Você está na página 1de 15

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE (UniRV)

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

HELVIS DOURADO DE CASTRO

EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES

RIO VERDE, GOIÁS


2023
HELVIS DOURADO DE CASTRO

EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES

Projeto de pesquisa apresentada à Banca


Examinadora do Curso de Odontologia da
Universidade de Rio Verde (UniRV) como
exigência parcial para obtenção do título de
Cirurgião Dentista.

Orientador: Prof. Dr Rafahel Francisco


Carvalho.

RIO VERDE, GOIÁS


2023
SUMÁRIO

1.TEMA E
DELIMITAÇÃO...........................................................................3
2.
HIPÓTESE...............................................................................................3
3.
JUSTIFICATIVA.......................................................................................3
4. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................4
4.1 PLANEJAMENTO CIRÚRGICO.............................................................4
4.1.1 Classificações dos terceiros
molares..............................................4
4.2 DENTES IMPACTADOS E DENTES
INCLUSOS...................................5
4.3 TÉCNICAS CIRÚRGICAS.....................................................................6
4.3.1 Ostectomia e
Odontosecção............................................................6
4.3.2 Coronectomia..................................................................................7
4.4 INDICAÇÕES.......................................................................................8
4.5 CONTRA
INDICAÇÕES........................................................................8
5.OBJETIVOS.............................................................................................9
5.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................9
5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO..................................................................10
6. MATERIAIS E
MÉTODOS.....................................................................10
7. CRONOGRAMA....................................................................................11
8. ORÇAMENTO.......................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................13
3

1 TEMA E DELIMITAÇÃO

Exodontia de terceiros molares. Exodontia de terceiros molares impactados e


inclusos, planejamento cirúrgico, técnicas operatórias, suas indicações e contra
indicações.

2 HIPÓTESE

A remoção de terceiros molares impactados é um dos procedimentos mais


realizados nas rotinas dos cirurgiões dentistas, por tanto, existe variações de
complicações dessas cirurgias. O cirurgião só vai obter a certeza do grau de
dificuldade e complicações durante a operação da cirurgia, porque muitas vezes ao
olhar e analisar uma panorâmica ou tomografia, não teremos uma concepção de
100%. Por isso é necessário um extenso treinamento, habilidade, e muita
experiência para realizar este procedimento com um mínimo trauma.

3 JUSTIFICATIVA

A exodontia de terceiros molares impactados e inclusos, tem como objetivo principal


de prevenir alterações futuras em pacientes assintomáticos e sem sinais de
patologias, como, prevenção de cistos e tumores odontogênicos, apinhamento de
incisivos inferiores, reabsorção radicular dos dentes adjacentes, prevenção de cárie
dentária etc... Sendo assim, a concepção do projeto de pesquisa se propõe a expor,
uma revisão de literatura sobre quais importâncias dos domínios de técnicas
cirúrgicas, indicações e contraindicações para remoção de terceiros molares
impactados.
4

4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 PLANEJAMENTO CIRÚRGICO

A extração de terceiros molares é uma das cirurgias mais realizadas, entretanto para
um correto procedimento necessita-se de um bom planejamento cirúrgico,
anamnese, exame clínico intra e extrabucal, radiografia e às vezes tomografia
computadorizada. Pode ser feito um julgamento profissional entre cirurgiões
dentistas sobre o grau de complexidade e complicações que pode ser obtida. O nível
de dificuldade operatória é analisado no exame radiográfico, um conhecimento
cirúrgico e da anatomia local, orientação, medicação pós-operatória. Dessa maneira,
realiza-se um cuidadoso planejamento do ato cirúrgico, evitando possíveis acidentes
no transoperatório e complicações no pós-operatório, muitas vezes associados à
posição e à localização do dente incluso, um detalhado planejamento associado ao
conhecimento do profissional são fatores essenciais para se reduzir complicações
relacionadas à exodontia dos terceiros molares. (MEDEIROS et al., 2017).

4.1.1 Classificações dos terceiros molares

Winter, Pell e Gregory, no início do século XX, definiram classificações para terceiros
molares. Para Pell e Gregory (1933), esses elementos dentários podem ser
classificados em relação à profundidade de inclusão a linha de oclusão e referente à
borda anterior do ramo mandibular.
Referente à profundidade de inclusão relacionado a linha de oclusão, classificou
como:
Posição A: a face oclusal do terceiro molar inferior encontra-se no mesmo nível do
segundo molar inferior.
Posição B: a face oclusal do terceiro molar inferior encontra-se abaixo da linha
oclusal, mas acima da região cervical do segundo molar inferior.
Posição C: a face oclusal do terceiro molar inferior encontra-se no mesmo nível ou
abaixo da região cervical do segundo molar inferior.
Em relação à borda anterior do ramo mandibular, classificou-os como:
5

Classe I: espaço suficiente para acomodar a coroa do terceiro molar inferior em


relação à borda anterior do ramo mandibular.
Classe II: espaço menor que o diâmetro mesiodistal da coroa do terceiro molar
inferior em relação à borda anterior do ramo mandibular.
Classe III: o terceiro molar encontra-se totalmente dentro e atrás da borda anterior
do ramo mandibular.
De acordo com Winter (1926), os terceiros molares podem também ser classificados
conforme a posição relacionada ao longo do eixo do segundo molar inferior.
Vertical: o eixo do terceiro molar inferior está paralelo ao eixo do segundo molar
inferior.
Horizontal: o eixo do terceiro molar inferior está perpendicular, em relação ao
segundo molar inferior.
Mesioangulado: o eixo do terceiro molar inferior está na posição mesial em relação
ao segundo molar inferior.
Distoangulado: o eixo do terceiro molar inferior está na posição distal em relação
ao segundo molar inferior.
Bucoversão: o eixo do terceiro molar inferior está na posição vestibular em relação
ao segundo molar inferior.
Linguoversão: o eixo do terceiro molar inferior está na posição lingual em relação
ao segundo molar inferior.
Invertido: o eixo do terceiro molar inferior está na posição contrária, em relação ao
segundo molar inferior.

4.2 DENTES IMPACTADOS E DENTES INCLUSOS

Nem todos os dentes inclusos são impactados. Um dente é considerado impactado


quando a falha na sua irrupção total para cavidade bucal dentro do tempo esperado.
Dessa forma, o diagnóstico de uma impactação necessita de um claro entendimento
da cronologia normal de irrupção, como também dos fatores que influenciam um
potencial pra irrupções. É importante lembrar que a irrupção dos terceiros molares
inferiores se completa na média dos 20 anos, mas que pode ocorrer abaixo dos 24.
Um dente que se apresenta impactado na idade de 18 anos pode ter de 30 a 50 %
6

de chances de irrupcionar aos 25 anos, de acordo com vários estudos longitudinais.


É claramente sabido que a posição de retenção dos terceiros molares não muda
substancialmente depois dos 25 anos, embora haja alguma evidência de um
movimento continuo até a quarta década. Muitos pacientes são avaliados para
remoção dos terceiros molares no final da adolescência e o cirurgião deve ficar cada
vez mais atento para discernir o provável resultado do processo de irrupção baseado
em mais fatores do que na posição do dente apenas. (MILORO, M. et al., 2008).

4.3 TÉCNICAS CIRÚRGICAS

A remoção de dentes impactados torna-se mais difícil com o avanço da idade. O


cirurgião-dentista não deve recomendar que o dente impactado permaneça no local
a menos que causem dificuldade. Caso esse elemento dentário seja mantido até que
as alterações do sistema estomatognático seja alterado, o paciente pode sofrer um
aumento na incidência de morbidade tecidual local, perda ou dano de dentes e osso
adjacentes e lesão potencial a estruturas vitais adjacentes. Adicionalmente, se a
remoção dos dentes impactados é adiada até que estes causem problemas mais
tarde ao longo da vida, é muito provável que a cirurgia seja complicada e arriscada
pelo fato de o paciente poder ter doenças sistêmicas comprometedoras e o osso
circundante poder vir a ser mais denso. Uma regra fundamental da filosofia da
odontologia é que problemas devem ser prevenidos. (HUPP et al., 2015).

4.3.1 Ostectomia e Odontosecção

Para a realização da odontosecção e ostectomia habitualmente são utilizados


instrumentos rotativos cortantes e peças de mão. Esta técnica convencional gera
aumento da temperatura no tecido ósseo, caso não haja irrigação abundante, pode
ocasionar necrose óssea adjacente (BASHEER et al., 2017).
A odontosecção é realizado um corte no dente impactado/incluso, obtendo-se um
melhor manuseio e visibilidade, para exérese ser bem executada. Ostectomia
geralmente é realizada do plano oclusal até a junção cemento-esmalte do terceiro
7

molar inferior e deve ser o mais conservador possível no lado distal e distal-lingual
para não envolver o NAI e o NL Para evitar traumas térmicos, o tecido ósseo deve
ser removido usando brocas redondas de carboneto de tungstênio e fissuras
montadas em uma peça de mão de baixa velocidade sob copiosa irrigação
refrigerada. Para reduzir a morbidade cirúrgica causada pela manipulação e
minimizar os danos durante a ostectomia, a técnica de corte dentário é um
procedimento padrão que facilita a remoção do dente impactado, diminuindo sua
zona de retenção. A cirurgia óssea por ultrassom também pode ser útil em casos
selecionados para reduzir o risco de danos nos nervos durante a ostectomia e o
corte dentário. Essa técnica pode ser usada para fazer cortes micrométricos,
precisos e suaves nos tecidos mineralizados enquanto os tecidos moles adjacentes
são preservados, desde que seja aplicada pressão muito baixa. No entanto, o tempo
de operação é muito maior se comparado ao uso de instrumentos rotativos
convencionais.
(LA MONACA et al., 2017).

4.3.2 Coronectomia

A Coronectomia é uma alternativa para a remoção de um terceiro molar mandibular


impactado. A maioria dos autores recomenda a coronectomia para evitar danos ao
NAI durante a extração cirúrgica de molares inferiores (MORENO-VICENTE, et al.,
2015). O autor, Cervera-Espert, et al., (2016) explica: essa técnica consiste na
remoção apenas do substrato coronário, deixando a raiz no processo alveolar,
prevenindo, assim danos diretos ou indiretos ao nervo alveolar inferior. A lesão do
NAI, associada à exodontia de terceiro molar inferior impactado, é uma complicação
rara e severa. Após a coronectomia, o fragmento dentário remanescente migra em
média 2 mm em dois anos. Essa técnica só deve ser aplicada em casos específicos,
a coronectomia é particularmente adequada para pacientes com mais de 25 anos e
que relatam baixa tolerância à possibilidade de déficit neurossensorial pós-
tratamento na consulta.
8

4.4 INDICAÇÕES

Um dente impactado pode causar ao paciente médios e sérios problemas se


permanecer nesse estado. Mas nem todo dente impactado causa um problema
clínico significativo, ainda que tenha potencial para tanto. Muitas informações tem
sido coletadas baseadas em experiencia clínica extensa e estudos clínicos a
respeito de quais indicações para a remoção desses dentes impactados têm sido
adotados.
Os riscos de manifestação de lesões patológicas como quistos, mobilidade dentária
e reabsorção radicular de dentes vizinhos, juntamente com o avanço de técnicas
que permitem a previsão precoce da retenção destes dentes, a sua extração tornou-
se um procedimento rotineiro para o cirurgião-dentista (Trento et al., 2009).
A decisão de remover um terceiro molar, muitas das vezes, pode não ser um
procedimento simples (Krishnan, Sheikh, Gehani & Orafi, 2009), pois requer do
cirurgião bom adestramento e conhecimento das estruturas anatómicas relacionadas
com o elemento dentário. O cirurgião deve ter em conta os riscos e os benefícios
associados à extração destes dentes. Assim, torna-se necessário estar atento às
indicações específicas que justifiquem a cirurgia (Krishnan et al., 2009).
Para decidir se está indicada a extração, é determinar o grau de dificuldade do
procedimento cirúrgico, é necessário conhecer os problemas que podem afetar
estes dentes e as sequelas podem gerar problemas patológicos para o paciente. A
exodontia de terceiros molares está indicada quando se constata, clínica e
radiograficamente, que a erupção não ocorrerá, quando não houver espaço para o
seu irrompimento e quando estiverem associados ao desenvolvimento de processos
infecciosos, nervosos, mecânicos, mucosos ou neoplásicos (Vanucci et al., 2010).

4.5 CONTRA INDICAÇÕES

A decisão de remover um dente impactado deve se basear em uma cuidadosa


avaliação dos benefícios e dos riscos potenciais. Nas situações em que existem
patologias, a decisão não é complicada porque é necessário tratar o processo
9

existente. Entretanto, existem situações em que a remoção de um dente impactado


é contra-indicado porque as complicações cirúrgicas e sequelas são maiores que os
benefícios potenciais. As contra-indicações gerais de remoção dos dentes
impactados podem ser agrupados em três áreas: idade avançada do paciente,
saúde precária e danos cirúrgicos às estruturas adjacentes.
Estudos de Phillips et al. (2010) mostram que a recuperação durante os 14 dias
após a cirurgia foi significativamente mais tardia para os indivíduos que tinham pelo
menos 21 anos de idade, quando comparados com indivíduos mais novos, em
termos de dor, estilo de vida e função oral (Phillips et al., 2010).
Pesquisa de Kugelberg et al. mostram que idades mais avançadas estão
significativamente associadas, com maiores defeitos ósseos alveolares após a
cirurgia na porção distal dos segundos molares (Phillips et al., 2010).
Se o dente impactado se encontrar numa área na qual a sua remoção possa
lesionar nervos e dentes adjacentes, é prudente deixar o dente no local. Um estado
médico comprometido pode contra-indicar a remoção de um dente impactado.
Frequentemente, idades extremas e um estado médico comprometido andam de
mão dada (Hupp et al., 2014).
Em pacientes cujo estado de saúde geral é precário, este tipo de intervenções
cirúrgicas não será conveniente; igualmente em pacientes cuja idade é muito
avançada (Gutiérrez, Aytés & Escoda, 1996).

5. OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

A metodologia da pesquisa tem como objetivo apresentar em uma revisão de


literatura tipos de extrações de terceiros molares inclusos e impactados, juntamente
com grau de dificuldade, vantagens, desvantagens. E também auxiliar o cirurgião
dentista com técnicas cirúrgicas.
10

5.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

Auxiliar o cirurgião dentista no planejamento de exodontia de terceiros molares


impactado ou inclusos e o nível de dificuldade cirúrgica.

6 MATERIAIS E MÉTODOS

Essa revisão de estudo foi realizada utilizando as bases de dados Google, Google
Acadêmico, Scielo, PubMed e o livros do assunto. Serão utilizados artigos
disponibilizados na íntegra tanto na língua portuguesa e inglesa, entre os anos 1926
a 2023.
11

7. CRONOGRAMA

Trimestre (mês/ano)

Ações/etapas
1º 2º 3º 4º

Apresentação para banca TCC I 6/2023

Elaboração da parte discursiva 9/2023


para trabalho final

Redação do TCC II 9/2023

Elaboração da apresentação 10/2023

Apresentação para banca 12/2023

Anexo da versão final para 12/2023


biblioteca

8. ORÇAMENTO
12

Descrição do Material Un Qntde. Valor unitário (R$) Valor Total (R$)


.

Internet - 6 meses 112,41 674,46

Impressão e xerox - 13 0,50 6,50

Encadernação - 1 30,00 30,00

TOTAL............................................................................................. 710,96

Fonte financiadora: Recurso próprio

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13

BASHEER, S. A.; GOUIND, R. J.; DANIEL, A. Comparative Study of Piezoelectric


and Rotary Osteotomy Technique for Third Molar Impaction. The Journal of
Contemporary Dental Practice., v. 18, n. 1, p. 60-64, 2017.
GUTIÉRREZ, A.; AYTÉS, L.; ESCODA, C. Criterios de extracción de los terceros
molares incluidos. Anales de Odontologia, 1996.
HUPP, J.; Ellis, E.; TUCKER, M. Contemporary Oral and Maxillofacial Surgery.
Elsevier Mosby. v. 1, n. 6, p. 132-167. 2014.
HUPP, J. R., et al. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea.
São Paulo: Elsevier Editora Ltda, v. 6, n. 9, p. 141-160, 2015.
KRISHNAN, B.et al. Indications for removal of impacted mandibular third molars: a
single institutional experience in Lybia. J Maxillofac Oral Surg. v.8, n. 3, p. 246-248,
2009.
LA MONACA, G., et al. Prevetion of neurological injuries during mandibular third
molar surgery: technical notes. Annali di stomatologia, v. 8, n. 2, p 45-52, 2017.
MEDEIROS J.P. et al. Extração de terceiro molar incluso:relato de caso. rev odontol.
araraquara, v. 47, n. 1, 2017.
MILORO, M. et al. Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson. v. 1, n. 8, p.
140-141, 2008.
MORENO-VICENTE, J, et al. Coronectomy versus surgical removal of the lower third
molars with a high risk of injury to the inferior alveolar nerve: a bibliographical review.
Medicina oral, patologia oral y cirugia bucal v. 20, n. 4, p, 508-517, 2015.
PHILLIPS, C. et al. Recovery after thirdmolar sugery. Am J Orthod Dentofacial
Orthop. v. 24, n 4, p. 340-346, 2010.
SOUZA, J. M., et al. A importância da técnica de odontosecção em exodontia de
terceiros molares. Brazilian Journal Of Development. v. 7, n. 2, p. 13100-13112,
2021.
TRENTO, C.; et al. Localização e Classificação de Terceiros Molares: Análise
Radiográfica. Interbio, v.3, n.2, p. 1981-3775, 2009.
VANUCCI, M. et al. Estudo comparativo da variabilidade da posição dos terceiros
molares retidos em pacientes adolescentes e adultos jovens. Stomatos Canoas,
v.16, n.31, p. 13-21, 2010.
WINTER, G. B. Impacted mandibular third molars. St. Louis: American Medical Book.
1926.

Você também pode gostar