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Introdução Ativas:

Objetivos: Mastigação: preensão, incisão,


Identificar os aspectos morfológicos e dilaceração, trituração
funcionais dos dentes permanentes e Passivas:
decíduos; Estética, proteção, fonação,
Reproduzir, com precisão anatômica, os oclusão
aspectos da anatomia dental em blocos de
cera;
Caracterizar a anatomia interna dental e
suas variações;
Aplicar os conhecimentos de anatomia
dental na resolução de casos clínicos.
Conceito de dente:
São órgãos mineralizados, duros,
resistentes, branco-amarelados,
implantados nos processos alveolares da
maxila e mandíbula. obs: Perda dentária (mutilação), leva à
Dente como órgão: inclinação dentária, alterações oclusais,
Os dentes são considerados órgãos, e estética, extrusão, perda óssea, alterações
como tais, devem ser tratados, valorizados musculares, articulares e etc.
e ter a sua origem conhecida A anatomia interna reflete a externa
O estudo da anatomia dental é primordial para
o reestabelecimento da oclusão, função,
estética e homeostasia do sistema
estomatognático e saúde do indivíduo
Paciente edéntulo: Alterações na DVO
(Dimensão vertical de oclusão)

Plexodontia:
Dentes com estruturas complexas
Difiodontia:
Presença da dentição decídua e
permanente
Heterodontia:
Dentes diferentes (classes diferentes)
Função dos dentes:
Cada grupo dentário tem uma função
específica condicionada pela morfologia
Funções ativas e passivas:
Características gerais dos Diferença das coroas: Presença dos
tecidos de suporte/proteção
Coroa clínica: Parte da coroa que está
elementos dentais: exposta na cavidade oral (a cobertura
da gengiva esconde parte da coroa
Objetivos:
Identificar as características gerais dos anatômica)
elementos dentais; Menor (em condições normais)
Aplicar os termos de posição e direção Coroa anatômica: É maior (parte dela
nas descrições dentais; é escondida pelo tecido gengival)
Utilizar os diferentes tipos de notações Tem seu limite pelo colo anatômico
dentais; Caso clínico: Gengivoplastia/aumento
Reconhecer os detalhes anatômicos de coroa clínica
comuns aos grupos dentais; Feito quando a coroa clínica é
Reconhecer os detalhes anatômicos dos esteticamente menor
dentes anteriores e dos dentes posteriores; Finalidade: aumento da coroa
Aplicar os conhecimentos de anatomia clínica (razões estéticas)
dental na resolução de casos clínicos.
Importante para a disciplina de escultura
dental e para casos clínicos que envolvem
características dentais, por exemplo:
estética, reabilitação, ortodontia, etc.
A grande maioria das áreas envolve
anatomia dental
Características gerais:
1-Divisão anatômica:
Duas partes principais e uma região
intermediária:
Coroa
Colo
Raiz

Caso clínico: Perda dos tecidos de


suporte (por agressão, por exemplo):
Vê-se coroa anatômica e clínica
de maneira totalmente exposta,
por um problema patológico
Deve-se evitar a progressão desse
Coroa: problema e realizar a colocação
Dois termos: Anatômica e clínica de um enxerto para recobrir as
áreas expostas de raiz
Colo: A raiz é a parte de sustentação do
Região intermediária dente e está implantada no osso
Possui desenhos diferentes conforme o alveolar
grupo dentário e em determinadas Perda dental é muito prejudicial
faces A substituição da raiz é muito
É o local do dente que apresenta a importante, por meio dos
medida mais estreita implantes, e deve ocorrer da forma
Possui desenhos diferentes (auxilia na mais rápida possível para que o
identificação entre direito e esquerdo estímulo continue, evitando uma
do dente) maiores perdas
A linha sinuosa é denominada linha A raiz converge (se estreita)
cervical, e possui linhas diferentes em 2-Divisão histoestrutural:
faces diferentes nos dentes Esmalte- Reveste a coroa
Dentina - No corpo do dente
Cemento-Reveste a raiz
Polpa- Faz com que o dente seja uma estrutura
viva

Raiz:
São diferentes conforme os grupos
dentários
É diferente em suas partes
obs: ter cuidado para
identificar/desenhar/reproduzir, deve
ser na posição anatômica
Base: próxima à coroa dental
Corpo: Parte média
Apical: Parte mais afilada Esmalte:
A raiz tem formato característico de Parte mais clara que reveste a coroa
cone dentária
A raiz é implantada nos tecidos de Estrutura altamente mineralizada
suporte do osso, através do ligamento Reveste a dentina
periodontal (articulação alveolodental É muito duro
leva o nome de gonfose) A grande porcentagem do esmalte é
inorgânico
É uma camada muito fina
Dependendo da força, caso não haja
nenhuma estrutura abaixo para o apoiar, o
esmalte se quebra
O esmalte necessita de um tecido que
tenha maleabilidade abaixo dele, para
evitar que ele se quebre
A dentina protege o esmalte
rar todo o esmalte (pois ele não pode ficar sem
suporte da dentina)

Cemento:
Dentina:
É a partir do cemento que há a união
Está localizada abaixo do esmalte
alveolodental (gonfose)
Forma o corpo dental
As fibras do ligamento periodontal
É composta por uma porção significante
estão ligadas ao cemento
de compostos orgânicos
É uma estrutura frágil
É composta por fibras colágenas,
É composto em sua maioria por
odontoblastos (seus prolongamentos
componentes orgânicos, porém possui uma
preenchem a dentina)
parcela considerável de componentes
Possui permeabilidade, resiliência,
inorgânicos
flexibilidade, adaptação, sendo assim um
O cemento é permeável
tecido importante
Caso clínico:
Consideração clínica:
Razão do paciente sentir dor no dente
O esmalte, apesar de ser uma estrutura
quando a raiz está exposta
dura, em momento algum pode ficar sem
O cemento está exposto na
dentina, pois, caso haja qualquer impacto
cavidade oral, e é muito
no esmalte sem esse suporte, ele vai
permeável, portanto estímulos
quebrar
externos (frio,doce,cítrico) irão
diretamente para a dentina
O cemento não protege nesses
casos (o esmalte é
isolante/duro/inorgânico)
Polpa:
Considerações clínicas: Ocupa a cavidade pulpar do dente
O esmalte, apesar de ser uma estrutura Possui um tecido vermelho (quando
dura, em momento algum pode ficar sem normal), que apresenta vasos sanguíneos,
dentina, pois, caso haja qualquer impacto ramos dos nervos alveolares, que
no esmalte sem esse suporte, ele vai promovem a vitalidade da estrutura dental
quebrar
A cárie, quando atinge a dentina, progride
de maneira muito veloz, pois há espaço
(permeabilidade)
Por isso, muita das vezes, o aspecto no
esmalte é visto apenas como uma
pequena abertura ("pontinho preto"),
porém, quando a cárie vai ser obs: Cárie é uma doença que avança mais
removida, a lesão cariosa se apresenta rapidamente em estruturas internas,podendo
muito maior chegar a polpa, mesmo que externamente (no
Nesses caso há a necessidade de reti- esmalte) aparente estar em uma pequena área
Esse "engano" quanto a extensividade dos Com o estímulo das forças mastigatórias e
danos se dá pelas características de sucção inicial (que se dão
histoestruturais da esmalte, dentina e principalmente pelo aleitamento materno)
cemento. é que o viscerocrânio se desenvolve e há
espaço para a erupção dental
Hodiernamente, é cada vez mais difícil
o aleitamento materno e mais precoce
o desmame, fazendo com que se
observe uma alta na demanda de
ortodontistas, já que a falta de de
espaço faz com que os dentes
erupcionem de maneira desalinhada
Um agravante genético
3- Anatomia dental externa: dessa situação é quando o
Dentições: paciente herda dos pais a
Difiodonte: Presença da dentição face estreita e dentes
decídua/temporária e da dentição grandes
permanente Quanto mais precoce o
Com o avanço do crescimento, há tratamento, melhor o
substituição dos elementos dentários resultado para o paciente
progressivamente
Dentição decídua/temporária:
20 dentes
Ausência dos pré-molares
Os molares decíduos serão substituídos por
pré-molares
Os molares decíduos são importantes pois
guardam lugar para os pré-molares
Os molares permanentes aparecem na
face na região sucessória (área mais
posterior)
O dente canino é uma estrutura chave,
pertencente as duas dentições
Os primeiros dentes a erupcionar são os
incisivos centrais inferiores, por volta dos 6
meses
A variação de tempo é grande (há uma
variabilidade de tempo aceitável dentro da
clínica)
Os últimos dentes a se estabelecer na
dentição decídua são os molares
(superiores e inferiores)
A razão se dá pelo crescimento do
viscerocrânio
Ao nascer, a proporção do
viscerocrânio para o neurocrânio é de
1:7 (ou seja, não há espaço)
O dente decíduo tem um curto período de mento do dente permanente
duração na cavidade oral (envelhece muito Necessidade de valorização e
rápido) conscientização por meio do dentista
Por volta dos 5 anos começa a fase de para os pais da criança sobre essa
dentição mista importância
O que leva a substituição do dente Caso clínico:
decíduo para o permanente é que o dente O primeiro molar permanente é muito
permanente leva a reabsorção da raiz do semelhante ao primeiro molar decíduo
dente decíduo Perfil de cárie no paciente: grande
Por isso quando só há a coroa destruição nos molares decíduos, e o
obs: Transplante dentário primeiro molar permanente é
Não é comum, mas existe sucessório (aparece atrás) do molar
Geralmente é autógeno (ex: Perdeu-se decíduo
o primeiro molar, e, na presença do Os pais, pela idade da criança (cerca
terceiro molar, retira-se e se implanta de 6 anos), muita das vezes acham que
no local) o molar permanente é decíduo
Transplante heterógeno possui muitas A cárie pode avançar para o molar
restrições permanente, fazendo com que haja um
Deve-se considerar o risco-benefício grande risco de perda precoce do
de cada situação primeiro molar permanente
Dentição mista: Necessidade de tratamento de
Por volta de 5/6 anos, os incisivos canal (tratamento sofrido para a
inferiores permanentes começam a criança)
erupcionar, iniciando a fase de troca
dentária
Para que o terceiro molar erupcione, é
necessário que haja espaço suficiente

A dentição mista se estende até por volta


dos 13/14 anos, quando a dentição passa a
ser permanente
Os dentes permanentes reabsorvem o Dentição permanente:
dente decíduo, levando a reabsorção da(s) 32 dentes
raiz(es) Por volta dos 6 anos de idade, os primeiros
A dentição decídua é responsável por molares surgem sem nenhum indicativo de
manter o espaço para que os dentes serem permanentes
permanentes erupcionem Nessa idade, a criança sozinha ainda
Caso clínico: Caso haja perda do dente não tem um cuidado adequado com os
decíduo (por cárie ou trauma, por dentes (principalmente em famílias que
exemplo), haverá inclinação dos dentes e não tem uma boa orientação acerca
faltará espaço para os outros dentes do cuidado com a saúde bucal)
A dentição decídua é tão importante Dessa forma, há o risco de perda
quanto a permanente pois é ela a precoce dos molares permanentes
responsável pelo correto direciona-
Por volta dos 13 anos, há o estabelecimento
dos segundos molares permanentes, e toda
a dentição permanentes está estabelecida
O terceiro molar geralmente erupciona por
volta dos 18-21 anos, quando há espaço

A retirada (ou) não do(s) dente(s) vai


depender de:
Se o dente é da série normal, ou seja, é
realmente um dente decíduo ou é um
dente extranumerário
Se for extranumerário é retirado,
mas caso for da série normal, caso
Dentição decídua e dentição permanente: retirado perde-se espaço para o
dente permanente
A presença de dentes vai atrapalhar a
amamentação, pois machuca a mãe
Alternativas: retirar as bordas
cortantes do dente, e, caso não
solucione o dente pode ser retirado
A decisão é feita por risco-benefício
(mas caso seja um dente da série
normal a indicação é mantê-lo)
Terceira dentição:
A partir de cultura de células totipotentes
da polpa do próprio indivíduo e produzir
um dente
Não haveria rejeição
É alvo de estudo da bioengenharia e está
em processo de desenvolvimento
Fórmula dental:
Todas as espécies, dentro das suas
Caso clínico: dentes natais e neonatais dentições, possuem uma representação
São variações do que aquilo que matemática (fórmula) da sua dentição
geralmente é visto/ocorre Decíduos:
O normal é que os primeiros dentes
erupcionem com 6 meses de vida
Ocorre por variação na formação dos
tecidos dentais, fazendo com que o den
Dente natal: quando o bebê nasce com o
dente
Dente neonatal: quando o dente aparece
com até 30 dias de vida do bebê
São descritos uma hemiface (é igual do Dentição permanente:
outro lado, tem-se bilateralidade) Hemiarco superior direito Hemiarco superior esquerdo
Tem-se:
2 incisivos superiores
2 incisivos inferiores Hemiarco inferior direito Hemiarco inferior esquerdo

1 canino superior
1 canino inferior
2 molares superiores
2 molares inferiores
Permanentes:
2 incisivos superiores
2 incisivos inferiores
1 canino superior
1 canino inferior
2 pré-molares superiores
2 pré-molares inferiores
3 molares superiores Dentição decídua:
3 molares inferiores Para diferenciar, usa-se algarismos
romanos

Hemiarco superior direito Hemiarco superior esquerdo

Hemiarco inferior direito Hemiarco inferior esquerdo

Notação dental:
A DIREITA DO DENTISTA É A ESQUERDA NO Para representar cada dente
PACIENTE isoladamente, basta desenhar os
Cuidado para a identificação dos dentes segmentos de barras e colocar o dente
Se está olhando para o no quadrante desejado, representando
dente/paciente, a imagem é invertida apenas as barras adjacentes ao dente
Por isso trabalha-se em quadrantes
Incisivo central superior direito
Hemiarco direito e esquerdo inferior e I
decíduo
superior
IV Primeiro molar inferior direito decíduo

V Segundo molar superior esquerdo decíduo

III Canino superior direito decíduo


Notação gráfica em barras de Palmer:
Notação mais antiga, é vista em alguns
Notação da F.D.I.:
artigos
Notação mais utilizada na clínica
Leva em consideração os quadrantes e
Ao invés de adicionar a barra, é
numera todos quadrantes a partir dos
colocado um número a mais, começan-
incisivos
do do lado direito e em sentido horário Exemplos:
Para se localizarem os dentes, utilizam- 55- Segundo molar superior direito
se dois dígitos. O primeiro representa o decíduo
quadrante (numerado de 1 a 4); e o 81-Incisivo central inferior direito
segundo, o dente (numerado de 1 a 8) decíduo
Dentição permanente: 73- Canino inferior esquerdo
decíduo
61-Incisivo central superior
esquerdo decíduo
Quadro- dentição permanente:
Hemiarco superior direito Hemiarco superior esquerdo

Hemiarco inferior direito Hemiarco inferior esquerdo

Exemplos:
23- Canino superior esquerdo
46- Primeiro molar inferior direito
37- Segundo molar inferior
esquerdo
11- Incisivo central superior direito
Quadro- Dentição decídua:

Dentição decídua:
Para que os dentes possam ser
distinguidos dos permanentes, o que
altera é a numeração dos quadrantes
Para representar individualmente os
dentes, utiliza-se o mesmo esquema de
dois dígitos Caso clínico: Encaminhar o dente
apontado:
11-Incisivo central superior direito

Hemiarco superior direito Hemiarco superior esquerdo

Hemiarco inferior direito Hemiarco inferior esquerdo


Caso clínico: Restauração do dente
apontado:
23-Canino superior esquerdo:

85-Segundo molar inferior esquerdo


decíduo:

75-Segundo molar inferior direito


decíduo: direita esquerda

Características gerais dos dentes:


Em um aspecto geral, os dentes tem cores,
tamanhos, inclinações diferentes entre si
Cor:
É um grande desafio da estética, pois
as cores não são homogêneas ao
longo do dente
Termos de posição e direção: O terço cervical da coroa dentária é
Para esculpir, restaurar e identificar um mais amarelada/escuro, enquanto o
dente, é preciso saber alguns termos de terço incisal é mais esbranquiçado
posição e direção
Coroa-Sentido vertical:
Região incisal/oclusal:
Cervical-Área próxima do colo
dentário
Média- Região intermediária
Raiz-Sentido Vertical:
Cervical- Mais próximo da coroa Isso se dá em razão do fato da dentina
Apical- Próximo ao ápice ser mais amarelada, e, onde está em
Médio- Região intermediária maior quantidade, faz com que o
Sentido horizontal-Não há diferenças reflexo do esmalte (que é translúcido),
entre coroa e raiz: fique mais amarelado por
Mesial- Área ou face voltada para o meio consequência
Distal- Área ou face voltada para lateral A área incisal possui mais esmalte e
Vestibular- Voltado para o vestíbulo oral menos dentina, deixando essa área
Palatina/ Lingual- Voltada para o palato mais clara
(maxila) ou assoalho da boca (mandíbula)
Essas características se são pela Etnia:
composição dos tecidos São diferenças pequenas
Dentina: amarelada A etnia africana tem uma dimensão
Esmalte: translúcido maior
Em cada paciente há um padrão e Grupos dentários:
nuances de cores diferentes Os molares apresentam um tamanho
A cor varia por diversos fatores, entre maior, enquanto os incisivos inferiores
eles: são menores
Idade: Em relação ao tamanho da raiz, a do
Com o avanço da idade, há o dente canino é a maior
desgaste do esmalte e o Direções:
aumento da dentina, fazendo A direção dos dentes tem uma
com que os dentes apresentem inclinação que é padrão
um aspecto mais amarelado Tendência de quase todas as
Sexo: raízes inclinarem para distal
Os dentes dos homens Isso se dá em razão dos ramos
apresentam mais pigmento, alveolares se formarem
portanto são naturalmente distalmente aos elementos
mais amarelados dentários
Grupo dental: Essa inclinação auxilia a
Os caninos e pré-molares são diferenciar direita e esquerda,
mais amarelados pela maior quando o elemento dental está
espessura de dentina fora da cavidade oral
Além disso: alimentação (ingerir Direção absoluta: Quando do
altas quantidades de café,vinho, dente não está implantado no
alimentos com corantes,etc.), ser processo alveolar (podendo ser da
fumante maxila ou mandíbula )
Direção relativa: Quando o dente
está implantado no arco dental, e
a maxila e mandíbula tem direções,
que muita das vezes são erradas,
deixando o dente mal
posicionados/direcionados

Dimensões:
Varia de acordo com idade, sexo, etnia
Idade:
Os dentes decíduos são bem
menores em comparação com
os permanentes
Com o avanço da idade, há o
desgaste dos dentes
Sexo: esqueleto facial
Os dentes das mulheres são
menores, mais redondos e mais
harmônicos
Os dentes dos homens são
maiores e mais geométricos
Características gerais da Divisão das faces da coroa:
Todos os trabalhos clínicos são feitos com
base na divisão em terços
coroa dental: Cores e medidas, por exemplo, são
diferentes entre os terços
Bordas e Ângulos
Sentido longitudinal (látero-lateral):
Direção Geral das Faces- divergentes ou
convergentes
Bossas-Áreas mais espessas e salientes
Pontos de Contato
Face Oclusal-Voltada para o meio bucal e
possui muitos detalhes
Nomenclatura das faces:
Faces livres- Faces que não tem contato
com outros dentes
Sentido vertical (súpero-inferior):
Faces lingual/palatina e vestibular
Consideração clínica: Cárie em faces
livres são mais visíveis, o que facilita o
diagnóstico e remoção
Faces proximais- Faces que estão em
contato com o dente vizinho/próximo
Faces mesial e distal
Caso clínico: Cáries proximais são um
grande problema, pois avançam para
dentes vizinhos/próximos (atinge a Os terços mesial e distal, apesar de
face mesial de um dente e a distal do semelhantes, possuem diferenças entre
outro), e além disso são de mais difícil si que devem ser consideradas
vizualização Sentido ântero-posterior:
Borda incisal-dentes anteriores
Borda é uma "quina"
Face oclusal-dentes posteriores
Face é uma área plana
Face cervical- Virtual
É virtual pois só é visualizada se a
coroa dental for removida, uma vez
que é contínua com a raiz
Linhas de grade:
Na dentística, o quadriculado (linhas de Bordas são as quinas (encontro de
grade) são a base para a realização dos faces)
procedimentos O nome é a junção das faces:
Divisão das faces da coroa na clínica: Ex: Ponto de encontro da face
mesial e vestibular= borda mesio-
vestibular
Leva-se o nome de ângulo diedro por
serem o encontro de duas faces
Ângulos dentais/ângulos triedros :
Como também há encontro de 3 faces,
os ângulos dentais também se fazem
presentes
ex: Encontro das faces distal, incisal e
Caso clínico: e lingual=Ângulo disto-inciso-lingual
Dente 11-Incisivo lateral superior direito
Mancha branca se situa no terço
incisodistal

Ângulos dentais/ângulos triedros :


Como também há encontro de 3 faces,
Caso clínico: os ângulos dentais também se fazem
Dente 11-Incisivo lateral superior direito presentes
Mancha por reabsorção interna se situa no ex: Encontro das faces distal, incisal e
terço cervicodistal e lingual=Ângulo disto-inciso-lingual
Quantidade:
Bordas (ângulos diedros): encontro de
duas faces
Dente anterior: 9
Dente posterior: 12
Ângulos dentais (ângulos triedros):
encontro de 3 faces
Dente anterior: 6
Dente posterior: 8

Bordas (ângulos diedros) e ângulos dentais


(ângulos triedros):
Como se trabalha com formas
geométricas, é possível se nomear bordas
e ângulos dentais
Bordas/ângulos diedros:
São identificadas em dentes anteriores
e posteriores
Caso clínico:
Fratura no dente 21 (incisivo central
superior esquerdo) no ângulo mesio-inciso-
vestibular

Faces proximais: mesial e distal


Formato geométrico varia conforme o
grupo dentário
Dentes anteriores:
As faces proximais tendem a um
formato triangular, em que a base
se volta para a região cervical
Na dentística:
Existe uma classificação das cavidades
(classificação de Black)
Dependendo do local da
cavidade/lesão, as técnicas serão
diferentes
Quando essas cavidades envolvem
ângulos, as restaurações se tornam
mais complexas (ex: classe IV)

Dentes posteriores:
Molares e pré-molares: variam
Possuem forma trapezoidal,
Enxergar a geometria auxilia e facilita na
mas a base e as dimensões
escultura dental
variam
Forma geral das faces livres e proximais:
Pré-molares e molares
Faces livres: vestibular e lingual/palatina
superiores: Formato de um
Sempre se observa a forma de um
trapézio com a base maior
trapézio
voltada para a face cervical e
A base menor do trapézio voltada
a base menor voltada para a
para a raiz e a maior para
face oclusal.
incisal/oclusal
Pré-molares e molares
Na escultura dental, deve-se
inferiores: apresentam o
trabalhar a convergência na raiz
formato de um losango
(trapézio em forma irregular)

Trapézio Losango
Para auxiliar na memorização: M de mesial
e maior, máximo
Considerando faces livres (vestibular e
lingual/palatina), a face vestibular é maior
que a face palatina/lingual (V>L)
As pontas/ cúspides das faces vestibulares
são mais altas

Exceção: Primeiro molar superior (16 ou


26)
É o único dente com a face lingual
Como é um dos primeiros dentes
que irrompem, o arco dental tem
uma característica palatina maior,
o que faz com que ele avance mais
Tamanho comparativo das faces: na face palatina
A regra geral é que, sempre, a face mesial
é mais alta e mais larga que a face distal
(M>D)
Isso se dá em razão dos arcos dentais,
que tem tendência de estreitamento
em sentido posterior
Auxilia na distinção entre direito e
esquerdo na escultura

Excessão:
Incisivo central inferior:
As faces mesial e distal tem dimensões
muito semelhantes, porém a face distal
é menor que a face mesial
É um dente centralizado e simétrico
Direção geral das faces:
Convergência: Vai junto, acompanha
Divergência: Se afasta

Para que haja o correto equilíbrio de


forças, as proximais possuem
Dentro do padrão, a face vestibular é
convergência para incisal ou oclusal
sempre maior do que a face
lingual/palatina, portanto, as faces
convergem para a face lingual/palatina (é
menor)
Exceção: dentes 16 e 26
Na hora de esculpir, essas
características devem ser consideradas Para que haja o correto equilíbrio de
forças, as proximais possuem
convergência para incisal ou oclusal

Convergência horizontal:
As faces livres (vestibular e
lingual/palatina) convergem para a
face distal, que é menor
As faces proximais (mesial e distal):
convergem para lingual, que é menor
Na escultura, essas convergências são
trabalhadas nos acabamentos, de
forma sutil, que é o que dá as Na imagem, há uma nítida convergência
características, alinhamento e oclusão mesial e distal para cervical
adequadas ao dente

Convergência vertical: A convergência das faces, do jeito e na


Nas faces livres, os dentes convergem medida certa, é o que caracteriza os
para cervical dentes na escultura
Características gerais das raizes Número de raizes:
dentais: Varia de acordo com o grupo dentário
Base, corpo e ápice Unirradiculares:
Existem diferenças nas raizes, Incisivos superiores e inferiores,
principalmente em pré-molares e molares caninos superior e inferior, segundo
pré-molar superior, primeiro e
segundo pré-molar inferior
11, 21, 31, 41, 12, 21, 22, 32, 42,
13, 23, 33 e 43
Podem existir variações
anatômicas (necessidade de
A divisão em terços, principalmente na radiografia)
endodontia, é muito importante Birradiculares:
Na escultura, o terço cervical da raiz é Primeiro pré-molar superior,
mais largo, enquanto o terço apical é mais Primeiro e segundo molares
afilado inferiores
14,24;14,24
Trirradicular:
Primeiro e segundo molares
superiores
16 e 26
Terceiros molares: São atípicos,e, pela
falta de espaço, podem ser
unirradiculares, birradiculares ou
trirradiculares

A divisão em terços, principalmente na


endodontia, é muito importante
Na escultura, o terço cervical da raiz é
mais largo, enquanto o terço apical é mais
afilado
Consideração clínica: Uma grande
dificuldade na endodontia é o terço apical,
pois ele é curvo e varia muito conforme o
elemento dental em questão
Além disso, na endodontia, o
tratamento do canal varia conforme o
terço da raiz, em que há instrumentais
específicos para cada região
Inclinação, curvatura e angulação: Linha do colo:
As raizes não são retas, o que são um 23- Incisivo lateral superior esquerdo
grande desafio em tratamento de dentes
posteriores
Inclinação: Desvio na base da raiz
Curvatura: Raiz segue reta até o terço
médio, depois apresenta inclinação
Ângulação: São grandes variações,
inclinações/silhuetas muito acentuadas
Por isso a necessidade de radiografia,
pois variações podem acontecer
Linha sinuosa que separa coroa anatômica
da raiz do dente
Desenhar essa linha é crucial na escultura
dental
A dimensão do colo é uma medida que se
refere a área mais estreita, onde há uma
certa sinuosidade
Para nomear, usa-se os termos côncavo e
convexo:
Côncavo: interno/para dentro
("barriguinha para dentro")
Convexo: externo/ para fora
("barriguinha para fora")

Estruturas comuns a todos Muda conforme a face do dente, de mesial

os dentes: para distal, etc.


Mesial: concavidade é maior
Estruturas anatômicas dentais, elementos Distal: convexidade é maior
descritivos e detalhes anatômicos
São detalhes que diferenciam os dentes
Linha do Colo- Linha que divide raiz e coroa
Bordas
Bossas- Saliências onde há as áreas mais
espessas, de maior função e marcam áreas de
proteção
Pontos de Contato-Pontos em que um dente
toca no outro
Linha Equatorial
Cristas Marginais
Incisivos e caninos:
Lingual e vestibular (faces livres):
concavidade para a coroa
Mesial e distal (faces proximais):
concavidade para a raiz

Bossas:
São saliências/projeções/eminências,
de esmalte que configuram os locais
de maior dimensão/convexidade do
dente
Pré-molares: A medida máxima do dente é feita na
Sinuosidades menos evidentes bossa
Molares Ter cuidado na escultura para não
Praticamente retilínea desgastar essa área
obs: Apesar de ser menos evidente a Variam conforme o dente
concavidade para a coroa nas faces livres
e na raiz para a face proximal ainda
continua presente

Consideração clínica: As bossas tem


Características gerais do colo dental:
função de proteger os tecidos de
Colo Anatômico e Colo Clínico:
suporte e ajudar na limpeza
Normalmente, quanto o dente está com
Nas restaurações:
tecidos de suporte saudáveis e
Excesso: na hora da
íntegros, a gengiva recobre o colo
mastigação, e não acontecerá
anatômico e parte da coroa
a massagem contínua dos
Em casos patológicos e com o dente
tecidos gengivais, que é um
fora da cavidade oral, observa-se o
processo fisiológico; vai
colo anatômico
favorecer o acúmulo de placa
(problemas periodontais),
dificulta higienização, etc.
Falta: Acúmulo de resto de
alimento, impacto na saúde
dos tecidos gengivais

Crista marginal:
Quando se observa a face lingual (dentes
anteriores) ou oclusal (dentes posteriores),
vê-se que essas faces tem contato direto
com o alimento
Linha equatorial: Linha traçada a partir É uma crista que se situa nas margens das
da marcação das bossas de todos as faces de trabalham (que trituram/tem
faces do dente contato direto com o alimento)
Área de maior diâmetro do dente Função: No momento da trituração do
alimento pelos dentes posteriores, são as
cristas que seguram o alimento em
contato, como se fossem muros, para
mantê-lo ali
Nos dentes anteriores, elas auxiliam nos
movimentos mastigatórios, como se
fossem trilhos

Nas faces proximais, as bossas são


muito importantes e menos visíveis, que
é um grande desafio nas restaurações
Ponto de contato: Encontro das bossas
de dentes adjacentes
Em pacientes saudáveis, as bossas
proximais se tocam de forma
harmoniosa
Se isso for perdido, essa área
acumulará alimento
Função dos pontos de contatos:
Proteção do tecido gengival (papila
interdental)
O uso do fio dental é uma
estratégia para avaliar pontos de
contato na clínica, e deve passar
com pouco esforço e uma certa
resistência

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