Você está na página 1de 26

Capítulo 1 – Exame do Paciente

• Parafunção: tudo o que se pratica com os componentes do sistema estomatognático


sem o objetivo de falar, mastigar ou deglutir
• A CÁRIE É A PRINCIPAL CAUSA DE FRACASSOS EM PPF
o Desajuste marginal das coroas
• Presença de uma linha de cimento
o Espessura ideal é de até 50um
o É aceitável clinicamente até 120um
• Distância mínima entre os dentes para a papila gengival: 1 a 1,5mm
• A cerâmica de revestimento deve apresentar espessura entre 1 e 2mm.

Planejamento

• Após a realização dos exames clínicos, radiográficos e da montagem dos modelos de


estudo em articulador
• Poderá ser apenas preliminar, definido apenas após a colocação das coroas provisórias
e realização das cirurgias periodontais
• Se a opção for a de confeccionar PPF sobre implantes, os seguintes critérios devem ser
analisados:
o Numero e comprimentos de implantes necessários para suportar a prótese e
disposição destes no arco. Colocação dos implantes dispostos em curva. Em
áreas edêntulas extensas, é importante a presença de implantes nos
diferentes planos (frontal, lateral, sagital) para que crie um polígono de
estabilização
o Proximidade entre implantes ou dentes
▪ Espaço mínimo necessário para a instalação de um implante de
plataforma regular é de 7mm
▪ Quando um implante está adjacente a outro, recomenda-se uma
distância de até 3mm
▪ Utilização de um guia cirúrgico
o Grau de reabsorção óssea nos sentidos horizontal e vertical, especialmente na
região anterior
o Avaliação do numero de dentes remanescentes e da quantidade de suporte
ósseo
o Avaliação da qualidade do remanescente radicular e/ou grau de dificuldade
para a realização do tratamento endodôntico e /ou confecção do núcleo
intrarradicular. Avaliar se a manutenção do dente é indicada ou a melhor
opção será a extração
o Avaliação da qualidade das coroas dos dentes vizinhos ao espaço edentado. Se
tiverem íntegros ou com pequenas restaurações, a colocação esta
perfeitamente indicada. Se não estiverem íntegros ou com restaurações
extensas, é preferível indicar PPF convencional
o Aspecto financeiro. Deve-se sempre analisar a relação custo/beneficio do
tratamento planejado e optar pelo tratamento mais duradouro para o
paciente.
o Se o paciente apresenta bom estado de saúde geral para passar por cirurgias
complexas
o Se o paciente tem disponibilidade de tempo para esperar o tratamento ou se
não é mais rápido confeccionar outro tipo de prótese
o Previsibilidade estética da prótese
o Se a condição e expectativa do paciente é compatível com o tratamento
o Se o profissional tem experiencia e conhecimentos suficientes
• A prótese devera sempre ter como objetivos principais
o Restabelecimento correto das funções mastigatórias
o Fonética adequada
o Estética
• A biologia dos tecidos deve ser respeitada
• A prótese deve possibilitar uma higiene efetiva
• Ouvir sempre o desejo do paciente
• Compatibilizar o plano de tratamento com a idade/saúde do paciente
• Valorizar a boca, o sorriso, o bem-estar, a autoestima e a qualidade de vida
• Auxiliar o paciente (sem induzir) na seleção do tipo de tratamento com honestidade de
profissionalismo
• Não omitir que os procedimentos levam tempo, são cansativos, desconfortáveis...
• Adequar o planejamento e o plano de tratamento às possibilidades financeiras do
paciente

Capítulo 2 – Patologias Ocluais e Disfunções Temporomandibulares: Condições


Relacionadas a Prótese Fixa e a Reabilitação Oral
Contatos prematuros e interferências oclusais

• Procedimentos de ajuste oclusal nunca são indicados na fase aguda das DTMs
• A presença de interferências ocluais define os chamados traumas oclusais
o Trauma Oclusal Primário
▪ Interferências ocluais que atuam sobre dentes com suporte
periodontal sadio
o Trauma Oclusal Secundário
▪ Interferências ocluais sobre dentes previamente comprometidos por
doença periodontal inflamatória e, consequentemente, debilitados em
relação ao suporte ósseo

Patologias Relacionadas Diretamente À Oclusal

• Mobilidade dentaria
o O trauma oclusal: causa alterações microscópicas na membrana periodontal e
mobilidade dentária patológica
o Mecanismo hidráulico de sustentação
▪ Contato oclusal adequado
▪ Equilibro oclusal com direcionamento das forcas no sentido do longo
eixo do dente
▪ Micromovimentação para dentro do alvéolo (intrusão)
▪ Fibras do ligamento periodontal e fluido tissular
▪ Ligeira e temporária
o Na presença de interferências oclusais ou hábitos parafuncionais deletérios, o
Mecanismo hidráulico de sustentação é rompido, causando perda óssea e
consequente mobilidade dentária
o Sem perda de inserção periodontal e/ou formação de bolsas periodontais (se
for causado por traumas primários)
o A progressão da mobilidade associada ao aumento do espaço periodontal é
um indicativo de traumatismo oclusal
o Quando tais forças passam a não ser mais traumáticas, o dente permanece
com mobilidade, ainda que não haja aumento ou qualquer alteração biológica
(processo de adaptação à demanda funcional)
o Tratamento:
▪ Ajuste de oclusal
▪ Contenção temporária dos dentes abalados (polígono de estabilização)
▪ Controle do habito parafuncional
▪ Programa hígido de higiene e fisioterapia oral
▪ Construção de coroas com cúspides baixas e fossas rasas
▪ Desoclusão anterior lateral rápida e eficiente
o Quando forças ocluais anormais são aplicadas a dentes com doença
periodontal, estes não respondem com mudanças de adaptação, em vez disso,
continuam em trauma, desenvolvendo mobilidade progressiva
▪ Acelera a perda de inserção e a perda óssea
▪ Podem apresentar abcesso periodontais e grande mobilidade
o Sintomas clínicos:
▪ Dor ou desconforto na região periodontal
▪ Hipermobilidade dentaria
▪ Migração patológica dos dentes
▪ Impactação alimentar
▪ Padrões anormais de desgaste oclusal
o Sintomas radiográficos:
▪ Ausência da lâmina dura lateralmente ou na região do ápice
▪ Variação na espessura da membrana periodontal
▪ Reabsorção óssea
o Movimentação dos dentes anteriores causada por ausência de estabilidade
oclusal na região posterior, posicionamento anterior da mandíbula
▪ Surgimento de diastemas nos incisivos superiores

• Desgaste Dentário
o Verificar se o desgaste é compatível com a idade
o Classificados de acordo com a etiologia:
▪ Abrasão
• Perda de estrutura dentária ou de restauração não
relacionada à contato dentário
• Proveniente de fricção de objetos sobre os dentes
• Escovação exagerada, interposição de objetos entre os
dentes...
▪ Erosão
• Perda de estrutura dentaria ou de restauração por ação
química não relacionada a bactérias.
• Ingestão de refrigerantes, frutas acidas, presença de refluxo
gástrico
• Também conhecido como Biocorrosão ou perimólise
▪ Atrição
• Perda de estrutura dentaria ou de restauração causada por
contato diretos com dentes antagonistas
• Função normal e hábitos parafuncionais
• Pode apresentar três maneiras:
o Desgaste isolado em elementos dentários localizados
na região posterior ou anterior
▪ Presença de contatos ocluais anormais
durante movimentos laterais.
▪ Dentes se desgastam devido a boa qualidade
do tecido ósseo
o Desgaste localizado em caninos com caráter
progressivo
▪ Reflexo de uma atividade parafuncional ou de
uma posição incorreta ao dormir
▪ Pacientes jovens
▪ Utilização de placas oclusais lisas e
estabilizadoras
o Desgaste dentário generalizado
▪ Atividades parafuncionais em pacientes que
não pertencem ao grupo de riso de doença
periodontal
▪ Analise da diminuição da DVO
o Utilização de placas estabilizadores, sobre as próteses fixas e/ou removíveis.
o A técnica mais aceita para confecção de placas ocluais é aquela que se utiliza a
montagem dos modelos em ASA, enceramento e prensagem das placas com
resila acrílica e polimerização térmica (menor porosidade)
o As placas de ocluais deverão ser montadas em RC com a utilização do JIG de
Lucia e arco facial.
▪ Determinação da espessura da placa é obtida na fase de confecção do
JIG, que deve permitir uma separação de cerca de 2mm entre os
dentes antagonistas
▪ A placa deve apresentar contatos simultâneos com os dentes
antagonistas
▪ Deve haver desoclusão lateral pelos caninos e desoclusão protrusiva
pelos dentes anteriores
▪ Não deve haver contato entre os dentes posteriores e a superfície da
placa durantes todos os movimentos excursivos.
▪ DVO no articular é medido pelo pino incisal

• Lesões Cervicais Não Cariosas


o Aspecto de cunha e bordas cortantes
o As forças de tração que agem sobre os dentes causam a ruptura das ligações
químicas entre os cristais de hidroxiapatita, pequenas moléculas de água
podem penetrar nos espaços formados, impedindo uma nova união química
entre os cristais
o A participação exclusiva da oclusão na formação das lesões cervicais não
cariosas é discutível na literatura em razão da causa dessas lesões ser
multifatorial.
o Dentes mais afetados são os pré-molares superiores, molares e caninos.

Disfunções Temporomandibulares (DTMs)

• Sinais e sintomas de dor e disfunção na musculatura mastigatória, na Atm ou em


ambas.
• Caracterizadas por:
o Dores faciais
o Dores e ruídos na ATM
o Dores de cabeça
o Dificuldade de abertura ou movimentação mandibular
• Podem ser classificadas em dois grupos:
o Patologias musculares
▪ Desde mialgias localizadas na musculatura mastigatória até processos
crônicos com necessidade de terapias especificas
o Patologias intra-articulares
▪ Patologias envolvidas no relacionamento côndilo/disco articular
▪ Processos inflamatórios e degenerativos da ATM provenientes dessas
alterações estruturais
• Realizar o tratamento de DTM antes de qualquer reabilitação oclusal
• Não é indicado realizar qualquer procedimento de reconstrução oclusal irreversível
com o intuito de tratar a dor e a DTM.
• Tratamento:
o Aconselhamento
o Utilização de placas ocluais
o Administração de medicamento
o Procedimentos de fisioterapia
• Algumas alterações ocluais e/ou esqueléticas aumentam o risco de o individuo vir a
apresentar DTM:
o Diferença entre MIH e RC maior que 4mm
o Mordida aberta anterior
o Sobrepasse horizontal maior que 6 a 7mm
o Mordida cruzada unilateral
o Cinco ou mais dentes posteriores ausentes.
• Interferências oclusais podem ser consequência da DTM e não a causa

Capitulo 3 – Preparos de Dentes com Finalidade Protética


• O sucesso do tratamento com prótese parcial fixa é determinado por três critérios
o Longevidade da prótese
o Saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos
o Satisfação do paciente
o Três princípios fundamentais de um preparo correto:
▪ Mecânicos
• Retenção
o É a qualidade que uma prótese apresenta de atuar
contra as forças de deslocamento ao longo de sua via
de inserção.
o Depende do contato existente entre as superfícies
internas da restauração e as superfícies externas do
dente preparado (retenção friccional)
Retenção
Resistência ou estabilidade o Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do
Rigidez estrutural dente preparado, maior será a retenção friccional da
Integridade marginal
restauração
o O aumento exagerado da retenção friccional, dificulta
a cimentação da restauração pela resistência ao
escoamento do cimento.
o Nos dentes longos (após tratamento periodontal),
pode-se aumentar a inclinação das paredes para um
maior ângulo de convergência oclusal, sem prejuízo da
retenção
o Coroas curtas devem apresentar paredes com
inclinação próximas ao paralelismo e receber meios
adicionais de retenção, como a confecção de sulcos
nas paredes axiais, para possibilitar um aumento nas
superfícies de contato
o A presença de sulcos é importante em preparos
excessivamente cônicos, sem plano de inserção
definido.
o A determinação de um Plano de Inserção Único dos
dentes pilares de uma PPF é essencial para sua
retenção
o Em relação à textura superficial, deve-se considerar
que a capacidade de união dos cimentos depende
basicamente do contato destes com as
microrretençôes existentes nas superfícies do dente
preparado e da prótese

• Resistencia ou Estabilidade
o Previne o deslocamento da prótese quando esta é
submetida a forças obliquas que podem provocar a
sua rotação
o Quando há incidência de uma força lateral, como
ocorre durante o ciclo mastigatório, ou quando há
Parafunção, a coroa tende a girar em torno de um
fulcro cujo raio forma um arco tangente nas paredes
opostas do preparo, deixando o cimento sujeito às
forças de cisalhamento, que podem
causar ruptura e,
consequentemente, iniciar o
processo de deslocamento da
prótese
o A área do preparo envolvida por
essa linha tangente é denominada
área de resistência ao deslocamento
o Fatores diretamente relacionados com a forma de
resistência do preparo:
▪ Magnitude e direção da forma:
• Forças de grande intensidade e
direcionadas lateralmente (pacientes
que apresentam bruxismo), podem
causar o deslocamento da prótese
▪ Relação altura/largura do preparo:
• Quanto maior a altura das paredes,
maior a área de resistência do preparo
quando submetida a forças laterais
• É importante que a altura do preparo
seja pelo menos igual à sua largura
• Nos casos de coroas curtas, devem-se
confeccionar sulcos, canaletas ou
caixas para criar novas áreas de
resistência ao deslocamento. Pode ser
melhorada pela diminuição da
inclinação das paredes axiais.
• Dentes cariados ou restaurados, as
próprias caixas podem atuar como
elementos de estabilização
▪ Integridade do dente preparado
• A porção coronária integra, seja em
estrutura dentaria, metálica ou sem
resina, resiste melhor à ação das
forças laterais.

• Rigidez Estrutural
o O preparo deve ser executado de tal forma que a
restauração apresente espessura suficiente para que a
prótese resista às forças mastigatórias e não
comprometam a estética e o tecido periodontal

• Integridade Marginal
o Margens inadequadas facilitam a instalação do
processo patológico do tecido gengival, que por sua
vez, impedira a obtenção de próteses bem adaptadas
o O controle da linha de cimento exposta ao meio bucal
e a qualidade da higiene são fatores que aumentam a
longevidade da prótese

▪ Princípios Biológicos
• Preservação do órgão pulpar
o O potencial de irritação pulpar com esse tipo de
preparo depende de vários fatores:
▪ Calor gerado durante a técnica de preparo
▪ Qualidade das pontas diamantadas e da
caneta de alta rotação
▪ Quantidade de dentina remanescente
▪ Permeabilidade dentinária
▪ Reação exotérmica dos matérias empregados
▪ Grau de infiltração marginal
o Técnica de preparo que possibilite desgastes seletivos
das faces dos dentes, de acordo com as necessidades
estéticas e funcionais da prótese planejada
o Muitos CD adotam, erroneamente, como
procedimento o tratamento endodôntico prévio antes
de qualquer prótese
▪ Custo elevado
▪ Alto risco de fratura devido a colocação de
núcleos
o Desgaste excessivo
▪ Menor retenção e resistência
▪ Pode trazer danos irreversíveis à polpa
o Desgaste insuficiente
▪ Sobrecontorno da prótese
• Preservação da Saúde Periodontal
o A melhor localização do térmico cervical é aquela em
que o profissional pode controlar todos os
procedimentos clínicos e o paciente tem condições
efetivas para higienização
o Coroas metalocerâmicas sem colar metálico ou coroas
somente em cerâmica para estática
o A extensão cervical do preparo pode variar de 2mm
aquém da gengiva marginal livre ate 1mm no interior
do sulco
o Do ponto de vista periodontal, o termino cervical
deveria se localizar 2mm distantes do nível gengival.
o Em dentes tratados periodontalmente, o termino
cervical supragengival pode causar desgaste fácil,
sensibilidade e desconforto ao paciente devido a
dentina e cimento expostos
o Em dentes longos, a extensão subgengival do preparo
pode comprometer a polpa e enfraquecimento do
remanescente dentário.
o Em pacientes com risco de carie, o nível do termino
cervical deve ser estendido subgengivalmente.
o Razoes mais frequentes para colocação intrasulcular
do termino gengival são:
▪ Estéticas
▪ Restaurações em cavidades no nível
intrasulcular
▪ Presença de caries
▪ Presença de fraturas
▪ Razoes mecânicas
▪ Evitar caries
o O preparo subgengival no nível de 0,5 a 1mm não traz
problemas para o tecido gengival, desde que tudo
estejam satisfatórios e o paciente consiga higienizar
corretamente

▪ Estética
• Garantia de uma estética satisfatória
• Depende da saúde gengival e da qualidade da prótese
• Se o desgaste for insuficiente para uma coroa de
metalocerâmica, o revestimento apresentara espessura
insuficiente.
• Relação do pôntico com a gengiva.
o Reabsorção óssea
o Contato da região gengival da face vestibular do
pôntico fica localizado anteriormente ao rebordo

Tipos de Término Cervical

• O tipo de termino cervical considerado ideal por muitos autores é o Chanfrado


o Junção entre a parede axial e a gengival é feita por um segmento de circulo
Capitulo 5 – Núcleos Intrarradiculares
• São indicados para dentes com coroas totais ou parcialmente destruídas
• Finalidade do PINO PARA RECEBER A COROA: repor a estrutura dentaria perdida para
dar SUPORTE e RETENÇÃO à coroa
• Finalidade do NÚCLEO: proporcionar RETENÇÃO e RESISTÊNCIA
• Dentes Polpados
o Analisar a quantidade de estrutura coronal remanescente após o preparo do
dente para decidir sobre um tratamento endodôntico
o O material que melhor desempenha a função de repor a estrutura dentaria
perdida na porção coronal é a resina composta, devido ao modulo de
elasticidade e capacidade de adesão a dentina
o Se após o preparo não exista estrutura suficiente para resistir as forças
mastigatórias, deverá então realizar o tratamento endodôntico para a
colocação de núcleos Intrarradiculares
• Dentes Despolpados
o Dentes com tratamento endodôntico, resistência
diminuída e propensos a fraturas.
o Tipo de pino que proporcione ao conjunto
raiz/cimento/pino uma estrutura semelhante à de um
monobloco ou uma única unidade. (módulos de
elasticidade semelhantes)
o Remanescentes coronal de 1,5 a 2mm de altura
envolvendo todas as faces da coroa, propicia um efeito
tipo férula.
▪ Melhora a forma de retenção e de resistência
do preparo e diminui as tensões
▪ Atua como um absorvedor de tensões

o Núcleos Fundidos
▪ Grande destruição coronal
▪ Preparo do remanescente coronal
• As paredes da coroa preparada devem apresentar uma base
de sustentação para o núcleo com espessura mínima de 1mm.
• Quando não existe estrutura coronal suficiente para
proporcionar essa base de sustentação (forças direcionadas no
sentido obliquo), deve-se preparar uma pequena caixa no
interior da raiz com aproximadamente 2mm de profundidade,
a caixa não deve enfraquecer a raiz e atuarão também como
elementos antirrotacionais. Possibilita a transmissão da força
no sentido do longo eixo do dente.
▪ Preparo dos condutos
• Quatro fatores devem ser analisados com o objetivo de
proporcionar retenção e resistência adequadas ao núcleo
radicular:
o Comprimento do pino
▪ Deve ser igual ou maior que a coroa clinica
▪ Deve atingir 2/3 do comprimento total da raiz
remanescente
▪ Se o dente sofreu perda óssea, o pino precisa
ter um comprimento equivalente a ½ do
suporte ósseo da raiz.
▪ Deve ser analisado e determinado por uma
radiografia periapical após o preparo da
porção coronal
• Deixar no mínimo 4mm de material
obturador na região apical.
• Nos casos de tratamento endodôntico
parcial
o Presença de lesão periapical:
retratamento
o Tempo do tratamento: pelo
menos 5 anos
o Se a porção preparada do
conduto não for considerada
suficiente: retratamento
o Cones de prata: retratamento

o Diâmetro do pino
▪ Deve apresentar até 1/3 do diâmetro total da
raiz
▪ Espessura de dentina deve ser maior na face
vestibular dos dentes anterossuperiores
▪ Pelo menos 1mm de diâmetro na extremidade
apical

o Inclinação das paredes do conduto


▪ Seguir a própria inclinação do conduto, que foi
alargada pelo tratamento endodôntico
▪ Desgaste aumentado principalmente na
porção apical para colocação do núcleo
▪ Conduto com paredes muito inclinadas:
• Aumentar o comprimento do pino
• Aproveitar ao máximo a porção
coronal remanescente
▪ Conduto muito alargado e paredes da raiz
muito finas:
• Núcleos estojados para proteger a
raiz, busca retenção intrarradicular e
protege as paredes por meio do
biselamento.
o Característica superficial do pino
▪ Para aumentar a retenção de núcleos fundidos
que apresentam superfícies lisas, pode-se
utilizar jatos com oxido de alumínio para
torna-las irregulares ou rugosas antes da
cimentação

▪ Remoção do material obturador


• Deve ser iniciada com pontas Rhein aquecidas ate atingir o
comprimento preestabelecido
• Brocas de Peeso, Largo ou Gates
• Isolamento para evitar a possibilidade de contaminação
bacteriana intraconduto
• Se houver retenções acentuadas no interior do conduto, pode
ser desaconselhável remover toda dentina necessária para sua
eliminação. Recomenda-se o preenchimento da área retentiva
com resina composta ou cimento ionomérico antes da
moldagem do conduto.
• Mínimo de 4mm deve ser deixado no ápice do conduto
• Para dentes multirradiculares com condutos paralelos
o Não é necessário que o preparo dos condutos
apresente o mesmo comprimento
o Somente o de maior diâmetro é levado a sua extensão
máxima
o EX: um em dois terços e o outro apenas ate metade.
• Em dentes multirradiculares superiores com condutos
divergentes
o Prepara-se o conduto palatino ate dois terços e um
dos condutos vestibulares ate a sua metade, o outro
terá apenas parte de sua embocadura preparada
o Somente na ausência total do remanescente coronal
deve-se preparar os três condutos divergentes.

• Confecção do núcleo metálico


o Técnica direta
▪ Prepara-se um bastão de resina acrílica ou seleciona um pino pré-
fabricado de plástico (PINJET)
▪ Lubrifica-se o conduto e porção coronal com vaselina com um
instrumento endodôntico ou da própria broca envolvida com algodão
▪ Molda-se o conduto introduzindo a resina com sonda, pincel ou
seringa Centrix no interior e envolvendo o bastão que é inserido no
conduto.
▪ O material em excesso é acomodado no bastão para confeccionar a
porção coronal do núcleo
• Para dentes com dois condutos paralelos, faz-se a moldagem
individual, que, após a polimerização da resina, são unidos na
câmara pulpar.
▪ Durante a polimerização da resina, o bastão deve ser removido e
novamente introduzido varias vezes no conduto, para evitar que o
núcleo fique retido.
▪ Após a polimerização, verifica-se a fidelidade do pino moldado.
▪ Corta-se o bastão no nível oclusal ou incisal e procede-se ao preparo
da porção coronal com pontas diamantadas e discos de lixa, dando
forma e características de uma coroa preparada
▪ As ligas de metais não nobres são as mais utilizadas, em especial à
base de cobre-alumínio.
▪ A adaptação do núcleo no interior deve ser passiva, removendo os
pontos e contato internos que podem impedir o assentamento e/ou
dificultar a cimentação
• Liquido evidenciador ou um silicona fluida
▪ Jateamento da porção radicular com oxido de alumínio
▪ Limpeza do conduto com solução descontaminante, lavagem com
água e secagem por completo
▪ Levas com o pincel, uma pequena quantidade de cimento no núcleo
para reduzir a pressão hidrostática
▪ Cimentação com cimento resinoso

o Técnica Indireta
▪ Núcleos são feitos em um modelo de trabalho
▪ Confeccionar núcleos em vários dentes, unirradiculares ou
multirradiculares
▪ Adapta-se em cada conduto um fio ortodôntico ou clipe de papel, com
um sistema de retenção confeccionada com godiva de baixa fusão
▪ Aplica-se o adesivo próprio em toda extensão do fio
▪ O material de moldagem deve ser manipulado de acordo com a
orientação do fabricante
▪ Colocação da vaselina no conduto
▪ Utiliza-se a broca de Lentulo para levar o material de moldagem ao
canal
▪ Envolve os fios também com o material e são colocados nos
respectivos condutos
▪ Com uma seringa, molda-se a parte coronal envolvendo
completamente os fios metálicos
▪ Moldagem com silicone de condensação
▪ Vaza em gesso tipo IV
▪ Montagem em articulador
▪ Após fundidos, os núcleos são adaptados nos condutos, e em seguida
são cimentados

• Núcleos Pré-Fabricados
o Parte considerável da coroa clinica após o preparo
o Simplificação, única sessão
o A seleção do pino é feita comparando seu diâmetro com a do conduto
o Quando um dente posterior tiver duas ou mais raízes, não há necessidade de
que todas as raízes recebam pinos metálicos, opta-se apenas pela raiz de
maior diâmetro
▪ Para dentes pilares de PPF extensa, é conveniente o emprego de, no
mínimo, dois pinos (maior diâmetro e outro de comprimento de 2/3.
o Os pinos pré-fabricados metálicos rosqueados devem ser usados com muito
cuidado, pois geram mais tensões nas paredes do canal radicular.
o Pinos de Fibra de Vidro
▪ Módulo de elasticidade próximo ao da dentina
▪ Não interferem na cor
▪ Diminuição de riscos de fraturas
▪ Resistência à corrosão
▪ Biocompatibilidade
▪ Dificuldade de distinção entre a cor da estrutura dentaria e o pino,
dificultando sua remoção
o Fatores que podem comprometer a resistência:
▪ Controle da umidade dentro do conduto
▪ Quantidade de adesivo aplicado no interior
▪ Distancia da porção mais apical do pino ao ponto de incidência da luz
do fotopolimerizador
▪ Uso de agentes oxidantes de limpeza intrarradicular (hipoclorito de
sódio e água oxigenada)
▪ Incompatibilidade dos sistemas adesivos simplificados com cimentos
resinosos de polimerização química e dual
▪ Aumento de permeabilidade dos adesivos simplificados, que se
comportam como membranas permeáveis à água proveniente da
dentina
▪ Elevada contração de polimerização do cimento
▪ Variações do substrato dentinário
▪ Fator C

o Passo a passo do pino de fibra de vidro


▪ Preparo do dente
▪ Remoção do material obturador com ponta Rhein aquecida deixando
4mm de material remanescente
▪ Regularização das paredes do conduto com uma broca compatível
com o diâmetro do conduto, sem o alargar
▪ Limpeza do pino com álcool 70%
▪ Aplicação do silano no pino, aguarda-se 1 minuto para a secagem com
ar
▪ Aplicação do adesivo no pino fotopolimerização
▪ Condicionamento ácido no conduto e na coroa remanescente
▪ Aplicação do adesivo nas paredes do conduto utilizando microbrush
de haste alongada. fotopolimerização
▪ Aplicação de uma fina camada de cimento resinoso no pino
▪ Inserção do pino lentamente no conduto para evitar a formação de
bolhas no cimento
▪ Remoção dos excessos do cimento
▪ Fotopolimerização
▪ Confecção da porção coronal com resina composta
▪ Preparo coronal
▪ Radiografia após cimentação
o Quando o conduto se apresentar muito alongado ou ovalado, as superfícies do
pino não se adaptam as suas paredes. Para evitar espessuras exageras de
cimentos em algumas áreas, faz-se o reembasamento do pino com resina
composta no conduto (Pino anatômico)
▪ Tratamento superficial do pino (silano + adesivo)
▪ Envolve o pino com resina composta
▪ Isola o conduto com isolante hidrossolúvel
▪ Introduz o pino lentamente no conduto e faz uma rápida
Fotopolimerização por 5 a 10 segundos
▪ Após a remoção do pino, complementa-se a fotopolimerização por
mais 40 segundos em cada face
▪ Verificar se há adaptação passiva do pino no interior do canal
▪ Lavar o conduto com água para remoção do isolante e secar com jatos
de ar e cones de papel
▪ Condicionamento ácido das paredes do conduto
▪ Aplicação do adesivo
▪ Colocação de uma fina camada de cimento no pino
▪ Cimentação
▪ Preparo coronal

o Confecção de núcleo com reaproveitamento de prótese existente


▪ Condutos preparados e moldados com duralay, deixando uma
pequena projeção da resina para a face oclusal
▪ Toda superfície interna da coroa é ligeiramente desgastada, inclusive
na região cervical, para eliminar possíveis áreas retentivas
▪ A resina é preparada e aplicada na região do termino cervical e no
interior da coroa que é posicionada sobre o dente, tomando cuidando
de avaliar a oclusão.
▪ Após a polimerização da resina, faz-se o acabamento da região cervical

Capitulo 6 – Coroas Provisórias


• Em hipótese alguma deve-se cogitar abolir esse procedimento com o intuito de
diminuir o custo final da prótese
• Função primária de preservar a saúde periodontal do tecido gengival saudável, auxiliar
no tratamento e na recuperação do tecido gengival alterado e auxiliar na manutenção
da saúde do periodonto tratado
• Proteção pulpar
o Previamente à confecção da prótese provisória, a superfície do dente
preparado deve ser limpa com algum tipo de detergente especifico para esse
fim
o Ela deve ser envolvida com algodão embebido em solução de água de cal, que
tem a capacidade de agir como vedante dos túbulos dentinários,
o Protege-se a superfície preparada com duas camadas de verniz à base de
copal, que vão impedir o contato direto da superfície dentinária com o
monômero da resina
• Perfil de emergência e forma da extensão da ameia interproximal
o Não se pode determinar uma estética desejável sem uma avaliação correta
desses aspectos
o O objetivo do perfil de emergência é propiciar um posicionamento harmônico
do tecido gengival sobre as paredes da restauração
• O contorno da restauração deve apresentar uma forma plana (perfil de emergência)
• Se o espaço das ameias interproximais nas coroas provisórias não for suficiente, 1 a
1,5mm, certamente não haverá espaço para a papila na prótese definitiva

• Técnica do molde de silicona


o Moldagem com moldeira parcial da área que receberá um PPF
o Vaza o gesso e obtém o modelo de estudo
o No modelo de estudo, utiliza-se um dente de estoque na área desdentada
para fazer o molde com o silicone de adição
o Molde com a silicona
o Prepara os dentes a serem usados como pilares
o Posiciona a matriz de silicona na boca para testar a sua adaptação
o A resina é preparada e levada ao interior do molde
vaselina os dentes
o O molde é levado à boca. Nessa fase, o molde deve ser mantido sob
refrigeração, para minimizar o efeito da reação térmica da resina sobre o
órgão pulpar e o tecido gengival
o Após a polimerização da resina, a coroa é removida do molde
o Remoção dos excessos de resina
o Delimitação do termino cervical com grafite
o Cimentação provisória

• Técnica com dentes de estoque


o Obtém-se o modelo de estudo
o Preparo superficial do dente no modelo de gesso
o Seleção do dente de estoque conforme a cor, tamanho e a forma dos dentes
naturais
o Desgastes no dente de estoque na sua face lingual, cervical e/ou incisal, até
serem completamente adaptados sobre os dentes preparados no modelo de
gesso
o Se forem mais de uma faceta, uni-las entre si com resina para serem
posteriormente reembasadas na boca.
o Dente com preparo coronal
o Vaselina no preparo
o Reembasamento com resina
o Coloca e tira quando começar a polimerização
o Tirar o excesso
o Delimitação do termino cervical com grafite
o Verificar a adaptação cervical
o Acabamento e polimento
o Cimentação provisória
Capítulo 7 – Moldagem e Modelo de trabalho
• O melhor material para moldagem para prótese é a Silicona de Adição
o Excelente estabilidade dimensional
o Deve-se esperar pelo menos 1h para vazar o gesso
o Excelente resistência a rasgamento
o Bom tempo de trabalho
o Ótima recuperação elástica
o O molde por ser vazado em ate 7 dias
o Desvantagem: tem o processo de polimerização alterado na presença de
enxofre
▪ O profissional não pode manipular esse tipo de material quando
estiver usando luvas.

• Moldagem com dois fios retratores de duas etapas


o Seleção e prova da moldeira perfurada
o Seleção do material (silicone de adição)
o Fio #000, embebe com hemostático e insere na gengiva ao redor do preparo
o Fio #00, embebe com hemostático e insere na gengiva sobre o fio #000
o Remove o segundo fio, a região deve ser lavada e seca
o Mistura do silicone denso (sem luvas)
o Em movimento único, faz-se a moldagem com o silicone denso
o Remover as retenções e excesso de material (pode colocar um plástico ou
rolopac sobre o material denso para evitar esse passo)
o Faz-se a moldagem com o silicone fluido (sempre dispensar um pouco da
mistura antes de colocar na moldeira e no sulco gengival)
o Moldagem pronta
o OBS: para a montagem em uma etapa deve-se fazer a moldagem com o
material denso e leve juntos.

• Moldagem com casquetes


o Confecção
▪ Após a preparação dos dentes, moldagem com alginato
▪ Vazar o gesso (aconselhável colocar sal de cozinha ou raspas de gesso
para acelerar a presa)
▪ Delimitar com grafite uma linha continua entre a junção do térmico
cervical e as paredes axiais, em volta de todos os dentes preparados
▪ A partir dessa linha, toda a superfície do dente é recoberta com cera e,
uma espessura aproximada de 0,5mm para promover um alivio
▪ Isolar o modelo e a cera com vaselina solida
▪ Cobrir com resina acrílica Duralay
o Reembasamento
▪ Os dentes preparados devem ser isolados com vaselina solida
▪ A resina Duralay é levada sobre todo termino cervical com um pincel
fino ou espátula de inserção
▪ Após a perda superficial do brilho da resina, o casquete é posicionado
lentamente no dente até encontrar resistência (afastamento
mecânico)
▪ Aguarda-se a fase plástica da resina e, com uma espátula de inserção,
pressiona o excesso de resina para o interior do sulco
▪ Movimentar o casquete para evitar a retenção mecânica
▪ Verificar a presença de “saia”, estrutura responsável pelo afastamento
mecânico da gengiva que deve estar presente em toda a volta do
casquete
▪ Delimitar a saia e o termino cervical com grafite e remover os excessos
o Moldagem
▪ Aplicação do adesivo próprio dentro e fora
▪ Secar o dente preparado e o sulco gengival
▪ Preencher o casquete com o material de moldagem evitando bolhas
de ar
▪ Posicionar o casquete lentamente sobre o dente e verificar se há
extravasamento do material
▪ CD umedece os dedos em saliva e pressionar suavemente todo o
excesso do material contra o tecido gengival
▪ Manter o casquete em posição sob leve pressão ate que ocorra a
polimerização
▪ É contraindicado o deslocamento prévio dos casquetes após
polimerização
▪ Faz a moldagem com alginato para retirar os casquetes

Capitulo 9 – Formas e Características das Infraestruturas para Próteses


Metalocerâmica e Totalmente Cerâmica
• O que é cerâmica?
o Material dentário baseado em vidros amorfos
o Utilizado para restaurações estéticas indiretas
o Dentes anteriores e posteriores
• As principais características das cerâmicas odontológicas são:
o Coeficiente de expansão térmica linear, sendo próxima da estrutura dentaria
o Resistência ao desgaste, à compressão e à abrasão
o Estabilidade química (cor e durabilidade)
o Fluorescência, translucidez e biocompatibilidade
o Possibilita de ser confeccionada no formato desejado e com precisão
o Boa relação com os tecidos periodontais
o Capacidade de mimetizar os dentes e tecidos naturais
o Propriedades ópticas favoráveis
o Capacidade de serem formuladas para serem injetadas, infiltradas,
compactadas e usinadas
• As cerâmicas de uso odontológico podem ser classificadas em:
o Composição
▪ Feldspáticas
• São excelentes para revestimento de próteses fixas
• Tem excelentes propriedades ópticas
• Baixa resistência flexural (60 a 70 MPa)
• São ideais para regiões de baixa carga oclusal
• São cerâmicas de cobertura (estéticas)
• Mimetismo ao esmalte
• Excelente isolante térmico e elétrico
• Usadas em inlay (sem envolvimento das cúspides) e em Onlay
(com envolvimento das cúspides) e facetas
▪ Vítreas
• Reforçada com Leucita
o Cerâmica sintética
o Indicadas para inlay, Onlay, facetas e coroas unitárias
o Resistência flexural variável entre 73 a 130 Mpa.

• Reforçada com Dissilicato de lítio


o Cerâmica sintética
o Aumentar o coeficiente de expansão térmica
o Aumento considerável na resistência da cerâmica
o Resistência flexural 215 a 360 Mpa
o Indicada para coroa de cerâmica pura unitárias
anterior e posterior, inlay, Onlay, facetas, PPF de 3
elementos para dente anterior até 2° molar.
▪ Aluminizadas
• Alta resistência e dureza
• Opacas
• Não condicionáveis
• Fase cristalina muito maior do que a vítrea
• Coroas ácido resistentes
• Silanização quase ineficaz, ausência de matriz cerâmica
• Reforçada com Alumina
o Dureza: 17 a 20 GPs
o Resistência flexural 600 MPs
o Indicações
▪ Infraestrutura de próteses
▪ Coroas unitárias anteriores e posteriores
▪ Próteses parciais fixas de até 3 elementos
▪ Dentes com alteração de cor
▪ Sobre núcleos metálicos
• Reforçada com Zircônia
o Alta resistência flexural: 900 a 1200 Mpa
o Usadas em situações muito mais extremas que a
alumina
o Desgasta dentes naturais antagonistas
o Indicações:
▪ Infraestrutura de próteses
▪ Coroas unitárias anteriores e posteriores
▪ Prótese parciais fixas anteriores e posteriores
▪ Prótese sobre implantes

o Processo de fabricação
▪ Sistemas cerâmicos naturais
• Injeção
• Infiltrada
▪ Sistemas cerâmicos industriais
• Compactadas
• Usinadas
▪ Sistemas cerâmicos convencionais
• Convencional
Capítulo 12 – Cimentação Provisória e Definitiva
• A cimentação é o “Calcanhar de Aquiles” da prótese fixa (muitos questionamentos na
literatura)
• Importância da cimentação
o Preencher a interface da superfície interna da prótese e do dente preparado
o Retenção e resistência
o Vedamento e fixação
▪ Dente/restauração indireta
▪ Selamento marginal
o Aumentar a fixação de próteses no dente preparado
o Proteger o dente de injurias térmicas e elétricas
• Requisitos desejáveis dos cimentos
o Custo acessível
o Selamento marginal
o Resistência as forças funcionais
o Escoamento
o Tempo de trabalho
o Fácil utilização
o Compatibilidade biológica
• Podem ser classificados de acordo com seus mecanismos de fixação:
o União mecânica
▪ Não oferecem aderência em nível molecular
▪ É necessário que as paredes não sejam paralelas (dificulta o
escoamento)
▪ Cimento de Zinco
o União micromecânica
▪ 5x maior que o fosfato de zinco (preparos dentários menores)
▪ Essas irregularidades são criadas:
• Jateamento com oxido de alumínio
• Ácido hidrofluorídrico
▪ Hidro C
o Aderência molecular
▪ Baseada no uso do silano em cerâmicas
▪ Hoje em dia, a cimentação por aderência molecular é utilizada como
um fator, que em conjunto com outros, facilita o sucesso da
cimentação.
▪ Silano
• Cimentos para cimentação Provisória
o Usamos o Hidróxido de Calcio (Hidro C)
▪ Vantagens:
• Proteção pulpar
• Neoformação de dentina reparadora
• Bactericida e bacteriostático
• Maior retenção
▪ Desvantagens:
• Elevada solubilidade
• Curto tempo de trabalho
▪ Indicação:
• Todos os tipos de preparos, especialmente em dentes com
maior sensibilidade
o Passo a passo para cimentação provisória
▪ Analisar a PPF
▪ Limpar dentes adjacentes o preparo
▪ Secar o dente com jato de ar
▪ Aplicar vaselina nas margens externas da PPF
▪ Manipular o cimento provisório
▪ Aplicar no interior da coroa
▪ Pressionar a coroa e eliminar excessos
▪ Orientação de higiene oral
▪ Mínimo 7 dias

• Cimentos para cimentação Definitiva


o Tipos
▪ Fosfato de zinco
• Vantagens:
o Alta rigidez
o Fácil manipulação
o Baixo custo
o Comprovação clinica
o Boa estabilidade
o Isolante térmico e elétrico
• Desvantagens:
o Irritação pulpar
o Sensibilidade pós-operatória
o Baixo selamento marginal
o Alta solubilidade
o Falta de adesão ao esmalte
• Indicações:
o Pinos metálicos
o Coroas metalocerâmicas
o Coroas ácido resistentes (alumina e zircônia)

▪ Cimento de ionômero de vidro convencional ou modificado por resina


• Vantagens:
o Liberação de flúor
o Bactericida durante a polimerização
o Baixa solubilidade após presa
o Melhor compatibilidade biológica
o Adesão química e micromecânica
• Desvantagens:
o Exposição à saliva: solubilidade e degradação marginal
o Susceptível a contaminação por umidade
o Desidratação: contração do cimento
o Inabilidade em unir-se às cerâmicas
o Possível sensibilidade após a cimentação por causa do
ácido poliacrílico
• Indicações:
o Pinos metálicos
o Coroas metalocerâmicas
o Coroas ácido resistentes (alumina e zircônia)
▪ Resinosos
• Vantagens:
o Melhores propriedades mecânicas
o Ótimo escoamento
o Insolúvel aos fluis orais
o Uteis quando se perde a forma de retenção e
resistência do preparo
o Película de cimentação fina
o Variedade de cores e opacidades
o Alta resistência de união à dentina
• Adesão micromecânica
o Dente: condicionamento ácido com ácido fosfórico
o Cerâmica: ácido fluorídrico (a depender só sistema
cerâmico)
o Metal: jateamento com oxido de alumínio
• Adesão química:
o Silano: resistência à fratura, melhor infiltração e
estética
• Desvantagens
o Irritação do tecido pulpar
o Custo
o Técnica sensível à umidade
o Dificuldade de remover excesso de cimento
o Lembrar de NÃO usar cimento provisório COM
EUGENOL (prejudica a adesão)
o Degradação ao longo do dente e em altas
temperaturas
• Dual, autopolimerizável ou fotopolimerizavel
• Passo a passo (cerâmica condicionável: Feldspáticas,
Dissilicato de lítio e Leucita)
o Aplicação do ácido fluorídrico na coroa
o Aplicação do silano na coroa
o Adesivo na coroa
o Limpeza do preparo com escova, pedra pomes e água
o Condicionamento com ácido fosfórico no dente
o Aplicação de adesivo no dente
o Cimentação definitiva
o Remoção dos excessos
o Fotoativação
o Obs.: sempre o tratamento é primeiro na cerâmica
Capítulo 3 (McCraken) – Classificação dos arcos parcialmente desdentados
Técnica de preparo – Técnica da Silhueta
1. Sulco cervical 1014
a. Posicionamento da ponta diamantada esférica com 1,4mm de diâmetro em
ângulo de 45°
b. Aprofundar a metade do diâmetro da broca
c. Deve ser realizado no nível da margem gengival nas faces vestibular e
palatina/lingual.
2. Desgastes proximais 2200
a. Ponta diamantada troncocônica fina
b. Proteger o dente vizinho com uma matriz metálica
c. Paralela com a face proximal
3. Confecção dos sulcos axiais 2135
a. Broca cilíndrica com extremidade plana e bordas arredondadas
b. Em uma metade do dente
c. Dois sulcos nas faces livres
d. Duas inclinações: terço médio cervical, terço médio incisal.
e. Profundidade da broca
4. Confecção dos sulcos incisais 2135
a. Broca cilíndrica com extremidade plana e bordas arredondadas
b. Dois sulcos
c. Sulcos de orientação na face incisal com 2mm de profundidade
d. 2x o diâmetro da broca
e. Acompanhando a anatomia da face
5. União dos sulcos de orientação 2135
a. Mesma broca
b. Avaliar a metade do dente preparado em relação à metade íntegra
6. Desgaste da concavidade (dentes anteriores)
a. Broca com forma de pera
b. Profundidade de 1,5mm
c. Seguir anatomia
7. Desgaste da metade integra
a. Sulcos de orientação, da mesma maneira.
b. União dos sulcos
8. Preparo subgengival
a. 0,5mm no interior do sulco
b. Mesma ponta utilizada para fazer os sulcos
c. Baixa rotação
9. Acabamento do preparo
a. Arredondar os ângulos

Componentes da PPR
• Retentores – apoios e grampos
• Conectores – maiores e menores
• Sela
• Dentes artificiais

− Terço oclusal: suporte


− Terço médio: estabilização
− Terço cervical: retenção
➢ Apoio
o Transmitem as forças oclusais de maneira adequada aos dentes suporte
o Impedem o deslocamento da prótese no sentido oclusogengival
o Associados aos grampos, se alojam em nichos preparados na oclusal, nos
cíngulos ou nas incisais.
o Formato de uma colher e ser ligeiramente inclinado apicalmente
o O nicho deve ser inclinado apicalmente
➢ Grampos
o Principais responsáveis pela retenção das PPRs
o Evita o deslocamento no sentido gengivo-oclusal
o Faz com que o dente pilar resista ao movimento de deslocamento das
próteses
o Podem ser:
▪ Circunferenciais
• Braço de retenção sai do
apoio e se aloja na porção
retentiva do dente
• Única parte flexível da PPR

▪ Ação de ponta
• Braço de retenção tem origem na
sela
• Áreas estéticas
• Formato de T, Y, R e I.
▪ Germinado
• Mais utilizado
➢ Conector menor
o Funcionam como ligação entre o conector maior ou a base da prótese PPR
com as demais partes da prótese
o Em muitos casos, o conector menor pode ser continuo com outras partes da
prótese
o Precisa ter volume suficiente para ser rígido se não a transferência de forças
funcionais para os tecidos e dentes de suporte não será eficaz
o O volume deve ser o menos incomodo
possível
➢ Conector maior
o União das partes maiores da prótese
o Distribuição da força
o Reduz as cargas
o Controla o movimento da prótese de
forma eficiente
o Devem estar livres de tecidos moveis
o Proeminências ósseas e de tecido mole
devem ser evitadas durante a inserção
e remoção
o Deve ser feito um alivio para prevenir o
seu assentamento em áreas de possível
interferência
➢ Base ou sela
o Suportar e manter os dentes artificiais de
forma que eles promovam função
mastigatória eficiente e contribuam na
transferência de forças ocluais diretamente
ao dente suporte pelos apoios.
➢ Dentes artificiais
o Estética
o Função mastigatória
o Fonação
o Suporte aos tecidos

Confecção da PPR – Passo a Passo


− 1° sessão
o Anamnese, exame clinico e radiográfico
o Dentes pilares
o Prótese atual
o Só poderá seguir as próximas etapas da PPR após o paciente estar totalmente
com meio bucal adequado, caso o paciente precisar fazer:
▪ Exodontias
▪ Restaurações
▪ Próteses fixas
▪ Periodontia
o Moldagem e obtenção do modelo de estudo
▪ Alginato
o Classificações
− Etapa laboratorial
o Definir de acordo com os parâmetros clínicos
o Desenho da PPR
o Delineamento busco o paralelismo
− 2° sessão
o Preparo de boca do paciente
o Confecção dos nichos
o Brocas: 1012, 1014, 2131, 3131, 1035, 1036, 3095F.
o Moldagem anatomia ou de trabalho
▪ Alginato
− Etapa laboratorial
o Confecção da infraestrutura metálica
− 3° sessão
o Prova da infraestrutura metálica
o Verificar adaptação e assentamento
o Fazer ajustes se necessário
o Provar sem o plano de cera, retira-lo.
o Se o paciente dor extremidade livre (classe I ou II de Kennedy), devera ser
confeccionada moldeira individual em acrílico sobre a infraestrutura metálica
para a moldagem final
o Moldagem do antagonista
o Fazer tomada de arco facial
o Montagem em ASA
o Registros ocluais para montagem do modelo inferior
o Seleção da cor dos dentes
− 4° sessão
o Prova da infraestrutura metálica com os dentes artificiais posicionados
o Nos casos de PPR classe I ou II, pode fazer uma moldagem funcional direta
(parte leve do silicone de adição)
o Relação oclusal dos dentes
o Reconstituição fisionômica
o Analise fonética
o Aprovação do paciente
o Caracterização da prótese
o Seleção de cor de gengiva (escala STG)
− Etapa laboratorial
o Acrilização da PPR
− 5° sessão
o Instalação da PPR
o Ajustes iniciais
o Instalação da PPR
o Recomendações ao paciente
o Agendar retorno para controle inicial
− 6° sessão
o Controle
o Avaliar necessidades de novos ajustes
o Avaliar as recomendações sobre uso e manutenção
o Agendar retorno para preservação

Você também pode gostar