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Diagnóstico e planejamento
Muitas vezes o tipo de restauração é determinado
pela função do elemento dental, que é ditada pela
Avaliar se a quantidade de gengiva é grande ou
presença ou ausência de equilíbrio oclusal.
pequena. Medir da margem gengival até a linha
muco-gengival.
O paciente que perde dentes continua exercendo a
Avaliar a qualidade da gengiva, se é vascular ou
mesma força muscular na mastigação. Isso
ceratinizada. Existem dois tipos de gengiva: fina e
determina que alguns dentes fiquem
grossa.
sobrecarregados. A avaliação do paciente deve
É necessária uma boa quantidade de tecido gengival
começar por esse ponto: O paciente tem todos os
para a proteção. Sempre que a gengiva é
dentes na boca? Tem ausências dentárias? Do lado
fina/vascular, o osso também é fino. Antes de fazer
restaurado falta algum dente?
uma coroa total, melhorar a qualidade da gengiva
através de um enxerto sub-epitelial ou livre do
Devemos avaliar também o número de dentes
palato. Esse enxerto determina ali um novo
restaurados e o material dessas restaurações. Os
fenótipo e um novo genótipo.
contatos nunca são restabelecidos exatamente
como eram antes.
INLAY X ONLAY
A posição do dente no arco define o planejamento.
Quanto mais mesial o dente, menos carga oclusal
Inlay: Não envolve cobertura de cúspides. É
ele recebe, pois está relacionado à ativação de
confeccionada dentro do istmo das cúspides. Não
musculos de fibras mais longas que geram menos
existem justificativas para realizar inlay indireta.
carga. O planejamento também deve se basear no
tamanho dos músculos do paciente, pois isso indica
Onlay: envolve uma ou mais cúspide
a carga oclusal exercida.
Overlay: engloba todas as cúspides do dente
Deve-se avaliar o antagonista, o material que tem
no dente...
PLANEJAMENTO
Deve-se olhar padrão de oclusão e desoclusão, se é
O planejamento vai depender: mordida cruzada tem mudança nas cúspides de
• Da avaliação da oclusão contençáo.
• Qualidade do periodonto do paciente
Presença ou não de vizinhos, presença ou não de
• Estética, que deve ser buscada como
consequência e não como o objetivo do antagonista.
tratamento. A estética sempre será
Dente girovertido: não tem contatos oclusais
alcançada desde que se empregue
corretamente a função equilibrados. Para concertar dente girovertido
precisa aumentar o preparo, é caso de coroa total.
Em um dente vital o teto da câmara está íntegro. O
teto da câmara e a crista marginal têm a função de Antes de colocar prótese é preciso ajustar o plano
manter as cúspides unidas. Dente sem teto de oclusal. A carga matigatória em um dente de um
câmara, sem crista marginal, com oclusão paciente que possui prótese total é menor do que
desequilibrada precisa de proteção de cúspides. de uma prótese sobre implante. A prótese total
O abraçamento de cúspides serve para evitar que o dissipa a carga.
dente abra. A tendência do dente é abrir no
sentido vestíbulo-lingual. Avaliar lado de trabalho, lado de balanceio,
desoclusão pelo canino ou em grupo. Se o paciente
Quando em um preparo a largura do istmo for
consegue fazer desoclusão.
maior que a metade da distância entre as cúspides,
o dente deve receber uma cobertura oclusal. É comum dar mais interferências em balanço no
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segundo molar pois ele tem menor tempo de A restauração provisória deve ter um acabamento
adaptação na boca, visto que é o último dente a bem feito, com boa adaptação marginal, contatos
erupcionar. interproximais e contatos oclusais.
A associação da adaptação marginal e contatos
Como fazer o ajuste: MIH, lateralidade, balanceio, proximais são essenciais para a recuperação do
depois confere a cêntrica para ver se criou uma periodonto do paciente. Esse contato proximal
também é essencial para a manutenção da saúde e
nova interferência, eu não posso criar uma nova
biotipo periodontal.
interferência. A estética é a consequência de todo o trabalho bem
feito.
Se o dente que vai receber a RMF é o dente da
inteferência, qual a sua manobra? Desgastar a
interferência até criar uma nova que é menor que a REQUISITOS DE UMA RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA
primeira.
1. Proteção da polpa: deve ser feita de um
Para reconstruçãomorfológica utilizar resinas de cor material que evite condução de
diferente do dente. Isso facilita a visualização do temperaturas extremas. As margens devem
término da restauração que tem que ser em dente, estar bem adaptadas para evitar a
não pode ser em resina. infiltração, hipersensibilidade e cárie.
2. Restauração estável
3. Função oclusal: maior conforto para o
paciente, evita a migração do dente
Restaurações provisórias
evitando o possível desequilíbrio articular
ou neuromuscular.
O uso adequado de uma provisória permite o test 4. Facilidade de limpeza: contorno que facilite
drive do resultado planejado para a restauração a higienização para manter os tecidos
indireta. Um preparo sem provisória perde toda a periodontais sadios.
sua característica. O dente extrui em 24h, deixando 5. Margens bem definidas
o trabalho completamente desalinhado. A 6. Resistência e retenção: deve suportar as
restauração provisória é necessária para manter a forças mastigatórias sem fraturar nem se
estabilidade funcional, ou seja, a oclusão do deslocar.
paciente. A restauração provisória atua: 7. Estética: manter o paciente ativo em sua
▪ Na manutenção da fisiologia do periodonto vida profissional e social, permitir
▪ Na recuperação do periodonto alterado modificações em seus contornos, textura,
▪ No restabelecimento da função e oclusão cor e posição dos dentes, até que se
▪ Na estética encontre um padrão estético ideal.
8. Proteção do periodonto: depende da
qualidade da adaptação cervical, perfil de
Oclusão
D.AT.O
emergência sem compressão do epitélio
sulcular, textura superficial lisa e polida.
BIOTIPO PERIODONTAL
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Para verificar se o preparo cavitário tem uma boa ▪ Proteção aos estímulos termoelétricos
espessura para a restauração, uma boa dica é, ao ▪ Vedamento e obliteração dos túbulos
terminar a provisória olhá-la contra a luz. Se ela dentinários
estiver translúcida, provavelmente a espessura da ▪ Redução da sensibilidade pós-operatória,
restauração é insuficiente. reduzindo a inflamação induzida pelo corte
dos odontoblastos no preparo cavitário.
▪ Guia de cicatrização do periodonto: o ▪ Preservar a vitalidade pulpar.
termino do preparo deve sempre respeitar o Uso de duas camadas de verniz à
o espaço biológico, estando a no mínimo base de copal para evitar danos da
3mm de distância da crista óssea, analisado reação exotérmica da resina
em uma radiografia interproximal. A acrílica.
provisória auxilia na cicatrização do o Soluções dessensibilizantes à base
periodonto, tanto no periodonto alterado, de flúor por 2 minutos para
quanto no periodonto que passou por uma estimular a diferenciação celular e
cirurgia de aumento de coroa clínica. obliterar os túbulos abertos
▪ Dentes com prognóstico duvidoso: dentes o Cimentar a restauração provisória
com mobilidade pode ter mobilidade com cimento de hidróxido de cálcio.
devido a trauma oclusal. Pode-se unir os Tem pH extremamente alcalino e
dentes com splint e avaliar se ele recupera. estimula a diferenciação celular.
o Laser terapêutico de baixa potência
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PROTEÇÃO PERIODONTAL • 66 = A4
• 77 = A5 (cervical de
▪ Preservar a integridade do periodonto dentes velhos)
▪ Auxiliar na recuperação e tratamento do • 01 =
tecido gengival alterado incisal/translúcida
▪ Manutenção da saúde do periodonto
tratado
REQUISITOS PARA A CONFECÇÃO DE UMA
Higiene oral: PROVISÓRIA EM ACRÍLICO
A restauração provisória corretamente
confeccionada facilita, orienta e estimula a manter 1. Conhecer anatomia oclusal
a higiene oral 2. Percepção de cores
3. Conhecer as fases da resina acrílica
a. Fase arenosa: fase em que o
FALHAS monômero está reagindo
b. Fase filamentosa: é a fase que tem
Nenhuma prótese, por melhor confeccionada será fidelidade de cópia, mais fluida
melhor que o ângulo de higienização que ela irá c. Fase pegajosa: Fase grudenta. Não
proporcionar. se trabalha com ela. Única fase que
não trabalhamos.
Consequências de uma provisória incorreta: d. Fase borrachoide: capacidade de
▪ Acúmulo de placa moldar sob pressão, mas não tem
▪ Dificuldade em higienizar fidelidade de cópia.
▪ Inflamação
▪ Desconforto Quanto mais monômero no proporcionamento da
▪ Trauma mecânico resina, mais porosa ela será.
▪ Ulceração
▪ Recessão Consequências de colocar a provisória na água
▪ Perda de tonicidade quente:
▪ Acelera a reação de presa, deixando o
polímero extremamente poroso.
MATERIAIS USADOS ▪ Contração por acelerar a reação de presa.
▪ Maior acúmulo de placa
• Resina acrílica ▪ Menor resistência ao desgaste
• Resina composta bis-acrílica ▪ Maior manchamento
• Resinas compostas
• Materiais borrachoides
VANTAGENS DA RESINA ACRÍLICA
RESINAS ACRÍLICAS
▪ Facilidade da técnica
▪ Técnica imediata → resinas quimicamente ▪ Facilidade de reparo
ativadas ▪ Adaptação marginal precisa
▪ Técnica mediata → resinas termicamente ▪ Proteção do complexo dentina-polpa e
ativadas estímulo da diferenciação celular através do
cimento
➢ Tipos de resina acrílica: ▪ Obtenção de contornos V e L fisiológicos
o Duralay: muito leitosa e cara. ▪ Estabilidade de contatos oclusais
o Resina acrílica comum ▪ Obtenção de contornos proximais efetivos
❖ Cores principais:
• 60 =A1 A resina acrílica absorve água, e a medida que ela
• 61 = A2 absorve água, vai ficando mais porosa e menos
• 62 = A3 resistente, sofrendo maior desgaste. Se a provisória
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A silicone de adição não deve ser usada para fazer Não se deve moldar antes da provisória, pois a
pré-moldagem imediata para provisória porque ela provisória é o guia do preparo cavitário. No caso de
libera hidrogênio na primeira hora após a presa, e facetas é a única situação onde moldamos antes da
isso deixará a provisória cheia de bolhas e provisória.
irregularidades. Devemos esperar pelo menos 1h
para usar esse material.
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▪ Vantagens:
PREPARO DO PINO o São adesivos ao dente e ao material
de preenchimento
▪ Pino de fibra de carbono: ácido fosfórico o São biocompatíveis e estáveis
durante 1 minuto > lavar > secar o Resistentes à fadiga e à corrosão
▪ Pino de fibra de vidro: ácido fosfórico o Conservação de estrutura dental
durante 1 minuto > lavar > secar > passar sadia
silano no pino. O silano é um agente de o Melhoram a integridade do
dupla ligação, que se liga à sílica do vidro e remanescente
à matriz orgânica da resina. o Módulo de elasticidade semelhante
▪ Se o cimento for o cimento resinoso ao da dentina
convencional, deve-se passar adesivo no o Compatibilidade com materiais
dente e no pino ainda. Se for o cimento restauradores e materiais de
resinoso autoadesivo não precisa. Se o preenchimento
cimento usado for o CIV, não precisa do
silano porque ele não tem matriz orgânica
como a resina, então o silano não reage SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
quimicamente com o CIV.
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REQUISITOS BÁSICOS PARA O PREPARO ESTÉTICO 3. Caixa proximal: abertura V-L de 1/3 na
altura do istmo. Paredes V e L expulsivas no
▪ Redução oclusal uniforme de no mínimo sentido gengivo oclusal. Parede axial plana
2mm. no sentido V-L e convergente no sentido
▪ Redução axial mínima de 1,5mm oclusal. Broca 2143 ou 3145
▪ Ângulos internos arredondados 4. Proteção de cúspides: término em
▪ Expulsividade em torno de 10 a 12 graus em chanfrado profundo/ombro arredondado
todas as paredes internas feito com a broca 2135 contínuo com todas
▪ Os contatos cêntricos e durante as paredes laterais, para ter maior
movimentos excursivos não devem ocorrer durabilidade do dente e da restauração.
na interface dente/restauração
▪ Limite cervical supra gengival
▪ Margens em esmalte: melhor vedamento. É
contraindicado fazer restauração estética
quando não tem esmalte na margem
cervical do preparo
▪ Término oclusal: calçamento ou chanfrado
profundo. O calçamento é simplesmente a
redução oclusal, pois não pode haver bisel
no término de restaurações indiretas. O
término é em 90°.
▪ Término cervical: ombro com ângulos
internos arredondados; chanfrado profundo
▪ Ausência de bisel
SEQUÊNCIA DO PREPARO
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• Baixo módulo de
ONLAYS ESTÉTICAS X RMFs elasticidade
• Baixa resistência ao
▪ Menor retenção friccional desgaste
▪ Não fazemos canaletas de retenção • Instabilidade de cor
▪ Maior expulsividade das paredes o Resinas de 2ª geração:
▪ Redução oclusal maior em função da • Resistência flexiral mais alta
resistência do material • Alta porcentagem de carga
▪ Ausência de bisel inorgânica
▪ Ângulos internos arredondados • Mínima contração de
polimerização
• Resistência à abrasão
similar ao esmalte
• União ao metal >
lançamento de primers
metálicos que
possibiliotaram a adesão
das resinas ao metal
▪ Porcelanas
o Vantagens:
MOLDAGEM • Estática: metamerismo,
translucidez e cor estáveis
1. Colocar o fio afastador e aguardar no • Biocompatibilidade: são
mínimo 5 minutos. materiais inertes
2. Injetar o material leve no dente. Colocar o • Saúde periodontal:
pesado na moldeira triple tray e levar em favorecida pela maior lisura
boca. e facilidade de higienização.
3. Usar a técnica da dupla mistura ou passo Não libera substâncias no
único. Usar silicona por adição ou poliéter. meio bucal
4. Montagem em verticulador • Resistência ao
manchamento e à
descoloração devido à lisura
SELEÇÃO DO MATERIAL RESTAURADOR superficial e
impermeabilidade
▪ Resinas compostas • Resistência química e
o As resinas compostas laboratoriais mecânica
têm mais partículas de carga, • Condutibilidade térmica
monômeros mais resistentes e • Ausência de oxidação e
polimerização mais eficiente. galvanismo
Aumenta a resistência do material. • União químico-mecânica ao
o Redução dos efeitos contração de cimento e ao dente >
polimerização porque a resina possibilidade de ligação
polimeriza sem contato com o adesiva pela ação do agente
dente silano
o Obtenção de contornos e contatos • Radiopacidade
proximais mais efetivos o Desvantagens:
o Maior grau de polimerização • Friabilidade elevada,
o Resinas de 1ª geração: podendo fraturar antes de
• Falhas frequentes cimentar
• Baixa resistência flexural • Custo mais elevado
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• Potencial de desgaste do
dente antagonista, ▪ Porcelanas ricas em sílica:
principalmente nas 1. Criar união micromecânica com
porcelanas mais antigas. jateamento de alumínio ou
Isso pode ser minimizado condicionamento com ácido
pelo polimento correto da hidrofluorídrico 9,5%.
porcelana 2. União química através da
• Dificuldade de polimento silanização da peça. O silano é um
agente de caráter anfótero. Aplicar
Avaliações clínicas de longa duração revelam que por 1 minuto. Após um minuto
restaurações diretas e indiretas apresentam o secar com jato de ar e lavar com
mesmo desempenho clínico. água quente para aumentar a
eficiência do silano.
3. No dente, aplicar ácido e adesivo
RESINAS X PORCELANA como se fosse fazer uma resina
direta.
▪ Propriedades físico-quimicas 4. Se for usar o cimento auto-adesivo
▪ Biocompatibilidade não precisa fazer o tratamento do
▪ Tática operatória > é quase a mesma dente.
▪ Limitações técnicas 5. Aplicar o cimento na restauração,
▪ Custo levar a restauração ao dente e
remover os excessos. Usar cimento
de polimerização química ou dual
TIPOS DE CERÂMICA porque a luz não consegue
atravessar a porcelana.
▪ Feldspáticas ou convencionais: tem ▪ Cerâmicas que não apresentam fase vítrea
resistência menor, por isso quase sempre (zircônia). Não são passíveis de
usadas associadas a metal. Podem ser condicionamento ácido, então a
usadas para facetas e inlay. Passível de cimentação é convencional com o cimento
condicionamento ácido. de fosfato de zinco ou com cimento de
▪ Vidro ceramizado/sistema empress. Sistema ionômero de vidro. Com o fosfato de zinco
mais usado para dentes posteriores. fazemos isolamento relativo.
Passível de condicionamento ácido.
▪ Zircônia. Usinadas, feitas com a técnica do Como fazer onlay estética em preparos
CAD/CAM. Resistência muito elevada, subgengivaiis que não tem esmalte cervical?
menos estética com a translucidez não 1. Fazer uma inlay de metal
muito satisfatória. Não é passível de 2. Cimentar uma onlay estética sobre a inlay
condicionamento ácido. de metal
São duas interfaces indiretas. A inlay é toda
Sinterização: união das partículas de pó entre si jateada, então ela tem microrretenção mecânica. A
no forno. Há uma contração no volume total da única função do cimento nesse caso é dar
cerâmica. vedamento.
PROTOCOLO DE CIMENTAÇÃO
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