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PRÓ-REITORIA ACADÊMICA

ESCOLA DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

DISCIPLINA ODONTOLOGIA RESTAURADORA II

DAMIANA DE LIMA E SILVA

ERIK JANSON FERREIRA ROBERTO

FRANCICLEIDE PEIXOTO SIMÃO

GERLANE MARIA DE OLIVEIRA

JOÃO FRANCISCO DA SILVA NETO

JUSSARA ALVES FERREIRA

MARIA MYCHELLE SARMENTO

PRISCILA AGUIAR DE VASCONCELOS

SELMARA MARIA DA COSTA

VÊNIS DA SILVA CARLOS BRIZIO DUARTE.

COLAGEM DE FRAGMENTO DENTAL

NATAL
2016
DAMIANA DE LIMA E SILVA

ERIK JANSON FERREIRA ROBERTO

FRANCICLEIDE PEIXOTO SIMÃO

GERLANE MARIA DE OLIVEIRA

JOÃO FRANCISCO DA SILVA NETO

JUSSARA ALVES FERREIRA

MARIA MYCHELLE SARMENTO

PRISCILA AGUIAR DE VASCONCELOS

SELMARA MARIA DA COSTA

VÊNIS DA SILVA CARLOS BRIZIO DUARTE.

COLAGEM DE FRAGMENTO DENTAL

Trabalho apresentado a Universidade


Potiguar- UnP como parte dos requisitos
para obtenção de nota na disciplina de
Odontologia Restauradora II.

Turma: 4TC

Professores(as): Emanuelle Vieira, Claudia


Tavares e Alex Santos

NATAL
2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................01
2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................02
2.1 EXAME CLÍNICO.........................................................................................02
2.1.1 Anamnese....................................................................................................02
2.1.2 Exame físico.................................................................................................03
2.2 EXAMES COMPLEMENTARES..................................................................03
2.3 ETIOLOGIA DA FRATURA DENTAL...........................................................03
2.4 TIPOS DE FRATURA...................................................................................03
2.5 COLAGEM DE FRAGMENTOS...................................................................04
2.5.1 Pré-requisitos para colagem de fragmento dentário....................................04
2.5.2 Vantagens e desvantagens da colagem......................................................05
2.5.3 Protocolo clínico...........................................................................................05
3 CONCLUSÃO..............................................................................................07
4 REFERÊNCIAS............................................................................................08
1. INTRODUÇÃO

Devido a localização anatômica e inadequada proteção dos lábios, os dentes


anteriores, principalmente os Incisivos centrais superiores, estão mais susceptíveis a
acidentes que podem resultar na fratura coronária desses elementos.

E por serem dentes visíveis durante a fala e sorriso, uma fratura


nesses elementos resultam num comprometimento estético considerável que
gera ao paciente uma desestabilidade emocional, fazendo com que o mesmo
evite sorrir, falar e interagir com outras pessoas.

Esses casos de fratura coronária são tidos, em alguns casos, como de


emergência. Justamente porque tem grande influência negativa na
estabilidade emocional do paciente. Por isso, o Cirurgião-Dentista deve
intervir de maneira a devolver a anatomia do(s) elemento(s), a estética do
sorriso e, consequentemente, a autoestima desse paciente.

A colagem de fragmento Dentário é a alternativa mais conservadora


para devolver a anatomia de dentes fraturados. A colagem de fragmento
permite um procedimento mais simples e rápido, sem desgaste da estrutura
remanescente e com maior durabilidade do tratamento e manutenção da cor
original do dente.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 EXAME CLÍNICO

A partir do exame clínico, serão coletados dados necessários para o correto


diagnóstico. Para isso deve-se seguir uma sequência correta, completa e detalhada
em duas fases: anamnese e exame físico. (BORAKS, 2010)

Dentro dessa etapa, o Cirurgião-dentista poderá identificar quais fatores


podem estar envolvidos com a fratura do elemento dentário, além disso, deverá
analisar as estruturas anatômicas do sistema estomatognático e verificar se há ou
não outras alterações decorrentes desse trauma sofrido.

2.1.1 Anamnese

É através da anamnese que se estabelece um diagnóstico preciso e confiável,


por meio de perguntas simples sobre onde, como e quando ocorreu o traumatismo.
(BORAKS, 2013)

E a experiência do profissional é essencial para acalmar os pais e/ou o


paciente para que se consiga obter informações precisas durante a realização da
anamnese. (SANABE, et al., 2009)

Segundo Boraks (2013), durante a anamense deve-se coletar


sequencialmente:

1. Identificação do paciente
2. Queixa principal/duração
3. História da doença atual
4. Antecedentes hereditários
5. Situação familiar
6. Antecedentes mórbidos pessoais;
7. Hábitos e vícios.
2.1.2 Exame físico

Nessa etapa, o examinador deve realizar a palpação, auscultação, visão e


olfação de todas as estruturas anatômicas intra-bucal e extra-bucal. Para isso é que
o examinador tenha alto conhecimento da anatomia do sistema estomatognático
para melhor diagnosticar possíveis alterações nesse sistema. (BORAKS, 2013).

2.2 EXAMES COMPLEMENTARES

Para fechar o diagnóstico com precisão o profissional deve realizar exames


radiográficos para avaliar se houve comprometimento de outras estruturas
anatômicas devido ao trauma sofrido. Verificando, portanto, se houve, por exemplo:
fratura radicular, grau de comprometimento dessa fratura em relação á polpa. Só
assim, poderá fechar um diagnóstico preciso para saber se a Colagem de fragmento
será a melhor opção de tratamento para esse paciente. (BORAKS, 2013)

2.3 ETIOLOGIA DA FRATURA DENTAL

Existe uma série de hábitos e fatores que estão diretamente ligados à


susceptibilidade ao trauma dentário. Fatores e hábitos, como: quedas de nível,
quedas de mesmo nível, queda de bicicleta, acidentes automobilísticos,
brigas/agressões, esportes, choque com obstáculo, entre outros. ( SIMÕES, 2004).

2.4 TIPOS DE FRATURA

Segundo Baratieri (2001), existem os seguintes tipos de fratura possíveis de


serem tratadas por meio da colagem de fragmento:

 Fratura de esmalte
 Fratura de esmalte e dentina
o Com ou sem exposição pulpar
 Com ou sem invasão do espaço biológico

A identificação do tipo de fratura é essencial para se planejar o melhor


tratamento e prognóstico para o caso. (BARATIERI, 2001).
2.5 COLAGEM DE FRAGMENTOS
2.5.1 Pré-requisitos para colagem de fragmento dentário

Segundo Baratieri (2001), existem pré-requisitos fundamentais para que se


realize a colagem de fragmento dental. Entre eles, pode-se destacar:

 Tipo de fratura:
Identificar o tipo de fratura é primordial para determinar o tratamento e
prognóstico adequado para cada situação.
 Disponibilidade do fragmento dental e viabilidade do seu
aproveitamento:

Quando a fratura envolve dente anterior, normalmente o paciente acha


o fragmento com facilidade, e levam ao Cirurgião-dentista pela
possibilidade de colagem do fragmento. O sucesso da colagem
dependerá se o trauma gerou um ou vários fragmentos e se o processo
de armazenagem desse elemento foi adequado.

 Idade do paciente:

Sabe-se que na fase da infância e adolescência, devido aos hábitos de


brincadeiras, esportes, atitudes impensadas são onde ocorre um maior
número de traumas em elementos dentários. E é importante, durante o
planejamento que se pense em maneiras de evitar, o máximo possível,
o desgaste desses elementos dentários.

 Quantidade e qualidade do remanescente dental:


Avaliar as condições do remanescente dental também tem grande
influência no resultado final do tratamento pela colagem de fragmento.
É preciso avaliar se há presença de restaurações e se há qualidade
nessas restaurações, pois uma vez pulada essa etapa, todo o
tratamento pode ser comprometido.
 Oclusão:
É fundamental observar o tipo de oclusão previamente a execução da
colagem de fragmento. Nessa etapa, pode-se verificar se a borda
incisal dos incisivos inferiores tocam na região cervical da palatina dos
incisivos centrais superiores, por exemplo, como também se o paciente
apresenta facetas de desgaste. Essa verificação da oclusão permite a
recomendação do uso de mecanismos que possam conferir resistência
ao conjunto remanescente dental-fragmento como protetores bucais,
confecção de bisel na face vestibular, entre outros.
 Altura da linha do sorriso:
Pacientes que possuem altura do sorriso alta, se preocupam mais com
a estética do elemento dentário. Já pacientes com baixa altura na linha
do sorriso, se preocupam menos com esse fator.

2.5.2 Vantagens e desvantagens da colagem de fragmentos


Segundo Baratieri (2001), as vantagens de se realizar a colagem de
fragmentos dentários, são: melhor estética em relação ao uso de uma resina
composta; maior durabilidade promovida pela colagem de fragmento do que pelas
restaurações com resina composta; restabelecimento da função mais facilmente
obtido com a colagem; o procedimento de colagem é geralmente mais simples e
rápido do que a execução de outras técnicas restauradoras estéticas; o fato de se
manter o próprio fragmento têm um fator emocional.
As desvantagens desse procedimento, tem-se segundo Baratieri (2001): pode
ocorrer frustração do paciente em relação ao resultado estético final, podendo ser
causado pela alteração de cor tanto no remanescente dental quanto no fragmento,
como também pela presença de restaurações não estéticas no remanescente
dental; pode ocorrer do profissional proceder a colagem do fragmento em uma
posição inadequada, resultando em inclinações tanto para vestibular quando para
palatina/lingual; quando não realizada a seleção de cor adequada, pode apresentar
na linha de união do remanescente com o fragmento uma coloração divergente.

2.5.3 Protocolo clínico

Baratieri (2013) apresenta a seguinte técnica e protocolo para colagem de


fragmentos dentais, são elas:

 Técnica da guia de acrílico:


1. Profilaxia do fragmento e do remanescente.
2. Seleção de cor.
3. Avaliação da adaptação do fragmento ao remanescente, por vestibular
e palatina.
4. Isolamento do campo operatório.
5. Colagem temporária do fragmento com uma bolinha de resina e
Isolamento dos dentes adjacentes
6. Confecção da guia de acrílico, para auxiliar no correto posicionamento
do fragmento no remanescente;
7. Condicionamento com ácido fosfórico a 37% do remanescente e
fragmento durante 15 segundos- lavagem abundante por 30 segundos
–secagem com papel absorvente;
8. Aplicação do sistema adesivo de frasco único – secagem de longe com
ar por 5 segundos aplica segunda camada e fotopolimetriza por 20
segundos;
9. Aplicação de resina nanoparticulada no remanescente -
reposicionamento do fragmento com auxílio da guia de acrílico –
Remoção de excessos - fotoativação 40 segundos em todas as faces -
inserção de gel hidrossolúvel em todas as faces e fotoativação final de
50 segundos;
10. Confecção do bisel pós-colagem;
11. Hibridização
12. Resina composta
13. Fotoativação 40 segundos e inserção de gel hidrossolúvel em todas as
faces e fotoativação final de 50 segundos;
14. Ajuste oclusal
15. Acabamento e polimento
16. Acompanhamento clínico e radiográfico
3 CONCLUSÃO

A colagem direta de fragmentos em dentes fraturados apresenta-se como um


procedimento de custo reduzido, conservador, de satisfação estética e funcional
elevada. Desde que haja uma avaliação criteriosa sobre fatores que se passarem
despercebido, evitando erros que podem comprometer o sucesso desse
procedimento.
4 REFERÊNCIAS

BARATIERI, et al. – Colagem de fragmento dental. Em: Odontologia Restauradora


- Fundamentos e Técnicas, volume1. Gen Grupo Editorial Nacional/Editora Santos,
São Paulo, 2013.p.263–284;
BARATIERI, Luiz et al. Odontologia Restauradora, Fundamentos e
Possibilidades. São Paulo: Artes Médicas. 2001.
BORBA, Cristiane. COLAGEM DE FRAGMENTO DE DENTES. 2002. 40 f.
Monografia (Especialização) - Curso de Odontologia, Associação Brasileira de
Odontologia - Sc, Florianópolis, 2002. Disponível em:
<http://tcc.bu.ufsc.br/Espodonto224910.PDF>. Acesso em: 10 out. 2016.
HILGERT, Leandro Augusto et al. Colagem de Fragmento Dental com o Auxílio de
uma Guia Acrílica Para posicionamento: relato de caso. Revista Científica Cro -
Rj, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p.67-73, 201. Trimestral.
SILVA, Gisele et al. Colagem de Fragmento Dentário: Revisão Sistemática da
Literatura Associada a Relato de Caso Clínico.Odontológica Brasil
Central, Uberlândia, v. 21, n. 58, p.564-569, 2012. Anual.
SIMÕES, Fabiano Geronasso et al. Fatores etiológicos relacionados ao traumatismo
alvéolo-dentário de pacientes atendidos no prontosocorro odontológico do Hospital
Universitário Cajuru. Revista Sul-brasileira de Odontologia, Curitiba, v. 1, n. 1,
p.50-55, 2004. Anual.

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