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INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CACOAL - FANORTE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA

MYTIELLY DA COSTA FROTA

TRATAMENTO ORTODÔNTICO EM PACIENTES COM AGENESIA DENTÁRIA


EM INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES

Rio Branco - AC
2023
MYTIELLY DA COSTA FROTA

TRATAMENTO ORTODÔNTICO EM PACIENTES COM AGENESIA DENTÁRIA EM


INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES

Monografia apresentada ao Curso de


Especialização em Ortodontia da Instituição de
Ensino Superior de Cacoal - FANORTE, como
requisito para obtenção do título de Especialista
em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. André Felipe Abrão

Rio Branco - AC
2023
FICHA CATALOGRÁFICA

Catalogação na Fonte
Biblioteca da xxxxxxxx, xxxxx

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária xxxxxxxxxxxxxx


MYTIELLY DA COSTA FROTA

TRATAMENTO ORTODÔNTICO EM PACIENTES COM AGENESIA DENTÁRIA


EM INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES

Monografia apresentada ao Curso de


Especialização em Ortodontia da
Instituição de Ensino Superior de
Cacoal - FANORTE, como requisito
sino qua non para obtenção do título
de Especialista em Ortodontia.

Orientador ________________________
Prof.º Dr. André Felipe Abrão
Instituição de Ensino Superior de Cacoal - FANORTE

Banca Examinadora ________________________


Prof.º Ms. Alexandre Zanesco
Instituição de Ensino Superior de Cacoal - FANORTE

________________________
Prof.º Ms. André Trevisi Zanelato
Instituição de Ensino Superior de Cacoal - FANORTE

Aprovado em _____/_____/2023 com o conceito_______________.


A Deus, que iluminou o meu
caminho durante está jornada.
AGRADECIMENTOS

A ...
Muito obrigada!
"A mente que se abre a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho original."

Albert Einstein
FROTA, Mytielly da Costa. Tratamento ortodôntico em pacientes com agenesia
dentária em incisivos laterais superiores. Monografia (Pós Graduação Lato
Sensu em Ortodontia) – Instituição de Ensino Superior de Cacoal - FANORTE, Rio
Branco/ AC, 2023.

RESUMO

O incisivo lateral superior é o segundo dente o qual mais ocorre a falta no arco
dentário, seja bilateral ou unilateral, com a presença ou não de um incisivo lateral
microdôntico no lado oposto. A agenesia pode ser provocada por uma mutação
genética capaz de causar uma série de diferentes expressões fenotípicas, podendo
manifestar uma variação geográfica em sua incidência. O incisivo lateral superior é
um dente com posição de destaque na estética do sorriso e facial. Desse modo, a
escolha da opção de tratamento para a ausência deste elemento dentário é
importante e depende de diversos fatores integrados. Este estudo tem como objetivo
analisar as possibilidades de tratamento ortodôntico para agenesia dentária, de
forma a discutir as vantagens e desvantagens das modalidades de tratamento, dos
aspectos que influenciam nessa escolha e no período apropriado para se iniciar o
tratamento. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, realizado mediante revisão
de literatura. Os resultados do estudo sugerem que A melhor modalidade de
tratamento é a alternativa mais conservadora que contemple a estética individual e
as necessidades funcionais.

Palavras-chave: Agenesia. Incisivos laterais superiores. Hipodontia. Ortodontia


FROTA, Mytielly da Costa. Orthodontic treatment in patients with dental
agenesis in upper lateral incisors. Monograph (Post-graduation Lato Sensu in
Orthodontics) – Instituição de Ensino Superior de Cacoal - FANORTE, Rio Branco/
AC, 2017.

ABSTRACT
The upper lateral incisor is the second tooth that most occurs the lack in the dental
arch, whether bilateral or unilateral, with the presence or not of a microdontic lateral
incisor on the opposite side. Agenesis can be caused by a genetic mutation capable
of causing a series of different phenotypic expressions and may manifest a
geographical variation in its incidence. The upper lateral incisor is a tooth with
prominent position in the aesthetics of smile and facial. Thus, the choice of the
treatment option for the absence of this dental element is important and depends on
several integrated factors. This study aims to analyze the possibilities of orthodontic
treatment for dental agenesis, to discuss the advantages and disadvantages of
treatment modalities, the aspects that influence this choice and the appropriate
period to start treatment. This is a qualitative, descriptive study, conducted through a
literature review. The results of the study suggest that the best treatment modality is
the most conservative alternative that contemplates individual aesthetics and
functional needs.
Keywords: Agenesis. Upper lateral incisors. Hypodontia. Orthodontics
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Agenesia dos elementos 12 e 22........................................................... 15


Figura 2 – Agenesia dos elementos 12 e 22 e atraso no desenvolvimento do
35............................................................................................................................. 16
Figura 3 – Agenesia incisivos laterais superiores................................................... 26
13

SUMÁRIO

14
1 INTRODUÇÃO…………………………………….……..……………......................
15
2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................................
15
2.1 CONCEITOS SOBRE AGENESIA......................................................................
19
2.1.1 Hipodontia....................................................................................................
20
2.1.2 Oligodontia.....................................................................................................
20
2.1.3 Anodontia parcial...........................................................................................
20
2.1.4 Diagnóstico.....................................................................................................
20
2.3 TRATAMENTO ORTODÔNTICO DA AGENESIA............................................

3 PROPOSIÇÃO ....................................................................................................... 24
4 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 25
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS .........................................................................................................28
14

1 INTRODUÇÃO

O sorriso é um dos principais aspectos na harmonia facial. Um sorriso


harmonioso pode ampliar a beleza do rosto, evidenciando ainda mais as qualidades
e virtudes da personalidade do ser humano. Dentes bem alinhados, com
diversificadas formas e tamanhos, ajustados entre si, possibilitam uma oclusão ideal
e beleza natural, que podem ser negativamente afetadas pelas ausências dentárias,
como as agenesias.
A terminologia “agenesia” refere-se a ausência de desenvolvimento de um ou
até seis dentes, de forma que as principais etiologias da referida anomalia são a
genética e a hereditariedade. Os terceiros molares são frequentemente mais
acometidos, seguidos dos pré-molares inferiores, incisivos laterais superiores e pré-
molares superiores. Este estudo aborda o tratamento ortodôntico em pacientes com
agenesia dentária, tratando-se, assim, de uma revisão de literatura sobre o assunto.
O presente estudo tem como objetivo analisar as possibilidades de tratamento
ortodôntico para agenesia dentária, de forma a discutir as vantagens e
desvantagens das modalidades de tratamento, dos aspectos que influenciam nessa
escolha e no período apropriado para se iniciar o tratamento. Nesse sentido, foi
escolhido como problema de pesquisa a seguinte indagação: Quais são as
possibilidades de tratamento ortodôntico mais apropriadas à agenesia dentária na
atualidade?
Justifica-se a escolha desta temática em face de que a agenesia é uma das
anomalias mais usuais, detectada em aproximadamente 25% da população mundial,
podendo decorrer de uma síndrome ou herança familiar. Assim, é importante levar
em consideração as hipóteses de tratamento ortodôntico, com vistas a oferecer
maior comodidade e resultados efetivos ao paciente, em vista de que a ausência dos
dentes implica em perda da qualidade mastigatória e repercute no desenvolvimento
craniofacial.
O diagnóstico e planejamento sob enfoque e abordagem multidisciplinar são
efetivos para determinar a opção de tratamento que trará os melhores resultados
individuais para pacientes com agenesia de incisivos laterais superiores. É
indispensável ter ciência do risco de falhas e complicações do tratamento para se
fazer a opção que mais atenda ao paciente do ponto de vista estético e funcional.
15

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 CONCEITOS SOBRE AGENESIA

A evolução humana e de suas funções fisiológicas, como a mastigação,


causada pelas transformações na dieta alimentar no passar do tempo, causou o
desuso ou menor uso uso de alguns elementos dentários, implicando, assim, no
desaparecimento de dentes nas gerações posteriores (BORBA et al., 2010) existem,
ainda, aspectos locais, ambientais que provocam anomalias dentárias. Quando um
ou mais botões epiteliais primitivos deixam de se formar a partir da lâmina dentária,
a não formação do elemento dentário em questão ocorre, o que origina a agenesia
(SILVA et al., 2005).
A agenesia dos incisivos laterais superiores (AILS) é uma anormalidade
dentária que implica em um problema clínico relevante e um desafio para a equipe
de profissionais envolvida em seu tratamento. Ao odontólogo, compete o desafio de
alcançar a efetividade estética e funcional e assim atingir a expectativa dos
pacientes (CARDOSO, 2013).

Figura 1 – Agenesia dos elementos 12 e 22

FONTE: Paravisi et al. (2021).

Células epiteliais e mesenquimais gerenciam as atividades celulares que


compõem o dente funcional, e todos esses eventos estão sob rigoroso controle
genético, que origina as posições, número, formato e tamanho dos dentes. A
agenesia pode constituir uma síndrome, ser eventual ou familiar, podendo ser
autossômica dominante, autossômica recessiva, e ligada ao cromossomo X
(KOLENC FUSÉ, 2004).
16

Está geralmente ligada a outras anomalias como a microdontia, ectopias e


atraso no desenvolvimento dentário. Assim sendo, o cirurgião dentista deve estar
atento para o surgimento de outras anomalias para que o diagnóstico e a
interceptação ortodôntica ocorram no momento apropriado (PARAVIZO et al., 2021).
A agenesia é definida pela diminuição em número, em caso específico de
determinados elementos dentários (MACEDO et al., 2008). Em relação ao seu real
significado a agenesia dental e hipodontia são termos adequados para se definir a
ausência de um ou mais dentes permanentes e/ou decíduos, sendo essa perda até
seis elementos dentários. Agenesia, anodontia, anodontia parcial, oligodontia e
hipodontia são termos usualmente empregados como correspondentes a essa
anomalia, contudo, implicam significados distintos(BORBA et al., 2010)

Figura 2 – Agenesia dos elementos 12 e 22 e atraso no desenvolvimento do 35

FONTE: Paravisi et al. (2021).

A dentição mista se caracteriza pela troca dos dentes decíduos por


permanentes e no desenvolvimento desta substituição, determinadas irregularidades
odontogênicas podem acontecer, com vários graus de severidade, que são
denominadas anomalias dentárias de desenvolvimento (SIRIANNI; GONÇALVES,
2019).
A agenesia dentária implica na ausência de gênese do elemento dentário,
anomalia de desenvolvimento mais usual na dentição humana, com prevalência
aproximada de 25% na população, tendo como etiologia provável, a genética
(GARIB; ALENCAR, 2013). É uma anomalia rara na dentição decídua, todavia, a
ausência de um dente decíduo manifesta um grau de recorrência de 95% na
dentição permanente (SILVA FILHO; GARIB, 2013; NEVILLE et al., 2016).
17

A agenesia dentária implica uma anomalia congênita de número, em que há a


ausência da formação do germe dentário, por causas não completamente
esclarecidas (ROCHA et al., 2019). É possível apontar, ainda, relação determinadas
entre agenesia dentária e algumas síndromes ou anomalias congênitas, como
pacientes fissurados, síndrome de down, e displasia ectodérmica (SILVA et al.,
2005). Concernente às variações étnicas, destaca-se a diferença havida entre as
suas prevalências. A inexistência congênita dos dentes é constantemente associada
à síndrome de displasia grave. ainda pode estar ligadaà displasia ectodérmica,
radiação e distúrbios nutricionais (ROCHA et al., 2019).
Conforme Alves-Ferreira et al. (2014), a posição, número, forma e tamanho
dos dentes são controlados por aspectos genético e os genes MSX1, PAX9, AXIN2,
EDA, SPRY2, TGFA, SPRY4 e WNT10A estão ligados com todas as principais vias
de sinalização e com os fatores de transcrição que intercedem essas cascatas de
transdução de sinal. Na existência de mutagênese de um ou mais desses genes
pode acontecer agenesias dentárias.
Esses genes também são atribuídos pelo desenvolvimento de outros órgãos,
desse modo, a agenesia frequentemente está associada a síndromes, sobretudo as
displasias ectodérmicas. A ausência de dentes também pode estar ligada com fenda
labiopalatina, síndrome de Down, síndrome de Van der Woude, displasia
ectodérmica, displasia hipoidrótica, síndrome de Witkop, síndrome de Rieger,
Holoprosencefalia e também pode não ter vinculação alguma com outras doenças,
sendo resultado das mutações genéticas (ARANDI; MUSTAFÁ, 2018).
A agenesia dentária pode ser única alteração fenotípica de um sujeito, ou e
integrar uma síndrome; também pode ser não sindrômica: esporádica ou familiar e
pode ser autossômica dominante, autossômica recessiva e conectada ao
cromossomo X. As mudanças de forma, como a diminuição do tamanho mesiodistal
ou dentes em formato de grão de arroz, são habitualmente parte da expressão
variável do gene afetado (KOLENC FUSÉ, 2004).
Pesquisas apontam uma menor prevalência de agenesia em melanodermas
sobre a leucodermas, enquanto que os asiáticos possuem uma frequência elevada
de agenesias (ALMEIDA, 2014). No que concerne às variações entre os gêneros, é
verificado pela literatura que o gênero feminino é mais afetado que o masculino. A
ocorrência unilateral é a predominante nas agenesias dentárias, exceto na agenesia
18

de incisivos laterais superiores em que a maior ocorrência é a bilateral (GARIB et al.,


2010).
Um mesmo o problema genético pode causar diversos manifestações
fenotípicas, o que justifica o fato da agenesia dentária constantemente se associar a
outras formas de anomalias como a microdontia, ectopias e atraso no
desenvolvimento dentário, desse jeito, a detecção precoce de uma anomalia serve
de alerta ao cirurgião dentista para a possibilidade do desenvolvimento de outras
anomalias, no mesmo paciente ou em familiares, possibilitando o diagnóstico e
tratamento ortodôntico, quando este for necessário, em momento apropriado
(GARIB; et al., 2005; GARIB et al., 2010).
Essa anomalia causa alterações na função mastigatória, na fala, assim como
problemas estéticos que podem afetar a vida social de seus possuidores. As
alterações podem ocorrer associadas a síndromes, a padrões hereditários, e como
uma entidade isolada – nesses casos seguem um padrão herdado ou aparecem de
forma congênita (SILVA et al., 2005).
Conforme Garib et al. (2010) há uma relação genética na ocorrência de
algumas anomalias dentárias, assim sendo, os profissionais devem estar alertas
para reconhecer pacientes com padrão de anomalias dentárias associadas, que se
manifestam com diferentes graus de severidade. Soares (2018) identificou em 80%
dos casos de agenesia, associação com retenção prolongada do dente decíduo,
erupção ectópica do canino, dente com forma conóide, microdontia e anquilose
dentoalveolar em dentes decíduos.

Figura 3 - Agenesia incisivos laterais superiores

Fonte: Da Costa Centro Clínico (2022).


19

A prevalência de agenesia dentária varia de 1,6% a 9,6% na dentição


permanente excluindo os terceiros molares, atingindo a 20% quando se contabiliza
esses dentes, sendo mais usual no sexo feminino numa proporção de 3:2 e com
uma incidência maior em pessoas brancas do que em negros (KOLENC FUSÉ,
2004). A agenesia dos incisivos laterais superiores equivale a 20% do total de casos
de agenesias dentárias, sendo mais frequente a ausência bilateral, segundo e atinge
2% da população mundial (Avila et al.. 2012)
Em caucasianas, a AILS é evidente em cerca de 20% de toda a dentição
faltante dentre os diversos grupos étnicos. Quanto às variações sexuais, a AILS se
mostra mais frequente na população feminina. a literatura aponta também que a
agenesia bilateral do ILS é mais constante em comparação à unilateral. (cardoso,
2013),
Pacientes com agenesia de incisivos laterais superiores possuíam dentes
menores que a média quando comparados com um grupo controle; pois as
mutações genéticas responsáveis pela agenesia dentária também estão associadas
a dentes menores que o normal. Esses pacientes podem apresentar padrões
variados de dentes menores, por isso é importante uma boa avaliação (WRIGHT et
al., 2016),
A falta congênita de incisivos laterais superiores ocasionais espaçamento
entre os dentes anteriores, desvio da linha média, o canino superior normalmente se
encontra numa posição mais mesial, e há comprometimento da estética do sorriso
afetando negativamente a autoestima e sociabilidade do paciente, requerendo uma
intervenção multidisciplinar em seu tratamento (ARANDI; MUSTAFÁ, 2018).

2.1.1 Hipodontia

Hipodontia é a falta de um ou mais dentes permanentes e/ou decíduos, sendo


essa perda até seis elementos dentários (ALMEIDA, 2014). A presença de
hipodontia pode se articular com diversas características faciais e oclusais como
altura facial anterior reduzida, retrusão bimaxilar, desenvolvimento ectópico dos
dentes, erupção tardia, e microdontia generalizada (MONTEIRO, 2021).
20

2.1.2 Oligodontia
A Oligodontia se define como a ausência congênita de seis ou mais dentes,
com exclusão dos terceiros molares (BORBA et al., 2010).

2.1.3 Anodontia parcial

Anodontia refere-se à situações extremas, coma ausência completa dos


elementos dentários, e repetidamente está presente em portadores de alguma
síndrome (BOEIRA JÚNIOR; ECHEVERRIGARAY, 2012).

2.1.4 Diagnóstico

Outras anomalias dentárias podem se associar às agenesias dentárias por


serem geradas por uma mesma mutação genética (MONTEIRO, 2021). O
diagnóstico ocorre geralmente através do exame clínico e complementado por uma
radiografia panorâmica, que possibilita a visualização de todo o complexo maxilo-
mandibular e o desenvolvimento dos germes dentários dos dentes permanentes
(VILELA, 2012). O diagnóstico das anomalias dentárias é feito em radiografias
panorâmicas e exames clínicos acurados, sendo indispensáveis também para o
planejamento e a abordagem terapêutica de cada situação (BORBA et al., 2010;
MOREIRA, 2000).

2.2 TRATAMENTO ORTODÔNTICO DA AGENESIA

A perda ou ausência de elementos dentários, seja por trauma, exodontia ou


ausência congênita, é um dos mais relevantes aspectos que ocasionam a busca por
tratamento odontológico, considerando que essas faltas repercutem negativamente
na oclusão, estética e funções do sistema estomatognático, como mastigação e
fonação. Dentre as anomalias de desenvolvimento, a ausência congênita ou
agenesia dentária é a que mais afeta a dentição humana (ROCHA et al., 2019). A
agenesia dentária é uma anomalia de desenvolvimento caracterizada pela ausência
de um ou mais dentes, sendo a anomalia de desenvolvimento dentário mais comum
no ser humano (BORBA et al., 2010).
21

A execução do tratamento pode ocorrer de 2 formas: mediante abertura de


espaço na região da agenesia para posterior substituição dos dentes ausentes com
possibilidades de próteses fixas ou removíveis, e ainda autotransplante de dente; e
do fechamento do espaço substituindo os incisivos laterais superiores pelos caninos
e mesialização da dentição posterior completa (KRITZLER et al., 2017).
A escolha do tratamento adequado depende do tipo de má oclusão,
relacionamento anterior, necessidade específica de espaço, e condição do dente
adjacente. A melhor modalidade de tratamento é a alternativa mais conservadora
que contemple a estética individual e as necessidades funcionais. (THOMAS et al.,
2009; KINZER; KOKICH, 2005).
Na ocorrência da agenesia de incisivos laterais, a literatura informa ainda que
o tratamento pode ser realizado, é essencialmente, de duas maneiras (ROCHA et
al., 2019):
1) Uso de aparelho ortodôntico para abertura de espaço e reabilitação
protética do elemento dentário;
2) Uso de aparelho ortodôntico para fechamento do espaço e substituição do
incisivo lateral pelo canino.
A escolha entre as duas ver esse tipo de possibilidades deve ocorrer tendo
em vista aspectos importantes como idade, perfil socioeconômico e expectativa do
paciente, tipo de má oclusão, padrão facial, características do sorriso, formato e
coloração dos dentes (ROCHA et al., 2019).
Cardoso (2013) afirma que pode haver ao menos três possibilidades de
tratamento da ausência congênita dos incisivos laterais superiores e estas incluem:
1) tratamento ortodôntico para abrir um espaço e assim instalar uma prótese
fixa convencional ou outra solução protética;
2) tratamento ortodôntico para fechar o espaço e uma transformação estética
do canino em incisivo lateral e
3) tratamento ortodôntico para abrir espaço para instalação de implantes e
sobre estes as coroas protéticas.
Na prática clínica o protocolo de tratamento utilizado para corrigir as AILS
depende mais da instituição de ensino e da experiência clínica dos profissionais do
que de apontamentos sobre a eficiência do tratamento, ou seja, os profissionais não
se baseiam em evidências para decidir(CARDOSO, 2013).
Na concepção ortodôntica, há duas abordagens principais de tratamento:
22

1) a abertura de espaço na região da agenesia para posterior substituição dos


dentes ausentes por próteses removíveis, ou próteses fixas dento-suportadas, ou
implantes, ou ainda autotransplante de dentes em desenvolvimento; e
2) fechamento do espaço substituindo os incisivos laterais superiores pelos
caninos.
Ambas as possibilidades apresentam vantagens e desvantagens que devem
ser levadas em consideração conforme as características individuais dos pacientes;
há aspectos relevantes que incidem na decisão de fechar ou abrir espaço e qual
melhor alternativa para substituição dos dentes ausentes. O diagnóstico e
planejamento multidisciplinar acertados são essenciais para estabelecer a opção de
tratamento que oferecerá os resultados mais efetivos individuais para pacientes com
agenesia de incisivos laterais superiores. É preciso estar consciente do risco de
falhas e complicações do tratamento a fim de se escolher o que mais contemple o
paciente estética e funcionalmente (MONTEIRO, 2021).
O tamanho, forma e largura das arcadas interferem no planejamento do
tratamento e a agenesia dos incisivos laterais superiores afeta não só a largura das
arcadas como a base do esqueleto maxilar, o que pode ser consequência da
mesialização dos caninos (MONTEIRO et al., 2021). Os pacientes que manifestam
agenesia de incisivos laterais superiores apresentam padrões diversificados de
acordo com as linhas do sorriso, os biotipos de tecidos gengivais e saúde
periodontal, e podem ocasionalmente apresentar hábitos parafuncionais.
Portanto, há abordagens distintas para se alcançar o escopo final e a seleção
da melhor conduta deve ser feita conjuntamente pelos profissionais que irão realizar
os procedimentos e os pacientes, de forma a alcançar um resultado satisfatório
estético e funcional (KRASSNIG; FICKL, 2011).
Contemporaneamente, há diversas possibilidades no tratamento de agenesia
de incisivos laterais superiores como fechamento de espaço ortodôntico seguido de
recontorno dentário, e abertura ou manutenção do espaço para posterior reabilitação
com próteses parciais removíveis, próteses parciais fixas convencionais, próteses
parciais fixas em cantiléver, próteses adesivas e próteses suportadas por implante
(SILVEIRA; MUCHA, 2016).
Tanto o fechamento quanto a abertura ou manutenção do espaço apresentam
vantagens e desvantagens que devem ser analisadas conforme as características
23

individuais dos pacientes. Há aspectos notáveis que interferem na decisão de fechar


ou abrir espaço e qual melhor escolha para substituição dos dentes ausentes.
Para Kritzler e Kritzler (2015), esses fatores são maturação dentária e
esquelética, oclusão, número e localização dos dentes existentes, tipo facial, classe
esqueletal, alinhamento do arco, a altura da linha do sorriso, forma e cor do canino
superior. O diagnóstico e planejamento multidisciplinar apropriados são
indispensáveis na escolha do tratamento ensejando os melhores resultados
individuais para pacientes conforme com as suas expectativas.
24

3 PROPOSIÇÃO

A proposição deste estudo foi realizar uma pesquisa de caráter qualitativo e


descritivo, através de revisão de literatura, de forma a trazer os apontamentos sobre
o tratamento ortodôntico de agenesia dentária em incisivos laterais superiores. Para
realizar este intento, foram consultados bancos de dados eletrônicos on-line em
saúde, como Scielo e Scholar, bem como publicações em revistas especializadas,
utilizando-se dos descritores de busca “agenesia” “incisivos laterais superiores”,
“ortodontia e tratamento ortodôntico”. O recorte temporal adotado foi de 20 anos,
contando desde o ano de 2001 até 2021, incluindo artigos em língua portuguesa e
inglês.
Na busca, a seleção de artigos deu-se preliminarmente pela leitura dos títulos,
seguido das palavras-chaves. Foram contabilizadas 31 publicações aptas ao estudo,
incluídas, aí, livros publicados na área da ortodontia, a fim de fundamentar a análise.
Após selecionadas as publicações, foi realizada a leitura dos textos e a seleção das
informações apropriadas a discussão aqui presente e, em seguida, elaborado o texto
final deste estudo, que aqui se apresenta.
25

4 DISCUSSÃO

Na correção ortodôntica do espaço é necessário avaliar a verdadeira


necessidade de diminuir o tamanho do canino quando ele substituir o incisivo lateral;
às vezes é melhor o canino ser transformado num incisivo lateral grande, e em
determinadas situações é recomendado aumentar os incisivos centrais superiores
bem como os dentes anteriores inferiores para se obter um sorriso harmonioso e
funcional (MIRABELLA; KOKICH; ROSA, 2011). Buyuk et al. (2017), informam ser
mais efetivo o fechamento do espaço ortodôntico com a substituição canina para
prover uma boa saúde periodontal, estética e funcional.
Dentre as especialidades envolvidas na correção da AILS destaca-se:
Ortodontia: em que a literatura e seus autores indicam que o ortodontista
redistribui o total de espaço disponível produzido pelos intervalos entre os dentes
anteriores, que, por sua vez, resultaram da AILS e erupção ectópica do canino; O
ortodontista substitui os IL através do reposicionamento do canino, mesialisando-o.
Dentística restauradora: remodelação do canino através de resina composta
para substituir o incisivo lateral.
Prótese: parcial fixa, removível ou implanto suportada, com o objetivo de
ocupar o espaço do dente ausente;
Implantodotnia: implantar um elemento dentário que ocupe o espaço da
agenesia, com uma coroa implanto suportada com as características do incisivo
lateral.
A abordagem ortodôntica (fechando o espaço) com remodelação dos caninos
com resina composta é, na opinião da literatura, a mais conservadora e é favorável
se o paciente atender aos requisitos dentro da oclusão e tamanho, forma, e cor dos
caninos. O apropriado para este tipo de substituição é que os dentes em foco
tenham proporções análogas de largura e convexidade, além da cor do canino ser
parecida com a cor do incisivo central.
Pelo fato do canino ser, normalmente, 1mm maior do que o lateral a ser
substituído, deve ser realizada uma remodelação de 0,5mm mesial e distalmente
para obter a largura desejada, o que requer uma quantidade elevada de redução de
esmalte, podendo ocasionar intercorrências como a hipersensibilidade dentária.
O canino, frequentemente, manifesta um ou dois tons mais escuro que os
incisivos laterais, requerendo uma abordagem restauradora detalhada e bem
26

executada de um profissional com a devida capacitação. Essa remodelação do


canino pode ser feita ainda mediante a utilização de fragmentos de porcelana, mas
requer ou desgaste de estrutura dental, pode ser pouco invasivo ou não,
considerando a inclinação que o dente está.
A cobertura completa com prótese parcial fixa é a abordagem menos
conservadora quanto aos dentes, portanto, não deve ser a escolha terapêutica em
adolescentes, dentes sem restaurações ou problemas de forma e tamanho, a equipe
odontologia pode substituir o plano de tratamento para ajustar o paciente, o
ortodontista pode concluir seu trabalho deixando um espaço para o protético,
suficiente para que possam ser feitas preparações tanto quanto menos invasivas
possíveis. A abertura ortodontia para de espaço para substituição do incisivo lateral
é uma abordagem estética e conservadora
Conforme o que foi constatado pelo estudo, a agenesia dos incisivos laterais
superiores é uma alteração muito usual nas clínicas ortodônticas, sendo
indispensável uma abordagem multidisciplinar, considerando variados fatores como
oclusão; saúde bucal e periodontal; estética facial, dental e do sorriso; maturação
dentária e esquelética; tamanho, forma e cor dos caninos superiores. A falta dos
incisivos laterais superiores ocasiona uma repercussão muito negativa na estética
facial, fazendo com que esses pacientes procurem o tratamento ainda muito jovens.
O fechamento de espaço com substituição canina é um tratamento mais
previsível e possibilita melhor saúde periodontal em comparação aos implantes,
podendo ser finalizado quando na conclusão do tratamento ortodôntico e os
procedimentos realizados nessa abordagem podem ser reversíveis. Todavia, há
situações que não permitem o fechamento de espaço, sendo necessário manter ou
abrir espaço para reabilitar a região das agenesias com próteses ou implantes.
27

5 CONCLUSÕES

Entendendo a agenesia de incisivo lateral superior que necessita de uma


abordagem planejada e multidisciplinar, o estudo aponta que o seu tratamento
implica em um desafio para o ortodontista e para a equipe que está envolvida, não
havendo quanto ao melhor método de tratamento, mas a escolha deve ocorrer
segundo o procedimento menos invasivo e que atinja o melhor resultado estético e
funcional.
A opção do tratamento ideal deve ocorrer integrada com os profissionais que
realizarão os procedimentos, o paciente e seus responsáveis, analisando
criteriosamente todos os aspectos envolvidos no diagnóstico assim como as
características individuais do caso, de modo a escolher um tratamento que
proporcione o melhor custo benefício biológico e financeiro, favorecendo um sorriso
natural e equilibrado em longo prazo.
28

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, T. C. Tratamento ortodôntico de pacientes com agenesia de


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