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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC

Curso de Odontologia
Trabalho de Conclusão de Curso

Importância do Cirurgião-Dentista Integrado à Equipe Assistencial


na Unidade de Terapia Intensiva

Gama-DF
2023

LAYANE CARNEIRO NOGUEIRA

Importância do Cirurgião-Dentista integrado à Equipe Assistencial


na Unidade de Terapia Intensiva

Artigo apresentado como requisito para conclusão


do curso de Bacharelado em Odontologia pelo
Centro Universitário do Planalto Central
Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientador: Prof. Dr. Alexandre Franco Miranda


Gama-DF

2023

LAYANE CARNEIRO NOGUEIRA

Título: Importância do cirurgião-dentista integrado à equipe assistencial na unidade de terapia


intensiva

Artigo apresentado como requisito para conclusão


do curso de Bacharelado em Odontologia pelo
Centro Universitário do Planalto Central
Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Gama-DF, dia de mês de 2023.

Banca Examinadora

Prof. Dr. Alexandre Franco Miranda


Orientador

Prof. Nome completo – a definir


Examinador
Prof. Nome Completo – a definir
Examinador

Importância do cirurgião-dentista integrado à equipe assistencial na


unidade de terapia intensiva

Layane Carneiro Nogueira1


Alexandre Franco Miranda 2

Resumo:
Este documento apresenta o modelo de formatação a ser utilizado nos artigos submetidos como
Trabalho de Conclusão de Curso. Esse espaço é reservado para apresentar o resumo do seu
trabalho na língua originária. Ele deve conter entre 100 e 250 palavras; Times New Roman,
tamanho 12, espaçamento simples, alinhamento justificado. Espaço reservado para descrever o
trabalho de forma clara e concisa ressaltando objetivos, metodologia, resultados e conclusão.

Palavras-chave: Centro de terapia intensiva; Equipe de cuidados bucais; Infecções hospitalares


na uti

Abstract:
This document presents the formatting model to be used in articles submitted as Course
Conclusion Work. This space is reserved to present the abstract of your work in the original
language. It must be between 100 and 250 words; Times New Roman, size 12, single spaced,
justified alignment. Space reserved to describe the work in a clear and concise way, highlighting
objectives, methodology, results and conclusion.

Keywords: Intensive care center; Oral care team; Nasocomial infections in the icu

1
Graduanda do Curso de Odontologia, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac. E-mail: layanecarneironogueira@gmail.com
2
Professor Doutor do Curso de Odontologia – Odontologia para Pacientes Especiais e Odontogeriatria, do Centro
Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. E-mail: alexandre.miranda@uniceplac.edu.br
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INTRODUÇÃO

A unidade de terapia intensiva (UTI) é um setor hospitalar em que os pacientes


necessitam de suporte assistencial e integral a partir de estratégias de equipe que visam a
melhoria e estabilização de quadros sistêmicos graves. Casos clínicos mais complicados podem
levar ao quadro de morte, por exemplo (PROENÇA; AGNOLO, 2011) (MIRANDA;
CROSATO; BIAZEVI, 2020).
Pacientes internados em UTIs tem uma equipe que trabalha de maneira intermitente, já
que estão totalmente dependentes dos profissionais para qualquer tipo de necessidade que tenha.
A presença do cirurgião-dentista na equipe tem um papel importante nas orientações da equipe de
enfermagem e cuidados orais, já que esses pacientes podem apresentar alguma deficiência de
higienização oral, presença de focos infecciosos, processo inflamatório e lesões orais que tenham
interferência sistêmica e na recuperação(GONÇALVES et al., 2021)(MIRANDA; CROSATO;
BIAZETI, 2020).
É importante ressaltar que a falta de cuidado orais, contribuem para o acúmulo de
biofilme (em dorso de língua, dentes, tudo do respirador artificial e próteses dentárias),
considerados reservatórios microbianos de gram-negativos associados a infecções hospitalares, a
destacar a pneumonia associada à ventilação mecânica e nosocomial (MIRANDO, 2017).
A atuação do dentista na equipe da UTI visa ter um conceito de tratamento global, ou
seja, atuar de maneira a evitar infecções orais, contribuir na diminuição do tempo de internação e
realizar medidas com o foco na adequação do meio oral (MIRANDA; CROSATO; BIAZEVI,
2020). Medidas para adequação bucal devem ser bem planejadas e organizadas por toda a equipe
da UTI, como por exemplo, a desinfecção bucal que pode ser realizada em uma única sessão,
evitando complicações e prejuízos para esses pacientes (MIRANDA, 2017) (GOMES;
ESTEVES, 2012).
A assistência com o foco na promoção de saúde bucal já faz parte da maioria dos hospitais
públicos, privados e militares do Brasil, fato este que reforça a importância do cirurgião-dentista
nesse setor hospitalar.
Diante desse contexto, o presente trabalho tem como objetivo abordar a atuação do
cirurgião-dentista integrado na assistência de pacientes internados em unidade de terapia, a partir
de uma revisão de literatura.

METODOLOGIA

Foi feita uma análise de busca de artigos científicos publicados no período de ano a ano nas bases
de dados Google Acadêmico, Scielo, Pubmed, utilizando as palavras-chaves: quais ???,
totalizando quantas ? referências.
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REVISÃO DE LITERATURA

A unidade de terapia intensiva é um ambiente em que podem ocorrer elevados


índices de mortalidade, principalmente associados a infecções pulmonares. Esta relação
ocorre, em muitas vezes, pela associação da deficiência de cuidados orais e doença
periodontal em que ocorre a colonização de microrganismos patogênicos e são aspirados
para o trato respiratório inferior (COLLINA et al., 2017) (MIRANDA; CROSATO;
BIAZEVIC, 2020).
Durante a permanência dos pacientes na UTI pode ocorrer a alteração do
sistema imune, aumentando o risco de contaminação para infecção pulmonar. Diante
desse contexto, é importante ressaltar que medidas preventivas e de higienização oral
contribuem efetivamente para diminuição da colonização bacteriana e quadros de
pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) (COLLINA et al., 2017).
É comum que os procedimentos de higiene oral sejam feitos por enfermeiros
ou técnicos de enfermagem na UTI, porém os mesmos não possuem as mesmas técnicas
clínicas e manejo da cavidade oral como o cirurgião-dentista capacitado. Por isso a
necessidade de políticas educativas e de formação profissional na assistência em saúde
oral de pacientes críticos (BELLISSIMO-RODRIGUES et al., 2014)
Devido ao período de internação hospitalar na UTI, os pacientes podem
apresentar um aumento de cinco a dez vezes de contrair infecções e apresentarem
situações clínicas que afetam o sistema imunológico, por isso a necessidade de suporte
com o foco na promoção de saúde bucal, minimizando o agravamento das condições
sistêmicas (GOMES; ESTEVES, 2012). Os pacientes que estão em ventilação mecânica
por um período prolongado apresentam um risco maior de desenvolver PAV. Além disso,
fatores como idade avançada, doenças pulmonares pré-existentes, imunossupressão e uso
prolongado de antibióticos também aumentam o risco de desenvolver PAV
(ALEXANDRE et al., 2015)
Pacientes internados na UTI sob ventilação mecânica, que estão sob intubação
orotraqueal e/ou traqueostomizados, podem ficar com a cavidade oral aberta por muito
tempo, associada à deficiência de cuidados, favorecendo à formação de biofilme e a
sensação de boca seca (xerostomia). Essas condições são prejudiciais para esses pacientes,
pois ocorre uma diminuição do pH da cavidade oral, favorecendo o surgimento de
infecções fúngicas, também (COLLINA et al., 2017).
A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma das causas mais comuns de
mortalidade dentro de unidades de terapia intensiva, como uma das medidas mais
importantes que se encontra dentro de um pacote para prevenção da PAV é uma higiene
bucal adequada (HAGHIGHAT; MAHJOBIPOOR; GAVARTI, 2022) (MIRANDA et al.,
2015).O acúmulo de biofilme bucal pode causar cáries, doenças periodontais, mau hálito e
infecções bucais, que podem se espalhar para outras partes do corpo. Em indivíduos com
sistema imunológico enfraquecido, como pacientes hospitalizados e entubados, essas
infecções podem ser particularmente graves (COSTA et al., 2022).
Algumas formas de prevenção tem um significado positivo, para a prevenção da
PAV, sendo uma das mais importantes a higiene bucal. A higiene bucal e o uso de
antissépticos, a destacar a clorexidina 0,12%, ajudam a manter a integridade da mucosa
oral e consequentemente a diminuição de colonização das bactérias associadas a quadros
infecciosos sistêmicos (COLLINA et al., 2017) (MIRANDA et al., 2015). Por isso,
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unidades de terapia intensiva capacitadas possuem em seus protocolos assistenciais e de


cuidados, o suporte com os cuidados orais desde o primeiro dia da internação. (JUN et al.,
2021).
Para que esse paciente tenha uma adequada condição bucal, o dentista deve avaliá-
lo, nas primeiras 24 horas da admissão (ALBUQUERQUE et al., 2023). Clorexidina é um
antisséptico eficaz para higienização da cavidade oral. A clorexidina é um agente
antimicrobiano de amplo espectro que é eficaz contra uma variedade de bactérias. A
clorexidina tem ação residual, o que significa que continua a ter um efeito antimicrobiano
mesmo após a lavagem ou enxágue. Isso a torna uma escolha popular para desinfecção
oral e periodontal, bem como para a prevenção e tratamento de infecções bacterianas e
fúngicas (TEIXEIRA; SANTOS; AZAMBUJA, 2019).
Outro risco de infecção na UTI está relacionado ao longo período de internação
que pode desencadear infecções pulmonares nosocomiais, as quais apresentam elevadas
taxas de mortalidade e morbidade nos pacientes hospitalizados (HUA, 2016). Além disso,
a boca é um ambiente rico em bactérias e outros microrganismos que podem causar
infecções respiratórias e digestivas. Se esses microrganismos não forem mantidos sob
controle através de uma boa higiene bucal, eles podem se espalhar para outras partes do
corpo e causar problemas de saúde (COSTA et al., 2022).
O cirurgião-dentista tem grande importância na prevenção de possíveis infecções
de origem odontogênica e relação sistêmica, na promoção na saúde bucal dos indivíduos
hospitalizados. O profissional da odontologia com habilitação hospitalar necessita ter uma
análise global e integral do indivíduo hospitalizado com o objetivo de promover saúde
bucal, a partir de estratégias interdisciplinares (MOREIRA et al., 2022). A avaliação da
saúde bucal dos pacientes críticos internados em centros de terapia intensiva é uma parte
importante do cuidado interdisciplinar prestado a esses pacientes e deve ser realizada
rotineiramente. É necessário que sejam estabelecidos protocolos e diretrizes claras para
garantir que a saúde bucal seja avaliada e tratada adequadamente, e que os profissionais
de saúde recebam treinamento adequado em saúde bucal (MIRANDA; CROSATO;
BIAZEVIC, 2020).
É de extrema importância que o cirurgião-dentista faça parte do corpo clínico de
um hospital, principalmente em unidades de cuidados intensivos. Isso se deve ao fato de
que infecções bucais podem levar a infecções sistêmicas em pacientes debilitados, como
aqueles que estão em UTI. Além disso, muitos pacientes internados em hospitais possuem
problemas dentários que precisam ser tratados. O cirurgião-dentista é capacitado para
avaliar e tratar problemas dentários, e também é capaz de orientar o paciente sobre
cuidados preventivos e higiene oral. O estabelecimento de um protocolo de higiene oral
individual, desenvolvido por um profissional da área, pode ajudar a prevenir infecções
bucais e consequentemente infecções sistêmicas em pacientes hospitalizados (TEIXEIRA;
SANTOS; AZAMBUJA, 2019).
Todas as alterações e problemas bucais que podem acometer os pacientes na UTI, o
cirurgião-dentista capacitado pode diagnosticar e tratar, contribuindo para uma melhor
saúde do paciente crítico (MATOS et al., 2013). Com o dentista atuando na UTI, são
necessárias as atividades de prevenção odontológica, esses pacientes internados podem
desenvolver problemas, como infecções e inflamações, onde dependendo do
procedimento, somente o cirurgião-dentista pode atuar, como realizar anestesia,
exodontia, ajuste de próteses, raspagem (MIRANDA, 2017). Portanto, é importante que
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os protocolos de higiene oral sejam rigorosamente seguidos em ambientes hospitalares e


clínicos para prevenir a disseminação de bactérias e garantir a saúde ( TEIXEIRA;
SANTOS; AZAMBUJA, 2019).
É muito importante que os pacientes internados em UTI recebam cuidados bucais
adequados para prevenir complicações orais e sistêmicas. A higiene das próteses dentárias
é essencial para manter a saúde oral e prevenir a proliferação de microrganismos nocivos.
Os profissionais de saúde devem realizar a higiene bucal diariamente em pacientes
internados em UTI, incluindo a limpeza das próteses dentárias. A remoção das próteses
dentárias para higiene deve ser realizada diariamente, sempre que possível, para garantir
uma limpeza adequada e evitar o acúmulo de biofilme e restos alimentares. Além disso, é
importante que os profissionais de saúde verifiquem regularmente o estado das próteses
dentárias dos pacientes para identificar possíveis fraturas, luxações ou outras alterações
que possam comprometer a saúde bucal. Caso necessário, as próteses devem ser reparadas
ou substituídas para garantir a saúde e o conforto do paciente (MIRANDA; CROSATO;
BIAZEVIC, 2020).
As medidas como escovação dos dentes e gengivas na UTI devem ser feitas, pelo
menos, duas vezes ao dia. A realização de uma profilaxia por um profissional capacitado,
pelo menos uma vez na semana, pode prevenir o risco de mortalidade por infecções
hospitalares de pacientes internados na UTI (QUADRO 1) (GOMES, ESTEVES, 2012)
(ALBUQUERQUE et al., 2023)

Quadro 1 – Instruções de higiene oral em pacientes internados na Unidade de Terapia


Intensiva Comparação de protocolos publicados em 2012 e 2023 -

Instruções de higiene oral em pacientes Procedimento operacional padrão em pacientes internados na UTI
internados na UTI (ALBUQUERQUE, 2023)
(GOMES, ESTEVES, 2012)

Condição oral Procedimentos clínicos Para uma higiene bucal segura: Descrição dos 6 passos de higiene
bucal:

Dentado ou I. Escovação dos . Nas primeiras 24 horas de admissão, o 1. Remover sujidades das regiões
ausência dentes com a técnica paciente deverá receber cuidados peribucal e parte externa dos
parcial de Bass modificada, pelo Cirurgião-Dentista, para adequação lábios, com água destilada e estéril,
com ou sem creme do meio bucal, para detectar não empregar força manual
dental qualquer foco infeccioso. para não lesionar tecidos moles.
II. Escovação da . O tubo orotraqueal deverá ser higienizado 2. Antissepsia na região peribucal e
língua da mesma forma que as externa dos lábios,com gaze estéril
III. Lavagem com estruturas bucais, para não acumular umedecido em gluconato de
água filtrada biofilme. Nunca verter a solução de clorexidina a 0,12%.
IV. Aspiração dos gluconato de clorexidina a 0,12% 3. Lubrificar essas regiões com
excessos de líquidos diretamente na cavidade bucal pelo risco lubrificante extrabucal.
V. Aplicação de de broncoaspiração. Sempre aspirar a 4. Remover sujidade das estruturas
espátula com gaze, cavidade antes, durante e depois dos intrabucais Aplicar gaze seca ou
com solução de procedimentos de higiene bucal. Em umedecida em água, com movimentos
gluconato de pacientes em posição de prona proceder a póstero-anteriores (de trás
clorexidina 0,12 % higiene bucal para frente). Realizar esses
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VI. Aspirar sem imediatamente antes da mudança de movimentos em todas as estruturas


enxaguar decúbito e após retorno a posição moles e duras: mucosa jugal, parte
supina. Se atentar às lesões que o tubo externa dos lábios, gengiva,
I. Escovação da língua orotraqueal pode causar. palato, dorso da língua, dentes,
Edentulismo II. Lavagem com . O uso de escova de dentes descartáveis e próteses fixas e tubo orotraqueal.
água filtrada fio dental somente deverá ser 5. Reduzir a carga microbiana, com
III. Aspirar excesso indicado pelo cirurgião-dentista. aplicação com gaze umedecido
IV. Aplicação de . Quando utilizar a escova de dente: em solução de gluconato de clorexidina
espátula com gaze, utilizar água destilada estéril ou a 0,12%, em toda
com solução de filtrada, apoiar a escova entre gengiva e estrutura moles e duras da boca, com
gluconato de dente, formando um ângulo de 45º movimento póstero-anterior,
clorexidina 0,12 %, com o longo eixo do dente. Com em arcada superior e inferior.
em mucosa, rebordos movimentos vibratórios leves de encontro 6. Lubrificar os tecidos intrabucais
desdentados, língua e à gengiva onde consiga penetrar moles, mucosa da bochecha,
palato suavemente, e limpar todas as faces do parte interna dos lábios, gengiva,
V. Aspirar sem dente.Iniciar os movimentos de varredura palato e dorso e ventre da
enxaguar no sentido da gengiva para o língua, com saliva artificial ou água
dente, repetir por 5 vezes, tanto nas faces destilada, arcada superior e
vestibulares e palatinas dos inferior. Para lubrificação da região
dentes. Na presença de saburra lingual, peribucal usar AGE,
utilizar raspador de língua ou dexpantenol creme 5%.
espátula, com movimentos póstero-
anteriores. O uso de fio dental vai
depender da dentista.

ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Procedimento operacional padrão. Elaborado pelo


Departamento de odontologia da Associação de medicina intensiva Brasileira (ALBUQUERQUE, A. C. M. et al.,
2023). Departamento de enfermagem da Associação de medicina intensiva Brasileira (PIETRO, R. et al.,2023). São
Paulo

Gomes SF, Esteves MCL. Atuação do cirurgião-dentista na UTI: um novo paradigma. Rev Bras Odontol, 2012;
69(1): 67-70.
Foi desenvolvido pelo institute for Healthcare uma série de recomendações
eficazes para que se reduza o desenvolvimento da PAV em pacientes que se encontram
em ventilação mecânica; sobre o Pacote Ventilador, se trata de uma série de cuidados com
o ventilador que são, elevação da cabeceira em 30 a 45, remoção contínua de secreções
subglóticas, mudança do circuito do ventilador não mais do que 48 horas, e a lavagem das
mãos antes e após cada contato com paciente Além dessas séries de cuidados com o
ventilador, foram incluídas também uma série de cuidados diários de uma boa higiene oral
e a manutenção de um meio bucal. Para um bom ambiente bucal saudável, é muito
importante manter uma boa lubrificação com saliva, pois a mesma tem funções muito
importantes para a cavidade oral. Um controle da placa bacteriana é muito importante
para a prevenção de doenças periodontais, diminuindo a colonização de bactérias
(STONECYPHER et al.,2010) (MIRANDA et al., 2015).
A odontologia hospitalar é uma das habilitações reconhecidas pelo Conselho
Federal de Odontologia (CFO) em que o cirurgião-dentista pode se capacitar. O papel
educacional, clínico e científico do cirurgião-dentista na UTI interfere diretamente nos
resultados de desempenho assistencial e melhoria do suporte de cuidados aos pacientes
internados (MOREIRA et al., 2022). A presença dos Cirurgiões-Dentistas na Unidade de
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Terapia Intensiva (UTI) é justificada por várias razões importantes para a saúde do
paciente. Projeto de Lei 2776/08 torna obrigatória a presença de dentistas em todas as
UTIs, clínicas e hospitais públicos e privados que possuam pacientes internados
(TEIXEIRA; SANTOS; AZAMBUJA, 2019).
É essencial contar com equipes multiprofissionais, incluindo profissionais de
odontologia, para realizar a higiene bucal adequada e prevenir a proliferação de patógenos
na boca, que podem se disseminar para outros órgãos e sistemas do corpo. Essas equipes
devem estar sempre em constante qualificação e atualização, para garantir que estão
utilizando as melhores práticas e técnicas disponíveis para prevenção e tratamento de
infecções. A abordagem multidisciplinar é fundamental para garantir que o paciente
receba uma assistência integral e integrada, com monitoramento constante de todos os
órgãos e sistemas do corpo, a fim de prevenir e tratar complicações (TEIXEIRA;
SANTOS; AZAMBUJA, 2019).
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DISCUSSÃO

Quando a higiene bucal é insuficiente, esses microrganismos podem se multiplicar


e formar biofilme dental, que é uma placa bacteriana aderida à superfície dos dentes. Se a
placa bacteriana não for removida por meio da escovação e do uso do fio dental, ela pode
levar ao desenvolvimento de cárie dentária, gengivite e periodontite, entre outras
condições. Além disso, essas bactérias podem entrar na corrente sanguínea por meio de
pequenas lesões na boca, como gengivite e aftas, e causar infecções em outras partes do
corpo. (MOREIRA et al., 2022). O acúmulo de bactérias prejudiciais à saúde sistêmica
presentes na cavidade oral podem ser aspiradas, ocasionando pneumonias. Por isso, a
necessidades do cirurgião-dentista na avaliação das alterações orais dos pacientes como
cárie, necrose pulpar, infecções ou fraturas, e àqueles pacientes que faz uso de próteses
fixas ou móveis, elas podem causar algum trauma ou danos a tecidos moles (GOMES;
ESTEVES, 2012).
Na UTI, os pacientes que necessitam de atendimento continuado, pois são
pacientes graves que têm um maior risco de morte. Quando se trata desse tipo de
internação, os pacientes e familiares, entram em um estado de medo da morte, ansiedade,
e principalmente o sentimento de isolamento do paciente internado (PROENÇA;
AGNOLO, 2011). A participação do cirurgião-dentista na manutenção da saúde bucal dos
pacientes é crucial para garantir a integralidade da atenção e assistência à saúde,
prevenindo a propagação de infecções e contribuindo para a recuperação mais rápida e
eficaz dos pacientes (MOREIRA et al., 2022).
Ao avaliar a saúde bucal de pacientes críticos, a equipe da UTI pode identificar
problemas dentários e periodontais que precisam ser tratados. Isso pode envolver a
realização de procedimentos clínicos como limpeza dental, extração de dentes afetados,
tratamento de lesões de tecidos moles e prescrição de medicamentos para controle da dor
e inflamação. Compreender a saúde bucal de pacientes críticos é fundamental para a
equipe da UTI desenvolver abordagens interventivas e ações focadas nesses pacientes.
Isso pode ajudar a minimizar os efeitos sistêmicos associados à condição dos pacientes e
melhorar sua recuperação (MIRANDA; CROSATO; BIAZEVIC, 2020).
A saúde bucal é essencial para a manutenção da saúde geral do indivíduo, pois a
cavidade oral é uma porta de entrada para bactérias e microrganismos que podem causar
infecções e inflamações em todo o corpo. A presença de placas bacterianas e doenças
periodontais pode levar a uma resposta inflamatória crônica, que pode contribuir para o
desenvolvimento de várias doenças sistêmicas, incluindo diabetes, acidente vascular
cerebral e infartos. Além disso, lesões por cárie e pulpites podem causar dor e
desconforto, afetando a qualidade de vida e o bem-estar do paciente. Essas condições
bucais podem dificultar a alimentação e a nutrição adequada, o que pode levar a uma
piora no estado de saúde geral do indivíduo. Por isso, é fundamental que os profissionais
de saúde incluam a avaliação da saúde bucal no cuidado integral dos pacientes internados,
visando prevenir e tratar as condições bucais que possam estar contribuindo para o
agravamento de doenças sistêmicas ou para a piora do estado geral de saúde do paciente
(MOREIRA et al., 2022).
A periodontite é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos de suporte
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dos dentes, incluindo gengivas, ligamentos periodontais e osso alveolar. Quando não
tratada, a periodontite pode levar à perda dentária e pode aumentar o risco de doenças
sistêmicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e pulmonares. A patologia
periodontal pode aumentar o risco de pneumonia nosocomial, que é uma infecção
pulmonar adquirida no hospital, e também pode aumentar o risco de doenças
cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além disso, a
patologia periodontal pode prolongar o tempo de internação na UTI, uma vez que pode
ser necessário tratar a infecção periodontal antes de realizar outros procedimentos
médicos (SILVA et al., 2016).
A higienização adequada da cavidade oral é essencial para a prevenção de doenças e para
a manutenção da saúde geral do paciente. Quando a higiene oral é deficiente, bactérias e
outros micro-organismos podem se acumular na boca e causar inflamações e infecções.
Essas condições podem afetar negativamente a resposta imune do paciente,
comprometendo sua capacidade de combater infecções e doenças. Nesse sentido, o
cirurgião-dentista desempenha um papel fundamental na promoção da saúde oral e na
prevenção de complicações relacionadas à falta de higiene oral. Além disso, o cirurgião-
dentista também pode atuar em nível hospitalar ou ambulatorial, fornecendo serviços de
odontologia para pacientes internados ou em tratamento (MOREIRA et al., 2022).
A participação do cirurgião-dentista na equipe de saúde é importante para garantir
a integralidade da atenção e assistência à saúde. Ao integrar cuidados odontológicos com
outras áreas da saúde, é possível oferecer um atendimento mais completo e eficiente aos
pacientes. Dessa forma, a atuação do cirurgião-dentista pode contribuir para a melhoria da
qualidade de vida e para a promoção da saúde da população (MOREIRA et al., 2022). A
implantação de estratégias de atendimento odontológico em UTI pode trazer diversos
benefícios aos pacientes e à equipe de saúde envolvida no cuidado intensivo. Além de
permitir uma comunicação mais efetiva entre as equipes, as interações integradas podem
contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes internados na UTI
(MIRANDA; CROSATO; BIAZEVIC, 2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Faça uma reflexão sobre a questão problema. Verifique se sua hipótese e seu objetivo geral e seus
objetivos específicos foram alcançados. Apresente as considerações finais, podendo apresentar
ainda sugestões e cuidados, caso outras pessoas queiram implantar as ações em suas atividades
profissionais.
12

REFERÊNCIAS – organizar as referências !!! na UNICEPLAC as normas são ABNT ? ou


Vancouver ? Arrumar – todas as referências devem ter um correto padrão.

Colocar mais referências !!!

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systemstic review and meta-analisis randomized trials evaluating ventilador-associated
13

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adultos intubados. Wolters Kluwer Saúde, São Paulo, v. 33, n. 4, p. 339-347,

Apêndice A - Título do Apêndice


ou
APÊNDICE A – TÍTULO DO APÊNDICE
14

A norma da ABNT permite utilizar esses dois modelos de formatação para apresentar o
título do apêndice.
De acordo com a norma NBR 6022 (2018), o apêndice deve ser identificado com a
palavra Apêndice seguida de letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivo título, com o
mesmo destaque tipográfico das seções primárias e centralizado, conforme a ABNT NBR 6024.
Utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas
as 26 letras do alfabeto.

Anexo A - Título do Anexo

De acordo com a norma NBR 6022 (2018), o anexo deve ser identificado com a palavra
Anexo seguida da primeira letra maiúsculas e as demais minúsculas, travessão e respectivo título,
com o mesmo destaque tipográfico das seções primárias e centralizado, conforme a ABNT NBR
6024.
Utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas
as 26 letras do alfabeto.

Agradecimentos

No caso do artigo, o agradecimento é o último elemento pós-textual.

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