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APOSTILA DE PRÓTESE FIXA

planejamento pré estabelecido com o uso de materiais e


INTRODUÇÃO
instrumentais específicos. Com o objetivo de criar um espaço
Constitui se em um tipo de prótese que restaura parte de um adequado para a restauração individual e retentora na
dente ou vários dentes perdidos com materiais prótese fixa e removível
biocompatíveis Suporte ideal: posição e inclinação, ausência de mobilidade,
A prótese fixa é suportada apenas pelos dentes inserção óssea, número e forma de raízes, relação coroa/raiz,
remanescentes sendo, por tanto, dento suportada e periodonto saudável, vitalidade pulpar e proximidade das
dificilmente pode ser removida sem danificar algum elemento raízes
constituinte Espaço biológico deve ser respeitado (0,2mm a 0,8mm)
O sucesso do tratamento com prótese fixa é determinado
através de 3 critérios: longevidade da prótese, saúde pulpar e PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA, BIOLÓGICO E

gengival dos dentes envolvidos e satisfação dos pacientes; ESTÉTICO

tendo como objetivo devolver a estética, fonética e função


ASPECTOS BIOLÓGICOS
mastigatória
Finalidade terapêutica: visando a restauração de um dente
cariado ou fraturado

Finalidade protética: com objetivo de retenção da PPF

SUPORTE IDEAL:

- RELAÇÃO COROA RAIZ: o ideal é a proporção 2:3, medindo do


ápice radicular até a crista óssea alveolar

Resultando em uma resistência óssea maior do que a


potência (carga mastigatória)

Em dentes posteriores a proporção 1:1 é aceitável devido ao


longo eixo do dente ser mais vertical
NOMENCLATURA EM PRÓTESE FIXA
- FORMA E VOLUME CORONÁRIO: a forma e contorno podem causar
De acordo com o tipo: prótese unitária ou múltipla, prótese
uma deficiência estética e deficiência biológica se não
adesiva, restaurações parciais indiretas (inlay, onlay, overlay e
estiverem adequados
table top), prótese unitária sobre implante ou prótese múltipla
sobre implante
Necessidade de registro radiográfico para avaliar a
De acordo com o material: metálica, metalocerâmica e
adaptação da prótese no rebordo
metal free
PARTES CONSTITUINTES: Avaliar se o zênite (ponto mais apical da gengiva) está
− PÔNTICOS: são elementos constituintes de uma ponte semelhante aos dentes vizinhos
fixa cujo objetivo é a substituição anatômica estética e
funcional do dente natural perdido devendo sofrer Avaliar se o longo eixo dos dentes (mudanças na inclinação
modificações em relação ao rebordo alveolar a fim de no sentido mésio/distal) está semelhante aos dentes vizinhos
proporcionar a higienização da área edêntula
A papila interdental é determinada pelos pontos de contato,
− CONECTORES: são as partes que unem os elementos da
pela largura dos dentes vizinhos e forma geométrica do
ponte fixa podendo ser semi rígido, interno e externo
dente; Deve ser bem adaptada evitando áreas de black
− RETENTORES: são elementos da ponte fixa responsáveis
space
pela retenção e fixação da ponte fixa nos elementos de
suporte (dentes naturais preparados) podendo ser principal
As ameias interdentais são determinadas pela posição do
ou secundário
ponto de contato e pelos ângulos mesial e distal podendo
− PILARES: são os dentes naturais preparados com o
prejudicar a estética
objetivo de suportar a prótese
Coroa multicamada: cooping (infraestrutura) + cerâmica de A margem gengival pode se encontrar em padrão sinuoso
cobertura ou de revestimento quando o incisivo lateral está abaixo da linha imaginaria dos
Coroa monolítica: apenas um tipo de cerâmica incisivos centrais ou em padrão reto quando o canino, lateral
Preparo dental: desgaste seletivo de esmalte e dentina com e central estão na mesma linha gengival
forma, tamanho, extensão pré determinada através de um
Ponto de contato deve ser adaptado evitando impactação - relação oclusal e forças mastigatórias: apinhamento;
de alimentos e recidiva de cárie diastema; mordida profunda; guias de desoclusão; extensão
do espaço protético
Pode ser necessário restauração da anatomia oclusal de
acordo com o antagonista para melhorar a distribuição das - sexo/idade/tipo físico do paciente: integridade dos dentes
forças mastigatórias e dar estabilidade e efetividade à
mastigação Exame clínico

Forças verticais e horizontais devem ser ajustadas afim de ANAMNESE:


evitadas movimentação do elemento dentário, reabsorção
− IDENTIFICAÇÃO (nome, endereço, idade, estado civil,
ou neoformação óssea
gênero, raça e profissão)
- PERIODONTO SAUDÁVEL − QUEIXA PRINCIPAL (presença de dor, fratura, trauma,
cárie, estética, prótese, desgaste...)
Respeito com o tecido gengival em todo o processo − HISTÓRICO MÉDICO (pressão sanguínea, problemas
restaurador cardiovasculares, anemia, diabetes, úlceras gástricas,
alergias, hemorragia, xerostomia, gravidez, convulsão, aids,
Espaço biológico é a distância entre a crista óssea alveolar e
tuberculose, febre reumática, problema renal, hepatite e
a margem gengival livre (não deve ser invadido)
fármacos em uso)
− HISTÓRICO ODONTOLÓGICO (frequência de visita,
Pode ser necessário aumento da coroa clínica ou
experiências antigas e tratamentos prévios)
tracionamento ortodôntico antes da instalação protética
− HÁBITOS parafuncionais (bruxismo, apertamento, roer
Presença de espessura da gengiva inserida (1,5 a 2mm) unhas e morder objetos)
garante a efetiva adaptação evitando aparecimento de − HÁBITOS DE HIGIENE BUCAL (método de escovação, uso de
recessão gengival fio dental e escolha da pasta de dente/escova de dente)
− HISTÓRICO DE COVID (já positivou, tem sequela, já
Preservação da vitalidade pulpar com refrigeração do motor, vacinou ou se sente sintomas)
brocas novas e movimentos intermitentes no preparo do − EXPECTATIVA DO PACIENTE (avaliar se as expectativas do
elemento – após o preparo uso de otosporin, agua de cal ou paciente estão compatíveis com a realidade dos processos
cimentação provisória com hidróxido de cálcio reabilitadores)

FATORES DE INTERFEREM NA SELEÇÃO DOS RETENTORES: EXAME EXTRA ORAL:

PRESENÇA E EXTENSÃO DE CÁRIE: caries pequenas (preparo parcial); − SIMETRIA E FORMATO FACIAL (ovóide, triangular ou
defeitos na formação do esmalte; lesão cariosa profunda retangular)
com suspeita de comprometimento pulpar (tratamento − PROPORÇÃO ENTRE OS TERÇOS superior, médio e inferior do
endodôntico) rosto devem ser aproximadamente do mesmo tamanho
− SULCOS FACIAIS E SUPORTE LABIAL (restituição da forma
PRESENÇA E EXTENSÃO DE RESTAURAÇÃO: restauração satisfatória sem correta da musculatura)
sinal de recidiva ou evidentes sinais de recidiva da carie − DIMENSÃO VERTICAL EM REPOUSO (é a posição da mandíbula
em que os músculos elevadores e abaixadores estão em
RELAÇÃO FUNCIONAL COM O TECIDO GENGIVAL: término do preparo
equilíbrio, e os dentes não apresentam contatos com os
mantido em dentes natural, mesmo que a extensão
antagonistas)
subgengival seja maior que a pretendida
A diferença entre a DVR e a DVO determina o espaço

ALINHAMENTO DOS DENTES DE SUPORTE: perda dental antiga com funcional livre (EFL) e tem aproximadamente 3 mm.

inclinação dos dentes resultantes e proximidades das raízes


dificultando a higienização – pode ser necessário tratamento Dimensão vertical aumentada - Quando houver aumento da

ortodôntico ou desgastes para definir o eixo de inserção e dimensão vertical causado por tratamento restaurador

remoção da prótese inadequado, o paciente apresentará face alongada e


dificuldade funcional durante mastigação, fonação e
PADRÃO DE HIGIENE ORAL: ameias interproximais abertas; selamento deglutição; nos casos mais graves, aparecem sintomas
marginal correto; ponticos adequados; polimento primoroso musculares devido ao estiramento anormal das fibras.
das pecas Dimensão vertical diminuída - ausência de dentes posteriores
e/ou devido a desgastes severos dos dentes, causados por
- bruxismo: dentes desgastados; dentes fraturados; trincas de atrição ou por erosão. Como consequência, observam-se
esmalte; hábitos parafuncionais, redução do terço inferior da face, projeção do mento,
intrusão dos lábios e aprofundamento dos sulcos
nasogenianos, acúmulo de saliva nas comissuras (associada
ou não à queilite angular) e alteração da fonética. Também
pode ocorrer vestibularização dos incisivos superiores devido PREPARO DO DENTE COM FINALIDADE PROTÉTICA
à presença de doença periodontal em decorrência de falta
de estabilidade oclusal dos dentes posteriores e/ou de O preparo de dentes é uma etapa do tratamento protético
contatos acentuados nesses dentes. que consiste em reduzir a estrutura coronal por meio de
− ANÁLISE DAS ESTRUTURAS (sorriso, quantidade gengival, desgastes seletivos de esmalte e dentina, na quantidade e na
musculatura e articulação temporomandibular) forma predeterminadas, com a finalidade de criar espaço
para que o material restaurador possa viabilizar a reabilitação
EXAME INTRA ORAL: da estética, da forma e da função de uma ou mais coroas
dentárias.
− DENTES (manchas, cárie, alterações na
A qualidade do preparo influencia no controle biológico,
cor/textura/tamanho/formato/número/posição, desgastes
estético e mecânico dos procedimentos subsequentes das
como erosão/atrição/abrasão/abfração, vitalidade,
diversas etapas da confecção da prótese.
restaurações antigas, fraturas e qualidade das próteses
antigas) PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO DENTÁRIO
− PERIODONTO (índice de placa bacteriana,
profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, RETENÇÃO - A retenção é obtida pelo contato das paredes
distâncias biológicas índice de sangramento, recessão internas da coroa com as superfícies do dente preparado,
gengival, envolvimento de furca, área edêntula e mobilidade determinando uma área que propicia retenção friccional à
dental) prótese e que impede seu deslocamento no sentido
− ANÁLISE OCLUSAL (guias oclusais, oclusão em MIH ou RC, gengiva-oclusal, quando é submetida à acabo de forças de
cúspides de contenção cêntrica, curva de SPEE e curva de tração.
Wilson)
Depende de aspectos relacionados à: área preparada,
− AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA (proporção coroa-raiz,
altura, largura e conexidade das paredes
inclinação dos dentes, lesões periapicais, tratamentos
endodônticos antigos, reabsorções internas/externas,
Quanto maior a área de contato entre a superfície
trincas/fraturas, espessamento do ligamento periodontal e
preparada e a prótese e quanto mais paralelas forem essas
bolsa óssea)
paredes, mais retentivo será o preparo e, consequentemente,
maior será a retenção da prótese. Entretanto, paredes muito
PLANEJAMENTO EM PRÓTESE FIXA
paralelas dificultam o assentamento da prótese, causando
Independentemente de a PPF ser confeccionada sobre desadaptação oclusal e marginal
dentes ou implantes, em metalocerâmica ou em cerâmica
As paredes axiais devem apresentar duas inclinações: a 1º
pura, a prótese deverá sempre ter como objetivos principais o
inclinação na metade inferior e a 2º inclinação na metade
restabelecimento correto das funções mastigatória, fonética
superior semelhante à como deveria ser uma coroa integra
e estética.
Para isso, o planejamento deve seguir os seguintes princípios:

• Ser o mais simples e conservativo possível;


• Ser realista com o que pode ser obtido clinicamente;
• Os princípios de oclusão devem minimizar o efeito de
cargas adversas ao periodonto;
• Respeitar a biologia dos tecidos;
• A prótese deve possibilitar higiene efetiva;
• A prótese deve permanecer em função pelo maior
tempo possível.

OBTENÇÃO DO MODELO DE TRABALHO/ESTUDO

A moldagem tem como objetivo reproduzir, de modo preciso, ESTABILIDADE


o preparo dental e as estruturas adjacentes, gerando um
molde que, posteriormente, será́ vazado em gesso para a A forma do preparo deve prover resistência e estabilidade
obtenção de um modelo preciso, de modo que a prótese para minimizar a acabo das forças obliquas que incidem
possa ser confeccionada com características biológicas, sobre a prótese e que podem causar sua rotação e
mecânicas, funcionais e esteticamente aceitáveis deslocamento

A qualidade da moldagem depende também dos meios Altura do preparo: a altura do preparo tem de ser igual ou
utilizados para o afastamento ou a retração gengival, para superior à sua largura.
que o material de moldagem possa ser introduzido no interior
do sulco gengival e reproduzir fielmente o término do preparo.
Angulação das paredes do preparo: quanto menor a Forma Segmento Segmento Angulo interno
angulação das paredes axiais do preparo, maior é a básica de círculo de círculo arredondado entre a
estabilidade da prótese. (1/4 de (menor parede axial e a
círculo) que o gengival
RIGIDEZ ESTRUTURAL chanfrado
Indicação Coroa Coroa Coroa cerâmica
A rigidez estrutural é dependente: do tipo do material da metalocerâ total (feldspática)
infraestrutura, do tipo de término e da quantidade de mica e metálica
metal free
desgaste dentário.
Característ •boa •tem as •permite espessura
icas adaptação mesmas adequada da
A quantidade de desgaste do preparo deve ser suficiente
da margem vantagens cerâmica na região
para acomodar adequadamente a espessura do material
•menor do cervical, garantindo
restaurador selecionado (liga metálica e/ou cerâmica). concentraç chanfrado resistência contra as
ão de •deve ser forças oclusais
INTEGRIDADE MARGINAL estresse utilizado • apresenta maior
O preparo deve permitir uma adequada adaptação da nessa região somente discrepância marginal
coroa no dente pilar. •melhor em coroas em relação aos
escoament metálicas demais términos
O término gengival deve ser nítido, para ser facilmente o do •pode apresentar
reproduzido na moldagem, e deve apresentar espessura cimento maior dificuldade no
escoamento do
suficiente para acomodar a coroa sem sobrecontorno.
cimento
• necessita de maior
LOCALIZAÇÃO DO TÉRMINO CERVICAL quantidade de
desgaste nas faces
SUPRAGENGIVAL: está indicado em regiões não estéticas e sua
axiais, incisal e oclusal
localização deve ser de aproximadamente 2 mm acima da
Ponta 2215 ou 2214 ou 2142, 3145 ou 3099 de
margem gengival. diamantad 3216 de 0,8 3215 de 0,8 1,2 a 1,5mm
a usada a 1,2/1,5mm a 1mm
Essa localização permite uma melhor visualização do término
nos procedimentos de moldagem, melhor adaptação da PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS
coroa provisória e da infraestrutura e um melhor controle da
Como os procedimentos de preparo dentário são invasivos, o
higiene, por expor a interface prótese-dente.
volume de estrutura que será́ removido deve ser o mínimo

NO NÍVEL DA GENGIVA MARGINAL: posicionar o término ao nível necessário para atingir os requisitos mecânicos e estéticos da

gengival não é recomendado, pois essa é a região que mais prótese e com o menor prejuízo biológico ao órgão pulpar.

acumula placa.
Os desgastes excessivos podem deixar uma camada muito

Como consequência disso, pode ocorrer recidiva de cárie, fina de dentina, insuficiente para proteger o órgão pulpar, ou

inflamação gengival, recessão gengival e exposição da cinta mesmo levar à exposição pulpar com consequente

metálica, nos casos de próteses metalocerâmica. necessidade de tratamento endodôntico.

SUBGENGIVAL: o término deve ser localizado 0,5 mm no interior do Outro aspecto é o calor produzido durante o preparo pela

sulco gengival para se obter melhor estética por esconder a utilização de pontas diamantadas e turbina de alta rotação,

interface entre a restauração e o dente preparado no interior que pode provocar danos à polpa

do sulco, aumentar a retenção em preparos de dentes com


A saúde periodontal pode ser alterada durante o
coroa curta e também preservar a homeostasia dá área.
posicionamento subgengival do termino cervical. A
integridade do periodonto depende da preservação de suas
distâncias biológicas (3mm)

TÉCNICA DA SILHUETA PARA PREPARO DENTAL

O preparo dentário deve respeitar a anatomia do dente


original para garantir a espessura adequada de desgaste e,
consequentemente, do material restaurador da prótese.

Dependendo do grau de inclinação do dente pilar, pode ser


necessário indicar tratamento endodôntico prévio ao
desgaste para obter as características mencionadas
TIPOS DE TERMINO CERVICAL anteriormente, esses aspectos, são avaliados no
Chanfrado Chanferete Ombro arredondado planejamento inicial do tratamento
A ponta diamantada deve ser aprofundada em todo o seu Resulta em um desgaste acentuado da estrutura dentária
diâmetro (1 mm) na região do término e de 1,5mm nas faces para permitir um espaço adequado para a colocação da
axiais. Na face palatina (terço médio cervical), o desgaste estrutura metálica e da cerâmica de revestimento.
O bisel deverá apresentar uma inclinação mínima de 45°, o
deve ser de 1 mm.
que permite um selamento marginal e um escoamento do
cimento melhores que os proporcionados pelo término em
Primeiro o preparo deve ser realizado na metade distal do
ombro.
dente e depois são feitos os sulcos de orientação na parte
O ombro ou degrau biselado proporciona um colar de
integra, da mesma maneira como havia sido feito reforço que reduz as alterações dimensionais provocadas
durante a queima da cerâmica e, consequentemente, o
Após a união dos sulcos, deve-se avaliar a forma do preparo desajuste marginal
e o espaço com os dentes antagonistas

SULCOS DE ORIENTAÇÃO VESTIBULAR E LINGUAL


São realizados sulcos nas faces vestibulares e linguais seguindo Prótese metálica, metalo cerâmica e metal free
as duas inclinações que ambas as faces apresentam.
PRÓTESE METÁLICA
Unir as estruturas dentarias que ficam entre os sulcos de
orientação, seguindo as inclinações
INDICAÇÃO: onde o fator estético não precisa ser considerado
Se o preparo for em dentes anteriores devemos nos atentar a
broca utilizada na face lingual para seguir a conformação como o 2º e 3º molar; em dentes com espaço intermaxilar é
côncava reduzido; pacientes com parafunção

LIGAS UTILIZADAS: metais nobres (au, ag-ph e ag-sn), metais


básicos (ni-cr e co-cr) e metais alternativos (cu-al)

CARACTERÍSTICAS: bom custo, boa rigidez, fundibilidade,


facilidade de acabamento e polimento e resistência a
corrosão
REMOÇÃO DO PONTO DE CONTATO PROXIMAL
Com a utilização de uma ponta diamantada fina (3203), PRÓTESES METALOCERÂMICAS
vamos eliminar o contato com o dente vizinho, tomando
cuidado para não danificar a superfície proximal dos dentes As restaurações com coroas metalocerâmicas representam a
adjacentes, que podem ser protegidos com a utilização de
combinação de porcelana estética (03 camadas: opaco,
uma matriz de aço.
corpo e incisal) recobrindo uma infra-estrutura metálica. Essa
SULCOS DE ORIENTAÇÃO OCLUSAL
Na superfície oclusal são feitos os sulcos de orientação nas peça é capaz de prover estética e resistência.
cristas marginais e nas pontas de cúspides, devendo
acompanhar a inclinação das vertentes oclusais LIGAS UTILIZADAS: Metais Nobres (Au-Pt-Pd; Au-Pd-Ag; Au-Pd;
A profundidade de penetração da broca deverá ser de Pd-Ag), Metais Básicos (Ni-Cri; Ni-Cr-Bet; Co-Cr) e Metais
1,5mm para se obter um espaço interoclusal adequado. Alternativos (Titánio cp e TI-6 Al-4V).
Após a realização dos sulcos de orientação, é feito a união
das estruturas remanescentes seguindo a conformação As ligas de Ni-Cr podem ter margens mais delgadas (0,3mm).
geométrica da superfície oclusal do dente.
As ligas de ouro exigem espessuras maiores (0,5mm) para não
sofrerem deformações decorrentes do processo de cocção
da porcelana.

O mínimo de 0,7mm é o ideal de 1,0mm de espessura para a


porcelana.

DETERMINAÇÃO DO TÉRMINO DO PREPARO CARACTERÍSTICAS: bom custo, boa rigidez, fundibilidade,


Após a remoção do ponto de contato, a redução axial será facilidade de acabamento e polimento, resistência à
realizada com uma ponta diamantada. Nesta fase, iremos corrosão e compatibilidade com as porcelanas
confeccionar uma linha de término, seguindo a anatomia da
gengiva marginal, respeitando o espaço biológico Para conseguir resistência e um resultado estético satisfatório,
ARREDONDAMENTO DE TODOS OS ÂNGULO é necessário um preparo adequado dos pilares, respeitando
Com uma ponta diamantada de granulação fina, devemos
principalmente o volume e espaço requeridos. Para ligas
arredondar todos os ângulos.
básicas é requerido um desgaste de 1,2mm e de 1,4mm para
Este acabamento permite um assentamento melhor da
coroa, favorece o escoamento do cimento e facilitando a as ligas nobres
cimentação.
OMBRO OU DEGRAU BISELADO DESGASTE INADEQUADO: Sobrecontorno da Restauração; Rigidez
É um tipo de termino em que ocorre a formação de um Deficiente da Peça e Fracassos
ângulo de aproximadamente 90° entre a parede axial e a
cervical, com biselamento da aresta cavossuperficial
VANTAGENS DAS METALOCERÂMICAS: preenchem todos os requisitos O material deve ser biocompatível;
mecânicos de um retentor; grande capacidade retentiva
pelo atrito; possibilidade de melhores ajustes oclusais; estética Os materiais, os equipamentos associados e o tempo de

relativamente boa; possibilidade de corrigir a forma axial. processamento devem possuir uma boa relação
custo-benefício.
A visualização luminosa da margem gengival que tangencia
a porção cervical da coroa refletindo uma margem gengival CLASSIFICAÇÃO PELA ELASTICIDADE
escura a qual envolve muitas vezes a papila interdental
RÍGIDOS OU ANELÁSTICOS - gesso, godiva e pasta de óxido de zinco
(efeito guarda-chuva).
e eugenol
PRÓTESES METAL-FREE
ELÁSTICOS – hidrocolóides (alginato e ágar-ágar) e elastômeros
CARACTERÍSTICAS: estética e estabilidade de cor; baixa (polissulfeto, poliéter, silicona de condensação e silicona de
condutividade térmica; resistência à abrasão; adição)
biocompatibilidade; cet semelhante ao dentel
ALGINATO - HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL
Melhorar as propriedades mecânicas dos materiais cerâmicos
Indicação: Modelo de estudo
e assim possibilitar a ampliação das indicações desses
materiais para áreas extensas sem alterar a alta qualidade
Facilidade de manipulação
estética que eles apresentam.
Conforto para o paciente
MATERIAIS DE MOLDAGEM
Baixo custo
A moldagem tem como objetivo reproduzir, de modo preciso,
o preparo dental e as estruturas adjacentes, gerando um Não exige equipamentos sofisticados
molde que, posteriormente, será́ vazado em gesso para a
obtenção de um modelo preciso, de modo que a prótese
possa ser confeccionada com características biológicas,
ÁGAR-AGAR - HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL
mecânicas, funcionais e esteticamente aceitáveis.

Indicação: Restaurações unitárias indiretes tipo inlays, onlays,


Os materiais de moldagem são materiais utilizados na rotina
MOD, Coroas totais e próteses parciais fixas
clínica, em diversos procedimentos odontológicos que tem
como objetivo a obtenção réplicas precisas dos tecidos mole
POLISSULFETO
e dura
Primeiro material elastomérico sintético introduzido em 1950;
CARACTERÍSTICAS DE UM MATERIAL IDEAL
Fornecido em duas pastas: base e catalisadora.
Capturar com precisão os detalhes das estruturas bucais,
solta-se da boca sem distorção, permanecendo Menos rígido entre os elastômeros
dimensionalmente estável sobre a bancada ou quando o
gesso é vazado sobre ele Alta resistência ao rasgamento e elasticidade

Bastante sensível a umidade e temperatura


QUALIDADES DESEJÁVEIS

Ser fluido o bastante para se adaptar aos tecidos bucais Ter Deve ser armazenado em temperaturas de 17 a 24°C e

viscosidade suficiente para ficar contido em uma moldeira consumido em um ano.

que é assentada na boca;


Resfriamento das pastas e placa de vidro aumenta o tempo

Enquanto estiver na boca, deve transformar-se em um sólido de trabalho

borrachoide ou rígido em curto período de tempo, Após a


TEMPO DE TRABALHO: 2-3 min
reação de presa, o material de moldagem não deve distorcer
ou rasgar quando removido da boca; TEMPO DE PRESA: 5-6 min

Moldagens feitas destes materiais devem manter-se COMPOSIÇÃO: Tem enxofre na composição causando odor
dimensionalmente estáveis até que o modelo seja vazado; desagradável

A moldagem deve manter sua estabilidade dimensional após Pode ser encontrado em três consistências, ou seja, pesada,
remoção do modelo, para permitir que segundos ou terceiros regular e leve.
modelos possam ser construídos a partir da mesma
moldagem; INDICAÇÕES: As consistências pesada e leve são indicadas para
moldagens de dupla mistura. O material de consistência
regular é especialmente indicado para moldagem com o uso 5 viscosidades
de casquetes individuais de acrílica
COMPOSIÇÃO:
DESVANTAGENS:
Pasta-base: Polimetil-hidrogênio siloxano e outros
- Odor desagradável pré-polímeros siloxanos agentes de carga

- Capacidade de manchar Pasta catalizadora: divinilpolidimetil siloxano e outros


pré-polímeros siloxanos, sal de platina ativador, reatores e
- Memória elástica deficiente agentes de carga

- Necessidade do uso de moldeiras ou casquetes individuais ESTABILIDADE DIMENSIONAL: não há liberação de subproduto após
reação
VANTAGENS:

Liberam gás hidrogênio/paládio - esperar 30 min para vazar


- Tempo de trabalho
gesso

- Baixo custo
Incompatibilidade com látex e enxofre - inibe reação de

- Alta resistência ao rasgamento presa

- Boa reprodução de detalhes TEMPO DE TRABALHO: 1,5 min / Presa 4 min

VAZAMENTO: Ao ser utilizado, deve ser vazado VAZAMENTO: Moldes podem ser vazados após 7 dias da

imediatamente, pois há a liberação da água como moldagem e vazados mais de uma vez

subproduto da reação de polimerização


VANTAGENS: O mais preciso dos elastômeros; Alta resistência ao

DESINFECÇÃO DO MOLDE: pode ser feita por imersão em soluções rasgamento; Estável nos líquidos desinfetantes; Alta

de glutaraldeído ou compostos à base de cloro, iodóforos, estabilidade dimensional; Rápida recuperação elástica: Sem

fenóis (máx 30 min) gosto ou cheiro, agradável; Moderada resistência ao


rasgamento; Boa reprodução de detalhes
SILICONE DE CONDENSAÇÃO
DESINFECÇÃO DO MOLDE: pode ser feita por imersão em soluções
Tornaram-se disponíveis para os dentistas em 1955; de glutaraldeído ou compostos à base de cloro, iodóforos,
fenóis máx 30 min)
Fornecidas em forma de pasta base e catalisador, massa
densa e silicona de baixa viscosidade POLIÉTER

COMPOSIÇÃO: Introdução em 1965

Pasta base: Polidimetilsiloxano Silica e Carboanato de Cálcio Fornecido em 3 viscosidades


-30% baixa viscosidade -75% massa densa
COMPOSIÇÃO:
Catalizador: Octoato de estanho
• Pasta-base: Polímero de poliéter, sílica coloidal,
Contração de polimerização - estabilidade dimensional plastificantes e glicoéter.

VAZAMENTO: imediato (liberação de álcool etilico como • Pasta catalizadora: Sulfonato alquílico aromático e os
subproduto da reação de condensação) mesmos agentes de carga e plastificantes da pasta-base.

TEMPO DE TRABALHO: 2-3 min (densa) e 1-2 min (fluída) Alta estabilidade dimensional e resistência ao rasgamento;

TEMPO DE PRESA: 5-6min (densa) e 3-4 min (fluída) VAZAMENTO: Pode ser vazado imediatamente ou até 7 dias da
moldagem;
Recuperação elástica > 98%
Mais rígido dos elastômeros
DESINFECÇÃO DO MOLDE: pode ser feita por imersão em soluções
de glutaraldeído ou compostos à base de cloro, iodóforos, TEMPO DE TRABALHO: 2,5-3 min
fenóis (máx 30 min)
INDICAÇÕES:
SILICONE DE ADIÇÃO
- Moldagens para facetas indiretas;
Introduzidas no mercado odontológico a partir de 1975
- Inlay:
- Onlay: ● Avaliar a extensão do desgaste em dentes extraídos
e a possível necessidade de tratamento endodôntico prévio
- Prótese total e parcial removível: - Prótese fixa e sobre em função da grande quantidade de desgaste necessária
implantes. para corrigir o plano oclusal;
• Avaliar o plano oclusal, as curvas de spee e de Wilson e o
CONTRA-INDICAÇÕES:
guia anterior;

No entanto, torna-se muito rígido após polimerização, o que • Estudar aspectos relacionados com a estética;

dificulta seu uso em dentes delgados e longos. • Apresentar possíveis alternativas de tratamentos ao
paciente;
Material bastante viscoso. ● Confeccionar as coroas provisórias.
Com esses elementos, é possível realizar um plano de
Não há subprodutos da reação de presa. tratamento de acordo com o tipo de prótese selecionado em
função da extensão da PPFs. Também é possível fazer a
PASSO A PASSO DA PPF seleção dos dentes pilares e/ou a confecção de prótese
sobre implantes e próteses parciais removíveis.
1. EXAME CLÍNICO: anamnese, exame físico, intra oral e extra oral,
radiográfico, planejamento.
5. RETENTORES INTRA RADICULARES: Núcleo metálico fundido, pino
pré-fabricados ou pinos anatomizados
2. PREPAROS GERAIS DA BOCA: profilaxia, raspagem, restaurações,
endodontias e exodontias
6. CONFECÇÃO DE COROAS PROVISÓRIAS: técnica direta e indireta

3. MOLDAGEM INICIAL:
7. PREPARO DENTAL: desgaste seletivo de esmalte e dentina com
forma, tamanho e extensão pré determinada, através de um
− Seleção moldeira
planejamento pré estabelecido com materiais e instrumentais
− Seleção material moldador específicos.

− Proporção e manipulação - A quantidade de desgaste será orientada através da


− Carregamento da moldeira escolha do material a ser utilizado para a restauração
indireta.
− Posicionamento

− Moldagem - Devemos respeitar as inclinações do dente promovendo


assim uma maior retenção de coroa final
− Desinfecção do molde
8. CIMENTAÇÃO DO PROVISÓRIO: cimentos a base de óxido de zinco
4. MONTAGEM EM ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL (ASA): Análise da e eugenol, cimentos a base de óxido de zinco sem eugenol e
oclusão existente, avaliar presença de interferência oclusal, hidróxido de cálcio
correção da desarmonia oclusal, espaço interoclusal presente
e necessidade de aumento da DVO. 9. MOLDAGEM PARA MODELO TRABALHO: dupla mistura em um só
tempo, dupla moldagem ou moldagem em dois passos ou
A montagem dos modelos de estudo em articulador tem casquete de moldagem
como finalidade a avaliação de aspectos oclusais, como:
- Envia para o protético confeccionar o cooping
● Diferenças entres as posições de relação cêntrica
(RC) e máxima intercuspidação habitual (MIH); 10. PROVA DO COOPING: verifica-se a infraestrutura primeiramente
● Inclinação dos dentes pilares; no modelo de gesso antes de provar em boca.
● Avaliação do tamanho das coroas clinicas;
- Utiliza-se evidenciadores de contato interno durante a
● Necessidade futura de aumento de coroa;
prova.
● Presença de contatos dentários nas movimentações
excursavas da mandibula para os lados de trabalho, não
- Radiografia e sondagem para verificar a adaptação do
trabalho e protrusão;
cooping.
● Avaliação das curvas de spee e de Wilson;
● Alterações no plano oclusal; - Avaliar presença de degraus
● Eliminação de interferências oclusais entre as
posições de RC e MIH; - Realizar soldagem quando for PPF de mais de um elemento
● Extensão do espaço protético. e durante a prova apresenta báscula
A montagem dos modelos de estudo em articulador serve
- Registro interoclusal com duralay
também para a realização do enceramento diagnostico, que
tem como funções principais:
As características de forma da infraestrutura para PPFs
metalocerâmica e cerâmica devem ser semelhantes e com a
forma anatômica reduzida da restauração final, com suas A área total da raiz inserida no osso deve ser IGUAL ou MAIOR
inclinações das vertentes e cúspides e compensações das do que a área da raiz correspondente ao dente que será
áreas do preparo com excessos de desgastes ou ângulos reposto pelo pôntico.
fraturados, a fim de fornecer suporte e uniformidade à
cerâmica de revestimento. R (pilar + pilar) > F (pôntico)

11. ESCOLHA DA COR: uma técnica de seleção inadequada pode


comprometer um trabalho que possua todas as
Exemplo: ausência do 1º molar inferior
características corretas de forma e função, mostrando assim a
importância do conhecimento da técnica da seleção de cor

12. PROVA DA PEÇA: ajuste do material estético, contato gengival


do pôntico, ajuste oclusal.
Se tem apenas ausência do 1º molar inferior, ele será o
Oclusão ideal: contatos firmes de todos os dentes posteriores,
pôntico e os pilares serão o 2º pré-molar e o 2º molar
guia anterior harmônica com movimentos bordejantes,
desoclusão dos dentes posteriores durante protrusão e R = 207 + 426 = 633
durante movimentos laterais, ausência de interferência nos
dentes do lado de não trabalho durante movimentos laterais. F = 431

13. CIMENTAÇÃO DA PEÇA: escolha do cimento de acordo com o 🡺 Nesse caso está indicado a realização da PPF pois R
tipo de material
>F

14. ACABAMENTO E POLIMENTO


LEI DE VEST

PLANEJAMENTO DE PPF Determina que um dente pilar é capaz de suportar uma


carga oclusal correspondente ao dobro do seu valor
PRINCIPIOS DO PLANEJAMENTO:

• Ser o mais simples e conservativo possível; F (pilar + pôntico + pilar) = 2R (pilar + pilar)

• Ser realista com o que pode ser obtido clinicamente; Exemplo: ausência do 1º molar inferior

• Os princípios de oclusão devem minimizar o efeito de


cargas adversas ao periodonto;

• Respeitar a biologia dos tecidos;


Se tem apenas ausência do 1º molar inferior, ele será o
• A prótese deve possibilitar higiene efetiva; pôntico e os pilares serão o 2º pré-molar e o 2º molar

• A prótese deve permanecer em função pelo maior tempo R = 2x (4+6) = 20


possível.
F = 4 + 6 + 6 = 16

AVALIAR A:
🡺 Nesse caso está indicado a realização da PPF pois R
• Extensão do espaço edêntulo; >F

• Qualidade dos dentes pilares; A lei de Ante e Vest são baseados em dentes que NÃO
apresentam perda de inserção óssea ou mobilidade;
• Forma da raiz;

• Coroa clínica com largura e altura suficientes para manter a COMO MEDIMOS O SUCESSO DE UMA PRÓTESE PARCIAL FIXA RADIOGRAFICAMENTE?

prótese cimentada ao longo do tempo


• Boa adaptação marginal

• Posição do dente no arco;


• Tratamento endodôntico satisfatório

• Nível de inserção óssea.


• Pino adaptado ocupando 2/3 da raiz

LEI DE ANTE O sucesso depende da longevidade da prótese, satisfação e


conforto do paciente, estética favorável e saúde pulpar e
gengival dos dentes envolvidos.
COMO MEDIMOS O INSUCESSO DE UMA PRÓTESE PARCIAL FIXA CLINICAMENTE? INDICAÇÃO: reabilitações extensas e realinhamento dentário ou
em casos em que o retentor pré-fabricado não se adapta
• Erro na cimentação; firmemente as paredes do canal.

• Fraturas na prótese; CONTRA INDICAÇÃO: restaurações com cerâmicas, pois a liga


altera a cor.
• Recessão gengival;
VANTAGENS: alta rigidez e melhor adaptação ao canal e
• Comprometimento do periodonto;
radiopacidade.

• Recidiva de cárie.
DESVANTAGENS: número maior de sessões clínicas, corrosão e a
redução da dentina para acomodar a coroa total.
• Pinos curtos;

A extensão do núcleo deve ser de 2/3 do comprimento da


• Pinos com diâmetros aumentados;
raiz e a 4mm do ápice para que a raiz não seja enfraquecida,
• Desadaptação cervical; resultando em fratura radicular;

• Tratamento endodôntico insatisfatório; CONFECÇÃO DA TÉCNICA DIRETA - diretamente na boca, usa-se o


pinjet para fazer a moldagem do conduto e resina acrílica
Quando não faz um correto planejamento pode ocorrer erro duralay, obtendo forma e diâmetro do conduto que depois
na seleção da cor, erro na adaptação marginal/recidivas de será fundida com a liga metálica escolhida.
cárie, alteração na estética e fonética, insucessos tardios,
comprometimento do periodonto, perda de retenção, CONFECÇÃO DA TÉCNICA INDIRETA - o conduto é moldado e o núcleo
fraturas que podem ser do dente pilar, do ponto de solda ou é confeccionado em laboratório, a moldagem é feita com
da estrutura metálica e erro na Desobturação do tratamento silicone de adição com ajuda de um suporte intra canal que
endodôntico manterá o material de moldagem no interior do conduto,
após a moldagem o molde é enviado ao laboratório para ser
RETENTORES INTRA-RADICULARES fundido

Oferecem retenção ao material que irá substituir a porção PINOS PRÉ-FABRICADOS


coronária perdida, necessária para reter e estabilizar a
restauração final Podem ser metálicos ou não metálicos (pinos de fibra de
vidro, pinos de fibra de carbono e pinos de zircônia).
A indicação de pinos intra-radiculares baseia-se em na
posição do dente na arcada; oclusão do paciente; Forma cilíndrica ou cônica, as superfícies podem ser lisas,
quantidade de estrutura dental remanescente e serrilhada ou rosqueada.
configuração do canal.
Tem baixo custo, um preparo mais conservador e dispensa as
CARACTERÍSTICAS IDEAIS: biocompatibilidade; resistência ao etapas laboratoriais; Sua seleção se dá pela quantidade de
desgaste; preservação de dentina radicular; possuir boa estrutura dental remanescente, configuração do canal e
relação custo/benefício; evitar tensões demasiadas à raiz; características dos pinos.
promover união química e mecânica com o material
METÁLICO - divididos em passivos e ativos. Os ativos cônicos
restaurador.
podem apresentar sua superfície lisa ou com cor retenções
CLASSIFICAÇÃO: fundidos metálicos ou cerâmicos (não do tipo serrilhamento. Já os pinos passivos cônicos têm a
metálicos); retentores pré-fabricados que são classificados em superfície lisa, sendo menos retentivos, geralmente são
metálicos (de aço inoxidável, titânio comercialmente puro, confeccionados em aço inoxidável, contendo 18% de cromo
liga de titânio- alumínio vanádio); não metálicos ou flexíveis e 8% níquel.
(fibra de carbono, cerâmico e fibra de vidro)
FIBRA DE VIDRO - mais utilizado na reabilitação de dentes
tratados endodonticamente e deve possuir 2mm de altura no
NÚCLEO METÁLICO FUNDIDO
mínimo de remanescente coronário, mas necessitam de
Pino intra-radicular personalizado que serve de suporte para retenção intra-radicular.
uma PPF, é feito por uma liga metálica a base de metais
nobres, semi nobres ou a base de cobre e alumínio. Sua vantagem é o módulo de elasticidade próximo ao da
dentina, absorvendo as tensões geradas pela força, alta
As ligas não nobres são as mais utilizadas devido ao seu baixo adesividade em resinas dentárias dispensando o tratamento
custo e bom desempenho clinico. de superfície prévio a cimentação, estética favorável, boa
radiopacidade e permitem um preparo mais conservador do
dente, dispensando fases laboratoriais e tempo clínico.
Está contra-indicado em casos de canais amplos, pois 5. Remover o excesso de adesivo com ponta de papel
aumentam a espessura do cimento diminuindo a resistência absorvente e evaporamos o solvente.
de fratura; 6. O cimento resinoso escolhido é manipulado e
aplicado na superfície do canal, o excesso de cimento ainda
O pino deve adaptar-se ao diâmetro do conduto, tendo não polimerizado devendo ser removido com uma sonda
mínimo espaço para o cimento; o fabricante deve exploradora;
disponibilizar diferentes diâmetros de pinos e brocas para 7. Logo depois de polimerizado, múltiplos incrementos
reduzir o desgaste. de resina composta são adicionados e fotopolimerizados
individualmente;
FIBRA DE CARBONO - lisos ou serrilhados; possuem modo de
8. O remanescente dental e o núcleo são preparados
elasticidade próximo ao da dentina e melhor transmissão de
para receber uma coroa, completando o tratamento
forças dissipando o estresse, apresentam coloração escura
restaurador.
sendo uma característica que compromete a estética
quando usados em conjunto com coroas metal free;
COROAS PROVISÓRIAS
composição: 64% de fibras de carbono + 36% de matriz
epóxica.
IMPORTÂNCIA DAS COROAS PROVISÓRIAS

CERÂMICOS - boa estética e transmissão de luz, ● Suportar as funções mastigatórias durante o


tratamento
biocompatibilidade, e dispensa moldagem e fase
● Recuperar o complexo dentino pulpar e proteger o
laboratorial; é no entanto, incompatível com o módulo de
dente preparo de agressões térmicas, químicas e mecânicas
elasticidade das resinas compostas e de difícil remoção provenientes no meio bucal
devido ao alto módulo de elasticidade da cerâmica; são ● Ter boa adaptação marginal evitando proliferação
pinos compostos por zircônia tetragonal policristalina + óxido de bactérias pelo acúmulo de biofilme
de ítrio ● Restabelecer a oclusão e os contatos proximais
evitando movimentação/extrusão e impactação alimentar
● Manter o tecido gengival saudável
PINOS ANATOMIZADOS
● Restabelecer a estética (cor, forma, contorno e
posicionamento)
● Ser um protótipo da prótese parcial fixa definitiva
● Restabelecer a fonética
🡪 As resinas termopolimerizáveis são utilizadas para a
confecção de coroas provisórias somente pela técnica
indireta.
Elas apresentam maior resistência e estabilidade de cor e são
normalmente empregadas em casos extensos.

TÉCNICAS DE CONFECÇÃO DE COROAS PROVISÓRIAS


Apresenta as mesmas vantagens de um pino metálico
fundido e pré-fabricados, tem possibilidade de se adaptar às A) TÉCNICA DIRETA COM MOLDE DE ALGINATO OU MATRIZ DE SILICONE:
paredes internas do canal radicular, estética, módulo de 1. Moldagem com alginato e moldeira de estoque
elasticidade semelhante à dentina, redução do risco de parcial
fraturas radiculares irreversíveis; material não corrosivo e não 2. Introduzir resina acrílica no molde
gera alteração na cor da gengiva. 3. Isolar os dentes pilares (previamente preparados)
com vaselina
É obtido através do reembasamento e moldagem do 4. Levar o molde na boca e manter em posição com
irrigação até a polimerização da resina acrílica
conduto radicular com resina composta associada a pinos de
5. Desgastar os excessos
fibra pré-fabricados, essa técnica aumenta a adaptação do
6. Colocar resina acrílica na região do término
pino às paredes do canal, diminuindo a linha de cimentação, 7. A coroa é colocada em posição e o excesso de
assim fornecendo condições favoráveis para a retenção do resina é pressionado contra o subgengival
pino 8. Após atingir a fase plástica a coroa é removida e
reinserida algumas vezes até a polimerização completa,
evitando áreas retentivas
CIMENTAÇÃO DO PINO
9. Faz a delimitação da margem gengival com grafite
1. Limpar o pino e passar finas camadas de silano e desgaste dos excessos laterais sem eliminar a delimitação
10. Ajuste do ponto de contato
2. Ataque ácido até o fundo do canal radicular,
11. Seleção do dente de estoque que melhor se adapte
sempre de dentro para fora;
ao espaço edêntulo podendo desgastar a proximal, a
3. Após 15 segundos o ácido é lavado e o excesso da cervical e a oclusal
umidade é removido com pontas de papel absorvente. 12. Fixação do dente de estoque com resina acrílica
4. Aplicar sistema adesivo com auxílio de um 13. Remoção dos excessos de resina com maxicut
microbrush; 14. Remoção dos excessos na região das ameias com
disco serrilhado
15. Arredondar a superfície cervical 13. Após a polimerização da resina, faz-se a
16. Fazer uma canaleta na face oclusal dos dentes demarcação do termino com grafite
pilares e do pôntico 14. Vaselinar os dentes contíguos para correção do
17. Introduzir um fio ortodôntico na canaleta ponto de contato
18. Fechar a canaleta com resina escondendo o fio 15. Inserção da resina acrílica na interproximal
19. Ajustar a oclusão 16. Remoção dos excessos com maxicut
20. Acabamento e polimento 17. A confirmação da qualidade do ponto de contato é
21. Cimentação da prótese feita com fio dental
18. Ajuste oclusal com papel carbono para contatos
B) TÉCNICA DIRETA COM FACETAS DE DENTES DE ESTOQUE: apenas nas cúspides de contenção
1. Preparo dos dentes pilares 19. Cimentação da prótese
2. Seleção do dente de estoque
3. Desgaste da face lingual do dente de estoque com D) TÉCNICA DIRETA COM FACETAS DE DENTES DE ESTOQUE EM DENTES TRATADOS

maxicut ENDODONTICAMENTE:

4. Isolamento dos dentes pilares com vaselina 1. O dente de estoque selecionado é desgastado nas
5. Inserção da resina acrílica na face interna no dente faces cervical, palatina e proximais até que a faceta se
de estoque adapte na coroa preparada e fique bem posicionada nos
6. Posicionar na boca seguindo o alinhamento dos sentidos cervicoincisal e vestibulolingual.
dentes vizinhos 2. A resina é preparada e colocada, na fase plástica,
7. Acrescentar resina na face lingual conforme a na face palatina da faceta e levada em posição.
necessidade 3. Acomodam-se os excessos de resina na faceta e
8. Após a polimerização da resina remove-se a coroa e acrescenta-se resina nas demais faces.
desgasta-se os excessos 4. Após a remoção dos excessos grosseiros de resina
9. Acrescenta-se resina na região do término com fresa, faz-se o reembasamento cervical
10. Insere a coroa e mantém em posição 5. Leva-se a resina com espátula de inserção somente
11. Remover os excessos até a polimerização na região do termino do preparo
12. Delimitação da margem gengival com grafite e 6. Delimitação do termino com grafite
desgaste dos excessos sem eliminar a delimitação 7. Remocado dos excessos
13. Fixa o dente de estoque na boca com auxílio de 8. Ajuste da oclusão
cera pegajosa 9. Acabamento e o polimento da coroa provisórias.
14. Une o pôntico e os dentes pilares colocando resina 10. Cimentação da prótese
acrílica nas faces proximais
15. Remove a cera pegajosa e complementa com ACABAMENTO E POLIMENTOS DAS COROAS PROVISÓRIAS
resina acrílica O acabamento e polimento é importante para o sucesso da
16. Individualização das áreas proximais com disco prótese devido a manutenção da saúde periodontal e da
serrilhado estética, impedindo a adesão bacteriana, inflamação
17. Ajuste oclusal gengival e manchamento da resina acrílica
18. Acabamento e polimento 1. Escova scotch brite para remoção de riscos
19. Cimentação da prótese 2. Roda polidora cinza para desgaste grosso
3. Roda polidora rosa para desgaste médio
C) TÉCNICA INDIRETA COM MATRIZ DE SILICONE: 4. Roda polidora de brilho final para o polimento final
1. Montagem dos modelos de estudo em articulador 5. Disco de feltro macio para polimento final
2. Enceramento para confecção da PPF provisória
3. Molde do modelo encerado com alginato ou matriz TÉCNICAS DE MOLDAGEM EM PRÓTESE FIXA
de silicona
4. Isolamento do modelo com vaselina A qualidade da moldagem depende também dos meios
5. Manipula a resina acrílica na cor escolhida e introduz utilizados para o afastamento ou a retração gengival, para
no molde que o material de moldagem possa ser introduzido no interior
6. Leva ao modelo e aguarda tomar presa com do sulco gengival e reproduzir fielmente o término do preparo
elástico evitando deslocamento pela contração
7. O conjunto é levado a uma polimerizadora
AFASTAMENTO GENGIVAL
hidropneumática por 20 minutos e regulada em 20 libras de
pressão, ou em uma cuba com água quente a 60 °C, para O afastamento gengival tem como objetivo afastar os tecidos
que a maior quantidade de monômero seja incorporada ao
horizontalmente a área do término cervical para permitir
pó́, o que torna a superfície menos porosa
volume suficiente de material de moldagem nessa área;
8. Prova a prótese da boca para ver a necessidade de
reembasamento (desadaptação cervical) verticalmente para expor as margens; eliminar hemorragias;
9. Para o reembasamento: isolam-se os dentes com manter o campo limpo e seco
vaselina
10. Mistura-se a resina acrílica e insere sobre os términos Pode ser realizado por:
dos preparos com espátula de inserção.
11. O excesso de resina deve ser acomodado em volta - meios mecânicos: casquete
do provisório com a espátula ou com os dedos umedecidos
em saliva. - meios químicos: substâncias químicas
12. Repetir a remoção e inserção para não ficar
extremamente retentivo
- meios químico-mecânico: fios retratores impregnados com boca do paciente com duralay, não deixar espaço entre
substâncias químicas casquete e término

- meios cirúrgicos: eletrocirurgia, curetagem ou laser Manipula o poliéter, passa adesivo e leva no casquete com
poliéter e alginato junto.
1º fio afastador (afastamento vertical) – introduzido no sulco
gengival embebido em solução hemostática, e se mantem
no sulco gengival durante a moldagem

PRINCÍPIOS ESTÉTICOS EM PPF

Desgaste insuficiente influencia as propriedades ópticas da


restauração, alterando a percepção da cor e a translucidez
da cerâmica, além de interferir no formato da restauração,
na resistência da infraestrutura e na saúde dos tecidos
2º fio afastador (afastamento horizontal) – introduzido no sulco
periodontais.
gengival, se possível sem solução hemostática, e é removido
antes da moldagem
DEVEMOS AVALIAR: Estética rosa/ estética branca, margem
gengival, contorno, zênite gengival, contato interdental,
formato do dente, proporção altura/largura, proporção
áurea, comprimento/largura, ângulos, opacidade/
translucidez inclinações, convexidade, depressões, escolha
da cor.

− MATIZ: é expressão qualitativa da cor, como azul,


amarelo, vermelho;
− CROMA: mais claro ou mais escuro;
− VALOR: mais ou menos sua luminosidade.
TÉCNICA DE MOLDAGEM
A melhor técnica para analisar a cor de um dente é dividi-lo
DUPLA MISTURA OU MOLDAGEM EM 1 TEMPO
em três faixas horizontais: colo, terço médio e terço incisal.

Dois materiais da mesma natureza, em diferentes


O terço colo é a porção onde o matiz é mais evidente
consistências são espatulados ao mesmo tempo
O terço médio é uma área mais branca e com mais valor.
Material mais denso levado na moldeira e o material fluido
levado com dispensadora O terço incisal apresenta um grau mais elevado de
translucidez, um matiz mais esbranquiçado e um croma baixo.
DUPLA MOLDAGEM OU MOLDAGEM EM 2 TEMPOS
Os tecidos dentários também são caracterizados pela
Manipulação do material denso, moldagem com plástico
presença de outros fenômenos óticos que tem importância
filme criando espaço para o material fluido
para a reprodução adequada das cores: a fluorescência e a
opalescência.
Manipulação do material leve no denso e segunda
moldagem
A fluorescência - materiais que refletem a luz negra resultam
mais brancos e luminosos à luz do dia, que contém raios
CASQUETE
invisíveis de luz ultravioleta. A fluorescência é mais visível no
Moldeira parcial com alginato, vaza o gesso, usa lamparina, terço médio do dente.
cera 7, espátula 7, faz alivio em toda região do preparo,
A opalescência é uma propriedade óptica intimamente
passa o isolante de resina no gesso, na região de alivio coloca
presente no esmalte que faz com que o dente tenha um
resina acrílica (3/1), faz uma bolinha, leva ao preparo e vai
aspecto azulado para quem o observa de frente e aspecto
obter cópia do preparo em resina acrílica, delimita os
âmbar para quem o observa por trás.
excessos e desgasta.

Prova na boca do paciente, marca a região vestibular e ESCALA DE COR


depois faz reembasamento no paciente, molha o pincel no
monômero, leva ao pó e coloca no término, depois leva a
A escala de cor mais utilizada para a seleção de cor é a Vita − Prótese sobre fixa sobre implante
Classical Shade Guide, que é ordenada em matizes com as
− Facetas e lentes de contato
letras A, B, C e D e croma pelos números 1, 2, 3, 4.

INDICAÇÃO

Coroas anteriores: feldspática, dissilicato de lítio e reforçadas


com leucita

Coroas posteriores: reforçadas com alumina e reforçadas


com zircônia

Porcelana de recobrimento: feldspática

CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS CLASSIFICAÇÃO

VANTAGENS: estética e longevidade, baixa condutividade DE ACORDO COM A SENSIBILIDADE DE SUPERFÍCIE:


térmica e elétrica, alta resistência ao desgaste e a
compressão, radiopacidade semelhante à do dente natural, 1) Ácido-sensíveis - A matriz vítrea da cerâmica se degrada na
biocompatibilidade e lisura superficial presença do ácido fluorídrico.

DESVANTAGENS: friabilidade, potencial de desgaste do dente Ex: Feldspática, Leucita e de Dissilicato de lítio
antagonista, custo alto, técnica de difícil execução e pouco
2) Acido-resistentes - Cerâmicas que não são afetadas pelo
conservadora
tratamento de superfície por apresentarem baixo ou nenhum
conteúdo de sílica, consequentemente sofrem pouca ou
COMPOSIÇÃO BÁSICA
nenhuma degradação superficial na presença do ácido
•feldspato – 75 a 85%; fluorídrico

•sílica ou quartzo – 12 a 22%; Ex: óxido de alumínio e óxido de zircônio

•caolim – 3 a 5%; DE ACORDO COM OS CONSTITUINTES DA FASE CRISTALINA

•pigmentos

• corantes.

Os vários componentes das cerâmicas combinados resultam


em duas fases principais: a fase vítrea ou matriz de vidro e a
fase cristalina ou mineral.

Fase vítrea é formada durante o processo de cocção e possui


propriedades típicas de um vidro, como friabilidade, padrão
de fratura não direcional e alta tensão superficial no estado
fluido. CERÂMICAS FELDSPÁTICA – pode ser feldspática pura (cerâmica de
cobertura) ou feldspática reforçada por leucita (melhorou a
Fase cristalina inclui sílica ou quartzo e alguns óxidos resistência)
metálicos. A evolução das cerâmicas se deu por
CERÂMICAS INFILTRADAS POR VIDRO – pode ser reforçada por alumina
modificações nesta fase, visando a um aumento da
(melhorou a resistência), por espinélio (melhorou a estética e
tenacidade.
piorou a resistência) ou por zircônia (melhorou a estética e
melhorou a resistência)
Essa variação na composição se dá́ principalmente pelo
maior conteúdo de cristais de leucita (K2. Al2O3.4SiO2), cristais
VITROCERÂMICAS – pode ser reforçada por dissilicato de lítio ou
de dissilicato de lítio (Li2O.2SiO2), alumina (Al2O3), spinel de
reforçado por leucita, ambos com alta resistência e ótima
magnésio-alumina (MgO.Al2O3) e zircônia (ZrO2).
adaptação

APLICAÇÕES NA ODONTOLOGIA BLOCOS CERÂMICOS PARA CAD/CAM – pode ser alumina


densamente sinterizada (cerâmica de infra-estrutura) ou
− Prótese fixa (coroa total, ponte fixa ou coroa zircônia pré-sinterizada e estabilizada por ítrio (cerâmica de
anterior) infra-estrutura)
− Restaurações indiretas (onlay, inlay ou overlay)
MÉTODO DE PROCESSAMENTO • União aos materiais restauradores e as estruturas dentárias

• Fácil manipulação

1. CONDENSAÇÃO OU SINTERIZAÇÃO: pó/liquido • Tempo de trabalho e de presa adequado

Utilizada para a cobertura de estruturas • Propriedades estéticas favoráveis.


metálicas e estruturas cerâmicas de reforço.
CIMENTOS PROVISÓRIOS
2. INJEÇÃO OU PRENSAGEM POR CALOR: lingote
CIMENTOS A BASE DE ZINCO E EUGENOL:

INDICAÇÃO: dentes com muita retenção devido a facilidade de


remoção.

CARACTERÍSTICAS: Boa fluidez, baixa solubilidade aos fluídos


bucais, resistente às forças mastigatórias, fácil remoção.
3. FUNDIÇÃO: técnica da cera perdida
PRESENÇA DO EUGENOL: efeito bacteriostáticos e sedativo da
Descontinuidade, devido ao avanço de outras tecnologias polpa, impedem a polimerização da resina acrílica e os
radicais livres impedem a reação dos cimentos adesivos na
4. INFILTRAÇÃO: massa de vidro sobre um cooping de cimentação definitiva.
alumina
5. TORNEAMENTO OU FRESAGEM: bloco cerâmico

Escaneamento digital

CIMENTOS A BASE DE ZINCO SEM


EUGENOL:

REFORÇOS DA CERÂMICA
CARACTERÍSTICAS: Maior resistência aos que possuem eugenol na
1. DISPERSÃO DA FASE CRISTALINA - inserção de materiais diferentes composição, além de permitir uso da resina acrílica e
dos constituintes básicos para reforçar cimentação adesiva posteriormente.

2. DIMINUIÇÃO DA QUANTIDADE DE COCÇÕES - excesso de cocções HIDRÓXIDO DE CÁLCIO:


pode provocar enfraquecimento da peça
INDICAÇÃO: dentes que possuem vitalidade pulpar
3. TEMPERA TÉRMICA - rápido resfriamento da superfície enquanto
ainda está no estado fundido CARACTERÍSTICAS: ação antimicrobiana e remineralizadora e
auxilia na dessensibilização da dentina após preparo
4. TROCA DE ÍONS - troca de íons da superfície por meio de
banhos químicos DESVANTAGENS: tempo de trabalho curto (10 segundos) e difícil
remoção.
5. CORRETO DESENHO DA PRÓTESE CERÂMICA - responsável pelo correto
design da peça é o cirurgião CIMENTOS DEFINITIVOS

6. MINIMIZAÇÃO DE ÁREAS QUE CONCENTRAM TENSÕES - desgastes, trincas e FOSFATO DE ZINCO:


riscos na superfície das peças são áreas que podem criar
tensões e levar à sua fratura. INDICAÇÃO: coroas e PPF metalocerâmicas, pinos intra
radiculares metálicos e PPF cerâmicas de zircônia.
7. AUMENTO DA TENACIDADE POR TRANSFORMAÇÃO DE FASE - inseridos
aditivos para estabilizar a estrutura VANTAGENS: mais de 100 anos de experiência clínica,
simplicidade de uso e baixo custo.
CIMENTAÇÃO DE PPF
DESVANTAGENS: sensibilidade pós-operatória, baixa dureza e alta

CARACTERISTICAS IDEAIS solubilidade.

• Biocompatibilidade IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL:

• Baixa solubilidade INDICAÇÃO: Coroas e PPFs metalocerâmicas, pinos entrar


radiculares metálicos e PPFs cerâmicas de zircônia.
• Resistência mecânica
VANTAGENS: mais de 20 anos de experiência clínica, liberação
de flúor, adesão molecular ao substrato dentário,
simplicidade de uso, baixo custo e baixa alteração
dimensional.

DESVANTAGENS: sensibilidade pós-operatória ocasional e


sensibilidade à água e cargas mecânicas

IONÔMERO DE VIDRO MODIFICADO POR RESINA:

INDICAÇÃO: coroas e PPFs metalocerâmicas, pinos entrar


radiculares metálicos e PPFs cerâmicas de zircônia.

VANTAGENS: liberação de flúor, resistência de união média/alta,


adesão molecular ao substrato, baixa solubilidade, baixa
sensibilidade pós-operatória, simplicidade e baixo custo

DESVANTAGENS: absorção de água e expansão, degradação ao


longo do tempo e em altas temperaturas.

RESINOSO ADESIVO – COM ADESIVO PRÉVIO:

INDICAÇÃO: coroas e PPFs metalocerâmicas, pinos


intra-radiculares metálicos e PPFs cerâmicas.

VANTAGENS: mais de 10 anos de experiência clínica, baixa


solubilidade, boa adesão e alta dureza, propriedades
mecânicas satisfatórias e boa estética.

DESVANTAGENS: dificuldade de manuseio e sensibilidade da


técnica, necessidade de uso de primers e sistemas adesivos,
alto custo, incompatibilidade química com sistemas adesivos
simplificados, sensibilidade pós-operatória ocasional e
degradação ao longo do tempo e em altas temperaturas

RESINOSO AUTOADESIVO – SEM SISTEMA ADESIVO PRÉVIO:

INDICAÇÃO: coroas e PPFs metalocerâmicas, pinos entrar


radiculares metálicos e PPFs cerâmicas.

VANTAGENS: facilidade de utilização, menor tempo clínico, não


necessita de pré tratamento dentinário, baixa solubilidade,
boas propriedades mecânicas e boa estética.

DESVANTAGENS: poucos estudos longitudinais de avaliação


clínica.

PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

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