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ALINE RANCONI TORRES

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA EM UNIDADES DE


TERAPIA INTENSIVA

PORTO VELHO
2018
ALINE RANCONI TORRES

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA EM UNIDADES DE


TERAPIA INTENSIVA

Artigo apresentado à Banca Examinadora do


Centro Universitário São Lucas, como requisito
de aprovação para obtenção do Título de
Cirurgião-Dentista.
Orientador: Prof. Esp. Vânia Meire Moreira

PORTO VELHO
2018
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA EM UNIDADES DE
TERAPIA INTENSIVA1

ALINE RANCONI TORRES2

RESUMO: A odontologia é uma especialidade da área da saúde que conta com um gama de vários
campos de atuação. Paralelo a esses campos, cresce a cada dia na comunidade científica, a evidência
de que a microbiota bucal está intimamente interligada ao estado de saúde global do paciente. Esta
inter-relação culminou em um novo ramo de atuação da odontologia, a odontologia hospitalar, sendo
uma especialidade que visa os cuidados das alterações bucais em pacientes que se encontram em
ambientes hospitalares, principalmente nas UTIs, atuando juntamente com outras áreas da saúde em
prol da recuperação e bem-estar do paciente. Entretanto, é comum a falta de tais profissionais nesses
ambientes, não condizente com a importância da atuação destes profissionais nesta área. Por isso o
principal objetivo desta pesquisa foi através de uma revisão de literatura relatar a importância e a
necessidade dos profissionais da área odontológica especializados em odontologia hospitalar nas
unidades de terapias intensivas. A presente revisão confirma haver uma inter-relação entre as bactérias
da placa dental e as alterações sistêmicas em pacientes de alta complexidade, agravando ainda mais
seu estado de saúde, podendo até levar os mesmos a óbito. Sendo assim o presente trabalho
demonstra que a odontologia hospitalar necessita de uma maior atenção e reconhecimento tanto por
parte das demais áreas da saúde quanto por parte dos órgãos fiscalizadores.

Palavras-chave: Saúde Bucal. Unidades de Cuidados Intensivos. Placa Dental.

THE IMPORTANCE OF THE DENTAL SURGEON IN UNITS OF INTENSIVE


THERAPIES

ABSTRACT: The dentistry is a specialty of the health area that has many fields of action. Parallel to
those fields, there is growing evidences in the scientific community that the oral microbiota is closely
linked to the patient's overall health. This interrelationship has culminated in a new branch of dentistry,
the hospital dentistry, a specialty that aims to care of the oral alterations in patients who are in hospital
settings, mainly in the ICUs, acting together with other areas of health for the recovery and well-being
of the patient. However, it is common the lack of such professionals in these environments, not
commensurate with the importance of the professionals performances in this area. Therefore the main
objective of this research was through a literature review to report the importance and the need of
specialized dental professionals at hospital dentistry in intensive care units. The present review confirms
that there is an interrelationship between dental plaque bacteria and systemic alterations in patients of
high complexity, further aggravating their health status, even leading to death. Therefore, the present
study demonstrates that hospital dentistry needs more attention and recognition by the other health
areas and by the regulatory agencies.

Keywords: Oral Health. Intensive Care unit. Dental Plaque.

1Artigo apresentado no curso de graduação em Odontologia do centro universitário São Lucas como
Pré-requisito para conclusão do curso, sob orientação da professora Especialista Vânia Meire Moreira
vmoreira@saolucas.edu.br

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Aline Ranconi Torres, graduanda em Odontologia da Faculdade São Lucas, 2018. Email:
line.torres96@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO

A área da odontologia que atua em ambientes hospitalares teve seus primeiros


relatos em 460-377 a.C. com Hipócrates, que desde já anunciava a importância
da manutenção da cavidade oral. Segundo Cillo (1996), na metade do século XIX,
graças ao esforço e desempenho de dois grandes profissionais Simon Hullihen e
James Garretson essa especialidade se desenvolveu.

A odontologia hospitalar é um campo de atuação da medicina odontológica que


visa os cuidados em um ambiente não ambulatorial, buscando proporcionar uma
qualidade de vida e um melhor prognóstico aos pacientes, tendo como principal
função o diagnóstico e tratamento de alterações bucais que podem estar relacionadas
à disfunções de ordem sistêmicas (WAYAMA, 2012).

Segundo Reilly e Glaffey (2005), há vários anos vem sendo realizadas pesquisas
em torno da interação entre microbiota patogênica bucal e as doenças sistêmicas,
muitas comprovando que por disseminação sistêmica, os micro-organismos,
principalmente os da doença periodontal, podem agravar a condição do paciente
hospitalizado, gerando pneumonias, endocardites, e metástase por vários órgãos
internos, um quadro que pode ser mais delicado se o paciente já portar uma doença
de base, ou estiver internado em unidade de terapia intensiva que por si só, já
aumenta as chances de infecção.

No entanto, nos hospitais particulares e públicos, as equipes multidisciplinares


na maioria dos casos não contam com cirurgiões-dentistas no corpo de profissionais,
ficando para a equipe de enfermagem as práticas de higienização do paciente, sendo
que o processo de higienização bucal e as técnicas inerentes são desconhecidas por
esses profissionais, que acabam por não efetuar corretamente essa higienização
(GODÓI; et al, 2009).

Além de não possuírem capacitação adequada, os enfermeiros também deixam


de diagnosticar alterações que podem causar infecções. Mediante a alta variedade
de microrganismos e resistência adquirida aos fármacos mais potentes já
descobertos, a atuação do cirurgião-dentista habilitado para ambientes hospitalares
se tornou essencial não só para a manutenção á vida, mas para a equipe de
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profissionais que atuam no tratamento e prevenção de desordens sistêmicas desses


pacientes (GODÓI; et al, 2009).

Atualmente, a odontologia num âmbito geral, tem a finalidade de tratar o paciente


como um todo, colhendo informações através de uma anamnese adequada onde não
se visa o sistema estomatognático isoladamente, mas o que ele apresenta, e se essa
alteração é oriunda de uma patologia em outras regiões do corpo (WAYAMA, 2012).

A presente revisão bibliográfica tem como objetivo expor a importância do


cirurgião-dentista em unidades de terapia intensiva através da inter-relação entre a
placa dental e as alterações sistêmicas de pacientes em UTI, e como a higienização
bucal pode prevenir esses quadros.

1.1 Odontologia hospitalar no Brasil

A odontologia hospitalar teve o seu desenvolvimento e avanço devido a dois


grandes profissionais Dr. Simon Hullihen e Dr.James Garrestson, na metade do século
XIX, onde por meio deles recebeu apoio e reconhecimento por parte da comunidade
médica que até então não dava a devida importância a esse campo de atuação
(CILLO, 1996).

De acordo com Meira, Oliveira e Ramos (2010), a Odontologia em unidades


hospitalares foi verdadeiramente autenticada em 21 de Setembro de 2004, com a
ABRAOH (Associação Brasileira de Odontologia Hospitalar). Em 2008, foi decretada
a Lei nº 2776/2008 e apresentada à Câmara dos Deputados, que regulamenta e obriga
a presença do dentista nas equipes multiprofissionais tanto em âmbito hospitalar
quanto nas UTIs.

Atualmente, mesmo com o empenho e esforço de grandes profissionais a


odontologia hospitalar não possui dentro da esfera médica a relevância que deveria
ter, negligenciando aquilo que é a sua principal função: a prevenção e tratamento de
focos infecciosos e diagnóstico das alterações da cavidade oral (WAYAMA, 2012).

Para Ferreira, Ribeiro e Santos (2017), por muito tempo os atendimentos dos
cirurgiões-dentistas nos hospitais ficaram reservados especificamente para a
especialidade bucomaxilofacial, porém no presente momento, a odontologia possui
importante papel dentro da equipe multidisciplinar nos hospitais na busca do
aprimoramento da assistência integral à saúde, além de ser primordial no processo
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de aprendizagem dos graduandos em odontologia do ponto de vista de integralização


do processo de aprendizagem e atendimento de pacientes de forma multidisciplinar.

1.2 Saúde bucal em pacientes hospitalizados

Existe uma enorme carência quando se fala a respeito da higienização bucal nos
hospitais, principalmente por parte dos profissionais, resultando na falta de
integralidade no atendimento dos pacientes. A odontologia hospitalar, quando
valorizada e empregada juntamente com outras especialidades em prol do paciente,
pode prevenir e fornecer ao mesmo, condições plenas de saúde, atenuando o índice
de patógenos bucais, má higiene, intubação e xerostomia. (WAYAMA, 2012).

Segundo Gomes (2012), o paciente só encontra-se em bom estado de saúde


bucal quando a cavidade apresenta harmonia, normalidade e higidez. Nos hospitais
o cirurgião-dentista se faz imprescindível, pois é função dele a prevenção de
disseminação dos patógenos da cavidade oral para o resto do corpo, além de
possibilitar ao paciente um maior bem estar, diminuição no tempo de internação e uso
de medicamentos.

Para Silveira, et al (2010), a placa dental é basicamente composta por bactérias


anaeróbias e filamentos que se fixam nas superfícies dentais tanto de tecido mole
como gengiva e língua, quanto nas regiões contendo prótese. Em paciente de UTI
devido à alterações de ph salivar, gengivites, inflamações e xerostomia, as bactérias
gram-negativas que antes não se aderiam a placa agora passam à se aderir.

Em uma avaliação de dados orais feita em pacientes internados, constatou-se


que 13% dos pacientes tinham dentes cariados; 21% abscessos; 21% doenças
gengivais e 46% presença de próteses com ferimentos. Através do diagnóstico de
focos infecciosos o cirurgião-dentista pode prevenir complicações, além de fazer
tratamentos curativo-reabilitadores.( KAHN; GARCIA; JUNIOR, 2008)

1.3 Interface higiene bucal e complicações sistêmicas

De acordo com Santos e Mello (2008), as infecções tanto em pacientes de UTI


quanto em pacientes submetidos à procedimentos cirúrgicos são na maioria dos casos
complicações frequentes, portanto podem-se dividir em: infecções exógenas, quando
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o microrganismo infectante é adquirido no meio externo ou endógenas quando o


patógeno pertence à flora microbiana do hospedeiro (paciente).

Atualmente na unidades de terapias intensivas os pacientes ficam expostos á


uma grande variedade de microrganismos potencialmente infectantes, que são
adquiridos no meio externo, causando alterações na flora microbiana residente de
tal maneira que as infecções endógenas podem ser sub classificadas em: primárias
(infecções produzidas pela flora microbiana residente) e secundárias, (infecções
produzidas pela flora microbiana adquirida em UTI). Dessa forma calcula-se que nos
pacientes de UTI as infecções endógenas chegam a cerca dos 80% do total das
infecções, alterando a proporção entre endógenas primárias e secundárias (SANTOS;
MELLO, 2008).

Dessa forma Silveira, et al (2010), também afirma que a carga microbiana da


cavidade bucal é composta por mais de 300 espécies de microrganismos sobretudo
bactérias que, em casos onde se observa condições normais, mantêm-se em
equilíbrio, reafirmando o quanto a cavidade bucal pode predispor complicações
sistêmicas em UTIs, quando a microbiota não se encontra em equilíbrio.

Em terapias intensivas os pacientes tendem a ter uma higienização


comprometida e, portanto, ficam propensos a depósitos maiores de biofilme, elevando
o risco de disseminação. A grande preocupação com infecções bucais em terapias
intensivas decorrem do fato de que as mesmas constituem um foco primário de
infecções sistêmicas em pacientes que são totalmente dependentes da higienização,
mesmo sendo pouco documentada, tem sido de suma importância nas discussões
entre as equipes interdisciplinares as medidas para redução dos focos de infecção
de origem bucal, que vão desde técnicas locais de higienização com a busca de
produtos que auxiliem na homeostasia do ambiente bucal e na redução da flora
bacteriana (SANTOS; MELLO, 2008).

A presença da placa bacteriana na boca por falta de higienização, pode


influenciar negativamente as terapêuticas médicas, isso devido, aos focos infecciosos
bucais que se constituem em grandes quantidades de microrganismos com altas taxas
de virulência, resultando em migração desses microrganismos para órgãos vitais do
corpo e evoluindo para infecções pulmonares, endocardites e sepse (RABELO;
QUEIROZ; SANTOS, 2010).
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1.3.1 Cirurgião-dentista em unidades de terapia intensiva.

De acordo com Godói, et al (2009), as unidades de terapia intensiva surgiram no


início da década de 70 tendo uma enorme relevância na comunidade médica, já que
antes os cuidados aos pacientes graves eram realizados nas próprias enfermarias,
faltando não só área física adequada, mas recursos e materiais, o que possibilitava
uma maior taxa de infeções nos pacientes. Com o passar do tempo e a grande
porcentagem de infecções, foram criadas as unidades de terapia intensiva, e uma
equipe com várias especialidades para atuar na assistência aos pacientes de alto
risco.

Observa-se, de acordo com o estudo de Frantz e Rosa (2012), que o paciente


internado em unidade de terapia intensiva requer uma regular avaliação da saúde
bucal, estas avaliações irão influenciar diretamente em sua saúde sistêmica, além de
muita atenção, esses pacientes necessitam de monitoramento constante e adaptação
de tratamento nos cuidados especializados, sendo muito mais abrangentes.

Nos ambientes de terapias intensivas o paciente querer esses tratamentos


individualizados, pois nessas situações torna-se necessário levar em consideração a
evolução do seu quadro e se o mesmo se encontra estável, isso por que a cavidade
bucal, quando comparada à todas as outras cavidades e orifícios do corpo humano é
a que apresenta maior diversidade e níveis de microrganismos, sendo favorecida em
função dos diversos tipos de estruturas e tecidos nela encontrados, quantidade de
oxigênio, temperatura, e disponibilidade de nutrientes (FRANTZ; ROSA, 2012).

Essa grande variedade de microrganismos e as alterações nas respostas do


sistema imunológico podem favorecer episódios de infecções bucais, além de outros
fatores facilitadores como tubo endotraqueal muito utilizado em pacientes que
necessitam de intubação (FRANTZ; ROSA, 2012).

Fica evidente pelo estudo de Teixeira (2004), que os pacientes em unidades de


terapia intensiva tornam-se mais susceptíveis aos depósitos de bactérias gram-
negativas e ás transmissões cruzadas, pois contam com baixa resistência
imunológica, e a UTI sendo um epicentro de resistência bacteriana, só colabora para
que essa suscetibilidade seja ainda maior. Desta forma a atuação do cirurgião-dentista
torna-se essencial nesses ambientes, justamente pela existência da inter-relação
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entre microbiota oral e complicações sistêmicas, atuando com função preventiva, para
que esses pacientes tenham uma recuperação mais rápida, tendo como consequência
a diminuição da quantidade de dias internados, liberação dos leitos e diminuição dos
gastos hospitalares.

Um grande exemplo da suscetibilidade na qual a população mundial e


principalmente os pacientes de terapias intensivas encontram-se, são as bactérias
denominadas “superbactérias”. De acordo com Santos (2004), essas mutações
tornaram-se um grave problema de saúde não só no brasil, como no mundo,
difundindo-se nos hospitais e comunidades.

As bactérias denominadas auto resistentes também podem colonizar a cavidade


bucal como é o caso do Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) ou
superfície da pele humana, como também ter como forma de transmissão a saliva
humana como no caso do Streptococcus pneumoniae não susceptível à penicilina
(PNSSP), ambas com grande porcentagem de contaminação em ambientes
hospitalares (SANTOS, 2004).

Em um estudo transversal feito por Oliveira, et al (2007), é possível observar


essa grande suscetibilidade na qual a população encontra-se, reafirmando a
necessidade do cirurgião-dentista na atuação direta com esses pacientes. A pesquisa
foi realizada no município de Nova Friburgo no estado do RJ, com 30 pacientes todos
com idade entre 18 e 82 anos e média de 53 anos; sendo 17 homens e 13 mulheres,
todos internados na UTI geral do Hospital Municipal Raul Sertã, com diagnóstico de
pneumonia nosocomial (PN).

Foi observado que bactérias que mais frequentemente encontradas no aspirado


traqueal foram S. pneumoniae 23,3% representando (07 pacientes), P. aeruginosa
20% (06 pacientes), S. aureus 13,3% (04 pacientes), Candida albicans 6,6% (02
pacientes), Streptococcus alfa-hemolítico 6,6% (02 pacientes), Staphylococcus sp
6,6% (02 pacientes), Acinetobacter baumanii 3,3% (01 paciente), Eschericia coli
3,3% (01 paciente), Enterobacter cloacae 3,3% (01 paciente). Em todos os pacientes,
70% destas bactérias foram encontradas no biofilme dental, sendo 63,33% na língua,
73,33% no tubo do respirador artificial e em 43,33% em todas as áreas
simultaneamente (OLIVEIRA et al, 2007).
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Fica claro pela pesquisa de Oliveira, et al (2007), que a atuação do cirurgião-


dentista é extremamente necessária. A adaptação do tratamento desses pacientes
deve ser feita de acordo com as necessidades clínicas de cada um. A intervenção do
odontólogo na equipe multidisciplinar irá através de procedimentos como raspagem e
alisamento radicular, exodontias, profilaxias feitas com espátulas de madeira e gaze
embebidas em clorexidina 0,12%, remoções de tecidos cariados e quaisquer fontes
de focos infecciosos promover a adequação do meio bucal e meios de controle para
patógenos da cavidade oral (MIRANDA; MONTENEGRO, 2010).

Para a profilaxia em pacientes sob ventilação mecânica, existem protocolos que


podem ser adotados para que os mesmos tenham um meio bucal adequado e livre de
bactérias patogênicas. A intervenção odontológica em unidades de terapia intensiva
deve proceder dentro dos padrões de antissepsia pré-estabelecidos pelo hospital,
onde equipamentos quando usados, devem estar livres de germes. Curetas,
instrumentais cirúrgicos e perfurocortantes devem estar devidamente embalados e
estéreis e o cirurgião-dentista com todo o equipamento de proteção individual
(SCHLESENER; ROSA; RAUPP, 2012).

De acordo com a portaria SES-DF Nº287, a conduta do cirurgião-dentista em


UTIs consiste em antes dos atendimentos realizar a desinfecção de toda a bancada
que será utilizada em cada leito com álcool 70%. Os profissionais de odontologia em
plantão podem, mediante autorização do médico e indicação, realizar tratamentos
como: regularização de arestas dentais cortantes; sutura de dilacerações por trauma;
confeccionar e/ou instalar protetores bucais; realizar selamento de cavidades;
raspagens para eliminação de cálculo; contenções em caso de dentes que sofreram
luxação por traumas ou durante procedimentos de intubação; realizar diagnóstico de
lesões utilizando exames clínicos, exames histopatológicos ou laboratoriais,
isoladamente ou em conjunto; e tratamento de lesões de tecido mole por meio
farmacológico ou por laser terapia.

Inicialmente os cirurgiões-dentistas devem realizarem a limpeza da cavidade


bucal com espátulas de madeira envolvidas em gaze estéril emergidas em solução de
digluconato de clorexidina 0,12%, ou até mesmo utilizar os dedos com a gaze
embebida com a solução para promover a limpeza da região dos dentes, gengivas,
mucosa jugal, palato e língua (SES-DF Nº287).
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A intervenção odontológica deve ser realizada de 8/8 horas com repouso noturno
e monitoramento do cirurgião-dentista de no mínimo a cada 12/12 horas. Essa portaria
SES-DF Nº287 também prevê que o odontólogo utilize quando necessário, fármacos
como: antibióticos, anti-inflamatórios e soluções antifúngicas. Nesse aspecto a
odontologia hospitalar deve ser integrada a equipe multidisciplinar por ser o principal
foco de prevenção e tratamento contra as bactérias presentes na cavidade oral, e
consequentemente as infecções de ordem sistêmica (SES-DF Nº 287, 2016).

Como afirma Morais, et al (2006), em UTI as infecções são responsáveis tanto


pelas altas taxas de morbidade quanto mortalidade e aumento dos custos
hospitalares. Conforme explicado acima através da pesquisa feita por Oliveira, et al
(2007), os mesmos patógenos que estavam presentes na composição do biofilme
dental eram os que causaram infecção pela pneumonia nosocomial em 30 pacientes,
atestando a carência e a indispensabilidade do cirurgião-dentista dentro dos hospitais,
tanto em unidades de terapias intensivas, quanto nas outras unidades de internação,
trabalhando juntamente com a equipe de profissionais das demais áreas.

1.3.2 Odontologia hospitalar X pneumonias adquiridas

Segundo Scannapieco e Jilhnhee (2009), a higienização bucal feita em pacientes


de alto risco pode prevenir complicações sistêmicas como a pneumonia associada a
ventilação mecânica e a pneumonia nosocomial, já que o biofilme da placa dentária
conta com a colonização de patógenos respiratórios, o que resulta em um
desequilíbrio dessa região.

Segundo Oliveira, et al (2009), a passagem de bactérias bucais para o trato


respiratório inferior ocorre de duas formas: difusão hematogênica e aspiração. A
difusão hematogênica das bactérias é muito raramente encontrada, por outro lado, a
aspiração de microrganismos advindos das vias aéreas superiores enquanto o
paciente dorme ocorre em 45% as pessoas saudáveis e em 70% dos pacientes com
a assimilação e compreensão prejudicada, como etilistas, usuários de drogas e epi-
lépticos. Essas bactérias podem infectar o trato respiratório inferior através de quatro
possíveis vias: aspiração do conteúdo da orofaringe; inalação de aerossóis infectados;
através de disseminação de infecção em áreas contíguas; e disseminação
hematogênica através de áreas infecciosas extrapulmonares.
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Para o paciente em terapia intensiva há três vias de possíveis associações entre


o biofilme bucal e infecções respiratórias. A primeira delas é o biofilme bucal através
da higienização deficiente, e intubação orotraqueal em que o paciente permanece com
a boca aberta, provocando a secura da mesma (xerostomia), favorecendo o aumento
da saburra lingual e do biofilme sobre os dentes o que resulta em alta concentração
de patógenos no conteúdo salivar, predispondo a aspiração de patógenos em grande
quantidade para os pulmões deteriorando as defesas imunes (OLIVEIRA et al, 2009).

A segunda forma ocorre através de condições específicas, ou seja, o biofilme


bucal abrigando colônias de patógenos pulmonares favorece o seu crescimento, e por
fim os microrganismos presentes no biofilme bucal podem facilitar a colonização das
vias aéreas superiores por patógenos pulmonares (OLIVEIRA et al, 2009).

Morais, et al (2006), afirmam que a pneumonia nosocomial possui dois


facilitadores para o seu desenvolvimento, a higiene bucal deficiente e a presença de
patógenos periodontais no paciente de UTI, o que ocasiona não só um alto nível de
concentração desses microrganismos no conteúdo salivar, mas facilita a aspiração
do conteúdo para o pulmão em grande quantidade, promovendo o crescimento dos
patógenos pulmonares na saliva, e por fim podendo haver uma facilitação da
colonização dos patógenos pulmonares pela microbiota periodonto-patogênica

A origem etiológica da patogênese da pneumonia associada à ventilação


mecânica (PAVM) envolve a aspiração de bactérias da orofaringe para o pulmão por
meio dos tubos da ventilação mecânica, e a alta exposição do hospedeiro a esses
microrganismos resulta em infecção pulmonar de origem hospitalar entre 48 a 72
horas após a intubação do paciente (SCANNAPIECO; JILHNHEE, 2009).

Amaral, Cortês e Pires (2009), afirma que a pneumonia nosocomial é a 2ª


infecção hospitalar mais comum perdendo somente para a PAVM, tendo sua etiologia
no acúmulo de microrganismos patogênicos que são aspirados para o trato
respiratório, a broncoaspiração e a placa dental, são fatores importantes para o
desenvolvimento da pneumonia, apresentando sintomatologia 48 horas após a
admissão do paciente.

Mimica e Mendes (2007), afirmam que a letalidade do Staphilococcus aureus


passava de 80% dos casos antes da descoberta das penicilinas, porém em 1940
quadros de superbactérias resistentes a essa classe de antimicrobiano foram
13

relatadas novamente, atualmente a grande maioria dos Staphilococcus aureus que se


encontram colonizando cavidade oral tanto de pacientes hospitalizados quanto
pacientes saldáveis são resistentes as penicilinas, na diária clinica é padrão encontrar
outros tipos de bactérias resistentes à alguns antimicrobianos como Pseudomonas
spp, Pseudomonas aeruginosa resistentes a ceftazidima, cefepime ou piperacilina,
Acinetobacter spp, Staphilococcus aureus resistente a oxacilina, Enterococcus
resistentes à vancomicina.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Para o desenvolvimento do presente trabalho foram realizadas revisões


bibliográficas baseadas em publicações científicas nacionais e internacionais da área
odontológica e médica, envolvendo a especialidade hospitalar.

Para a coleta de informações e realização deste trabalho foi necessária uma


busca de dados em plataformas como a Scielo, Google acadêmico, Revodonto e
Pubmed, as quais foram selecionadas entre 1996 e 2017 obtendo referências daquilo
que foi abordado como agente principal da pesquisa.

3 DISCUSSÃO

A atuação da odontologia dentro de ambientes hospitalares deu-se pela


necessidade de um tratamento multidisciplinar ao paciente hospitalizado, de forma
que a higienização intraoral tornou-se essencial para o tratamento do paciente,
principalmente aqueles em terapia intensiva, como afirma Ferrreira, Ribeiro e Santos
(2017). Assim como também esclarece a portaria SES-DF Nº287, que apresenta como
o cirurgião-dentista atua nesses atendimentos especiais e o quanto é importante não
só para o paciente mas para o hospital a realização desses procedimentos, gerando
um menor custo hospitalar, menor quantidade de dias de internação e maior
rotatividade de leitos.

Dessa forma o campo de atuação da odontologia em ambiente hospitalar deve


ser valorizado, não havendo tamanha escassez da realização da higiene bucal dos
pacientes em terapia intensiva. Sabe-se que a problemática não está somente no
setor hospitalar, mas também na falta de integralidade no atendimento do paciente
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como um todo, um fator que tornou-se realidade na maioria dos hospitais (GODÓI,
2009).

Para Silveira, et al(2010), os pacientes em estado crítico estão mais susceptíveis


ao acúmulo de placa dental por conterem elevados níveis de proteases (enzimas
responsáveis pela degradação de proteínas e liberação de aminoácidos), essas
proteases degradam a fibronectina (glicoproteína existente na superfície dental
responsável pela inibição da aderência de gram-negativos), e a perda dessa
substância reduz o mecanismo de defesa intermediado pelas células reticulo
endoteliais, facilitando a fixação das bactérias gram-negativas e filamentos nas
superfícies dentais, gengivas, língua e interior da própria cavidade bucal, resultando
numa alteração da microbiota normal..

Moura (2007), completa a afirmativa de Silveira, et al(2010), quando afirma que


pacientes em UTIs têm de 5 a 10 vezes mais riscos de adquirir uma infecção do que
outros pacientes internados em outras unidades, isso por estarem expostos à
procedimentos invasivos como cirurgias complexas, drogas
imunossupressoras, contato com a equipe de saúde e a falta de higienização feita
corretamente.

Santos e Mello (2008) e Oliveira, et al (2007), em seus estudos de corte


transversal, demostraram que existe uma estreita relação entre os patógenos da
cavidade oral e a pneumonia nosocomial, atestando que as bactérias contidas nos
focos infecciosos da cavidade bucal podem se disseminar para o restante do corpo.

Atualmente mesmo com poucas pesquisas expondo a inter-relação entre


microbiota oral e complicações sistêmicas Amaral, Cortês e Pires (2009), afirmam que
existe uma inter-relação entre bactérias colonizadoras da cavidade oral e as
pneumonias nosocomiais. Mimica e Mendes (2007), também relatam que o
Staphylococcus aureus é uma bactéria que pode colonizar a cavidade oral e nasal de
pacientes saudáveis, porém atualmente se tornou resistente também à oxacilina.

De acordo com Amaral, Cortês, Pires (2009), e Guimarães (2011), ambos


correlacionam bactérias que colonizam a cavidade oral como causadoras de infecções
hospitalares.
15

Gomes (2012) e Amaral, Cortês e Pires (2009), completam e atestam os estudos


de corte transversal de Santos e Mello (2008) e Oliveira, et al(2007), onde relatam que
a pneumonia é um tipo de infecção debilitante principalmente para pacientes
imunocomprometidos e idosos, para Gomes(2012) a pneumonia nosocomial é a
segunda causa de infecção hospitalar sendo responsável por índices de englobam
de 10% a 15% das pneumonias adquiridas, sendo que de 20% a 50% dos pacientes
que contraem a doença vem a óbito.

Rabelo, Queiroz e Santos (2010), ainda atestam que o acompanhamento de um


profissional capacitado e a higienização oral feita corretamente, reduzem
significativamente a progressão de patologias respiratórias. O desenvolvimento de
pneumonias entre pacientes considerados de alto risco e mantidos em cuidados
paliativos, ou sob observação tem diminuído onde se tem a presença do cirurgião-
dentista. Corroborando com a afirmativa de Ferreira, Ribeiro e Santos (2017), onde
eles afirmam que através do exame clínico da cavidade oral, pode-se detectar
alterações bucais pré-existentes, contribuindo para o tratamento precoce, e sendo
imprescindível a adição do um cirurgião-dentista junto a equipe de profissionais.

Segundo Guimarães (2011), a letalidade de infecções em UTIs são mais


elevadas do que em outras unidades de internação do hospital, isso decorre não só
por conta da gravidade do quadro clinico dos pacientes, mas também pela microbiota
residente na cavidade oral, o que só reafirma o que mostra Amaral, Cortês e Pires
(2009), constatando que a colonização de patógenos respiratórios e a complexidade
do biofilme bucal são maiores em pacientes de UTI do que em outras áreas
hospitalares, sendo proporcional ao tempo de internação. Isso leva a comunidade
medica a acreditar que a colonização do biofilme por patógenos, em especial os
respiratórios, sejam uma fonte específica de infecção nosocomial, uma vez que as
bactérias presentes na boca podem ser aspiradas e causar pneumonias por
aspiração.

Wayama (2012), Ferreira, Ribeiro e Santos (2017) e Sousa, Pereira e Silva


(2014), ainda relatam que muitos profissionais já atuantes no mercado de trabalho e
acadêmicos não sabem ou não possuem informações suficientes quanto à essa
especialidade, e que esse campo de atuação tanto à pacientes especiais, geriátricos
quanto aqueles em unidades de terapia intensiva é ignorado. Os profissionais recém-
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formados não são capacitados para as peculiaridades desse nível de atendimento, ou


até mesmo à confundem com a bucomaxilofacial, mostrando que os próprios
cirurgiões-dentistas ainda não sabem da importância da especialidade na assistência
ao paciente internado, sendo que existem muitas situações clínicas em que a
presença do cirurgião-dentista hospitalar é essencial.

A falta de reconhecimento da área odontológica hospitalar ainda existe, para o


cirurgião-dentista que faz a assistência a um paciente, é necessário realizar uma
anamnese adequada para colher informações não só da sua condição bucal, mas
também do seu estado sistêmico, o devido acompanhamento é essencial, pois muitas
alterações em cavidade oral podem conter estreita relação com alterações
sistêmicas, e o cirurgião-dentista através de exames pode não só diagnosticar, como
também prevenir a progressão da doença diminuindo o tempo de internação (SOUSA;
PEREIRA; SILVA, 2014).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De um modo geral, foi possível observar que pacientes submetidos à internação


em unidades de terapias intensivas, ficam mais expostos ás infecções hospitalares,
seja por alterações no sistema imunológico, resistência bacteriana a falta de higiene
bucal ou ambas as causas em conjunto. A falta dos cuidados de um cirurgião-dentista
em UTIs pode resultar em prognósticos desfavoráveis em decorrência da não
remoção dos focos infecciosos e prevenção de disseminação bacteriana. A relação
da odontologia com a ampla gama de doenças sistêmicas, e inadequado controle de
saúde bucal em unidades de terapia intensiva, tem consequências gigantescas para
o paciente, podendo até levá-lo à morte.

Portanto foi verificado que a atuação do cirurgião-dentista nos hospitais é de


suma importância para o tratamento de pacientes hospitalizados, principalmente
aonde a intubação é necessária atuando para promover e restabelecer a homeostasia
da cavidade bucal. Atestando a inter-relação entre a microbiota bucal e as doenças
sistêmicas, demonstrando a importância da intervenção do cirurgião-dentista para a
correta higienização e higidez dos tecidos bucais como uma forma de prevenção e
tratamento.

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ANEXOS
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