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CURSO DE ODONTOLOGIA

PRÓTESE
FIXA

Prof.ª MSC. Nathalia Finck


Acadêmicos: Antônio Jr. e Paula Bergami

REDE DOCTUM
Índice

1. Introdução
2. Princípios fundamentais dos preparos dentários
3. Preparo em dentes posteriores
4. Preparo em dentes anteriores
5. Confecção de provisórios
6. Ajuste Oclusal
7. Cimentação em prótese fixa
8. Núcleo metálico fundido
9. Facetas - Preparo e Provisório
10. Referências

1
esforços mastigatórios se
Introdução classifica como um aparelho
dento-suportado e fixa, pois
A destruição da parte coronária seja
uma vez cimentada nos
por cárie, distúrbios de
desenvolvimento ou causas acidentais, elementos preparados não

promove desequilíbrio no sistema pode ser mais removida.

estomatognático, desequilíbrio oclusal,


periodontal, fonético e estética. Elementos constituintes da
Prótese Parcial Fixa (PPF)
Prótese - ​Tem a finalidade de
❏ Retentor​: Conhecido como
restaurar a função mastigatória, forma,
estética e consequentemente o "pilar", é o dente em que será

conforto e a saúde do paciente. realizado o preparo para


suportar a prótese.
❏ Pôntico​: É o elemento suspenso
Prótese Fixa - ​Coroas
que cobre o espaço de ausência
unitárias, Próteses parciais (onlay, dentária.
Overlay, Endocrown, facetas), ❏ Conector​: União do pôntico com
Próteses Parciais fixas. o retentor.
Requer um desgaste dentário para a
sua confecção compensando a
espessura da futura restauração. Este
desgaste não é aleatório e segue
determinados princípios.

Prótese Parcial Fixa


❏ É um aparelho protético
especializado que do ponto de
vista de transmissão de

3
❏ Planejamento e avaliação para
Princípios Fundamentais se optar pelo tipo de
Gerais restauração menos danosa ao
elemento dentário.
1- Preservação da estrutura dentária
2- Biomecânica do preparo ❏ O clínico decide o que é mais
3- Eixo de inserção vantajoso: a preservação em
4-Formas de resistência e proteção superfície ou em profundidade.
5-Tipos de terminações marginais
6-Localização da margem gengival
Coroas Totais
dos preparos

❏ No grupo das coroas totais, o


1- Preservação da estrutura dentária
desgaste é completo cobrindo
toda a área dentária.
Mínimo desgaste, mas o suficiente
para se poder restaurar
❏ Indicação é realizada através da
convenientemente. Deve-se ter
estética necessária para cada
cuidado com o excesso do desgaste.
região do dente envolvido.

Extensão superficial e ❏ Quanto maior for a demanda

Profundidade de desgaste estética, maior poderá ser o


desgaste necessário. Ex: dentes
❏ Indica-se a preservação da escurecidos.

estrutura dentária. Ex: onlays,


overlays ❏ Tipos de coroas totais:
- Coroas totais metálicas - menor

❏ Realizar radiografia prévia para desgaste.


avaliar volume da câmara - Coroas metalocerâmicas

pulpar. - Coroas em cerâmica pura -


Metal free.

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2- Biomecânica do Preparo ❏ Está diretamente ligada à
extensão da superfície de atrito
❏ Dentes de suporte são e também à inclinação ou
preparados com uma forma conicidade das paredes axiais
geométrica tal, que proporcione do preparo.
às restaurações nelas ❏ Conicidade ideal é de somatória
instaladas as propriedades de: de 6 graus.
retenção e estabilidade. ❏ Alia expansividade com
❏ Essas propriedades atuam máximo de retenção.
simultaneamente durante ❏ Quanto mais paralelas forem as
mastigação. paredes do preparo, maior será
a retenção.

Retenção

❏ É a resistência da peça
protética às forças de tração no
sentido axial.
❏ Retenção Positiva -
Restaurações Extra-coronárias
(Coroas Totais)
❏ Retenção Negativa -
Restaurações Intra-coronárias
(RMF, inlay)
❏ Está diretamente ligada à
A= B C<D Retenção > 2
extensão da superfície de atrito
e também à inclinação ou
conicidade das paredes axiais
do preparo.

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Estabilidade

❏ É a resistência da peça
protética ao deslocamento,
frente às forças tangenciais.
❏ Forças mastigatórias (vertentes
inclinadas das cúspides) -
forças tangenciais ou oblíquas.
❏ Alimentos pegajosos, fio dental
- forças de tração.
C=D A<B Retenção > 2 ❏ A estabilidade ocorre em
função da relação altura/largura
do preparo.
Expulsividade
❏ A largura é o raio de rotação da
coroa.
❏ A expulsividade do preparo
❏ A altura é responsável pela
também está relacionado com a
extensão da área de
altura do dente, pois quanto
travamento frente a um
maior a sua altura, clinicamente,
deslocamento lateral.
o preparo pode ser realizado
❏ A estabilidade está
com maior conicidade.
intimamente relacionada a área
❏ O inverso também é verdadeiro,
de travamento.
portanto, a expulsividade dos
❏ A área de travamento está
preparos em dentes baixos
diretamente relacionada com a
devem possuir as paredes com
proporção largura/altura do
menor angulação possível, ou
preparo. Assim, a largura do
seja, mais paralelas possível.
preparo deve ser sempre menor
do que a diagonal entre a borda
do preparo à extremidade
oclusal da parede axial oposta.

6
❏ Observar a expulsividade do
preparo visualmente (olho
diretor ou predominante).
❏ O eixo de inserção deve ser
analisado segundo dois planos:
Frontal (Vista proximal) e
Sagital (Vista vestíbulo-lingual).

Plano Frontal - Vista Proximal


❏ O eixo de inserção ideal é ao
3- Eixo de Inserção longo eixo da região coronária
do dente natural.

❏ É uma linha imaginária ao longo ❏ O eixo de inserção acompanha

da qual a restauração será a inclinação da coroa.

colocada ou retirada do ❏ Não se prepara dentes

preparo, de forma visual, superiores e inferiores com os

auxiliado pela própria forma mesmos eixos de inserção.

tronco-cônica da ponta ❏ Dentes posteriores superiores:

diamantada. Eixo axial verticalizado.

❏ O posicionamento da ponta ❏ Dentes posteriores inferiores:

diamantada, segundo o eixo de Lingualizados.

inserção previamente
selecionado, proporciona-nos
uma referência a mais para se
obter a conicidade e o eixo de
inserção corretos.

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Plano Sagital - Vista ❏ O desgaste incisal em
restaurações de dentes
Vestíbulo-Lingual anteriores normalmente será de
1,5mm a 2,0 mm e em plano
inclinado de 45 graus em

O eixo de inserção será determinado relação ao longo eixo do dente.


pela média dos eixos axiais das coroas
dos dentes contíguos ao dente a ser
preparado, ou seja a inclinação
5- Terminações Marginais
mésio-distal deve ser paralela às áreas
de contato proximal dos dentes ❏ Segundo a especificação n 8
adjacentes
ADA, adaptação aceitável da
peça seria de 30µm.

4- Forma de resistência e proteção Junta Topo a Topo - Ombro ou


❏ O excesso do desgaste Degrau
aumenta a resistência estrutural
da restauração.
❏ É um tipo de término em que a
❏ O excesso do desgaste diminui
parede axial do preparo forma
a altura/largura do dente
um ângulo de
preparado causando perda no
aproximadamente 90 graus
índice retenção/estabilidade.
com a parede cervical.
❏ Aumenta o risco de lesão
❏ Manter arredondada a
irreversível à polpa dentária.
intersecção entre essas duas
❏ A superfície oclusal deve ser
paredes para evitar a formação
desgastada acompanhando sua
de tensões na cerâmica nessa
forma anatômica em vertentes
área.
triturantes e lisas.
❏ Indicações: Coroas metal free a
base de cerâmica feldspática;

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Junta Topo a Topo - Chanfro 6- Localização das margens do
Preparo
❏ Término entre a parede axial e a
gengiva é feita por um ❏ Relembrando:
segmento de círculo. - Sulco gengival: 0,69 mm
❏ Permite espessura ideal para - Epitélio Juncional: 0,97 mm
metal e cerâmica. - Inserção conjuntiva: 1,07 mm
❏ Indicações: Coroas
metalocerâmicas em ligas não ❏ Existem três opções para
nobres; Coroas metálicas; estender as restaurações. A
Coroas metal free com escolha entre eles pode se
cerâmicas a base de dissilicato basear na necessidade de criar
de lítio. resistência adequada e forma
retentiva do preparo, alterações

Junta Deslizante - Lâmina de de contorno em virtude de cárie

faca ou mascarar a interface


restauração-dente. Os términos
podem ser:
❏ Término em que a junção entre
a parede axial e a gengival é - Supragengivais

feita por um segmento de - No nível gengival - Término

círculo de pequena dimensão. supragengival ou no nível

❏ Indicação: Acomodar metal. gengival estão indicados em

❏ Permite correções de pequenas regiões não estéticas.

inclinações dentárias. - Subgengival - Oferece maior


risco biológico. Cuidado para
não ocorrer invasão do espaço
biológico. Indicados para
regiões estéticas.

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Preparos para Coroas Passo a Passo
Metalocerâmicas ​Posteriores​ -
Técnica da Silhueta

❏ Pontas diamantadas mais


utilizadas são: 1014, 1016,
1) Dente Hígido
2200, 3146, 4137, 3139, 4138,
3168, 3118, 3215, 3216.
❏ Com auxílio do espessímetro,
podemos saber o diâmetro da
ponta que será utilizada no
preparo.
2) Canaleta cervical com ponta esférica 1014.
Angulada em 45 graus. Acompanha a margem
gengival.

3) Pontas tronco-cônica de extremo arredondado:


4138, ou cilíndrica com extremidade ogival: 3215,
3216. Confecção de sulcos longitudinais
respeitando as inclinações. Observar profundidade
da ponta diamanta.

10
8) Sulcos Longitudinais

4) Marcação dos sulcos longitudinais.

9)Respeitando as inclinações da face do dente.

5) Confecção dos sulcos longitudinais respeitando


as inclinações.

10)Face Oclusal. Segue a inclinação das vertentes


das cúspides.

6) Face Lingual.

7) Ponta diamantada 1014, 45 graus.

11
11) Sulcos oclusais - ponta diamantada
aprofundada em toda a sua espessura.

16) Aspecto final do preparo. Lembrar de avaliar


espaços em MIH e durante movimentos
12) Adaptação de matriz metálica de tamanho mandibulares.
compatível com a coroa do dente para proteção dos
dentes adjacente.

Preparos para Coroas


Metalocerâmicas ​Anteriores​ -
Técnica da Silhueta

❏ Pontas diamantadas mais


utilizadas são: 1014 (1,4mm);
13) Realização de Slice na proximal. Ponta
Diamantada 2200. 1016 (1,8mm); 2200 ( 1,0 mm);
3146( 1,4 mm); 4137 (2,5mm);
3139 (2,1 mm); 4138 ( 1,8mm);
3168 (2,3 mm); 3118 ( 2,3mm).

Preparo da vestibular
14) Ponta 4138 realiza a união dos sulcos. Ponta
4137 realiza refinamento do preparo (remoção de
espículas e irregularidades).

1) Dente hígido
15) Polimento final com Borrachas Abrasivas.

12
. 6) Marcação dos sulcos (internos).
2) marcação para realização da canaleta cervical.

7) União dos sulcos, respeitando inclinações dos


dentes.

3) Canaleta cervical feita com ponta esférica 1014


angulada em 45 graus.

8) Redução incisal, inclinação 45 graus da ponta


diamantada

4) Marcação dos sulcos.

5) confecção de sulcos longitudinais respeitando as


inclinações.
9) Inclinação de 45 graus - incisal.

13
10) Face Palatina - Ponta esférica 1014 - 45 graus.

11) Canaleta cervical, 45 graus.

12) Marcação dos sulcos.

13) Ponta diamantada 3118. Formato de chama ou


ovóide. Preparo livre de ângulos vivos.

14
Confecção de Provisórios

❏ Qualquer tipo de tratamento


protético fixo de um ou mais
elementos exige a confecção
das restaurações provisórias, as
quais podem facilitar a
confecção da prótese definitiva
e, conseqüentemente, levá-la
14) Polimento do Preparo. ao sucesso.
❏ A ausência de uma restauração
Registro Oclusal provisória compromete:
❏ Oclufast. - Saúde Pulpar;
❏ Duralay. - Aumenta o risco de cárie na
❏ Cera 7. superfícies dos dentes
preparados

Preparo de dentes escurecidos - Facilita o recobrimento dos


❏ Para cada tom que é necessário preparos protéticos pela
descer, necessita de 0,3 mm de gengiva.
desgaste.
- Migração e extrusão dos dentes
❏ A4 …..A1 - 0.9 mm
❏ A3 …..A1 - 0.6mm pilares;
❏ A2…...A1-0.3mm (Minimamente
invasivo).

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- Limitação mastigatória, dor e Técnica da Bolinha
desconforto do paciente.

❏ Preparo do elemento dentário.


Funções ❏ Isolamento do preparo com
vaselina sólida.
❏ Restabelecer a oclusão.
❏ Seleção de cor da resina
❏ Restabelecer a estética.
acrílica.
❏ Proteger o complexo
❏ Confecção de uma bolinha -
dentino-pulpar.
Fase Plástica.
❏ Guia estético e funcional para o
❏ Adaptação ao preparo e
dentista.
oclusão do paciente.
❏ Guia de transferência para o
❏ Remoção dos excessos com
laboratório.
tesoura (fase borrachóide).
❏ Verificar a espessura do
❏ Marcação do término.
material restaurador.
❏ Proteção do periodonto de
proteção.
Reembasamento do Provisório
❏ Condicionamento dos tecidos
adjacentes.
❏ Em 1952 , FRANK H . NEALON
publicou um trabalho no
Técnicas de Confecção
conceituado The Journal of
Prosthetic Dentistry que dizia
Métodos diretos
basicamente: Sem prensar a
❏ Resina/Boca. resina, o melhor método para
trabalhar com resina de rápida
Métodos indireto
é com o pincel. Como?

❏ Resina/Modelo. Pego dois frascos. Um com pó,


outro com líquido. Um
pincelzinho.

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Molho o pincelzinho no - Broca 702 carbide;
monômero, encosto a ponta do - Broca esférica carbide;
pincel no pó. Vai formar uma - Borrachas de polimento (Óxido
bolinha de pó molhado de de alumínio);
monômero na ponta do pincel. - Disco pelo de cavalo;
Encoste essa bolinha no local - Disco de feltro;
que se quer colocá – la. Por ❏ Cimentação do provisório e
capilaridade ela se desprende remoção dos excessos do
do pincel. Ajeite essa porção cimento.
com a ponta do pincel
umedecido. Assim
Técnica do Dente de Estoque
sucessivamente. Indicações/Vantagens:

❏ Nunca deixar presa a resina ❏ Custo reduzido.

acrílica no preparo. ❏ Tratamentos emergenciais.


❏ Poucos elementos dentários.

❏ Remoção dos excessos com ❏ Preferencialmente de canino a

brocas (Ivomil). canino superior e inferior.


❏ Tratamentos que serão

❏ Conferir ponto de contato finalizados com maior rapidez.

proximal (com o uso do fio


dental). Materiais Utilizados:
❏ Dente de estoque.

❏ Conferir contatos oclusais (tiras ❏ Pincéis.

de carbono). ❏ Vaselina sólida ou isolante


líquido a base de água.

❏ Polimento com Kit de ❏ Resina acrílica presa rápida

acabamento e polimento de (polímero).

resina acrílica. ❏ Líquido acrílico (monômero).

- Brocas maxicut (Tungstênio); ❏ Pote dappen Vidro (2).

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❏ Dentes pré-fabricados em ❏ Primeiramente aguardar presa
resina acrílica: inicial para depois completar as
❏ Anterior - 6 dentes faces proximais e linguais.
❏ Posterior - 8 a 10 dentes ❏ NUNCA aguardar a presa total
❏ Seleção do tamanho do da resina acrílica para a
dente (mésio-distal). remoção da coroa.
❏ Seleção da cor dos ❏ Marcação da remoção dos
elementos dentários. excessos.
❏ Desgastar a lingual do dente ❏ Conferência da adaptação
até adaptarmos ao preparo do cervical e proximal.
elemento dentário. ❏ Ajuste oclusal.
❏ Sempre sacrificar a cervical e ❏ Acabamento e polimento.
nunca a incisal. ❏ Cimentação da coroa provisória.
❏ Podemos aumentar a largura
mésio-distal para melhorar o
Técnica direta da moldagem
ponto de contato.
prévia
❏ Cuidado para o dente não ficar
muito vestibularizado ou ❏ Pode ser feito a partir do
girovertido. próprio dente (se este dente
❏ Acrescentar pó e líquido com tiver a sua anatomia
pincel na vestibular do dente e preservada) ou de um
posicionar a faceta (remoção de enceramento diagnóstico.
excessos).
❏ Cuidado com os dentes ❏ Essa técnica pode ser a eleita
adjacentes, áreas retentivas, em casos onde há substituição
coroas em resina acrílica. de uma coroa por outra.
❏ Remoção dos excessos
vestibulares e proximais.

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Passo a Passo Técnica do Mock-up
❏ Moldagem do elemento (pode Passo a Passo
ser realizada com moldeira
❏ Confecção de uma muralha a
parcial. O material de
partir de um enceramento
moldagem poderá ser alginato
prévio utilizando siliconas (de
ou siliconas, porém as siliconas
preferência adição).
proporcionam melhor
❏ Inserção da resina bisacrílica,
estabilidade e resistência.
com o auxílio de uma pistola
❏ Preparo do dente.
apropriada.
❏ Isolamento do preparo (vaselina
❏ Cuidado para não remover a
ou gel hidrossolúvel).
ponta misturadora de dentro da
❏ Inserção da resina acrílica no
muralha a fim de não dar
molde na região do elemento
bolhas.
em que estamos trabalhando.
❏ Posicionar a muralha na boca
❏ O molde é novamente
do paciente (aguardar por volta
posicionado na boca do
de 1,5 min).
paciente.
❏ Iniciar processo de remoção dos
❏ Após a polimerização da resina
excessos com o auxílio de uma
acrílica, remove-se o provisório
sonda.
para finalização com as etapas
❏ A polimerização final ocorrerá,
de acabamento e polimento.
normalmente, após 4 minutos.
❏ Conferência da adaptação
❏ Remoção da muralha. Com o
cervical com o auxílio da sonda
auxílio de uma gaze umedecida
exploradora.
com álcool, remove-se a
camada que não polimeriza em
contato com a silicona.

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❏ Em caso de necessidade de
reparos, estes podem ser feitos
com resina flow.
❏ Escovas de carbeto de silício
para polimento.

Ajuste
Ajustes oclusais ❏ Para realizar o ajuste são
Materiais realizados os movimentos:
❏ Papel carbono; máxima intercuspidação
❏ Pinça Muller; habitual (MIH), lateralidade
❏ Pontas de óxido de alumínio; direita, lateralidade esquerda e
❏ Pontas diamantadas. protrusão.
❏ Na MIH são avaliados: 1-

Paciente mancha branca, 2- face oclusal

❏ É realizado a avaliação dos e 3- contato oclusal.

contatos proximais com o


auxílio de um fio dental.
❏ Depois a tira de carbono é
Carbono
posicionada na interproximal, a ❏ Carbono Bausch 200 - utilizado

coroa é colocada e o contato para ajuste inicial.

marcado para o ajuste proximal. ❏ Bausch progress 100 - utilizado

❏ O ajuste é realizado com ponta para marcação em metal,

diamantada de peça reta cerâmica, dentes naturais e

seguida de discos de polimento superfícies úmidas.

(cerapol) nas cores cinza, rosa e ❏ Bausch art-fol 12 e Bausch

azul, respectivamente. art-check 40 - utilizado para


ajustes mais refinados,
principalmente o de 12 para
ponto de contato proximal.

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❏ Dupla coloração no carbono: 1- base e pasta catalisadora que
avaliação estática (​azul​) e 2- são dispensadas em proporções
avaliação dinâmica movimentos iguais para sua manipulação.
excêntricos (​vermelho​). ❏ Com o cimento em contato com
a coroa provisória, essa é
posicionada no elemento dental
e é mantido uma pressão para
que não haja movimentação da
peça durante esse processo.

Cimentação em Prótese
Fixa
Cimentação Final

Fixação da prótese provisória ou Para a cimentação das peças finais, o


Prótese Parcial Fixa final, por meio de cimento de escolha poderá ser
um agente cimentante temporário, cimentos convencionais como o
durante determinado período de cimento de fosfato de zinco e
tempo. ionômero de vidro ou poderá ser
cimentos resinosos

Cimentação Provisória (fotopolimerizáveis, duais,


quimicamente ativados). A escolha do

❏ Podem ser cimentos com ou cimento dependerá de questões como

sem eugenol ou a base de espessura da peça, material em que a

hidróxido de cálcio. peça foi confeccionada.

❏ Normalmente, apresentam-se
comercialmente como pasta

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❏ Moldagem do conduto radicular
(indireta).

Técnica Direta
Núcleo Metálico Fundido
(NMF) ❏ Preparo do conduto:
❏ Comprimento.
❏ Inclinação das paredes
❏ Indicações: Indicados em
do conduto.
situações de grande destruição
❏ Diâmetro do pino.
coronária, onde o remanescente
não possui resistência
❏ Prova do pinjet.
suficiente para um núcleo de
❏ Isolamento do conduto com
preenchimento.
vaselina ou gel hidrossolúvel.
❏ Resina acrílica Duralay
❏ Comprimento do núcleo:
Vermelha.
❏ Mínimo igual ao
❏ Utilizando a técnica do
comprimento da coroa.
pó/líquido, introduz a resina
❏ ⅔ comprimento total da acrílica no conduto.

raiz. ❏ Introdução do pinjet no conduto

❏ ¾​ da raiz. já preenchido com resina


acrílica.
❏ 4 mm remanescente do
❏ Inserção e remoção do pinjet
tratamento de canal.
para evitar aderência e
❏ Sempre estar abaixo do
melhorar a modelagem do
nível do osso alveolar.
conduto.
❏ Reconstruir a porção coronária
Confecção​:
simulando o preparo dental.
❏ Modelagem do conduto
radicular (direta).

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❏ Enviar ao laboratório em
recipiente úmido para não
distorcer a resina acrílica para
fundição.
Facetas - Preparo e
Provisório

❏ Face Vestibular.
❏ Indicado para modificação da
forma ou posição de dentes,
correção estética de defeitos

Técnica Indireta estruturais, modificação de cor


e reabilitação oclusal.

❏ Realizada utilizando siliconas. ❏ Limitações: perda estrutural

❏ Com o auxílio da lentulo, levar a com comprometimento da

silicona fluida no interior do resistência dental,

canal radicular. comprometimento oclusal,

❏ Inserir pinjet (suporte). dentes vestibularizados,

❏ Moldeira preenchida com indisponibilidade de esmalte,

silicona densa. hábitos parafuncionais, grande

❏ Remoção do conjunto e apinhamento ou giroversão e

vazamento do gesso. inflamação periodontal.

❏ Envio para o laboratório para


confecção e fundição do núcleo
metálico.

Obs: Durante a prova do NMF, este


deve entrar no conduto de forma
passiva. Não se deve "forçar", pois
pode haver fratura radicular.

23
Espessura adequada para a
aplicação da cerâmica
Tipos de facetas

❏ Diretas - confeccionadas
diretamente na boca do
paciente (resinas compostas
fotopolimerizáveis)
❏ Indiretas - possui fase
laboratorial (cerâmicas
odontológicas).

Sequência Operatória

❏ Exame clínico.
❏ Terço cervical: 0,3 a 0,5mm.
❏ Exame radiográfico.
❏ Terço médio: 0,5 a 0,7 mm.
❏ Modelos de estudo.
❏ Terço incisal: 1,5 a 2 mm
❏ Enceramento diagnóstico.
❏ Confecção das guias de
silicone. Modelo com enceramento
❏ Preparo dental. Diagnóstico
❏ Refinamento, acabamento e
polimento.
❏ Seleção de cor.
❏ Confecção de provisório.
❏ Cimentação da faceta.
❏ Ajuste Oclusal.
❏ Radiografia Final.

24
Moldagem para confecção das para a quantidade de cerâmica a ser
empregada.
guias

Guia em posição.

Guia em silicone.

Delimitação da profundidade

❏ Realizado com ponta


diamantada esférica em 45º nº
1014.

Corte longitudinal.

Metade do diâmetro da broca promove


desgaste.

Guiar a quantidade de desgaste e são


utilizadas para demonstrar a
uniformidade de espessura existente

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- Angulação compatível com
É realizado a delimitação do preparo
cada um dos planos de
em toda face vestibular (sulcos
inclinação.
periféricos).
Ocorre a extensao da canaleta à
região proximal e cervical.

Finalização.

Canaletas de orientação ❏ Plano: incisal


longitudinal

❏ Plano: cervical
- Ponta diamantada troncocônica
2135.
❏ Plano: Médio

26
- Duas canaletas longitudinais;

Canaletas unidas
❏ Superfície regular com
- Três ilhas de estrutura dental
espessura uniforme.
não desgastada.

Controle do desgaste
União das canaletas
- Redução de áreas protuberantes​;

- Ponta diamantada 2135;


- Artefato para guiar o preparo.

Guias de silicone cortadas


transversalmente. As guias de silicone
auxiliam no controle do desgaste.

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Refinamento das margens

Guias de silicone cortadas Instrumentos cortantes manuais


longitudinalmente

Afastamento gengival
Proteção dos Dentes Adjacentes

Fio retrator - afastamento mecânico,


Seleção da matriz metálica - auxiliando na extensão da margem
Adequada ao tamanho do elemento. cervical.

Matriz metálica 0.7mm


Extensão da margem cervical em
direção ao sulco gengival

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Preparo delineado
União das canaletas
Envolvimento do bordo incisal Desgaste estendido para faces
proximais

Término incisal
Desgaste leve dos ângulos

Redução de 1.5 a 2mm. Prover espessura uniforme de


Replicar propriedades ópticas cerâmica na borda incisal
Angulação paralela a borda incisal ou
inclinada para palatal
Inserida em toda sua espessura

29
Refinamento Acabamento

Lixas interproximais Acabamento com pontas finas e


Promovem regularização das margens ultrafinas para eliminar retenções e
mesial e distal irregularidades na superfície.
Leve separação entre os dentes

Discos flexíveis garante maior lisura e


suaviza ângulos internos.
Facilita os procedimentos de
moldagem e cimentação da faceta

Borrachas abrasivas.

30
Polimento

Escova e disco de feltro.

Suavizam áreas de concentração de


estresse.

Polimento finalizado.

Acabamento finalizado

31
Seleção de Cor

Fotopolimerização.
Restauração provisória
Cimentação provisória

Aplicação de ácido fosfórico 37%


apenas​ na região central (pequena
quantidade).

Avaliar adaptação e características de


forma e textura da faceta provisória.

Aplicação da resina composta, após


adesivo. Obs: ​Não ​utilizar adesivos
autocondicionantes para restaurações
provisórias.
Profilaxia

32
Aplicação de ácido fosfórico 37%
apenas na região central (pequena Aplicadores de ponta adesiva
quantidade).

Resina composta convencional ou flow Inserção da faceta provisória


após o adesivo (​Não​ usar
autocondicionante)

Fotopolimerização.
Bastão de guta percha - Facilitar a
inserção da faceta provisória

33
Cimentação finalizada Ajustes oclusais finalizados.

Ajustes oclusais

Identificar interferências com folha de


papel articular.

Desgaste com as pontas diamantadas


com granulação extrafinas e polidas
com borrachas abrasivas.

34
Referências
ANUSAVICE, K. J., et al. Phillips - materiais dentários. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.

BARATIERI, L. N.; et al. Odontologia restauradora: fundamentos e


possibilidades.São Paulo: Santos, 2 volumes, 2011.

CAETANO, P. Prótese fixa protocolo cerâmico - vol. 2. 1ed. São Paulo: Napoleão,
2015.

FREDEANI, M.; BARDUCCI, G. Reabilitação estética em prótese fixa - tratamento


protético: uma abordagem sistemática a integração estética, biológica. 1ed. São
Paulo: Quintessence, 2009.

MENDES, W.B. Fundamentos de oclusão em odontologia restauradora. 1ed. São


Paulo: Napoleão, 2013.

MONDELLI J. Fundamentos de dentística operatória. 2.ed. São Paulo: Ed. Santos;


2006.

PEGORARO, L.F. et al. Fundamentos de prótese fixa. 1ed. Porto Alegre: Artes
médicas, 2014.

PEGORARO, L. F. et al. Prótese fixa: bases para o planejamento em reabilitação oral.


2ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.

ROSENSTIEL, S.F. et al. Prótese fixa contemporânea. 3ed. São Paulo: Santos, 2002.

SHILLINGBURG, Jr. et al. Fundamentos de prótese fixa. 4ed. São Paulo:


Quintessense, 1998.

35
NOME: _____________________________________ DATA: ____/____/_____

_________________
DETERMINAR AS INCLINAÇÕES DOS DENTES SUPORTES E
DESENHAR OS PREPAROS, SEGUINDO O EIXO DE INSERÇÃO
CORRETO, JIUSTIFIQUE!
NOME: _____________________________________ DATA: ____/____/_____

_________________
CORRIGIR OS PREPAROS ABAIXO E JUSTIFICAR AS
MODIFICAÇÕES EXECUADAS.

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