atuação do biofilme oral. malva associado ao flúor e xilitol, sem
Moreira et al. (2009) observou a atividade sobre P. aeruginosa, S.
avaliação in vitro da atividade Mutans e bactérias da saliva. Os
antimicrobiana de antissépticos bucais. enxaguatórios com triclosan com flúor,
As bactérias avaliadas foram peroxido de hidrogênio e clorexidina
streptococcus mutans, Pseudomonas foram mais efetivos, de acordo com
Aeruginosa, Enterococcus faecalis, halo de inibição formados e
Staphylococcus aureus e sobre bactéria metodologia utilizada. Os enxaguatórios
encontrada na saliva de 10 indivíduos. a base de timol(Listerine®) e associação
Os antissépticos avaliados foram eles: com fluoreto de sódio, xilitol e
Clorexidina 2% (Parodontax®) e a 0,12 timol(Fluor mint®) não demonstraram
(Periogard®); cloreto de cetilpiridínio atividade antibacteriana. Como esses
com (Oral-B®) e sem flúor (Cepacol®); são antissépticos bastantes utilizados,
timol (Listerine®); triclosan com flúor recomenda-se realização de novos
(Plax®); extrato de malva com flúor e ensaios utilizando-se outra metodologia.
xilitol (Malvatricin®); Fluor, xilitol e
timol(Fluor mint®) e peróxido de COMPARATIVO IN VIVO
hidrogênio (Peroxil®). Foram testados Strydonck et al. (2005), aborda
nove antissépticos bucais aspectos relacionados a clorexidina, que
comercialmente disponíveis em evidencia sua liderança comparando-o
farmácias. Todos os produtos foram aos antissépticos bucais para controle da
avaliados quanto sua atividade gengivite. O objetivo do trabalho é
bacteriana sem diluição conforme a comparar clorexidina 0,12% sem álcool
indicação do seu fabricante. Para versus clorexidina 0,2% com álcool.
realização do procedimento foi utilizada Para desenvolvimento da pesquisa dois
a técnica de difusão em Agar, método grupos foram selecionados, é
da placa com orifício, com incubação a importante ressaltar que ambos se
37°C em aerobiose e microaerofilia. encontravam com saúde gengival em
Após a incubação observou-se a perfeito estado; um grupo usou
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clorexidina com álcool e o outro sem Southern et.al (2006) comparou


álcool. Para que a comparação fosse os efeitos de dois enxaguantes bucal; a
eficaz e evidente, os dois grupos clorexidina e uma lavagem de ervas
ficaram sem higienizar a boca por 72 h (HBR), além do controle placebo. O
e logo após esse período as pessoas trabalho foi designado para três grupos
foram avaliadas quanto ao durante três meses, com algumas
desenvolvimento da placa bacteriana. condições para que pudesse ser avaliada
Como conclusão do trabalho, foi eficácia da ação dos enxaguantes.
constatado que a diferença entre os dois Foram utilizados o índice gengival,
tipos de clorexidina é mínima, o que índice de placa, sangramento à
difere uma da outra é o sabor mais sondagem e profundidade de sondagem.
agradável que a clorexidina sem álcool Vale ressaltar que todos os participantes
oferece, tornando assim um se submeteram as mesmas condições
enxaguatório bucal com maior oferecidas para o desenvolvimento do
aceitabilidade para os pacientes, por trabalho, para que os resultados não
apresentar menor resistência ao uso. fossem contraditórios. O resultado da
Ernest et al. (2005) avaliou a análise constatou que a clorexidina
eficácia e os efeitos colaterais de dois obteve um efeito estatisticamente
enxaguantes bucais: a Clorexidina,
Hexitidina (Hexoral®) e controle significativo na redução dos critérios de
placebo. Noventa pessoas com avaliação, e que entre o placebo e as
gengivite participaram da pesquisa, ervas os resultados não se diferem
tendo como foco a avaliação no índice
de placas proximais, índice periodontal, significativamente.
índice de sangramento, índice gengival, Casarin, et al. (2012) avalia a eficiência
e o índice de descoloração. O estudo biológica das soluções de clorexidina
durou aproximadamente quatro
semanas. Este ensaio clínico duplo-cego 0,12%, óleos essenciais e triclosan, ‘in
documentado mostrou que, em certa situ’. Foram selecionados 10 alunos
medida, o bochecho contendo 0,1% de com saúde geral, com média de 20 anos.
hexetidina pode ser uma alternativa
viável em substituição ao uso de Foram confeccionados discos de
clorexidina a 0,1%. Uma solução para esmalte bovino, esterilizados e colados
bochechar contendo 0,1% de hexetidina intra-bucal. Aos voluntários foram
causou, significativamente, menos
descoloração na superfície dos dentes e instruídos dois dias antes do início da
restaurações ao longo de um período de pesquisa a usar creme dental sem flúor,
4 semanas. Este estudo também manipulados em farmácia. Nenhum
mostrou que, acima de tudo, a higiene
oral adequada, bem como uma antisséptico foi utilizado pelos
explicação para a motivação e aceitação voluntários e foram instruídos para
do paciente, desempenha um papel apenas retirar o dispositivo durante a
importante no tratamento periodontal.
Isto pode ser visto a partir dos escovação, e quando retirados mantidos
resultados do grupo 3 (controle em soro fisiológico. Foram colocados 5
negativo), que lavado com um discos por vestibular e 5 discos por
composto inerte mostrou melhora nos
parâmetros clínicos observados nesta palatino na placa intra-oral. Os discos
pesquisa. ficaram por 3 dias para acúmulo de
placa, e 3 dias para gotejamento das
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soluções teste e controle placebo, sendo estática com os testes de Kruskal-Wallis


uma vestibular e uma lingual para cada e Mann-Whitney. Observou-se, através
grupo, e duas vestibulares e duas da medida da densidade óptica, que o
linguais para grupo controle placebo. Malvatracin® apresentou bons
Em seguida os discos foram resultados na forma planctônica, sendo
encaminhados para análise estes semelhantes ao controle positivo
microbiológica. No resultado pode-se (Clorexidina), considerada padrão nos
observar que todas as soluções ensaios antimicrobianos em
reduziram significativamente o número Odontologia. Os resultados do
de unidades formadoras de colônias. Malvatricin® foram estatisticamente
Entretanto, a clorexidina 0,12% se melhores que quando comparados aos
sobressaiu em ambas às superfícies demais fármacos (Anapyon®, Água
vestibulares e palatinas, enquanto que Rabelo®) e ao controle negativo. Este
os óleos essenciais e triclosan associado resultado foi semelhante para todos os
ao gantrez não se mostraram diferentes. microrganismos: Staphylococcus aureus
(p=0,002), Candida tropicalis
FITOTERÁPICOS (p=0,002), Candida parapsilosis
Devido o alto custo de medicamentos (p=0,001) e Candida albicans(p=0,001).
alopáticos e a busca da população por Desta forma, apenas o Malvatricin® foi
tratamentos menos agressivos, se faz testado para o microrganismo arranjado
necessário o estudo para avaliar em biofilme. Observou-se, então, que
produtos naturais ou fitoterápicos. para a cândida albicans e para o
Sarmento et al (2013), verificou Staphylococcus aureus, houve diferença
o potencial antimicrobiano do significativa entre a clorexidina e
Anapyon®, da Água Rabelo® e do Malvatricin® (p<0,05) da água
Malvatricin® sobre microrganismos destilada, com melhores resultados para
presentes na cavidade oral. Para clorexidina. Para Candida tropicalis, o
realização do experimento, utilizou-se o Malvatricin® diferiu significativamente
protocolo sequenciado durante quatro (p<0,05) da água destilada. Em relação
dias que avaliou, através da medida à Candida parapsilosis, nenhuma
densidade óptica, o potencial diferença foi observada em relação ao
antimicrobiano dos fármacos nos controle negativo. (p=0,468). Apesar de
microrganismos: Staphylococcus alguns fármacos alternativos serem
aureus, Candida tropicalis, Candida utilizados como antimicrobianos, tais
parapsilosis e Candida albicans, em propriedades sobre células planctônicas
suas formas planctônicas ou na forma e, principalmente, sobre biofilme foram
de biofilme (somente o Malvatricin® observados apenas para o Malvatricin®.
foi avaliado no biofilme). O estudo Moreira, et al.(2009) realizou
adotou como controle negativo a água um estudo comparando o malvatricin
destilada e controle positivo a com a clorexidina e outros antissépticos
clorexidina a 0,12%. Os resultados in vitro. Foi visto que a tirotricina
obtidos foram submetidos a uma análise presente no Malvatricin® é oriunda de
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bacillus brevis, que dependendo da eficaz no controle do biofilme dental


concentração pode ser bacteriostática ou por apresentar uma potencial atividade
bactericida. O malvatricin® atuou sobre antiaderente in vitro sobre as linhagens
gram-negativos e tem ação tópica de bactérias. O extrato de Matricaria
duradoura. O enxaguatório também recutita linn apresenta potencial
apresenta extrato de malva, além de atividade antiaderente in vitro sobre as
outros componentes. O extrato de malva bactérias: Streptococcus mutans,
(Malvatricin®) obteve êxito frente ao Streptococcus sanguinis e Lactobacillus
Enterococcus faecalis (Ef) e casei.
Staphylococcus aureus (Sa). Araújo et al. (2009) avaliou a eficácia
Comparado a clorexidina que é do extrato da casca de caule no cajueiro
considerado padrão ouro em na atividade bactericida, sendo
antissépticos bucais, teve melhor observada in vitro, e comparada ao
resultado atuando não só nas Ef e Sa, gluconato de clorexidina a 0,12%. A
atuou também nas Pseudomonas determinação da concentração mínima
aeruginosa, Streptococcus mutans e nas bactericida foi realizada
amostras de salivas colhidas de 10 concomitantemente com a concentração
pacientes. Na busca de recursos inibitória mínima em meio liquido,
alternativos para prevenção da formação determinada por método da diluição em
do biofilme dental, as substancias meio liquido usando-se uma escala com
naturais tem trazido boas perspectivas concentrações crescentes do extrato
no mercado. hidroalcoólico do Anacardium
Albuquerque, et al (2010) retrata occidentale linn, variando da diluição
o efeito antiaderente do extrato da 1:1 até 1:1024. Na sequência fez-se o
Matricaria Recutita Linn sobre os plaqueamento do conteúdo dos tubos
microrganismos do biofilme dental. No contendo crescimentos visíveis ou não e
Nordeste a Matricaria Recutita Linn determinação do numero de colônias
(camomila) é muito utilizada, e foi por placa, sendo definida a
observado que seus componentes concentração mínima bactericida como
propiciam a atividade anti-inflamatória, a menor concentração do extrato que
antiespasmódica e antibacteriana. O apresentou 0,01% de bactérias viáveis.
método que deu ênfase a pesquisa foi Todas as linhagens ensaiadas
através da solução hidro alcoólica a demonstram elevada sensibilidade ao
80% v/v comparado ao grupo controle extrato de cajueiro em uma
positivo com clorexidina a 0,12%. Foi concentração de 1:4 (Streptococcus
observado que o extrato hidro alcoólico, sanguis, Lactobacillus casei), a 1:8
em determinadas concentrações, (Streptococcus Mutans, Streptococcus
apresenta atividade antiaderente por mitis e streptococcus subrinus)
inibir o crescimento bacteriano. Os comparado a clorexidina a 0,12% que
autores concluíram que a clorexidina atuou em uma concentração de 1:2
apresentou melhores resultados, mas o (Streptococcus mitis), 1:4(I),
extrato de Matricaria Recutita Linn é 1:8(Streptococcus Mutans,
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Streptococcus sanguis e Lactobacillus Sacarose Bacitracina) para


casei), assim observando-se atividade Streptococcus mutans, mantidos por
em diluição de 1:8 para ambas as 48h a 37°C em microaerofilia. Após o
substâncias. O extrato de casca do caule período de incubação, as colônias foram
do cajueiro apresenta atividade contadas e transformadas em unidades
bactericida in vitro sobre os principais formadoras de colônias (UFC/mL). A
organismos formadores do biofilme clorexidina mostrou ação
dental, sugerindo assim mais estudos antimicrobiana na redução dos
com esse fitoterápico, para que microrganismos totais e Streptococcus
futuramente obtenha-se químico efetivo mutans, enquanto a ação do óleo
contra o biofilme supragengival, assim Melaleuca Alternifolia 0.5% foi
atuando na prevenção e tratamento da semelhante à água destilada. O
cárie e doença periodontal. listerine® e o óleo Melaleuca
Nogueira et al. (2013) comparou a Alternifolia 2% apresentaram redução
eficácia dos enxaguatórios bucais: microbiana, respectivamente, de 11% e
Clorexidina 0,12% , Listerine® e óleos 9% para microrganismos totais,
de Melaleuca Alternifolia 0,5% e 2% entretanto para Streptococcus mutans o
sobre os níveis salivares de listerine reduziu os níveis em 20% e o
streptococcus mutans e microrganismo óleo Melaleuca Alternifolia 2% em
totais in vivo. O estudo foi um ensaio 11%. O bochecho único com
clínico, controlado, duplo cego e clorexidina 0,12% é eficaz na redução
emparelhado. Para tanto foram de níveis de microrganismos totais e
selecionados 26 voluntários com idade Streptococus mutans presentes na
entre 21 - 35 anos. Foi coletada de cada saliva. Observou-se piores resultados
participante, no baseline, a quantidade com o uso de listerine® e óleo
de 1 mL de saliva não estimulada, 1 e Melaleuca Alternifolia 0,5% e 2%, nas
15 min após os bochechos com as mesmas condições e eficácia de ação,
seguintes soluções: água destilada comparado ao uso de clorexidina.
estéril, digluconato de clorexidina
0,12%, Listerine (©Johnson & Johnson CONSIDERAÇÕES FINAIS
do Brasil), Melaleuca Alternifolia
(Sigma-Aldrich St Louis, MO, USA) De acordo com esta breve revisão de
nas concentrações de 0,5% e 2%. Os literatura, observamos que a
participantes fizeram uso de todos os clorexidina, triclosan e peróxido de
enxaguatórios bucais pesquisados, com hidrogênio, obtiveram bons resultados
intervalo de 15 dias entre cada solução. in vitro contra vários patógenos orais. O
Imediatamente após o bochecho, foi triclosan chegou a superar a clorexidina
coletada a saliva e realizadas as no que diz respeito ao halo de inibição
diluições seriadas, seguidas de do Staphylococcus aureus, que é um
plaqueamento em meio de cultura Agar microorganismo muito relacionado a
sangue para o crescimento de infecções hospitalares. Sendo assim, de
microrganismos totais e SB- 20 (Agar suma importância, a realização de
18

trabalhos in vitro e in vivo para obter bucais, além do que, seu uso contínuo,
informações sobre sua efetividade potencializa efeitos colaterais e pode
contra microrganimos patógenos gerar resistência microbiana. Neste
específicos da cavidade oral. No que diz sentido o controle mecânico do biofilme
respeito aos estudos in vivo a dental com uso de escovação apropriada
clorexidina tem mantido excelentes e fio dental é suficiente para prevenção
resultados, vários fármacos são da grande maioria das doenças bucais.
comparados a ele, mas, no quesito
substantividade, ela se mantém a frente
das outras substâncias. A hexitidina
obteve bons resultados, conseguindo
obter menos efeitos colaterais que a
clorexidina, no entanto, apresenta
menor efetividade. Estudos deverão ser
realisados para comprovar a efetividade
da hexitidina e outros fármacos, para
combater microrganismos patógenos da
flora oral.

Existe uma esperança


promissora da ação de medicamentos
naturais e fitoterápico para controle do
biofilme dental e consequentemente das
doenças periodontais. Observamos que
alguns fitoterápicos a base de extrato de
malva(Malvatricin®), Matricaria
Recutita Linn (Camomila), Anacardium
Occidentale Linn (Extrato casca do
caule do cajueiro) podem ser favoráveis
no combate às doenças periodontais,
tanto na forma bochecho, como em
outras formas de utilização. Serão
necessários maiores estudos para suas
comprovações m icrobiológicas e
clínicas.
De modo geral os antissépticos
bucais devem ser usados de forma
curativa e não de forma preventiva.
Como foi visto nessa revisão, vários
fármacos tem a capacidade de alterar a
microbiota oral, podendo causar um
desequilíbrio, acarretando doenças
19

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