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1. Introdução

O corpo humano é exposto de forma contínua à colonização das mais


diversas formas de microorganismos, convivendo de forma harmônica com o
hospedeiro, sendo o controle destas colônias provocado pela descamação
fisiológica que ocorrem nestes tecidos. A boca apresenta uma grande parte dessa
colonização, chegando a possuir aproximadamente 50% dos microorganismos
presentes no organismo, entre bactérias, vírus e fungos. (MORAIS et al., 2006).

Entre as doenças sistêmicas, as que possuem maior relação com a saúde


bucal são as infecções respiratórias, com ênfase à pneumonia, apontada como a
segunda maior responsável por infecções hospitalares, com índices altos de
evolução a óbito. Nas UTIs essa incidência aumenta, com mortalidade podendo
chegar até a 80% dos infectados. (PASETTI et al., 2013).

A pneumonia nosocomial é a segunda maior cauda de infecções hospitalares,


responsável por 10% a 15% de todas as infecções adquiridas em hospitais, 20% a
50% de todos os pacientes afetados por este tipo de pneumonia falecem, sendo o
risco de desenvolvimento de pneumonia nosocomial 10 a 20 vezes maior na unidade
de terapia intensiva (UTI). (OLIVEIRA et al., 2007; GOMES; ESTEVES, 2012).

Estudos apontam que mais de 300.000 infecções respiratórias nosocomiais


ocorram a cada ano, resultando em 20.000 mortes/ano e gastos aproximados de
US$ 30 bilhões em cuidados hospitalares e antibioticoterapia com estes pacientes.
(OLIVEIRA, 2010).

Com os avanços dos estudos na área da odontologia hospitalar, viu-se a


necessidade permanente de acompanhamento dos pacientes internados por
cirurgiões-dentistas, visto que estudos apontam que a boca abriga microorganismos
(bactérias e fungos) que alteram a qualidade, quantidade e pH da saliva e que
facilmente ganham a corrente circulatória, expondo o paciente a maior risco de
infecção. (GODOI et al., 2009).

Sendo assim, a condição bucal altera a evolução e a resposta ao tratamento


médico, assim como a saúde bucal se torna comprometida pelo estresse e pelas
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interações medicamentosas. (GODOI et al., 2009). Porém a importância da higiene


bucal para o bem-estar, a prevenção de doenças sistêmicas e a melhor recuperação
do paciente hospitalizado ainda não é algo bem difundido no Brasil. (LIMA et al.,
2009).

Um ponto relevante no que diz respeito à ligação direta da saúde bucal com a
saúde geral é a incidência de periodontite, que aumenta significativamente o risco de
várias patologias, como aterosclerose, infarto, derrame cerebral e complicações do
diabetes, devido à grande variedade de espécies bacterianas presentes no biofilme.
(ARANEGA et al., 2012).

Estudos já comprovaram que a melhora da higiene oral e o acompanhamento


por profissional qualificado reduzem significantemente a progressão da ocorrência
de doenças respiratórias entre pacientes adultos considerados de alto risco e
mantidos em cuidados paliativos, e principalmente, os pacientes internados em UTI.
(ARANEGA et al., 2012).

Por existir uma tendência de preocupação maior com a doença atual, motivo
pelo qual ele encontra-se internado, os cuidados com a saúde bucal acabam ficando
em segundo plano. Sendo assim, é de grande importância que haja a inclusão do
cirurgião-dentista à equipe multidisciplinar na realização de atividades curativas,
preventivas e educativas para integração no contexto da promoção de saúde bucal
e, consequentemente, a melhoria do quadro clínico geral do paciente. (LIMA et al.,
2009).

Visto a importância do cirurgião-dentista na prevenção de doenças sistêmicas


e a melhor recuperação do paciente hospitalizado, no Brasil, em fevereiro de 2008,
foi apresentado à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 2.776/2008, que
estabelece como obrigatória a presença do cirurgião-dentista nas equipes
multiprofissionais das unidades de terapia intensiva (UTI), para cuidar da saúde
bucal dos pacientes. Além disso, determina que os internados em outras unidades
hospitalares e clínicas também devem receber os cuidados do cirurgião-dentista.
(LIMA et al., 2009).
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A inserção imprescindível desse profissional na equipe multidisciplinar


enfatiza a manutenção da integralidade do paciente, a qual requer cuidados
especiais não só para tratar o problema que o levou à internação, mas também para
cuidar dos demais órgãos e sistemas que podem sofrer alguma deterioração
prejudicial para sua recuperação e prognóstico, dentre eles o tratamento
odontológico. (LIMA et al., 2009).

Dentro deste contexto, o presente trabalho busca mostrar a importância do


cirurgião-dentista no ambiente hospitalar, dando ênfase a imprescindível presença
desse profissional nas UTIs.
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2. Objetivo

O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura a respeito


da odontologia hospitalar e sua importância em Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs).
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3. Metodologia

Para a identificação dos estudos ou considerados nesta revisão, foi realizada


uma estratégia de busca detalhada para as bases de dados Medline (Pubmed),
Scielo e Bireme, nos anos 2005-2013, além de livros e revistas relacionados ao
tema. Foram utilizados como descritores: “Odontologia Hospitalar”; “Unidade de
Terapia Intensiva” ”Pneumonia Nosocomial”.

Os critérios de inclusão e exclusão foram: estudos de revisão sistemática,


meta-análise, casos controlados e randomizados, casos clínicos não randomizados
e artigos de opinião, que abordavam o termo “Odontologia Hospitalar”, foram
excluídos dos estudos, artigos que não fossem do idioma português e inglês. Após a
análise critica do levantamento bibliográfico, segundo o critério de inclusão e
exclusão, foram selecionados entre artigos e livros 15 no total. Os dados foram
analisados, correlacionados para a discussão dos resultados destacados na
literatura.
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4. Desenvolvimento

4.1. Revisão da literatura

Esta revisão da literatura foi escrita de maneira que os assuntos envolvidos


na pesquisa fossem divididos. Dessa forma, esta revisão encontra-se distribuída em
Importância da Odontologia Hospitalar, Odontologia em Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) e Pneumonia Nosocomial.

4.1.1. A Importância da Odontologia Hospitalar

A odontologia no âmbito hospitalar tem por objetivo trazer ao paciente


melhora do quadro sistêmico. Os pacientes portadores de afecções sistêmicas,
hospitalizados, muitas vezes se encontram totalmente dependentes de cuidados,
portanto, impossibilitados de manter uma higienização bucal adequada,
necessitando do suporte de profissionais da saúde para esta e outros tipos de
tarefas. (RABELO; QUEIROZ; SANTOS, 2010; SANTOS; SOARES JUNIOR, 2012).

No ambiente hospitalar, o paciente internado deve ser monitorado, tendo os


cirurgiões-dentistas um papel fundamental na avaliação da saúde oral. As
avaliações são essenciais para os cuidados da saúde geral e no atendimento do
paciente como um todo, pois diversas manifestações na cavidade oral podem surgir
a partir das condições sistêmicas, assim como as enfermidades sistêmicas também
podem surgir a partir das condições orais. (ARANEGA et al., 2012).

Nesse contexto, sabe-se que a condição bucal altera evolução e resposta ao


tratamento médico e a saúde bucal fica comprometida pelo estresse e interações
medicamentosas, necessitando o paciente do permanente acompanhamento do
cirurgião-dentista. (CAMARGO, 2005).

Sendo assim, avaliação odontológica pode determinar a necessidade e o


tempo apropriado de intervenções que venham a diminuir riscos futuros, e, a
adequação bucal pode alterar positivamente o desfecho clínico, minimizando fatores
que possam influenciar negativamente o tratamento sistêmico. (CAMARGO, 2005).
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A Odontologia hospitalar abrange ações que vão além das proporções


imaginadas e atribuídas pela população, uma vez que os procedimentos realizados
não dizem respeito somente às intervenções cirúrgicas. (GODOI et al., 2009). Esse
pensamento deve ser erradicado, pois além dos procedimentos cirúrgicos, outros
procedimentos odontológicos devem ser realizados em hospitais (ARANEGA et al.,
2012), como por exemplo atendimento odontológico a pacientes hospitalizados
portadores de enfermidades sistêmicas, o que contribui efetivamente para a
recuperação destes. (GODOI et al., 2009).

Desse modo, o cirurgião-dentista deve estar presente nos hospitais e deve


estar preparado para o atendimento odontológico, em condições específicas e
diferenciadas do cotidiano do consultório. (GODOI et al., 2009).

Sabe-se que é impossível se combater infecção excluindo o ambiente bucal,


já que o mesmo é considerado um incubador microbiano ideal e abrigo de quase
metade da microbiota do corpo humano (BÖNECKER, 2011), além de representar o
principal meio de comunicação do ambiente interno com o externo, sendo
colonizada por mais de 500 diferentes espécies de microrganismos. (DORO et al.,
2005).

O cirurgião-dentista que fornece assistência a um paciente hospitalizado


necessita ser informado não somente da sua condição bucal, mas também do seu
estado sistêmico, pois podem estar relacionados, já que os cuidados bucais podem
diminuir o tempo de internação dos pacientes e prevenir doenças graves. (GODOI et
al., 2009).

A Odontologia Hospitalar permite um melhor desempenho no compromisso de


assistência ao paciente, uma vez que a prática visa os cuidados das alterações
bucais que demandam intervenções de equipes multidisciplinares e
interprofissionais, nos atendimentos de alta complexidade, onde condutas são
discutidas e planejadas em conjunto, e as responsabilidades compartilhadas entre
toda a equipe assistencial (Médico, Enfermeiro, Cirurgião-Dentista, Fisioterapeuta,
Fonoaudiólogo, Nutricionista, Psicólogo e Farmacêutico). (BÖNECKER, 2011).
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Sendo assim, os cuidados com o equilíbrio e a autorregulação do organismo


de um indivíduo no meio hospitalar exigem o trabalho de profissionais de diversas
áreas da saúde, inclusive do Cirurgião-Dentista, cabendo a ele educar pacientes e
familiares, equipes de enfermagem e profissionais que atuam no ambiente hospitalar
sobre a importância da condição bucal para a saúde, além de orientá-los sobre
métodos de higiene bucal e sobre o risco de infecção cruzada. (BÖNECKER, 2011).

4.1.2. Odontologia em Unidades de Terapia Intensiva

A relação entre as doenças bucais e sistêmicas é um fato comprovado por


diversos estudos, sendo que, as primeiras citações ocorreram no final do século XVII
evoluindo gradativamente até os dias de hoje. A partir desses estudos evidenciou-se
que problemas bucais, especialmente a doença periodontal, podem atuar como foco
de disseminação de microrganismos patogênicos com efeito metastático sistêmico,
especialmente em pessoas com a saúde comprometida, como as internadas em
UTIs. (PASETTI et al., 2013; MORAIS et al., 2006; SANTOS; SOARES JUNIOR,
2012).

No ambiente bucal, há a presença de superfícies duras, não descamativas,


como esmalte, dentina, restaurações, próteses, implantes, entre outros, favorecendo
o aparecimento e acúmulo da placa dental bacteriana. A placa, também conhecida
como biofilme, é a causa principal de doenças bucais. (MORAIS et al., 2006).

Através do metabolismo bacteriano, o biofilme é capaz de produzir elementos


irritantes como ácidos, endotoxinas e antígenos que, com o tempo, dissolvem os
dentes e destroem os tecidos de suporte, por isto é considerado o principal motivo
para o estabelecimento da cárie, doença periodontal e estomatites. Além disso,
a placa bacteriana pode servir de reservatório permanente de microrganismos,
ocasionando infecção à distância. (MORAIS et al., 2006).

Em UTIs, é de extrema importância haver a monitorização dos órgãos e


sistemas, que não são a causa direta do problema que levou o paciente a essa
condição. Esta atenção evita a deterioração de outro órgão ou sistema que pode
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contribuir para um prognóstico desfavorável do caso, como por exemplo, o sistema


estomatognático que deve receber a devida atenção, uma vez que a prevalência,
extensão e gravidade das doenças periodontais é muito alta na população.
(MORAIS et al., 2006).

Pacientes com inadequada higiene oral e más condições dentárias


apresentam maior risco de complicações locais e sistêmicas. A deficiência em
higiene bucal é muito comum em pacientes internados em UTIs, possivelmente pelo
desconhecimento de técnicas adequadas pelas equipes de terapia intensiva, e pela
ausência do relacionamento interprofissional odontologia/enfermagem. (PASETTI et
al., 2013; SANTOS; SOARES JUNIOR, 2012).

A higienização oral inadequada em pacientes críticos desencadeia


freqüentemente periodontites, gengivites, otites, rinofaringite crônicas, xerostomia
potencializando focos de infecções propícias à pneumonia nosocomial. (SANTOS et
al., 2008; SANTOS; SOARES JUNIOR, 2012). Além disso, os pacientes das UTIs
frequentemente permanecem de boca aberta, devido à intubação traqueal,
permitindo desidratação da mucosa bucal. Essa diminuição do fluxo salivar permite
aumento de biofilme lingual, que causam um odor desagradável, bem como os
aumentos das colônias bacterianas. (PASETTI et al., 2013).

Diante dos riscos bacterianos provindos da cavidade oral, é importante que


seja realizada, em pacientes internados em UTIs, uma eficiente higienização nos
tecidos da boca, incluindo: dentes, gengivas e língua; removendo restos alimentares
e placa bacteriana, com o intuito de promover um ambiente bucal menos suscetível
às afecções orais. É importante que se escolha um produto como método auxiliar na
redução da placa bacteriana. (SANTOS et al., 2008; SANTOS; SOARES JUNIOR,
2012).

Estudos indicam que o ideal seja um produto enzimático, sem substâncias


abrasivas em sua composição (álcool, detergente, corante), pois prejudica ainda
mais a mucosa bucal já comprometida, e que contenha lactoferrina, que através de
sua ação e suas interações na saliva reduz a incidência de Cândida albicans e
Cândida krusei na mucosa oral. (SANTOS et al., 2008).
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Sabendo que problemas bucais, especialmente a doença periodontal, podem


atuar como foco de disseminação de microrganismos patogênicos com efeito
metastático sistêmico, especialmente em pacientes críticos, acredita-se que seja
essencial o tratamento odontológico em UTIs, principalmente a intervenção
periodontal, na prevenção e/ou melhora da condição sistêmica. (MORAIS et al.,
2006).

A saúde no momento atual é vista a partir de pontos multifatoriais, tratada por


equipes multidisciplinares, tendo como objetivo o equilíbrio do indivíduo como um
todo, não resumindo apenas à ausência da doença e ao bem estar físico, mas
também um aspecto multidimensional que se apresenta além da saúde física, mas a
psicológica e a social. (PASETTI et al., 2013)

Dentro do contexto hospitalar, a presença de uma equipe multiprofissional


pode propiciar o diagnóstico e tratamento precoce das doenças odontológicas em
pacientes de UTI. É de extrema importância que haja médicos, enfermeiros,
nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, farmacêuticos e cirurgiões
dentistas no tratamento aos pacientes críticos prevenindo e tratando as doenças
bucais, e impedindo que as mesmas causem danos sistêmicos ao paciente. Sendo
assim, fica assim evidente a necessidade da atuação do Cirurgião Dentista como
membro permanente de uma equipe multidisciplinar efetiva nas UTIs. (PASETTI et
al., 2013).

Sabe-se que o principal obstáculo enfrentado pelo cirurgião-dentista para


integrar equipes multidisciplinares em UTI, é a baixa prioridade do procedimento
odontológico diante dos numerosos problemas apresentados pelo paciente.
Contudo, a literatura vem cada vez mais demonstrando, a importância e a influência
da condição bucal na evolução do quadro dos pacientes críticos. (MORAIS et al.,
2006).

Entre as doenças sistêmicas, as que possuem maior relação com a saúde


bucal são as infecções respiratórias, com ênfase à pneumonia, apontada como a
segunda maior responsável por infecções hospitalares, com índices altos de
evolução a óbito. Nas UTIs essa incidência aumenta, com mortalidade podendo
chegar até a 80% dos infectados. (PASETTI et al., 2013). A partir desses dados fica
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clara a importância da introdução de cirurgiões dentistas em UTIs, já que as


relações entre infecções pulmonares e a condição bucal são grandes, necessitando
à aquisição e manutenção da saúde bucal, além de maior integração da Odontologia
e da Medicina, visando o tratamento global dos pacientes, a prevenção de doenças
e maior humanização dos pacientes internados em UTI. (MORAIS et al., 2006).

4.1.3. Pneumonia Nosocomial

A pneumonia é uma infecção no parênquima pulmonar causada por uma


grande variedade de agentes infecciosos ( bactérias, micoplasmas, fungos, parasitas
e vírus), sendo as bactérias as causas mais freqüentes dessas infecções . São
usualmente classificadas em pneumonia adquirida na comunidade e pneumonia
nosocomial. (OLIVEIRA et al., 2007; OLIVEIRA, 2010).

A pneumonia nosocomial são aquelas desenvolvidas em ambiente hospitalar


após 48h de internação, não estando presentes ou incubadas no paciente no
momento da admissão no hospital. (OLIVEIRA et al., 2011; OLIVEIRA et al., 2007;
OLIVEIRA, 2010). Por ser uma das principais causas de morbimortalidade em
indivíduos internados, e ainda impor altos custos à população, por aumento do
tempo de permanência hospitalar e aumento na demanda terapêutica, tem sido
reconhecida como importante problema de saúde pública no mundo. (OLIVEIRA et
al., 2011).

O estabelecimento da pneumonia nosocomial ocorre com a invasão


bacteriana, especialmente bastonetes Gram-negativos (Acinetobacter spp.,
Staphylococcus aureus, Esherihia coli, Klebsiella spp, Pseudomonas ae-ruginosa,
Enterobacter spp. e Proteus mirabiis). Esses micro-organismos podem contaminar o
trato respiratório inferior através da aspiração de secreção presente na orofaringe,
aspiração de conteúdo esofagogástrico, inalação de aerossóis contaminados e
disseminação hematogênica originada de um sítio de infecção distante. (OLIVEIRA
et al., 2011; OLIVEIRA et al., 2007; GOMES; ESTEVES, 2012).
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Alguns fatores de risco são importantes no estabelecimento da pneumonia


nosocomial, como pacientes submetidos à intubação orotraqueal ou ventilação
mecânica, pacientes com rebaixamento do nível de consciência, indivíduos vítimas
de aspiração de grande volume de secreção, condição oral deficiente, desnutrição,
portadores de doença cardíaca ou pulmonar crônica, idade avançada (pacientes
maiores de 70 anos), uso de antibióticos, presença de sonda gástrica, trauma grave,
broncoscopia recente, insuficiência renal, câncer; síndrome do desconforto
respiratório agudo, traqueostomia, manipulação do paciente pela equipe hospitalar,
aspiração de secreção traqueobrônquica e aspiração brônquica de microorganismos
da orofaringe. (OLIVEIRA et al., 2011; OLIVEIRA, 2010). Visto todos esses fatores
de risco, fica claro e evidente que o local de maior incidência da pneumonia
nosocomial é a UTI, devido sua criticidade.

Dentre todos os fatores de risco, o que mais de destaca é a aspiração do


conteúdo da orofaringe. O estabelecimento da pneumonia bacteriana depende da
colonização da orofaringe por potenciais patógenos respiratórios, através da
aspiração destes para as vias aéreas inferiores e também da capacidade dos
mesmos escapar das defesas naturais do organismo. (OLIVEIRA, 2010).

Ainda que a aspiração de pequenas quantidades de secreções da cavidade


bucal seja comum em indivíduos saudáveis, especialmente durante o sono,
pacientes em estado de alteração do nível de consciência frequentemente aspiram
maiores quantidades de secreções da cavidade bucal, e com maior freqüência. Essa
aspiração, associada a uma falha no sistema de defesa do hospedeiro para eliminar
as bactérias infectantes, favorece sua multiplicação. (OLIVEIRA et al., 2011;
OLIVEIRA et al., 2007; GOMES; ESTEVES, 2012).

Assim, fica clara a importância do biofilme bucal como principal colaborador


de infecções respiratórias através da aspiração, já que a cavidade bucal é a primeira
porta de entrada para microorganismos patogênicos respiratórios que causam
infecções como a pneumonia nosocomial. (OLIVEIRA et al., 2011; GOMES;
ESTEVES, 2012; OLIVEIRA, 2010).

Os pacientes internados em UTIs, na maioria das vezes, não possuem


higienização oral satisfatória, o que facilita a colonização do biofilme bucal por
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microorganismos patogênicos, principalmente os respiratórios. (MORAIS et al., 2006;


SANTOS et al., 2008).

A colonização do biofilme bucal por patógenos, em especial os respiratórios,


pode ser uma fonte específica de infecção nosocomial, uma vez que as bactérias
presentes na boca podem ser aspiradas e causar pneumonias de aspiração.
(MORAIS et al., 2006; SANTOS et al., 2008). Sendo assim, a presença de
patógenos respiratórios no biofilme bucal de pacientes internados em UTI pode
servir de reservatório para microorganismos associados com pneumonia
nosocomial. (OLIVEIRA et al., 2007).

Estudos sugerem que há três mecanismos possíveis para associar o biofilme


bucal a infecções respiratórias. Primeiro, o biofilme bucal com higiene insatisfatória,
pode resultar em alta concentração de patógenos na saliva, que pode ser aspirados
para o pulmão em grandes quantidades; segundo, o biofilme bucal pode abrigar
colônias de patógenos pulmonares e promover seu crescimento; terceiro, as
bactérias presentes no biofilme bucal podem facilitar a colonização das vias aéreas
superiores por patógenos pulmonares. (OLIVEIRA et al., 2007).

Sabe-se que pacientes de UTI apresentam higiene bucal deficiente. Se o


paciente crítico não receber higiene bucal eficaz, o tártaro dentário, formado por
depósitos sólidos de bactérias, se estabelece dentro de 72 horas, seguido de
gengivite emergente, inflamação das gengivas, e consequentemente doença
periodontal. (OLIVEIRA, 2010).

A falta de higiene oral e a doença periodontal podem aumentar a proliferação


de bactérias patogênicas, muitas das quais podem causar pneumonia por aspiração.
Dentro de 48 horas de internação, a composição da orofaríngea de pacientes em
estado crítico sofre uma alteração predominantemente para microrganismos gram-
negativos, constituindo-se uma microbiota mais virulenta, incluindo os patógenos
potenciais para a pneumonia nosocomial. (OLIVEIRA, 2010).

Sendo assim, a redução no número de microrganismos bucais ajuda na


redução dos microrganismos disponíveis para colonização e infecção dos pulmões,
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já que o acúmulo de patógenos orais pode alterar as condições ambientais da boca


e facilitar a infecção das vias aéreas por novos microrganismos. (OLIVEIRA, 2010).

Após identificação de bactérias do biofilme dental na cavidade orofaríngea,


fica evidente que há a associação entre a composição bacteriana do biofilme dental
e a pneumonia nosocomial, podendo essa colonização ser favorecida ou agravada
com a higienização bucal negligenciada durante o período de internamento dos
pacientes. (OLIVEIRA et al., 2011).

Ressalta-se que é de extrema importância a terapia preventiva,


especificamente a higiene bucal, como método profilático para redução da incidência
das pneumonias nosocomiais. (PASETTI et al., 2013). Uma medida fácil para uma
significativa descontaminação da cavidade oral e concomitante redução da
incidência de infecção nosocomial em pacientes internados em UTI é a utilização de
Digluconato de clorexidina a 0,12%, que permite a retenção de mais de 30% da
clorexidina, por bochecho, nos tecidos moles, estendendo o período de atividade
antimicrobiana, sendo realizada duas vezes ao dia. (PASETTI et al., 2013; GOMES;
ESTEVES, 2012; OLIVEIRA, 2010).

O Digluconato de clorexidina é eficiente contra bactérias aeróbias e


anaeróbias. Estudos demonstram que no uso da clorexidina como enxaguante
bucal, auxiliando no controle de placa, prevenção e tratamento de gengivites, há
significativas reduções nas taxas de infecção no trato respiratório. Além da
utilização do enxaguante bucal, é importante que se faça a higiene bucal dos
pacientes passando espátulas envoltas por gazes molhadas nas gengivas, língua e
palato, aspirar secreções e excesso de água e hidratar os lábios com loção de
ácidos graxos. (PASETTI et al., 2013; GOMES; ESTEVES, 2012; OLIVEIRA, 2010;
SANTOS; SOARES JUNIOR, 2012).

A presença de Cirurgiões-dentistas nas equipes multiprofissionais ajuda


diminuir significativamente os índices de pneumonias nasocomiais nas UTIs,
conseguindo não só melhorar a qualidade da saúde bucal, mas também evitar
uma incidência maior de infecções cruzadas e secundárias, pelo emprego do
processo preventivo, diminuindo o tempo de internamento deste pacientes e as
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complicações advindas disto, bem como a redução significativa dos custos.


(PASETTI et al., 2013).

A colonização do biofilme bucal de pacientes em UTI por patógenos


respiratórios sugere ser um grande fator de risco do desenvolvimento de pneumonia
nosocomial. A cavidade bucal de pacientes internados em UTI pode servir como
importante reservatório para patógenos respiratórios associados à essa pneumonia.
(OLIVEIRA et al., 2007).

A avaliação da condição bucal e tratamento odontológico em pacientes


hospitalizados exigem o acompanhamento por um cirurgião-dentista habilitado em
Odontologia Hospitalar, avaliando, prevenindo e tratando a presença de biofilme,
doença periodontal, cáries e lesões bucais precursoras de infecções, minimizando a
proliferação de fungos e bactérias, que representam risco ou desconforto aos
pacientes hospitalizados, reduzindo significativamente o aparecimento da
pneumonia nosocomial e promovendo o bem estar da saúde bucal do paciente.
(GOMES; ESTEVES, 2012).
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5. Discussão

O papel dos Cirurgiões-Dentistas em hospitais pode ser bastante abrangente.


Para atuar em hospital, o Cirurgião-Dentista deve, além de ser um excelente clínico
geral, compreender as doenças gerais do corpo e de suas etiopatogenias, bem
como os mecanismos diagnósticos e terapêuticos. (BÖNECKER, 2011).

Sendo assim, dentro do contexto hospitalar, o cirurgião-dentista pode


proceder internações, interpretar exames complementares e controlar infecções
hospitalares, atuando na diminuição da permanência hospitalar (CAMARGO, 2005),
além de conhecer as rotinas do ambiente hospitalar, estar ciente das normas e dos
procedimentos operacionais padrões e ter habilidade para o trabalho em equipe.
Dessa forma, tudo que viabiliza a saúde da estrutura bucal, contribuindo para a
manutenção das funções mastigatória, da respiração, da fala e da deglutição,
implicará em restabelecimento da saúde do indivíduo, contribuindo
significativamente para a diminuição de permanência do paciente no leito, além da
redução da morbidade do tratamento da doença de base e de suas sequelas.
(BÖNECKER, 2011).

O monitoramento por parte do cirurgião-dentista é essencial, como por


exemplo, solicitação de exames específicos e mais detalhados, quando se desconfia
de alterações sistêmicas em progressão. (GODOI et al., 2009).

É necessária a identificação de focos de infecção e suas respectivas


remoções, tanto cirúrgicas quanto clínicas, além de atuação em emergências (dor,
controle de hemorragias e fraturas), diagnóstico e tratamento de lesões bucais
associadas às doenças sistêmicas (BÖNECKER, 2011), como por exemplo, a
doença periodontal, já que certas condições sistêmicas podem ser influenciadas
pela doença periodontal, e a doença periodontal pode estar sendo influenciada por
certa condição sistêmica. Além disso, alguns medicamentos utilizados também
podem constituir fatores de risco para a doença periodontal, como
anticonvulsivantes, antidepressivos e vários fármacos associados à redução do fluxo
salivar. (DORO et al., 2005).
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O Cirurgião-Dentista é um profissional importante em várias equipes médicas.


Os grupos de especialidades médicas que comumente solicitam o suporte da
Odontologia são Oncologia, Hematologia, Cardiologia, Dermatologia, Psiquiatria,
Terapia Intensiva, Endocrinologia, Transplantes de Órgãos e Tecidos, Neurologia,
Reumatologia, Infectologia e Nefrologia. Na Dermatologia, por exemplo, ele auxilia
no diagnóstico e tratamento das manifestações bucais, já na Psiquiatria, sua
contribuição está relacionada a melhora da dor e estética do paciente, fatores que
podem contribuir para o desequilíbrio do aparato psíquico de um indivíduo. Além
disso, pessoas com imunodeficiências adquiridas ou congênitas devem ser
constantemente examinadas e tratadas em relação a focos de infecção bucal e
sequelas como xerostomia e doenças auto-imunes. (BÖNECKER, 2011).

Estudos epidemiológicos têm fornecido fortes evidências do papel da doença


periodontal moderada a severa como fator de risco à saúde geral do indivíduo,
incluindo alterações cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais (AVC),
descontrole metabólico do diabetes, infecções pulmonares e parto prematuro.
(DORO et al., 2005). Dentro desse contexto, é também de extrema importância que
pacientes submetidos a cirurgias cardíacas ou a transplante de células tronco
hematopoiéticas e órgãos sólidos, sejam examinados por Cirurgiões-Dentistas no
pré-operatório. (BÖNECKER, 2011).

A placa bacteriana, também conhecida como biofilme, é considerada a causa


principal das doenças bucais. Neste biofilme encontram-se as bactérias
Streptococci, Actinomyces, Actinobacillus, Eikenella, Fusobacterium,
Porphyromonas e Treponema. (PASETTI et al., 2013; MORAIS et al., 2006).

Estudos indicam que a Tanerella forsythensis (anteriormente - Bacteroides


forsythus), Porphiromonas gingivalis e Actinobacillus actinomycetemcomitans são
considerados responsáveis pela maior parte das infecções gengivais e periodontais,
e Streptococcus mutans responsável pela cárie dental. A atuação do agente
bacteriano dependerá de alguns fatores como tempo de internação, uso de
antimicrobianos, tipo de ventilação e nutrição, controle da higiene bucal, patologias
orais e sistêmicas presentes, além da susceptibilidade da microbiota da UTI.
(PASETTI et al., 2013).
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Sabe-se que a quantidade de biofilme em pacientes de UTI aumenta com o


tempo de internação, ao mesmo tempo também ocorrem aumentos de patógenos
respiratórios que colonizam o biofilme bucal. É importante ressaltar que os
patógenos respiratórios, que se estabelecem no biofilme, são mais difíceis de serem
eliminados, pois o biofilme propicia uma proteção às bactérias, tornado-as mais
resistentes aos antibióticos. Esse fato torna-se importante já que pacientes com
alterações do nível de consciência, condição comum em UTI, aspiram maior
quantidade de secreção da boca com maior freqüência. (MORAIS et al., 2006).

A infecção é uma complicação freqüente e de elevada mortalidade nos


pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI). É de extrema
importância que haja uma preocupação com infecções bucais, já que elas podem se
tornar foco primário de infecções sistêmicas em pacientes internados em UTI.
Medidas para redução dos focos de infecção de origem bucal vão desde cuidados e
técnicas locais de higienização, como a busca de produtos que auxiliem na
homeostasia do ambiente bucal e na redução da flora bacteriana. (SANTOS et al.,
2008).

É importante ressaltar que patógenos respiratórios originários do meio


ambiente hospitalar, podem colonizar as superfícies dos dentes, próteses, mucosa
bucal e respectivo biofilme. O estabelecimento de patógenos respiratórios exógenos
nestas superfícies pode ser facilitado pela diminuição parcial, ou total, da salivação e
do pH da saliva. Uma higienização bucal inadequada concomitante ao uso de
fármacos, irá alterar a capacidade de salivação, assim como seu pH, promovendo
aumento da quantidade de bactérias no biofilme bucal. Estas bactérias liberam
enzimas que alteram a bioquímica da superfície oral do paciente, aumentando desta
forma a adesão e conseqüentemente sua colonização por patógenos respiratórios.
(OLIVEIRA et al., 2007).

Neste contexto, endende-se que o atendimento odontológico a pacientes


hospitalizados portadores de enfermidades sistêmicas contribui efetivamente para
sua recuperação. A odontologia na manutenção da saúde bucal dos pacientes de
UTIs causa melhora no quadro sistêmico do paciente, evitando o aumento da
26

proliferação de fungos e bactérias e consequentes infecções, principalmente


infecções nasocomiais. (GOMES; ESTEVES, 2012).
27

6. Conclusão

Conclui-se que Principalmente para o paciente crítico, internado em UTI, a


assistência odontológica é extremamente importante e necessária, pois esses
pacientes geralmente possuem uma higiene ineficaz, o que favorece a colonização
de bactérias no biofilme bucal, além da instalação de doenças periodontais e cáries,
que favorecem e aumentam o risco de infecções respiratórias como a pneumonia
nosocomial.
28

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