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Planejamento
• Procedimentos de ajuste oclusal nunca são indicados na fase aguda das DTMs
• A presença de interferências ocluais define os chamados traumas oclusais
o Trauma Oclusal Primário
▪ Interferências ocluais que atuam sobre dentes com suporte
periodontal sadio
o Trauma Oclusal Secundário
▪ Interferências ocluais sobre dentes previamente comprometidos por
doença periodontal inflamatória e, consequentemente, debilitados em
relação ao suporte ósseo
• Mobilidade dentaria
o O trauma oclusal: causa alterações microscópicas na membrana periodontal e
mobilidade dentária patológica
o Mecanismo hidráulico de sustentação
▪ Contato oclusal adequado
▪ Equilibro oclusal com direcionamento das forcas no sentido do longo
eixo do dente
▪ Micromovimentação para dentro do alvéolo (intrusão)
▪ Fibras do ligamento periodontal e fluido tissular
▪ Ligeira e temporária
o Na presença de interferências oclusais ou hábitos parafuncionais deletérios, o
Mecanismo hidráulico de sustentação é rompido, causando perda óssea e
consequente mobilidade dentária
o Sem perda de inserção periodontal e/ou formação de bolsas periodontais (se
for causado por traumas primários)
o A progressão da mobilidade associada ao aumento do espaço periodontal é
um indicativo de traumatismo oclusal
o Quando tais forças passam a não ser mais traumáticas, o dente permanece
com mobilidade, ainda que não haja aumento ou qualquer alteração biológica
(processo de adaptação à demanda funcional)
o Tratamento:
▪ Ajuste de oclusal
▪ Contenção temporária dos dentes abalados (polígono de estabilização)
▪ Controle do habito parafuncional
▪ Programa hígido de higiene e fisioterapia oral
▪ Construção de coroas com cúspides baixas e fossas rasas
▪ Desoclusão anterior lateral rápida e eficiente
o Quando forças ocluais anormais são aplicadas a dentes com doença
periodontal, estes não respondem com mudanças de adaptação, em vez disso,
continuam em trauma, desenvolvendo mobilidade progressiva
▪ Acelera a perda de inserção e a perda óssea
▪ Podem apresentar abcesso periodontais e grande mobilidade
o Sintomas clínicos:
▪ Dor ou desconforto na região periodontal
▪ Hipermobilidade dentaria
▪ Migração patológica dos dentes
▪ Impactação alimentar
▪ Padrões anormais de desgaste oclusal
o Sintomas radiográficos:
▪ Ausência da lâmina dura lateralmente ou na região do ápice
▪ Variação na espessura da membrana periodontal
▪ Reabsorção óssea
o Movimentação dos dentes anteriores causada por ausência de estabilidade
oclusal na região posterior, posicionamento anterior da mandíbula
▪ Surgimento de diastemas nos incisivos superiores
• Desgaste Dentário
o Verificar se o desgaste é compatível com a idade
o Classificados de acordo com a etiologia:
▪ Abrasão
• Perda de estrutura dentária ou de restauração não
relacionada à contato dentário
• Proveniente de fricção de objetos sobre os dentes
• Escovação exagerada, interposição de objetos entre os
dentes...
▪ Erosão
• Perda de estrutura dentaria ou de restauração por ação
química não relacionada a bactérias.
• Ingestão de refrigerantes, frutas acidas, presença de refluxo
gástrico
• Também conhecido como Biocorrosão ou perimólise
▪ Atrição
• Perda de estrutura dentaria ou de restauração causada por
contato diretos com dentes antagonistas
• Função normal e hábitos parafuncionais
• Pode apresentar três maneiras:
o Desgaste isolado em elementos dentários localizados
na região posterior ou anterior
▪ Presença de contatos ocluais anormais
durante movimentos laterais.
▪ Dentes se desgastam devido a boa qualidade
do tecido ósseo
o Desgaste localizado em caninos com caráter
progressivo
▪ Reflexo de uma atividade parafuncional ou de
uma posição incorreta ao dormir
▪ Pacientes jovens
▪ Utilização de placas oclusais lisas e
estabilizadoras
o Desgaste dentário generalizado
▪ Atividades parafuncionais em pacientes que
não pertencem ao grupo de riso de doença
periodontal
▪ Analise da diminuição da DVO
o Utilização de placas estabilizadores, sobre as próteses fixas e/ou removíveis.
o A técnica mais aceita para confecção de placas ocluais é aquela que se utiliza a
montagem dos modelos em ASA, enceramento e prensagem das placas com
resila acrílica e polimerização térmica (menor porosidade)
o As placas de ocluais deverão ser montadas em RC com a utilização do JIG de
Lucia e arco facial.
▪ Determinação da espessura da placa é obtida na fase de confecção do
JIG, que deve permitir uma separação de cerca de 2mm entre os
dentes antagonistas
▪ A placa deve apresentar contatos simultâneos com os dentes
antagonistas
▪ Deve haver desoclusão lateral pelos caninos e desoclusão protrusiva
pelos dentes anteriores
▪ Não deve haver contato entre os dentes posteriores e a superfície da
placa durantes todos os movimentos excursivos.
▪ DVO no articular é medido pelo pino incisal
• Resistencia ou Estabilidade
o Previne o deslocamento da prótese quando esta é
submetida a forças obliquas que podem provocar a
sua rotação
o Quando há incidência de uma força lateral, como
ocorre durante o ciclo mastigatório, ou quando há
Parafunção, a coroa tende a girar em torno de um
fulcro cujo raio forma um arco tangente nas paredes
opostas do preparo, deixando o cimento sujeito às
forças de cisalhamento, que podem
causar ruptura e,
consequentemente, iniciar o
processo de deslocamento da
prótese
o A área do preparo envolvida por
essa linha tangente é denominada
área de resistência ao deslocamento
o Fatores diretamente relacionados com a forma de
resistência do preparo:
▪ Magnitude e direção da forma:
• Forças de grande intensidade e
direcionadas lateralmente (pacientes
que apresentam bruxismo), podem
causar o deslocamento da prótese
▪ Relação altura/largura do preparo:
• Quanto maior a altura das paredes,
maior a área de resistência do preparo
quando submetida a forças laterais
• É importante que a altura do preparo
seja pelo menos igual à sua largura
• Nos casos de coroas curtas, devem-se
confeccionar sulcos, canaletas ou
caixas para criar novas áreas de
resistência ao deslocamento. Pode ser
melhorada pela diminuição da
inclinação das paredes axiais.
• Dentes cariados ou restaurados, as
próprias caixas podem atuar como
elementos de estabilização
▪ Integridade do dente preparado
• A porção coronária integra, seja em
estrutura dentaria, metálica ou sem
resina, resiste melhor à ação das
forças laterais.
• Rigidez Estrutural
o O preparo deve ser executado de tal forma que a
restauração apresente espessura suficiente para que a
prótese resista às forças mastigatórias e não
comprometam a estética e o tecido periodontal
• Integridade Marginal
o Margens inadequadas facilitam a instalação do
processo patológico do tecido gengival, que por sua
vez, impedira a obtenção de próteses bem adaptadas
o O controle da linha de cimento exposta ao meio bucal
e a qualidade da higiene são fatores que aumentam a
longevidade da prótese
▪ Princípios Biológicos
• Preservação do órgão pulpar
o O potencial de irritação pulpar com esse tipo de
preparo depende de vários fatores:
▪ Calor gerado durante a técnica de preparo
▪ Qualidade das pontas diamantadas e da
caneta de alta rotação
▪ Quantidade de dentina remanescente
▪ Permeabilidade dentinária
▪ Reação exotérmica dos matérias empregados
▪ Grau de infiltração marginal
o Técnica de preparo que possibilite desgastes seletivos
das faces dos dentes, de acordo com as necessidades
estéticas e funcionais da prótese planejada
o Muitos CD adotam, erroneamente, como
procedimento o tratamento endodôntico prévio antes
de qualquer prótese
▪ Custo elevado
▪ Alto risco de fratura devido a colocação de
núcleos
o Desgaste excessivo
▪ Menor retenção e resistência
▪ Pode trazer danos irreversíveis à polpa
o Desgaste insuficiente
▪ Sobrecontorno da prótese
• Preservação da Saúde Periodontal
o A melhor localização do térmico cervical é aquela em
que o profissional pode controlar todos os
procedimentos clínicos e o paciente tem condições
efetivas para higienização
o Coroas metalocerâmicas sem colar metálico ou coroas
somente em cerâmica para estática
o A extensão cervical do preparo pode variar de 2mm
aquém da gengiva marginal livre ate 1mm no interior
do sulco
o Do ponto de vista periodontal, o termino cervical
deveria se localizar 2mm distantes do nível gengival.
o Em dentes tratados periodontalmente, o termino
cervical supragengival pode causar desgaste fácil,
sensibilidade e desconforto ao paciente devido a
dentina e cimento expostos
o Em dentes longos, a extensão subgengival do preparo
pode comprometer a polpa e enfraquecimento do
remanescente dentário.
o Em pacientes com risco de carie, o nível do termino
cervical deve ser estendido subgengivalmente.
o Razoes mais frequentes para colocação intrasulcular
do termino gengival são:
▪ Estéticas
▪ Restaurações em cavidades no nível
intrasulcular
▪ Presença de caries
▪ Presença de fraturas
▪ Razoes mecânicas
▪ Evitar caries
o O preparo subgengival no nível de 0,5 a 1mm não traz
problemas para o tecido gengival, desde que tudo
estejam satisfatórios e o paciente consiga higienizar
corretamente
▪ Estética
• Garantia de uma estética satisfatória
• Depende da saúde gengival e da qualidade da prótese
• Se o desgaste for insuficiente para uma coroa de
metalocerâmica, o revestimento apresentara espessura
insuficiente.
• Relação do pôntico com a gengiva.
o Reabsorção óssea
o Contato da região gengival da face vestibular do
pôntico fica localizado anteriormente ao rebordo
o Núcleos Fundidos
▪ Grande destruição coronal
▪ Preparo do remanescente coronal
• As paredes da coroa preparada devem apresentar uma base
de sustentação para o núcleo com espessura mínima de 1mm.
• Quando não existe estrutura coronal suficiente para
proporcionar essa base de sustentação (forças direcionadas no
sentido obliquo), deve-se preparar uma pequena caixa no
interior da raiz com aproximadamente 2mm de profundidade,
a caixa não deve enfraquecer a raiz e atuarão também como
elementos antirrotacionais. Possibilita a transmissão da força
no sentido do longo eixo do dente.
▪ Preparo dos condutos
• Quatro fatores devem ser analisados com o objetivo de
proporcionar retenção e resistência adequadas ao núcleo
radicular:
o Comprimento do pino
▪ Deve ser igual ou maior que a coroa clinica
▪ Deve atingir 2/3 do comprimento total da raiz
remanescente
▪ Se o dente sofreu perda óssea, o pino precisa
ter um comprimento equivalente a ½ do
suporte ósseo da raiz.
▪ Deve ser analisado e determinado por uma
radiografia periapical após o preparo da
porção coronal
• Deixar no mínimo 4mm de material
obturador na região apical.
• Nos casos de tratamento endodôntico
parcial
o Presença de lesão periapical:
retratamento
o Tempo do tratamento: pelo
menos 5 anos
o Se a porção preparada do
conduto não for considerada
suficiente: retratamento
o Cones de prata: retratamento
o Diâmetro do pino
▪ Deve apresentar até 1/3 do diâmetro total da
raiz
▪ Espessura de dentina deve ser maior na face
vestibular dos dentes anterossuperiores
▪ Pelo menos 1mm de diâmetro na extremidade
apical
o Técnica Indireta
▪ Núcleos são feitos em um modelo de trabalho
▪ Confeccionar núcleos em vários dentes, unirradiculares ou
multirradiculares
▪ Adapta-se em cada conduto um fio ortodôntico ou clipe de papel, com
um sistema de retenção confeccionada com godiva de baixa fusão
▪ Aplica-se o adesivo próprio em toda extensão do fio
▪ O material de moldagem deve ser manipulado de acordo com a
orientação do fabricante
▪ Colocação da vaselina no conduto
▪ Utiliza-se a broca de Lentulo para levar o material de moldagem ao
canal
▪ Envolve os fios também com o material e são colocados nos
respectivos condutos
▪ Com uma seringa, molda-se a parte coronal envolvendo
completamente os fios metálicos
▪ Moldagem com silicone de condensação
▪ Vaza em gesso tipo IV
▪ Montagem em articulador
▪ Após fundidos, os núcleos são adaptados nos condutos, e em seguida
são cimentados
• Núcleos Pré-Fabricados
o Parte considerável da coroa clinica após o preparo
o Simplificação, única sessão
o A seleção do pino é feita comparando seu diâmetro com a do conduto
o Quando um dente posterior tiver duas ou mais raízes, não há necessidade de
que todas as raízes recebam pinos metálicos, opta-se apenas pela raiz de
maior diâmetro
▪ Para dentes pilares de PPF extensa, é conveniente o emprego de, no
mínimo, dois pinos (maior diâmetro e outro de comprimento de 2/3.
o Os pinos pré-fabricados metálicos rosqueados devem ser usados com muito
cuidado, pois geram mais tensões nas paredes do canal radicular.
o Pinos de Fibra de Vidro
▪ Módulo de elasticidade próximo ao da dentina
▪ Não interferem na cor
▪ Diminuição de riscos de fraturas
▪ Resistência à corrosão
▪ Biocompatibilidade
▪ Dificuldade de distinção entre a cor da estrutura dentaria e o pino,
dificultando sua remoção
o Fatores que podem comprometer a resistência:
▪ Controle da umidade dentro do conduto
▪ Quantidade de adesivo aplicado no interior
▪ Distancia da porção mais apical do pino ao ponto de incidência da luz
do fotopolimerizador
▪ Uso de agentes oxidantes de limpeza intrarradicular (hipoclorito de
sódio e água oxigenada)
▪ Incompatibilidade dos sistemas adesivos simplificados com cimentos
resinosos de polimerização química e dual
▪ Aumento de permeabilidade dos adesivos simplificados, que se
comportam como membranas permeáveis à água proveniente da
dentina
▪ Elevada contração de polimerização do cimento
▪ Variações do substrato dentinário
▪ Fator C
o Processo de fabricação
▪ Sistemas cerâmicos naturais
• Injeção
• Infiltrada
▪ Sistemas cerâmicos industriais
• Compactadas
• Usinadas
▪ Sistemas cerâmicos convencionais
• Convencional
Capítulo 12 – Cimentação Provisória e Definitiva
• A cimentação é o “Calcanhar de Aquiles” da prótese fixa (muitos questionamentos na
literatura)
• Importância da cimentação
o Preencher a interface da superfície interna da prótese e do dente preparado
o Retenção e resistência
o Vedamento e fixação
▪ Dente/restauração indireta
▪ Selamento marginal
o Aumentar a fixação de próteses no dente preparado
o Proteger o dente de injurias térmicas e elétricas
• Requisitos desejáveis dos cimentos
o Custo acessível
o Selamento marginal
o Resistência as forças funcionais
o Escoamento
o Tempo de trabalho
o Fácil utilização
o Compatibilidade biológica
• Podem ser classificados de acordo com seus mecanismos de fixação:
o União mecânica
▪ Não oferecem aderência em nível molecular
▪ É necessário que as paredes não sejam paralelas (dificulta o
escoamento)
▪ Cimento de Zinco
o União micromecânica
▪ 5x maior que o fosfato de zinco (preparos dentários menores)
▪ Essas irregularidades são criadas:
• Jateamento com oxido de alumínio
• Ácido hidrofluorídrico
▪ Hidro C
o Aderência molecular
▪ Baseada no uso do silano em cerâmicas
▪ Hoje em dia, a cimentação por aderência molecular é utilizada como
um fator, que em conjunto com outros, facilita o sucesso da
cimentação.
▪ Silano
• Cimentos para cimentação Provisória
o Usamos o Hidróxido de Calcio (Hidro C)
▪ Vantagens:
• Proteção pulpar
• Neoformação de dentina reparadora
• Bactericida e bacteriostático
• Maior retenção
▪ Desvantagens:
• Elevada solubilidade
• Curto tempo de trabalho
▪ Indicação:
• Todos os tipos de preparos, especialmente em dentes com
maior sensibilidade
o Passo a passo para cimentação provisória
▪ Analisar a PPF
▪ Limpar dentes adjacentes o preparo
▪ Secar o dente com jato de ar
▪ Aplicar vaselina nas margens externas da PPF
▪ Manipular o cimento provisório
▪ Aplicar no interior da coroa
▪ Pressionar a coroa e eliminar excessos
▪ Orientação de higiene oral
▪ Mínimo 7 dias
Componentes da PPR
• Retentores – apoios e grampos
• Conectores – maiores e menores
• Sela
• Dentes artificiais