Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A coroa parcial 7/8 é uma variação muito a coroa parcial 7/8 pode ser considerada
especial da coroa parcial 4/5 e pode ser um ótimo retentor de prótese fixa quando
empregada, com sucesso, em pré-mola- colocada num elemento de suporte com
1
res e molares superiores e inferiores. É coroa clínica curta, o que poderia prejudi-
indicada para os dentes com cúspide car a retenção ou a resistência de uma
mésio-vestibular intacta, mas pode ser coroa parcial 4/5. É usada como retentor
usada também em dentes com restaura- de prótese fixa com espaço protético de um
ção, cáries, descalcificações ou fratura da pôntico, quando a coroa total metálica é
2
cúspide disto-vestibular. Se executado solicitada pela sua maior retenção, porém
corretamente, é um preparo conservador, a coroa parcial 7/8 é uma consideração
obtendo-se então, restauração com acei- estética.
tabilidade estética, principalmente no pré- Enquanto que a coroa parcial 7/8, à pri-
molar superior. meira vista parece exótica e difícil na con-
A indicação clássica para seu uso é no fecção, na segunda vista mostra que o
primeiro molar superior, isto porque, uma preparo é na verdade, uma simples modifi-
grande restauração incluindo a superfície cação prática da coroa parcial 4/5, do tipo
disto-vestibular, exclui o uso de uma coroa padrão. O preparo do dente para coroa par-
parcial 4/5. Se o preparo for cuidadosa e cial 7/8 é atualmente considerado mais fá-
habilidosamente realizado, os contornos da cil do que um preparo para coroa parcial
cúspide mésio-vestibular esconderão o apa- 4/5, porque a extensão mesial da linha de
recimento do metal, cobrindo a cúspide dis- terminação vertical, na superfície disto-ves-
34
to-vestibular. Esta vantagem, associada tibular, tem melhor acesso para a coloca-
com o fato de que a coroa metalocerâmica ção do sulco e dá acabamento de margem
não reproduz a superfície externamente lisa pelo profissional. É também fácil de manter
e íntegra do esmalte, faz com que a coroa a higienização pelo paciente.
parcial 7/8 seja uma excelente restauração As fases do preparo de um molar supe-
para muitos pacientes. rior para receber uma coroa parcial 7/8 são
A coroa parcial 7/8 cobre a superfície dis- apresentadas na Figs. 9-1 a 9-43.
to-vestibular do dente e apresenta signifi- As Figs. 9-44 até 9-52 mostram os exem-
cantemente a melhor retenção e resistên- plos clínicos de molares superiores e infe-
cia do que teria a coroa parcial 4/5.5 Ainda, riores restaurados com coroas parciais 7/8.
173
Coroa Parcial 7/8
1
250 — 243
u
x~ ^ /^ ^
cTT CO"
^£ "í/T
< 2000 —
rr "~~
| U)
D 200 CM
CD 1 82
2 8
Sei
O I
-- CO
O 1500 1366
'< 150 o ^HI
"Z.
0 Í3 H
LU O 114
í
LU
S
1
rr 106 O _ «
es §
LU 100
— 2 O 1000 —
1 O c5
Q
o •o
O 5
co
LU «
sU
O
CC
P 50 ,
*^
4
Q
UJ
£i
IO
^
S
n
LL
co
Q
< 500 — 0)
O co
8 OC p
0 o
LL
0
O
PREPAROS
PREPAROS
Fig. 9-1 Comparação dos valores de retenção para Fig. 9-2 Valores de resistência para coroas 7/8, 4/5
coroas 7/8,4/5 e total veneer.5 e total veneer.5
174
Coroa Parcial 7/8
175
Coroa Parcial 7/8
176
Coroa Parcial 7/8
177
Coroa Parcial 7/8
178
Coroa Parcial 7/8
179
Coroa Parcial 7/8
180
Coroa Parcial 7/8
n
gg
181
Coroa Parcial 7/8
182
Coroa Parcial 7/8
183
Coroa Parcial 7/8
184
Coroa Parcial 7/8
Linha de terminação
em chanfro
Integridade marginal
Preservação do periodonto
Bisel da cúspide
funcional
Durabilidade
estrutural
Redução axial
Retenção e resistência
Durabilidade estrutural
Preservação do periodonto
Canaleta oclusal
Durabilidade estrutural
Fig. 9-43 Características da coroa sete oitavos e função de cada uma delas.
185
Coroa Parcial 7/8
186
Coroa Parcial 7/8
187
Coroa Parcial 7/8
Referências
1. Kessler, J. C., and Shillingburg, H. T. The seven-ei- 5. Potts, R. G., Shillingburg, H. T., and Duncanson, M.
ghtscrown. Gen. Dent. 31.132, 1983. G. Retention and resistance of preparations for cast
2. Ingraham, R., Bassett, R. W., and Koser, J. R. An restorations. J. Prosthet. DenL 43:303, 1980.
Atlas of Cast Gold Procedures. 2nd ed. Buena Park, 6. Higdon, S. J. tooth preparation for optimum contour of
CA: Unitro College Press. 1969, 165. full coverage restorations. Gen. Dent. 26:47, 1978.
3. Shillingburg, H. T., and Fisher, D. W. The partial ve- 7. Willey, R. E. The preparation of abutments forveneer
neerrestoration. Aust. Dent. J. 17:411, 1972. retainers. J. Am. Dent. Assoe. 53:141, 1956.
4. Crispin, B. J. Conservation alternatives to full esthetic
crowns. J. Prosthet. Dent. 42:392, 1979.
188
Capítulo 10
189
Meia Coroa Proximal
Fig. 10-1 Nesta situação típica, o elemento de suporte da prótese, o molar inferior, está inclinado mesialmente, criando
uma curva de Spee exagerada (A). Pode não ser possível preparar esse molar para uma coroa completa, com o eixo de
inserção paralelo ao preparo do suporte pré-molar. Na boca onde as condições são favoráveis, pode-se preparar para
uma meia coroa proximal como retentor no molar, permitindo que a superfície distai do dente permaneça íntegra (B).
190
Meia Coroa Proximal
191
Meia Coroa Proximal
192
Meia Coroa Proximal
193
Meia Coroa Proximal
194
Meia Coroa Proximal
195
Meia Coroa Proximal
196
Meia Coroa Proximal
197
Meia Coroa Proximal
198
Meia Coroa Proximal
199
Meia Coroa Proximal
Nicho
Retenção e Redução da superfície oclusal
resistência Durabilidade estrutural
Durabilidade estrutural
Bisel
Integridade Istmo
marginal Resistência e retenção
Durabilidade estrutural
Canaleta oclusal
Integridade
marginal
Sulco Redução axial
Retenção e Retenção e resistência
resistência Durabilidade estrutural
Durabilidade estrutural Preservação do
periodonto
Chanfro
Integridade marginal
Durabilidade estrutural
200
Meia Coroa Proximal
201
Meia Coroa Proximal
202
Meia Coroa Proximal
203
Capítulo 11
Incrustações
A incrustação de metal fundido teve suas no início deste século e era devido em parte,
raízes em restaurações grosseiras que eram pelo conceito de "extensão para prevenção",
usadas antes do advento da técnica de fun- e por outro lado, pela grande dificuldade no
dição de precisão em Odontologia. A primei- uso de instrumentos inadequados da época.8
ra incrustação na Odontologia foi desenvol- Bodecker que clinicava em Berlim, introdu-
vida por John Murphy de Londres, que fabri- ziu o preparo com "slice" para incrustação,
1
cava incrustações em porcelana, em 1835. que foi divulgado nos Estados Unidos por
Em 1880, Ames e Swasery usaram a técnica Rhein, onde, mais tarde foi desenvolvido por
9
de brunimento de pequenas lâminas, dentro Gillett.
da cavidade preparada, para fabricação de O "slice" da incrustação era realizado com
incrustação. Mais tarde, adaptaram lâminas disco, com desgaste da face proximal. Apre-
de ouro ou de platina dentro da cavidade sentava extensa área e com profundidade
preparada e com cuidado, a matriz constituí- rasa. A incrustação com "slice" era feita em
da era removida da cavidade revestida e de- forma de caixa com tamanho aproximada-
pois corriam solda ou ouro derretido dentro mente normal,10 com sulcos,11 com cauda
1213
da cavidade reproduzida com brunimento de de andorinha, com trava com grande
2 14
lâminas. Esta técnica era ainda usada até cauda de andorinha ou com canal , similar
o final da primeira década deste século.3 a uma caixa estreita. Era considerada pe-
A primeira incrustação fundida foi atribuí- los seus proponentes como a verdadeira
1015
da a Philbrook, que apresentou a técnica restauração conservadora, e ainda, a
na Revista lowa State Dental Society, em incrustação com slice era considerada a
1897.4 Porém foi Taggart que creditou a in- menos provável de fraturar o dente restau-
16
trodução da velha técnica de cera perdida rado. Era ainda indicada, ao mesmo tem-
1719
na Odontologia em 1907. Ele desenvolveu po, como retentor de prótese fixa.
a incrustação como "uma obturação hones- As incrustações eram descritas como a
ta: tanto no dente, salvando-o da cárie, quan- mais frágil dos retentores, fragilizando o den-
5
to nos apêndices". A incrustação cresceu te e empregando resistência inadequada pa-
22
em popularidade a partir desta data, auxilia- ra cumprir sua tarefa. Smith descreveu-as
da pelas contribuições de Lane, Van Horn, como sendo "a mais notável de todas as cau-
Weinstein, Souder, Scheu e Hollenback que sas de falhas de elementos de suporte de
23
melhoraram os materiais e as técnicas de prótese fixa". Com a possível exceção das
6
fabricação de restauração fundida. próteses com conectores não rígidos, as in-
As incrustações exigiam grande destrui- crustações não são duráveis, quando advo-
ção de estrutura do dente, que era reconhe- gadas como retentores de próteses fixas.
cida por Bodecker, um dos seus primeiros A incrustação com "slice" era inferior à
proponentes.7 O preparo extenso era usado incrustação convencional com caixa, frente
205
Incrustações
206
Incrustações
tacão atua como uma cunha entre as cúspi- restaurações antigas que necessitam englo-
des vestibular e lingual do dente.23'25 A re- bar duas superfícies (MO e DO) e deve ser
cente prática de usar o istmo profundo para feita com material duradouro. Uma pequena
43
aumentar a resistência ao deslocamento quantidade aceitável de material é usada
44
ou para aumentar a resistência à ruptura, para essa finalidade. As incrustações MOD,
claramente deveria ser evitada. sem cobertura oclusal, podem conservarem-
Não muito surpreendente, a maioria das se ainda estreitas (1/4 da largura vestíbulo-
faculdades ensina que o uso de incrustação lingual do dente) e podem ainda ser empre-
com três superfícies está restrito às situações gadas nos molares, porém o seu uso nos
onde o istmo pode ser conservado estreito.28 pré-molares é altamente questionável.
As Figs. 11-1 até 11 -35 mostram as técni-
cas de preparo de um molar superior para
Incrustação Classe II uma incrustação próximo-oclusal. Preparos
para incrustação Classe l, Classe III e Clas-
A incrustação classe II é usada em pré- se V também são apresentados.
molares e molares com cáries pequenas ou
208
Incrustações
209
Incrustações
ji(t ^ '
Fig. 11-12 Também pode-se usar uma broca carbi-
de ns 169L para formar as paredes vestibular e lin-
gual da caixa. Embora as paredes paralelas sejam
defendidas por alguns autores antigos,34'4348 as pa-
redes quase paralelas foram apresentadas como um
objetivo atingido com maior probabilidade.4950 Ward
foi um dos primeiros a recomendar uma conicidade
desse tipo. Ele prescreveu uma conicidade de 5%
a 20% por polegada (3 a 12 graus).36 Gillett era a
favor de 5% de conicidade por polegada (3 graus).10
Também se sugeriu uma conv ergência de 5
graus.1851 Mais recentemente, Gilmore recomendou
37
que de 8 a 12 graus, seria mais prático. Conforme
a conicidade aumentada, de 7 para 15 graus, a pres-
são e a retenção diminuem.31
211
Incrustações
212
Incrustações
213
Incrustações
rr
Fig. 11 -27 Tomar o cuidado de combinar o bisel gengival
com os biselados vestibular e lingual, para evitar área
escavada, que pode resultar em uma retenção.
214
Incrustações
215
Incrustações
Bisel Gengiva!
Integridade marginal
Caixa próxima!
Retenção e resistência
Durabilidade estrutural
Biselado próxima!
Integridade marginal
Istmo
Retenção e resistência
Durabilidade estrutural
Cauda de andorinha
Retenção e resistência
Durabilidade estrutural
Bisel oclusal
Integridade marginal
Fig. 11-35 Características de um preparo para incrustação da Classe II e funções de cada uma delas. 216
Incrustações
217
Incrustações
218
Incrustações
219
Incrustações
Bisel oclusal
Integridade marginal
Parede
Retenção e resistência
Assoalho pulpar
Resistência
220
Incrustações
221
Incrustações
222
Incrustações
223
Incrustações
225
Incrustações
Caixa proximal
Retenção e
Istmo
resistência
Retenção e resistência
Durabilidade
estrutural
Cauda de Andorinha
Retenção e resistência
Bisel vestibular
Integridade marginal
Bisel lingual
Integridade marginal
Biselado proximal
Integridade marginal
Fig. 11-65 Características do preparo para incrustação de Classe III e funções de cada uma delas.
226
Incrustações
227
Incrustações
í
___
l
l Fig. 11-72 Os pequenos condutos para pino geral-
mente são colocados neste preparo nas bordas
mesial e distai da forma de contorno, para garantir
a retenção e resistência adequadas.67 Eles devem
ser colocados bem distante lateralmente, para
evitar a câmara pulpar e bem distante das bordas
da caixa, para evitar interferência da broca e risco
de perfuração lateral em qualquer concavidade
interproximal. Começar os pequenos condutos para
pino com uma broca esférica n2 1/2.
228
Incrustações
229
Incrustações
Pequenos condutos
Retenção e resistência
Paredes periféricas
Retenção e resistência
Bisel
Integridade marginal
Fig. 11-79 Características do preparo para incrustação Classe V e função de cada uma delas.
230
íncrusfaçoes
231
Incrustações
232
Incrustações
233
Capítulo 12
Embora a MOD com cobertura oclusal perdida do dente, e não reforça as estru-
3
seja uma variação de uma incrustação Clas- turas remanescentes. Se o dente neces-
se II, existem diferenças suficientes para sita de proteção das forças oclusais, esta
que a MOD com cobertura oclusal mereça pode ser obtida pelo uso de uma restau-
consideração como um tipo separado de ração fundida e com cobertura oclusal.4
restauração fundida. Apesar da MOD com O uso da restauração com proteção oclusal
cobertura oclusal apresentar retenção qua- foi divulgada na recente pesquisa realiza-
se que exclusivamente intracoronária, a in- da no Sudoeste dos Estados Unidos, onde
corporação da cobertura oclusal no dese- os entrevistados responderam que o uso
nho, faz com que ela seja considerada uma de restauração MOD com cobertura oclusal
coroa parcial veneer, como uma restaura- é duas vezes mais frequente do que de
ção extracoronária. incrustação Classe II.5
A retenção empregada para restaurações As Figs. 12-1 a 12-61 mostram o uso ra-
intracoronárias é de variedade de "cunha", cional de MOD com cobertura oclusal e
que tende a extruir a pressão para fora do apresenta também a técnica de seu prepa-
centro do dente.1 Esta força é aumentada ro, num molar superior, para receber este
durante a prova da prótese, na sua cimen- tipo de restauração.
tação e ainda ela se repete, sempre que a
força oclusal é exercida no dente. Então,
para esta restauração ser bem-sucedida, é
preciso estar bem apoiada sobre uma ca- Análise fotoelástica de esforço
mada volumosa de dentina íntegra ou
por outros meios destinados a distribuir a Craig e cols. também usaram a análise
força no sentido do longo eixo do dente pa- fotoelástica de esforço para mostrar a supe-
ra evitar a destruição da estrutura dentária rioridade de MOD com cobertura oclusal na
remanescente. proteção de dente, em resposta a uma for-
Há um recente interesse na restaura- ça.19 Os clínicos e pesquisadores, com a
ção MOD com cobertura oclusal, baseado mesma intenção, mostraram a ligação en-
numa oclusão concentrada e integrada na tre falhas marginais com cúspides enfraque-
Dentística Restauradora, ao contrário da- cidas e deflexão das paredes do preparo
quela que é exclusivamente orientada em de uma restauração sob várias espécies de
7 8 20 21
dente isolado. A incrustação simples em forças demonstradas aqui. ' - '
11 21 23 10 22
forma de cunha apresenta risco de fratura Os istmos largos ' ' e profundos - são
do dente, principalmente quando não tem também reconhecidos como fatores contri-
proteção das cúspides com pouco supor- buintes para as falhas. Enquanto alguns au-
te.2 Ela simplesmente substitui a estrutura tores sugeriram que, quando num preparo,
237
MOD com Cobertura Oclusal
Fig. 12-1 Enquanto a coroa de um dente está intacta, ela tem integridade estrutural (A). Quando é feito um
preparo intracoronário, o dente ficará enfraquecido e mais suscetível à fratura (B). De acordo com Mondelli e
cols., um pré-molartem 11% a 52% menos de resistência à fratura (dependendo da largura vestíbulo-lingual)
quando um istmo de Classe l é cortado na superfície oclusal, e 17% a 57% menos de resistência, se tiver
uma preparação próximo-oclusal.6 Se ambas as superfícies proximais estiverem enfraquecidas por um pre-
paro, as cúspides vestibular e lingual não estão mais unidas pela estrutura do dente (C). O dente está em
perigo de fratura se o istmo tiver uma largura significante (D). Um pré-molar tem apenas 36% a 61% de sua
resistência intacta (outra vez, dependendo da largura vestíbulo-lingual do istmo) quando ele é bisseccionado
por um preparo MOD.6
a largura do istmo for maior que metade da sendo ainda mais conservador, o istmo com
25 2627
distância entre as cúspides, o dente deve- um quarto até um terço é então, mais
ria ser restaurado com cobertura oclusal, seguro.
238
MOD com Cobertura Oclusal
Fig. 12-2 Diversos autores avaliaram o potencial das incrustações para aumentar a altura das cúspides.68
Normalmente as cúspides têm uma altura mecânica, que é igual à altura anatómica, medida da ponta da
cúspide ao nível do sulco central (A, L,). Quando se faz um preparo MOD, a altura mecânica fica muito
exagerada, sendo que a sua altura efetiva torna-se a distância da ponta da cúspide até a parede gengival do
preparo (B, L2). Em um dente pequeno, como um pré-molar, esse alongamento do braço de alavanca pode
ter resultados desastrosos.
239
MOD com Cobertura Oclusal
Fig. 12-3 Também houve um reconhecimento anterior dos clínicos, de que a incrustação tinha uma tendência
de calcar as cúspides, separando-as,9'10 particularmente quando o istmo era largo.11 A força oclusal aplicada
numa incrustação produz pressão ao longo das paredes da restauração e em sua base, porque a restauração
empurra a estrutura do dente que a circunda (A). A situação em A pode levar a fratura do dente,12 com
rachaduras causadas por restaurações MOD, que ocorrem tipicamente em um ângulo de 40-50 graus, a
partir do ângulo do reparo cavitário apicalmente (B).13 Uma restauração com cobertura oclusal distribui a
força sobre uma área larga, reduzindo, dessa forma, drasticamente o potencial de fratura (C). Por essa
razão, a restauração MOD com cobertura oclusal adapta-se bem nos dentes endodonticamente tratados
com superfícies vestibular e lingual sadias.1417
Fig. 12-4A As pressões da cunha produzidas por Fig. 12-4B A restauração com cobertura oclusal,
incrustações foram demonstradas por análise de por outro lado, demonstrou pressões muito pequenas.
pressão fotoelástica, por Fisher et ai.18 A incrustação (Cortesia do Dr D. W. Fisher, Los Angeles).
produziu concentração muito alta de pressão nas pare-
des do istmo e nas linhas de ângulos.
240
MOD com Cobertura Oclusal
Fig. 12-5 Em um estudo de análise de pressão que utilizou a técnica de elemento finito, com modelos gera-
dos por computador, Farah e cols. demonstraram claramente o potencial de produção de pressão da incrustação
comum (A) e algumas variações usuais no desenho padrão.28 A pressão é desenhada, nessas ilustrações,
em vermelho. O bisel superestendido aumenta a pressão para um nível perigoso (B). Uma incrustação muito
larga pode resultar na insuficiência catastrófica de estrutura do dente por causa da extensão da pressão
gerada (C). O uso de uma incrustação com cobertura oclusal, por outro lado, mantém a pressão em um nível
baixo, que não cria risco para a estrutura remanescente do dente (D). (Adaptado de Farah e cols.28).
241
MOD com Cobertura Oclusal
242
MOD com Cobertura Oclusal
243
MOD com Cobertura Oclusal
244
MOD com Cobertura Oclusal
245
MOD com Cobertura Oclusal
246
MOD com Cobertura Oclusal
247
MOD com Cobertura Oclusal
248
MOD com Cobertura Oclusal
249
MOD com Cobertura Oclusal
n
K
250
MOD com Cobertura Oclusal
251
MOD com Cobertura Oclusal
252
MOD com Cobertura Oclusal
Bisel gengival
Integridade marginal Bisel oclusal lingual
Caixa próxima! Integridade marginal
Retenção e resistência Istmo
Durabilidade estrutural
Biselado proximal
Integridade marginal
Bisel ocluso-vestibular
Integridade marginal
Redução da Degrau oclusal
superfície oclusal Durabilidade estrutura
Durabilidade Retenção e
estrutural resistência
Bisel da cúspide funcional
durabilidade estrutural
durabilidade
estrutural
Fig. 12-47 Características de um preparo para restauração MOD com cobertura oclusal e função de cada uma delas.
253
MOD com Cobertura Oclusal
254
MOD com Cobertura Oclusal
255
MOD com Cobertura Oclusal
256
MOD com Cobertura Oclusal
257
Capítulo 13
A norma que constitui uma restauração trutura periférica do dente. Elas são sele-
esteticamente aceitável varia de cultura cionadas quando a superfície vestibular for
para cultura, de país para país e de tempo íntegra. Se a extensão vestibular e incisai
para tempo. Usualmente, é influenciado for atingida o mínimo, as restaurações a
pela capacidade de avaliação tecnológica. ouro, são quase invisíveis, podendo, então
Hoje é possível fabricar coroas com mate- ser confeccionadas. Se a superfície mesial
riais que, em certas circunstâncias ideais, do dente anterior for intacta, não há neces-
podem ser quase indistinguíveis do esmal- sidade de recobrir inteiramente. A coloca-
te natural. ção cuidadosa de pinos para pequenos con-
O aspecto natural saudável é o ideal da dutos ou sulcos, podem, mecanicamente
zona de aparência. Esta zona varia de pa- substituir a parede não preparada.
ciente para paciente. Para a maioria da po- Quando uma parte substancial da super-
pulação inclui todos os dentes anteriores, fície vestibular de um dente for destruída
os pré-molares superiores e os primeiros ou solapada, uma restauração alternativa
pré-molares inferiores. O dentista deve poderá ser selecionada. O uso de coroas
observar o paciente, conversando e sorrin- totais veneer com resina acrílica foi a pri-
do, para determinar a extensão da objetivi- meira maneira de restaurar os dentes que
dade, e conversar com o paciente para es- permitiram, depois, receberes retentores de
tabelecer a extensão da subjetividade. Se coroas totais veneer para as próteses fixas,
a percepção do paciente estender e ultra- na situação que exige o máximo de estéti-
passar a zona de aparência, o que é uma ca. Era seriamente limitada, em razão da
realidade aparente, o dentista deverá aco- falta de estabilidade da cor e resistência à
modar o conceito duvidoso do paciente. Pro- abrasão.
ceder de outra maneira seria convidar o pa- A restauração com coroas metalocerâmi-
ciente para a insatisfação. cas é uma combinação de porcelana estéti-
Quando os dentes que estão sendo pre- ca recobrindo uma subestrutura metálica.
parados na zona de aparência, forem para Fundindo a porcelana sobre o metal, torna-
coroa, o dentista tem, em geral, dois tipos se possível produzir uma coroa inteiramente
para sua escolha: coroas parciais podem ser recoberta, com estabilidade estética e ade-
4/5 ou 3/4, que deixam as superfícies vesti- quada resistência, para ser empregada na
bulares intactas, ou coroas totais veneer de reposição de dentes perdidos.
material com coloração do dente, recobrindo Enquanto a coroa metalocerâmica pode
as superfícies vestibulares. servir como restauração resistente e estéti-
As coroas parciais 4/5 com cobertura ca, os pacientes, muito frequentemente, re-
oclusal, coroas parciais 3/4 e coroas par- cebem este tipo de restauração para dente
ciais 7/8 necessitam de remover pouca es- com pequenas irregularidades, que poderia
259
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
ser melhor restaurado com tratamento mais celana opaca para disfarçar o cente e
conservador, ou de modo algum. uma camada mais fina de porcelana
O uso de coroas metalocerâmicas tem translúcida para reproduzir a imteçãociQ
aumentado pelo desenvolvimento do primei- esmalte natural.2 A camada de metal deve
ro sucesso comercial de restauração de ser de 0,3 a 0,5 mm de espessura,3 se a
porcelana sobre liga de ouro cerâmico, intro- liga for de metal nobre, enquanto um coping
duzida por Weinstein e colaboradores na feito de liga não preciosa pode ser reduzido
década de 1950.1 Embora os preparos para para 0,2 mm.4 Alguns cálculos aritméticos
coroas metalocerâmicas sejam minuciosa- mostram que uma espessura de 1,2 mm
mente realizados, as restaurações não se- será necessária na redução da superfície
rão tão estéticas como a estrutura natural vestibular para a coroa metalocerâmica em
de dentes íntegros. Elas podem ser, fre- liga não preciosa, enquanto, para as ligas
5
quentemente, identificadas pela sua capa- preciosas, a redução será de 1,4 mm. A
cidade, volume, colar metálico exposto na redução inadequada pode proporcionar o
margem gengival ou ainda, por uma infla- sobrecontorno da restauração no laborató-
mação circular de tecido da gengiva margi- rio, que por sua vez, produzirá inflamação
5 10
nal. Todos esses problemas têm suas raízes gengival. '
no erro de preparo da coroa do dente. As Figuras 13-1 até 13-39 mostram as
O próprio preparo para esta restauração fases do preparo de um incisivo central su-
é uma reflexão de materiais usados na sua perior, para receber uma coroa metalo-
fabricação e no espaço necessário para pro- cerâmica. As Figuras 13-40 até 13-53 são
mover adequado volume exigido para am- exemplos clínicos de coroas metaloce-
bos, durabilidade e resultado estético. râmicas e seus correspondentes preparos
A criação de uma coroa metalocerâmica em dentes anteriores.
com "vida", requer uma fina camada de por-
260
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
Fig. 13-4 Quando um dente está sendo preparado para receber uma coroa estética veneer, a superfície vestibular deve
ser reduzida em dois planos:58 um quase paralelo ao eixo de inserção e outro paralelo aos dois terços incisais da
superfície vestibular do dente (A). A redução somente no plano paralelo ao eixo de inserção pode resultar em espaço
insuficiente para a porcelana no terço incisai, o que é um erro comum (B).11 A redução de um plano cria espaço
adequado para a restauração no degrau e nas áreas incisais fica perigosamente próximo da polpa na área média
da face vestibular, e também pode produzir um preparo muito cónico (C).
261
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
262
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
263
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
264
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
265
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
266
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
Fig. 13-25 É necessário formar a superfície lingual do dente anterior, de modo que haja uma parede vertical na super-
fície lingual do cíngulo e uma superfície côncava distinta, incisai a ele (A). Isso produz áreas de resistência como
degraus para resistir ao efeito do plano inclinado de forças no sentido lingual. A concavidade lingual também cria
espaço para uma coroa com contornos e oclusão próprios, com remoção mínima de estrutura do dente. Se a superfície
lingual for formada em um único plano inclinado (B), os arcos de rotação de todos os pontos na coroa serão paralelos
ou dirigidos para longe do dente e, então, a coroa ficará sem forma de resistência, e fracassa.
267
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
268
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
269
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
271
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
Chanfro
Integridade marginal
Aleta
Retenção e resistência
Preservação da estrutura
do dente
Chanfro
incisai
Durabilidade
estrutural
Redução axial
Retenção e resistência
Durabilidade estrutural
Degrau
Integridade marginal
Durabilidade estrutural
Fig. 13-39 Características de um preparo para coroa metalocerâmica em um dente anterior e função de cada
uma delas.
272
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
273
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
274
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
275
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Anteriores
276
Capítulo 14
O uso das coroas metalocerâmicas per- perfícies oclusais dos dentes antagónicos.
mite obter restauração estética em dentes Embora, teoricamente, a abrasão não ocor-
posteriores, na zona, de aparência,^ande ra, se a atenção é voltada no ajuste da oclu-
necessita a colocação de uma coroa to.tal são, quando a restauração for confeccio-
estética. Como foi discutido no capítulo nada^ colocada, porém, a inspeção na
anterior, o limite de objetividade dessa zona boca, restauradas desta maneira muito fre-
(quando vista por outras pessoas na quentemente, exibe extensas facetas de
conversação) e o limite de subjetividade desgaste. Pacientes que _exigem as sy-
(quando percebida pelo paciente) podem £Tfirfírig^nr[Nsais em porcelana necessitam
diferir. ser informados sobre esses problemas em
Os p_ré-mnlarfis e ns primeirosj]nolares_ potencial.
superiores^e os primeiros prájnolares in- Os preparos para coroas metalocerâ-
terioies estão quase sempre na zona de micas devem ser realizados com o plano
aparência. Os segundos pré-molares in- de execução na mente, relativo à extensão
feriores podem também entrar nessa da cobertura em porcelana, limitando-se às
categoria. Os segundos molares superio- áreas a serem recobertas com porcelana,
res e os molares inferiores também po- onde necessitará de redução maior do que
deriam ser incluídos, se o paciente for seria simplesmente, se recobertas somen-
incomodado pela presença do metal nos te com metal único.
dentes. Rotineiramente, é indiferente As Figs. 14-1 até 14-39 mostram os por-
quanto ao critério da objetividade ou da menores das fases do preparo de um pré-
subjetividade, principalmente quando o molar superior para receber uma coroa
tratamento é extenso e a estrutura do dente metalocerâmica. As Figs. 14-40 até 14-50
precisa ser removida para acomodar a demonstram o uso das coroas metalo-
combinação de porcelana e metal. Há, cerâmicas para restaurar os pré-molares e
também, aumento de riscos de falhas de- molares.
vido a possível fratura da porcelana es-
tética.
A rotina no uso da porcelana nas super-
fícies oclusais tem opiniões segundo seus
1
Resistência à distorção marginal
críticos. Ela oferece o máximo de efeito
cosmético quando indicada numa área alta-
mente visível ou também pela preferência As coroas feitas com linha de termina-
do paciente. Porém, repetindo, necessita de ção em degrau foram apresentadas por
remover grande quantidade de estrutura do alguns investigadores, como sendo de me-
dente, que poderia, também, ocorrer uma nor probabilidade de distorção durante a
ameaça à integridade da estrutura das su- queima da porcelana. Shillingburg e co-
279
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
280
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
281
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
283
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
284
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
285
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
286
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
287
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
288
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
289
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
Bisel gengiva!
Integridade marginal
Chanfre
Integridade marginal
Durabilidade estrutural
Redução axio-lingual
Retenção e resistência Degrau
Durabilidade estrutural Integridade marginal
Aleta
Preservação da estrutura do dente
Retenção e resistência Redução axio-vestibular
Retenção e resistência
Bisel de cúspide funcional Durabilidade estrutural
Durabilidade estrutural
Redução da superfície oclusal
Durabilidade estrutural
Fig. 14-39 Características do preparo para coroa metalocerâmica em um dente posterior e função de cada
uma delas.
290
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteric
292
Coroas Metalocerâmicas para Dentes Posteriores
293
Capítulo 15
295
Coroas Totais em Cerâmica Pura
296
Coroas Totais em Cerâmica Pur
29
Coroas Totais em Cerâmica Pura
298
Coroas Totais em Cerâmica Pur£
299
Coroas Totais em Cerâmica Pura
300
Coroas Totais em Cerâmica Pura
301
Coroas Totais em Cerâmica Pura
302
Coroas Totais em Cerâmica Pura
O degrau é realizado inicialmente com nas arestas do degrau. O degrau pode ser
broca diamantada de ponta plana. Uma bro- depois alisado com uma broca com a parte
ca diamantada com a borda da extremidade ativa na ponta, tendo a sua borda ligeiramen-
biselada, é recomendada por Goldstein,23 e te biselada para prevenir seu escapamento,
pode produzir menos trauma para o tecido quando o degrau sobe incisalmente.
mole. Permite ainda ir seguindo "para cima Há vários tipos de restaurações estéti-
e para baixo", os traçados dos contornos cas completas em porcelana em que os
inciso-gengivais para o degrau da face ves- processos de fabricação envolvem alguma
tibular e seguir para a face interproximal e técnica de fundição para formar parte ou a
depois para lingual, sem arranhar as peque- restauração inteira.
303
uoroas lotais em cerâmica Pura
304
Coroas Totais em Cerâmica Pura
Degrau
Integridade marginal
Durabilidade estrutural
Redução axial
Retenção e resistência
Parede lingual Durabilidade estrutural
vertical Retenção e
.(redondamente dos ângulos Durabilidade estrutural
Fig. 15-34 Características do preparo para uma coroa de jaqueta em porcelana e função de cada uma delas.
305
Coroas Totais em Cerâmica Pura
306
Coroas Totais em Cerâmica Pi
3C
Coroas Totais em Cerâmica Pura
308
Coroas Totais em Cerâmica Pura
309
Coroas Totais em Cerâmica Pura
310
Coroas Totais em Cerâmica Pura
311
Coroas Totais em Cerâmica Pura
312
Coroas Totais em Cerâmica Pura
313
Coroas Totais em Cerâmica Pura
Bi
314
Coroas Totais em Cerâmica Pura
315
Coroas Totais em Cerâmica Pura
316
Coroas Totais em Cerâmica Pura
317
Coroas Totais em Cerâmica Pura
Fig. 15-76 A-C A coroa de porcelana fundida* é vista no modelo. Depois de fundida e removida do revestimento
(esquerda). Depois de completar a aplicação da cerâmica (centro). Depois da pintura e Glaze (direita).
318
Coroas Totais em Cerâmica Pura
Fig. 15-77 Vista vestibular da coroa terminada e colo- Fig. 15-78 Vista oclusal da coroa de porcelana fun-
cada na boca. dida cimentada.
Referências
1. Vorhees, F. H. History and progress of the cast gold 5. Hobo, S., and Iwata, T. Castable apatite ceramics as a
inlay. J. Am. Dent Assoe. 17:2111, 1930. new biocompatible restorative material. II. Fabrication
2. Carmichael, J. P. Attachment for inlay and bridgework. oftherestoration. Quint. Int. 16:207, 1985.
Dent. Rev. 15:82, 1901. 6. McLean, J. W., and Hughes, T. H. The reinforcement
3. Sozio, R. B., and Riley, E. J. The shrink-free ceramic of dental porcelain with ceramic oxides. Br. Dent. J.
crown. J. Prosthet. Dent 49.182, 1983. 119:251, 1965.
4. Grossman, D. G. Processing a dental ceramic bycas- 7. Bartels, J. C. Preparation of the anterior teeth for por
ting methods. Presented at Conference on Recent De- celain jacket crowns. J. South. Calif. Dent Assoe.
velopmentS'in Ceramic and Ceramim-lvletal Systems 30:199, 1962.
for Crown and Bridge. Ann Arbor. W . K. Kellogg 8. Klaffenbach, A. O. Science, art and ceramic funda
Foundation Institute, OcL 10-12, 1983. Availablefrom mentais involved in porcelain jacket prosthesis. Aust.
Dentsphy, York, Pa. Dent. J. 55:88, 1951.
319
Capítulo 16
321
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-1A e B Dano mínimo na Fig. 16-C e D Dano moderado na Fig. 16-1E e F Dano de moderado a
estrutura dentária periférica. estrutura dentária periférica. severo na estrutura dentária perifé-
rica.
Fig. 16-1A Cárie proximal ou pe- Fi g. 16-1C Um ângulo incisai Fig. 16-1E Ambos os ângulos in-
quena lesão da Classe V. envolvido. cisais envolvidos.
Fig. 16-1B Tratamento: Fig. 16-1D Tratamento: resina Fig. 16-1F Tratamento: a resina
resina composta. composta; incrustação da Classe III composta pode ser usada, mas o
apenas na parte distai do canino. prognóstico é observado; coroa de
jaqueta de porcelana ou coroa
metalocerâmica.
322
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-1G e H Fig. 16-11 e J Da- Fig. 16-1K e L Fig. 16-1M e Fig. 16-1O e P
Dano severo na no moderado na Dano severo na Dano mínimo. Dano moderado.
estrutura dentária estrutura dentária estrutura dentária
periférica. central. central.
Fig. 16-1G Mais Fig. 16-11 Lesões Fig. 16-1 K Mais Fig. 16-1 M Acesso Fig. 16-1 0 Acesso
de 50% da superfí- proximais pro- de 50% do "núcleo endodôntico e le- endodôntico e le-
cie do dente (peri- fundas invadindo vital" destruído sões proximais pe- sões proximais
férica) envolvida. o "núcleo vital" (central). quenas (combina- grandes, com pos-
(central). dos). sível perda de
ângulo(s) inci-
1 1 1 1 sal(is) (combina-
dos). •
Fig. 16-1H Tra- Fig. 16-1J Trata- pino. Fig. 16-1L Trata- Fig. 16-1N
tamento: coroa mento: coroa de mento: Pulpecto- Tratamento:
de jaqueta de por- jaqueta de porce- mia, coroa de ja- restaurações
celana ou coroa lana ou coroa me- queta de porcelana de resina
metalocerâmica. talocerâmica com e núcleo de pino composta nas
base de cimento pré-fabricado, ou superfícies
e/ou núcleo de re- coroa metaloce- linguais, bem
sina composta com râmica. como nas
proximais. Fig. 16-1P Trata-
mento: núcleo pré-
fabricado com pino
e coroa de jaqueta
de porcelana, ou
coroa metaloce-
râmica.
323
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-2A Lesão oclusal pequena (central); lesões proximais e/ou vesti- Fig. 16-2C Lesão oclusal 1,0 mm de-
bulares (periféricas); oclusal e proximal (combinada). pois da JDE (central); lesão proximal ou
vestibular 1,0 mm depois da JDE (peri-
férica); oclusal e proximal (combinada).
Fig. 16-2B Tratamento: restaurações oclusais e de Classe II, feitas em Fig. 16-2D Tratamento: amálgama so-
amálgama, exceto em áreas estéticas críticas, onde se usa resina bre base de cimento para lesões
composta. As incrustações podem ser usadas para as lesões de Clas- oclusais e da Classe II em molares. As
se II. A resina composta é usada na superfície vestibular e zona estética. lesões combinadas em pré-molares po-
dem exigir restaurações MOD com co-
bertura oclusal. Resina composta sobre
base, usada em superfícies vestibular
e em zona estética.
324
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-2E e F Dano moderado a Fig. 16-2G e H Dano Severo. Fig. 16-21 e J Destruição coronária
severo. total.
Fig. 16-2E A destruição central Fig. 16-2G A destruição central Fig. 16-21 A destruição central in-
estende-se ao núcleo do dente. estende-se ao núcleo do dente e a clui a maior parte do núcleo. Todo o
Destruição periférica pode cobrir grande parte da dentina de suporte. esmalte remanescente está minado.
até 50% da superfície do dente. Dano periférico maior que 50% da
Uma cúspide perdida (combinados). superfície do dente.
Fig. 16-2F Tratamento: só o dano Fig. 16-2H Tratamento: o dano pe- Fig. 16-2J Tratamento: é necessá-
periférico é restaurado com coroa. riférico extenso sem envolvimento rio núcleo de amálgama com pino,
O envolvimento do núcleo (central) do núcleo (central) é restaurado ape- antes da fabricação de coroa em
pode ser restaurado com restaura- nas com coroa. O núcleo de amál- molares. Em geral, são necessá-
ção com cobertura da superfície gama com pino é necessário antes rios a desvitalização eletiva e o nú-
oclusal. da colocação da coroa, com des- cleo pré-fabricado com pino nos pré-
truição central extensa. molares, antes que a coroa seja
construída.
325
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-3A Destruição mínima do núcleo (central) do Fig. 16-3C Perda de suporte de dentina, de caixas
acesso endodôntico, com ligeiro envolvimento proximal proximais mais largas ou envolvimento superficial peri-
(periférico). Sem dano vestibular ou lingual. férico mais extenso.
Fig. 16-3B Tratamento: a restauração MOD com cober- Fig. 16-3D Tratamento: núcleo pré-fabricado com pino
tura oclusal é a restauração mínima necessária para (moldado ou feito com pinos pré-fabricados e amálga-
proteger a estrutura remanescente do dente. A coroa ma ou resina composta) e coroa para os pré-molares.
parcial veneer é usada se o esmalte lingual estiver Núcleo de amálgama (com ou sem pino) para molares.
prejudicado. A maior cobertura para um envolvimento
superficial maior exige núcleo.
326
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
l \
Fig. 16-3F Pode ser necessário que o núcleo com pino e coroa para pré-molares seja precedido por cirurgia
para aumento da coroa. Os molares devem ter pinos para dar resistência lateral, com núcleo de amálgama, ou
núcleo com pino em duas peças sob a coroa.
327
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
328
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Reavaliação
A decisão deve agora ser confirmada, se
deverão ser incorporados no preparo, os
defeitos da destruição do dente pela remo-
Fig. 16-4 Não se deve fazer características retentivas ção das cáries ou restaurações antigas e
no "núcleo vital" do dente (área sombreada), quando se
quer preservar sua vitalidade.
preencher a destruição com material tem-
porário. Se mais de 50% da estrutura co-
ronária de um dente posterior estiver intacta
e ele não for destinado a receber retentor
de uma prótese fixa, poderá, então, rece-
Condição periodontal ber retenção necessária adicionando-se
características retentivas suplementares na
Deve ser realizada uma avaliação cuida- estrutura remanescente do dente. Podem
dosa do tecido periodontal ao redor do den- ser características internas como um istmo
te a ser restaurado, dando ênfase especial ou para ser mais efetiva em forma de uma
à profundidade da extensão subgengival das caixa, e as paredes ao redor da dentina
cáries, fraturas ou restaurações antigas. A seriam, no mínimo, tão largas quanto a al-
colocação profunda da linha de terminação tura (Fig. 16-5A). Se a relação espessura/
pode violar o "espaço biológico" de 2,0 mm altura das parede remanescentes for 1:1 e
entre o epitélio e o tecido conectivo aderen- 1:2, a cavidade poderia ser preenchida com
te, e, às vezes, há necessidade de uma ci- amálgama para suportar as paredes en-
rurgia periodontal antes de realizar uma res- fraquecidas (Fig. 16-5B). Algumas paredes
tauração adequada.45 Fazer ao contrário, com relação espessura/altura menor que 1:2
poderia resultar num comprometimento pela estão sujeitas à fratura (Fig. 16-5C) e deve-
inflamação crónica nos tecidos ao redor da riam ser então rebaixadas (Fig. 16-5D).
restauração. As escolhas para os dentes anteriores
são mais limitadas pelos requisitos estéti-
cos e também pelo volume menor da
Remoção das cáries e restaurações dentina, onde as características da reten-
antigas ção suplementares deverão ser colocadas.
As modificações dos preparos clássicos
Antes do desenho final da restauração para os dentes anteriores são limitadas pela
substituição da caixa pelo sulco, para en-
ser selecionado, todas as cáries e restau-
329
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
volver a pequena lesão cariada, em adição enfraquecidos pela perda de grande quan-
extra de sulcos ou pequenos condutos. Se tidade de sua estrutura são inadequadamen-
mais de um terço da estrutura coronária for te preparados para suportar e distribuir as
perdida, a colocação de retenção de um nú- forças de oclusão. A proteção pode ser pro-
cleo com pino e em seguida, a colocação porcionada pela cobertura das cúspides com
de uma coroa metalocerâmica são usual- a superfície oclusal em restauração fundi-
mente indicadas. da.67 A espessura oclusal da restauração
deve ser de 1,0 mm nas cúspides não fun-
cionais e 1,5 mm nas cúspides funcionais.
330
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
331
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
180
Fig. 16-7 Vista oclusal de um pré-molar que está sendo preparado para uma coroa parcial 4/5, onde a destruição
ocorreu ao redor do contorno de um sulco mesial padrão (A). O defeito é convertido em caixa para substituir o sulco
do desenho clássico (B). Idealmente, não deve haver menos de 180 graus de estrutura sadia remanescente do dente
entre a caixa e o sulco oposto.
Fig. 16-8 Se houver menos de 180 graus da circunferência do dente entre a caixa e o sulco, a cúspide lingual
pode fraturar durante a função (A). Levar o sulco distai para a superfície vestibular compensa a caixa mesial
superestendida(B).
332
Modificações de Preparos em Dentes Danificado;
333
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-10 Uma superfície inclinada oferece pouca resistência ao deslocamento (A). A resistência pode ser aumentada
com segurança, decompondo-se o declive em degraus, isto é, com paredes verticais e superfícies horizontais (B). A
conversão da superfície inclinada em uma parede vertical alta é contra-indicada. Isso pode enfraquecer desnecessa-
riamente o dente e pôr a vitalidade da polpa em perigo (C).
334
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
335
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-13 Pode-se fazer pequenos condutos para pinos, paralelos ao eixo de inserção para receber os pinos que
fazem parte da restauração. Os pequenos condutos não devem ser paralelos para pinos individuais que retêm um
núcleo de amálgama sobre o qual a restauração será cimentada.
Fig. 16-14 (A) Um pino a uma distância relativamente grande do fulcro de rotação proporciona resistência efetiva sem
ficar superpressionado, pois o braço de alavanca da força de resistência (F,) é mais comprido em relação à da força da
rotação (F2). (B) Um pino perto do fulcro pode ser facilmente superpressionado, resultando em distorção do pino e/ou
fratura de dentina ao redor dele. Nesses dois exemplos, uma força na direção oposta àquela mostrada poderia ser
adequadamente resistida pela parede vertical da estrutura remanescente do dente.
336
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
20 26 28
te, em vez de externamente, e são meios sura de dentes. " A retenção aumenta com o
efetivos para aumentar a retenção.21-22 Ain- aumento de número de pinos, de profun-
da, para restaurar dente danificado, os didade e de diâmetro do conduto.2930 Como
pinos paralelos múltiplos são muito úteis regra, um pino pode ser usado para cada
31 32
para aumentar retenção nos retentores par- cúspide perdida e, na linha de ângulo ou
ciais 4/5.23 33
na parede axial parcialmente perdida. Os
Os pinos podem ser colocados onde o pinos rosqueáveis são aproximadamente
comprimento da parede axial é insuficiente cinco vezes mais retentivos do que os pinos
para colocar sulcos efetivos ou onde outras cimentados.
características retentivas deixam muito me- Por esta razão, os pinos rosqueáveis
tal à vista. São usados comumente em dois necessitam ser colocados somente a uma
modos. Pequenos condutos paralelos com profundidade de 2,0 mm, mas os pinos ci-
o eixo de inserção podem ser incorporados mentados que são parte integrante da fundi-
no preparo final para receber pinos e eles ção, podem ser estendidos até 4,0 mm den-
formam parte integrante da restauração fun- tro da estrutura do dente.
dida (Fig. 16-13A). O uso de pinos tem sido Para a máxima resistência à rotação, o
mostrado experimentalmente como sendo pequeno conduto deve ser colocado tão
um meio efetivo para obter retenção nos longe quanto possível do fulcro, prevendo
preparos seriamente cónicos.24 Os pinos a direção do movimento de rotação (Fig.
colocados não paralelamente podem ser 16-14).
cimentados, rosqueados ou pressionados Quando o pino é parte integrante da fun-
dentro da estrutura do dente para reter nú- dição, a entrada do pequeno conduto deve
cleo parcial de amálgama ou de resina com- ter abertura ligeiramente afunilada. Isto fa-
posta, sobre os quais, um preparo clássico cilita a moldagem e procedimentos labora-
para restauração fundida pode ser realizado toriais e pela resistência do pino, na sua
(Fig. 16-13B). base onde ele se une ao corpo do bloco fun-
Diferentes tipos de pinos podem ser co- dido35 e, também, guia o pino dentro de pe-
locados, quando apoiados em pelo menos queno conduto quando a restauração for
25
0,5 mm de dentina. Portanto, o uso de pi- posicionada no preparo (Fig. 16-15).
nos é contra-indicado na pequena espes- Os pequenos condutos devem ser pre-
337
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-16 A localização mais segura para os pequenos condutos para pino em dentes posteriores superiores e inferi-
ores está indicada conforme os pinos inseridos. As localizações secundárias estão indicadas por pequenos condutos
vazios. O x marca áreas de risco que devem ser evitadas. O núcleo vital (linha quebrada) não deve ser invadido.
338
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
parados cuidadosamente para evitar expo- tadas para prevenir possível penetração na
sição da polpa ou penetração no ligamento polpa ou no ligamento periodontal como são
periodontal. As localizações seguras para apresentadas nos pré-molares superiores,
os pequenos condutos são as linhas de ân- nos molares inferiores e nos superiores
36
gulos nos cantos dos dentes (Fig. 16-16). (Figs. 16-17 e 16-19).
As áreas mínimas desejáveis para a colo- Para prevenir acidentes, o leitor deverá
cação de pequenos condutos estão situadas fixar na mente o volume da estrutura do
no meio das superfícies do dente,36 es- dente disponível para a colocação de pe-
37
pecialmente, fora das fulcras. Estas e queno conduto, e a espessura do dente pode
outras áreas não favoráveis deverão ser evi- ser medida do interior da câmara pulpar para
339
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Espessura
JCE Raiz
Dente M F D L M F D L
Incisivo central 2.2 2.5 2.3 3.1 2.3 2.5 2.2 2.8
Incisivo lateral 1.8 2.2 1.7 2.4 1.7 2.5 1.6 2.6
Canino 2.0 2.7 2.2 2.9 2.0 2.7 1.9 3.0
Primeiro pré-molar 2.2 2.6 2.2 2.7 1.3 2.0 1.5 2.2
Segundo pré-molar 2.0 2.2 1.9 2.3 1.5 2.2 1.7 2.5
Primeiro molar 2.5 2.8 2.6 2.8 2.4 2.7 2.5 2.8
Segundo molar 2.6 2.9 2.6 3.0 2.4 2.7 2.5 2.8
38
Tabela 16-2 Espessura da estrutura dos dentes inferiores (mm).
Espessura
JCE Raiz
Dente M F D L M F D L
340
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
a parede externa do dente, na junção ci- e direção onde será preparado o pequeno
mento-esmalte (CEJ) e a 3,0 mm abaixo, conduto. Isto limita o uso dos pinos parale-
na raiz, como pode ser visto nos dentes los, que são partes integrantes da restaura-
38
superiores na Tabela 16-1. A mesma in- ção, pois o eixo de inserção do preparo
formação pra os dentes inferiores pode ser orienta a direção do pino para evitar as com-
vista na Tabela 16-2. Os níveis são coloca- plicações da polpa ou do periodonto.
dos próximos ao nível da junção cemento- A colocação negligente dos pequenos
esmalte e a estrutura do dente é muito re- condutos pode ter resultados desastrosos
duzida nesta área. Os valores mostrados (Fig. 16-20). Se aparecer sangue durante a
nas tabelas são as médias, dentro de 2 a atuação da broca no pequeno conduto, deve
5% das dimensões apresentadas por Dilts ser verificada se a polpa ou a membrana
e Mullaney37 e por Stambaugh e Wittrock.39 periodontal está sendo a vítima. Se for a
Eles apresentaram valores que diferem polpa, a terapia endodôntica deve ser exe-
acentuadamente das dimensões apresenta- cutada antes de prosseguimento. Se o pe-
das por Gourley, para os molares.36 queno conduto sair na superfície da raiz, o
Para evitar problemas, o ponto de entra- pino poderá ser cuidadosamente medido,
da e direção da broca devem ser cuidado- antes da inserção, para que não ultrapasse
samente planejados e controlados. A corre- ou não falte no pequeno conduto. A cura é
ta direção para o pequeno conduto pode ser então possível, porém não garantida. Quan-
determinada estudando a radiografia ou do um pino sair dentro do periodonto
colocando-se suavemente uma sonda ou coronário em direção à crista alveolar, a
uma broca dentro do sulco gengival e ponta do pino pode ser exposta cirurgica-
encostá-la dentro da parede da raiz, obten- mente e depois apará-la, nivelando com a
do-se, assim, a imagem nítida da localização superfície da raiz.
341
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-21 O defeito que tem um volume de dentina sadia sobre ele e está a, pelo menos, 1,0 mm da linha de termina-
ção, deve ser preenchido com cimento antes de fazer a impressão. Se for necessária retenção adicional, o defeito pode
ser convertido em uma caixa, como se mostrou anteriormente.
342
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Fig. 16-22A O núcleo de amálgama Fig. 16-22B Se a linha de termina- Fig. 16-22C Apenas se a linha de
pode ter excessos por causa das ção da coroa for colocada no núcleo terminação for colocada apicalmente
extensões subgengivais, ou outros de amálgama, o excesso ainda es- ao núcleo, é possível assegurar uma
fatores que impeçam a boa adapta- tará presente. área marginal lisa.
ção da matriz.
paro para coroa e pode ser continuada, lo- te. Todas as características retentivas para
go após 10 minutos.44 Portanto, onde há o núcleo devem ser bem profundas, a ponto
necessidade máxima de resistência, o de não serem eliminadas pela redução axial,
amálgama é ainda o material preferido para feita no preparo subsequente para coroa. O
núcleo. preparo para coroa pode ser completado tão
O núcleo de amálgama com retenção a logo o material do núcleo tenha endurecido
pinos ou de resina composta é indicado suficientemente. Ou, o próprio contorno
quando menos da metade da estrutura co- coronário do núcleo de amálgama pode ser-
ronária do dente polpado remanescer após vir como restauração temporária por várias
a remoção de todas as cáries e restaura- semanas, dando ao tecido mole uma opor-
ções antigas. Todas as cúspides mais finas tunidade de recuperar, enquanto o tratamen-
do que a metade da sua altura devem ser to mais urgente estiver sendo realizado.
rebaixadas. As cavidades devem ter as- A linha e terminação do preparo para res-
soalhos e paredes planas para aumentar a tauração fundida deve estender abaixo do
resistência e este procedimento necessita núcleo e localizar-se na estrutura do den-
muito cuidado para não traumatizar a polpa te.46 O núcleo, quando colocado muito
ou enfraqueceras paredes remanescentes. subgengivalmente, é mais provável de apre-
O núcleo deve estar apoiado firme no den- sentar espaços e rebarbas, tomando-se
te e não somente preencher espaço vazio. impróprio para servir como margens da res-
Ao contrário, ele não oferece vantagem so- tauração final (Fig. 16-22 A e B). Se o nú-
bre o volume da fundição final em ocupar o cleo for de amálgama, contactando com
espaço. metais diferentes e expostos ao meio oral,
A retenção para um núcleo de amálgama torna-se mais propenso à corrosão. Se o
45
pode ser conseguida com ranhuras ou com núcleo exposto for de resina composta, se
os pinos não paralelos descritos previamen- tornará susceptível à formação de fendas.
343
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
l
344
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
345
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
346
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
347
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
348
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
349
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
350
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
Perda de uma cúspide Essa restauração pode ser uma coroa par-
cial 4/5 (Figs. 16-32A e B) ou uma coroa
Quando uma cúspide inteira, incluindo a total veneer (Figs. 16-33A e B), dependendo
dentina subjacente for perdida, e existindo do volume da cárie, da destruição periférica
ainda as características de preparo para e da possibilidade de colocação da retenção
amálgama, como um istmo ou uma caixa, no dente. Os sulcos podem ser colocados
essas características podem ser incluídas nas superfícies verticais com altura suficien-
no preparo para coroa. Isto é usualmente te, ou na estrutura ao redor da cúspide per-
acompanhado pela formação de uma caixa dida (Figs. 16-34A até C). Um pequeno con-
na estrutura do dente, que será localizada duto pode também ser colocado na área da
na superfície adjacente à cúspide perdida. cúspide perdida.
351
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
352
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
353
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
354
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
355
Modificações de Preparos em Dentes Danificados
356
Capítulo 17
359
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-1 A localização mais efetiva para que um sulco resista à rotação é em um plano perpendicular ao eixo
da rotação. A causa em uma ponte de grande envergadura com pônticos retos produz rotação ao redor dos
eixos vestíbulo-lingual. A resistência pode ser aumentada pela adição de sulcos vestibulares e linguais.
360
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
361
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
centro, haverá nesta situação, torque com de suporte não forem paralelos, a caixa pode
tendência de rotação ao redor do eixo mé- estar inclinada em vários graus em relação
sio-distal. A resistência ao deslocamento pa- com o longo eixo do dente que está sendo
ra esse tipo de torque pode ser obtida adicio- preparado. Neste caso, a profundidade das
nando-se sulcos nas faces mesial e distai paredes deve ser cuidadosamente calibrada
dos preparos (Fig. 17-2). com auxílio de radiografias para evitar inva-
Consideração deve ser dada para a loca- dir o núcleo vital do dente.
lização da linha de terminação na área As próteses fixas em cantilever ou em
adjacente ao conector do pôntico. A mar- balanço criam uma única distribuição de
gem localizada abaixo do conector de uma forças que devem ser resistidas pelos seus
prótese fixa deve estender-se gengival- elementos de suporte. O deslocamento em
mente para não ser invadida pelo conector direção apical do pôntico pode ser frequen-
(Fig. 17-3). Um dente curto, às vezes, ne- temente resistido pela extremidade não ci-
cessita de colocação da linha de terminação mentada, onde o apoio oclusal se ajusta e
ligeiramente abaixo da papila gengival. assenta, numa posição bem definida, so-
Um terceiro tipo de modificação, às ve- bre uma restauração metálica. Quando um
zes, requerido para elemento de suporte de apoio não for possível, dois dentes adjacen-
prótese fixa, é adição de uma caixa para tes podem ser usados como elementos de
1
alojar um conector não rígido. A caixa deve suporte duplos para reduzir a solicitação de
ser bem larga para conter o volume da fê- concentração de esforços no periodonto.
mea do conector dentro dos contornos nor- Sob curta duração das forças de impacto,
2
mais da coroa completa. Ao contrário, o os dentes atuam como se fossem imóveis.
técnico deixaria grosseiramente o sobrecon- Um toque criado por um impacto no pôntico
torno da coroa, que não somente criará área de uma prótese fixa em balanço é centrali-
para retenção da placa bacteriana como zado na margem cervical do primeiro reten-
também originarão forças de rotação desfa- tor, próximo ao pôntico. O resultante da força
voráveis sobre o elemento de suporte. A de elevação no segundo retentor é aproxi-
caixa deve ser alinhada com o eixo de inser- madamente paralelo com o eixo de inser-
ção em relação ao preparo do outro elemen- ção e isto se origina por causa do longo raio
to de suporte. Se os preparos de elementos de rotação (Fig. 17-4).
362
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Portanto, o preparo do segundo elemento dados8 e ser colocado tão longe gengival-
de suporte deve ser realizado com a maior mente e tão perto quando possível do lon-
retenção possível, pela adição de sulcos e go eixo do dente (Fig. 17-5 A até D). Com a
formando a parede axial da superfície distai, perfuração do nicho para apoio na peça fun-
o mais distante do pôntico e com um míni- dida ou no padrão de cera é provável de
mo de inclinação e um máximo de altura. ocorrer o sobrecontorno se não for compen-
sada a característica correspondente, na
estrutura do dente, durante o preparo. Neste
Preparos de elementos de suporte para preparo deve ser colocado sulco em cada
Prótese Parcial Removível lado do cíngulo, unindo-os por um degrau
bem saliente para compensar a posição in-
Os apoios oclusais são elementos vitais na clinada da superfície lingual (Fig. 17-6).
estabilização e função de uma prótese parcial
removível e os nichos destes apoios devem
ser colocados nas restaurações fundidas. A Apoio Oclusal
modificação do preparo do dente é feita com
remoção maior do que a quantidade normal Um apoio oclusal deve apresentar 1,4 mm
da estrutura do dente, porque torna-se neces- de espessura9 e ocupar o meio terço da
sário para acomodar um assentamento ade- superfície vestíbulo-lingual de um dente
quado do apoio.3'7 Isto deve ser feito para posterior e apresentar a função de limitar o
alcançar os requisitos de um bom desenho movimento de uma prótese parcial removí-
da prótese parcial removível, sem compro- vel no sentido apical. Deveria ser em forma
meter a integridade da coroa individual. de colher com arredondamento das ares-
tas marginais e o assoalho inclinado para o
centro do dente (Figs. 17-7A e B).10
Apoios no cíngulo Apesar do preparo ser modificado de
1,4 mm de profundidade, o nicho de apoio po-
Um cíngulo forma, naturalmente, um de ser perfurado na superfície oclusal de uma
apoio na superfície lingual de um incisivo coroa feita com 1,0 mm de redução oclusal.
ou canino, que proporciona excelente resis- Enquanto o aumento global da redução oclu-
tência ao deslocamento apical e horizontal sal é analisado no final, poderá ser rebaixa-
da prótese parcial removível. Também ofe- do demasiadamente o preparo e resultar err
rece retenção indireta porque proporciona redução drástica da retenção e resistência.
uma estabilidade no sentido vertical, ante- Em vez disso, um nicho bem definido com 0,5
rior à linha do fulcro, quando a força incide a 1,0 mm de profundidade pode ser realiza-
sobre a extensão distai da prótese. Embora do na superfície oclusal do dente que está
esse tipo de apoio possa ser usado em área sendo preparado na área correspondente ao
intacta ou em dentes não restaurados, exige nicho de apoio (Fig. 17-8)." Com isto, o seu
que o dente apresente considerável volu- contorno segue o desenho de apoio com
me do cíngulo. Portanto, o uso deste tipo aproximadamente 0,5 mm de espaço entre
de apoio, ainda quando o dente não neces- o nicho no preparo e o nicho de apoio.
sita ser restaurado, pode exigir a fabricação Um nicho no preparo com paredes verti-
de uma coroa para permitir a colocação do cais é preferido ao invés de uma escavação
apoio assentado numa adequada profundi- amorfa.
dade e protegida com apreciável volume. O seu contorno é facilmente visto, seguro
O nicho para o apoio deve ser em forma com extensão adequada e com ambos os
de letra V, com ângulos internos arredon- requisitos de retenção e resistência.
363
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-5C A prótese parcial removível é vista no Fig. 17-5D Vista inferior da estrutura da prótese
lugar, no apoio. parcial removível mostrando apoio (seta).
364
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-7A O apoio oclusal está acomodado. Fig. 17-7B Proporciona-se estabilidade para a prótese.
Fig. 17-8 Nicho para o assento e apoio. Isolado para um preparo de coroa total veneer (A). Unido à aleta para
um preparo para coroa metalocerâmica (B). Em conjunto com uma caixa proximal em um preparo para coroa parcial
4/5 (C).
365
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-9 A resina extruindo pelas pequenas perfura- Fig. 17-10 A micrografia de varredura eletrônica do
ções na estrutura de metal, usada por Rochette, para metal condicionado eletroliticamente, revela a rede
15
reter próteses adesivas. extensa de retenções microscópicas criada pelo pro-
cesso de condicionamento.
Preparos para Prótese Fixa Adesiva ligação entre a resina convenientemente tra-
tada e o metal apresentou resistência tênsil
A qualidade da dentística restauradora duas vezes maior do que a resina tratada e
1719
teve sempre como um dos objetivos a con- o esmalte.
servação da estrutura do dente, sempre que Porém, tanta atenção tem focalizado o
possível. O desenvolvimento da técnica de sistema de ligação resina/metal, que a ne-
ataque ácido13 tem grandemente aumento cessidade de um desenho próprio do pre-
20
nessa habilidade em manter com vida a es- paro não foi divulgada. Com o abuso da
trutura do dente íntegra. A técnica de cola- indicação deste novo tratamento, alguns
gem permanente de prótese fixa com metal operadores deram muita atenção à neces-
fundido e fixado nos dentes de suporte com sidade de um adequado preparo de dente.
14
resina, foi primeiro descrito por Rochette Se o preparo for realizado corretamente,
que advogou o uso de pequenas perfura- obtém-se forma de resistência tão efetiva
ções na estrutura metálica. A resina extrui para este tipo de prótese, tal como se obtém
através dessas perfurações localizadas na nos preparos para coroas comuns. A quan-
face lingual da estrutura retendo-se a pró- tidade de estrutura do dente removida é
tese (Fig. 17-9). Os outros clínicos e inves- mínima, mas o preparo para retentores de
tigadores começaram a explorar muitas va- prótese fixa adesiva deve apresentar a es-
riáveis de tratamento oferecidas por essa trutura metálica desenhada para que as for-
técnica.15 Eles acharam que a colagem en- ças oclusais sobre a prótese sejam resisti-
tre a resina e a estrutura metálica era pobre das pela compressão da resina adesiva. A
6
em ligação neste sistema. resistência tênsil da resina não depende iso-
17
Livaditis eThompson adaptaram a técni- ladamente do efeito de retenção.
ca introduzida porTanaka e colaboradores,18
que consiste no desenvolvimento seletivo
de corrosão pontilhada de liga níquel-cro- Desenho do preparo
mo. Isto resulta num sistema de união entre
a resina composta com o metal e com es- A discussão dos preparos para próteses
malte, o que possibilita numa ligação mais fixas adesivas está dividida em desenho
forte do que as técnicas prévias (Fig. 17-10). A para os dentes anteriores e para os poste-
366
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-11A A redução proximal é feita em dois Fig. 17-11B Quando vistos do aspecto incisai, os pla-
planos, o que acomoda as direçoes de extensão ves- nos são óbvios.
tibular e lingual da estrutura, aumentando a resistência.
367
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
368
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
das são necessárias porque há um elemento estão no terço gengival dos dentes superio-
definido e reprodutível para o deslocamento res, são considerados contra-indicações pa-
no sentido gengival, durante a colocação e ra os retentores para prótese adesiva.
retirada da prótese. No princípio, as próte- Um chanfro suave normalmente pode ser
ses fixas adesivas eram desenhadas com preparado supragengivalmente (Fig. 17-19).
pequenos grampos de metal estendendo A linha de terminação deve ser orientada
para as bordas incisais dos dentes de supor- para o lado oposto da ameia lingual inter-
te.20 Estes grampos não eram aderidos e proximal, permitindo então, o máximo de
permitiam então o seu deslocamento após extensão na estrutura metálica. Esta exten-
a prótese ser colocada no lugar. Porém, isto são cruza a crista marginal, oposta ao es-
era uma inconveniência para a sua estabili- paço protético, e é considerada importante
dade pois não apresentavam forma de resis- porque incluirá esmalte que, quando no ata-
tência para opor as forças na direção incisai. que ácido, se une e resulta em retenções
Pequenos planos horizontais podem ser orientadas em diferentes ângulos na lingual
colocados na superfície lingual, usualmen- e nas superfícies proximais opostas. O de-
te nas áreas das cristas marginais, onde a senho circunferencial incorpora a área de
espessura do esmalte é maior (Fig. 17-16). superfície máxima e retenção da resina em
Estas formas proporcionam paradas defini- diferentes planos, obtendo-se resistência às
21
das da prótese. Estas paradas são particu- forças que atuam em várias direções.
larmente importantes para se opor a um as- A adição de elementos de suporte secun-
sentamento brusco e exagerado, o que se- dários será uma aproximação conservado-
ria desastroso. Uma outra característica, ra. Muito frequentemente é notado que, o
ainda mais definida pode ser colocada na aumento da área de superfície do preparo
maioria dos caninos, como forma de apoio proporciona um aumento de área do retentor
no cíngulo (Fig. 17-17). e, portanto, pode auxiliar na retenção. Por-
Esta característica é desenhada aprofun- tanto, a tendência do retentor nos elemen-
dando ligeiramente o preparo, de gengival tos de suporte secundários é de desloca-
para borda lingual de apoio. Esta configura- mento.27 Em muitos casos, a resistência e
ção não somente atua como uma parada retenção podem ser obtidas pelas caracte-
vertical, mas também resiste ao desloca- rísticas auxiliares do preparo, tais como os
mento lingual. sulcos ou as caixas, eliminando-se a neces-
Na maioria dos dentes anteriores o plano sidade de elementos de suporte suplemen-
de inserção é estabelecido com a redução tares (Figs. 17-20 A e B e Figs. 17-21 A
proximal e a estrutura remanescente do pre- e B). Se o retentor adicional é indicado como
paro, isto para retirar a prótese livremente necessário, o dente seria modificado, de tal
e sem retenção. Portanto, a necessidade maneira que, teriam as características para
da redução lingual e linhas de terminação é resistir ao deslocamento lingual de estrutura
somente para permitir a visualização do metálica resultante das forças que provo-
espaço oclusal. Aproximadamente 0,5 mm cam os movimentos vestibulares do dente.
de redução é requerida para a configuração
202126
típica do metal por lingual. Isto pode,
usualmente ser obtido nos dentes anteriores Desenho do preparo posterior
superiores com ligeira redução lingual do
preparo (Fig. 17-18), e às vezes, acompa- O primeiro passo no preparo dos dentes
nhado por pequena redução das bordas posteriores é estabelecer o eixo de inser-
28 30
incisais dos dentes inferiores. Oclusões em ção. " A altura do contorno seria rebaixada
sobremordida, na qual as paradas cêntricas cerca de 1,0 mm para a gengiva, quando
369
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-16A Pode-se preparar paradas verticais, na forma de nichos planos e pequenos.
Fig. 17-16B Quando o volume de esmalte permitir, os apoios do cíngulo devem atuar como paradas verticais.
370
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-18 A redução mínima de 0,5 mm (amarelo) é adequada para permitir uma espessura aceitável de metal (A). A
oclusão com sobremordida profunda, na qual os contatos cêntricos ocorrem na metade gengival de um dente superior,
pode exigir muito mais redução de estrutura do dente para usar um retentor adesivo (B).
371
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
372
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
possível (Fig. 17-22). Entretanto, todos os Um apoio oclusal deve ser preparado com
preparos são cuidadosamente mantidos no uma forma de contorno comparável com
esmalte. A altura do contorno interproximal aquela usada na prótese parcial removível
é rebaixada um mínimo de 2,0 mm, permi- (Fig. 17-25). A dimensão vestíbulo-lingual
tindo-se um volume adequado do metal na deve ser de 1,5 a 2,0 mm e a profundidade
área do conector (Fig. 17-23). A redução lin- de 1,0 a 1,5 mm. A diferença no desenho
gual é estendida tão longe quanto possível neste preparo está nas paredes verticais,
da ameia oposta ao espaço protético, asse- que necessitam minimizar o potencial do
gurando, assim, máxima área de superfície movimento lateral da estrutura metálica (Fig.
necessária para adesão. 17-26). O preparo desse apoio deve ser pro-
Como no preparo para os dentes anterio- gressivamente mais profundo a partir da
res, criar forma de resistência é muito im- crista marginal para a fossa.
portante, o preparo e a estrutura metálica Finalmente, a necessidade do espaço in-
devem estender-se abaixo do ângulo da li- ter-oclusal é avaliado. Na maioria dos casos,
nha vestibular de dentes de suporte. Esta com um cuidadoso plano de tratamento pré-
extensão do metal resiste ao deslocamento operatório, a parada cêntrica pode ser obtida
lingual da prótese. Quando corretamente na estrutura metálica. Se alguma redução
estendida, a estrutura dos retentores pos- oclusal for necessária, o espaço deverá ser
teriores estendem, no mínimo 180 graus ao cerca de 0,5 mm na espessura do metal.
redor da circunferência de cada dente de Se houver algumas restaurações antigas,
suporte (Fig. 17-24). elas podem ser conservadas, se o dente
373
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-24 A estrutura metálica deve estender-se além do ângulo de linha vestibular e pelo menos 180 graus ao
redor do dente no sentido lingual.
374
Modificações dos Preparos para Situações Especiais
Fig. 17-25 A forma do contorno para um apoio oclusal para uma prótese condicionada com ácido e ligada com resina ó
comparável à usada para próteses parciais removíveis.
375
índice de Autores
O número em negrito indica a página na qual aparece toda a referência. O número depois
dos dois pontos é o número da referência.
Berman, M. H. 59:69
Bjorn, A. L. Bjorn, 59:59
Andullah, M. A. Abrahams, 113:18 H. Black, G. V. 59:59
E. J. Adair, P. J. Alexander, 59:36 Blackwell, R. E. 59:33
A. G. Allan, D. N Alpert, C. C. 319:38 Blankenau, R. J. 234:17
Anderhalden, K. Anderson, J. 59:39 Blaser, P. K. 58:3; 80:30
N. Anusavice, K. J. Arbo, M. 80:29:235:66 Bodecker, H. W. C. 235:35; 258:22
A. Argue, J. E. Arnim, S. S. 171:15 Boucher, L. Boyde. 44:40; 234:7
Atsuta, M. Avary, H. 59:48 A. Boyer, D. B. 376:5
80:26 Brackett, S. E. 81:42
294:26 Braly, B. V. 172:54; 357:24
171:9 Brannstrom, M. 357:1
B 319:31 Brauer, G. M. 258:12
80:3 Brecker, S. C. 80:7
Baez, R. J. 376:18 Brigadier, L. R. 43:12
Barkmeier, W. 319:13 Bronner, F. J. 277:6; 294:3
Barnes, I. E. Brooks, T. D. 171:23
Barrack, G. Brown, l. W. 113:35; 234:24
Bartels, J. C. Brown, R. K. 278:31
Bassett, R. W. Brown, W. S. 204:1
151:3; Bruce, R. W. Bruki, 234:9, 15; 235:46
Bastian, C. C. C. E. Buchana, R. 90:5; 18
43:30
Battistuzzi, P. N. Buonocore, M. 171:7
W. 58:3 80:30; 357:5
Baum, L. G. Burgess, J. K. 319:36
58:11; 81:31; 235:62
Beard, J. R. Burns, B. B. Burns, 43:30
376:22, 30
Becker, C. M. R. C. 376:13
319:7, 14
Behrand, D. A 171:1, 18,33
44:57; 58:7,20; 131:9;
Bell, J. G. 171:30
188:2; 204:7; 235:61; 357:4
Belser, U. C. 358:46
319:24, 33
Bergman, B.
G. 258:2
171:4, 8; 357:26 Cacciatore. A.
234:27; 258:5 Caputo. A. A.
59:66 Carmichael, J. P.
59:67; 277:19; 294:17 294:25
258:13 258:18; 357:33
278:33 11:6; 44:54; 151:1;
376:4 319:2
377
índice de Autores
Ferrier, W. 1. 235:48 H
Finger, E. M. 235:67
Fisch, G. M. 151:25 Hamaguchi, H. 294:25
Fisher, D. W. 44:36; 113:1,37; 131:8; Hamilton, A. l. 80:8
151:16; 1883; 2043, 11; 258:3, 18; Hampson, E. L. 319:21
29423; 376:1 Harris, R. 235:47
Frank, A. L. 358:50 Hartley, J. L. 8023
Frates, F. E. 235:54 Hausing, F. J. 43:5; 59:32
Hegdahl, l. 44:42
Hembree, J. H. 234:27; 258:5
Henderson, D. 376:8
Henry, E. E. 80:25
Herlands, R. E. 58:26; 94:25
G Heymann, H. O. 376:24
Hiqdon, S. J. 44:51; 58:21; 94:26;
Gabei, A. B. 235:44, 51 188:6
v?
Marcum, J. J.
Markely, M. R. 294:1; 358:40,42 357:21, 29
Martinoff, J. T. 358:51
Matich, J. A. 358:47
Maxwell, E. H. 258:12 N
Maxwell, E. L. 43:6; 94:10; 113:3
McAdam, D. B. 151:24; 277:27 Nabers, C. L. 294:1
McCollurn, B. B. 235:53 Nale, J. L 80:27
McEwen, R. A. 151:21 Nally, J. N. 278:37
McGehee, W. H. O. 234:1 Navarro, M. F. 235:40; 258:6
McKay, H. F. 376:4 Nealon, F. H. 172:37
McKay, R. C. 80:1 Nelson, E. A. 94:1 1 ; 234:21
McLaughlin, G. 376:23 Nevins, M. 59:68
McLean, J. W. 11:3, 58:15; 80:1, 2, 10, Newcomb, G. M. 59:51
15,; ?5; 294:7; 319:6, 16,25 Nicholls, J. l. 44:47; 294:24
McMath, J. F. 235:55 Nitkin, D. A. 358:44
Metzler, J. C. 58:12; 235:58 Nohle, W. H. 59:64
Meyer, F. S. 258:10 Norling, B. K. 235:42
Miller, E. F. 294:1 Nuckles, D. B 234:27, 29; 258:5
Miller, G. D. 44:48; 59:60; 94:23; Nuttal, E. B. 80:12; 319:28
113:19, 26; 131 :12, 13; 151:34; 277:11;
294:6; 357:17
Miller, L 11:3; 80:15; 113:4; O
277:10; 294:7; 357:23
Minker, J. S. 43:18; 59:35; 94:28; Ohm, E. 43:24
319:29 Oilo, G. 43:17
Mittleman, G. 235:69 O'Neal, S. J. 43:27
Moffa, J. P. 171:22; 357:30 Oppice, H. W. 319:20
Mollersten, L. 1 72:44 Orban, B. 59:74
Mondelli, J. 235:40; 258:6 Oshorne, J. 80:26
Monteiro, J. 43:27 Outhwaite, W. C. 358:45
Moore, B. K. 278:35
Morency, J. D. 58:18
Mormann, W. 59:41 P
Morran, G. A. 171:3
Morris, C. 81:33 Pameijer, C. H. 277:26; 294:21
Morris, M. L 44:49; 58:26; 94:25 Pankey, L. D. 294:1
Mosteifer, J. H. 171:24; 172:43 Pardo, G. l. 58:17
Moulton, P. S. 376:6 Pascoe, D. F. 58:16
381
índice de Autores
384
índice Remissivo
385
índice Remissivo
387
índice Remissivo
N
M
Nicho incisai "Núcleo 163
Margens, vital" Núcleo pré- 328
co-senos, senos e 45-46 fabricado Núcleos 355
exigências 45 342, 343, 354, 355
localização, gengivais 54-56
Margens da restauração
ajuste 45
chanfrada 52-54 Orifícios de pino 164,
distância das 45, 53 228, 336-339, 341
e periodonto 45-59
exigências 45-59
linhas de terminação 45-59
Modificações do preparo dental para dentes
polpados e danificados, 369
condição periodontal 329 Paradas verticais Percurso de inserção
considerações pulpares 328-329 coroas de quatro quintos anteriores
dentes endodonticamente tratados 32, 34
355-356 coroas posteriores pontes 32
ponte fixa 359-362 Periodonto, preservação do 36
pontes ligadas por resina 366-375 Pivôs 54, 57
proteção dos dentes remanescentes ponte fixa 359, 362
330 prótese parcial removível 363
próteses parciais removíveis 363-365 apoios no cíngulo 363, 364, 370
reavaliação 329 apoios oclusais 363, 365, 375
remoção de cárie 329 Pontes
remoção de restauração 329 desenho anterior 367, 372
resistência, 335 desenho posterior 372, 375
condutos para pino 336-339, 341 ligadas por resina 366, 375
retenção, fixa
defeitos de forma 331-333
388
índice Remissivo
389